quinta-feira, 7 de julho de 2016

APRENDENDO COM ZIBA


   








Um servo chamado Ziba


II Sm 16.1-4 e19.24 a30
 Ziba era um servo de Saul. Mas não era um servo qualquer, era o administrador dos bens do seu senhor. Ele tinha o controle das propriedades em suas mãos. Com a morte de Saul e seus descendentes, Ziba ficou numa posição privilegiada: continuou administrando os bens da família (inclusive os conservos) até que algum herdeiro legítimo viesse reclamá-los, caso contrário, tudo ficaria com a sua família e seus descendentes, uma espécie de usucapião. Ziba estava tranqüilo porque o único que poderia reclamar algo era o aleijado e foragido Mefibosete. Não havia nenhum risco deste aparecer, pois poderia ser morto por ser descendente da antiga família real. Portanto, este não representava ameaça alguma. Até o dia que Ziba recebeu um recado que Davi, o rei de Israel, queria falar com ele. Quando Davi pergunta se havia algum descendente vivo de Jonatas, Ziba não hesita em dedurar o paradeiro de Mefibosete. Com certeza Davi dará cabo desta ameaça, pensou.
Até então, não conhecíamos o caráter deste "humilde servo", como ele se apresenta. Quando nos sentimos ameaçados, nosso coração começa a traçar planos iníquos para se proteger. Ziba tinha filhos ... e servos... e desfrutava de uma posição que não queria perder. É conveniente que Mefibosete morra para que Ziba não perca "suas" posses. É melhor dar fim na existência daquele aleijado do que EU descer de nível. O ganancioso não considera nada nem ninguém além de si. São nestas situações que homens como Ziba mostram realmente quem são.
Mas o tiro saiu pela culatra. Para sua surpresa, Davi não manda matar Mefibosete. Manda restituir. Que desgraça esta, não? A inveja mata. Mata a alegria, o amor ao próximo, a inveja deseja matar e em muitos casos manda matar. Invejar é desejar atributos, posses, status ou habilidades de outras pessoas. O invejoso ri com os que choram e chora com os que riem.
O plano de Ziba falhou porque ele contava que o mal seria seu aliado. O invejoso odeia o bem quando não é ele o beneficiado. O invejoso não consegue fazer ninguém feliz porque não quer ver ninguém feliz além dele. A inveja cega!
Agora Ziba só pensava em uma coisa: reaver "suas" posses e status de volta. A oportunidade aconteceu quando Davi precisou fugir de Absalão. Ziba aproveitou a oportunidade para demonstrar sua astúcia egoísta. Deixa Mefibosete para trás, bajula Davi e inventa uma mentira. Seu plano dá certo! Agora as terras são "oficialmente" suas, dadas pelo rei. Ambição egocêntrica... nestas horas o individualismo fala mais alto, ou melhor, fala sozinho.  O egocêntrico carrega um amor exagerado a si próprio. Tem um pensamento equivocado sobre seu lugar no mundo e na sociedade. Insiste em firmar sua pessoa como a mais importante em toda e qualquer situação e quer ter prioridadeem tudo. Há uma predileção nata às coisas que são de interesse pessoal. Sua atitude egoísta aparece quando se trata de receber benefícios e se acovarda quando se trata de assumir responsabilidades ou beneficiar os outros. Ziba desconsiderou os sentimentos e necessidades alheias e foi Incapaz de demonstrar amor a Deus e ao próximo.  Mas ele conseguiu o que tanto desejou.
Só que a história não termina aí, e o desfecho desta não é o maravilhoso golpe de Ziba. O desfecho pertence aos nobres. No retorno de Davi, este encontra com Mefibosete que conta sua versão da história. Até então Davi só conhecia o relato de Ziba . Em quem acreditar? Muito sábio, Davi ordena que as terras de Saul sejam divididas. Aí Mefibosete mostra seu caráter:
- Dê ao ambicioso o que deseja sua ambição, pois é tudo o que ele terá!
Inveja, egoísmo, ambição, mentira e iniqüidade não prevalecem sobre a bondade, a generosidade, o sentimento de gratidão e o amor ao próximo. Mesmo que aquele pense que saiu ganhando.
Com quem você se identifica? Não hesite em abrir mão de seus direitos para ganhar um bem maior: o reconhecimento do Rei! Pense no que você já possui: um tesouro que ninguém pode tirar da sua mão. E quanto mais você compartilhar deste tesouro, mais você ganhará.


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APRENDENDO COM SIMÃO


 











SIMÃO, O FARISEU


Lucas7.36 a 50
 Existiam certas regras sociais que deviam ser observadasem Israel. Hospitalidadeera levada a sério pelo judeu. Ser hospitaleiro era uma obrigação para este povo, pois a lei dizia:

 Como o natural, será entre vós o estrangeiro que peregrina convosco; amá-lo-eis como a vós mesmos, pois estrangeiros fostes na terra do Egito. Eu sou o SENHOR, vosso Deus. Amai, pois, o estrangeiro, porque fostes estrangeiros na terra do Egito.  Lv 19:34 e Dt 10:19

 Da mesma forma, o título "fariseu" dizia muito àquela sociedade. Um fariseu era extremamente zeloso quanto o cumprimento da Lei e conhecia muito bem a Torah. Certa vez, um fariseu chamado Simão convidou Jesus para jantar em sua casa. Jesus aceitou de bom grado. Este fato é muito curioso, pois havia uma disparidade enorme entre Jesus e os fariseus. Estes ficavam profundamente escandalizados com as atitudes do Mestre. Jesus andava com pecadores, comia com publicanos, conversava com prostitutas, tocava em leprosos e tinha fama de comilão e bebedor de vinho. Isto para não mencionar as curas e trabalhos nos sábados entre outras tantas "transgressões"...

Jesus fazia tudo isto de fato. E justamente por isso batia de frente com as tradições, o zelo doentio e as interpretações legalistas dos fariseus. Estes ficavam profundamente incomodados com seus atos e palavras.

Qual era, então, a intenção de Simão abrir as portas de sua casa e compartilhar a intimidade de sua mesa com este homem tão polêmico? Minha interpretação é que ele não tinha nenhuma intenção de honrar o Senhor Jesus, mas apenas especular "qual é a deste cara?". Sua falta nos cuidados sociais mínimos para com o hóspede deixa claro seu menosprezo à pessoa de Jesus: não ofereceu água para lavar seus pés, não o cumprimentou com um beijo nem forneceu óleo para ungir sua cabeça. Modos um tanto estranhos para nós, mas perfeitamente aceitável para aquela cultura. Simão, como muitos outros fariseus, sofriam do mesmo o problema básico: falta de vivacidade espiritual. Embora fossem autoridades religiosas, não tinham vida espiritual. Religiosidade nada tem a ver com espiritualidade. Aliás, religiosidade mata espiritualidade. Simão era indiferente às necessidades e sentimentos alheios. O religioso geralmente é egoísta; ama o comodismo; não demonstra nenhum amor e nenhuma preocupação por pessoas não salvas. Sua fé não tem alegria. Fala muito, mas é estéril. Suas orações são longas e bem elaboradas, mas carentes de piedade.

Sendo fariseu, Simão sabia de suas obrigações sociais para com seu hóspede, mas certamente contemporizava: Ele não é estrangeiro, então estou desobrigado de cumprir a Lei e posso abrir mão da minha "boa educação" que não estarei pecando. É assim que um fariseu pensa. Ele vive entre duas enormes muralhas: pode / não pode. Não conseguem ir além, ultrapassar estes limites.

Jesus conhecia bem o coração empedernecido dos fariseus, e por isso ele denunciava: Raça de víboras, vocês torcem a Lei para lhes favorecer (Mc 7.10-13).

Foi nesta ocasião que uma mulher de má fama entra e tocaem Jesus. Rapidamente Simãoanalisa a situação, julga e condena os dois em seu coração: "Esta situação é inaceitável! Além do mais, este Jesus não é um homem de Deus, senão ele saberia quem é esta mulher..." 

A mente de um fariseu é engessada e seca como uma múmia. Simão jamais conseguiu compreender o princípio fundamental da Lei: Amar a Deus e ao próximo. E foi isto que Jesus veio mostrar e demonstrar ao mundo.

Simão não conhecia palavras como amor, atenção, tolerância e perdão. Pessoas como ele só conhecem palavras como lei, transgressão, julgamento e condenação. E exclusão! Um fariseu não sabe o que é ser livre. Quando ouvem a palavra liberdade, logo associam com "pecar", nunca com "amar". 

Liberdade para pecar chama-se libertinagem. É o que o mundo oferece, o que todo mundo procura. A liberdade que aquela mulher experimentou, de se achegar a Cristo, beijá-lo, ungi-lo, molhar seus pés com suas lágrimas e enxugar com seus cabelos é uma liberdade que jamais seria entendida por Simão, tão absurda que ele possa achar. Mas esta é a liberdade que Cristo nos oferece. Não liberdade para pecar, mas liberdade para amar a Deus, amar o próximo, louvar, adorar e servir.
Nossas ações, todos vêem, nossas intenções não. Só você e Deus sabem.
E pode ter certeza: Ele está mais interessado nas nossas intenções do que nas nossas ações.
Analise sempre: quais são suas intenções ao planejar ou fazer qualquer coisa, por mais espiritual que você queira parecer. A quem louvará? Quem exaltará?

Segundo, não julgue ninguém pela aparência. Embora possa parecer espiritual ou não, somente Deus tem o poder de sondar nossos corações.
Terceiro, não busque sua própria honra, mas dê honra a quem é devida.

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quinta-feira, 9 de junho de 2016

APRENDENDO COM NICODEMOS



1



7


Ele ensina Nicodemos à noite 


JOÃO 2:23–3:21
  • JESUS CONVERSA COM NICODEMOS
  • O SIGNIFICADO DE ‘NASCER DE NOVO’
Enquanto está em Jerusalém para a Páscoa de 30 EC, Jesus realiza notáveis sinais, ou milagres. Por causa disso, muitos têm fé nele. Nicodemos, fariseu e membro do supremo tribunal judaico chamado Sinédrio, fica impressionado. Querendo aprender mais, ele visita Jesus à noite, provavelmente com medo de que se for visto sua reputação perante outros líderes judeus fique prejudicada.
“Rabi”, diz Nicodemos, “sabemos que o senhor veio como instrutor da parte de Deus, pois ninguém pode realizar esses sinais que o senhor realiza a menos que Deus esteja com ele”. Em resposta, Jesus diz a Nicodemos que para alguém entrar no Reino de Deus é preciso ‘nascer de novo’. — João 3:2, 3.
Mas será que é possível alguém nascer de novo? Nicodemos pergunta então: “Será que [alguém] pode entrar no ventre da sua mãe e nascer outra vez?” — João 3:4.
Não, nascer de novo não significa isso. Jesus explica: “A menos que alguém nasça da água e do espírito, não pode entrar no Reino de Deus.” (João 3:5) Assim, quando foi batizado e o espírito santo desceu sobre ele, Jesus nasceu “da água e do espírito”. Nesse momento, ouviu-se uma declaração desde os céus: “Este é meu Filho, o amado, a quem eu aprovo.” (Mateus 3:16, 17) Dessa maneira, Deus anunciou que Jesus tinha se tornado seu filho espiritual com a perspectiva de entrar no Reino celestial. Mais tarde, no Pentecostes de 33 EC, outras pessoas batizadas receberiam o espírito santo e assim também nasceriam de novo como filhos espirituais de Deus. — Atos 2:1-4.
Nicodemos não consegue entender o que Jesus está lhe ensinando sobre o Reino. Então Jesus fala mais a respeito de seu papel especial como Filho humano de Deus. Ele diz: “Assim como Moisés ergueu a serpente no deserto, assim será erguido o Filho do Homem para que todo aquele que nele crer tenha vida eterna.” — João 3:14, 15.

Jesus diz a Nicodemos: “Deus não enviou seu Filho ao mundo para que ele julgasse o mundo.” Isso significa que ele não foi enviado para julgar e condenar os humanos à destruição. Em vez disso, como diz Jesus, ele foi enviado “para que o mundo fosse salvo por meio dele”. — 
João 3:17.Muito tempo antes, quando os israelitas foram picados por cobras venenosas, eles tiveram de olhar para a serpente de cobre para não morrer. (Números 21:9
Do mesmo modo, todos os humanos precisam exercer fé no Filho de Deus, a fim de serem libertados da morte e ganharem a vida eterna. Destacando o papel amoroso desempenhado por Jeová, Jesus diz o seguinte a Nicodemos: “Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele exercer fé não seja destruído, mas tenha vida eterna.” (João 3:16) Assim, em Jerusalém, apenas seis meses depois de iniciar seu ministério, Jesus torna claro que é o caminho para a salvação da humanidade.
Por causa do medo, Nicodemos procurou Jesus na escuridão da noite. Assim, é interessante que Jesus conclua a conversa, dizendo: “Esta é a base para o julgamento: a luz [isto é, Jesus, por meio de sua vida e seus ensinamentos] veio ao mundo, mas os homens amaram a escuridão em vez da luz, porque as obras deles eram más. Pois quem pratica coisas ruins odeia a luz e não se chega à luz, para que as suas obras não sejam reprovadas. Mas quem faz o que é verdadeiro se chega à luz, para que se veja claramente que as suas obras são feitas em harmonia com a vontade de Deus.” — João 3:19-21.
Agora Nicodemos, um fariseu e instrutor em Israel, precisa meditar no que acaba de ouvir sobre o papel de Jesus no propósito de Deus.

APRENDENDO COM MARCOS




Conhecendo o Evangelho de Marcos
                                 Marcos 6: 7 a 13

 
Vamos analisar o mais simples dos evangelhos,
talvez o primeiro deles a ser escrito,
mas possivelmente o que mais tem ajudado
tantos incrédulos a chegar a Jesus.

É o mais conciso de todos os evangelhos,
tendo apenas 16 capítulos. É fácil de entender.
Isso faz dele o livro mais indicado
para se começar a estudar o Novo Testamento.

Sobre a autoria desse evangelho, Papias (115 d. C.) afirmou: “Marcos, tendo-se tornado intérprete de Pedro, escreveu acuradamente tudo quanto lembrou”. Irineu (185 d. C.) disse: “Agora, depois da morte de Pedro e Paulo, Marcos, o discípulo e intérprete de Pedro, também transmitiu-nos em escrito, o que Pedro pregou.”
Marcos apresenta o Evangelho de Jesus Cristo, no cap. 1: 15, como “o tempo está cumprido e o reino de Deus está próximo”. Vejamos como esse evangelista procura mostrar a pessoa de Jesus e sua mensagem.

I - CONHECENDO O AUTOR DO EVANGELHO

1 - Uma família temente a Deus - Sabe-se pouco acerca do autor do Evangelho. Entretanto, algumas passagens nos fornecem sugestões acerca de seus interesses e de sua personalidade. Costuma ser identificado como João Marcos, membro de uma família cristã de Jerusalém, ajudante e substituto de Paulo, Barnabé e Pedro, mencionado em At. 12: 12. Muitos acham que o anônimo jovem de Mc. 14: 51 foi o próprio Marcos.
Provavelmente seu lar fosse um centro de reuniões dos dirigentes cristãos em Jerusalém, pois foi a primeira casa que Pedro procurou quando foi livre da prisão, At. 12: 12. Nela também ficava o cenáculo, onde se celebrou a última ceia.
2 - Um jovem dedicado às missões - Marcos foi levado às missões por Barnabé e acompanhou-os a Chipre, depois a Perge, na Panfília, mas não prosseguiu até o final da primeira viagem missionária, At. 13: 15; 15: 38. Amadureceu no decorrer dos anos, como vemos no seu relacionamento com Barnabé e, depois, com Paulo.
3 - Discípulo de Pedro, amigo de Paulo - Depois do episódio de Atos 15, Marcos desaparece da narrativa e só voltou a ser citado 10 anos mais tarde, em Cl. 4: 10, quando esteve com Paulo em sua prisão, em Roma. Tempos depois, Paulo diz que ele lhe é útil no ministério, 2Tm. 4: 11. Também trabalhou junto com o apóstolo Pedro, 1Pe. 5: 13.


II - CONHECENDO COMO MARCOS APRESENTA JESUS

Marcos deve ter escrito particularmente para encorajar os cristãos romanos perseguidos, pois apresenta Cristo como um servo em ação, 10: 45, identificando-o com “o servo do Senhor” de Is. 42: 1. Os verbos e as narrativas mostram sempre Jesus agindo, fazendo milagres, curando, viajando, pregando, enfim, servindo.
a) Um servo a serviço do Pai - Para executar o plano  divino, Jesus submeteu-se, sem reservas, à vontade de Deus, Fp. 2: 6 e 7. No Getsêmani, Ele demonstra esta verdade, ao dizer: “não seja o que eu quero, e sim o que tu  queres”, 14: 36. Por causa dessa aceitação, Jesus cumpriu plenamente seu ministério, sofrendo todas as afrontas, mas chegou ao seu objetivo.
b) Um servo a serviço dos necessitados - Jesus não veio para ser servido, mas sim para servir e dar a sua vida em resgate por muitos, 10: 45. Através desse fato, Ele se identifica com os homens. Ao ler os evangelhos, vamos presenciá-lo sempre servindo: curando os enfermos, Lc. 5: 17, alimentando a multidão, Mt. 14: 19 e trazendo alegria, Mt. 8: 27 e Mc. 5: 42.
c) Um servo a serviço dos pecadores - A mensagem central de Marcos é a salvação através da morte expiatória de Jesus Cristo. Ele é apresentado como o “Filho do homem que não veio para ser servido, mas para servir e dar SUA VIDA em resgate por muitos”, 10: 45.

III - A ESTRUTURA DO EVANGELHO DE MARCOS

Marcos esboçou seu Evangelho em cinco partes:
Introdução. Nos 13 primeiros versículos, há uma descrição da preparação de Jesus para o seu grande trabalho. Apresenta Jesus como Filho de Deus, através do testemunho de João Batista.
1 - Demonstração da autoridade de Jesus - 1: 14 ao cap. 5: 43. Nessa fase estão os primeiros relatos sobre o poder de Jesus para curar e para perdoar pecados: 2: 1-12. Surgem os primeiros debates com os fariseus e Jesus contesta as tradições vazias do judaísmo. Ele afirma que é senhor do sábado. Mostra sua divindade porque tem autoridade sobre os demônios, 3: 11 e 5: 1-20, sobre a natureza, 4: 35-41 e sobre a morte, como no caso da ressurreição da filha de Jairo, 5: 21-24 e 35-43.
2 - Preparação inicial dos discípulos - Nos capítulos 6 a 8, Jesus se preocupa em ensinar os discípulos, enviando-os a breves missões e concedendo-lhes poder, 6: 7. Cada falha ou conflito era motivo para uma aula do Mestre:  incredulidade de seus conterrâneos, 6: 6; execução de João Batista, 6: 27-29; perigo da popularidade, 7: 1-23; a cura de um surdo e gago, 7: 31-34.
3 - Retirada para a região Norte - Precisando de calma para aprofundar seus ensinos aos discípulos, Jesus afastou-se completamente das multidões, indo para Cesareia de Filipe, uma região fria, onde fica o monte da Transfiguração, Lc. 9: 28.
4 - A caminhada da cruz - A penúltima seção deste evangelho mostra Jesus voltando para Jerusalém, caps. 10 a 13. Aproximavam-se os dias da páscoa. No caminho, cura Bartimeu, 10: 46-52, e ensina que o Filho de Homem veio para dar a sua vida em resgate de muitos, 10: 45. 
5 - Últimos dias de Jesus - Do cap. 14 em diante, descreve a paixão e a ressurreição. É uma fase triste, quando Jesus é traído, preso e crucificado. Essa tragédia, entretanto, foi parte inevitável do seu serviço aos homens para a própria redenção deles. Vem, a seguir, a parte gloriosa. O túmulo vazio e o testemunho do anjo são provas do grande acontecimento: Jesus ressuscitou!
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APRENDENDO COM MATEUS


APRENDENDO COM MATEUS
  • JESUS CONVIDA MATEUS, O COBRADOR DE IMPOSTOS
  • CRISTO PROCURA A COMPANHIA DE PECADORES PARA AJUDÁ-LOS
Jesus continua na região de Cafarnaum, perto do mar da Galileia, e faz pouco tempo que ele curou o paralítico. Mais uma vez, multidões vão até Jesus, e ele as ensina. Enquanto está andando, ele vê Mateus, também chamado Levi, sentado na coletoria. Jesus lhe faz um convite especial: “Seja meu seguidor.” — Mateus 9:9.
É bem provável que Mateus, assim como Pedro, André, Tiago e João, já conheça alguns ensinamentos de Jesus e as obras que ele realizou na região. Mateus também o segue sem demora. Ele descreve isso no seu Evangelho: ‘Então ele [ou seja, Mateus] se levanta e segue’ a Jesus. (Mateus 9:9) Assim, Mateus deixa suas responsabilidades como cobrador de impostos e se torna discípulo de Jesus.

Jesus vê Mateus na coletoria e o convida para ser seu seguidor
Algum tempo depois, talvez para agradecer o convite especial de Jesus, Mateus dá um banquete na sua casa. Além de Jesus e seus discípulos, ele também convida seus anteriores colegas, cobradores de impostos. Eles recolhem impostos para as autoridades romanas, que são odiadas pelo povo.

Esses incluem taxas cobradas dos barcos que atracam no cais, taxas para caravanas de comerciantes que passam pelas principais estradas e taxas para itens importados.

Como a maioria dos judeus encara esses cobradores de impostos? Eles os desprezam, pois costumam ser desonestos, cobrando impostos maiores do que o valor exigido. No banquete também há pecadores, pessoas conhecidas por praticar o que é errado. — Lucas 7:37-39.
Quando veem Jesus com essas pessoas no banquete, os orgulhosos fariseus perguntam aos seus discípulos: “Por que o seu instrutor come com cobradores de impostos e pecadores?” (Mateus 9:11) Ao escutar o que eles dizem, Jesus responde: “As pessoas saudáveis não precisam de médico, mas sim os doentes. Portanto, vão e aprendam o que significa: ‘Quero misericórdia, e não sacrifício.’ Pois eu não vim chamar os justos, mas os pecadores.” (Mateus 9:12, 13; Oseias 6:6) Os fariseus não são sinceros ao chamar Jesus de “instrutor”, mas mesmo assim podem aprender o que é certo com Jesus.
Tudo indica que Mateus convida cobradores de impostos e pecadores para o banquete para que possam ouvir Jesus e ser curados em sentido espiritual, ‘pois muitos deles o seguem’. (Marcos 2:15) Jesus quer ajudá-los para que tenham um bom relacionamento com Deus. Diferentemente dos orgulhosos fariseus, Jesus não os despreza. Ele tem compaixão e é misericordioso; é capaz de ajudar todos os que estão doentes em sentido espiritual.
Jesus mostra misericórdia aos cobradores de impostos e pecadores. Embora não tolere seus pecados, demonstra compaixão por eles assim como demonstrou pelos doentes em sentido literal. Lembre-se, por exemplo, de quando ele mostrou compaixão ao tocar no leproso e disse: “Eu quero! Seja purificado.” (Mateus 8:3) Não devemos cultivar a mesma atitude de Jesus por ser misericordiosos com os necessitados, prestando-lhes ajuda especialmente em sentido espiritual?

segunda-feira, 6 de junho de 2016

APRENDENDO COM BARTMEU

   















Bartimeu, o cego filho de Timeu


Na antiguidade, Jericó era uma cidade da orla oriental de Gor, à distancia de 10 quilômetros do rio Jordão. Foi a primeira cidade conquistada pelos israelitas sob o comando de Josué .  Achava-se protegida por muralhas e portas de grande resistência (Js 2.5 e Nm 22:1). Foi em Jericó estabelecida uma escola de profetas, sendo visitada por Elias e Eliseu (2Rs 2.4-18). Atualmente,  Jericó é um montículo de três hectares chamado de Tell es-Sultão, localizado ao lado de abundante manancial conhecido como Fonte de Eliseu.

Jesus e os discípulos passavam por Jericó, quando de repente, ouvem o clamor: “Jesus, filho de Davi, tem compaixão de mim!”. Era o cego mendigo, que perspicazmente toma conhecimento do que acontece na cidade, naquele dia, hora e local. Bartimeu. Filho de Timeu.Em aramaico: Bar-teymah, "filho da pobreza". Eis um homem estigmatizado pela miséria,  preconceito e toda sorte de infortúnios. Certamente, cresceu ouvindo as histórias sobre Jericó: De como Deus levou os israelitas a conquistá-la, das maravilhas operadas pelo Senhor dos Exércitos através das vidas de Elias e Eliseu.

O grito de Bartimeu era convicto, fervoroso, ele tinha conhecimento do Messias e acreditava ser aquela, uma grande oportunidade de mudança. A única, a maior oportunidade da vida! De modo, que não vacilou na investida por sensibilizar Jesus: “Jesus, filho de Davi, tem compaixão de mim!”.A resposta do mundo a seu apelo é o impedimento: “E muitos o repreendiam, para que se calasse, mas ele cada vez gritava mais” Mc 10:48. A resposta de Jesus, é voltar-se para o cego e perguntar: “Que queres que eu te faça?” .

A Capa e O Jovem Rico
Pouco antes de encontrar Bartimeu, Jesus e os discípulos haviam conversado com um jovem muito rico, “dono de muitas propriedades” Mc 10:22 e  que dizia cumprir  fielmente os 10 mandamentos. Convidado a renunciar a riqueza material e seguir Jesus, “retira-se de Sua presença: Triste e contrariado.”

Bartimeu era tão pobre que seu bem mais valioso era sua capa. Com ela, ele se protegia do sol, da chuva, escondia o rosto por vergonha , medo e desprezo. Uma capa velha e suja que também estendia ao chão para atirarem sobre ela as ofertas. A capa de Bartimeu, ao mesmo tempo que era representação de pobreza, também era sua riqueza.

“Parou Jesus e disse: Chamai-o. Chamaram então, o cego, dizendo-lhe: Tem bom ânimo; levanta-te, Ele te chama. Lançando de si a capa, levantou-se de um salto e foi ter com Jesus” Mc 9:49,50.

Filho de Timeu

Sem identidade. O cego mendigo não tinha identidade. Todos o conheciam como: “Bartimeu ou filho de Timeu, filho da pobreza”. Não sabemos se o nome era de batismo ou herança social, o certo é que representava um estado, uma condição imposta, pela própria família ou sociedade. Uma sociedade, que acreditava ser impossível a transformação, a passagem de um estado de derrota, para   a vitória.

O cálice e a humildade

É também em Jericó, a caminho do encontro com Bartimeu que Jesus ensina aos discípulos: “ Quem quiser ser o primeiro entre vós será servo de todos. Pois o próprio Filho do homem, não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos” Mc 10:44-45

É incrível como todo o capítulo 10 de Marcos está organizado: temos Jesus e os discípulos em Jericó, encontrando um jovem rico que renuncia a Salvação por amor aos bens. Os filhos de Zebedeu pedindo para assentar-se a direita e esquerda de Jesus na glória dos céus e o cego mendigo que em toda sorte de limitação, se mostra maior e mais digno de receber o Reino  no coração do que todos os outros que são descritos em Jericó.

Lições em Jericó

“Então disse Jesus: Vai, a tua fé te salvou. E imediatamente tornou a ver e seguia a Jesus estrada afora” Mc 10:52

Bartimeu que vivia “à beira do caminho” Mc 10:46  agora passaria a ser discípulo de Jesus, estrada afora. Seu caminho já não era de morte, mas de vida. Enxergando, de novas vestes, aparência, renovado em ânimo e modo de falar, Bartimeu ganhara fama nacional! Ele nos ensina a não desperdiçar oportunidades,  não se calar diante dos obstáculos, mas insistir, persistir na vitória. Aprendo com Bartimeu que é importante identificar o momento oportuno e investir na ocasião.

Ao largar sua capa e levantar-se em direção a Jesus, ele nos ensina o desprendimento ao mundo,  tradições, imposições sociais. Ensina que fazer escolhas corretas implica em ter fé e arrepender-se. O jovem rico, perdeu a grande oportunidade de sua vida! E era considerado por todos, como homem influente e importante. Porém, o Reino de Deus, não considera aparência, mas essência. Interior e não exterior.

A história do cego de Jericó, nos ensina que existe sim possibilidade de mudança para toda e qualquer pessoa, nada é impossível para Deus. Ensina, o valor de um clamor, a necessidade da oração. Também, a simplicidade da fé. A oração feita por ele foi curta, mas tão intensa que alcançou o coração de Jesus. O encontro de Jesus com Bartimeu, ensina, entre tantas coisas, que milagres acontecem todos os dias, em lugares comuns. Aquele, parecia ser um dia como outro qualquer, até que: Jesus aparece! Quanta diferença entre: um dia  sem Jesus e um dia com Ele!

Baseado no capitulo 10 do Evangelho de Marcos, versos 46 a 52  

Fonte: www.atendanarocha.com

APRENDENDO COM JABES

  APRENDENDO COM JABES O m enino  p rodígio da  g enealogia!   Alguém já disse certa vez que existe muito pouca diferença entre as pessoas –...