quarta-feira, 10 de agosto de 2016

APRENDENDO COM LÓ (PARTE 3)


   














Ló, o Sobrinho de Abraão 


Pouca gente conhece a história de Ló, o texto bíblico mais conhecido de Ló é a destruição das cidades de Sodoma e Gomorra, mas a história deste personagem, pouco conhecido, é bem maior.

Quando Deus firmou Sua aliança com Abrão, ele saiu de sua terra, da casa de seu pai, da sua parentela e foi para uma terra desconhecida, mas que Deus prometeu que seria sua possessão e de sua descendência. Abrão (que mais tarde teria o nome mudado para Abraão) levou consigo tudo o que possuía, além de Sarai sua esposa e seu sobrinho Ló.

A narrativa bíblica diz que Abrão era um homem muito rico e Ló também era rico e quando deixaram Ur dos Caldeus, sua terra natal, ambos levaram consigo seus muitos bens materiais. Vale lembrar que naquele tempo a riqueza de uma pessoa era medida pelo gado, escravos, ouro e prata que possuía, não era como hoje que a riqueza se mede pelos imóveis, carros, iates, fazendas e empresas, por isso Abrão e Ló podiam levar com eles todos os seus bens.

Pois bem, eles chegaram às terras de Betel, depois de passar pelo Egito e habitaram ali, só teve um probleminha, a terra não tinha capacidade para alimentar os muitos rebanhos de Abrão e de Ló e houve conflito entre os pastores dos dois. A conclusão era lógica, Abrão e Ló não podiam mais habitar juntos.

Abrão chamou seu sobrinho Ló e pediu que ele escolhesse para onde queria ir, se Ló fosse para a direita, Abrão iria para a esquerda, ou o inverso.

A Bíblia diz que Ló levantou os olhos e viu toda a campina do Jordão, que era toda fértil, toda regada, como o “jardim do Senhor” e Ló escolheu para si as campinas do Jordão. Abrão foi no sentido oposto e habitou as terras de Canaã, que não eram tão belas quanto as campinas do Jordão, mas eram a terra prometida, a terra da aliança.

Ló tomou sua decisão pela aparência das terras, ele se decidiu pelo o que seus olhos viram, pela conveniência de habitar um jardim tão lindo quanto o jardim do Senhor, mas era só aparência, porque nas campinas do Jordão estavam as cidades Sodoma e Gomorra, famosas pelos pecados dos seus moradores e Ló armou suas tendas até Sodoma.

Uma decisão errada sempre traz consequências ruins, ainda mais se esta decisão não passou pela ponderação necessária, pelo critério da inteligência. As campinas do Jordão eram tão belas quanto perigosas, em função da proximidade das cidades pecaminosas e famosas por suas práticas.

Tem muita gente boa que age na vida do mesmo jeitinho desastrado de Ló, que julga pelas aparências, que não pede a Deus conselho, que se deslumbra facilmente com coisas, bens materiais ou posição social. Errado, porém comum. Na verdade é bem como diz o povo: “as aparências enganam” e como enganam. Eu até prefiro o outro ditado: “por fora bela viola, por dentro pão bolorento”.

A bela viola de Sodoma se mostrou a ruína de Ló. Primeiro, houve uma guerra entre os reis de Sodoma e Gomorra e vários reis que habitavam o vale de Sidim, que prevaleceram na batalha e tomaram todos os bens e mantimentos de Sodoma e Gomorra e tomaram Ló e todos os seus bens e fugiram. O cidadão achou que estava levando a maior vantagem em escolher as campinas do Jordão e acaba sequestrado. É assim mesmo, escolha errada, consequência ruim.

Pois é, mas um dos servos de Ló escapou e foi correndo contar para Abrão, aquele que ficou com o lado aparentemente pior da terra e ele tomou providencia imediata. Abrão reuniu trezentos e dezoito homens criados ou nascidos em sua casa, perseguiu os reis que haviam capturado Ló e a Bíblia diz: “E tornou a trazer todos os seus bens, e tornou a trazer também a Ló, seu irmão, e os seus bens, e também as mulheres, e o povo.” (Gênesis 14:16). Mais um ponto para Abrão (o primeiro foi deixar o sobrinho escolher para onde queria ir).

A vida de Ló era uma derrota total, ele fez uma escolha errada, aliás a segunda, a primeira foi perder a oportunidade de fazer também uma aliança com Deus, e a partir daí tudo deu errado em sua vida. Ele foi sequestrado numa guerra que não era dele e se não fosse Abrão, tinha perdido tudo o que tinha, inclusive a própria vida.

Um dia Deus resolveu destruir as cidades de Sodoma e Gomorra e avisou Abrão, que já se chamava Abraão. Deus sempre avisa Seus servos dos Seus planos e Abraão, que conhecia ao Senhor e sabia que Ele não coloca no mesmo saco pecado e pecador, perguntou a Deus: “Destruirás também o justo com o ímpio? Se porventura houver cinqüenta justos na cidade, destruirás também, e não pouparás o lugar por causa dos cinqüenta justos que estão dentro dela? Longe de ti que faças tal coisa, que mates o justo com o ímpio; que o justo seja como o ímpio, longe de ti. Não faria justiça o Juiz de toda a terra?”(Gênesis 18:23-25).

Claro que Deus disse que não destruiria as cidades se houvessem nelas cinquenta justos, mas não tinha tudo isso de gente boa em Sodoma e Gomorra, então a conversa se estendeu até o número de dez justos, quando Deus saiu da presença de Abraão e partiu em direção às cidades das campinas do Jordão.

Deus enviou dois anjos a Sodoma que encontraram com Ló na entrada da cidade. A missão dos anjos era tirar da cidade Ló e sua família, antes que a cidade fosse destruída. Só teve um probleminha, os homens de Sodoma era muito maus e resolveram abusar dos homens que haviam entrado na casa de Ló, sem saber que eram anjos e foi preciso os anjos estenderem as mãos e ferir os homens de cegueira para que não invadissem a casa de Ló. Um verdadeiro horror.

Pela manhã os anjos mandaram Ló, sua mulher e suas filhas saírem da cidade, mas como Ló demorou, os anjos os tomaram pelas mãos e os arrastaram para fora da cidade e disseram: “Escapa-te por tua vida; não olhes para trás de ti, e não pares em toda esta campina; escapa lá para o monte, para que não pereças.” (Gênesis 19:17). Ló escapou da morte pela segunda vez por ter escolhido as campinas do Jordão e desta vez perdeu tudo o que tinha, ficou pobre, saiu com sua família e deixou todos os seus bens.

Assim que saiu o sol, Deus destruiu Sodoma, Gomorra, todos os seus habitantes, a campina e até o que nascia da terra. A recomendação era não olhar para trás, mas a mulher de Ló, curiosa, deu uma espiadinha e virou uma estátua de sal. Curiosidade pode matar. Sobrou Ló e suas duas filhas.

Deus salvou Ló e sua família por amor a Abraão, veja: “E aconteceu que, destruindo Deus as cidades da campina, lembrou-se Deus de Abraão, e tirou a Ló do meio da destruição, derrubando aquelas cidades em que Ló habitara.”(Gênesis 19:29). Ló não foi salvo da destruição de Sodoma por causa dos seus “belos olhos”, a razão foi outra, Deus amava Abraão e sabia do amor dele por seu sobrinho Ló, por isso não destruiu Ló junto com a cidade que ele escolheu para morar.

A decisão errada de Ló teve como consequência a pobreza, ele era rico e perdeu tudo o que tinha quando Sodoma foi destruida. Foi salvo só com a roupa do corpo e ainda perdeu a mulher que resolveu dar uma espiadinha e virou estátua de sal.

Há uma grande diferença entre a vida de Abraão e a de Ló, Abraão tinha uma aliança com Deus e acabou dando tudo certo em sua vida, já Ló não fez nenhuma aliança com Deus, era apenas um acompanhante de Abrão e tudo deu errado na vida de Ló, de quem só aprendemos por contraste, o que não devemos fazer. Use sua inteligência e faça as escolhas certas, coloque Deus no meio dos seus negócios, de sua família, de sua vida e Ele lhe dará conselho sobre o que escolher.



Fonte: www.sombradoonipotente.blogspot.com.br

APRENDENDO COM TAMAR

   















TAMAR, Nora de Judá

(Seu nome significa “tamareira” ou “palmeira”) 

Seu caráter: Impelida por uma necessidade esmagadora, sacrificou sua reputação e quase perdeu a vida para alcançar seus objetivos. 

Seu sofrimento: Os homens em sua vida falharam no cumprimento de suas responsabilidades, deixando-a viúva e sem filhos. Sua alegria: Que seu comportamento ousado não resultasse em ruína, mas no cumprimento de sua esperança de ter filhos. 

Textos-chave: Gênesis 38 / Mateus 1.3 

SUA HISTÓRIA 
As genealogias não são uma leitura muito convidativa. Você talvez as receba com um bocejo, ou passe inteiramente por cima delas quando lê a Bíblia. Mas até mesmo longas listas de nomes enigmáticos podem revelar interessantes visões do misterioso plano de Deus. É assim que as Escrituras funcionam, expondo riquezas ocultas a cada página. 
Veja, por exemplo, a genealogia no primeiro capítulo de Mateus. Ele alista um total de 41 ancestrais de Jesus do sexo masculino, a começar de Abraão, e cinco ancestrais femininas, três das quais (Tamar, Raabe e Bate-Seba) com histórias recheadas de detalhes desagradáveis, como incesto, prostituição, fornicação e assassinato. 
Jesus, o Filho perfeito do Pai perfeito, tinha em sua árvore genealógica vários ramos imperfeitos e um número suficiente de personagens pitorescos para povoar um romance moderno. A simples menção de mulheres em sua genealogia já é surpreendente, e mais ainda o fato de que quatro das cinco ali citadas engravidaram fora do casamento. Além disso, quatro dessas mulheres eram estrangeiras e não israelitas. 
Tamar estava incluída em ambas as categorias. Seu sogro, Judá (filho de Jacó e Lia), havia arranjado para que ela se casasse com seu primogênito, meio cananita e meio hebreu. Er era um homem perverso, a quem Deus matou por causa dos seus pecados. Isso é tudo o que sabemos dele. 
Depois de Er vinha Onã, o segundo filho de Judá. Como era costume na época, Judá deu Onã a viúva Tamar, instruindo-o para dormir com ela para que pudesse ter filhos, os quais continuariam a linhagem de Er. Mas Onã era esperto demais e buscava apenas seus próprios interesses. Ele dormia com Tamar, mas derramava seu sêmen no chão, assegurando, assim, que ela continuasse sem filhos. Desse modo, não ficaria sobrecarregado de responsabilidade com crianças que continuariam a linhagem do irmão, não a sua. Deus, porém, notou isso e Onã também morreu por causa da sua perversidade. 
Assim, Judá já perdera dois filhos para Tamar. Deveria arriscar um terceiro? Selá era o único filho que lhe restava, e ainda não tinha chegado a idade adulta. A fim de acalmar a nora, Judá aconselhou-a a voltar para a casa do pai e a viver como viúva até que Selá pudesse casar-se. O tempo passou e Tamar continuava vestida em roupas de viuvez. Depois que a mulher de Judá morreu, ele viajou, certo dia, para Timna, a fim de tosar suas ovelhas. Ao saber da viagem do sogro, Tamar decidiu agir de maneira dramática e desesperada. Se Judá não queria dar seu filho mais moço em casamento, ela faria o possível para propagar o nome da família a seu modo. Tirando as roupas de viúva, disfarçou-se colocando um véu, como se fosse uma prostituta, e sentou-se ao lado da estrada para Timna. Judá dormiu com ela e lhe deu seu anel de sinete e seu cordão, juntamente com seu cajado, como penhor de pagamento futuro.
Cerca de três meses mais tarde, Judá soube que Tamar estava grávida, mas não tinha ideia de que ele fosse o responsável pela condição dela. Furioso porque a nora havia se prostituído, ordenou que fosse apedrejada até a morte. Antes de a sentença ser executada, Tamar enviou-lhe, porém, uma mensagem chocante: “Do homem de quem são estas coisas concebi. Reconhece de quem é este selo, e este cordão, e este cajado (Gen. 38.25).
O homem, que tão rapidamente julgara Tamar sem se importar com o encontro secreto que teve com uma prostituta, foi pego de surpresa. Para seu crédito, contou a verdade, dizendo:
- Mais justa é ela do que eu, porquanto não a dei a Selá, meu filho.
Seis meses mais tarde, Tamar deu à luz gêmeos. Mais uma vez, como acontecera com Jacó e Esaú, os gêmeos lutavam em seu ventre. Uma pequenina mão saiu e depois desapareceu, mas não antes de ser amarrada com um fio vermelho pela parteira. A seguir, surgiu um corpinho escorregadio, mas sem o fio escarlate. Eles chamaram o primeiro menino de Perez (que significa “abrindo caminho”). A seguir, o que tinha o fio vermelho nasceu, e o chamaram de Zera (que significa “escarlate”). Perez foi reconhecido como primogênito. De sua descendência viria o Rei Davi e, finalmente, centenas de anos mais tarde, Jesus de Nazaré.
Judá mostrara pouco interesse pela continuação da sua linhagem. Em vez disso, Deus usou uma mulher, envergonhada por não ter filhos e decidida a tê-los, a fim de assegurar que a tribo de Judá não só sobrevivesse, como também viesse um dia a gerar o Messias.

SUA VIDA E SUA ÉPOCA 
Prostituição 
Por mais abominável que seja para nós, a prostituição era, na verdade, uma espécie de adoração no Oriente Próximo da antiguidade. Os povos pagãos frequentemente acreditavam que os deuses da fertilidade concediam bênçãos para aqueles que praticavam a prostituição cultual. Os sacrifícios e pagamento pelo uso de uma prostituta cultual representavam grandes somas de dinheiro para os cofres da divindade adorada. O intercurso sexual, em si, simboliza a fertilidade esperada e a abundância da colheita.
Judá, um viúvo que só recentemente fora “consolado” da sua tristeza (Gen. 38,12), viajou ara Timna na época da tosa pra ver como suas ovelhas Estavam sendo tosquiadas. É possível que, ao ver Tamar, tenha pensado que ela fosse uma prostituta do santuário e teve intercurso com ela para garantir uma boa quantidade de lã. Isso não justifica, de forma alguma, o ato de Judá, mas lança alguma luz sobre seus possíveis motivos.
As prostitutas do santuário mantinham-se cobertas por espessos véus antes e depois do intercurso sexual, numa tentativa de criar a ilusão de que o participante estava praticando o ato sexual com a própria deusa. Essa prática favoreceu Tamar, dando-lhe o disfarce perfeito para que seu sogro jamais a reconhecesse.
A prostituição é uma imagem usada muitas vezes pelos profetas bíblicos para descrever a desobediência de Israel e sua tendência de seguir falsos deuses. Eles consideravam Deus como marido de Israel, seu guardião e seu verdadeiro amor. Sempre que os israelitas se afastavam do Deus verdadeiro adorando deuses falsos, eles se “prostituíam”. 
Essa é uma ilustração bem forte, mas correta, do afastamento do Deus que os amava sinceramente e que estava disposto a cuidar deles e vigiá-los, bastando que permanecessem leais ao Senhor.

SEU LEGADO NAS ESCRITURAS 
Leia Gênesis 38.1-10
41. Era esperado que Onã tivesse filhos para continuar a descendência de seu irmão Er por meio de Tamar. Esse é o mesmo procedimento que o do “parente resgatador”, que encontramos no livro de Rute. O parente mais próximo deveria ter um filho para continuar a linhagem do marido falecido. Embora isso pareça ofensivo para nós hoje, qual você acha que foi o propósito de Deus ao decretar tal prática?

Leia Gênesis 38.11-19
42. Nenhum dos homens na vida de Tamar cumpriu com suas responsabilidades para com ela, inclusive o sogro Judá. Descreva como, em sua opinião, Tamar deve ter se sentido no decorrer de todos esses eventos. Zangada? Ignorada? Desonrada? Desprezada? Envergonhada?
43. Por que Tamar estava tão desesperada para ter um filho?
44. Você, ou alguém que conhece, deseja intensamente ter filhos? Como os problemas da esterilidade hoje se comparam com o que as mulheres do passado suportavam em seus dias?

Leia Gênesis 38.20-24
45. Qual você acha que foi a reação de Judá à notícia da gravidez de Tamar? Não seria falsidade da parte dele condenar a atitude ela, mas não a sua própria?
46. Esses padrões de dois pesos e duas medidas ainda existem hoje? Como? São tão comuns como eram no tempo passado?

Leia Gênesis 38.25-30
47. Considerando o que Tamar fez ao oferecer-se disfarçada de prostituta ao sogro, as palavras dele, no versículo 26, a surpreendem? Por quê? Explique o que Judá queria dizer com essas palavras.
48. A história de Tamar é difícil de entender. Não existe um jeito simples de conciliar seus atos com nossos conceitos atuais. Por que uma história assim foi incluída nas Escrituras inspiradas?

Leia Mateus 1.3
49. O que a inclusão de Tamar na linhagem de Cristo mostra a você sobre o poder de Deus para extrair o bem mesmo de eventos trágicos?
50. Como Deus trouxe o bem a partir de más experiências vivenciadas por você ou por alguém que você conhece?

SUA PROMESSA
A história de Gênesis 38 não revela nada a respeito do conhecimento de Tamar sobre a mão de Deus nos acontecimentos de sua vida. É muito provável que ignorasse completamente o poder de Deus em operação. Mas o Senhor estava, não obstante, trabalhando, produzindo o bem em meio à tragédia e abençoando, apesar de todos aqueles eventos menos do que dignos.
Essa é a beleza desta história. O poder de Deus para produzir coisas positivas a partir de situações negativas, e até pecaminosas, ainda atua hoje como na época de Tamar.
Talvez não dê para perceber isso hoje nem amanhã – ou talvez nunca -, mas podemos confiar no Deus que amamos para fazer o que mais gosta: abençoar-nos apesar de nós mesmas.

Promessas nas Escrituras
Nem uma só promessa caiu de todas as boas palavras que falou de vós o Senhor, vosso Deus; todas vos sobrevieram, nem uma delas falhou. (Js 23.14).
Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. (Rm 8.28).
O teu caminho, ó Deus, é de santidade. Que deus é tão grande como o nosso Deus? (Sl 77.13).

SEU LEGADO DE ORAÇÃO
Judá gerou de Tamar a Perez e a Zerá. (Da genealogia de Cristo em Mateus 1.3).
Medite Gênesis 38

Louve a Deus 
Por ter permitido que seu Filho se associasse intimamente com os seres humanos decaídos, de quem descendia. 

Agradeça
Pelo fato de Deus usar circunstâncias não favoráveis para produzir bons resultados. 

Confesse
Qualquer tendência que você tenha de julgar outros usando dupla medida, como Judá fez com Tamar.

Peça a Deus
Que tire qualquer aflição que esteja sentindo e que a substitua por esperança, lembrando o texto de Jeremias 29.11: “Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que desejais.” 

Eleve o coração 
Se você nunca desenhou sua árvore genealógica, faça um esforço para traçar sua linhagem, retrocedendo pelo menos quatro ou cinco gerações – mais até se tiver tempo e energia. Peça a parentes mais velhos que forneçam o máximo de informação sobre seus ancestrais. Dê atenção especial às mulheres de sua árvore genealógica. 

Tome nota sobre tudo o que descobrir. Poderá descobrir, assim, alguns detalhes fascinantes sobre a procedência da sua família. 

Oração 
“Senhor, tu me formaste no ventre da minha mãe”. Sabias, então, como iria ser cada dia da minha vida. Vistes as grandes coisas e as dificuldades, a alegria e a tristeza. Neste momento, apresento diante de ti uma situação (ou lembrança) com a qual ainda não me reconciliei. Quando tiver de olhar para as circunstâncias penosas, ajuda-me a compreender que estavas presente mesmo em meio a elas.

Entrego-as agora a ti. Ajuda-me a sentir a tua presença confortadora em minha vida.

Fonte: MULHERES DA BIBLIA FIDELIDADE DE DEUS 

APRENDENDO COM TRÓFIMO

   







TRÓFIMO, O Doente que foi deixado para trás

“Erasto ficou em Corinto, e deixei Trófimo doente em Mileto” 2 Timóteo 4:20
Estas estão entre as últimas palavras do apóstolo Paulo, encontradas nos versos finais da última de suas epístolas. O capítulo nos lembra da despedida de um homem moribundo feita ao seu amigo mais querido, em que, perto da morte, traz a mente os companheiros de sua vida. Em meio a suas lembranças afetuosas, encontramos Paulo recordando-se de Trófimo, com quem dividiu os perigos dos rios e as ameaças dos ladrões que, sem interrupção, acompanharam a carreira do apóstolo. Paulo havia deixado o bom homem doente em Mileto e como Timóteo estava em Éfeso, encontrando-se assim a uma curta distância, não havia necessidade de sugerir-lhe que o visitasse, pois ele certamente o faria.
O amor de Jesus opera grande ternura e união nos corações dos Seus discípulos. A superabundância da maravilhosa alma do nosso Senhor encheu todos os Seus seguidores verdadeiros com afeto: como Jesus amou a Paulo, Paulo amou a Timóteo e Timóteo sem nenhuma dúvida amou a Trófimo. Deste amor surge o sentimento de comunhão, de tal forma que, na simpatia que partilham, dividem as alegrias e as tristezas uns dos outros. Quando um membro se regozija, todo o corpo se regojiza, e quando um membro sofre, todo o corpo sofre com ele.

Trófimo estava doente e Paulo não podia se esquecer dele, embora ele próprio estivesse esperando morrer uma morte de mártir em algumas semanas! Tampouco queria que Timóteo ignorasse o fato, tanto que, por duas vezes, dentro de um curto trecho de versos, Paulo o apressa para vir a Roma, dizendo: “Procura vir antes até mim”.
Se Timóteo não podia visitar pessoalmente o amigo doente, mesmo assim era bom que soubesse de sua aflição, para que, então, se lembrasse dele em suas orações. “Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus”. (1ºJoão 4:7) Vamos nos lembrar daqueles que são um conosco em Cristo e, especialmente, vamos levar em nossos corações todos os que estão sendo afligidos em mente, corpo, ou em suas vidas materiais.
Se nós tivermos que deixar Trófimo em Mileto, ou em Brighton[1], ou em Ventnor[2], deixemos o amor do nosso coração com ele. E se ouvirmos que outro Trófimo está caído doente perto de nossa casa, vamos aceitar isso como motivo suficiente para ajudarmos o amigo aflito. Que uma simpatia santa permeie todas as nossas almas. Por mais ativos e zelosos que sejamos, ainda não teremos atingido um caráter perfeito se não formos compassivos, sensíveis e atenciosos com os que choram, pois esta é a mente de Cristo.
Bem simples é a afirmação do nosso texto, porém é encontrada em um livro inspirado e, portanto, é mais do que uma nota comum em uma carta qualquer. Outro verso do mesmo capítulo, “Quando vieres, traze a capa que deixei em Trôade, na casa de Carpo, e os livros, principalmente os pergaminhos” (1º Timéteo 4:13) foi considerado abaixo da dignidade da Inspiração, mas nós não cremos assim[3]. O Deus que conta os cabelos da nossa cabeça pode muito bem falar de Seu servo doente nas páginas do livro inspirado! Em vez de discussões sobre a pequenez do fato registrado, vamos admirar “o amor do Espírito“, que, enquanto levanta a Ezequiel e a Daniel acima das esferas e eleva a linguagem de Davi e de Isaías ao campo supremo da poesia e da eloqüência, também se digna a inspirar tal linha como esta: “Deixei Trófimo em Mileto doente“.
Podemos aprender mais alguma coisa desta linha de caligrafia apostólica? Vamos descobrir. Se o mesmo Espírito divino que a inspirou brilhar em cima dela, não devemos lê-la em vão!
I. Considerando o fato de que Paulo deixou Trófimo doente em Mileto, aprendemos que ESTA É A VONTADE DE DEUS, QUE ALGUNS HOMENS BONS NÃO GOZEM DE BOA SAÚDE. Qualquer que fosse a doença que afetou a Trófimo, Paulo certamente poderia tê-lo curado já que o Espírito Divino tinha permitido o uso de seus poderes miraculosos para esse fim. Ele fez Êutico acordar da morte (Atos 20:9) e devolveu a utilidade aos membros inferiores do aleijado em Listra. (Atos 14:8-10) Temos, portanto, plena certeza de que se Deus tivesse permitido o apóstolo a usar seu poder de cura, Trófimo teria deixado sua cama e continuado sua viagem para Roma. No entanto, esta não foi a vontade de Deus. A videira que produz bons frutos deve ser podada, e Trófimo precisava sofrer: havia um propósito que devia ser cumprido através de sua fraqueza e que não poderia ser alcançado em sua saúde. Restauração instantânea poderia ter sido dada, mas foi suspensa sob direção divina.
Esta doutrina nos afasta do conceito tolo de casualidade. Nós não somos feridos por flechas atiradas ao acaso, mas antes, sofremos dores debaixo do determinante conselho do Céu! Uma mão dominante está presente em toda parte, prevenindo ou permitindo o mal, e não deixa que nenhum dardo de enfermidade lançado pelo arco da morte voe furtivamente. Se alguém deveria ficar doente, foi a sábia Providência que selecionou Trófimo, pois era melhor que ele estivesse mal de saúde em vez de Tito, Tíquico ou Timóteo. Foi bom também que ele adoecesse em Mileto, próximo à sua cidade natal, Éfeso. Nem sempre conseguimos ver a mão de Deus, mas podemos ter certeza de que ela sempre está lá. Se nem um pardal cai em terra sem a ordem de nosso Pai, certamente nenhuma criança da família divina é derrubada se não for esta a Sua santa vontade! A sorte é uma idéia pagã que não pode sobreviver frente a um Deus Onipresente, Onisciente e Onipotente! Que esta palavra, “sorte”, seja expulsa de toda mente cristã! É uma desonra para o Senhor e doloroso para nós mesmos!
Esta doutrina também nos liberta da angústia de pensarmos que os homens sofrem por causa de seus pecados pessoais. Muitas doenças são resultado direto da intemperança, ou de algum outro tipo de perversidade; mas aqui estamos falando de um irmão valoroso, aprovado, que está acamado e é deixado na estrada com um mal da qual ele não é culpado em nenhum grau. É muito comum hoje em dia homens de espírito impiedoso e cruel atribuírem doenças, inclusive contra aqueles que são verdadeiros filhos de Deus, à falhas em seu estilo de vida. Perguntamos-nos como eles gostariam de ser tratados no que diz respeito a este assunto se fossem eles que estivessem sofrendo e pudessem lavar as mãos na água da inocência em relação às suas vidas diárias? No dia de nosso Senhor eles Lhe disseram: “Senhor, aquele que tu amas está doente” (João 11:3). Mas Salomão, muito antes, escreveu: “Porque o Senhor repreende aquele a quem ama, assim como o pai ao filho a quem quer bem“(Provérbios 3:12). Este foi um discurso muito melhor, mais humano e mais verdadeiro do que a filosofia congelada dos tempos modernos, que encerra a doença de cada homem na sua própria violação da lei natural e que, em vez de derramar o bálsamo da consolação, espalha o ácido sulfúrico da caluniosa insinuação!
Deixe que o aflito examine a si mesmo para ver se a vara não foi enviada para corrigir nele algum mal secreto e que ele considere atentamente o que deve mudar; porém longe de nós ficarmos ao seu lado, como juízes ou lictores[4], olhando para o nosso amigo como um infrator, bem como um sofredor! Tal brutalidade pode ser deixada aos filósofos, mas não para os filhos de Deus!
Não podemos pensar que Trófimo é inferior porque ele está doente em Mileto. Ele provavelmente é um homem muito melhor do que qualquer um de nós e talvez por isso mesmo passe por mais provações. Há ouro nele, o que justifica colocá-lo no cadinho[5]; ele produz frutos tão preciosos que vale a poda; ele é um diamante de água tão pura que fará valer o trabalho de lapidação.
Isto pode não ser a realidade em muitos de nós e por isso escapamos das Suas provas mais pungentes. Ouçamos então Tiago, que disse, “Eis que temos por bem-aventurados os que sofreram” (Tiago 5:11), e Davi, que escreveu, ” Bem-aventurado é o homem a quem tu castigas, ó SENHOR, e a quem ensinas a tua lei“(Salmo 94:12). O que dizem as Escrituras? “Porque o Senhor corrige o que ama, E açoita a qualquer que recebe por filho. Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há a quem o pai não corrija?” (Hebreus 12:6-7) Lázaro de Betânia, Dorcas, Epafrodito e Trófimo são alguns membros deste grande exército de pessoas doentes a quem o Senhor ama em suas enfermidades, para quem foi escrita a promessa: “O Senhor o sustentará no leito da enfermidade; tu lhe amaciarás a cama na sua doença” (Salmo 41:3).
II. Temos apenas força e experiência para dar simples sugestões; também notamos que, em segundo lugar, HOMENS BONS PODEM SER DEIXADOS PARA TRÁS QUANDO PARECEM SER MAIS NECESSÁRIOS, exatamente como aconteceu com Trófimo quando o apóstolo já envelhecido requereu sua ajuda. Paulo precisava desesperadamente dele quando foi obrigado a deixá-lo em Mileto; tanto que ele escreve tristemente, “Porque Demas me desamparou, amando o presente século, e foi para Tessalônica, Crescente para Galácia, Tito para Dalmácia. Só Lucas está comigo” (1º Timóteo 4:10-11). “Também enviei Tíquico a Éfeso” (v.12). Quão feliz Paulo teria ficado com a companhia de Trófimo, considerando como ele pede a Timóteo que venha o mais rápido possível e traga Marcos, cujo serviço era muito necessário a Paulo.
No entanto, nem mesmo por causa de Paulo, Trófimo teve a saúde restaurada milagrosamente! Seu Senhor entendeu que era necessário que ele sentisse o calor do forno, por isso Trófimo foi lançado ao cadinho. Pensamos que a Igreja não pode dispensar o ministro que é reto, o missionário incansável, o diácono fiel, o professor dedicado, mas Deus não pensa assim! Ninguém é indispensável na casa de Deus! Ele pode fazer seu próprio trabalho, não só sem Trófimo, mas mesmo sem Paulo! Sim, podemos ir mais longe; às vezes ocorre de o trabalho do Senhor ser vivificado por meio do falecimento daquele de quem Ele parecia depender!
Quando uma árvore grande e exuberante é cortada, muitas árvores menores que estavam ao lado, pequenas e atrofiadas, de repente começam a crescer vigorosamente; da mesma maneira, um bom homem pode fazer muito, mas quando ele é removido de seu meio, os outros se revelam capazes de fazer mais. Doenças temporárias nos grandes trabalhadores podem trazer para frente aqueles que, por pura modéstia, mantiveram-se na retaguarda; e o resultado pode ser um grande ganho.
O pobre Trófimo tinha sido, em seus dias de saúde, o responsável por, sem querer, colocar Paulo em um mundo de problemas, pois lemos em Atos 21: 27 que os judeus criaram um tumulto, porque achavam que Paulo havia levado Trófimo para dentro do templo para profanação. Agora, que ele poderia ter sido útil, ficou doente, e, sem dúvida, a doença foi uma grande tristeza para Trófimo. Mas como foi com ele, deve ser conosco: não há alternativa senão submeter-se à mão de Deus e ter a certeza de que o Senhor está sempre certo.
Por que não nos rendemos de uma vez? Por que mordemos o freio e batemos as patas no chão, inquietos por estarmos na estrada? Se o Senhor nos manda ficar parados, não podemos nos aquietar? Mentes ativas tendem a tornar-se espíritos inquietos, sob o peso da mão que restringe; a energia logo se azeda e se transforma em rebelião, e brigamos com Deus porque não temos permissão para glorificá-Lo da nossa maneira; é uma guerra sem sentido que no fundo denuncia que temos vontade própria, vontade esta que só se submete a Deus com a condição de ser satisfeita.
Irmãos e irmãs, quem escreve estas linhas sabe o que escreve porque este é o veredicto da sua experiência; a obra de Deus precisa de nós muito menos do que imaginamos e Deus nos quer cientes deste fato, pois Ele não dará a Sua glória a instrumentos humanos assim como Ele não irá permitir que o seu louvor seja dado a imagens esculpidas!
III. Nosso texto nos mostra claramente que os homens bons DESEJAM QUE A OBRA DO SENHOR PROSSIGA SEM SE IMPORTAREM O QUE VAI ACONTECER COM ELES ENQUANTO DEUS TRABALHA.
Paulo não abandonou Trófimo, mas o deixou porque um chamado maior o convocou a ir até Roma. Podemos ter certeza de que Trófimo não queria atrasar o grande apóstolo. Estava, inclusive, feliz em ficar. Certamente, ambos sentiam a separação, mas como verdadeiros soldados de Cristo, suportaram a dor e, por um tempo, abriram mão da companhia um do outro em prol da causa.
Seria uma grande tristeza para um trabalhador honesto saber que qualquer operário da mesma empresa diminuiu seu ritmo de trabalho por causa dele. O doente em um exército em campo é necessariamente um fardo, porém não no exército do Rei dos reis!
A doença espiritual é um incômodo doloroso, mas a doença do corpo não deve atrasar o anfitrião. Se não podemos pregar podemos orar. Se uma obra está fora do nosso alcance, nós podemos tentar outra, e se não podemos fazer nada, a nossa incapacidade deve servir como uma chamada para que os funcionários úteis trabalhem com mais vigor! Trófimo está doente, então deixe Timóteo ser o mais produtivo! Trófimo não pode apoiar o apóstolo, então que Timóteo se esforce mais para vir antes do inverno! Assim, atuando como um incentivo, a falta de serviço de um homem pode produzir dez vezes mais em outros homens que são chamados para um esforço extra.
Irmãos, será um doce alívio para as dores de um pastor doente ver cada um de vocês empenhados na obra. Seu descanso forçado será mais suportável se ele souber que a Igreja de Deus não está sendo afetada por sua inatividade. E sua mente e espírito colaborarão para a saúde do seu corpo se ele contemplar o fruto do Espírito de Deus em todos vocês, mantendo-os fiéis e zelosos. Vocês o farão, pela glória de Jesus?
Breve sermão escrito do leito de enfermo
Por Charles Haddon Spurgeon


FONTE:Traduzido do espanhol El Enfermo Que Se Tuvo Que Quedar, tradução de Allan Román, com autorização e permissão deste para o português para o Projeto, de http://www.spurgeon.com.mx/

APRENDENDO COM SIMÃO


 












SIMÃO, O FARISEU

Lucas7.36 a 50
 Existiam certas regras sociais que deviam ser observadasem Israel. Hospitalidadeera levada a sério pelo judeu. Ser hospitaleiro era uma obrigação para este povo, pois a lei dizia:

 Como o natural, será entre vós o estrangeiro que peregrina convosco; amá-lo-eis como a vós mesmos, pois estrangeiros fostes na terra do Egito. Eu sou o SENHOR, vosso Deus. Amai, pois, o estrangeiro, porque fostes estrangeiros na terra do Egito.  Lv 19:34 e Dt 10:19

 Da mesma forma, o título "fariseu" dizia muito àquela sociedade. Um fariseu era extremamente zeloso quanto o cumprimento da Lei e conhecia muito bem a Torah. Certa vez, um fariseu chamado Simão convidou Jesus para jantar em sua casa. Jesus aceitou de bom grado. Este fato é muito curioso, pois havia uma disparidade enorme entre Jesus e os fariseus. Estes ficavam profundamente escandalizados com as atitudes do Mestre. Jesus andava com pecadores, comia com publicanos, conversava com prostitutas, tocava em leprosos e tinha fama de comilão e bebedor de vinho. Isto para não mencionar as curas e trabalhos nos sábados entre outras tantas "transgressões"...

Jesus fazia tudo isto de fato. E justamente por isso batia de frente com as tradições, o zelo doentio e as interpretações legalistas dos fariseus. Estes ficavam profundamente incomodados com seus atos e palavras.

Qual era, então, a intenção de Simão abrir as portas de sua casa e compartilhar a intimidade de sua mesa com este homem tão polêmico? Minha interpretação é que ele não tinha nenhuma intenção de honrar o Senhor Jesus, mas apenas especular "qual é a deste cara?". Sua falta nos cuidados sociais mínimos para com o hóspede deixa claro seu menosprezo à pessoa de Jesus: não ofereceu água para lavar seus pés, não o cumprimentou com um beijo nem forneceu óleo para ungir sua cabeça. Modos um tanto estranhos para nós, mas perfeitamente aceitável para aquela cultura. Simão, como muitos outros fariseus, sofriam do mesmo o problema básico: falta de vivacidade espiritual. Embora fossem autoridades religiosas, não tinham vida espiritual. Religiosidade nada tem a ver com espiritualidade. Aliás, religiosidade mata espiritualidade. Simão era indiferente às necessidades e sentimentos alheios. O religioso geralmente é egoísta; ama o comodismo; não demonstra nenhum amor e nenhuma preocupação por pessoas não salvas. Sua fé não tem alegria. Fala muito, mas é estéril. Suas orações são longas e bem elaboradas, mas carentes de piedade.

Sendo fariseu, Simão sabia de suas obrigações sociais para com seu hóspede, mas certamente contemporizava: Ele não é estrangeiro, então estou desobrigado de cumprir a Lei e posso abrir mão da minha "boa educação" que não estarei pecando. É assim que um fariseu pensa. Ele vive entre duas enormes muralhas: pode / não pode. Não conseguem ir além, ultrapassar estes limites.

Jesus conhecia bem o coração empedernecido dos fariseus, e por isso ele denunciava: Raça de víboras, vocês torcem a Lei para lhes favorecer (Mc 7.10-13).

Foi nesta ocasião que uma mulher de má fama entra e tocaem Jesus. Rapidamente Simãoanalisa a situação, julga e condena os dois em seu coração: "Esta situação é inaceitável! Além do mais, este Jesus não é um homem de Deus, senão ele saberia quem é esta mulher..." 

A mente de um fariseu é engessada e seca como uma múmia. Simão jamais conseguiu compreender o princípio fundamental da Lei: Amar a Deus e ao próximo. E foi isto que Jesus veio mostrar e demonstrar ao mundo.

Simão não conhecia palavras como amor, atenção, tolerância e perdão. Pessoas como ele só conhecem palavras como lei, transgressão, julgamento e condenação. E exclusão! Um fariseu não sabe o que é ser livre. Quando ouvem a palavra liberdade, logo associam com "pecar", nunca com "amar". Liberdade para pecar chama-se libertinagem. É o que o mundo oferece, o que todo mundo procura. A liberdade que aquela mulher experimentou, de se achegar a Cristo, beijá-lo, ungi-lo, molhar seus pés com suas lágrimas e enxugar com seus cabelos é uma liberdade que jamais seria entendida por Simão, tão absurda que ele possa achar. Mas esta é a liberdade que Cristo nos oferece. Não liberdade para pecar, mas liberdade para amar a Deus, amar o próximo, louvar, adorar e servir.
Nossas ações, todos vêem, nossas intenções não. Só você e Deus sabem.
E pode ter certeza: Ele está mais interessado nas nossas intenções do que nas nossas ações.
Analise sempre: quais são suas intenções ao planejar ou fazer qualquer coisa, por mais espiritual que você queira parecer. A quem louvará? Quem exaltará?

Segundo, não julgue ninguém pela aparência. Embora possa parecer espiritual ou não, somente Deus tem o poder de sondar nossos corações.
Terceiro, não busque sua própria honra, mas dê honra a quem é devida.

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APRENDENDO COM JABES

  APRENDENDO COM JABES O m enino  p rodígio da  g enealogia!   Alguém já disse certa vez que existe muito pouca diferença entre as pessoas –...