quarta-feira, 14 de novembro de 2018

APRENDENDO COM LÓ




Quem foi Ló na Bíblia?



Ló foi o sobrinho de Abraão, que se estabeleceu na cidade de Sodoma. Ele era um homem bom mas a cidade onde morava era muito ruim. Por causa disso, Deus destruiu Sodoma mas poupou a vida de Ló.
Abraão era irmão do pai de Ló, que morreu em sua terra natal de Ur dos caldeus. Quando Abraão partiu em viagem, à procura da terra que Deus lhe tinha prometido, Ló foi com ele. Os dois se estabeleceram na terra de Canaã, que mais tarde se tornaria o país de Israel.

Ló se muda para Sodoma

Tanto Ló quanto Abraão eram muito ricos e tinham grandes rebanhos. Os animais precisavam de muito espaço para pastar e isso levou a desavenças entre os empregados dos dois homens. Por isso, Abraão sugeriu que não vivessem mais juntos, para evitar conflitos (Gênesis 13:8-9).
Abraão deixou Ló escolher onde queria ir, para ele depois seguir noutra direção. Ló viu que o vale do rio Jordão era muito fértil e bonito e decidiu se instalar nessa região (Gênesis 13:10-12). Ele montou suas tendas perto de uma das cidades da zona, chamada Sodoma, enquanto que Abraão ficou em Canaã.
O ataque contra Sodoma
Depois que Ló se instalou na região do rio Jordão, os reis de Sodoma, Gomorra e algumas outras cidades se rebelaram contra o rei Quedorlaomer, a quem estavam sujeitos. Eles entraram em guerra mas Quedorlaomer venceu e saqueou Sodoma e Gomorra. Como Ló morava em Sodoma, ele foi levado entre os prisioneiros, junto com tudo que tinha (Gênesis 14:10-12).
Quando Abraão ouviu disso, ele juntou 318 guerreiros de sua casa e montou ataques de noite contra o exército inimigo. Assim, ele conseguiu derrotar os inimigos e salvou Ló e todos os outros prisioneiros (Gênesis 14:14-16). Quando voltou de sua vitória, Abraão foi abençoado por Melquisedeque e Ló voltou para Sodoma.
Ló foge de Sodoma
Algum tempo depois, Deus decidiu destruir Sodoma e Gomorra, por causa da maldade do povo. Ele contou Seu plano para Abraão, que pediu para não destruir os justos junto com os injustos. Por isso, Deus disse que se encontrasse dez homens justos lá, não iria destruir o povo. Como não encontrou dez, Deus mandou dois anjos para salvar a família de Ló, que era o único justo na cidade. Embora morasse lá, a maldade de Sodoma incomodava Ló (2 Pedro 2:7-8).
Quando os dois anjos chegaram em Sodoma já estava ficando de noite. Ló viu os dois homens e os convidou para passar a noite em sua casa. Mas, antes de irem dormir, todos os homens da cidade se juntaram à porta da casa de Ló e exigiram que ele entregasse os visitantes para terem relações com eles (Gênesis 19:4-5). Eles estavam tão pervertidos que queriam estuprar os forasteiros!
A lei da hospitalidade era muito importante nessa época e um hospedeiro não deveria deixar que nada de ruim acontecesse aos seus hóspedes. Por isso, Ló ofereceu suas próprias filhas no lugar dos visitantes, no seu desespero. Mas os homens não aceitaram e decidiram atacar Ló e entrar na casa à força. Então, os dois anjos feriram os homens de cegueira (Gênesis 19:9-11).
Os anjos explicaram para Ló que Deus iria destruir a cidade, por causa da maldade do povo, e lhe disseram para tirar sua família de lá. As duas filhas de Ló estavam prometidas em casamento a homens da cidade mas eles não levaram o aviso a sério. Por isso, os anjos levaram apenas Ló, sua esposa e suas filhas para fora da cidade (Gênesis 19:16-17).
Ló fugiu para uma cidade pequena chamada Zoar, para escapar da destruição. Os anjos avisaram para não olhar para trás, mas a mulher de Ló desobedeceu, olhou para trás e se tornou em uma coluna de sal. Deus enviou fogo e enxofre sobre Sodoma e Gomorra e somente Ló e suas filhas se salvaram (Gênesis 19:24-25).
A família de Ló
Ló teve medo de ficar em Zoar, por isso ele se mudou para uma caverna nas montanhas. Nessa época, uma mulher que não tivesse a proteção do pai, do marido ou do filho era muito vulnerável e não tinha futuro. Sozinhas na caverna, com o pai ficando idoso e sem possibilidade de casarem, as filhas de Ló começaram a se desesperar.
Um dia, as duas tomaram uma decisão drástica. Elas embebedaram seu pai e a mais velha teve relações com ele (Gênesis 19:31-33). Ló estava tão embriagado que nem percebeu o que tinha acontecido! Na noite seguinte, voltaram a embriagar o pai e a mais nova se deitou com ele. Assim, as duas cometeram incesto e engravidaram do próprio pai.
O filho da mais velha foi chamado Moabe e o filho da mais nova foi chamado Ben-Ami. Esses dois homens se tornaram os patriarcas de dois grandes povos: os moabitas e os amonitas. Muito tempo depois, os dois povos se tornaram inimigos dos israelitas, os descendentes de Abraão.
Ló era um homem temente a Deus mas vivia entre um povo completamente depravado. Sua família não seguiu nos seus passos. Ele perdeu sua esposa porque ela desobedeceu a Deus, e foi estuprado pelas filhas que cresceram em Sodoma. Sua história trágica terminou com o nascimento de dois povos violentos e pagãos. Ló escolheu servir a Deus mas sua família escolheu outro caminho.

APRENDENDO COM URIAS




Quem foi Urias?




Urias foi um grande guerreiro no exército do rei Davi. Ele era leal e corajoso mas Davi cometeu adultério com sua esposa e mandou matar Urias para encobrir o pecado. Urias morreu por ser fiel.
Urias era hitita, um estrangeiro, mas ele não adorava os deuses pagãos de seu povo. Urias era fiel a Deus e ao rei Davi. Ele lutava no exército de Davi e era contado entre seus soldados mais valentes.

Davi trai Urias

Urias tinha uma esposa muito bonita chamada Bate-Seba. Em certa ocasião, Urias e todo o exército israelita saíram para lutar contra os amonitas mas o rei Davi ficou em Jerusalém. Uma tarde, em um passeio, Davi espiou Bate-Seba se banhando e a chamou ao seu palácio. Mesmo sabendo que era a esposa de Urias, Davi teve relações com Bate-Seba (2 Samuel 11:2-4).
Algum tempo depois, Bate-Seba enviou um recado a Davi dizendo que estava grávida de seu filho. O pecado de Davi iria ser revelado. Então Davi mandou chamar Urias da frente de combate para relatar como a batalha corria. Depois de ouvir o relatório, Davi enviou Urias para casa, para dormir com Bate-Seba. Assim iria parecer que o filho era de Urias. No entanto, Urias escolheu dormir com os guardas no palácio (2 Samuel 11:7-9).
No dia seguinte, Davi lhe perguntou porque não tinha voltado para casa para descansar. Urias respondeu que o resto do exército estava acampado, dormindo em condições difíceis. Seria injusto se ele, sendo soldado exemplar, desfrutasse privilégios que seus companheiros não podiam ter (2 Samuel 11:11).
Vendo a lealdade de Urias aos seus soldados, Davi decidiu embriagá-lo. Mas, mesmo embriagado, Urias escolheu dormir com os guardas outra vez. Urias era homem de palavra!

A morte de Urias

Em uma última tentativa para encobrir sua traição, Davi enviou Urias com uma carta ao comandante do exército, que mandava orquestrar a morte de Urias (2 Samuel 11:14-15). Sem saber, Urias levou sua própria sentença de morte.
Urias morreu em batalha, porque foi colocado em um lugar perigoso sem apoio (2 Samuel 11:16-17). Passado o tempo de luto, Davi casou com Bate-Seba e assumiu a criança. Mas Deus não se agradou da atitude de Davi. Ele era rei e tinha tudo que queria mas roubou a esposa de um soldado fiel e ainda mandou matar Urias! Davi se arrependeu e Deus o perdoou. Mesmo assim, Deus castigou Davi com a morte do bebê e problemas na família (2 Samuel 12:8-10).
O que aprendemos com Urias?
A atitude de Urias contrastava com Davi nessa altura de sua vida: Urias queria voltar ao trabalho, Davi queria ficar em casa; Urias era fiel a Davi, Davi estava traindo Urias; Urias exercia domínio próprio, Davi se deixou dominar pelo desejo... A vida de Urias nos mostra que:
  • Bons exemplos incomodam – é difícil ignorar um bom exemplo; pessoas como Urias ressaltam nossa necessidade de mudar de atitude mas muitas vezes agimos como Davi e não aceitamos a mensagem
  • Injustiças acontecem – Urias não merecia ser traído nem morrer; ele morreu por causa do pecado de Davi; na vida nem sempre as pessoas recebem o que merecem
  • Deus está vendo – Deus nos dá liberdade para fazermos o que queremos mas tudo tem consequências; Deus não deixa o pecado impune nem ignora o sofrimento dos justos

APRENDENDO COM DAVI (PARTE 29)


3 influências positivas na vida de Davi

Davi foi o rei mais famoso de Israel, que era um homem “segundo o coração” de Deus. Mas por trás de todo grande herói há pessoas menos conhecidas que são uma influência importante em sua vida. Essas pessoas guiaram e ajudaram Davi a ser o grande rei que ele foi, ensinando-lhe lições importantes.
Três pessoas que foram uma influência positiva na vida de Davi foram:

1. Jônatas

Jônatas era filho do rei Saul e o melhor amigo de Davi. Ele era o herdeiro do trono mas sabia que Davi iria ser o próximo rei. Mesmo assim, Jônatas não tinha inveja de Davi e sempre o apoiou. Jônatas era humilde; ele aceitou a vontade de Deus e não procurou sua própria glória (1 Samuel 23:16-18).
Jônatas foi um exemplo de amizade e lealdade para Davi. Quando Saul tentou matar Davi, Jônatas o ajudou a fugir. Sem a ajuda de Jônatas, Davi poderia ter morrido às mãos de Saul. Além de lhe dar presentes, Jônatas provavelmente ensinou Davi coisas importantes sobre a guerra e como ser rei (1 Samuel 18:3-4).
Jônatas morreu em batalha mas Davi nunca se esqueceu de seu grande amigo, que foi tão grande influência na juventude.
2. Abigail
Abigail era uma mulher bonita e inteligente mas ela era casada com um homem ruim chamado Nabal. No tempo quando Davi estava fugindo de Saul, seus homens protegeram os servos de Nabal que estavam no campo. Mas, quando Davi pediu alguma ajuda a Nabal, este se recusou e o insultou. Davi ficou tão zangado que decidiu matar todos os homens da família de Nabal! - 1 Samuel 25:21-22
Quando ouviu o que tinha acontecido, Abigail preparou um presente e foi falar com Davi. Ela o acalmou e o convenceu a não se vingar. Pouco depois Nabal morreu de causas naturais e Davi tomou Abigail como sua esposa. Abigail impediu Davi de cometer pecado por estar irado (1 Samuel 25:39).
Davi aprendeu uma grande lição com Abigail: deixar a vingança com Deus. Essa foi uma lição importante para várias outras situações em sua vida.
3. Natã
O profeta Natã era conselheiro de Davi durante seu reinado. Natã recebia mensagens de Deus e as transmitia a Davi. Mesmo quando a mensagem não era favorável ao rei, Natã tinha coragem e dizia tudo que Deus mandava.
Quando Davi cometeu adultério com Bate-Seba e organizou a morte de seu marido, Deus enviou Natã para repreender Davi. Natã foi sábio e contou uma história que fez Davi entender a gravidade de seu pecado (2 Samuel 12:5-7). Em vez de ficar irado com o profeta, como tantos outros reis, Davi se arrependeu e confessou seu pecado (2 Samuel 12:13).
Natã foi um exemplo de coragem e fidelidade a Deus para Davi. Ele ajudou Davi a se manter nos caminhos do Senhor e a se reconciliar com Deus quando pecou.

APRENDENDO COM ABIGAIL (PARTE 2)



Quem foi Abigail?

Abigail foi uma mulher de Deus que salvou sua família. Seu marido era um homem ruim mas Abigail era sábia. Por causa de sua sabedoria, Abigail ganhou o favor do futuro rei Davi.

Abigail era casada com um homem muito rico chamado Nabal. Sua riqueza vinha das muitas ovelhas e cabras que possuía. Mas, apesar de ser rico, Nabal não era generoso; ele era ruim e insensato. Abigail, por outro lado, era inteligente e bonita (1 Samuel 25:2-3).

A família de Abigail corre perigo

Nesse tempo, Davi estava fugindo de Saul, que estava com inveja e não queria que Davi se tornasse rei depois dele. Davi tinha juntado um bando de guerreiros que o acompanhavam para todos os lugares onde fugia. 

Mas, para continuarem nessa vida, os guerreiros de Davi precisavam de mantimento. Normalmente, bandos de guerreiros assaltavam lugares desprotegidos para sobreviver mas Davi não fez isso com Nabal.
Davi decidiu tratar bem a Nabal. Ele facilmente poderia tirar tudo que quisesse dele mas, em vez disso, enviou uma mensagem educada pedindo comida 
(1 Samuel 25:6-8). 

Davi apelou para a generosidade de Nabal e pediu que enviasse o que pudesse. Isso não era pedir muito, porque os homens de Davi tinham protegido os pastores e o gado de Nabal de outros perigos e não tinham roubado nada.
Mas Nabal não tinha generosidade... nem sensatez. Ele se recusou a ajudar Davi e ainda o insultou (1 Samuel 25:10-11). Quando Davi recebeu a resposta, ele ficou tão zangado que prometeu se vingar de Nabal. Ele juntou seus homens para matar todos os homens da casa de Nabal!
Abigail salva o dia
Os servos de Nabal não conseguiam conversar com ele, por isso foram falar com Abigail, que não sabia o que tinha acontecido. Quando ela ouviu o que seu marido tinha feito, Abigail juntou rapidamente muita comida. Sem contar para Nabal, ela foi entregar a comida pessoalmente a Davi (1 Samuel 25:18-19).
Abigail encontrou Davi na estrada, já a caminho para destruir sua família! Ele estava muito irado mas Abigail se prostrou diante dele, assumiu a culpa e pediu perdão

Ela explicou que seu marido era insensato e pediu a Davi para mudar de ideias e aceitar a comida (1 Samuel 25:26-28). Abigail cria que Deus iria castigar Nabal. Davi não precisava se vingar. Isso seria errado e apenas iria lhe causar mais problemas no futuro.
Davi ficou impressionado com a sabedoria de Abigail. Ele reconheceu seu erro de querer se vingar e abençoou Abigail, perdoando Nabal (1 Samuel 25:32-34). Davi aceitou o presente de Abigail e se foi embora. Abigail tinha salvado sua família!
Abigail e Davi
Abigail voltou para casa mas Nabal estava bêbado, por isso ela só lhe contou o que tinha feito no dia seguinte. Quando Nabal ouviu o que tinha acontecido, ele ficou paralisado! Dez dias depois, Deus tirou a vida de Nabal.
Quando Davi descobriu que Nabal estava morto, ele chamou Abigail para ser sua esposa. Abigail aceitou a proposta, deixou sua casa e se tornou uma das esposas de Davi (1 Samuel 25:40-42).
Abigail ainda enfrentou vários desafios. Davi era um homem foragido e ela teve de viver como fugitiva durante alguns anos. Certa vez, ela foi levada prisioneira dos amalequitas, junto com as famílias de todos os guerreiros de Davi, e Davi teve de a salvar.
No entanto, mais tarde, Abigail ganhou segurança e prestígio, quando Davi se tornou rei. Ela também teve um filho de Davi, chamado Daniel, também conhecido como Quileabe. Abigail foi sensata e temente a Deus e Ele a recompensou por sua sabedoria.

quarta-feira, 7 de novembro de 2018

APRENDENDO COM PAULO (PARTE 31)



APRENDENDO COM PAULO

Steve Brown escreveu: “Filhos fogem da Lei, e fogem também da graça, mas, aqueles que fogem da lei nunca mais voltam. A graça, ao contrário, sempre traz os seus de volta para casa”.

Que história maravilhosa, a história de Paulo. Um homem cheio da chamada “ira santa”, tomado por um desejo de morte para com aqueles que criam diferentemente dele, e disposto a tudo para eliminar o que ele acreditava ser uma heresia maligna que corrompia o povo judeu.
Acontece que, a caminho de Damasco, ele encontra aquele a quem perseguia: Jesus Cristo.
Paulo cai do cavalo literalmente, e numa conversa franca, Jesus o perdoa e o recruta para que fosse o maior pregador do Novo Testamento.
Os homens que o acompanhavam o levaram para uma casa na Rua Direita, onde ele esperava confuso, atemorizado e cego, por aquele que seria o instrumento de Deus para prepará-lo para a grande jornada da sua vida.
O homem recrutado por Deus se chamava Ananias, cujo nome significa “A graça de Deus”.
Interessante as coincidências de Deus. A graça abriu os olhos de Paulo, e se tornou o cerne da sua mensagem.
Ananias impôs-lhe as mãos, e Paulo recuperou muito mais do que a visão; ele foi batizado pelo Espírito Santo e saiu dali para transformar o mundo.
Ainda que Paulo tivesse se convertido, e recebido a extraordinária revelação da graça de Deus na pessoa de Cristo, foi somente por meio dos anos que essa tremenda verdade foi penetrando os recônditos da sua mente, sentimentos e até as entranhas.
Para exemplificar melhor, no início da carreira apostólica, Paulo ainda apresentava ranços do velho homem, quando afirmava estar à altura dos demais apóstolos, afinal, havia recebido o evangelho do próprio Cristo, e não de homens.
Acontece que os anos passaram, e quanto mais a revelação da graça se aprofundava em sua vida, mais ele percebia o quanto precisava melhorar. Nesta época, Paulo já não se via como um grande apóstolo, mas como o menor deles.
O paradoxo dessa verdade é que, ainda que a glória do evangelho estivesse evidente na sua vida, manifestando-se por meio de milagres, conversões, sabedoria, revelações, essa mesma glória fazia com que ele se enxergasse pequeno diante da grandeza de Cristo.
Ao final da vida, Paulo faz uma declaração linda: “Jesus Cristo veio salvar os pecadores, dos quais eu sou o maior”.
Não creio que, a essa altura, Paulo tivesse uma autoimagem negativa ou fosse tomado por culpa. Muito pelo contrário! Neste tempo, ele sabia que havia feito um grande trabalho. Na carta de despedida ao seu discípulo e amigo Timóteo, ele diz: “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé”.
A verdade é que quanto mais nos aproximamos de Cristo, mais somos constrangidos pela sua graça, pelo seu amor, pelo seu perdão, pela honra que temos de proclamar o seu nome, e mais enxergamos quem somos diante da perfeição do nosso Salvador.
A graça nos convence das nossas limitações, sem nos trazer o peso da culpa.
A graça revela o nosso valor, sem nos tornar inchados ou soberbos.
A graça nos faz chorar e rir ao mesmo tempo. Ela nos encoraja a sonhar com o impossível, mas também nos ensina a nos alegrarmos com as pequenas coisas.
A graça que nos eleva é a mesma que nos torna humildes.
Sobretudo, a graça nos embriaga do amor de Cristo, do amor a Cristo, e do amor por aqueles a quem Cristo ama.
A história de Paulo é uma história de graça por excelência! Mas ela pode ser a minha; pode ser a sua.
O segredo para esta graça, acho que você já sabe: é conhecer o amor de Cristo, que segundo Paulo, tem comprimento, altura, largura e profundidade.
Agora, isso é uma tarefa para a vida inteira. Está interessado? Vamos juntos! 

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segunda-feira, 29 de outubro de 2018

APRENDENDO COM PAULO (PARTE 30)



QUEM É VOCÊ?

Precisamos ser sábios, usar nossa inteligência e questionar mais as coisas.
Devemos nos posicionar corretamente diante dos ensinamentos, das novidades, dos modismos que surgem.Temos de analisar, pedir a direção de Deus.


O apóstolo Paulo, em Gálatas 5.1-12, faz uma advertência à igreja. Ele diz:
“Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos submetais, de novo, a jugo de escravidão.



Eu, Paulo, vos digo que, se vos deixardes circuncidar, Cristo de nada vos aproveitará. De novo, testifico a todo homem que se deixa circuncidar que está obrigado a guardar toda a lei. De Cristo vos desligastes, vós que procurais justificar-vos na lei; da graça decaístes.


Porque nós, pelo Espírito Santo, aguardamos a esperança da justiça que provém da fé. 

Porque, em Cristo Jesus, nem a circuncisão, nem a incircuncisão têm valor algum, mas a fé que atua pelo amor. Vós corríeis bem; quem vos impediu de continuardes a obedecer à verdade? 

Esta persuasão não vem daquele que vos chama .Um pouco de fermento leveda toda a massa.

Confio de vós, no Senhor, que não alimentareis nenhum outro sentimento; mas aquele que vos perturba, seja ele quem for, sofrerá a condenação. Eu, porém, irmãos, se ainda prego a circuncisão, por que continuo sendo perseguido? Logo, está desfeito o escândalo da cruz. 


Tomara até se mutilassem os que vos incitam à rebeldia.”(Gálatas 5.1-12)


Paulo, como instrumento nas mãos de Deus, está alertando os gálatas sobre uma interrupção que ocorreu no processo deles. Ele lhes diz que iam muito bem, mas que se deixaram levar por “ventos contrários”.


É impossível nos mantermos na caminhada com Cristo se nos mostramos oscilantes, sem firmeza nos posicionamentos. É impossível nos mantermos firmes se não tivermos plena consciência de quem somos.


Você sabe quem você é? Sabe qual é a sua identidade?


Há vários exemplos de homens e mulheres sem identidade – no passado e hoje também.
Aquele que não sabe quem é segue qualquer tipo de “novidade”.


O primeiro a sofrer de crise de identidade, foi Lúcifer. Ele não entendeu que o Senhor lhe havia feito “querubim da guarda, ungido”, o “sinete da perfeição”. Como não sabia quem era, desejou ser igual a Deus. E isso ocorre com todos aqueles que não sabem quem são. 

Acabam se fixando em outras pessoas, em modelos que eles criam para si.


Foi o que aconteceu com um dos maiores artistas pop da atualidade. Ele chegou ao ponto de mudar de raça. Ele queria ser branco, e não negro.


Quem não tem identidade própria pode se tornar qualquer coisa.


O diabo se aproveita disso. Ele tentou fazer com que Jesus se desviasse de sua missão. Para isso, lançou dúvida sobre a identidade do Senhor:

 “Se és filho de Deus...” (Mt 4.3).

Mas com Jesus Satanás não conseguiu nada. Sabe por que?


Porque Jesus sabe quem ele é. E o que temos de fazer é isso também. 

Temos de ser como Jesus. Temos de saber quem somos. 


Quem é você? 

quinta-feira, 18 de outubro de 2018

APRENDENDO COM JESUS




A Pessoa de Cristo

O Cristianismo bíblico afirma que Cristo possui duas naturezas, que ele é tanto divino quanto humano. Ele existe com Deus o Pai na eternidade como a segunda pessoa da trindade, mas tomou a natureza humana na ENCARNAÇÃO. O que resulta disso não compromete ou confunde a natureza divina com a humana, de modo que Cristo é totalmente Deus e totalmente homem, e permanecerá nessa condição eternamente. Às duas naturezas de Cristo subsistindo em uma pessoa dá-se o nome de UNIÃO HIPOSTÁTICA.
Algumas pessoas alegam que essa doutrina gera uma contradição; contudo, antes de providenciarmos respaldo bíblico para essa doutrina, vamos primeiro defender sua consistência lógica.

Recordemos nossas primeiras discussões sobre a Trindade. A formulação doutrinária histórica da Trindade diz: “Deus é um em essência e três em pessoa”. Essa proposição não é contraditória. Para haver uma contradição nós precisamos afirmar que “A é não-A”. 

Em nosso caso, isso se traduz assim: “Deus é um em essência e três em essência”, ou “Deus é um em pessoa e três em pessoa”. Afirmar que Deus é um e três (não um) ao mesmo tempo e num mesmo sentido é contradizer-se. Porém, nossa formulação doutrinária diz que Deus é um em um sentido e três em um sentido diferente: “Deus é um em essência e três em pessoa”. Além disso, embora cada uma das três pessoas componha de forma completa um único Deus, a doutrina não se torna um triteísmo desde que ainda haja um único Deus e não três.

A “essência” na formulação acima se refere aos atributos divinos ou a cada definição de Deus, tanto que todas as três pessoas de Deus preenchem completamente a definição de deidade. Mas isso não implica em um triteísmo porque cada definição de deidade inclui o atributo ontológico da Trindade, de modo que cada membro não é um Deus independente. 

O Pai, o Filho, e o Espírito são “pessoas” distintas porque representam três centros de consciência dentro da Divindade. Portanto, embora os três participem completamente da essência divina de modo a formarem um [único] Deus, esses três centros de consciência resultam em três pessoas dentro desse único ser Divino.

De modo similar, a formulação doutrinária da pessoalidade e encarnação de Cristo diz que ele é um em um sentido e dois em um sentido diferente. Que ele é um em pessoa, mas dois em natureza.

Para esclarecer essa formulação doutrinária, nós precisamos definir os termos e compará-los à formulação doutrinária da Trindade. Do mesmo modo que “natureza” é usada na formulação doutrinária da encarnação, “essência” é usado na formulação doutrinária da Trindade. 

Eles se referem à definição de algo, e a definição de algo muda de acordo com os atributos ou propriedades desse algo. Pessoalidade é novamente definido pela consciência ou intelecto. Agora, a definição de Deus inclui o atributo ontológico da Trindade, e embora exista um só Deus, existem três pessoas divinas ocupando completa e igualmente os mesmo atributos que definem a deidade.

Na encarnação, Deus o Filho tomou para si a natureza humana; isto é, ele adicionou à sua pessoa a parte dos atributos que definem o homem. Ele fez isso sem sobrepor uma natureza a outra, de maneira que ambos os atributos permanecem independentes. Assim, sua natureza divina não se misturou à sua natureza humana, e sua natureza humana não foi divinizada por sua natureza divina. Essa formulação também protege a imutabilidade de Deus o Filho, uma vez que a natureza humana não modifica em nada sua natureza divina.

A objeção de que os atributos divino e humano necessariamente se contraditam quando possuídos por uma mesma pessoa falha em não perceber que esses dois atributos são independentes no Deus o Filho. Por exemplo, Cristo não era onisciente em relação a seus atributos humanos, mas era onisciente em relação a seus atributos divinos, e isso é verdade ainda hoje. Seus atributos divinos não divinizaram seus atributos humanos.

Essa formulação doutrinária da encarnação é imune à contradição, desde que nós não afirmemos que Cristo é um e dois ao mesmo tempo e num mesmo sentido. O que afirmamos é que Cristo é uma pessoa com dois tipos de atributos. Visto que essa formulação não degenera em uma contradição lógica, isto é estabelecido como verdade se pudermos demonstrar que Cristo é tanto Deus quanto homem através de exegese bíblica.

Iremos primeiro considerar algumas passagens que indicam a DEIDADE de Cristo. No início de seu Evangelho, o apóstolo João refere-se a Jesus Cristo como o logos , ou a Palavra :

“No princípio era aquele que é a Palavra. Ele estava com Deus, e era Deus. Ele estava com Deus no princípio. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele; sem ele, nada do que existe teria sido feito.” (João 1:1-3, NVI)

O verso 1 começa afirmando a pré-existência de Cristo, dizendo que ele existia antes do evento da criação. O próprio Cristo confessou sua pré-existência em João 8, dizendo, “Eu lhes afirmo que antes de Abraão nascer, Eu Sou” (v.58) A palavra Deus (grego: theos) nesse verso se refere ao Pai, e “a Palavra estava com Deus” indica que Cristo não é idêntico ao Pai em termos de sua pessoalidade. Contudo, ele não é menos que Deus em termos de seus atributos, pois o verso continua a dizer, “a Palavra era Deus.” Essa é uma indicação explícita da atribuição de deidade a Jesus Cristo. As palavras, “Ele estava com Deus no princípio”, no verso 2, novamente afirmam sua pré-existência e o fato de que ele é distinguível do Pai.

O verso 3 fala de Cristo como o agente da criação, dizendo, ‘Todas as coisas foram feitas por intermédio dele; sem ele, nada do que existe teria sido feito”. Isso concorda com a cristologia de Paulo, que escreveu em Colossenses 1:16, “Pois nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis,sejam tronos ou soberanias, poderes ou autoridades;todas as coisas foram criadas por ele e para ele”. Cristo não somente é o criador do universo, mas ele agora sustenta sua própria existência. Paulo diz que “nele tudo subsiste” (v.17). Foi através de Cristo que Deus “fez o universo” e é também Cristo que “sustenta todas as coisas por sua palavra poderosa” (Hebreus 1:2-3).

Colossenses 2:9 diz, “Pois em Cristo habita corporalmente toda a plenitude da divindade”. Tito 2;13 diz, “aguardamos a bendita esperança: a gloriosa manifestação de nosso grande Deus e Salvador, Jesus Cristo”. Em Hebreus 1:3 lemos, “O Filho é o resplendor da glória de Deus e a expressão exata do seu ser”. Hebreus 1:8 faz uma aplicação messiânica do Salmo 45:6-7, quando Deus diz a Cristo, “O teu trono, ó Deus, subsiste para todo o sempre; cetro de eqüidade é o cetro do teu Reino”. Assim, o próprio Deus o Pai declara que Jesus é Deus, e diz que seu domínio é “para todo o sempre”. Finalmente, Paulo escreve em Filipenses 2:6 que Cristo, “embora existindo na forma de Deus,” tomou sobre si atributos humanos.

Agora nós veremos algumas passagens que indicam a HUMANIDADE de Cristo. Após afirmar fortemente a deidade de Cristo, o apóstolo João escreve em seu Evangelho , “Palavra tornou-se carne e viveu entre nós” (João 1:14). Hebreus 2:14 diz, “Portanto, visto que os filhos são pessoas de carne e sangue, ele também participou dessa condição humana, para que, por sua morte, derrotasse aquele que tem o poder da morte...”. Paulo é muito explícito a respeito da humanidade de Cristo quando escreve em 1 Timóteo 2:5, “Pois há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens: o homem Cristo Jesus”.

Várias passagens na Bíblia indicam que, em sua natureza humana , Jesus tinha verdadeiras limitações. Por exemplo, ele esteve “cansado da viagem” em João 4:6, faminto em Mateus 21:18, e sedento em João 19:28. E o mais significante, “ele sofreu a morte” (Hebreus 2:9) para comprar a salvação para seus eleitos.
Algumas passagens na Bíblia afirmam ou implicam tanto a divindade quanto a humanidade de Cristo. 

Por exemplo, João 5:18 diz que os Judeus procuravam matar a Jesus porque ele “estava dizendo que Deus era seu próprio Pai, igualando-se a Deus.” Eles o viram como um homem, mas ele reivindicava ser Deus. João 8:56-59 descreve outro conflito semelhante a este:

‘Abraão, pai de vocês, regozijou-se porque veria o meu dia; ele o viu e alegrou-se'. Disseram-lhe os judeus: ‘Você ainda não tem cinqüenta anos, e viu Abraão?'. Respondeu Jesus: ‘Eu lhes afirmo que antes de Abraão nascer, Eu Sou!'. Então eles apanharam pedras para apedrejá-lo, mas Jesus escondeu-se e saiu do templo.

As pessoas reconheceram que em sua vida humana, Jesus não tinha ainda cinqüenta anos de idade e afirmava conhecer pessoalmente a Abraão. Aqueles que o ouviram não contestaram sua humanidade, mas entenderam que suas palavras continham uma reivindicação de divindade.

Mateus 22:41-45 também afirma que Jesus é tanto Deus quanto homem:

Estando os fariseus reunidos, Jesus lhes perguntou: “O que vocês pensam a respeito do Cristo? De quem ele é filho?”. “É filho de Davi”, responderam eles. Ele lhes disse: “Então, como é que Davi, falando pelo Espírito, o chama ‘Senhor'? Pois ele afirma: ‘O Senhor disse ao meu Senhor: Senta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos debaixo de teus pés'. Se, pois, Davi o chama ‘Senhor', como pode ser ele seu filho”.

Os fariseus reconheceram que o Cristo deveria ser o filho de Davi, e como filho de Davi, Cristo deveria ser humano. Contudo, enquanto estava “falando pelo Espírito”, de modo que não poderia estar errado, Davi chamou Cristo de “Senhor”, como uma designação de divindade. Portanto, o Cristo deveria ser o descendente humano e o divino Senhor de Davi – Cristo deveria ser Deus e homem.  

Vincent Cheung

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