Joana: Uma mulher rica, porém humilde
Existem alguns personagens na Bíblia
que bem pouco se sabe a seu respeito, outros, talvez por ter mais
destaque na história universal, acabamos encontrando fontes mais
confiáveis para traçar um perfil. Joana é um desses personagens que a
Bíblia fala somente uma vez, mas que se revelou de grande relevância no
dia a dia do Ministério de Jesus na terra.
Joana foi acima de tudo um exemplo
de humildade. Mulher de Cuzá, procurador de Herodes, esta mulher que
frequentava a sociedade romana de sua época, não se importou de ser
vista junto com os discípulos de Jesus e sofrer suas dores e até mesmo a
perseguição imposta pelos falsos religiosos da época.
Primeiro é preciso lembrar quem eram
os seguidores do Mestre, homens do povo, pescadores, cobradores de
impostos, conhecidos como publicanos e que não gozavam da simpatia do
povo, mulheres libertas de legiões de demônios, ex-prostitutas, além de
todo tipo de ex que você possa imaginar: ex-coxo, ex-cego, ex-paralítico
e até ex-gago. Tinha de tudo.
Na única referência a Joana, diz o
Evangelho de Lucas: “E aconteceu, depois disto, que andava de cidade em
cidade, e de aldeia em aldeia, pregando e anunciando o evangelho do
reino de Deus; e os doze iam com ele, e algumas mulheres que haviam sido
curadas de espíritos malignos e de enfermidades: Maria, chamada
Madalena, da qual saíram sete demônios; e Joana, mulher de Cuza,
procurador de Herodes, e Suzana, e muitas outras que o serviam com seus
bens.”(Lucas 8:1-3).
Jesus andava de aldeia em aldeia, de
cidade em cidade e com Ele iam seus doze discípulos e algumas mulheres.
Joana, então, é citada com a referência de ser esposa de um nobre do
Império Romano chamado Cuza, que ocupava um cargo de destaque junto a
Herodes, pois era o responsável direto por suas finanças.
Joana provavelmente foi uma das
mulheres curadas por Jesus que o seguia por amor, por gratidão e ela
servia a Jesus com seus bens. Joana era uma mulher rica e depositou seu
principal tesouro aos pés de Jesus: seu coração. Os bens consagrados a
Deus, colocados a serviço da Obra, são apenas uma consequência de um
coração entregue a Jesus.
As companheiras de Ministério de
Joana eram mulheres totalmente diferentes dela, mulheres tão
maravilhosas quanto ela, mas que não eram refinadas, ricas e nem tinham a
posição social dela. Se Joana vivesse nos dias de hoje, seria uma
frequentadora das colunas sociais, das festas, das badalações inerentes
ao status social que ocupava na corte de Herodes.
Esta mulher rica, refinada,
acostumada a frequentar as altas rodas sociais da corte de Herodes, não
fez caso de seus anéis, de suas joias, do conforto de sua casa para
servir a Jesus, o pobre Galileu que sequer tinha uma casa para chamar de
sua e seguiu com Ele de aldeia em aldeia, servindo com alegria ao
Senhor com seus bens.
Deus move as peças do jogo para
alcançar Seus propósitos. Ninguém é inservível para a Obra de Deus,
assim como ninguém, por mais rico que seja, terá qualquer tratamento
diferenciado no Reino de Deus. Somos todos iguais diante Dele, gregos,
troianos, paulistas e paraibanos.
Vamos em frente. Alguns
historiadores especulam que Joana teria sido testemunha da morte de João
Batista, já que frequentava as festas de Herodes. Pode ser, faz
sentido, mas não é importante. O que de fato importa na vida desta
mulher nobre é sua disposição de servir a Jesus e seus discípulos,
sempre lembrando que aquelas pessoas que seguiam Jesus era muito
diferentes dela e não deve ter sido nada fácil para Joana confessar sua
fé em Jesus, não deve ter sido fácil enfrentar a sociedade e suas
regrinhas de “ouro”.
Não se sabe qual a posição de Cuza
em relação à fé de sua esposa, mas provavelmente ela não teve apoio do
marido para deixar sua casa, suas obrigações sociais, sua família para
seguir Jesus durantes dias e dias fora de Cafarnaum.
Não precisamos saber os detalhes
para imaginar que Joana enfrentou todo tipo de obstáculo para seguir
Jesus, mas o exemplo de humildade dela é fundamental para alimentar a fé
de milhares de servos de Deus por todos os lugares onde é pregado o
Evangelho de Jesus e sua pequena história de humildade e fé é contada.
A questão é que tem muita gente boa,
em cargos de destaque que preferem amar Jesus de longe, por medo de
serem mal vistos pela sociedade. Quando a gente diz a alguém que é servo
de Deus, sofre, inevitavelmente, o bulling religioso. Algumas pessoas
até dizem que nem poderiam imaginar que você é evangélico, porque você é
uma pessoa tão inteligente!
Pois é. Não é fácil confessar Jesus
diante dos homens, mas é indispensável: “Se com a tua boca confessares
ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre
os mortos, serás salvo.” (Romanos 10:9). A salvação é para os fortes,
para os valentes, para aqueles que não têm por preciosa sua própria vida
social, ou seus “amigos”, ou seus muitos motivos para continuar sendo
um agente secreto de Deus. Só tem um probleminha: nunca li na Bíblia
nada a respeito de agentes secretos de Deus. Deve ser porque não existe.
Confesse, creia, faça diferença onde você estiver e você terá um milhão
de motivos para ser cada dia mais feliz.
Fonte: sombradoonipotente.blogspot.com.br
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