terça-feira, 30 de agosto de 2016

APRENDENDO COM AGAR

   












Agar, uma mulher empurrada para o deserto 


Agar era uma serva egípcia de Sara, mulher de Abraão, e que foi dada pela mesma para gerar um filho de Abraão afim de cumprir a promessa de Deus, já que Sara era estéril.
Na verdade Sara quis dar uma ajudinha para Deus, na sua pequenina fé e deu a maior confusão e aí quem acabou levando a pior foi  Agar, que acabou entrando  nesta história.
Pois é, Agar, em obediente a sua senhora fez como o mandado e gerou um filho o qual se chamou Ismael, cujo nome significa "Deus ouve".

Esta história emocionante encontra-se no livro de Gênesis entre os capítulos 16 a 21. Mas, o que eu quero chamar à atenção não é propriamente ao começo desta história, mas sim ao desfecho dela. 
Agar sofreu muitas humilhações pelo ciúmes de Sara, por duas vezes foi mandada embora, mas, em nenhuma das vezes abandonou seu filho.

Da primeira vez, saiu ela sem rumo, grávida, mas foi achada junto a fonte de águas pelo Anjo do Senhor que lhe fez uma promessa e a fez retornar.
Da segunda vez, com o filho já crescido, foi ela novamente humilhada e mandada embora e, sem rumo, partiu pelo deserto com seu filho, e dessa vez, no auge do seu desespero, já sem água para beber, afastou-se dele, por não querer vê-lo morrer.

Só quem tem um filho pode imaginar a dor dessa mãe, o sofrimento dela vendo seu filho prestes a morrer e sem poder fazer absolutamente nada.

Então Agar, longe senta-se sem forças e chora, e seu choro foi de desespero, ela levantou a sua voz angustiada a esperar a morte.
Mas aí, algo acontece! Não foi só Agar quem sofreu alí. Naquele cenário estava seu filho, ele já não era mais criança, ele entendia tudo o que estava acontecendo, ele também se sentiu rejeitado e humilhado pelo pai, ele também sentiu a morte de perto e ele também chorou.

E a Bíblia diz que, nesse momento apareceu o Anjo do Senhor e disse a Agar que Deus havia ouvido o choro do menino, veja bem, Deus ouviu o choro de Ismael.

Deus ouviu aquela mãe e aquele filho em meio ao deserto do desespero, e Deus continua a ouvir.
Quantas mães e quantos pais choram hoje por seus filhos que estão prestes a morrer envolvidos com tantas coisas que podem levá-los a morte. Quantos filhos choram também por ver que estão caminhando para a morte mas não tem forças para abandonar o erro. Mas Deus ouve!

Assim como Deus ouviu o choro de Agar e de Ismael ele ouve o choro daquele que desesperado espera por um socorro.
Não importa sua situação no momento, clame a Deus e espere Nele, pois Ele cumprirá todas as promessas na tua vida e na tua família. No meio do deserto não há onde correr nem a quem buscar, mas Deus  vê e ouve e mais  do que isso, Ele faz!

O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã!

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

APRENDENDO COM AMÓS (PARTE 10)


Amós: "Eu Não Sou Profeta"

Amós teve uma missão difícil.  Este pastor de ovelhas de Judá foi enviado por Deus para a nação de Israel, durante o reinado próspero de Jeroboão II, para alertar o povo que Deus estava prestes a destruí-los.  

A pregação dele parecia ridícula.  Como poderia uma nação forte, vivendo na luxúria do poder militar, ser tão rapidamente destruí-da?  O povo ficou perturbado pela sombria mensagem deste pregador estrangeiro.  Até mesmo os líderes religiosos, que deveriam compartilhar a nobre missão de Amós, rejeitaram-no e a sua pregação.  Um sacerdote chamado Amazias disse a ele que voltasse para seu próprio país e que nunca mais profetizasse em Israel (7:10-13).

Amós replicou:  "Eu não sou profeta, nem discípulo de profeta, mas boieiro e colhedor de sicômoros.  Mas o Senhor me tirou de após o gado e o Senhor me disse:  Vai e profetiza ao meu povo de Israel.  Ora, pois, ouve a palavra do Senhor.  Tu dizes:  Não profetizarás contra Israel, nem falarás contra a casa de Isaque.  Portanto, assim diz o Senhor . . ." (7:14-17).

Amós não foi criado para ser um profeta.  Ele não recebeu treinamento especial em alguma escola para formar profetas.  Ele era apenas um homem comum, que proclamou uma mensagem de Deus.  Reis e sacerdotes não gostaram de sua mensagem, mas era a verdade.

Qual é a lição para hoje?  Deus não está impressionado com os ensinamentos teológicos em seminários, e nunca exigiu isso dos seus servos.  

Um homem não precisa da permissão de alguma autoridade eclesiástica para pregar o evangelho.  O que ele precisa é de uma dedicação inabalável à verdade da palavra de Deus.  

Vamos esquecer de vazias credenciais humanas e insistir na pregação nítida da palavra inspirada por Deus.  Esta é a verdade que nos libertará (João 8:32).


O Prumo de Deus (A VISÃO DE AMÓS)

A mensagem do profeta Amós aplicada nos dias atuais

Amós foi um profeta de Deus no 8º século antes de Cristo. 

Foi enviado de Judá, o reino do sul, a Israel, o reino mais corrupto ao seu norte, para chamar o povo ao arrependimento. A tarefa de Amós foi difícil. 

Sob o governo do rei Jeroboão II, a nação de Israel vivia na maior prosperidade desde os reinados de Davi e Salomão mais de 200 anos antes. 

Aquele povo, como muitas pessoas religiosas hoje, interpretava a prosperidade como sinal da aprovação divina e, por isso, foi resistente aos desafios lançados por profetas como Amós. Mas Jeroboão II, como todos os reis do Norte antes e depois dele, foi um homem desobediente ao Senhor. Depois de séculos de idolatria e rebeldia, o povo estava chegando cada vez mais perto do castigo de Deus.

Vamos observar alguns dos temas das pregações de Amós para ver, depois, aplicações nos dias de hoje.

Um povo abençoado pode perder o favor de Deus

Houve uma época em que o povo de Israel foi muito privilegiado. Deus o chamou da escravidão no Egito e lhe deu a terra de Canaã. Mas, ele prometeu castigar a nação se ela se tornasse desobediente (3:1-3). 

Israel tinha um passado glorioso, mas, na época de Amós, não estava mais servindo ao Senhor. O problema foi simples – eles deixaram de andar conforme a vontade de Deus: “Andarão dois juntos, se não houver entre eles acordo?” (3:3). [Nota: Citações neste artigo que não incluem o nome do livro são de Amós]

O povo se acostumou tanto com a sua prosperidade e o conforto que gozava que não conseguia nem imaginar um castigo severo. Não esperava a justiça de Deus, embora seus atos estivessem invocando a ira do Senhor sobre a nação rebelde: “Vós que imaginais estar longe o dia mau e fazeis chegar o trono da violência” (6:3).

Pode nos surpreender descobrir que este mesmo povo rebelde ainda mantinha diversas práticas religiosas. Hoje em dia, muitas pessoas acham suficiente fazer parte de alguma igreja e aparecer com alguma freqüência nas reuniões de louvor, talvez levando alguma oferta à igreja. Devemos congregar em uma igreja fiel (Hebreus 10:24-25), e devemos fazer as nossas ofertas (2 Coríntios 9:7), mas Deus quer mais. O povo de Israel levava sacrifícios diários e levava os dízimos até duas vezes por semana (4:4), mas Deus o rejeitou! Apesar de participarem de alguns atos de adoração, esses israelitas não se converteram ao Senhor (4:6,8,9,10,11). Mesmo pessoas que freqüentam uma igreja e ofertam seu dinheiro podem ser rejeitadas pelo Senhor!

O Prumo de Deus (Amós 7:1-9)

No início do capítulo 7, Amós relata uma série de três visões de julgamento: os gafanhotos, o fogo consumidor e o prumo. Nas duas primeiras, Deus atendeu às súplicas do profeta e desistiu dos seus planos de destruir a nação. Mas na terceira visão, Deus deixou claro que não voltaria atrás. 

Israel seria julgado.
Amós viu um muro levantado a prumo (7:7). Israel foi construído conforme a planta de Deus, cumprindo as profecias dadas a Abraão, Isaque e Jacó. Quando se trata do povo de Deus, devemos lembrar que a casa pertence ao Senhor. Ele fez a planta original. Israel começou bem, conforme o plano de Deus.

O Senhor tinha um prumo na mão e disse que poria um prumo no meio do povo (7:7-8). Deus voltou, séculos depois da construção original de Israel, para ver se o edifício ainda estava reto segundo a planta original. A mesma medida usada na construção é utilizada para fiscalizar a obra séculos depois. 

Deus não procurava alterações e “melhoramentos” humanos. Ele queria um povo fiel às instruções originais. Jesus disse que ele nos julgará pela palavra revelada no primeiro século (João 12:48). Devemos nos preocupar com a nossa fidelidade à planta original.

Deus levanta com a espada na mão (7:8-9). Quando a casa não passou na fiscalização divina, Deus mandou derrubá-la! Entendendo a severidade de Deus contra o povo que desviou de seu propósito original, quem teria coragem hoje de mudar alguma coisa na casa dele?

A Rejeição de Amós (Amós 7:10-13)

Quando Amós transmitiu a mensagem de Deus ao povo, ele enfrentou forte oposição. Amazias, sacerdote de Betel, opôs-se ao trabalho de Amós e tentou expulsá-lo do país (7:10-13). Considere as táticas e os argumentos dele:

●   Usou a sua influência política, pois não tinha argumento das Escrituras (7:10).
●   Usou o povo – e não a palavra de Deus – como padrão, dizendo: “a terra não pode sofrer as suas palavras” (7:10-11). 
●   Desprezou o profeta de Deus por ser estrangeiro ao invés de considerar a mensagem dele (7:12). Amós não escolheu o lugar de seu nascimento, mas decidiu ser fiel ao Senhor e pregar a palavra pura de Deus.
●   Defendeu seu “território” com a autoridade dada pelos homens, citando o santuário do rei – não de Deus! – e o templo do reino – não do Senhor! (7:13).

A Resposta do Profeta (Amós 7:14-17)

Amós não foi intimidado pela censura de Amazias. A réplica dele consiste de três pontos importantes, que ensinam lições importantes para os dias de hoje. Considere as palavras de Amós:

●   “Não sou profeta, nem discípulo de profeta” (7:14). Amós não tinha o “pedigree” certo para impressionar os homens. Na linguagem moderna, ele teria dito que não fez seminário, nem curso superior de teologia. Ele veio da roça para pregar a palavra de Deus! Ele não pertencia a algum “clube de pastores” que se elevava acima das pessoas comuns, e até acima da própria palavra de Deus.

Amós seria bem-vindo na maioria das igrejas hoje? Pedro poderia pregar nelas? João Batista, com suas roupas rústicas e costumes esquisitos, poderia subir aos púlpitos nas igrejas nas nossas cidades? O próprio Jesus, rejeitado pelos líderes religiosos de sua época, seria aceito pelos líderes hoje?
Muitas igrejas hoje se preocupam muito em impressionar o mundo.

 Sua literatura e seus sites na Internet destacam os feitos profissionais e educacionais dos homens. Não dá nem para imaginar Pedro apresentando “o nosso irmão, o famoso Doutor Paulo, formado em teologia na escola de Gamaliel, reconhecido internacionalmente como missionário de renome...”.

 O próprio Paulo considerava tais qualificações “como refugo” (Filipenses 3:4-11) e determinou pregar apenas a mensagem simples e importante de Jesus Cristo crucificado (1 Coríntios 2:1-5). As igrejas de hoje que engrandecem as qualificações carnais dos homens devem sentir profunda vergonha diante de exemplos como Amós, João Batista, os apóstolos e o próprio Jesus.

●   Mas o Senhor me mandou pregar (7:15). A única autorização que precisamos para pregar a palavra de Deus é a ordem do Senhor! Não depende de diploma, certificado ou qualquer outro documento humano. Jesus enviou seus apóstolos ao mundo (Mateus 28:18-19), e estes equiparam outros servos, que ensinaram outros a continuar fazendo o trabalho do Senhor 
(2 Timóteo 2:2). 

●   Você pode tentar proibir a pregação da verdade, mas não mudará nada da vontade de Deus. Sua rejeição trará a ira de Deus sobre você (7:16-17).

O Prumo de Deus Hoje

A construção deve ser uma casa espiritual com Jesus como a pedra angular (1 Pedro 2:1-8). Ilustrações como esta nos convidam a examinar as nossas práticas à luz das Escrituras, comparando a planta de Deus com o muro torto dos homens. Como o prumo deve ser aplicado hoje? Considere alguns exemplos: 

●   Pregar Cristo ou pregar doutrinas dos homens (1 Coríntios 2:1-2,5)? Em muitas igrejas hoje, pregações e aulas têm pouco conteúdo bíblico e muitas idéias de psicólogos querendo deixar os ouvintes se sentirem bem. Paulo nos alertou deste perigo e nos deu a resposta certa (2 Timóteo 4:1-5). 
●   Louvar a Deus, conforme a sua vontade, ou fazer show para atrair os homens? 
●   Respeitar as instruções de Deus sobre a liderança nas igrejas, ou escolher homens e mulheres conforme a vontade da sociedade? 
●   Pregar tudo que a Bíblia diz sobre a salvação, ou diluir a palavra para tentar facilitar o ingresso no reino? 
●   Abrir mão do materialismo e das coisas que o mundo valoriza, ou pregar a prosperidade e a saúde como direitos dos fiéis?

A Fiscalização de Deus

A mensagem de Amós não foi bem aceita, mas foi verdadeira. Ele avisou o povo do perigo de ser religioso sem ser obediente a Deus. Agora, mais de 2.700 anos mais tarde, o que nós faremos com a mensagem deste profeta? 

Se Deus ficasse no meio do povo religioso hoje – seja católico, seja evangélico – com seu prumo na mão, qual seria o resultado da fiscalização?

Se o muro está torto, devemos ter coragem para derrubá-lo e voltar à planta original!

–por Dennis Allan

APRENDENDO COM ISAIAS (PARTE 5)

Isaías - O Profeta do Messias

O cumprimento de profecia é uma das provas mais fortes de que a Bíblia é inspirada por Deus e que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus.  O Novo Testamento cita e aplica mais textos do livro de Isaías do que de qualquer outro profeta do Antigo Testamento.  De fato, Isaías é muitas vezes referido como o "profeta messiânico", por causa das muitas profecias dele que se cumprem especificamente em Cristo.  E ele escreveu essas profecias mais de 700 anos antes do nascimento de Jesus.

O propósito eterno de Deus foi descrito como um "mistério" até o momento que se revelou plenamente (Colossenses 1:26-27).  Não era um "mistério" no sentido de ser desconhecido por Deus, pois ele decidiu que o seu projeto de redenção residisse em Cristo "antes da fundação do mundo" (Efésios 1:4).  


Mas era um "mistério" simplesmente porque os homens procuravam "qual a ocasião ou quais as circunstâncias oportunas, indicadas pelo Espírito de Cristo, que neles estava, ao dar de antemão testemunho sobre os sofrimentos referentes a Cristo, e sobre as glórias que os seguiriam" (1 Pedro 1:11).  

Quando os profetas falavam do Messias vindouro, faziam muitas predições específicas que mostravam que a mensagem deles era da parte de Deus, não do homem.  Além do mais, quando as predições específicas se cumprem, não resta dúvida da veracidade que Jesus é o Cristo.

Quem Poderia Ter Imaginado?
7:14 S "A virgem conceberá e dará à luz um filho, e lhe chamará Emanuel" (Cumprimento: Mateus 1:18-23).
8:14 S "Ele . . . será pedra de tropeço e rocha de ofensa" (Cumprimento:  Romanos 9:31-33).
28:16 S "Eis que eu assentei em Sião uma pedra, pedra já provada, pedra preciosa, angular, solidamente assentada" (Cumprimento:  1 Pedro 2:6-8; 1 Coríntios 3:11).
22:22 S "Porei sobre o seu ombro a chave da casa de Davi" (Cumprimento:  Apocalipse 3:7; Lucas 1:31-33).
35:5,6 S "Se abrirão os olhos dos cegos" (Cumprimento:  Mateus 11:5).
53:5,6 S "Pelas suas pisaduras fomos sarados" (Cumprimento:  1 Pedro 2:24-25).
53:9 S "Designaram-lhe a sepultura com os perversos, mas com o rico esteve na sua morte" (Cumprimento:  Mateus 27:57-60).
53:12 S "Foi contado com os transgressores" (Cumprimento:  Marcos 15:27-28).
25:8 S "Tragará a morte para sempre" (Cumprimento:  Lucas 24; 1 Coríntios 15:54).

Desafio para os Incrédulos

Deve-se pedir a todo judeu que afirma crer em Isaías como profeta de Deus, mas nega que Jesus é o Messias, que explique Isaías 53.  De quem o profeta estaria falando senão de Jesus?  Ao longo dos séculos, os judeus que rejeitaram a Jesus não procuraram um salvador sofredor, mas Isaías claramente descreve um Messias que seria sacrificado pelos nossos pecados.  Ao lermos Isaías 53, devemos ser levados a chorar de gratidão por compreendermos melhor o amor de Deus manifesto no dom de seu Filho.

Isaías profetizou dizendo que seria "mui disfigurado, mais do que . . . outro qualquer" (Isaías 52:14).  Quando refletimos em algumas das atrocidades da guerra de nossos dias, essa declaração pode parecer questionável à primeira vista.  Mas, quando nos recordamos de sua vida na terra do começo ao fim, não pomos em dúvida que as infâmias sofridas pelo Filho de Deus ultrapassaram o que qualquer outro homem jamais sofreu.

"Não tinha aparência nem formosura" (Isaías 53:2).  Isso não trata simplesmente de seu aspecto físico, pois o Novo Testamento não nos diz nada a esse respeito.  Mas ele abandonou a glória que tinha junto ao Pai por uma vida sem nada do que normalmente atrai as pessoas a seguir alguém, como riquezas e notoriedade política.  "De Nazaré pode sair alguma cousa boa?" (João 1:46).  "Era desprezado e o mais rejeitado entre os homens" (Isaías 53:3).  Nem mesmo o seu próprio povo o recebeu (João 1:11).  A cruz não foi a primeira tentativa para matá-lo.  As autoridades judaicas tentaram várias vezes, mas não poderiam matá-lo até que sua hora chegasse (João 12:23-28).  Era "homem de dores" (Isaías 53:3-4).  Ele chorou por causa de Jerusalém, que escondeu assim seu rosto dele.  Na noite em que foi traído, ele disse como sua alma era "profundamente triste" (Mateus 26:36-41).  "Por juízo opressor foi arrebatado" (Isaías 53:8).  Buscaram falsas testemunhas; três vezes Pilatos declarou sua inocência; e mesmo o ladrão na cruz disse:  "Este nenhum mal fez".

O lindo cântico de Paul Phillip Bliss expressa muito bem o louvor que devemos prestar ao pensar no projeto divino da redenção.

"Homem de Dores"; que nome
Para o Filho de Deus que desceu,
Para resgatar os pecadores arruinados!
Aleluia! Que Salvador!
Suportando a vergonha e o escárnio cruel,
Foi condenado em meu lugar,
Selou o meu perdão com seu sangue;
Aleluia! Que Salvador!
Nós, culpados, vis e sem solução;
Ele, o Cordeiro de Deus sem mancha;
Expiação plena. Será possível?
Aleluia! Que Salvador!
Quando vier o nosso glorioso Rei,
Para os seus remidos ao lar levar,
Cantaremos de novo a mesma canção:
Aleluia! Que Salvador!

por Robert F. Harkrider

APRENDENDO COM JESUS

O HOMEM-DEUS CHAMADO JESUS
 Base bíblica: João 1.6-14
“Houve um homem enviado por Deus cujo nome era João. Este veio como testemunha para que testificasse a respeito da luz, a fim de todos virem a crer por intermédio dele. Ele não era a luz, mas veio para que testificasse da luz, a saber, a verdadeira luz, que, vinda ao mundo, ilumina a todo homem…”
Jesus é o centro do cristianismo e de nossa fé. Mas também é uma pessoa que deixou marcas profundas na história do mundo. O ser humano já produziu muito nos campos da religião, arte e lite­ratura inspirados em Sua pessoa. Muitos são os entendimentos sobre Jesus e as definições sobre Sua pessoa, mas existiu apenas um Jesus. Uma música cristã que cantávamos antigamente dizia: “Muito embora um só Jesus exista, nem todos sabem vê-Lo como é…” E é exatamente esse o assunto da lição. Quem é Jesus? Deus ou homem? Homem-Deus ou Deus-Homem?

1. A humanidade de Jesus

Cremos que Jesus era homem e Deus ao mesmo tempo. Primeiro vamos estudar alguns elementos que podemos notar na pessoa de Cristo os quais provam que Ele era 100% humano. Nesse estudo, precisare­mos usar muitas referências bíblicas. Então, tome a sua Bíblia e mãos à obra.
1.1 Ele teve um corpo humano
Nasceu como todo ser humano (Lc 2.7). O nascimento de Jesus foi natural, embora com diferencial milagroso. Sua concepção foi pelo Espírito Santo e Seu nascimento virginal. Jesus nasceu como humano e assim teve a natureza humana aliada à Sua divindade. Foi o nascimento virginal de Cristo que tornou-Lhe possível a existência da natureza hu­mana sem a herança do pecado. Jesus foi concebido pelo Espírito Santo e assim teve a herança do pecado de Adão quebrada ao nascer. Conforme Lucas 1.35, Deus declara que Seu filho nasceria Santo.
1.2 Ele teve desenvolvimento intelectual e físico (Lc 2.40,52)
Os versículos apontam para o crescimento de um menino nas áreas física, intelectual e espiritual.
1.3 Ele sentiu emoçőes humanas
Vamos ver alguns exemplos: compaixão (Mt 9.36), amor (Jo 11.36), pesar (Jo 11.35; Mt 26.38) e indignação (Mc 10.14).
1.4 Ele teve desejos humanos
– não sofrer (Mt 26.39);
– obedecer (Lc 9.51).
1.5 Ele teve necessidades humanas
Ele sentia fome (Mt 4.2), sede (Jo 19.28), sono (Mt 8.24) e cansaço (Jo 4.6).
1.6 Ele foi reconhecido como homem
Por Si mesmo (Lc 19.10) e também pelos outros (Mt 13.55; 1Tm 2.5).
1.7 Ele foi chamado de “filho”
Essa palavra descreve não só descendência, mas também parentesco imediato. São três expressões diferentes no Novo Testamento: Filho de Maria (Mc 6.3), Filho de Davi (Mt 22.42-45) e Filho do Homem (Mt 9.6; Mc 2.10; Lc 5.24).
Você pode estar se perguntando: por que estudar a divindade de Cristo? Porque ela tem grandes implicações para a nossa fé. Millard Erickson nos dá algumas ideias que serão resumidas a seguir.
  • Ao ser enviado como membro da raça humana, Jesus qualificou-Se para ser o redentor, como representante da raça (Rm 5.12,18).
  • Ele experimentou tudo o que um ser humano experimenta: sentimentos, necessidades e limitações. Lemos em Hebreus 4.15 que por causa disso pode nos compreender me-lhor e demonstrar compaixão como nosso Sumo sacerdote, ou seja, alguém que é mediador do sacrifício para perdão dos nossos pecados.
  • Jesus mostrou o que era ser verdadeiramente humano. Algumas vezes resistimos à ideia da humanidade autêntica de Cristo porque sempre ligamos humanidade a erro e imperfeição. Mas Jesus, assim como Adão (antes da queda), era um exemplar perfeito da humanidade sem pecado.
  • Ele Se tornou nosso exemplo. Orou, dependeu de Deus e Se sujeitou à vontade do Pai, ainda quando isso incluiu sofrimento (1Pe 2.21).
  • Jesus Cristo, também chamado de Emanuel, foi Deus no meio de nós. Foi exemplo vivo da transcendência de Deus que veio viver no meio dos homens. Essa verdade nos dá confiança do interesse que Ele tem de ainda agir em nosso meio (Jo 1.14).

2. A divindade de Jesus

Você precisa ter em mente que cremos que Jesus era 100% homem e também 100% Deus. Usando a Bíblia como nosso instrumento principal, vamos estudar referências sobre a divindade de Cristo.
  1. Ele possui atributos que só Deus tem. Nenhum humano comum possui: autoexistência (Jo 5.26), imutabilidade (Hb 13.8), eternidade (Hb 7.3); onipresença (Mt 28.20).
  2. Ele fez coisas que só Deus pode fazer: criar o mundo (Jo 1.3), perdoar pecados (Mt 9.1,2), executar julgamento final (Jo 5.22).
  3. Ele recebe adoração. Os apóstolos eram homens consagrados, mas nunca aceitaram adoração (At 14.8-18). Jesus foi adorado por anjos (Hb 1.6; Ap 5.12,13) e por homens (Jo 9.38; 20.28; Mt 2.11; 14.33; 28.9,17).
  4. Ele possui títulos que só Deus tem, por exemplo: Jeová, que no Novo Testamento é tra­duzido por “Senhor” (Lc 2.11; 5.8), e “Filho de Deus” (Lc 1.35, Jo 5.18).
  5. Ele mesmo declarou ser Deus (Jo 5.18; 8.24,28,58; 10.30-33).
  6. Outras referências bíblicas (Jo 1.1; Rm 9.5; 1Jo 5.20).
Temos que pensar também em quais são as implicações da divindade de Cristo para nossa fé. Novamente com base em Erickson vamos resumir algumas delas:
  • podemos ter conhecimento real de Deus. Jesus não só anunciava a salvação, mas era o Deus que trazia salvação aos homens. Ele mesmo disse “quem me vê a mim vê o Pai” (Jo 14.9);
  • a redenção está à nossa disposição. O sacrifício de Jesus foi suficiente para a salvação de todo o que crê (1Pe 2.24);
  • Deus e os homens tiveram um novo relacionamento. Não houve intermediários, nem anjos e nem profetas. O próprio Deus veio até nós (Hb 10.19-22);
  • Ele é Deus e deve ser adorado como tal. Um dia será adorado por todos (Fp 2.10-11).

 3. A uniăo das duas naturezas

Nossa doutrina afirma que Jesus era, e é, plenamente Deus e plenamente homem. Essas duas naturezas não transformam Jesus em duas pessoas e, sim, numa pessoa com duas naturezas.
Estudamos isoladamente passagens que provam tanto a humanidade quanto a divindade de Cristo. Agora precisamos estudar algumas passagens que nos dão indicação das duas natu­rezas atuando juntas em uma única pessoa.
A primeira passagem é João 17.21-22. Nesse texto, o homem Jesus declara ser um só com o Pai. A referência nada declara sobre a humanidade de Jesus, mas o fato Dele mesmo declarar Sua divindade mostra que tinha o entendimento de que, mesmo sendo homem, possuía uma natureza em comum com o Pai, ou seja, a natureza divina.
Outros dois textos são importantes para nosso estudo (Jo 3.13 e 1Tm 3.16). Em João temos o uso do termo Filho do Homem (humanidade de Cristo) com a referência sobre ter descido do céu (divindade). Em Timóteo encontramos uma referência a Cristo no céu antes de Sua encarnação (contemplado por anjos – divindade), Sua encarnação como homem (ma­nifestado na carne – humanidade) e depois na Sua ressurreição e ascensão aos céus (recebido na glória – divindade e humanidade). Os dois textos sugerem harmonia e plenitude das duas naturezas. Nem esses e nem outros textos bíblicos sugerem revezamento, contradição ou mes­mo luta entre elas.
Na história da igreja, teólogos e intérpretes das Escrituras têm tentado propor soluções. Algumas delas boas, mas outras se tornaram desvios da doutrina bíblica de Cristo. O assunto é complexo, pois as duas naturezas têm características completamente opostas. Veja um resu­mo rápido de algumas delas.
  • Ebionistas – Séc II – Jesus era um homem notável com dons muito especias.
  • Docetistas – Jesus era Deus e parecia humano.
  • Gnósticos – Jesus e Cristo eram duas pessoas diferentes. Jesus era homem filho de Maria; Cristo era um espírito que veio sobre Jesus no batismo e O abandonou na crucificação.
  • Arianos – 280 d.C. – Jesus é a criação mais importante.
  • Eutiquianos – Jesus era só Deus e não humano.

Conclusăo

“Permanecendo o que era, tornou-se o que não era”. Eterna­mente Deus quando Se encarnou, Jesus continuou sendo Deus e Se tornou humano. Ele era verdadeiro Deus e verdadeiro homem.
Autor da lição: André Souza de Lima
>> Estudo publicado originalmente pela Editora Cristã Evangélica, na revista “Jesus Cristo Ontem, Hoje e Sempre”, da série Adultos. Usado com permissão.

APRENDENDO COM JOÁS

   









Joás, ascensão e queda de um jovem rei


A história de Joás é uma das mais dramáticas da Bíblia. Ele foi milagrosamente salvo da morte quando tinha apenas um ano de vida, graças a intervenção de uma tia. 

A rainha Atalia destruiu toda a descendência real da casa de Judá quando a princesa Jeosabeate escondeu por seis anos o sobrinho, junto com a ama dele, num quarto anexo ao templo de Jerusalém (2Cr 22.10-12). Deus usou Jeosabeate para preservar a descendência de Davi até Cristo, protegendo o único remanescente da linhagem real e messiânica.

Joás foi proclamado rei de Judá por volta do ano 835 a. C., pouco antes de Atalia ser morta pelos guardas do templo (2Rs 11.13-16; 2Cr 23.12-15). Ele é o mais novo rei a assumir o trono – sete anos de idade. Depois dele só Josias, com oito anos. Joás governou a nação de Judá por quarenta anos (2Cr 24.1). Seu tutor e conselheiro era o sacerdote Joiada, homem de Deus e esposo de Jeosabeate.

Joiada viveu até os cento e trinta anos de idade (2Cr 24.16), e durante toda sua vida o rei Joás se manteve reto nos caminhos do Senhor (2Rs 12.1-16; 2Cr 24.1-14), porém, logo após a morte do sacerdote, o rei foi procurado pelos príncipes de Judá (2Cr 24.17). A Bíblia não diz mas tudo indica que pediram “liberdade de culto” para o povo. As consequências foram desastrosas para Judá e o rei, conforme o relato de 2Crônicas 24.18-27.

Os profetas enviados por Deus para reconduzir o povo não foram ouvidos. O Senhor enviou o próprio filho de Joiada, Zacarias, no entanto, os judeus o apedrejaram e o mataram no pátio da Casa do Senhor, a mando de Joás (2Cr 24.19-21). “Assim, o rei Joás não se lembrou da benevolência que Joiada, pai de Zacarias, lhe fizera, porém matou-lhe o filho; este, ao expirar, disse: O SENHOR o verá e o retribuirá” (2Cr 24.22). Jesus faz alusão a esse episódio em Mateus 23.35. Joás é um dos três reis omitidos na genealogia de Jesus Cristo.

Em menos de um ano do ocorrido com Zacarias, Deus enviou o exército dos siros contra Joás, causando grande estrago na vida do povo e do rei (2Rs 12.17,18; 2Cr 24.23). “Ainda que o exército dos siros viera com poucos homens, contudo, o SENHOR lhes permitiu vencer um exército mui numeroso dos judeus, porque estes deixaram o SENHOR, Deus de seus pais. Assim, executaram os siros os juízos de Deus contra Joás” (2Cr 24.24).

O golpe de misericórdia contra Joás, por assim dizer, foi dado pelos próprios servos do rei: “Quando os siros se retiraram dele, deixando-o gravemente enfermo, conspiraram contra ele os seus servos, por causa do sangue dos filhos do sacerdote Joiada, e o feriram no seu leito, e morreu” (2Cr 24.25; cf. 2Rs 12.20,21).

Enquanto o sacerdote Joiada foi sepultado junto com os reis porque tinha feito bem em Israel e para com Deus e a sua casa (2Cr 24.16), o rei Joás, por ter desonrado o nome de Joiada e se apartado do caminho de Deus, foi sepultado na Cidade de Davi, mas não nos sepulcros dos reis (2Cr 24.26).

Fonte: www.prjosivaldo.blogspot.com.br

APRENDENDO COM LÓ (PARTE 3)


   














Ló, o Sobrinho de Abraão 


Pouca gente conhece a história de Ló, o texto bíblico mais conhecido de Ló é a destruição das cidades de Sodoma e Gomorra, mas a história deste personagem, pouco conhecido, é bem maior.

Quando Deus firmou Sua aliança com Abrão, ele saiu de sua terra, da casa de seu pai, da sua parentela e foi para uma terra desconhecida, mas que Deus prometeu que seria sua possessão e de sua descendência. Abrão (que mais tarde teria o nome mudado para Abraão) levou consigo tudo o que possuía, além de Sarai sua esposa e seu sobrinho Ló.

A narrativa bíblica diz que Abrão era um homem muito rico e Ló também era rico e quando deixaram Ur dos Caldeus, sua terra natal, ambos levaram consigo seus muitos bens materiais. Vale lembrar que naquele tempo a riqueza de uma pessoa era medida pelo gado, escravos, ouro e prata que possuía, não era como hoje que a riqueza se mede pelos imóveis, carros, iates, fazendas e empresas, por isso Abrão e Ló podiam levar com eles todos os seus bens.

Pois bem, eles chegaram às terras de Betel, depois de passar pelo Egito e habitaram ali, só teve um probleminha, a terra não tinha capacidade para alimentar os muitos rebanhos de Abrão e de Ló e houve conflito entre os pastores dos dois. A conclusão era lógica, Abrão e Ló não podiam mais habitar juntos.

Abrão chamou seu sobrinho Ló e pediu que ele escolhesse para onde queria ir, se Ló fosse para a direita, Abrão iria para a esquerda, ou o inverso.

A Bíblia diz que Ló levantou os olhos e viu toda a campina do Jordão, que era toda fértil, toda regada, como o “jardim do Senhor” e Ló escolheu para si as campinas do Jordão. Abrão foi no sentido oposto e habitou as terras de Canaã, que não eram tão belas quanto as campinas do Jordão, mas eram a terra prometida, a terra da aliança.

Ló tomou sua decisão pela aparência das terras, ele se decidiu pelo o que seus olhos viram, pela conveniência de habitar um jardim tão lindo quanto o jardim do Senhor, mas era só aparência, porque nas campinas do Jordão estavam as cidades Sodoma e Gomorra, famosas pelos pecados dos seus moradores e Ló armou suas tendas até Sodoma.

Uma decisão errada sempre traz consequências ruins, ainda mais se esta decisão não passou pela ponderação necessária, pelo critério da inteligência. As campinas do Jordão eram tão belas quanto perigosas, em função da proximidade das cidades pecaminosas e famosas por suas práticas.

Tem muita gente boa que age na vida do mesmo jeitinho desastrado de Ló, que julga pelas aparências, que não pede a Deus conselho, que se deslumbra facilmente com coisas, bens materiais ou posição social. Errado, porém comum. Na verdade é bem como diz o povo: “as aparências enganam” e como enganam. Eu até prefiro o outro ditado: “por fora bela viola, por dentro pão bolorento”.

A bela viola de Sodoma se mostrou a ruína de Ló. Primeiro, houve uma guerra entre os reis de Sodoma e Gomorra e vários reis que habitavam o vale de Sidim, que prevaleceram na batalha e tomaram todos os bens e mantimentos de Sodoma e Gomorra e tomaram Ló e todos os seus bens e fugiram. O cidadão achou que estava levando a maior vantagem em escolher as campinas do Jordão e acaba sequestrado. É assim mesmo, escolha errada, consequência ruim.

Pois é, mas um dos servos de Ló escapou e foi correndo contar para Abrão, aquele que ficou com o lado aparentemente pior da terra e ele tomou providencia imediata. Abrão reuniu trezentos e dezoito homens criados ou nascidos em sua casa, perseguiu os reis que haviam capturado Ló e a Bíblia diz: “E tornou a trazer todos os seus bens, e tornou a trazer também a Ló, seu irmão, e os seus bens, e também as mulheres, e o povo.” (Gênesis 14:16). Mais um ponto para Abrão (o primeiro foi deixar o sobrinho escolher para onde queria ir).

A vida de Ló era uma derrota total, ele fez uma escolha errada, aliás a segunda, a primeira foi perder a oportunidade de fazer também uma aliança com Deus, e a partir daí tudo deu errado em sua vida. Ele foi sequestrado numa guerra que não era dele e se não fosse Abrão, tinha perdido tudo o que tinha, inclusive a própria vida.

Um dia Deus resolveu destruir as cidades de Sodoma e Gomorra e avisou Abrão, que já se chamava Abraão. Deus sempre avisa Seus servos dos Seus planos e Abraão, que conhecia ao Senhor e sabia que Ele não coloca no mesmo saco pecado e pecador, perguntou a Deus: “Destruirás também o justo com o ímpio? Se porventura houver cinqüenta justos na cidade, destruirás também, e não pouparás o lugar por causa dos cinqüenta justos que estão dentro dela? Longe de ti que faças tal coisa, que mates o justo com o ímpio; que o justo seja como o ímpio, longe de ti. Não faria justiça o Juiz de toda a terra?”(Gênesis 18:23-25).

Claro que Deus disse que não destruiria as cidades se houvessem nelas cinquenta justos, mas não tinha tudo isso de gente boa em Sodoma e Gomorra, então a conversa se estendeu até o número de dez justos, quando Deus saiu da presença de Abraão e partiu em direção às cidades das campinas do Jordão.

Deus enviou dois anjos a Sodoma que encontraram com Ló na entrada da cidade. A missão dos anjos era tirar da cidade Ló e sua família, antes que a cidade fosse destruída. Só teve um probleminha, os homens de Sodoma era muito maus e resolveram abusar dos homens que haviam entrado na casa de Ló, sem saber que eram anjos e foi preciso os anjos estenderem as mãos e ferir os homens de cegueira para que não invadissem a casa de Ló. Um verdadeiro horror.

Pela manhã os anjos mandaram Ló, sua mulher e suas filhas saírem da cidade, mas como Ló demorou, os anjos os tomaram pelas mãos e os arrastaram para fora da cidade e disseram: “Escapa-te por tua vida; não olhes para trás de ti, e não pares em toda esta campina; escapa lá para o monte, para que não pereças.” (Gênesis 19:17). Ló escapou da morte pela segunda vez por ter escolhido as campinas do Jordão e desta vez perdeu tudo o que tinha, ficou pobre, saiu com sua família e deixou todos os seus bens.

Assim que saiu o sol, Deus destruiu Sodoma, Gomorra, todos os seus habitantes, a campina e até o que nascia da terra. A recomendação era não olhar para trás, mas a mulher de Ló, curiosa, deu uma espiadinha e virou uma estátua de sal. Curiosidade pode matar. Sobrou Ló e suas duas filhas.

Deus salvou Ló e sua família por amor a Abraão, veja: “E aconteceu que, destruindo Deus as cidades da campina, lembrou-se Deus de Abraão, e tirou a Ló do meio da destruição, derrubando aquelas cidades em que Ló habitara.”(Gênesis 19:29). Ló não foi salvo da destruição de Sodoma por causa dos seus “belos olhos”, a razão foi outra, Deus amava Abraão e sabia do amor dele por seu sobrinho Ló, por isso não destruiu Ló junto com a cidade que ele escolheu para morar.

A decisão errada de Ló teve como consequência a pobreza, ele era rico e perdeu tudo o que tinha quando Sodoma foi destruida. Foi salvo só com a roupa do corpo e ainda perdeu a mulher que resolveu dar uma espiadinha e virou estátua de sal.

Há uma grande diferença entre a vida de Abraão e a de Ló, Abraão tinha uma aliança com Deus e acabou dando tudo certo em sua vida, já Ló não fez nenhuma aliança com Deus, era apenas um acompanhante de Abrão e tudo deu errado na vida de Ló, de quem só aprendemos por contraste, o que não devemos fazer. Use sua inteligência e faça as escolhas certas, coloque Deus no meio dos seus negócios, de sua família, de sua vida e Ele lhe dará conselho sobre o que escolher.



Fonte: www.sombradoonipotente.blogspot.com.br

APRENDENDO COM TAMAR

   















TAMAR, Nora de Judá

(Seu nome significa “tamareira” ou “palmeira”) 

Seu caráter: Impelida por uma necessidade esmagadora, sacrificou sua reputação e quase perdeu a vida para alcançar seus objetivos. 

Seu sofrimento: Os homens em sua vida falharam no cumprimento de suas responsabilidades, deixando-a viúva e sem filhos. Sua alegria: Que seu comportamento ousado não resultasse em ruína, mas no cumprimento de sua esperança de ter filhos. 

Textos-chave: Gênesis 38 / Mateus 1.3 

SUA HISTÓRIA 
As genealogias não são uma leitura muito convidativa. Você talvez as receba com um bocejo, ou passe inteiramente por cima delas quando lê a Bíblia. Mas até mesmo longas listas de nomes enigmáticos podem revelar interessantes visões do misterioso plano de Deus. É assim que as Escrituras funcionam, expondo riquezas ocultas a cada página. 
Veja, por exemplo, a genealogia no primeiro capítulo de Mateus. Ele alista um total de 41 ancestrais de Jesus do sexo masculino, a começar de Abraão, e cinco ancestrais femininas, três das quais (Tamar, Raabe e Bate-Seba) com histórias recheadas de detalhes desagradáveis, como incesto, prostituição, fornicação e assassinato. 
Jesus, o Filho perfeito do Pai perfeito, tinha em sua árvore genealógica vários ramos imperfeitos e um número suficiente de personagens pitorescos para povoar um romance moderno. A simples menção de mulheres em sua genealogia já é surpreendente, e mais ainda o fato de que quatro das cinco ali citadas engravidaram fora do casamento. Além disso, quatro dessas mulheres eram estrangeiras e não israelitas. 
Tamar estava incluída em ambas as categorias. Seu sogro, Judá (filho de Jacó e Lia), havia arranjado para que ela se casasse com seu primogênito, meio cananita e meio hebreu. Er era um homem perverso, a quem Deus matou por causa dos seus pecados. Isso é tudo o que sabemos dele. 
Depois de Er vinha Onã, o segundo filho de Judá. Como era costume na época, Judá deu Onã a viúva Tamar, instruindo-o para dormir com ela para que pudesse ter filhos, os quais continuariam a linhagem de Er. Mas Onã era esperto demais e buscava apenas seus próprios interesses. Ele dormia com Tamar, mas derramava seu sêmen no chão, assegurando, assim, que ela continuasse sem filhos. Desse modo, não ficaria sobrecarregado de responsabilidade com crianças que continuariam a linhagem do irmão, não a sua. Deus, porém, notou isso e Onã também morreu por causa da sua perversidade. 
Assim, Judá já perdera dois filhos para Tamar. Deveria arriscar um terceiro? Selá era o único filho que lhe restava, e ainda não tinha chegado a idade adulta. A fim de acalmar a nora, Judá aconselhou-a a voltar para a casa do pai e a viver como viúva até que Selá pudesse casar-se. O tempo passou e Tamar continuava vestida em roupas de viuvez. Depois que a mulher de Judá morreu, ele viajou, certo dia, para Timna, a fim de tosar suas ovelhas. Ao saber da viagem do sogro, Tamar decidiu agir de maneira dramática e desesperada. Se Judá não queria dar seu filho mais moço em casamento, ela faria o possível para propagar o nome da família a seu modo. Tirando as roupas de viúva, disfarçou-se colocando um véu, como se fosse uma prostituta, e sentou-se ao lado da estrada para Timna. Judá dormiu com ela e lhe deu seu anel de sinete e seu cordão, juntamente com seu cajado, como penhor de pagamento futuro.
Cerca de três meses mais tarde, Judá soube que Tamar estava grávida, mas não tinha ideia de que ele fosse o responsável pela condição dela. Furioso porque a nora havia se prostituído, ordenou que fosse apedrejada até a morte. Antes de a sentença ser executada, Tamar enviou-lhe, porém, uma mensagem chocante: “Do homem de quem são estas coisas concebi. Reconhece de quem é este selo, e este cordão, e este cajado (Gen. 38.25).
O homem, que tão rapidamente julgara Tamar sem se importar com o encontro secreto que teve com uma prostituta, foi pego de surpresa. Para seu crédito, contou a verdade, dizendo:
- Mais justa é ela do que eu, porquanto não a dei a Selá, meu filho.
Seis meses mais tarde, Tamar deu à luz gêmeos. Mais uma vez, como acontecera com Jacó e Esaú, os gêmeos lutavam em seu ventre. Uma pequenina mão saiu e depois desapareceu, mas não antes de ser amarrada com um fio vermelho pela parteira. A seguir, surgiu um corpinho escorregadio, mas sem o fio escarlate. Eles chamaram o primeiro menino de Perez (que significa “abrindo caminho”). A seguir, o que tinha o fio vermelho nasceu, e o chamaram de Zera (que significa “escarlate”). Perez foi reconhecido como primogênito. De sua descendência viria o Rei Davi e, finalmente, centenas de anos mais tarde, Jesus de Nazaré.
Judá mostrara pouco interesse pela continuação da sua linhagem. Em vez disso, Deus usou uma mulher, envergonhada por não ter filhos e decidida a tê-los, a fim de assegurar que a tribo de Judá não só sobrevivesse, como também viesse um dia a gerar o Messias.

SUA VIDA E SUA ÉPOCA 
Prostituição 
Por mais abominável que seja para nós, a prostituição era, na verdade, uma espécie de adoração no Oriente Próximo da antiguidade. Os povos pagãos frequentemente acreditavam que os deuses da fertilidade concediam bênçãos para aqueles que praticavam a prostituição cultual. Os sacrifícios e pagamento pelo uso de uma prostituta cultual representavam grandes somas de dinheiro para os cofres da divindade adorada. O intercurso sexual, em si, simboliza a fertilidade esperada e a abundância da colheita.
Judá, um viúvo que só recentemente fora “consolado” da sua tristeza (Gen. 38,12), viajou ara Timna na época da tosa pra ver como suas ovelhas Estavam sendo tosquiadas. É possível que, ao ver Tamar, tenha pensado que ela fosse uma prostituta do santuário e teve intercurso com ela para garantir uma boa quantidade de lã. Isso não justifica, de forma alguma, o ato de Judá, mas lança alguma luz sobre seus possíveis motivos.
As prostitutas do santuário mantinham-se cobertas por espessos véus antes e depois do intercurso sexual, numa tentativa de criar a ilusão de que o participante estava praticando o ato sexual com a própria deusa. Essa prática favoreceu Tamar, dando-lhe o disfarce perfeito para que seu sogro jamais a reconhecesse.
A prostituição é uma imagem usada muitas vezes pelos profetas bíblicos para descrever a desobediência de Israel e sua tendência de seguir falsos deuses. Eles consideravam Deus como marido de Israel, seu guardião e seu verdadeiro amor. Sempre que os israelitas se afastavam do Deus verdadeiro adorando deuses falsos, eles se “prostituíam”. 
Essa é uma ilustração bem forte, mas correta, do afastamento do Deus que os amava sinceramente e que estava disposto a cuidar deles e vigiá-los, bastando que permanecessem leais ao Senhor.

SEU LEGADO NAS ESCRITURAS 
Leia Gênesis 38.1-10
41. Era esperado que Onã tivesse filhos para continuar a descendência de seu irmão Er por meio de Tamar. Esse é o mesmo procedimento que o do “parente resgatador”, que encontramos no livro de Rute. O parente mais próximo deveria ter um filho para continuar a linhagem do marido falecido. Embora isso pareça ofensivo para nós hoje, qual você acha que foi o propósito de Deus ao decretar tal prática?

Leia Gênesis 38.11-19
42. Nenhum dos homens na vida de Tamar cumpriu com suas responsabilidades para com ela, inclusive o sogro Judá. Descreva como, em sua opinião, Tamar deve ter se sentido no decorrer de todos esses eventos. Zangada? Ignorada? Desonrada? Desprezada? Envergonhada?
43. Por que Tamar estava tão desesperada para ter um filho?
44. Você, ou alguém que conhece, deseja intensamente ter filhos? Como os problemas da esterilidade hoje se comparam com o que as mulheres do passado suportavam em seus dias?

Leia Gênesis 38.20-24
45. Qual você acha que foi a reação de Judá à notícia da gravidez de Tamar? Não seria falsidade da parte dele condenar a atitude ela, mas não a sua própria?
46. Esses padrões de dois pesos e duas medidas ainda existem hoje? Como? São tão comuns como eram no tempo passado?

Leia Gênesis 38.25-30
47. Considerando o que Tamar fez ao oferecer-se disfarçada de prostituta ao sogro, as palavras dele, no versículo 26, a surpreendem? Por quê? Explique o que Judá queria dizer com essas palavras.
48. A história de Tamar é difícil de entender. Não existe um jeito simples de conciliar seus atos com nossos conceitos atuais. Por que uma história assim foi incluída nas Escrituras inspiradas?

Leia Mateus 1.3
49. O que a inclusão de Tamar na linhagem de Cristo mostra a você sobre o poder de Deus para extrair o bem mesmo de eventos trágicos?
50. Como Deus trouxe o bem a partir de más experiências vivenciadas por você ou por alguém que você conhece?

SUA PROMESSA
A história de Gênesis 38 não revela nada a respeito do conhecimento de Tamar sobre a mão de Deus nos acontecimentos de sua vida. É muito provável que ignorasse completamente o poder de Deus em operação. Mas o Senhor estava, não obstante, trabalhando, produzindo o bem em meio à tragédia e abençoando, apesar de todos aqueles eventos menos do que dignos.
Essa é a beleza desta história. O poder de Deus para produzir coisas positivas a partir de situações negativas, e até pecaminosas, ainda atua hoje como na época de Tamar.
Talvez não dê para perceber isso hoje nem amanhã – ou talvez nunca -, mas podemos confiar no Deus que amamos para fazer o que mais gosta: abençoar-nos apesar de nós mesmas.

Promessas nas Escrituras
Nem uma só promessa caiu de todas as boas palavras que falou de vós o Senhor, vosso Deus; todas vos sobrevieram, nem uma delas falhou. (Js 23.14).
Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. (Rm 8.28).
O teu caminho, ó Deus, é de santidade. Que deus é tão grande como o nosso Deus? (Sl 77.13).

SEU LEGADO DE ORAÇÃO
Judá gerou de Tamar a Perez e a Zerá. (Da genealogia de Cristo em Mateus 1.3).
Medite Gênesis 38

Louve a Deus 
Por ter permitido que seu Filho se associasse intimamente com os seres humanos decaídos, de quem descendia. 

Agradeça
Pelo fato de Deus usar circunstâncias não favoráveis para produzir bons resultados. 

Confesse
Qualquer tendência que você tenha de julgar outros usando dupla medida, como Judá fez com Tamar.

Peça a Deus
Que tire qualquer aflição que esteja sentindo e que a substitua por esperança, lembrando o texto de Jeremias 29.11: “Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que desejais.” 

Eleve o coração 
Se você nunca desenhou sua árvore genealógica, faça um esforço para traçar sua linhagem, retrocedendo pelo menos quatro ou cinco gerações – mais até se tiver tempo e energia. Peça a parentes mais velhos que forneçam o máximo de informação sobre seus ancestrais. Dê atenção especial às mulheres de sua árvore genealógica. 

Tome nota sobre tudo o que descobrir. Poderá descobrir, assim, alguns detalhes fascinantes sobre a procedência da sua família. 

Oração 
“Senhor, tu me formaste no ventre da minha mãe”. Sabias, então, como iria ser cada dia da minha vida. Vistes as grandes coisas e as dificuldades, a alegria e a tristeza. Neste momento, apresento diante de ti uma situação (ou lembrança) com a qual ainda não me reconciliei. Quando tiver de olhar para as circunstâncias penosas, ajuda-me a compreender que estavas presente mesmo em meio a elas.

Entrego-as agora a ti. Ajuda-me a sentir a tua presença confortadora em minha vida.

Fonte: MULHERES DA BIBLIA FIDELIDADE DE DEUS 

APRENDENDO COM JABES

  APRENDENDO COM JABES O m enino  p rodígio da  g enealogia!   Alguém já disse certa vez que existe muito pouca diferença entre as pessoas –...