quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

APRENDENDO COM OSÉIAS (PARTE 3)

Acusação contra Israel
Oseias 4:1-3 apresenta Deus como Aquele que traz uma acusação ou uma questão jurídica contra Israel. 
A nação escolhida era culpada diante de seu Deus porque o povo não havia conseguido viver de acordo com os termos da aliança. 

Verdade, misericórdia e conhecimento de Deus deviam ser as qualidades do relacionamento entre Israel e Ele. De acordo com Oseias 2:18-20, esses são dons que Deus concede ao Seu povo na renovação da aliança.
Devido ao pecado, porém, a vida de Israel foi destituída desses dons da graça. Os crimes listados por Oseias tinham levado a nação à beira da anarquia. 

Os líderes religiosos, sacerdotes e profetas, tiveram parte na deterioração da vida de Israel naquele momento e foram responsabilizados por isso. Eles tinham grande responsabilidade. 
Se não enfrentassem os abusos e não condenassem os atos de injustiça, seriam condenados por Deus.
No Antigo Testamento, a adoração de ídolos era considerada o pecado mais grave porque negava o papel do Senhor Deus na vida da nação e do indivíduo. 
Devido ao clima seco, as chuvas nas terras de Israel eram questão de vida ou morte. Os israelitas chegaram a acreditar que suas bênçãos, como a vivificante chuva, provinham de Baal. Por isso, construíram santuários para deuses estrangeiros e começaram a misturar imoralidade com adoração.
Ao mesmo tempo, a injustiça social se alastrava na terra. As classes ricas em Israel exploravam os camponeses a fim de conseguir pagar tributo à Assíria. 
Muitos recorriam à fraude e ao engano (Oséias 12:7, 8). Foi em virtude dessas coisas que o período anteriormente pacífico e próspero se tornou um momento de turbulência política e social. O país estava à beira do caos total.
“Pobres homens ricos, professando servir a Deus, são dignos de piedade. Enquanto professam conhecer ao Senhor, eles O negam em suas obras. Quão grandes são suas trevas! (Mateus 6:23).
 Afirmam ter fé na verdade, mas suas obras não correspondem à sua religião. O amor às riquezas os torna egoístas, exigentes e arrogantes. Riqueza é poder, e frequentemente o amor a ela corrompe e neutraliza tudo o que é nobre e divino no ser humano”

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APRENDENDO COM PEDRO (PARTE 4)

PEDRO CRUCIFICADO DE CABEÇA PARA BAIXO

Na verdade, na verdade te digo que, quando eras mais moço, te cingias a ti mesmo, e andavas por onde querias; mas, quando já fores velho, estenderás as tuas mãos, e outro te cingirá, e te levará para onde tu não queiras. E disse isto, significando com que morte havia ele de glorificar a Deus. E, dito isto, disse-lhe: Segue-me. (João 21:18-19)

Antiquíssimos escritores eclesiásticos informam: "Pedro, ao ser martirizado em Roma, pediu e obteve fosse crucificado de cabeça para baixo(Orígenes [+séc.III], Com. in Genes. 3).

"Pedro, finalmente tendo ido para Roma, lá foicrucificado de cabeça para baixo(Eusébio de Cesaréia [+séc.IV], História Eclesiástica 3,1).

O único apóstolo cuja morte está registrada na Bíblia é Tiago 
(Atos dos Apóstolos 12:2). 

O rei Herodes “fez Tiago passar a fio de espada” - aparentemente uma referência à decapitação. 

As circunstâncias das mortes dos outros apóstolos só podem ser conhecidas baseadas nas tradições da igreja primitiva

A tradição mais aceita em relação à morte de um apóstolo é que o Apóstolo Pedro foi crucificado, de cabeça para baixo em uma cruz em forma de x, em Roma, cumprindo a profecia de Jesus (João 21:18).
Não encontramos nenhuma citação no Novo Testamento que fala da morte de Pedro. Apenas a tradição alguns anos depois nos narra em detalhes o martírio de Pedro. Assim prova escrita que imaginas encontrar no Novo Testamento, não existe. 

Poderíamos citar a literatura apócrifa, (Pregação de Pedro, Atos de Pedro, Atos de Pedro e dos Doze, Atos de Pedro e Paulo, Carta de Pedro a Tiago maior, Apocalipse de Pedro etc.) na verdade esses escritos contêm detalhes sobre a biografia do apóstolo Pedro, mas muitos detalhes e fatos são legendários e não podemos considerá-los como fontes históricas.
Uma única indicação de Jesus para a morte de Pedro: JOÃO 21:18-19 é o único verso na Bíblia que explica como Pedro morreu - O final do evangelho de João indica uma profecia sobre o fato: “.... No versículo 19 Disse isso para indicar com que espécie de morte Pedro daria glória a Deus. Tendo falado assim, disse-lhe: segue-me”.

Na verdade, na verdade te digo que, quando eras mais moço, te cingias a ti mesmo, e andavas por onde querias; mas, quando já fores velho, estenderás as tuas mãos, e outro te cingirá, e te levará para onde tu não queiras. E disse isto, significando com que morte havia ele de glorificar a Deus. E, dito isto, disse-lhe: Segue-me.  E Pedro, voltando-se, viu que o seguia aquele discípulo a quem Jesus amava, e que na ceia se recostara também sobre o seu peito, e que dissera: Senhor, quem é que te há de trair? Vendo Pedro a este, disse a Jesus: Senhor, e deste que será? Disse-lhe Jesus: Se eu quero que ele fique até que eu venha, que te importa a ti? Segue-me tu. Divulgou-se, pois, entre os irmãos este dito, que aquele discípulo não havia de morrer. Jesus, porém, não lhe disse que não morreria, mas: Se eu quero que ele fique até que eu venha, que te importa a ti? 
(João 21:18-23)

Nesta passagem Jesus profetizou de que maneira Pedro haveria de morrer, seria o martírio semelhante a ele, para glorificar a Deus. 

Isto é, crucificado. É a profecia da morte de Pedro. Nada mais encontramos. 
Provavelmente seja verdade que Pedro foi crucificado de cabeça para baixo. 

O mais importante é que Jesus disse a ele: "Siga-me" - nem olhe para trás e nem pros lados, não se compare a ninguém, nem queira saber o que vai acontecer com os outros


Pedro até escreveu uma parte do Novo Testamento. Pedro perseverou até o fim.
Nas cartas de Pedro, ele mostra entender os problemas que os cristãos em toda parte enfrentam

Em que vós grandemente vos alegrais, ainda que agora importa, sendo necessário, que estejais por um pouco contristados com várias tentações, Para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache em louvor, e honra, e glória, na revelação de Jesus Cristo;  (1 Pedro 1:6-7)

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APRENDENDO COM SALOMÃO (PARTE 7)



A PROVISÃO DIÁRIA


Prosperidade é ser bem sucedido em todas as áreas. Além de ser bem sucedido, o homem próspero tem condições de transbordar recursos para os outros


Ir bem em todas as áreas é possível?  Dentro e fora do corpo, na alma, na mente e no físico


O rei Salomão em suas orações pediu duas coisas antes de morrer: Duas coisas te pedi; não mas negues, antes que morra: Afasta de mim a vaidade e a palavra mentirosa; não me dês nem a pobreza nem a riqueza; mantém-me do pão da minha porção de costume; Para que, porventura, estando farto não te negue, e venha a dizer: Quem é o Senhor? ou que, empobrecendo, não venha a furtar, e tome o nome de Deus em vão. (Provérbios 30:7-9)


Uma coisa é ter dinheiro, outra coisa é ter paz, outra coisa é ter saúde. Salomão pediu a provisão diária, nem mais, nem menos, só o necessário para que ele vivesse em equilibrio


Sabemos que Deus quer nos dar provisão, proteção e direção. O perigo de enriquecer e se esquecer de Deus estava no pensamento de Salomão.


Salomão queria apenas evitar os extremos, porque tanto enriquecer como empobrecer, poderia acarretar a ele algumas decisões difíceis de tomar


Empobrecer para Salomão na situação que ele se encontrava significava se afastar de Deus, roubar, ser desonesto, um caloteiro corrompido pelo sistema


Mas a porção de costume iria livrá-lo destas decisões difíceis da vida, de ter que lidar com os extremos, tanto viver bem na miséria e na abundância


O apóstolo Paulo foi outro homem de Deus que soube administrar bem, sua porção de costume: 


Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer necessidade.  (Filipenses 4:12)


Paulo sabia como ninguém lidar com situações diferentes, a sua provisão diária também dependia de Deus


Nas suas cartas aos seus amigos de ministério ele procurava animá-los com palavras de conforto


Amado, desejo que te vá bem em todas as coisas, e que tenhas saúde, assim como bem vai a tua alma. (3 João 1:2)


Só quem tem experiências com Deus pode ter equilíbrio emocional, tanto para viver em situações difíceis e mesmo assim desejar prosperidade para os outros


Sabemos que todas as coisas contribuem para o bem daqueles que amam a DEUS, tanto Salomão como Paulo procuravam a provisão diária. E eles foram produtivos e eficientes em seu tempo, cada  um na posição que Deus os colocou.


E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. (Romanos 8:28)


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quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

APRENDENDO COM PAULO (PARTE 9)



FECHANDO AS CORTINAS DA VIDA

Paulo foi o maior pastor, teólogo, missionário e plantador de igrejas da história do cristianismo. Ele plantou igrejas nas províncias da Galácia, Macedônia, Acaia e Ásia Menor. Ele enfrentou açoites, prisões, naufrágios e apedrejamento, mas jamais perdeu a doçura nem deixou de glorificar a Deus no sofrimento.


Em 2 Timóteo 4.6-18, Paulo fala que seu passado foi marcado por combate, perseverança e fidelidade (2Tm 4.7). Ao enfrentar seu presente, afirma que não é Nero que vai lhe matar, mas ele é quem vai se entregar (2Tm 4.6). Ao vislumbrar seu futuro, está seguro de que a recompensa divina já está preparada para ele.


Paulo está no corredor da morte, na ante-sala do martírio. Está fechando as cortinas da vida numa masmorra úmida, fria e insalubre. Não havia mais esperança de liberdade. Deus não o pouparia mais da morte, mas o libertaria através da morte. É nesse contexto que o veterano apóstolo compartilha conosco seus sentimentos.


O QUE PAULO ESTAVA SENTINDO NA PRISÃO, ANTES DO SEU MARTÍRIO?


1. O DRAMA DA SOLIDÃO (2Tm 4.9,11,21).


Paulo não está apenas preso, mas também só. Ele precisa de Deus, mas também de gente ao seu lado. Por isso, roga a Timóteo para vir estar com ele. Pede a Timóteo para trazer Marcos, o mesmo Marcos que ele um dia dispensara. Paulo anseia por comunhão e relacionamento. Deseja ter alguém do seu lado antes de morrer. Gente precisa de Deus, mas gente também precisa de gente.


2. O DRAMA DO ABANDONO (2TM 4.10).


Paulo diz que Demas, por ter amado o presente século, o havia abandonado. Aquele que um dia caminhara com ele e fora seu cooperador, agora abandona suas fileiras. Quando mais Paulo precisa de ajuda e companheirismo, Demas o deixa só. Quando mais Paulo está focado no céu, ansiando pela era por vir, Demas ama o presente século e dá as costas para Deus.


3. O DRAMA DA TRAIÇÃO (2TM 4.14,15).


Paulo enfrenta no final da vida a amarga realidade da traição. Alexandre, o latoeiro causou-lhe muitos males. Os estudiosos afirmam que foi esse indivíduo que delatou o apóstolo Paulo, culminando em sua segunda prisão e consequente martírio. Alexandre não perseguiu apenas o pregador, mas também a pregação. Ele atacou não apenas o mensageiro, mas também a mensagem. Mesmo o maior missionário da igreja cristã, não é poupado de enfrentar, já no final da vida, a dolorosa realidade da traição.


4. O DRAMA DA PRIVAÇÃO (2TM 4.13).


Paulo foi o maior líder da igreja cristã no primeiro século. Nenhum imperador exerceu tanta influência na história como ele. Mas esse homem chega ao final da vida sem aposentadoria, sem casa para morar nem mesmo roupa para vestir. Ele pede a Timóteo para trazer-lhe seus livros, pergaminhos e até mesmo a capa. O inverno estava chegando e ele não suportaria as baixas temperaturas de Roma enfurnado naquela gélida masmorra. Paulo não tem luxo e está privado até mesmo das coisas essenciais.


5. O DRAMA DA INGRATIDÃO (2TM 4.16).


O velho apóstolo enfrenta mais um golpe doloroso no final da vida. Na sua primeira defesa, ninguém foi a seu favor, antes todos o abandonaram. Aquele que investira sua vida na vida dos outros, agora quando precisa de uma palavra a seu favor, vê a sala da audiência vazia, pois todos o haviam abandonado. Antes de sentir-se desolado com a ingratidão dos homens, Paulo afirma que Deus o assistiu e o revestiu de forças. Antes de tombar no cadafalso romano, o veterano apóstolo ergue os olhos aos céus, e diz: “Ao Senhor Jesus seja a glória pelos séculos dos séculos”. 

(Pr Hernandes Dias Lopes)

APRENDENDO COM JESUS

APRENDENDO COM JESUSUM OLHAR FAZ TODA A DIFERENÇA!

“E o povo estava ali a olhar. E as próprias autoridades zombavam dele, dizendo: Aos outros salvou; salve-se a si mesmo, se é o Cristo, o escolhido de Deus. Os soldados também o escarneciam, chegando-se a ele, oferecendo-lhe vinagre, e dizendo: Se tu és o rei dos judeus, salva-te a ti mesmo. Por cima dele estava esta inscrição [em letras gregas, romanas e hebraicas:] Este é o rei dos Judeus. Então um dos malfeitores que estavam pendurados, blasfemava dele, dizendo: [...] Então disse: Jesus, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino. Respondeu-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso.” Lucas 23:35-43


Um olhar faz toda a diferença para aquele que crê! Apenas um olhar, um vislumbre de Cristo, muda para sempre a vida de uma pessoa! “E o povo estava ali a olhar”, e assim como antes, estão todos a olhar novamente. A questão é: o que estavam olhando?


As autoridades olhavam um homem, crucificado, castigado por açoites e por pregos nos punhos e nos pés. Viam a Ele como um herege, que estava sendo castigado por seus crimes e, assim vendo, zombavam Dele.


Os soldados não o conheciam muito e vendo-o, igualmente riam e zombavam. Pode até ser que algum dos soldados pensasse se tratar de um comparsa dos outros dois que também estavam crucificados. Um dos ladrões enxergou um homem simples, igual a ele, na mesma condição de réu de morte e, ouvindo o que as autoridades diziam, acreditou nelas, blasfemando. Mas havia um olhar diferente destes também ali…


Um dos dois ladrões olhou e viu algo além da condição humana castigada por açoites e por pregos. Ele viu alguém que os demais não podiam ver, pois não criam e não queriam crer. Ele olhou e viu algo mais que a simples situação do momento, sua visão foi mais apurada do que isso. Esse ladrão enxergou pela fé o futuro, contemplou o Terceiro Dia, maravilhou-se disso e exclamou: “Jesus, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino”!


Quão maravilhoso é o olhar voltado para contemplar a Glória de Deus! Quão precioso é a visão de Cristo, no Terceiro Dia!


João viu-o e ficou espantado com a visão: “E voltei-me para ver quem falava comigo. E, [...] Apocalipse 1:12-16
Olhe para Cristo! Não olhe a situação momentânea que você vive!


Não olhe para os outros nem para você mesmo, pois somos pecadores, e olhar para nós somente provocará tristeza e angústia.


Não olhe nem mesmo para o Cristo que muitos erradamente olham, crucificado e morto, pois a fé destes também está morta!


Olhe para Cristo ressuscitado, o Cristo do Terceiro Dia, o mesmo que o ladrão da cruz olhou e que João viu na revelação do Apocalipse!


Um olhar faz toda a diferença! Um olhar, um simples olhar, mudou a minha vida e a minha história e poderá mudar a sua também!


Olhe, por favor, simplesmente olhe!



APRENDENDO COM MARIA MADALENA

Maria – uma Pecadora Perdoada – Luc. 7:36-50 


Lucas 7 não nos diz o nome da mulher. Mas ela é Maria Madalena. Ela é a mesma mulher que esteve entre as primeiras a verem a sepultura de Jesus na manhã daressurreição (Mat. 28:1Mar. 16:1, 2). Ela também foi uma das primeiras a informar os discípulos sobre a ressurreição de Jesus (Mat. 28:7, 8Luc. 24:1-10João 20:18). Maria Madalena foi a primeira mulher (ou uma das primeiras mulheres) a quem Jesus apareceu depois da ressurreição (Mat. 28:1, 5, 6, 9). 


Qual era a grande diferença entre Simão e Maria? Luc. 7:41, 42 


Não nos é dado nenhum detalhe. De acordo com a história, Maria Madalena foi muito pecadora. Mas Jesus reprova Simão, e não Maria. Por quê? Simão é a pessoa que não mostrou arrependimento e gratidão verdadeiros, como os de Maria. Simão representa as pessoas que buscam a justiça própria. As pessoas com justiça própria não sentem a necessidade de cair contritos e arrependidos aos pés de Jesus. Simão – como todos – é um pecador condenado que não tem com que pagar a sua dívida (Luc. 7:44). Mas não enxerga qualquer necessidade de se arrepender de seus pecados. 


"Aquela que caíra [Maria] e cuja mente fora habitação de demônios, chegara bem perto do Salvador em associação e serviço. Foi Maria que se assentou aos pés de Jesus e dEle aprendeu. Foi ela que Lhe derramou na cabeça o precioso ungüento, e banhou os pés com as próprias lágrimas. Achou-se ao pé da cruz e O seguiu ao sepulcro. Foi a primeira junto ao sepulcro, depois da ressurreição. A primeira a proclamar o Salvador 


Como rainhas, juízas, pecadoras ou mães, as mulheres tiveram parte importante na história do povo de Deus. Podemos todos, mulheres e homens, aprender de seus exemplos.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

APRENDENDO COM DAVI (PARTE 11)



As Aparências Enganam!

Interessante como às vezes o ditado popular pode ser tão real, pois ele diz "nem tudo o que reluz é ouro", ou seja, em outra palavras, nem tudo que parece ser é. 

A Bíblia nos relata um fato que comprova esse dito, e este está registrado no livro de I Samuel, no capítulo 16, quando Deus ordena a Samuel que vá à família de Jessé o belemita, "porque dentre os seus filhos me tenho provido de um rei" (v. 1b). 

Veja bem: Deus mesmo tinha providenciado para si um rei, o qual colocaria sobre a nação de Israel, pois fazendo isso Deus reverte o quadro que havia se instalado na nação quando o povo pede um rei (I Sm 8.19,20). 


Eles queriam ser semelhantes às outras nações, e quando fizeram isso rejeitaram a teocracia (o governo direto de Deus sobre eles) julgando que a monarquia teria um melhor efeito sobre a nação, pois no caso do rei eles poderiam vê-lo governando a nação e no caso de Deus este governo seria exercido de modo invisível, intangível, e quando precisassem reclamar de algo, a quem iriam?

Portanto, a monarquia parecia ser um grande avanço para a nação, que a partir de então estaria em pé de igualdade com o restante do mundo conhecido, pois possuiria um rei. Bem, Saul já havia falhado como rei que o povo escolhera sobre si, agora Deus toma novamente as rédeas da nação para dirigí-la através de um homem cujo coração pertence a Êle Deus e a quem poderia tratar de forma a dar à nação as características de um povo particular, que pertencia ao Senhor. 


Mas, pergunta-se, como seria este rei ideal? Como seria o homem de Deus para a nação de Israel? Qual seria sua aparência, seu porte físico, sua ascendência?

Em primeiro lugar este homem de Deus sai de um lugar bem peculiar: da cidade de Belém, pois esta palavra no hebraico significa "Casa de pão", ou seja, este seria o homem ideal para dar ao povo o que comer, para alimentar ao povo em todos os sentidos, pois o rei deveria ser além de um grande comandante, também um grande legislador, um homem que aproximasse o povo de Deus e um homem que unisse a nação entre si, levando-a assim a ter as características de sua personalidade: a do homem segundo o coração de Deus, pois o rei seria o modelo de seu povo, o qual se espelharia nele com o comandante supremo da nação. 


Por isso a personalidade do rei era tão importante para a composição da personalidade da nação. Bem, voltemos ao rei. Na casa de Jessé, Samuel informa ao mesmo o motivo de sua visita e quando avista o primeiro filho de Jessé acredita ser este o ungido do Senhor. Ledo engano. 


Deus lhe comunica algo muito interessante: "Não atentes para a sua aparência, nem para a altura de sua estatura, porque o tenho rejeitado, porque o Senhor não vê como vê o homem, pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração" (v. 7).

Assim aconteceu com os outros filhos de Jessé, e acabando-se os filhos de Jessé, Samuel pergunta: "você não tem mais filhos?" (v.11). Jessé informa-lhe que o menor estava apascentando as ovelhas e Samuel manda que o chamem. Neste instante deve ter havido alguém que dissesse: "Samuel, não perca tempo com o garoto, ele é tão pequeno que não adiantará nada trazê-lo aqui, pois você busca um líder para a nação e este não é o caso dele". 


Mas mesmo assim Samuel pede que tragam o menino, e quando o mesmo chega, Deus diz à Samuel: "Levanta-te e unge-o, pois este mesmo o é". Veja que coisa maravilhosa temos aqui. Um menino, aparentemente sem nenhum valor para a família transforma-se no rei de Israel. Aparência? Que nada! Ele nada tinha que lhe conferisse qualquer chance de disputar um cargo a rei na nação, pois tudo nele apontava para um simples pastor de ovelhas e nada mais. Tudo? Ou quase tudo, pois o seu coração era coração de rei, coração de um jovem conquistador, bravo e lutador, alguém cujo relacionamento com o Senhor tinha determinado sua escolha para este tão importante momento da história de Israel. 


Ele possuía intimidade com Deus, conhecia ao Senhor porque tinha um relacionamento diário com Êle, sabia que quando precisasse d'Êle a Sua Força estaria sempre disponível, sabia também quem era o Senhor Deus de seus pais e conhecia-o de forma tão particular que Deus lhe deu o trono da nação de Israel.

Ele, um simples menino é ungido rei de Israel, mudando assim o curso de sua vida e também da nação. Quando Davi é ungido rei por Samuel acontece algo: "e desde aquele dia em diante o espírito do Senhor se apoderou de Davi" (I Sm 16.13). Deus ainda hoje procura pessoas assim, que não tenham a aparência privilegiada, que não tenham aspirações de serem importantes aos olhos dos homens, porém com um coração temente à Deus e disposto a mudar toda a história de sua vida e quem sabe até do mundo. 


O que você me diz disto, aceita este desafio de ser alguém segundo o coração de Deus e ser por Êle usado para fazer diferença neste mundo? Pense nisto e entregue-lhe o seu coração agora!


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APRENDENDO COM JABES

  APRENDENDO COM JABES O m enino  p rodígio da  g enealogia!   Alguém já disse certa vez que existe muito pouca diferença entre as pessoas –...