sábado, 14 de fevereiro de 2015

APRENDENDO COM JESUS

JESUS E O JOVEM RICO

Quando Jesus ia saindo, um homem correu em sua direção, pôs-se de joelhos diante dele e lhe perguntou: "Bom mestre, que farei para herdar a vida eterna? " 

Respondeu-lhe Jesus: "Por que você me chama bom? Ninguém é bom, a não ser um, que é Deus.

Você conhece os mandamentos: 'não matarás, não adulterarás, não furtarás, não darás falso testemunho, não enganarás ninguém, honra teu pai e tua mãe'". 

E ele declarou: "Mestre, a tudo isso tenho obedecido desde a minha adolescência". 
Jesus olhou para ele e o amou. "Falta-lhe uma coisa", disse ele. "Vá, venda tudo o que você possui e dê o dinheiro aos pobres, e você terá um tesouro no céu. Depois, venha e siga-me". 

Diante disso ele ficou abatido e afastou-se triste, porque tinha muitas riquezas. 
Jesus olhou ao redor e disse aos seus discípulos: "Como é difícil aos ricos entrar no Reino de Deus! "

Os discípulos ficaram admirados com essas palavras. Mas Jesus repetiu: "Filhos, como é difícil entrar no Reino de Deus! 

É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus". Os discípulos ficaram perplexos, e perguntavam uns aos outros: "Neste caso, quem pode ser salvo? "

Jesus olhou para eles e respondeu: "Para o homem é impossível, mas para Deus não; todas as coisas são possíveis para Deus". (Marcos 10:17-27)

O Jovem Rico ficou entre o Céu e a Terra, entre Deus e Mamom

O problema do jovem rico, era que ele não queria compartilhar com ninguém tudo que ganhou, construiu e tinha como riquezas, estava apegado em suas posses, conhecia a teoria, era religioso demais, mas quando Jesus lhe disse para segui-lo, era a hora de praticar, amar, compartilhar, abraçar, doar seu tempo, seus dons, talentos e habilidades com amor, justiça, misericórdia, ser bondoso, compassivo e amoroso, ele não quis este caminho de negar a si mesmo, preferiu curtir suas riquezas e tomou uma triste decisão de se afastar de Jesus



A história do "Jovem Rico" deve ter soado várias vezes aos seus ouvidos e sempre se aprende algo novo. Há quem diga que a "Palavra de Deus se renova a cada dia", na verdade aquilo que se renova é porque tornou-se velho, porém não acontece isso com as Sagradas Escrituras. 

No versículo 17 lemos que o jovem rico vem correndo e se lança ajoelhado aos pés do Mestre lhe chamando bom. Porém Jesus dirige outra pergunta a ele: "Por que você me chama bom? Ninguém é bom, a não ser um, que é Deus".

Não está escrito que o jovem respondeu essa pergunta, mas tudo o que está escrito é para que creiamos no Filho de DEUS (Jo 20:31). Cristo quer, é nos ensinar que todos na terra são pecadores, independentemente das boas ou más obras. 

Toda boa dádiva vem do alto, do Pai das luzes (Tg 1:17), então não há porque o homem se gloriar de praticar o bem, pois somos incentivados pelo Espírito Santo a praticar o bem (Gl 5:22),  isso é para Glória de Deus.

E logo a quem disse essas palavras? A alguém que nada mais, nada menos era obediente aos mandamentos de Moisés. Nos versos 19 e 20 Jesus disse que aquele jovem conhecia os mandamentos, e começa a relatar, "não matarás, não adulterarás, não furtarás, não darás falso testemunho, não enganarás ninguém, honra teu pai e tua mãe". 

A resposta do jovem diante dessas ordenanças foi que obedecia desde a adolescência. Tá aí um dos motivos que o rapaz pergunta a Jesus "Quais?" (Mt 19:18), porque ele sabia dos que já existia.

Talvez para ele, Jesus viria com ensinamento novo, o que ele não sabia é que os ensinamentos de Jesus muitas vezes confrontam os nossos desejos e objetivos. 

O que o jovem queria com aquela pergunta? Não sei ao certo. Mas por um momento penso que o seu desejo era vida eterna com os bens que conseguiu na terra. Esse não será o desejo de muitos? Acham que podem levar o que conseguir na terra.

E como dizer que o jovem realmente obedecia e que não era mais um querendo justificar-se?

Porque no verso 21 está escrito que Jesus o amou. Se ele não obedecesse, Aquele que conhece os corações revelaria. 

Em João 3, foi isso que aconteceu com Nicodemos que era mestre da Lei, veja bem, mestre da Lei, ele chegou elogiando também: "Mestre, sabemos que ensinas da parte de Deus, pois ninguém pode realizar os sinais miraculosos que estás fazendo, se Deus não estiver com ele".

Em resposta, Jesus declarou: "Digo-lhe a verdade: Ninguém pode ver o Reino de Deus, se não nascer de novo". (Jo 3:2-3). Mas quanto ao jovem, Jesus não deixa de chamar-lhe a atenção dizendo: "Falta-lhe uma coisa", essa frase confirma que o jovem estava indo bem, faltando uma coisa. 

É tanto que em Mateus 19:21 o Senhor diz: "se você quer ser perfeito". Não há outra pessoa nas Escrituras que ouviu do Senhor essas palavras.  

Acredito muito que aquele jovem perdeu uma chance muito grande além da salvação, porque outra parte bem interessante é que, Jesus não costumava convidar as pessoas para segui-lo. Quando uma mulher foi pega adulterando (João 8) Jesus no final da conversa diz a ela: "Vai e não peques mais". Ele disse "vai". 

No capítulo 5 de João, Jesus cura um paralítico e em momento algum ele disse: "Segue-me". Em Lucas 17, dez leprosos são curados e um deles volta para agradecer ao Senhor Jesus, mas depois disse a ele: "Levante-se e vá". Marcos capítulo 5, Jesus expulsa os demônios que atormentava um gadareno, e no final quem é expulso daquele local é o próprio Jesus pelos moradores daquela região.

 E quando ele ia entrando no barco para ir embora, o homem que foi livre de vários demônios suplicou a Cristo que o deixasse ir com ele, porém: Jesus não o permitiu, mas disse: "Vá para casa, para a sua família e anuncie-lhes quanto o Senhor fez por você e como teve misericórdia de você". 

Lógico que Deus tinha um plano naquela região, já que o Cristo tinha sido rejeitado a entrar, ele usa o homem que era endemoninhado, mas que agora é um embaixador de Cristo para anunciar as virtudes do Senhor em Decápolis. 

Mas o sentido aqui é que Jesus não costumava convidar alguém individualmente para segui-lo, com exceção dos discípulos e outros. Convite coletivo: Jesus dizia a todos: "Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga-me. (Lc 9:23). Uma outra exceção está em Mateus 8:22: "Siga-me, e deixe que os mortos sepultem os seus próprios mortos".

O que aquele jovem rico perdeu??? Qual o plano de DEUS que ele desprezou? Ele poderia ser um dos discípulos mais influente na história. "Deus não é homem para que minta, nem filho de homem para que se arrependa. Acaso ele fala, e deixa de agir? Acaso promete, e deixa de cumprir? (Nm 23:19)". A promessa que Jesus fez aquele jovem foi: "...Terás um tesouro no céu..." 

Essa promessa não foi aleatória. Se o interesse do jovem ou o seu coração estava voltado para riquezas, então Jesus lhe prometeu uma, só que no céu e não aparente, apesar de que nos versículos adiante, Jesus disse a todos: "Em verdade vos digo que ninguém há, que tenha deixado casa, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou mulher, ou filhos, ou campos, por amor de mim e do evangelho, que não receba cem vezes tanto, já neste tempo, em casas, e irmãos, e irmãs, e mães, e filhos, e campos, com perseguições; e no século futuro a vida eterna.".

Qual seria a nossa escolha se estivéssemos nessa posição de rico? Abandonar tudo que se vê, que se pode pegar, que está garantido ou seguir o Mestre? Há um ditado que se diz: "Mais vale um pássaro na mão do que dois voando". 

Mas se falando de vida eterna com o Criador, com o nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, é melhor largar, soltar o teu pássaro (concupiscência, pecado), ainda que com dores e seguir o Mestre. Pois nada trouxemos para este mundo e dele nada podemos levar. (1 Tm 6:7). 

Não troque a eternidade com Cristo por 70, 100, 120 anos aqui na terra, mesmo que esses dias sejam, ou pareçam felizes, naturalmente falando. Porque tudo aqui vai passar. 

"E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre (1 Jo 2:17)". "Mas os santos do Altíssimo receberão o reino, e o possuirão para todo o sempre, e de eternidade em eternidade. (Dn 7:18)".

***

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

APRENDENDO COM JOSÉ

Por que José pai de Jesus, o marido de Maria, é filho de Jacó em Mateus 1.16 e de Heli em Lucas 3.23?


Alguns estudiosos tentam resolver esta questão dizendo que Mateus segue a genealogia de José e Lucas a de Maria. Assim, segundo eles, Jacó seria pai de José (cf. Mt 1.16) e Heli, pai de Maria. O problema desse ponto de vista é: Como uma genealogia que começa com José, no caso de Lucas 3.23, de repente se transforma na genealogia de Maria?
A aceitação de uma genealogia mariana para Lucas é bastante questionável. O ponto de vista mariano é, na verdade, uma teoria que remonta a Ânio de Viterbo, um erudito católico romano do século XV. Não se tem registro de uma interpretação mariana da genealogia de Lucas antes dele. A teoria de Viterbo foi aceita por Lutero no século XVI e por muitos protestantes desde então. Contudo, ela não é de modo geral favorecida pela maioria dos eruditos católicos e protestantes da atualidade.
Que dizem os defensores da interpretação mariana? Alguns sustentam que o uso da palavra “pai”, no hebraico e no grego, permite que o termo “pai” seja usado no lugar de “sogro”, apesar de sogro não ser o parentesco verdadeiro e a palavra “pai” nem aparecer em Lucas 3.23. Outros, tentando tirar do texto de Lucas 3.23 um argumento em prol da teoria mariana, argumentam que a expressão “como se cuidava” (ou “como se supunha”, segundo outras versões) faria de toda a genealogia “de José” uma conjectura. 

Entretanto, o que Lucas diz aqui de José não é em relação à genealogia, mas em relação a Jesus: “Ora, tinha Jesus cerca de trinta anos ao começar o seu ministério. Era, como se cuidava, filho de José, filho de Heli” (Lc 3.23). Lucas sabia que José era o verdadeiro pai de Jesus apenas no sentido legal.
Considerando que ambas as genealogias são de José, como resolver a questão dele ser filho de Jacó em Mateus e de Heli em Lucas? Os comentaristas marianos não têm dificuldade em atribuir a genealogia de Mateus 1.1-17 a José. O debate gira em torno da genealogia de Lucas 3.23-38. Por sua vez, aqueles que não aceitam a genealogia mariana para Lucas não negam “a tradição primitiva da origem davídica de Maria” e, sim, a atribuição da genealogia lucana a ela.
Portanto, para a maior parte dos que pensam que ambas as genealogias dão a linhagem de José, Jacó e Heli seriam irmãos, ou seja, quando Heli morreu, Jacó teria tomado sua viúva como esposa. José seria filho de Jacó no sentido literal, e de Heli, no sentido legal. Segundo a lei judaica, o irmão deveria continuar a descendência do irmão morto, casando-se com a viúva deste. Uma outra possibilidade, de acordo com os defensores da genealogia de José em Lucas, é que José tenha sido filho de Jacó por nascimento, mas filho de Heli por adoção, ou vice-versa.
Os defensores da genealogia de José em Lucas podem ter acertado em uma ou outra dessas suposições, porém, no meu modo de ver elas parecem tão artificiais quanto as da genealogia mariana. Por exemplo: se a lei do levirato fosse aplicada no caso de Jacó e Heli serem irmãos, José devia ter recebido o nome do tio morto (cf. Dt 25.5,6). Também não temos nenhum exemplo na Bíblia de um tio sendo chamado de pai.
Permita-me, por gentileza, apresentar mais dois pareceres que, a meu ver, são mais bíblicos em favor da genealogia de José em Lucas. Oprimeiro deles é que Jacó e Heli podem ter sido, um ou outro, é claro, pai, avô, bisavô, ou mesmo um ascendente ainda mais distante de José. Não é errado pensar assim, uma vez que na Bíblia as palavras “pai” e “filho” são usadas em mais de um sentido (Ex.: Gn 32.9; Lc 3.38). 

Além disso, os estudiosos são unânimes em afirmar que tanto Mateus quanto Lucas trazem lacunas em suas respectivas genealogias. Ambos os autores não têm intenção de apresentar listas absolutamente completas da ascendência de Jesus. Assim, alguns pais são avós ou bisavós e alguns filhos, netos ou bisnetos. Não temos como fugir disso nas genealogias de Mateus e Lucas.[1]
Um outro parecer é que Jacó Heli podem ser dois nomes distintos para uma mesma pessoa, visto que ambos procedem de Matã (Mt 1.15; Lc 3.24). Essa também não é uma forma absurda de pensar. Temos no Antigo Testamento vários exemplos dessa natureza, principalmente entre os reis de Judá. Na própria genealogia de Jesus, Néri, ao invés de Jeconias, aparece como pai de Salatiel (Mt 1.12; Lc 3.27).
Mateus e Lucas têm propósitos diferentes na genealogia de Jesus e ambos usaram, claramente, fontes distintas. A lista de Lucas tem mais nomes que a de Mateus. Mateus é mais restrito em sua lista indo até Abraão porque tinha em mente os judeus, ao passo que Lucas é mais global indo até Adão porque tinha em mente os gentios. Lucas menciona alguns ascendentes de José que não estão em Mateus, porém, quando lidos de trás para frente vão convergir, assim como em Mateus, na mais importante pessoa da lista – Jesus.
Concluindo: Considerando, pois, que ambas as genealogias são de José, então, ou (1) José era filho de Jacó e de Heli, no sentido de fato para um e de direito para outro, ou (2) Jacó e Heli eram a mesma pessoa com nomes diferentes.
Rev. Josivaldo Pereira

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

APRENDENDO COM JOSUÉ (PARTE 3)

Josué: Conquistador da Terra Prometida




Filho espiritual de Moisés, após a morte deste conduziu o povo de Israel para a tão ansiada Terra Prometida e conquistou todos os territórios reservados por Deus ao povo eleito do Antigo Testamento.
"E no sétimo dia os sacerdotes tomem as sete trombetas de que se usa no jubileu e vão adiante da Arca da Aliança" (Jos. 6,4) (Paris - Biblioteca Nacional)
Da origem e juventude desse homem com missão tão providencial, nada se sabe. A Bíblia só nos diz que é “filho de Nun”“da tribo de Efraim”.
Sua entrada no cenário bíblico, que ele iria engrandecer com sua presença, é apresentada como fato consumado: “Escolhe homens”, diz-lhe Moisés, “e vai combater contra Amalec” (Ex. 17, 9); o que mostra que Josué era muito chegado ao grande Profeta. Aliás, pouco depois é chamado de “ministro de Moisés” (Id., 24, 13), com quem subiu o Monte Sinai. Sabemos também que, quando o grande legislador entrava no tabernáculo para falar com Deus “face a face, como um amigo costuma falar com seu amigo”,“quando voltava para os acampamentos”, o seu jovem servo Josué, filho de Nun, não se apartava do tabernáculo” (Id., 33, 11).
“Valente na guerra, penetrante e sábio no conselho, manejando os espíritos com destreza e a palavra com eloqüência, ele tinha fixado a atenção de Moisés: foi eleito do Alto para continuar a obra desse grande homem, e sustentou a honra de uma tal escolha pela firmeza de seu caráter e heroísmo de seu devotamento” *.
Josué era pois um filho espiritual, discípulo de Moisés, e estava sempre a seu lado. Este chegou mesmo a mudar-lhe o nome, de Oséias, para Josué (Num. 13, 16), que quer dizer “Javé é a salvação”, quando o mandou com outros reconhecer a terra de Canaã.
Quando se tratou de escolher um sucessor para Moisés, uma vez que ele não entraria na terra prometida, disse-lhe o Senhor: “Toma Josué, filho de Nun, homem no qual reside o (meu) espírito, e põe a tua mão sobre ele. Ele estará diante do sacerdote Eleazar e de toda a multidão; e tu lhe darás os preceitos à vista de todos, e uma parte da tua glória, para que toda a congregação dos filhos de Israel o ouça” (Id., 27, 18 a 20).
Pouco depois Deus começará a falar diretamente a Josué: “O Senhor disse a Moisés: eis que se avizinham os dias da tua morte; chama Josué e apresentai-vos no tabernáculo do testemunho para eu lhe dar as minhas ordens”. Depois de dadas as diretrizes, “o Senhor ordenou a Josué, filho de Nun, e disse-lhe: tem coragem e sê forte, porque introduzirás os filhos de Israel na terra que lhes prometi, e Eu serei contigo” (Deut. 31, 14 e 23).
À morte de Moisés, “Josué, filho de Nun, foi cheio do Espírito de sabedoria, porque Moisés lhe tinha imposto as suas mãos. Os filhos de Israel obedeceram-lhe e fizeram como o Senhor tinha mandado a Moisés” (Id., 34, 9).
Pouco depois o Senhor diz a Josué: “Meu servo Moisés morreu; levanta-te e passa o Jordão, tu e todo o povo contigo, entra na terra que eu darei aos filhos de Israel. Todo lugar onde pisar a planta do vosso pé, eu vo-lo darei, como disse a Moisés. Ninguém vos poderá resistir em todos os dias da tua vida; como fui com Moisés, assim serei contigo; não te deixarei nem desampararei. Tem ânimo e sê forte … e reveste-te de grande fortaleza para observar e cumprir toda a lei que Moisés, meu servo, prescreveu … não tenhas medo nem temor, porque o Senhor teu Deus está contigo em qualquer parte para onde fores” (Jos. 1, 2-9).
Confortado assim com as promessas do Criador, Josué mandou alertar o povo que fizesse provisão de mantimentos, porque dentro de três dias passariam o Jordão para entrar na posse da terra reservada pelo Senhor.
Entrementes, enviou dois espiões a Jericó para verificar as fortificações. Estes entraram numa casa junto ao muro da cidade, pertencente a uma mulher de má vida, que os escondeu quando foi dado o alarme. Os soldados do rei local não os encontraram e saíram à sua procura além das muralhas; a mulher disse então aos espiões israelitas que sabia que Deus estava com eles, e que conquistariam o país. E que, como ela tinha usado de misericórdia para com eles, que usassem então de misericórdia para com ela e os seus, poupando sua família e bens quando entrassem na cidade. Os israelitas deram-lhe um cordão vermelho para amarrar à janela de sua casa e nela reunir todos os seus parentes, que seriam poupados.

Israelitas atravessam o Jordão a pé enxuto

No terceiro dia, quando os israelitas chegaram ao Jordão, o Senhor ratificou o pacto com Josué, dizendo-lhe: “Hoje começarei a exaltar-te diante de todo o Israel, para que saibam que, assim como fui com Moisés, assim sou contigo” (Id. 3, 7).
Por orientação de Deus, Josué mandou que os sacerdotes, levando a Arca da Aliança, atravessassem o rio. Assim que eles molharam os pés nas margens alagadas do Jordão, as águas interromperam seu curso e começaram a levantar-se verticalmente, enquanto o resto seguia seu leito normalmente; de maneira que em pouco tempo apareceu o leito do rio, que os israelitas passaram a pé enxuto como outrora haviam feito no Mar Vermelho.
Esse estupendo milagre serviu para consolidar a confiança dos hebreus em seu novo chefe, devido aos prodígios por ele operados, como outrora os de Moisés. Ao mesmo tempo encheu de terror as populações vizinhas.
Seguindo ainda as recomendações divinas, para comemorar o milagre, Josué mandou pegar 12 pedras do leito do rio e as dispor na margem, como um monumento eterno do ocorrido. Com o mesmo intuito, pôs também outras 12 no leito do rio, no lugar onde tinha parado a Arca da Aliança.
Por ordem de Deus, Josué mandou circuncidar todos os varões, pois os que haviam nascido no Egito e tinham sido circuncidados haviam morrido no deserto; e os que neste haviam nascido não tinham sido ainda circuncidados.
Como já tinham os frutos da terra para comerem, parou também de cair o maná. Celebraram aí a primeira Páscoa na Terra Prometida.

Trombetas derrubam as muralhas de Jericó

Estando Josué examinando as muralhas de Jericó, apareceu-lhe um Anjo do Senhor com a espada desembainhada. Perguntou-lhe Josué quem era, e ele respondeu-lhe: “Sou o príncipe do exército do Senhor, e agora venho”; quer dizer: venho, da parte do Senhor, auxiliar-vos na batalha.
Jericó estava bem fortificada e parecia inexpugnável. Mas o Senhor explicou a Josué como tomá-la: “Dai a volta à cidade, vós todos os homens de guerra, uma vez por dia; assim fareis durante seis dias. E no sétimo dia os sacerdotes tomem as sete trombetas de que se usa no jubileu, e vão adiante da Arca da Aliança; e rodeareis sete vezes a cidade, e os sacerdotes tocarão as trombetas. E quando o som das trombetas se fizer ouvir mais demorado e penetrante e vos ferir os ouvidos, todo o povo à uma levantará um grande clamor, e cairão os muros da cidade até os fundamentos, e cada um entrará por aquele lugar que lhe ficar defronte” (Id., 6, 1 a 5).
Isso seguido à risca, deu-se o milagre da queda das muralhas, e Jericó foi conquistada. Como aconteceria depois com todas as cidades subjugadas, sua população foi passada a fio de espada — menos a mulher que escondera os espias, bem como seus familiares — e a cidade queimada.
A fama do milagre do Jordão, visto de muito longe, e o da queda das muralhas e subseqüente conquista da cidade, divulgou-se por toda a região e fez tremer os povos vizinhos.
Mas nem tudo correu para os israelitas como esperavam. Um deles violou o mandamento e apossou-se de parte dos despojos. Com isso atraiu a ira de Deus, o que fez com que numa próxima campanha, contra a cidade de Hai, os israelitas voltassem as costas e perecessem quase todos.
O Senhor comunicou a Josué a causa da derrota: “— Israel não poderá ter-se diante dos seus inimigos e fugirá deles, porque se manchou com o anátema; eu não serei mais convosco enquanto não exterminardes aquele que é réu desta maldade” (Id. 7, 12).
Descoberto o culpado, ele, sua família e pertences, inclusive gado — segundo as rigorosas leis do Antigo Testamento — foram dilapidados e seus pertences queimados. Aí, outra vez alentado por Deus, Josué e os seus, usando de um estratagema, conquistaram a cidade de Hai e passaram todos os seus habitantes a fio de espada.
Auxiliados por Deus, e dirigidos por um general habilíssimo como Josué, os israelitas prosseguiram a série de campanhas vitoriosas para a conquista de toda a Terra Prometida. Começando pelo sul, com a tomada de Jericó e de Hai, venceram também em Gabom cinco reis amorreus coligados contra eles. Quando parte deste exército fugia dos israelitas, Deus mandou forte chuva de graúdos granizos, que matou muitos dos soldados inimigos.

Josué manda parar o sol

Como estava escurecendo e a batalha não havia terminado, Josué, sabendo que tinha o aval de Deus, voltou-se para o céu e ordenou: “Sol, detém-te sobre Gabaão; e tu, lua, sobre o vale de Ajalão” (Id. 10, 12). E operou-se esse milagre estupendo, que permitiu aos israelitas terminar sua batalha em plena claridade. Assim, vencidos os exércitos, os habitantes das cinco cidades foram mortos e as cidades incendiadas.
Outras cidades da Palestina meridional caíram também nas mãos dos invencíveis israelitas de então.
Josué empreendeu a conquista da Palestina do norte. Houve também uma coligação de reis de várias cidades, formando contra os hebreus“uma multidão tão numerosa como a areia que há sobre a praia do mar, um número imenso de cavalos e carroças”. Mas o Senhor disse a Josué: “— Não os temas, porque amanhã a esta mesma hora Eu os entregarei todos a Ti, para serem passados à espada à vista de Israel” (Id. 11, 4-6).
E foi o que sucedeu. Josué “tomou, feriu e devastou as cidades circunvizinhas, os seus reis, como lhe tinha ordenado Moisés, servo do Senhor” (Ib. 12).
Era lei comum na época que os vencidos de guerra fossem mortos ou escravizados. Ademais, no caso dos hebreus, tendo eles recebido preceitos divinos, poderiam facilmente contaminar-se com as abominações praticadas por aqueles povos pagãos, caso convivessem com eles. Foi, aliás, o que ocorreu em mais de um episódio relatado na Bíblia.

Terra Prometida dividida entre as 12 tribos

Assim Josué conquistou “todo o país montanhoso e meridional, a terra de Gosen, a planície, a parte ocidental, o monte de Israel, as suas campinas”(Ib., 16) e muitas outras terras. Venceu também os reis da Transjordânia e os de Canaã, liberando assim toda a terra prometida por Deus a Moisés.
De acordo com o estipulado pelo Senhor, Josué fez a divisão dessas terras pelas tribos dos hebreus, sendo que já as tribos de Ruben e Gad e a meia tribo de Manassés haviam tomado posse da terra que lhes havia sido dada por Moisés, na outra margem do Jordão.
“O Senhor Deus deu a Israel toda a terra que tinha prometido com juramento a seus pais que lhe daria, e eles possuíram-na e habitaram nela” (Id. 21, 41).
Josué “estava velho e avançado em idade”. Calcula-se que ele tinha quarenta anos, quando começou o Êxodo; passou mais quarenta no deserto. Com oitenta, começou a campanha de conquista da Terra Prometida, vivendo mais trinta. Estava pois com cento e dez anos quando morreu. “Israel serviu ao Senhor durante todo o tempo da vida de Josué e dos anciãos que viveram muito tempo depois de Josué, e que sabiam todas as obras que o Senhor tinha feito em Israel” (Id., 24 31).

APRENDENDO COM CALEBE (PARTE 1)



A trajetória histórica de Calebe e seu legado na Palavra de Deus





A origem de Calebe não é mencionada em detalhes na bíblia, mas foi um homem que fez parte da geração de escravos libertos do Egito conduzidos por Moisés. Era filho de Jefoné, um hebreu da família de Quenaz, (quenezeu).

Trajetória no deserto

Calebe era um homem diferenciado e muito importante em sua tribo, pois foi levantado por Moisés como príncipe (chefe) da tribo de Judá e um dos 12 espias da Terra Prometida. 

Passou por duas gerações da tribo de Judá como chefe, a primeira geração mencionada em Números 1.1 a 46, na entrada do ciclo do deserto, com 74.600 homens (Números 1.26 a 27), e a segunda geração, próximo a terra prometida, com 76.500 homens (Números 26.19 a 21). 

O ciclo do deserto durou 40 anos, e todos os homens da primeira geração morreram prostrados no deserto, com exceção de Calebe em sua tribo (Hebreus 3.14 a 19). 

Imagine: Calebe viu quase 75 mil homens da sua tribo e 603.500 de todo o Israel morrerem no deserto! 

O motivo de morrer toda uma geração foi uma série de pecados e rebeliões cometida pelo próprio povo, narrada no livro de Números e resumida em 1Coríntios 10.1 a 13.

A geração que nasceu no deserto, sem dúvida, estava mais preparada para a conquista da Terra Prometida do que a geração de escravos que saiu do Egito. Calebe e Josué foram a única exceção, porque estavam com disposição e sentimento ajustados à palavra liberada pela boca de Moisés, que é notável na narração de Números 13 e 14, texto que expõe o conflito entre 10 espias que viam impossibilidades para conquista da Terra Prometida, por causa dos povos inimigos, em antítese ao posicionamento de Calebe e Josué (Números 26.64 e 65), que acreditavam que era viável a vitória pela palavra de Deus. 

A bíblia ainda dá o detalhe que o sentimento de Calebe era diferenciado e que Deus o conduziria a conquista da Terra da Promessa:

"Porém o meu servo Calebe, visto que nele houve outro espírito, e perseverou em seguir-me, eu o farei entrar a terra que espiou, e a sua descendência a possuirá." (Números 14.24 RA)

Calebe era valente e posicionado diante da palavra da promessa (Números 13.30; 14.6 a 
9), não se assustou com a ameaça de apedrejamento por parte do povo (Números 13.10) e foi protegido pelo Senhor no deserto (Números 14.37 a 38; Deuteronômio 1.36).

Trajetória da conquista

Após toda a conquista da Terra Prometida, 33 reinos canaanitas ao todo, liderando a tribo de Judá, Calebe conquistou território tão grande quanto Manassés e Efraim, filhos de José. Judá ocupou boa parte da região sul de Canaã e os deserto mais íngremes, como Judéia e Negev. O auge da conquista de Calebe foi o monte Hebrom, lugar que pedira envio a Josué como herança particular de sua família. 

Vigoroso em sua velhice, aos oitenta e cinco anos (Josué 14.6 a 15), Calebe dominou todo o monte, derrubando Sesai, Aimã e Talmai, os três posseiros anaquins (família de gigantes, exatamente o povo que colocou medo nos 10 espias – Juízes 1.10).

A excelência de Calebe é vista na expulsão de todos os posseiros da terra, diferente dos benjamitas que permitiram os jebuseus virem conjuntamente em Jerusalém, o que se tornou uma "dor de cabeça" até a conquista de Davi (Juízes 1.16 a 21). 

Único povo que resistiu ao povo de Judá foi do litoral ao sul, possivelmente filisteus, que tinham armas de ferro (tecnologicamente avançados, pois eram povos que vinham das ilhas gregas).

Calebe teve ainda um sucessor, seu sobrinho, um juiz e guerreiro chamado Otniel, que além de se casar com a filha de Calebe ao conquistar Debir e o monte Quiriate Sefer (Juízes 1.11 a 15), liderou todo povo de Israel contra investida do rei da Mesopotâmia (Juízes 3.7 a 11). Calebe formou um líder sucessor, diferentemente de Josué, que apenas se despediu do povo. A bíblia não menciona a morte de Calebe, apenas que teve paz após suas conquistas.

Curiosidades

O nome de Calebe volta aparece 400 anos depois de sua morte: Um descendente distante, Nabal, foi um homem insensato do Monte Carmelo que se levantou contra Davi (1Sm 25). Nabal morreu e Davi casou com sua mulher, Abigail. Com ela e mais duas mulheres, Davi refugia-se em Hebrom (1 Samuel 2:2). Ou seja, Davi casa com a mulher do descendente de Calebe, refugia-se e é ungido no monte de Calebe. Loucura!

Em Hebrom, o monte de Calebe, também moravam os descendente de Levi, da família de Coate (Josué 21.10 a 11) e havia ainda uma cidade-refúgio para os homicidas (Josué 21.13).

Outros fatos importantes do Monte Hebrom:

Morada de Abraão (Gênesis 13.18)
Local da morte de Sara (Gênesis 23.2)
Local do túmulo de Abraão, Isaque e Jacó (Gênesis 23.14 a 20)
Unção de Davi como rei (1 Samuel 5.1 a 5)
Hoje, Hebrom é uma cidade da Cisjordânia (domínio árabe), sob ocupação de Israel desde 1976, com população majoritariamente árabe.

Conclusão

Calebe é um referencial bíblico de perseverança nas promessas de Deus, disposição nas batalhas e conquistas completas. Saiu da escravidão egípcia, cruzou 40 anos de deserto, vivendo sinais poderosos, venceu 33 reinos em Canaã e conquistou o monte de sua herança. Que você tenha um ano de grandes e completas conquistas! Nunca desista!

***

APRENDENDO COM JEREMIAS (PARTE 1)



JEREMIAS, JOVEM, TÍMIDO E INSEGURO

Uma história vitoriosa é a de Jeremias. Jovem e tímido, foi chamado por Deus para uma grande missão. Seu chamado não foi fácil, profetizar contra Israel, no período mais problemático de sua história. Havia grande desobediência e idolatria na nação
A palavra do Senhor veio a mim, dizendo: -- Antes de formá-lo no ventre eu o escolhi; antes de você nascer, eu o separei e o designei profeta às nações. Mas eu disse: -- Ah, Soberano Senhor! Eu não sei falar, pois ainda sou muito jovem. (Jeremias 1.4-6)


Houve um milagre com Jeremias. O tímido se tornou um profeta ousado. Mesmo que muitos não queria ouvi-lo, Jeremias se tornou uma pedra no sapato dos Israelitas

SOBRE A TIMIDEZ: Em certo sentido, todos somos tímidos, o que é bom, por nos dar um sentido de culpa e vergonha e impedir que evitemos excessos comportamentais.


A timidez se caracteriza por um desconforto diante de situações sociais, desconforto que "atrapalha o indivíduo na conquista de seus objetivos, sejam eles pessoais ou profissionais".  

O tímido tem dificuldades em: * enfrentar situações novas; * fazer amigos ou namorados (o que torna seu círculo social extremamente reduzido); falar em público; * apresentar trabalhos estudantis, profissionais ou sociais.


As causas para a timidez não são claramente conhecidas. Ela pode se derivar por alguma predisposição genética. Os estudiosos mencionam também a natureza mutante de nossa sociedade e até o impacto da tecnologia sobre a vida contemporânea. O problema cresce numa sociedade em que todos precisam aparecer e o ambiente de trabalho exige dinamismo.


É provável que possa existir uma predisposição genética, mas será o aprendizado que irá determinar se uma criança, um jovem ou um adulto experimentarão ou não dificuldades no seu relacionamento com as pessoas.


“Porque Deus não nos deu o espírito de covardia, mas de poder, de amor e de moderação"    II Timóteo 1:7
É alto o número de pessoas que sofrem com a timidez, o medo de enfrentar algum tipo de desafio, faz com que ocultem a coragem dentro de seus mais profundos sentimentos que não são expostos.
Existem várias passagens na Bíblia Sagrada onde narra fatos que ocorreram com grandes homens escolhidos por Deus que eram tímidos, entretanto estes foram encorajados a enfrentarem os desígnios que lhes eram propostos. 
O maior exemplo que podemos citar foi mesmo o caso de Jeremias, homem na qual Deus escolheu para uma grande obra, no entanto ele acreditava não ser capacitado para tal, porém Deus afirmara que lhe ajudaria no que fosse preciso, assim como afirma no livro de Jeremias, capítulo 1 e versículo 8, que diz: “Não temas diante deles, porque eu sou contigo para te livrar, diz o Senhor.”

A timidez pode ser crônica ou situacional. Na timidez crônica, a pessoa experimenta dificuldade em praticamente todas as áreas do convívio social (e não consegue falar com estranhos, fazer amigos, paquerar, falar em público). Na timidez situacional, a inibição se manifesta em ocasiões específicas. ..

Quando a timidez é exacerbada, torna-se uma fobia social (ou ansiedade social), o terceiro maior problema de saúde mental no mundo, afetando 7% da população mundial. A ansiedade social é o medo de situações sociais que envolvam interação com outras pessoas. É o medo de ser julgado e avaliado por outras pessoas. 


JEREMIAS VENCEU A TIMIDEZ E SE TORNOU UM GRANDE PROFETA DO SENHOR


A timidez não se tornou um grande problema para Jeremias. 

Quando a timidez se torna algo que prejudica o convívio social é bom ficar atento e de fato pedir auxilio para Deus ou uma ajuda profissional, porém a cura garantida e eficaz é a do próprio Deus. 


No Evangelho de Lucas capítulo 1 e versículo 37, afirma: “Porque para Deus nada é impossível.”  Diante dessa promessa para que temer? 


Para Ele tudo se torna possível, basta confiar e crer somente.


***

APRENDENDO COM SAUL (PARTE 4)

A timidez de Saul

O caso mais dramático de TIMIDEZ é o de Saul.

1Samuel 10.20-24


Tendo Samuel feito todas as tribos de Israel se aproximarem, a de Benjamim foi escolhida. Então fez ir à frente a tribo de Benjamim, clã por clã, e o clã de Matri foi escolhido. 


Finalmente foi escolhido Saul, filho de Quis. Quando, porém, o procuraram, ele não foi encontrado. Consultaram novamente o Senhor:

-- Ele já chegou?

E o Senhor disse:
-- Sim, ele está escondido no meio da bagagem.
Correram e o tiraram de lá. Quando ficou em pé no meio do povo, os mais altos só chegavam aos seus ombros. E Samuel disse a todos:
-- Vocês vêem o homem que o Senhor escolheu? Não há ninguém como ele entre todo o povo.
Então todos gritaram:

-- Viva o rei!
(1Samuel 10.20-24)
Saul era um escolhido por Deus, era alto e bonito. Assim mesmo se escondeu na bagagem, certamente por se achar incapaz para aquela tarefa.
É provável que Saul tenha carregado este estigma toda a vida. Se não, como explicar, sua reação diante do fiel Davi? 

Não tinha ele uma auto-estima tão baixa que via no amigo um inimigo?

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

APRENDENDO COM JESUS

O último sábado e o 1º domingo de Lucas


Neste semestre estou a ler a Bíblia, novamente, na Linguagem de Hoje. Nestes dias concluí Lucas. Notei como ele mostra Jesus em conflito com a liderança judaica e com os grandes temas do judaísmo. Ele se atrita com os fariseus e exibe absoluto desinteresse pela guarda do sábado. Mais de uma vez Lucas o mostra transgredindo o sábado, bezerro de ouro do judaísmo e de seitas cristãs.  O templo, o sábado e as festas judaicas não o atraíam.
A última menção de Lucas ao sábado é em 23.56: “E no sábado elas descansaram, conforme a Lei manda”. No versículo seguinte, surge outro dia: “No domingo bem cedo…” (24.1). É quando o mundo vai mudar. Jesus ressuscitou. E segue: “Naquele mesmo dia…” (24.13). E outra aparição dominical de Jesus (“Enquanto estavam contando isso, Jesus apareceu…”- 24.36). 
O último sábado de Lucas é um dia de tristeza. O domingo é o dia de alegria. Desde então, o domingo é o dia do Senhor, guardado pela igreja. Ela se reunia neste dia para celebrar a ceia (At 20.7) e separava as ofertas (1Co 16.2). “O Didaqué”, obra cristã datada do primeiro século, espécie de catecismo da igreja primitiva, exorta os cristãos a se reunirem no domingo (Didaqué 14.1). 
Não é verdade que Constantino mudou o dia de culto e forçou as igrejas a aceitá-lo. Tal afirmação é ignorância histórica e má fé. Ao adotar o cristianismo, Constantino oficializou na esfera civil o que os cristãos haviam feito na esfera religiosa. O domingo é marca cristã.
A guarda do domingo não sucedeu por causa de Constantino. Na epístola aos Magnesianos (datada do ano 107), Inácio de Antioquia declarou, em 9.1: “Assim os que andavam na velha ordem das coisas chegaram à novidade da esperança, não mais observando o sábado, mas vivendo segundo o dia do Senhor”. 
Os adventistas fazem grande alarido pelo sábado, devido ao ensino da Sra. White. Segundo um ex-adventista, a assembléia da Igreja Adventista do Sétimo Dia, em Dallas, Texas, EUA (em 1980), declarou-a como “inspirada no mesmo sentido em que o são os profetas da Bíblia” e que, “como mensageira do Senhor, seus escritos são uma continuação e fonte autorizada de verdade…”. Eles seguem sua papisa.
O domingo é o dia do Senhor. Não é dia de churrascos, de idas a pesqueiros, sítios e banhos. É  dia para ser dedicado à adoração comunitária, ao congraçamento com os irmãos. Não é para gastar em deleites, mas para uso na obra de Deus.
 Voltaire, pensador francês, combatedor do cristianismo, disse: ”Para destruir o cristianismo é preciso destruir primeiramente o domingo”. Algumas seitas combatem o domingo, mas alguns cristãos destroem-no com sua conduta no domingo.
O domingo não é seu, meu irmão. É o dia do Senhor. Use-o para o Senhor. Congregue-se, sirva, regozije-se com os irmãos. Não o profane.
Pr Isaltino Gomes

APRENDENDO COM JABES

  APRENDENDO COM JABES O m enino  p rodígio da  g enealogia!   Alguém já disse certa vez que existe muito pouca diferença entre as pessoas –...