sábado, 3 de outubro de 2015

APRENDENDO COM HULDA














HULDA: A INTÉRPRETE DO LIVRO ENCONTRADO, NA CASA DE DEUS


II Reis 22:14 Então, o sacerdote Hilquias, Aicão, Acbor, Safã e Asaías foram ter com a profetisa Hulda, mulher de Salum, o guarda-roupa, filho de Ticva, filho de Harás, e lhe falaram. Ela habitava na cidade baixa de Jerusalém. 

INTRODUÇÃO; 
Baseada em poucas informações na escrita bíblica, estaremos explanando com muito enriquecimento do Espirito Santo, a vida, e o ministério da profetiza Hulda. Que mesmo não tendo grande espaço na história bíblica escrita, mais teve uma participação fundamental, dando continuidade ao procedimento de uma importantíssima reforma, que ocorreu no reinado do rei Josias.

QUEM ERA HULDA? 
Hulda era mulher de Salum, filho de Ticvá. Hulda era casada com o neto, do camareiro real. E, possivelmente o seu esposo, estava seguindo os passos profissionais da família, porque em Israel, geralmente a profissão dos pais eram seguida pelos filhos, e netos etc... 

Logo, como será que Hilquias, o sacerdote, e a comitiva real, tinha conhecimento do local onde morava a profetiza Hulda? Logicamente que as informações estavam saindo do palácio, pois lá; de fato havia informante que tinha conhecimento do lugar onde ela morava, e do seu ministério como profetiza.

Sendo assim, a única ligação provável que Salum, e profetiza Hulda tinham com o palácio, antes do Sacerdote procurá-la, na segunda parte de Jerusalém, fôra principiada pelo avô de Salum, o camareiro, ou propriamente o marido de Hulda, que possivelmente estaria seguindo a profissão da família.

Lógico que tudo isso, que estamos utilizando como possibilidades, são algumas conjecturas.

Mas a certeza que a Bíblia nos concede é que: Hulda foi encontrada pelo sacerdote Hilquias com a comitiva real, estando ela em Jerusalém, mais na Cidade Baixa, ou como dizem outras versões na segunda parte, de Jerusalém, justamente longe do palácio real.

Ela habitava em Jerusalém na segunda parte. Derrepente; posso até afirmar, que este local onde Hulda residia, não era algum ponto turístico real, em Jerusalém. Lá, havia comércio, artesãos, comerciantes de todo o tipo de mercadorias.Era a classe, onde possivelmente, só passaria por lá, os criados, e servos, a serviço do palácio real.

Se alguém desejasse naquela época fazer alguma caminhada, ou grandes empreendimentos, para o desenvolvimento de Jerusalém, certamente o lugar onde Hulda morava estaria fora de cogitação. Quem seria tolo de achar que; aquele lugar traria algum retorno de bom para grandes investimentos? Ou até mesmo para pontos turísticos?Ou passeios da realeza? 

Nos dias atuais, isso não seria difícil, de vermos turistas, adentrando em qualquer buraco em Israel, simplesmente porque antigamente, alguém marcou a história de Israel( Jesus, Davi, Elias, Abraão, Pedro e Paulo ,e etc). 

Todos querem tirar foto, querem visitar o local onde aconteceram os maiores milagres, em Israel. Mas, Israel, só teve todo este conhecimento, e poder de influência positiva, porque alguém decidiu ousar, e deixar Deus fazer a diferença na vida deles. 

Mas, naquela época lá na segunda parte de Jerusalém, não seria uma boa opção da corte real se deslocando do Palácio para ir para a segunda parte de Jerusalém.

Até que: II Reis 22:8 Então, disse o sumo sacerdote Hilquias ao escrivão Safã: Achei o Livro da Lei na Casa do SENHOR. Hilquias entregou o livro a Safã, e este o leu.

Por causa de uma grande reforma, proporcionado em Jerusalém. E, nesta mudança ,da parte do rei Josias, fez com que o sacerdote hilquias, encontrasse um livro dentro da casa de Deus, que estava perdido. 

E, este livro que foi encontrado, não era um livro comum. Mas quando o Sacerdote entregou o livro para Safã, o escrivão ,e , que ele o leu. Safã correu para o rei Josias e, fez o leu, também para o rei Josias.

II Reis 22:11 Tendo o rei ouvido as palavras do Livro da Lei, rasgou as suas vestes.
II Reis 22:12 Ordenou o rei a Hilquias, o sacerdote, a Aicão, filho de Safã, a Acbor, filho de Micaías, a Safã, o escrivão, e a Asaías, servo do rei, dizendo:
II Reis 22:13 Ide e consultai o SENHOR por mim, pelo povo e por todo o Judá, acerca das palavras deste livro que se achou; porque grande é o furor do SENHOR que se acendeu contra nós, porquanto nossos pais não deram ouvidos às palavras deste livro, para fazerem segundo tudo quanto de nós está escrito.


E, através desta leitura, feita por Safã, o escrivão , o rei rasgas as suas vestes, temendo as palavras do livro, e ordena a Hilquias, ir em busca de uma confirmação, relacionada a está leitura, que tinha acabada de ser lida.

Não sei, se o rei teve algum tipo de dúvida, na leitura do livro, ou se era mesmo uma confirmação que ele estava buscando para corrigir o erro que poderia está continuando em Israel, mais uma coisa eu sei: ele não ficou indiferente ao conteúdo que estava escrito no livro. 

E, mandou ir a consultar um profeta para que Deus não o pegasse em alguma falta de conhecimento.

Isso não seria improvável: Oséias 4:6 O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento. 

Porque tu, sacerdote, rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos. 

Seria a mesma coisa que Deus estaria a dizer para estes homens se eles não se concertasse por completo perante Deus. E, Josias sabia muito bem disso.

Nunca é demais, saber a mais da parte de Deus; Já tinha o livro? Já tinha sido lido? Agora o rei Josias, queria obter mais informações.


É JUSTAMENTE NESTE MOMENTO EM QUE A PROFETIZA HULDA, E A CIDADE BAIXA, É O ALVO CENTRAL DA COMITIVA REAL, COM O SACERDOTE HULQUIAS: 
II Reis 22:13 Ide e consultai o SENHOR por mim, pelo povo e por todo o Judá, acerca das palavras deste livro que se achou; porque grande é o furor do SENHOR que se acendeu contra nós, porquanto nossos pais não deram ouvidos às palavras deste livro, para fazerem segundo tudo quanto de nós está escrito.
II Reis 22:14 Então, o sacerdote Hilquias, Aicão, Acbor, Safã e Asaías foram ter com a profetisa Hulda, mulher de Salum, o guarda-roupa, filho de Ticva, filho de Harás, e lhe falaram. Ela habitava na cidade baixa de Jerusalém.
II Reis 22:15 Ela lhes disse: Assim diz o SENHOR, o Deus de Israel: Dizei ao homem que vos enviou a mim:
II Reis 22:16 Assim diz o SENHOR: Eis que trarei males sobre este lugar e sobre os seus moradores, a saber, todas as palavras do livro que leu o rei de Judá.
II Reis 22:17 Visto que me deixaram e queimaram incenso a outros deuses, para me provocarem à ira com todas as obras das suas mãos, o meu furor se acendeu contra este lugar e não se apagará.

O sacerdote Hilquias, obtendo as informações de onde tinha uma profetiza, e detalhe, ela não era a única opção de consulta a Deus, tinha Jeremias, e Sofonias.
Mas , se o livramento da corte estava em descer na cidade baixa, e buscar o conhecimento de Hulda, que é que poderia impedir.

É aí, que entra Hulda na história, e também a corte, contempla melhor o outro lado da realidade de Jerusalém. 

Uns dizem que a cidade era nova, outros dizem que era favelas de Israel, outros dizem que era de classe baixa. Mas isso não importava nesta hora, o que Deus que nos mostrar é que:

•Deus faz com que, pessoas grandes e influentes, desçam do seu palácio, para pedirem ajuda em lugares onde muitas vezes, os próprios não valorizaram a vida toda. 

•Deus entrega nas mãos dos desvalorizados e desprezados, a chave da vitória, como: oportunidades, palavras certa, profecia, pregação, dinheiro, posta de emprego, a fim de ajudar aquele que tanto desprezou, e que nem se lembra da sua existência.

•Deus nos mostra através da vida de Hulda que o 
conhecimento de Deus, a revelação divina, não é só encontrado dentro de palácios, sacerdotes, intelectuais da Bíblia. Deus, nos revela que existe profeta, que às vezes nem sabem ler , escrever, não tem nem uma faculdade de teologia, bacharel em nada, mas ; quando dar lugar para Deus, e abrem a boca, resolve qualquer problema por causa da sua intimidade com Deus.

•Deus mostra que o poder de mudar um ambiente, cidade, casa , igreja, local de trabalho, não é encontrado só em uma mudança de alteraçãode pastor, político, polícia,etc.. mas este poder para mudanças de ambiente se dá quando se encontra um verdadeiro BACHAREL DO REINO DE DEUS. Quando aplicamos a sabedoria e conhecimento de Deus, altera qualquer ruína. Independente do lugar, da raça social, do ambiente. 

•E, também Deus mostra através da vida de Hulda que: Ninguém está escondido, ou esquecido, ou desprezado demais que não possa ser lembrado, e procurado por ele. 

Hulda foi , um exemplo para mim. Eu entendo aqui que, mesmo ela estando em uma possível classe inferior, mais ela tinha algo da parte de Deus fundamental , e por isso que ela foi procurada, foi valorizada, trouxe a solução do problema pelo conhecimento profético que tinha, ajudou um grande povo, os livrando da destruição. 

E, para que isso acontecesse: precisou de um rei Justo se humilhar, e fazer descer o sacerdote, escribas e sua comitiva real para não serem destruídos. Deus abate os exaltados, e aos humildes, ele dá graça.

Hulda já sabia do conceito de Deus, pois ela era profetiza, ela não se tornou profetiza quando o sacerdote chegou lá, ela já era antes de qualquer reforma do rei. 

Agora, imagine Hulda falando para os do seu convívio social, sobre o intento de Deus, pois o mal já iria acontecer, pois a palavra estava denunciando a iniqüidade do povo.


O LIVRO ACHADO, ERA O ESPELHO DA SANTIDADE DE JERUSALÉM, SÓ QUE ESTAVA PERDIDO, IMAGINE COMO O POVO NÃO DEVERIA ESTÁR? SEM SE ENXERGAREM EM TODO ESTE TEMPO ,QUE O ESPELHO ESTAVA PERDIDO DENTRO DA CASA DE DEUS? 
Hulda era profetiza, e ouvia a voz de Deus. Creio que muitos nem valorizavam as palavras de Hulda, mas quando alguém quer fazer a diferença, esta pessoa, sempre terá a participação especial da parte de Deus. 

E, assim foi com Hulda, chegou o momento de Deus; confirmar as palavras, e o ministério da vida de Hulda. E, isto foi perante os reis, e sua comitiva, e os plebeus. 

Tudo isso aconteceu, porque a Corte Real se humilhou para Deus, por causa do livro, fazendo com que o sacerdotes, e os demais da corte, se virassem a irem consultar a Deus, na casa de Hulda . 

Eles fazendo assim: Indo para a cidade baixa, onde HULDA morava. Certamente toda a história daquele povo estava sendo mudado, Foi aí que; muitos viram que as palavra de Deus na boca de Hulda, eram palavras de seriedade, palavras de Deus. Ao ponto da corte real, e as charretes descerem em direção a casa de Hulda.

Não, charretes dos oficiais de um rei chamado Acabe ,que só procurava seus 400 profetas vendidos, para bajulação, querendo comprar Hulda, não! 
Muito pelo contrário, era charrete dos oficias de um rei, fiel e humilhado a Deus, chamado Josias.

Imagine a cena, tem gente que precisam ver, para crer.

Hulda confirmou as palavras que estavam escritas no livro que fora achado, fazendo com que o coração do rei fizesse um ajuntamento do povo, com intuíto de renovar a aliança de todos com Deus, para serem livres do mal.

II Reis 23:1 Então, deu ordem o rei, e todos os anciãos de Judá e de Jerusalém se ajuntaram a ele.
II Reis 23:2 O rei subiu à Casa do SENHOR, e com ele todos os homens de Judá, todos os moradores de Jerusalém, os sacerdotes, os profetas e todo o povo, desde o menor até ao maior; e leu diante deles todas as palavras do Livro da Aliança que fora encontrado na Casa do SENHOR.


E, tudo isto só aconteceu, porque na cidade baixa de Jerusalém, tinha uma profetiza com a palavra guardada em seu coração para não pecar contra Deus, enquanto que o sacerdote, e os escrivães, nem imaginavam que tinham perdido o livro na casa do Senhor.

No palácio, alguém trouxe a informação de que, nas cidades baixas, também tem profetas.


Graças à Deus que o nosso Rei Jesus, sempre faz coisas novas, para nossas vidas!



Por: Lunaides Soares Viola



















APRENDENDO COM TIMÓTEO (PARTE 3)







Timóteo, um líder exemplar



Falar em Timóteo, é querer conhecer aquele que é considerado o destinatário de duas Cartas Paulinas: 1 e 2 Carta a Timóteo. No endereço da primeira carta encontramos:

“1 Paulo, apóstolo de Cristo Jesus, segundo o mandado de Deus, nosso Salvador, e de Cristo Jesus, esperança nossa.

a Timóteo, meu verdadeiro filho na fé: graça, misericórdia e paz da parte de Deus Pai e de Cristo Jesus, nosso Senhor”(1Tm 1,1-2)
Sua biografia pode ser conhecida a partir dos textos do Novo. Estas citações nos dão um bom conhecimento de Timóteo. Tentaremos montar uma biografia de Timóteo a partir de textos vindos dos livros do Novo Testamento, como resposta a pergunta que foi enviada:

1 – Atos 16,1: Timóteo filho de mãe Judia e pai grego.

“1 Chegou também a Derbe e Listra. E eis que estava ali certo discípulo por nome Timóteo, filho de uma judia crente, mas de pai grego;”(Atos 16,1)

O conhecimento Biblico de Timóteo veio pelo ensino da sua mãe Eunice e sua avó, Loide, que são conhecidas pela piedade e fé o que é um indicativo que tenham sido cristãs convertidas por Paulo. Paulo não poupou elogios a Timóteo por seu conhecimento das Escrituras.

2 - 2 Tm 1,1-2: Paulo o considerou como seu amado filho.

“1 Paulo, apóstolo de Cristo Jesus pela vontade de Deus, segundo a promessa da vida que está em Cristo Jesus,

2 a Timóteo, amado filho: Graça, misericórdia e paz da parte de Deus Pai e de Cristo Jesus nosso Senhor.” (2 Tm 1,1-2)

Timóteo escolheu um ótimo guia espiritual. Paulo o considerava como um filho. Na adolescência conheceu o evangelho de Paulo e a este evangelho seguiu toda a vida. Timóteo escolheu a melhor parte. 

Paulo conhecia profundamente a religião judaica, estudou o judaísmo em Jerusalém na escola de Gamaliel, mas principalmente, era um apóstolo de Jesus Cristo. Paulo preparou a Timóteo para fazer uma grande obra, sendo conhecido como evangelista, mestre e pastor.

3 – Atos 16, 2, Morador de Listra e Icônio.

“2 do qual davam bom testemunho os irmãos em Listra e Icônio. ” (Atos 16,2)

A reputação de Timóteo ultrapassava a sua cidade (Atos 16,2). Ele era estimado em Listra e também os moradores de Icônio reconheciam sua fé e davam bom testemunho dele.

4 - Atos 16:2-3 – Paulo leva consigo em suas viagens.

 “3 Paulo quis que este fosse com ele e, tomando-o, o circuncidou por causa dos judeus que estavam naqueles lugares; porque todos sabiam que seu pai era grego.” (Atos 16,2-3)

Ao retornar a Listra durante sua segunda viagem, Paulo ouviu falar do bom testemunho dos irmãos sobre Timóteo resolve levá-lo consigo para o trabalho da pregação do evangelho. (Atos 16,2-3). Timóteo torna-se missionário deixa sua cidade e segue Paulo (Atos 16,3). Companheiro de Paulo ele ajudou a anunciar o evangelho até os confins da terra.

5 - Timóteo enviado por Paulo a Corínto, Filipos e Tessalônica.

Paulo enviou Timóteo para a obra de evangelização em varias comunidades por ele organizada. Nestas Igrejas a evangelização deveria continuar. Assim aconteceu em Corinto (1 Coríntios 4,17); em Filipos (Filipenses 2,19) e em Tessalônica (1 Tessalonicenses 3,2).

6 - Timóteo atuou como líder da igreja em Éfeso (1 Timóteo 1,3). ajudou os anciãos na evangelização e na solidificação da fé.

7) Timóteo nunca esmoreceu em sua fé mantendo firme na confissão de Jesus Cristo mesmo na prisão (Hebreus 13,23).

Concluindo: A vida missionária de Timóteo é um exemplo para nós. Ele é um modelo que declara que aquele que é forte em sua fé pode ser usado nas mãos de Deus. Timóteo já na sua adolescência começou seu ministério de evangelização. Ele nos diz que não devemos deixar para amanhã esta tarefa. O tempo é hoje.

Por Odalberto Domingos Casonatto
Fonte: www.abiblia.org

APRENDENDO COM JESUS








JESUS, MARTA E MARIA


Betânia era uma cidadezinha, ou melhor, um povoado, bem perto de Jerusalém. O Senhor ia sempre lá porque havia uma casa aberta para Ele. Ali Jesus passou os últimos momentos de tranquilidade e paz de Sua vida, ao lado de Seus grandes amigos: Marta, Maria e Lázaro.
São lindos os quadros inspirados por essa família, registrados nas páginas da Bíblia.

I. A visita de Jesus (Lc 10.38-42)
O primeiro quadro nos mostra Jesus chegando a Betânia, e Marta trazendo-O para hospedar-Se em sua casa. Ela apreciava muito o Mestre. Era hospitaleira e considerava uma honra receber o Senhor como hóspede.
Essa foi uma atitude correta de Marta. O escritor da carta aos hebreus recomenda que sejamos hospitaleiros, pois alguns, fazendo isso, hospedaram anjos. Marta hospedou o Filho de Deus, o Salvador! Hoje, Jesus bate à porta do nosso coração e diz: “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e cearei com ele e ele comigo”(Ap 3.20).

1. A escolha de Marta
Marta fez tudo para oferecer uma boa acolhida ao seu hóspede. Era uma visita muito importante e merecia o melhor. Assim, ela se esmerou para apresentar-lhe uma calorosa recepção. Enquanto realizava um serviço, pensa­va em mais outro … mais outro … e foi ficando desanimada, inquieta, irritada, e começou a murmurar. O seu trabalho de amor estava se tornando uma tarefa pesada demais!

Aplicação
Esse é um alerta para nós. Não podemos deixar que isso aconteça conosco. Pre­cisamos recusar o desânimo. Tudo que fazemos para o Senhor deve ser contado como alegria.

2. A escolha de Maria
Enquanto Marta se fatigava na la­buta caseira, Maria, sua irmã, assentada aos pés de Jesus, totalmente absorta, ouvia os Seus ensinos. Bebia cada uma de Suas palavras. Ela sabia que o serviço era coisa secundária. Ela não podia perder a oportunidade de prestar adoração ao Mestre e receber Dele os ensinamentos.

3. A perda de Marta
Marta não podia saborear os ensinos de Jesus, pois estava muito preocupada com pormenores e coisas secundárias. Ela começou a se consi­derar vítima, e passou a acusar a irmã diante do hóspede amado. Sua irritação era tão grande que ela incluiu Jesus na acusação: “Senhor, não te importas de que minha irmã tenha deixado que eu fique a servir sozinha?” E foi além, atrevendo-se a dar ordens ao Mestre: “Ordena-lhe, pois, que venha ajudar-me” (Lc 10.40).
Então, a voz do Mestre se fez ou­vir: “Marta! Marta! andas inquieta e te preocupas com muitas coisas. Entretanto, pouco é necessário, ou mesmo uma só cousa” (Lc 10.41-42).
Essas poucas palavras continham sérias advertências:

a. Marta estava misturando o prio­ritário com o secundário;
b. Marta estava perdendo tempo com coisas de pouca impor­tância;
c. Marta não compreendia que Cristo veio para servir e não para ser servido;
d. Marta não percebia que Jesus ti­nha mais interesse na sua pessoa do que no seu serviço.

Essas advertências são dirigidas a nós, hoje.

Há mais uma coisa que devemos notar: precisamos evitar a murmura­ção. Ela não agrada ao Senhor. Ela não edifica.


4. O lucro de Maria
“Maria, pois, escolheu a boa parte e esta não lhe será tirada” (Lc 10.42). Maria escolheu estar aos pés de Jesus, numa atitude de adoração e como discí­pula. Ela não precisava ser repreendida, mas sim elogiada, pois havia feito a melhor escolha.

Aplicação
O tempo que passamos com Jesus é sempre muito bem empregado. Preci­samos organizar a vida de tal forma aprender de Cristo seja o mais importante para nós.

II. A morte de Lázaro (Jo 11.1-45)
1. A tragédia da morte
O segundo quadro é anunciado por espessas mágoas. A morte roubou do lar feliz o irmão querido. Parecia injustiça da parte de Deus! Marta, Ma­ria e Lázaro eram amigos íntimos de Jesus. O seu lar era Dele. Então, apesar do quanto tinham feito, a tragédia os alcançou. Parecia indiferença da parte de Jesus! Maria e Marta mandaram chamá-Lo. Esperaram que Ele viesse para curar Lázaro. Ele não veio a tempo, e Lázaro morreu.

Aplicação
Pode acontecer isso na nossa vida, também. Sofremos, nos desesperamos, oramos, clamamos… e o pior acontece. Ter amor por Jesus não nos imuniza contra tristezas e provas da vida, contudo nos garante forças e conforto para sairmos vencedores dessas experiências. Jamais podemos permitir que elas nos vençam.

2. A vitória sobre a morte
Quando Jesus chegou a Betânia, Lázaro já tinha sido sepultado. Nesse incidente vemos a diferença de tempe­ramento entre as duas irmãs – Marta, extrovertida e ativa, não pôde esperar e saiu correndo ao encontro do Senhor, enquanto Maria, mais introvertida e calma, ficou em casa, sentada. Marta desafiou a amizade do Mestre: “Se o Senhor estivesse aqui meu irmão não teria morrido!” (v.21). Marta tirou de Jesus a mais conformadora declaração sobre a Sua Pessoa: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá” (v.25). Mas no versículo 29 lemos que quando Marta disse a Maria: “O Mestre chegou e te chama” (v.28), Maria “levantou-se depressa”. É interessante notar que ela disse a Jesus exatamente as mesmas palavras que Marta tinha dito (v.32), mas a reação de Jesus foi diferente. Com Marta, Jesus manteve um diálogo teológico, mas Maria recebeu do Senhor o mais belo gesto de solidariedade: “Jesus chorou” (v.35). É tão bom saber que Jesus nos conhece pessoalmente e trata Seus filhos individualmente! Ambas presenciaram a glória de Deus e receberam o irmão de volta: vivo e saudável!

Com esse fato, Marta adquiriu:

a. uma nova compreensão de fé (v.22);
b. uma nova compreensão da ver­dade (v.25-26);
c. uma nova compreensão do Se­nhor (v.27).
Maria compreendeu melhor o significado da morte (Jo 12.3) e do sepultamento de Jesus (Jo 12.7). Muitos judeus que tinham ido visitar Maria viram o que Jesus fez, creram Nele, e o Filho de Deus foi glorificado. Todos foram bene­ficiados por meio dessa experiência dolorosa.

Aplicação
Precisamos achar um propósito nas ex­periências difíceis pelas quais passamos, e, mesmo sem achá-lo, devemos confiar no Senhor. Não podemos tirar conclusões precipitadas a respeito dos acontecimen­tos. No fim, tudo concorre para o bem, conforme Romanos 8.28.

III. Uma refeição de amor (Jo 12.1-8)
1. Uma manifestação de amor
O terceiro quadro se deu num banquete em Betânia, seis dias antes da paixão de Cristo. Foi uma ocasião muito especial. Lázaro, que tinha sido ressuscitado, estava à mesa com o Mestre. Marta, como sempre, servin­do. As qualidades de hospitalidade e de prontidão em servir continuam em evidência em sua vida. Maria, pela terceira vez, se encontra aos pés de Jesus. Ela quebrou todas as etiquetas e presta uma homenagem ao Senhor: derrama um precioso perfume nos Seus pés e os enxuga com os cabelos. Foi a manifestação da sua alma, efeito de uma profunda afeição.

2. Uma manifestação de crítica
“Que extravagância! Que desperdí­cio!” disse Judas. E os demais discípulos concordaram (Mt 26.8).
Talvez nós tivéssemos, também, criticado Maria, se ali estivéssemos. Não é assim que fazemos? Criticamos a igreja, criticamos o pastor, criticamos os oficiais, criticamos os velhos, os mo­ços, as crianças … A oferta que a mulher ofereceu a Jesus, inspirada pelo amor, mal interpretada pelos homens, foi bem recebida pelo Senhor e recompensada pela história. Maria se imortalizou e, por isso, estamos a falar dela, hoje (Mt 26.13). O seu desejo era mostrar amor e simpatia ao Senhor. Ele compre­endeu, aceitou e recompensou o gesto condescendente.

Aplicação
Temos feito alguma coisa extraordinária para o Senhor, que realmente prove o nosso amor a Ele? Não por dever, mas por amor? Somos, hoje, gra­tos a Maria por essa lição de desprendimento?

Conclusão
Marta procurou agradar ao Senhor por meio dos seus próprios esforços. Maria ofereceu-Lhe o melhor que tinha. Isto nos faz lembrar de Caim e Abel. Marta possuía personalidade ativa e extrovertida. O seu amor pelo Senhor revelava-se em serviço. Ela era uma mulher que agia rapidamente. Maria era introvertida e calma por natureza. Das três vezes que seu nome é citado na Bíblia, encontramo-la aos pés de Jesus. E Jesus amava tanto uma como a outra! (Jo 11.5)

 Aplicação
Ao examinarmos o contraste entre Marta e Maria, devemos avaliar as nossas pró­prias relações com o Senhor. Temos mais de Marta ou temos mais de Maria?

Aplicações para a minha vida
1. Se Jesus disse que devo ser um bom samaritano e ajudar aos ou­tros, por que não mandou Maria ajudar sua irmã? (Lc 10.41-42)

2. Em que aspectos Marta é um exemplo ou uma advertência para mim?

3. Ajudar os outros não substitui o tempo que devo passar com Jesus, alimentando-me da Sua Palavra.

4. Quando o serviço cristão é rea­lizado só com as minhas forças, será que os resultados são: can­saço, desânimo, frustrações, mal­-entendidos, lamúrias?

5. Para nós, cristãos, a morte é um breve dormir em paz. Assim como Lázaro, eu, também, ouvirei a voz do Senhor.



APRENDENDO COM ESTEVÃO (PARTE 1)

"Bem-aventurados sois vós quando vos injuriarem, e per­seguirem, e, mentindo, disse­rem todo o mal contra vós, por minha causa" (Mt 5.11).

O sangue dos mártires é a semente plantada, que resul­tou em crescimento e expan­são da Igreja.Como disse Tertuliano "O sangue dos mártires é a semente dos cristãos."

A perseguição, apesar de sua procedência maligna: é permitida por Deus, para um determinado propósito. Às vezes, nós nos acomodamos em uma situa­ção confortável e descuidamos da evangelização. Então, vem uma grande luta, para que possamos nos despertar.

A vontade de Jesus era a evangelização do mun­do, a partir de Jerusalém. Em segui­da, Judéia, Samaria, até os confins da Terra. A cidade santa foi evangelizada de casa em casa, e os discípu­los não perceberam que não tinham mais o que fazer. Por isso, veio aperseguição, para que fizessem cum­prir os desígnios divinos.

Estêvão, um dos sete diáconos, revelou-se como um exímio evangelista. Revestido do poder de Deus, pregava o Evange­lho em Jerusalém, e suscitou a inve­ja dos judeus religiosos, que o acu­saram de inimigo do Templo. Por isso, injustamente, condenaram-no à morte.

Estêvão pregou sobre o Templo, a Lei e Jesus Cristo. Seu martírio contribuiu para a expansão da Igre­ja. Essa lição mostra como ele se defendeu das acusações, de maneira sutil e inteligente.

ESTÊVÃO DIANTE DO SINÉDRIO

1. Atividade de EstêvãoEstê­vão é apresentado com destaque en­tre os sete diáconos escolhidos para servir às viúvas: "Elegeram Estêvão, homem cheio de fé, e do Espírito Santo" (At 6.5). Seu nome é grego,Stephanose significa "coroa". Logo cedo, manifestou-se, destacando-se entre seus companheiros, atuando na obra de Deus, com fé, graça, sabe­doria e poder sobrenatural do Espí­rito Santo (At 6.8,10). Obviamente, fazia a sua parte na função diaconal e sobrava tempo para a pregação. Ele se preocupava com as almas e o Es­pírito Santo o ajudava.

2. PerseguiçãoNão demorou muito, Estêvão tornou-se alvo da sinagoga, como Cristo já havia adver­tido aos apóstolos (Mc 13.9-11). Ele foi acusado de blasfêmia pelos ju­deus helenistas, pois não puderam resistir a sua mensagem inspirada (At 6.9-14). Disseram que estava profanando o Templo e a Lei de Moisés (At 6.13). Mas, para isso, subornaram falsas testemunhas con­tra ele, para consubstanciar a acusa­ção diante do Sinédrio (At 6.11,12). Eles fizeram também o mesmo com Jesus (Mt 26.59-61).

3. O TemploA ligação dos ju­deus com o Templo não era tanto pela sua estrutura e nem pela sua beleza arquitetônica, mas pelo fato de Deus ter garantido nele o seu nome (2 Cr 7.16). Isso pode ser visto em vários salmos (27.4; 122.8).

4. Jesus e o TemploJesus afir­mou ser maior que o Templo (Mt12.6). Disse também que o seu cor­po seria destruído, mas em três dias Ele mesmo o reconstruiria (Jo 19.22). Por causa disso, as falsas testemunhas o acusaram diante de Caifás (Mt 26.61).

O ensino de Cristo era que os verdadeiros adorares buscariam a Deus em qualquer lugar, não mera­mente no Templo e nem em Jerusa­lém (Jo 4.21).

5. A LeiOs judeus, até hoje, definem a Lei como a "expressão máxima da vontade de Deus". Jesus disse que não veio destruí-la, mas fazê-la cumprir (Mt 5.17,18). Os ju­deus não entendiam o espírito da Lei e estavam dispostos a matar ou mor­rer por ela. Não compreendiam o verdadeiro papel da mesma, como o apóstolo Paulo mostrou posteriormente (Rm 3.19,20; Gl 3.24).

ANÁLISE DO DISCURSO DE ESTÊVÃO

1. O discursoO discurso de Es­têvão era a sua defesa das duas acusações dos judeus. Ele sabia que já estava sentenciado antes mesmo do julgamento e nada, senão uma ação divina podia mudar essa situação e livrá-lo da atitude fanática daqueles religiosos. O cenário estava armado, testemunhas haviam sido subornadas para deporem contra ele. Sabendo que as acusações eram falsas, de nada valia, nessa circunstância, pro­curar se defender. Aproveitou para apresentar a defesa em forma de pre­gação da Palavra de Deus.

Estêvão passou em revista a his­tória do povo de Israel. O seu dis­curso está dividido em quatro perío­dos históricos, com os seus respectivos líderes: dos patriarcas: Abraão (7.2-8); peregrinação no Egito: José (7.9-19); Êxodo: Moisés (7.20-44); monarquia: Davi e Salomão (45-50).

2. Período patriarcalOs ver­sículos 2 a 8 falam da chamada de Abraão e da promessa que Deus lhe fez. A citação do Antigo Testamen­to é da Septuaginta. Os versículos 2 e 3 lançam luz sobre Gênesis 11.26 e 12.4.
Estêvão afirma que Deus apare­ceu a Abraão primeiramente em Ur e depois em Harã, e não como pare­ce à primeira vista em Gênesis 12.1-4. Essa sua declaração é confirmada no Antigo Testamento (Gn 15.7; Ne 9.7). Ainda declara que o nosso pa­triarca partiu de Harã, depois da morte de seu pai (7.4). É claro que ninguém vai presumir um nascimento de trigêmeos, quando Tera estava com setenta anos (Gn 11.26).

Muitos entendem que Abraão não foi o primogênito, mas o caçulados três filhos de Tera, e houve um intervalo de sessenta anos entre o seu nascimento e o do mais velho. Isso significa que o nosso patriarca foi gerado quando seu pai estava com cento e trinta anos de idade, como está registrado no Pentateuco Samaritano.

3. Peregrinação no Egito (At 7.9-19). Estêvão faz um sumário da peregrinação de Israel, começando com a venda de José, pelos seus irmãos, aos ismaelitas, que o negoci­aram em um mercado de escravos do Egito, sua ascensão a governador dos egípcios, o período de fome e a ida de seus familiares a esse país, em busca de mantimento. Inclui em seu discurso a descida de Jacó e sua fa­mília para as terras do Nilo e a mu­dança de dinastia, após a morte des­ses patriarcas, que resultou na escra­vidão dos hebreus, época em que nasceu Moisés, que chegou a ser príncipe da casa de Faraó.

4. Êxodo e peregrinação no de­serto (At 7.20-44). Estêvão afirma que Moisés tinha consciência de sua identidade e vocação. Sabia que era hebreu e seria o libertador de seu povo, mas não tinha noção do tem­po de Deus para iniciar a sua tarefa. Por isso, fracassou na sua primeira tentativa e foi obrigado a fugir para Midiã.

a. Moisés em Midiã (At 7.30-34). É o relato resumido da experiência que Moisés teve com Deus na sarça ardente, depois de apascentar, duran­te quarenta anos, o rebanho de seu sogro.

b. Moisés, o libertador de Israel (At 7.35-43). Este ponto da mensa­gem mostra que Estêvão começa a "atar" as pontas do discurso: Jesus fora enviado como Senhor e Salva­dor do seu povo. Ele realizou sinais, prodígios e maravilhas, e continua­va a fazê-los, através de seus discípulos. Isso está explícito no versículo 38, quando cita Deuteronômio 18.15-18, a mesma estratégia usada por Pedro (At 3.22,23). Critica duramen­te a idolatria do povo, a começar pelo bezerro de ouro aos cultos a Moloque, resultando no cativeiro babilônico.

5. Monarquia (At 7.45-50). Quanto à questão do Templo, o "san­to lugar" (6.13), Estêvão apresenta a sua defesa.

Quando ele fala da mudança do Tabernáculo para o Templo (7.45-47), não estava sendo apático a este, como interpretam alguns exposito­res, mas associa ambos às grandes colunas do judaísmo: Moisés e Josué, Davi e Salomão. Reconhecia a santidade da Casa de Deus, mas estava mostrando uma verdade que eles desconheciam.

O Tabernáculo era portátil, o símbolo da presença de Deus no meio do povo, e representava Cristo e a sua obra (Hb 9.2-9). Ao citar o desejo de Davi, de construir uma casa para Deus, não outra tenda, mas um templo, o que realmente aconte­ceu nos primeiros anos do reinado de Salomão, ele disse: "O Altíssimo não habita em templos feitos por mãos de homens" (At 7.48), referên­cia indireta do Antigo Testamento (1 Rs 8.27; 2 Cr 2.6). A citação do ver­sículo 49 é a de Isaías 66.1,2.

POR ESSA OS JUDEUS NÃO ESPERAVAM

1. "Dura cerviz(v. 51). Ex­pressão usada pelos profetas (2 Cr 30.8; Jr 17.23) e significa "coração duro". Embora fossem circuncidados, contudo, eram incircuncisos de coração e ouvidos. Era também a exortação dos profetas contra os desobedientes (Jr 6.10; Ez 44.7).

2. Matadores dos profetas (v 52). Seus pais mataram os profetas. As Escrituras apresentam diversos casos dos que foram assassinados em Jerusalém. Os juízes do Sinédrio e os acusadores de Estêvão eram piores que seus antepassados, pois fo­ram traidores e homicidas do Messias, daquele que foi anunciado pe­los homens de Deus.

3. Desobedeceram à Lei (v. 53). Israel teve o privilégio de ser a na­ção escolhida por Deus (Êx 19.3-6). Os hebreus receberam a Lei, como disse Estêvão, "por ordenação dos anjos". Contudo, foram desobedientes.

O MARTÍRIO DE ESTÊVÃO

1. Fanatismo e ódio dos judeus (v. 54). Contra fatos não há argumentos. Os judeus perderam a razão e apelaram para a violência. Eles não puderam contestar a mensagem de Estêvão. Anteriormente, os membros da sinagoga viram que o rosto dele brilhava como o de um anjo. Nem assim conseguiram ver nisso a ma­nifestação divina, pois eram, realmente, "homens de dura cerviz". Era hora de cada um refletir sobre a men­sagem e refutá-la, sepudesse, ou re­conhecer o erro e se converter. Salomão disse que quem rejeita a disciplina é um bruto (Pv 12.1).

2. Visão de Estêvão (vv. 55,56). Estêvão teve uma visão. Ele contemplou Jesus em pé, junto de Deus. Os evangelhos narram que Cristo assen­tou-se à direita do Pai.

O primeiro mártir da Igreja vê "o Filho do homem, que está em pé à mão direita de Deus". Isso mostra que Jesus ficou em pé, para receber o seu servo, que lhe foi fiel até a morte (Ap 2.11).

3. Linchamento de Estêvão (vv. 57, 58). "Mas eles gritaram". O fanatismo era tanto que perderam a razão. E entraram em histeria total. A maneira como Lucas descreveu essa cena dá a entender que houve um linchamento popular. Roma ha­via caçado o direito de Israel aplicar a pena capital sobre os condenados. O texto nada fala da reação dos romanos e nem de um julgamento. É possível que Pilatos tenha feito "vis­ta grossa".

4. Oração de Estêvão (vv. 59, 60). A morte de Estêvão é muito pa­recida com a de Jesus. Ambos fa­zem uma oração. Cristo roga ao Pai. O primeiro mártir do Cristianismo ao Filho.

Na oração de Jesus, um dos mal­feitores se arrependeu, convertendo-se a Cristo. Na morte de Estêvão, com certeza, Saulo ouviu essa petição. A súplica do primeiro mártir do Cristianismo, diretamente ao Se­nhor Jesus, é uma prova irrefutável da deidade absoluta do Filho. "Ten­do dito isto, adormeceu" (v. 60). Foi para os braços de seu Senhor, sendo fiel até a morte (Ap 2.11).

CONCLUINDO

A atitude de Estêvão e a maneira como foi martirizado inserem-se no contexto de Mateus 5.10-12. Ele, como muitos ao longo da história do Cristianismo, selaram sua fé com o próprio sangue. Hoje, a situação não é diferente. Em muitos países, nos­sos missionários são executados su­mariamente, por causa do Evange­lho. É tarefa da Igreja orar por estes heróis da fé, pois esta luta não é car­nal, mas contra as hostes de Satanás. Mas a vitória é nossa, em nome de Jesus!

1. Satanás imaginava que, por intermédio da perseguição, pudesse impedir o crescimento da Igreja. Mas foi um puro engano seu. A morte de Estêvão fez com que muitas pessoas se convertessem ao Evangelho, in­clusive, diversos judeus religiosos, pois observaram a convicção com que o primeiro mártir do Cristianis­mo entregou sua vida a Jesus.

2. Jesus declarou que se o grão de trigo não morrer, jamais produzi­rá frutos. A morte de Estêvão foi como uma boa semente plantada em uma excelente terra. O próprio após­tolo Paulo foi influenciado por este martírio, pois como uma das teste­munhas, consentiu com aquele apedrejamento e jamais se esqueceu da­quele jovem tão convicto de sua sal­vação.

3. Satanás hoje mudou de táti­ca, pois sabe que a perseguição traz o crescimento da igreja. Adotou o comodismo como a fórmula idealpara impedir o desenvolvimento da obra de Deus e tem alcançado o seu objetivo. No princípio da Assembleia de Deus no Brasil, por ela ter sido perseguida, crescia muito mais do que na atualidade.

Bibliografia E. Soares
Fonte: www.ebdareiabranca.com

APRENDENDO COM JABES

  APRENDENDO COM JABES O m enino  p rodígio da  g enealogia!   Alguém já disse certa vez que existe muito pouca diferença entre as pessoas –...