quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

APRENDENDO COM JOSÉ (PARTE 15)

OS SONHOS DE JOSÉ
Nunca pare de sonhar! São os sonhos que nos mantém vivos, siga em frente, persevere
Deus nos concede a capacidade de sonhar. Muitas vezes são sonhos ministeriais, às vezes, não entendemos estes sonhos
Há outros tipos de sonhos que são projetos pessoais, aspirações, planos e desejos do homem
Em todo caso, o melhor é deixar Deus ciente destes sonhos e colocá-los em sua mão
Genesis 37 - Deus dá vislumbres de sonhos bons a um jovem chamado José. No tempo certo de Deus estes sonhos se tornam realidade
Todos os sonhos nos mantém vivo e nos dá força pra prosseguir. Às vezes os caminhos são duros, a vida nos leva a enfrentar grandes desafios por causa dos nossos sonhos
Ainda que o tempo passe e dá impressão que os sonhos estão demorando e tudo parece que está ao contrário, não fique desanimado e nem frustrado
Se te mostrares fraco no dia da angústia, é que a tua força é pequena.
(Provérbios 24:10)
José foi alguém que passou duras provas antes de ver seu sonho realizado. Geralmente quando não vemos resultados de um plano e projeto que queremos que dê certo logo, ficamos frustrados, quando nada acontece como queremos ficamos desapontados
José em meio a lutas e tribulações seguiu em frente, perseverou, mesmo com a demora, onde tudo parecia contrário as suas expectativas, ele ousou acreditar e confiar em Deus, não se deixou ser frustrado e alcançou graça diante de Deus, prosperou em tudo que fazia e viu seu sonho realizado
Melhor é o fim das coisas, oque importa é quando e como terminamos nossa vida aqui na terra
Melhor é o fim das coisas do que o princípio delas; melhor é o paciente de espírito do que o altivo de espírito. (Eclesiastes 7:8)
Melhor terminar obedecendo a Deus , sonhando e continuando a sonhar e desfrutando das benção de Deus que aparecem em todo tempo
Ouve o conselho, e recebe a correção, para que no fim sejas sábio. Muitos propósitos há no coração do homem, porém o conselho do Senhor permanecerá. (Provérbios 19:20,21)
O propósito de Deus permanece para nossas vidas. José alcançou o sonho de Deus, ele confiou, ele consultou a Deus no que deveria fazer em todo tempo e fez o seu melhor em cada situação.
Deus já sabia que ele deveria ser governador do Egito, por isso tinha dado a ele um vislumbre deste sonho.
Houve situações difíceis, ciladas, perigos e perseguição, mas José temia a Deus que o livrou do pior, e conservou ele em vida
O temor do Senhor encaminha para a vida; aquele que o tem ficará satisfeito, e não o visitará mal nenhum. (Provérbios 19:23)
Depois disso José nesta cargo, teve outros sonhos, ter uma carruagem, uma casa, uma esposa e dois filhos abençoados. Se ele tivesse desistido dos sonhos quando tudo parecia contrário, nada disso teria acontecido
Quer ser bem sucedido? Quer que seus planos e sonhos deêm certo?
Confia ao Senhor os teus PLANOS, e teus pensamentos serão estabelecidos. (Provérbios 16:3)
O que atenta prudentemente para o assunto achará o bem, e o que confia no Senhor será bem-aventurado. (Provérbios 16:20)

APRENDENDO COM DAVI (PARTE 15)

SALMO 23 – DESCANSANDO NO SENHOR
O Rei Davi autor deste salmo, nos mostra um maravilhoso e eterno testemunho que “o Senhor é o meu Pastor”!
Depois de passar por várias lutas, guerras, graves problemas familiares e outras coisas mas, ele resolve parar e analisar sua vida e percebe que Deus sempre esteve ao seu lado e cuidando dele.
Na realidade quando ele diz: “o senhor é meu pastor” ele quer dizer: “Deus cuida de Mim”.
Na sua juventude ele tinha sido um pastor de ovelhas por isso escreveu esse salmos, e se baseou na vida dele mostrando o cuidado que ele tinha para com as suas ovelhas e a mesma coisa é o cuidado de Deus para conosco hoje.
O nosso Deus é o Deus que supre, conduz, protege, mantém uma relação de amizade e age com bondade e misericórdia para com seus filhos.
1º Ele supre as necessidades básicas de seus filhos; Salmos 23: 1
2º Deus conduz os seus filhos; Salmos 23: 2-3
Precisamos ser honestos e admitir que as vezes nos sentimos desorientados; mas, uma coisa é que:
A direção de Deus em nossa vida são como os sinais de trânsito: uma placa de cada vez, no ponto certo do trajeto.
Portanto, devemos caminhar com fé até encontrarmos a próxima “placa”, a próxima orientação, então se lembre: “Deus cuida de nós”.
3º Deus protege os seus filhos; salmos 23: 4
4º Deus mantém com seus filhos uma relação de amizade: salmos 23: 5
5º Deus age com bondade e misericórdia para com seus filhos; salmos 23: 6
Deus cuida do nosso bem estar-estar físico, mental e espiritual. Ele provê refrigério em meio as experiências difíceis da vida e seu “bordão e cajado” nos protege e nos disciplinam com amor.
A misericórdia de Deus descreve seu amor Leal. Descida confiar na provisão de Deus e se alegrar…
***

APRENDENDO COM ABRAÃO (PARTE 7)

ERA A HORA MAIS QUENTE DO DIA

O SENHOR Deus apareceu a Abraão no bosque sagrado de Manre. Era a hora mais quente do dia, e Abraão estava sentado na porta de sua barraca” (Gênesis 18.1).

“Era a hora mais quente do dia”. Que poesia! Que sensibilidade! É um momento crucial na vida de Abraão.

Se o cenário e o momento chamam a atenção, todo o enredo fascina. É um diálogo entre Abrão, três homens e Sara, que entra atrasada na conversa. Era um dia quente e era a hora mais quente do dia. Um momento desconfortável.

Abraão oferece um banquete aos homens (vv. 7-8), que ele chama de “um pouco de comida” (v. 4), e em baixo de uma árvore.

Era mesmo um dia quente, e uma hora quente. Um dia para não fazer nada. Tanto que Abrão estava “tomando a fresca”. Manhã calorenta, hora de desânimo. Deus chega com uma grande promessa: “No ano que vem eu virei visitá-lo outra vez. E nessa época Sara, sua mulher, terá um filho” (v. 10).

O redator da história, que não duvido ser Moisés, deixa claro que a promessa era pra lá de absurda: “Abrão e Sara eram muito velhos, e Sara já havia passado a idade de ter filhos” (v. 11).

Num dia muito quente, numa hora muito quente, num momento próprio para não fazer nada, Deus faz. Faz promessa. Sara está atrás da cortina, que servia como porta de entrada da tenda.

Ela ouviu atrás da porta.

O texto é, literariamente, muito agradável. Cheio de detalhes curiosos. O relato é minucioso, assim produzido para ter ar de veracidade.

Ler o texto até o versículo 18 é se deliciar com o estilo do autor e com os detalhes que ele revela. Há algumas lições aqui, muito ricas.

A primeira lição é a graça de Deus que ignora barreiras geográficas e atropela o paganismo. Deus vem a Abraão na hora mais desconfortável do dia, hora de cansaço, e aceita a hospitalidade de Abraão.

Este mora no “bosque sagrado de Manre” (v. 1), terra de pagãos. Deus vem aos seus no meio dos pagãos. Foi a Daniel, a Sadraque, Mesaque e Abdênego. Ele se chega aos seus, no cansaço e no ambiente hostil. Não importa onde estejam, e que horas sejam. Ele chega.

A segunda é a receptividade que devemos ter para com as visitações de Deus. Abraão recebeu com a típica hospitalidade dos orientais do deserto. Deu um banquete e ainda chamou de “pouca comida”.

Não se ensoberbeceu. Seu muito era pouco. Tanta gente se envaidece quando Deus a visita! Ou conta vantagens a Deus! Ele oferece muito e diz que é pouco! Há gente que oferece um misto quente e pensa que ofereceu um banquete.

A terceira é a desconfiança. Sara ficou escondida. No Oriente Antigo, mulher não aparecia assim em público.

Hoje, a situação seria chauvinista: “Isso é conversa de homem!”. Mas ela não crê na promessa. Abraão nunca diz nada. Ele sempre aceita.

Sara desconfia. Este é o problema de quem ouve atrás da porta: nunca pega a conversa por inteiro.

Há gente atrás da porta, ouvindo a Palavra de Deus. Pega as coisas pela metade ou não vê, como no caso de Sara, a expressão da fisionomia do mensageiro de Deus. Fica mal informada. Pode até ouvir bem. Mas não com os ouvidos da fé.

A quarta é que Deus não aceita a dúvida. “Por que Sara riu?” (v. 13). 
Talvez ele diga a muitos de nós: “Por que você não acredita?”. Ele nos vê mesmo quando estamos escondidos atrás da porta. Não aceita que duvidemos, e reafirma sua promessa: “E nessa época Sara terá um filho” (v. 13).

Nossas dúvidas não o desviam de seu propósito. Seu poder é maior que nossa dúvida e sua determinação de agir na história não depende de ninguém. Ele não precisa de nossa aprovação.

A quinta é o medo: “Ao escutar isso, Sara ficou com medo e quis negar” (v. 15). Agora ela viu que não era gente comum que estava com Abraão.

É gente que ouviu seu íntimo. A dúvida gera o medo. O medo gera a mentira. Deus não aceita medo nem mentira: “Não é verdade; você riu mesmo” (v. 15).

Ele não “deixa barato”. Declara nosso pecado. Principalmente o pecado de não crer e suas conseqüências, como o medo.

Talvez hoje seja um dia muito quente para você. Um momento desconfortável na sua vida. Do ponto de vista espiritual e emocional, talvez o dia lhe seja mais quente e cansativo.

Não fique prostrado! Não se deixe abater! Lembre-se de como começou nossa história. No momento mais quente do dia, na hora de maior desconforto, “ele olhou para cima e viu três homens, de pé na sua frente” (v. 2). Quem sabe o que se passava pela cabeça de Abrão!

O tempo passava, ele e a estéril Sara envelheciam, e nada do herdeiro prometido. Na hora do desconforto e do cansaço, Deus chegou.

É a hora mais quente do dia para você? Levante seus olhos! Olhe para cima! Deus está chegando com a benção e a promessa!

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

APRENDENDO COM MOISÉS (PARTE 3)

UMA PREPARAÇÃO BEM DIFERENTE!



E apascentava Moisés o rebanho de Jetro, seu sogro, sacerdote em Midiã (Êxodo 3:1).


Todos os que desejam conhecer a Deus mais intimamente têm de estar no deserto e ali permanecer por algum tempo, antes de prosseguir rumo a desafios maiores.

Ali Moisés aprendeu coisas que iam além da compreensão dos mais talentosos sábios do Egito. Segundo os padrões humanos, quarenta anos gastos apascentando ovelhas no deserto pode parecer um desperdício irreparável de tempo. Mas ali Moisés estava com Deus, e nenhum tempo gasto com Deus pode ser classificado como desperdício.

Temos de entender que atividades não são as únicas coisas que caracterizam os servos de Cristo.

Há um tempo de trabalhar, mas há um tempo de aprender. Isaías 50:4 nos diz: “ele desperta-me todas as manhãs, desperta-me o ouvido para que ouça, como aqueles que aprendem”. 

Ouvir atentamente é um aspecto da atividade do servo que não pode ser negligenciado. E tem de passar tempo todos os dias na presença de seu Senhor, a fim de conhecê-Lo melhor e de saber o que ele realmente deseja.

Nossos ouvidos e língua estão conectados em vários sentidos: se meu ouvido está fechado às coisas espirituais e minha língua está solta para dizer o que quiser, então será inevitável que eu falarei muitas coisas inconvenientes.

“Não erreis, meus amados irmãos… Todo o homem seja pronto para ouvir, tardio para falar” (Tiago 1:16 e 19). “A carne para nada aproveita” (João 6:63).

Portanto, precisamos manter nossos ouvidos espirituais abertos e a língua bem quieta – essa rara e preciosa arte que Moisés tanto exercitou no deserto. Isso o capacitou a receber instruções poderosas para enfrentar faraó e os poderes malignos do Egito.

Os métodos da escola de Deus são surpreendentes!

Extraído do devocional BOA SEMENTE

APRENDENDO COM JESUS


A oração segundo o modelo de Cristo

“Senhor, ensina-nos a orar” Lc. 11.1

Cristo é nosso modelo a ser seguido em tudo. Como aprendemos como Ele a cada dia, ao olharmos para Escritura, encontramos uma fonte inspiradora para buscarmos ser como Jesus, como Ele andou, sim como Ele andou, andou em oração, vigilância, prudência, perseverança etc…

A falta do senso de aprendizado pode nos fazer: mecânicos; metódicos, sem graça; sem nada para ensinar, sem ninguém para influenciar. A oração para o cristão é como a respiração para o ser humano; sem ar para respirar o homem morre, sem oração o cristão morre.

Satanás ri de nosso zelo no serviço, zomba de nossa sabedoria, mas treme quando oramos. A causa de todo fracasso na vida de muitos cristãos é a falta de oração, isto é uma grande brecha.

Que hoje possamos Ter o SENSO DE APRENDIZADO ATIVADO “Aprendei de mim…”. Que hoje possamos TAPAR A BRECHA DA NOSSA VIDA QUE É A ORAÇÃO alguém disse: “Os armazéns de Deus estão repletos de bênçãos. Somente a oração pode destrancá-los”. Olhando para a vida de Jesus sua devoção nos estimula a seguir seu exemplo.

O QUE É ORAÇÃO?

Segundo o dicionário de português: Suplica, um pedido, religioso. Oração não é uma reza. Oração não é um amontoado de repetições. Oração é uma conversa(sincera), um dialogo(aberto em lugar fechado) com quem pode todas as coisas: Deus. Se estamos certos de que Ele existe, este é o meio de falar com Ele, Hb 11.6

VOCÊ PRECISA BUSCAR APRENDER ORAR COMO JESUS.
ELE TEVE DEVOÇÃO PESSOAL: 

(Mc.1:35; Lc.5:15,16 ) Jesus tinha isto como uma necessidade, era constante em sua vida. Ele não tinha pressa de sai da oração(Lc.6:12). Muita oração secreta resulta em muito poder em publico.

Estamos em dias como se Deus estivesse dizendo: “EU QUERIA TANTO FALAR CONTIGO, MAS ESTÁS TÃO CHEIO DE OUTRAS PRIORIDADES”. Abandonamos o ALTAR DA ORAÇÃO, vemos isto no nosso inicio de dia (Sl.5:3) “Pela manhã, ouvirás a minha voz, ó SENHOR; pela manhã, me apresentarei a ti, e vigiarei.(esperarei ou fico esperando a orientação de Deus)”

TIRE UM TEMPO PARA ESTAR A SÓS COM DEUS. VOCÊ NÃO TEM SAUDADES “DAQUELAS ORAÇÕES” DE ANTES? QUANTO MAIS DEUS, ELE ESTÁ ESPERANDO “OUVIR SUA VOZ”. NÃO FUJA DE SUAS RESPONSABILIDADES DA ORAÇÃO. ESTAMOS NOS TORNANDO ESPECIALISTAS EM REUNIÕES E NOS ESQUECEMOS DA ORAÇÃO.

Sabe por que DIZEMOS QUE A ORAÇÃO NÃO É FÁCIL, SERÁ QUE É SÓ PARA “PEDRO, TIAGO E JOÃO?” Porque nossa prioridades estão erradas. Porque estamos empregando nossos esforços pessoais para fazer a vontade de Deus.

“Como nos atrevemos a trabalhar para Cristo sem passar muito tempo de joelhos?”
Porque estamos indisciplinados e preguiçosos. Porque estamos nos esquecendo dos companheiros de oração (Mt.17:1;26:36-38:Lc.9:18)

VOCÊ GOSTARIA DE ORGANIZAR SUA DEVOÇÃO PESSOAL?

NÃO ORE MAIS DE VEZ EM QUANDO: (Ef.6:18; ITs.5:17) Somos facilmente inclinados a fazer diversas coisas pela metade, ou fazemos em alguns casos tudo porque é do nosso interesse.

Não seja fervoroso na oração somente no tempo da prosperidade.(At.10:2) Não seja fervoroso na oração somente quando Deus responde sua oração.(At.18:6)

Ore no tempo da adversidade (At.16:25). Ore no tempo das trevas (Jn.2:1). Ore no tempo da necessidade (Fl.4:6). Ore para agradecer (Mt.11:25-27)

LEVE A ORAÇÃO A SÉRIO: (At.6:4) Alguém pergunta:
- Que culto tem hoje na igreja? Outro responde:
– De Oração. O outro diz:
- Então não tem nada!

É assim como estão levando a oração, como algo sem valor. “Conta-se que quando o apostolo  Tiago morreu, os santos que lho sepultaram descobriram os seus joelhos e viram que eles estavam marcados por dois grandes calos como os dos camelos”.


SEUS JOELHOS GERAM VITÓRIA!

Ef. 3:14 “Por causa disso, me ponho de joelhos perante o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo”.

QUEM LEVA A ORAÇÃO A SÉRIO, DEUS O LEVA A SÉRIO!

Assim foi com Abraão (Gn.20:17). Assim foi com Ana (1Sm.1:9,10). Assim foi com Esdras (Ed.10:1).

VOCÊ GOSTARIA QUE DEUS TE LEVASSE A SÉRIO?
VAMOS ENTÃO LEVAR A ORAÇÃO A SÉRIO?

Os apóstolos disseram: “Mas nós perseveraremos na oração…”

NÃO IMPORTA SE OS OUTROS NÃO ESTÃO LEVANDO DEUS, A ORAÇÃO A PALAVRA DE DEUS A SÉRIO, O QUE IMPORTA QUE “NÓS”, EU E VOCÊ, ESTAMOS NOS IMPORTANDO COM ISTO!

Aproxima-se mais de Deus através da oração. Leve isto a sério.Duvidamos que você conheça, seja o cristão que for, bem sucedido que não tenha a oração como fonte estimulante do seu sucesso; lembre-nos de D.L.Moody ao responder se orava muito: 

“Nunca oro mais do que dez minutos, porém, não me lembro que passe mais do que dez minutos sem orar”.

Senhor, ensina-nos a orar.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

APRENDENDO COM NOÉ (PARTE 5)

APRENDENDO COM NOÉ (PARTE 5)

A Nudez de Noé e a Maldição de Canaã
(Gênesis 9:18 – 10:32)

Introdução
A ordem de Deus para destruir os Cananeus tem incomodado igualmente crentes/cristãos e não crentes: 

Porém, das cidades destas nações que o Senhor, teu Deus, te dá em herança, não deixarás com vida tudo o que tem fôlego. Antes, como te ordenou o Senhor, teu Deus, destruí-las-á totalmente: os heteus, os amorreus, os cananeus, os ferezeus, os heveus e os jebuseus, para que não vos ensinem a fazer segundo todas as suas abominações, que fizeram a seus deuses, pois pecaríeis contra o Senhor, vosso Deus. (Dt. 20:16-18)

Ainda que a matança dos Cananeus seja sempre um assunto que nos causará apreensão, Gênesis capítulo 9 nos dá uma compreensão maior do problema.
Você deve entender que esta ordem foi muito mais difícil para os antigos Israelitas do que para nós hoje. Se Deus não tivesse endurecido o coração dos Cananeus para que se recusassem a fazer tratados com Israel (Josué 11:20), Israel provavelmente não teria procurado obedecer tão agressivamente a ordem do Senhor para destruí-los.

Podemos falhar ao avaliar a situação que Israel encarava quando se preparavam para possuir a terra dos Cananeus: eles tinham pouco ou nenhum contato com esses povos pagãos. 

Os Israelitas teriam achado muito difícil compreender as razões para serem totalmente sem misericórdia com seus inimigos, os Cananeus. Gênesis capítulo 9 coloca o assunto na perspectiva certa. Ele explica a origem das nações com as quais Israel, de algum modo, deveria se relacionar ao longo da história. Em particular, este relato explica a depravação moral dos Cananeus que torna necessária sua exterminação.

Gênesis 9 é crucial também por outras razões. É uma passagem que tem sido muito empregada para justificar a escravidão e, em particular, a subjugação pecaminosa dos povos negros ao longo dos séculos. Dizem que a maldição de Cam está sendo simplesmente cumprida à medida em que os negros vivem para servir a outras raças, particularmente aos brancos. Como veremos, através de uma cuidadosa consideração de nosso texto, esta interpretação não pode ser sustentada.

A Maldição de Canaã 
(9:18-29)

Os versos que estamos considerando devem ser entendidos no contexto da seção em que nos encontramos. Gênesis 9:18 começa uma nova divisão que continua até o capítulo 11, verso 10. Moisés escreveu sobre o repovoamento da terra através dos filhos de Noé. Gênesis 9:20-27 explica o desdobramento da raça humana em três divisões por suas dimensões espirituais. Enquanto os Cananeus estão sob a maldição de Deus, Sem será a linhagem através da qual virá o Messias e Jafé encontrará bênção na união com a linhagem de Sem (e o descendente final, o Messias).

Cronologicamente, o capítulo 10 deveria se seguir à confusão de Babel (11:1-9). Esses versos no capítulo 11 explicam as razões para a dispersão das nações. O capítulo 10 descreve os resultados dessa dispersão. Mas o capítulo 10 é dado primeiro para permitir que a ênfase recaia sobre a narrativa da linhagem piedosa até Abrão.

Depois do dilúvio, Noé começou a lavrar a terra ao plantar uma vinha. O resultado de seu esforço foi o fruto da videira, vinho. Apesar da primeira menção de vinho não ser sem uma conotação negativa, não devemos concluir que, devido a este abuso, a Bíblia consistentemente ou sem qualquer exceção, condene seu uso (cf. Dt. 24:24-26, I Tm. 5:23).

Muitos ficam incomodados ante a deplorável condição de Noé, o homem que antes do dilúvio foi descrito como um “homem justo e íntegro entre seus contemporâneos” (6:9). Alguns sugerem que a fermentação talvez não tenha ocorrido senão depois do dilúvio, e que Noé estava simplesmente sofrendo o resultado inconseqüente de seus esforços inventivos.

Ainda que não devamos procurar desculpar Noé, precisamos reconhecer que Moisés não enfatizou a culpa de Noé, mas, sim, o pecado de Cam. Alguns sugerem vários tipos de males que tiveram lugar na tenda de Noé. Enquanto a linguagem empregada pode deixar espaço para certos pecados sexuais (cf. Lv. 18), pessoalmente não encontro nenhuma razão para presumir qualquer má conduta por parte de Noé, além da indiscreta bebedeira e sua conseqüente nudez. Talvez a melhor descrição para a conduta e condição de Noé seja a palavra “impróprio”.

Fico impressionado com a maneira pela qual Moisés se refere a este incidente, com um mínimo de detalhes e descrição. Ter escrito qualquer coisa a mais teria sido perpetuar o pecado de Cam. Holywood teria nos levado para dentro da tenda de Noé numa ampla tela em Technicolor. Moisés nos deixa de fora junto com Sem e Jafé.

Parece que Cam e seus dois irmãos foram alertados sobre a condição de Noé a fim de que todos os três ficassem do lado de fora da tenda: “Cam, pai de Canaã, vendo a nudez do pai, fê-lo saber, fora, a seus dois irmãos.” (Gênesis 9:22).

Enquanto Sem e Jafé se recusaram a entrar, Cam não teve reservas para entrar na tenda. Qualquer que tenha sido a falta de Noé, ele estava dentro de sua própria tenda, em privacidade (9:21). Essa era a maneira que Sem e Jafé queriam. Cam entrou, violando o princípio da privacidade; no entanto, não ajudou seu pai, mas se divertiu às suas custas.

Cam nada fez para preservar a dignidade de seu pai. Ele não cuidou para que Noé fosse devidamente coberto. Em vez disso foi para fora descrever vividamente a seus irmãos o desatino cometido pelo pai. Parece-me também que Cam talvez tenha encorajado Sem e Jafé a entrar na tenda e ver por si mesmos.100

A capa que Sem e Jafé usaram para não ver seu pai parece meio radical numa sociedade sexualmente permissiva. Por outro lado, nossas televisões nos têm dessensibilizado para a nudez ou grosseria. Não há nada que não seja anunciado, mesmo produtos que já foram considerados muito pessoais.

Colocando “a” roupa, com a qual Noé deve ter sido vestido, sobre seus ombros, eles entraram de costas na tenda. Sem olhar para seu pai, eles o cobriram e deixaram a tenda.

De manhã, quando Noé acordasse de sua bebedeira, saberia o que tinha acontecido. Não sabemos o que ele aprendeu com isso. Talvez estivesse consciente o suficiente para relembrar os acontecimentos da noite anterior. Uma coisa é certa - Sem e Jafé nada disseram a Noé, ou a qualquer outro. Desconfio que a estória foi bem divulgada ao redor do acampamento na manhã seguinte, e provavelmente, devido a Cam. Se Cam não hesitou em contar a seus irmãos, por que hesitaria em contar a todos?

Sem levar em consideração a fonte de informação de Noé, sua resposta teve amplas implicações. Canaã, o filho mais novo de Cam, foi amaldiçoado. Ele deveria ser o mais inferior de todos os servos101 de seus irmãos. Enquanto alguns entendem que “irmãos” do verso 25 se refira a seus companheiros, creio que se refere especificamente aos irmãos terrenos de Canaã, os outros filhos de Cam. Nesse sentido, a maldição de Canaã é intensificada nestes três versos. No verso 25, Canaã será subserviente a seus irmãos; nos versos 26 e 27, aos irmãos de seu pai, Sem e Jafé.

Visto dessa maneira, é impossível ver qualquer implicação desta passagem para a subjugação dos povos negros da terra. Cam não foi amaldiçoado nesta passagem, mas Canaã. Canaã não foi o pai dos povos negros, mas dos cananeus que viveram na Palestina e que ameaçavam os Israelitas.

No verso 26, não é Sem quem é abençoado, mas seu Deus: “Bendito seja o Senhor, Deus de Sem, e Canaã lhe seja servo.” (Gênesis 9:26)

Por isso, a linhagem piedosa devia ser preservada através de Sem. Foi dito que o Messias viria de sua descendência. A bênção não veio de Sem, mas através de Sem. A bênção flui de seu relacionamento com Yahweh, o Deus da aliança de Israel. E a servidão de Canaã é uma das evidências dessa bênção.

O Senhor fará que sejam derrotados na tua presença os inimigos que se levantarem contra ti; por um caminho, sairão contra ti, mas, por sete caminhos, fugirão da tua presença. O Senhor determinará que a bênção esteja no teu celeiro em tudo que colocares a mão; e te abençoará na terra que te dá o Senhor, teu Deus. O Senhor te constituirá para si em povo santo, como te tem jurado, quando guardares os mandamentos do Senhor, teu Deus, e andares nos seus caminhos. (Dt. 28:7-9)

Da mesma forma que a bênção de Sem consiste em seu relacionamento com Yahweh, Jafé será abençoado em seu relacionamento com Sem.

Engrandeça Deus a Jafé, e habite ele nas tendas de Sem; e Canaã lhe seja servo. (Gênesis 9:27)

Acredita-se que o nome “Jafé” signifique “engrandecer” ou “aumentar”102. Através de jogo de palavras, Noé abençoa Jafé ao usar seu próprio nome.103 A bênção de Jafé será encontrada em seu relacionamento com Sem e não independentemente. Esta promessa é afirmada mais especificamente no capítulo 12, verso 3: “Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra.”

Deus prometeu abençoar a Abrão, e as outras nações nele. Todos que abençoassem Abrão experimentariam as bênçãos de Deus, enquanto aqueles que o amaldiçoassem seriam amaldiçoados. Outra vez, Canaã será sujeitado todas as vezes em que Jafé estiver unido com Sem.

Há uma clara correspondência entre as atividades de Cam, Sem e Jafé e as bênçãos e maldições que os seguiram. Sem e Jafé honraram a Deus quando agiram juntos para preservar a honra de seu pai. Cam desonrou tanto a seu pai quanto a Deus ao saborear a humilhação de Noé. Assim Cam foi amaldiçoado e Sem e Jafé foram abençoados numa unidade cooperativa.

A questão que deve surgir da maldição de Canaã é: Por que Deus amaldiçoou a Canaã pelo pecado de Cam? Além disso, por que Deus amaldiçoou os Cananeus, uma nação, pelo pecado de um único homem?

A explicação que parece responder melhor a estas questões é que as palavras de Noé não trazem somente bênção e maldição, mas profecia. Ainda que seja verdade que os pecados dos pais visitam os filhos, isto é só “até a terceira e quarta geração” (Êxodo 20:5). Se este princípio fosse aplicado, todos os filhos de Cam deveriam ter sido amaldiçoados.

Pela revelação profética, Noé previu que as falhas morais evidenciadas por Cam seriam mais amplamente manifestadas em Canaã e em sua descendência. Percebendo isso, vemos que a maldição de Deus recai sobre os Cananeus por causa da pecaminosidade prevista por Noé.104 A ênfase então recai sobre o fato de que os Cananeus seriam amaldiçoados por causa de seu pecado, não devido ao pecado de Cam. Acho que isto explica porque Canaã é amaldiçoado e não Cam, ou o restante de seus filhos.

As palavras de Noé, então, contêm uma profecia. Canaã refletirá mais amplamente as falhas morais de seu pai, Cam. E os Cananeus manifestarão estas mesmas tendências em sua sociedade. Por causa da pecaminosidade dos Cananeus prevista por Noé, a maldição de Deus é expressada. O caráter daqueles três indivíduos e seus destinos serão refletidos associadamente nas nações que deles emergirem.


O Rol das Nações
(10:1-32)

Muito trabalho já foi realizado sobre este capítulo, mas restringiremos nossos esforços aos pontos principais. Como já mencionamos, a confusão de Babel precede cronologicamente este capítulo.

A ordem em que Moisés tratou dos três filhos de Noé reflete sua ênfase e propósito. Jafé é tratado primeiro porque é o menos importante ao tema que está sendo desenvolvido. Cam é o próximo a ser discutido por causa da parte importante que os Cananeus tiveram na história de Israel. Sem é mencionado por último porque é o personagem principal do capítulo. Ele é aquele através do qual virá o descendente da mulher. A linhagem piedosa será preservada através de Sem.

O rol das nações indica uma seletividade que também serve ao propósito do relato. Somente aquelas nações que são descritas desempenharão um papel chave no desenvolvimento nacional de Israel na terra de Canaã.

Em geral, a identidade dos descendentes dos 3 filhos de Noé é conhecida. De Jafé vêm os indo-europeus, dos quais os mais conhecidos seriam os gregos. Mesmo a história secular helênica vê Iapetos como seu antepassado.105 Leupold nos diz:

... os descendentes de Jafé são vistos espalhados por uma área bem definida desde a Espanha até a Media e em linha reta de leste a oeste.106

A maioria de nós seria da linhagem de Jafé.

Cam foi o antepassado daqueles que construíram grandes cidades e impérios, incluindo a Babilônia, Assíria, Nínive e Egito. Pute, provavelmente, foi o pai dos povos negros. De Canaã vem aquelas nações que em geral são conhecidas como os cananeus:

Canaã gerou a Sidom, seu primogênito, e a Hete, e aos jebuseus, aos amorreus, aos girgaseus, aos heveus, aos arqueus, aos sineus, aos arvadeus, aos zemareus, e os hamateus; e depois se espalharam as famílias dos cananeus. (Gn. 10:15-18, cf. Dt. 20:17)

Seu território foi aquele próximo a Israel:

E o limite dos cananeus foi desde Sidom, indo para Gerar, até Gaza, indo para Sodoma, Gomorra, Admá e Zeboim, até Lasa. (Gn. 10:19)

Sem é o antepassado dos semitas. Precisamos ter cuidado em não confundir esta designação com os povos que falam as línguas semíticas. As línguas semíticas incluem tanto os povos de Sem como os de Cam.


Ross estabelece os descendentes de Sem como “... famílias que se expandiram desde a Ásia Menor até as montanhas ao norte da região do Tigre, ao U Sumeriano, ao Golfo Pérsico e finalmente até o Norte da Índia.”108

O descendente de Sem mais proeminente é Éber, o pai de Pelegue (10:25), antepassado de Abrão (cf. 11:14-26).

O propósito do capítulo 10 é bem sintetizado por Cassuto. Era:

(a) mostrar que a Providência Divina é refletida na distribuição das nações sobre a face da terra, da mesma forma que nos outros atos da criação e da administração do mundo; (b) determinar o relacionamento entre o povo de Israel e os outros povos; c) ensinar a unidade da humanidade pós-diluviana, a qual, como a raça humana antediluviana, era inteiramente descendente de um único par de seres humanos.109

Conclusão

Gênesis capítulos 9 e 10 foram vitais à nação de Israel uma vez que anteciparam a ocupação da terra prometida de Canaã. A maldição de Canaã explicou a origem da depravação moral dos Cananeus de seus dias. Mais do que qualquer outro povo, sua depravação sexual é comprovada pelas descobertas arqueológicas. 

Albright escreveu:

As comparações dos objetos de culto e textos mitológicos dos cananeus com os dos egípcios e mesopotâmios levam a uma única conclusão: que a religião cananita era muito mais centrada em sexo e suas manifestações. 

Em nenhum outro país foram encontradas tantas figuras de deusas da fertilidade nuas, algumas distintamente obscenas. Em nenhum outro lugar o culto às serpentes aparece com tanta força. As duas deusas Astarte e Anate são chamadas de “as grandes deusas que concebem, mas não dão à luz.110

Além disso, para explicar a razão para o extermínio dos cananeus, Gênesis 10 ajuda a identificá-los:

Ora os cananeus são relacionados, pois Moisés sabia que seriam muitas as associações de Israel com esses povos (cf. 15:16), e também Israel devia saber claramente quem era cananeu e quem não era, por causa de seu dever de expulsá-los da terra de Canaã (Dt. 20:17 e paralelos).111

Infelizmente, devemos perceber que Israel falhou em aplicar completamente o ensino desta passagem. Eles não destruíram totalmente os cananeus e por vezes se casaram com eles, para seu próprio prejuízo.

Há uma grande lição para nós nesta porção das Escrituras:
Ora, estas coisas se tornaram exemplos para nós, a fim de que não cobicemos as coisas más, como eles cobiçaram. Não vos façais, pois, idólatras, como alguns deles; porquanto está escrito: O povo assentou-se para comer e beber e levantou-se para divertir-se. E não pratiquemos imoralidade, como alguns deles o fizeram, e caíram, num só dia, vinte e três mil. 

Não ponhamos o Senhor à prova, como alguns deles já fizeram e pereceram pelas mordeduras das serpentes. Nem murmureis, como alguns deles murmuraram e foram destruídos pelo exterminador. Estas coisas lhes sobrevieram como exemplos e foram escritas para advertência nossa, de nós outros sobre quem os fins dos séculos têm chegado. Aquele, pois, que pensa estar em pé veja que não caia. (I Co. 10:6-12).

Tenho penado sobre esta passagem porque, de certa forma, ela parecia não ter grande impacto sobre a minha vida. De repente ocorreu-me que a questão é justamente a história da nudez de Noé para os homens de hoje.

Temos muita dificuldade em ficar grandemente impressionados pelo fato de Noé jazer nu e bêbado em sua tenda. Afinal, alguns diriam: seu pecado feriu alguém? Sua nudez não ocorreu na privacidade da sua tenda? Ficamos mais surpresos com as medidas “extremas” tomadas por Sem e Jafé do que pela nudez de Noé, não?

Por isso, os estudiosos tentam encontrar um pecado mais chocante que tenha sido cometido dentro da tenda. Alguns sugerem que Cam presenciou a intimidade sexual de seu pai com sua mãe. Outros pensam que Cam praticou um ato homossexual com seu pai semi-inconsciente. Mas nada disso é dito pelo texto.

Nosso grande problema hoje é que quase não temos mais nenhum senso de identificação com as atitudes ou atos dos dois filhos piedosos de Noé, Sem e Jafé. Não sentimos vergonha, nem ficamos chocados com a notícia de Noé em sua tenda. E a razão é o verdadeiro choque da passagem: fazemos parte de uma sociedade que não se envergonha e não se choca diante da indecência moral e sexual. Virtualmente toda espécie de intimidade sexual é retratada nos filmes e nas telas da TV.

Mesmo condutas anormais e pervertidas se tornaram rotineiras para nós. Sem nenhum senso de decência as coisas mais íntimas e particulares são anunciadas diante de nós e de nossas crianças.

Você percebe qual é o problema? Não nos preocupamos com a nudez de Noé porque descemos tanto no caminho da decadência que dificilmente hesitaríamos diante do que aconteceu nesta passagem. 

Ora, meu amigo, se a condenação de Deus recaiu sobre os atos de Cam e daqueles que andaram em seus caminhos, o que dizer de mim e de você? 

Que Deus nos perdoe por estar além do ponto do choque e da vergonha. Que Deus nos livre dos pecados dos cananeus. Que Deus nos ensine o valor da pureza moral e a sermos cruéis com o pecado. Que nós possamos nos recusar a deixá-lo viver entre nós, como Israel foi ensinado neste texto.

Há também um outro nível de aplicação. A maioria de nós tende a pensar em piedade em termos dos pecados que cometemos ou evitamos. Este relato nos informa que um dos testes do caráter cristão é a nossa reação aos pecados dos outros. Cam, aparentemente, se divertiu com o pecado de Noé, em vez de ficar abalado por ele. Não é isso o que acontece em nossas salas de estar diante dos aparelhos de TV? Não vemos nenhum horror no pecado, mas humor.

Como iremos reagir aos pecadores hoje? Iremos matá-los como Israel matou os cananeus? O Novo Testamento nos dá claras instruções sobre esse assunto:

E não sejais cúmplices nas obras infrutíferas das trevas; antes, porém, reprovai-as. Porque o que eles fazem em oculto, o só referir é vergonha. (Ef. 5:11-12)

Irmãos, se alguém for surpreendido nalguma falta, vós, que sois espirituais, corrigi-o com espírito de brandura; e guarda-te para que não sejas também tentado. (Gl. 6:1)

Acima de tudo, porém, tende amor intenso uns para com os outros, porque o amor cobre multidão de pecados. (IPe. 4:8)

... salvai-os, arrebatando-os do fogo; quanto a outros, sede também compassivos em temor, detestando até a roupa contaminada pela carne. (Jd.1.23)

Diferentemente de Cam, devemos aplicar o princípio da privacidade que Paulo reiterou em Efésios 5:12. Alguns pecados não devem ser escrutinados. Não devemos explorá-los, e nem compartilhar o que sabemos com os outros. 

Este princípio, creio, foi seguido por Moisés pelo modo como ele registrou, brevemente e sem detalhes ou enfeites descritivos, o pecado de Noé e suas conseqüências. Muito é dito das conseqüências, mas pouco das circunstâncias. Vamos aprender com isso.

Repare que nesta passagem de Efésios somos ensinados a revelar as obras infrutíferas das trevas (4:11). Isto não deve ser feito por explorar o pecado ou por viver nas trevas, mas por viver como luzes, brilhando num mundo de escuridão.

... até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo, para que não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para o outro e levados ao redor por todo o vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro. (Ef. 4:13-14)

O pecado é revelado pela justiça, não por falar das obras do mal.

Em Gálatas 6:1 somos ensinados a restaurar aquele que caiu em pecado. Aqui Paulo enfatizou a atitude madura daquele que se encarregaria desta obrigação. A pessoa deve ser habilitada com um espírito de brandura, alguém que também seja cônscio de sua própria fraqueza nessa mesma área.

Pedro nos ensinou que o pecado é melhor tratado quando é conhecido pelo menor número de pessoas. Amor não cobre pecados do jeito que vimos em Watergate. Aquilo foi um encobrimento. 

Procuraram manter as ações ilegais longe do escrutínio público. A cobertura sobre a qual Pedro escreveu é aquela que se esforça por manter o pecado na menor proporção possível, para que outros não sejam tentados ou atrapalhados pelo conhecimento dele.

Finalmente, Judas nos relembra do ódio que devemos ter pelo pecado e o desejo de santidade para permanecermos puros para a glória de Deus. Não devemos odiar o pecador, mas o pecado. Não devemos nos afastar daquele que caiu, mas arrebatá-lo do fogo.

Concluindo, encontro nestes versos 3 homens - Sem, Cam e Jafé, retratos dos homens na história da relação de Deus com os homens. Em Gênesis capítulo 12 encontramos a linhagem através da qual virá o Salvador sendo narrada da descendência de Abraão. Os homens serão abençoados ou amaldiçoados pela sua resposta a ele. (Gênesis 12:1-3)

No Calvário encontramos evidenciada a síntese do pecado do homem. Sem estava presente nos líderes religiosos judaicos que queriam o Messias morto e fora do caminho. Jafé estava presente nos Romanos que se uniram aos judeus para crucificar o Senhor da glória. E Cam estava presente em Simão Cirineu que servilmente carregou a cruz de Jesus (cf. Lucas 23:26).

Temos uma escolha a fazer, pois podemos experimentar as bênçãos de Jafé ou a maldição de Canaã. A descendência justa culminou com a chegada do Messias, o descendente da mulher (Gênesis 3:15), o descendente de Sem (Gênesis 9:26) e de Abraão (12:2-3). 

Em Cristo, pela fé e submissão a Ele como provisão de Deus para perdão e justificação aos pecadores, podemos experimentar a bênção de Jafé. Pelo desprezo e rejeição de Cristo - ao persistir em nossos pecados, ficamos debaixo da maldição de Canaã por toda a eternidade.

Possa Deus capacitá-lo a encontrar salvação e bênção em Jesus Cristo.




COMETÁRIOS: 
 
Alguns acusam Cam de praticar ato homossexual com Noé, enquanto este estava no torpor da bebedeira. Nosso texto diz que Cam “viu a nudez de seu pai” (verso 22). Ainda que a expressão “descobrir a nudez de outrem” possa ser um eufemismo para relações sexuais (cf. Lv. 18:6 e ss), esta não é a linguagem empregada em nosso texto. 

Além do mais, há em nossa passagem, um contraste entre Cam, que viu a nudez de Noé, e Sem e Jafé, que não viram (Gn. 9:23). A descrição de como eles voltaram suas faces para não ver a condição de Noé, implica fortemente em que ver, ou não ver, era a essência da situação. A sugestão de que Cam viu Noé e sua mãe no meio de uma relação sexual tem o mesmo ponto fraco.

A expressão “servo dos servos” (verso 25) é similar às expressões “Senhor dos senhores” e “Rei dos reis”. É uma maneira enfática de expressar soberania ou servidão extremas.

“Tanto estudiosos antigos quanto modernos explicam esta palavra com sentido de “engrandecer”, baseados em seu uso aramaico... e esta parece ser a interpretação correta.” U. Cassuto, Comentário do Livro de Gênesis (Jerusalém: The Magnes Press, 1964), II, pp. 168-169.

 Sem significa “nome” e é muito provável que seja um jogo de palavras também.

Esta é a conclusão de Leupold, que escreve “Mas, e quanto à justiça do desenrolar da história? Do nosso ponto de vista a maioria dos problemas já foi esclarecida. Entendemos “maldito é Canaã”, não “seja” (A. V.); e “ele será servo dos servos”, não no sentido optativo de “talvez ele seja”. O traço perverso revelado por Cam nesta história, foi, sem dúvida, visto por Noé como uma marca mais distinta em Canaã, o filho. 

O povo de Canaã revelará essa marca muito mais do que qualquer outro povo da terra. Predizer não envolve nenhuma injustiça. O filho não é punido pela iniquidade do pai. Sua própria desafortunada depravação moral, que ele revela e retém, é predita.” H. C. Leupold, Exposição de Gênesis (Grand Rapids: Baker Book House, 1942), I, p. 350.

“O primeiro ancestral desses povos foi Helena, que foi descendente de Prometeu, cujo pai foi um titã, Iapetos (Jafé).” Allen Ross, O Rol das Nações (dissertação de doutorado não publicada: Seminário Teológico de Dallas), 1976, p. 365, citando Neiman, “Data e circunstâncias da maldição de Canaã”, p. 126.


Fonte: Bible.org 

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

APRENDENDO COM ACABE

APRENDENDO COM ACABE

Deus rejeitou Acabe com orei. Este homem casou-se com uma mulher má e idólatra

2 Corintios 6:14

Este foi o casal das indignidades. Juntos estavam no poder e o povo sentia dificuldade para sobreviver

A idolatria corria solta por Israel na época de Acabe, e este senhor estava levando a nação para o desastre total

Deus levanta o profeta Elias para confrontar o casal que insistia com a idolatria

1 Reis 16:30

Acabe e sua esposa Jezabel se envolveram com maldade, idolatria, afastamento de Deus e o povo pereceu junto com eles

1 Reis 16:31-32

Deus sempre procurou levar as pessoas para longe da idolatria para que pudessem ter paz de espírito, foi assim que procurou alertar Acabe através de Elias, mas Jezabel fora-lhe péssima influência

Acaba só fez coisas ruíns e ainda por cima era totalmente manipulado por sua esposa idólatra

1 Reis 16:31-33

Acabe provocou a ira de Deus e passou a adorar outros deuses, tudo para acabar com o culto ao verdadeiro Deus

Foram devotos a Baal e espalharam uma falsa religião

Deus pesou a mão sobre Acabe que teve um final triste, Elias profetizou a morte do casal de forma trágica.

Acabe morreu numa batalha, vítima de uma flecha perdida e Jezabel jogada de uma janela pelos eunucos, morreu na queda, sendo comida pelos cães

Sem obediência a Deus não há final feliz, a pessoa sem Deus só desce na escala moral e espiritual

Obediência a Deus é o segredo do sucesso!

***

APRENDENDO COM JABES

  APRENDENDO COM JABES O m enino  p rodígio da  g enealogia!   Alguém já disse certa vez que existe muito pouca diferença entre as pessoas –...