segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

APRENDENDO COM AMÓS (PARTE 7)



APRENDENDO COM AMÓS (parte 7)

O perigo dos privilégios

A mensagem profética de Amós não foi planejada apenas para a situação histórica de Israel, mas para ampliar o alcance da mensagem para além de Israel e Judá. 

No Antigo Testamento, Israel tinha diante de Deus privilégios únicos, mas não exclusivos.

Leia Amós 3:1, 2. O verbo hebraico yada, “saber”, usado no verso 2, tem um sentido especial de intimidade. 

Em Jeremias 1:5, por exemplo, Deus disse que conheceu o profeta e o separou antes mesmo de seu nascimento. 

Tal foi o caso dos israelitas. Eles não eram apenas mais uma nação entre as nações. Ao contrário, Deus os separou para um santo propósito. Eles estavam em um relacionamento especial com Ele.

Deus escolheu Israel e o tirou da escravidão. A saída do Egito foi o evento mais importante no início da história de Israel como nação. 

Ele preparou o cenário para os atos divinos de redenção e para a conquista da terra de Canaã. 

Mas a força e prosperidade de Israel o levaram ao orgulho e complacência em relação à sua condição privilegiada como povo escolhido do Senhor.

Jesus Cristo declarou que se utilizarmos mal nossos grandes privilégios receberemos grandes penalidades. O que significa esse princípio? 

E o servo que soube a vontade do seu senhor, e não se aprontou, nem fez conforme a sua vontade, será castigado com muitos açoites; Mas o que a não soube, e fez coisas dignas de açoites, com poucos açoites será castigado. E, a qualquer que muito for dado, muito se lhe pedirá, e ao que muito se lhe confiou, muito mais se lhe pedirá. (Lucas 12:47,48)

Sob inspiração divina, o profeta advertiu os israelitas. Visto que o povo de Israel era o eleito do Senhor, ele seria especialmente responsabilizado por suas ações.

O Senhor estava dizendo que o relacionamento único de Israel com Deus trazia obrigações e haveria punição se essas obrigações não fossem cumpridas. 

Em outras palavras, Israel, como povo escolhido de Deus, era ainda mais suscetível aos Seus juízos, porque privilégio implica em responsabilidade. 

A eleição de Israel não foi apenas ao status privilegiado. O povo foi chamado a ser testemunha para o mundo sobre o Senhor que tanto o havia abençoado.

“As igrejas professas de Cristo nesta geração desfrutam dos mais altos privilégios. O Senhor Se tem revelado a nós numa luz sempre crescente. Nossos privilégios são muito maiores que os do antigo povo de Deus”  

Por que as responsabilidades que vêm com esses privilégios devem nos fazer tremer? 

Deus nos escolheu para seus propósitos, para mostrar ao mundo que ele é Deus e está no controle de tudo

Será que nós simplesmente nos acomodamos, como aconteceu com Israel?

Temos nos tornado complacentes por causa das bênçãos que recebemos? Como podemos mudar?

Temos que estar sempre em intimidade com Deus e não perder o foco, cumprir nossa missão na terra, como cristãos, a serviço do Rei Jesus, praticar a justiça e a paz, anunciar o Evangelho a todas as nações e sempre obedecer a Deus em tudo, esta é a responsabilidade seguida dos privilégios

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APRENDENDO COM JOEL (PARTE 4)

 APRENDENDO COM JOEL (PARTE 4)

Proclamando o nome de Deus

“O Sol se converterá em trevas, e a Lua, em sangue, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor. E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo; porque, no monte Sião e em Jerusalém, estarão os que forem salvos, como o Senhor prometeu; e, entre os sobreviventes, aqueles que o Senhor chamar” (Joel 2:31, 32).

O escurecimento do Sol e a transformação da Lua em sangue não devem ser compreendidos como desastres naturais, mas como sinais sobrenaturais do iminente dia do Senhor. 

Nos tempos bíblicos, muitas nações pagãs adoravam corpos celestes como deuses, algo que, de acordo com Moisés, os israelitas nunca deviam fazer (Deuteronomio 4:19)

Nesse sentido, a profecia de Joel predisse que os ídolos das nações começariam a desaparecer quando o Senhor viesse em juízo. 

Joel 3:15 acrescenta que até mesmo o exército celeste perderia seu poder e não mais daria sua luz, porque a presença da glória do Senhor ofuscaria tudo.

Embora a aparência de Cristo aterrorize os impenitentes, como os justos receberão o Senhor? Qual é a diferença crucial? 

Isaias 25:9; Joel 2:32; Atos 2:21; Romanos 10:13

Nas Escrituras, a expressão “invocar o nome do Senhor” não significa apenas alguém dizer que é seguidor do Senhor e reivindicar Suas promessas. 

Pode significar também proclamar o nome de Deus, isto é, ser uma testemunha para as outras pessoas sobre o Senhor e o que Ele tem feito pelo mundo. 

Abraão edificava altares e proclamava o nome de Deus na terra de Canaã (Genesis 12:8). 

Moisés no Monte Sinai, Deus proclamou Sua bondade e graça 
(Êxodo 33:19; 34:5). 

O salmista convida os fiéis a dar graças a Deus e invocar Seu nome, tornando conhecido entre as nações o que Ele tem feito (Salmos 105:1). 

As mesmas palavras são encontradas em um cântico de salvação composto pelo profeta Isaías (Isaias 12:4).

Assim, proclamar o nome do Senhor significa ser mensageiro das boas-novas de que Deus ainda governa o mundo e também chamar os povos para que vejam todas as coisas no contexto das ações de Deus e Seu caráter. 

Significa também contar a todos sobre o generoso dom divino da salvação oferecida a todo ser humano.

O que significa para você “invocar o nome do Senhor”? Como você faz isso, e o que acontece quando você faz?

Lembre-se: Hoje é dia de perseverar em oração! Deus está impressionando a mente das pessoas que serão visitadas. Invoque o nome do Senhor como disse Joel: "todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo".

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quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

APRENDENDO COM ISAÍAS (PARTE 2)



Isaías: O Profeta Real


 Isaías profetizou tanto juízo quanto libertação para Jerusalém e Judá, sem pensar em si mesmo. Para muitos, ele foi o maior profeta da história depois de Moisés; entretanto, é surpreendente que tão pouco seja conhecido sobre o indivíduo por detrás desse impressionante ministério.

A Pessoa

Isaías identificou-se apenas como “Isaías, filho de Amoz” (Is 1.1). Existem outras doze referências como esta, inclusive três no Segundo Livro de Reis e no Segundo Livro de Crônicas. Amoz nunca é identificado, descrito, ou mencionado separadamente dessa afirmação. Embora alguns tenham sugerido que Isaías possa ter sido de linhagem sacerdotal, nada na Bíblia defende esse ponto de vista. “Isaías” significa “a salvação é de Yahweh”, ou “Yahweh é salvação”. Seu nome provavelmente é significativo, mas nunca é explicado e não há nenhuma elaboração sobre ele.
A outra única informação autobiográfica se refere à família de Isaías e é fornecida juntamente com seu ministério ao rei Acaz, de Judá. Quando o reino de Judá foi ameaçado pela aliança Samaria-Síria (Is 7-12), o Senhor instruiu a Isaías, dizendo: “Agora, sai tu com teu filho que se chama Um-Resto-Volverá” (Is 7.3). Deus, então, deu um sinal ao teimoso Acaz:
Portanto, o Senhor mesmo vos dará um sinal: eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho e lhe chamará Emanuel. Ele comerá manteiga e mel quando souber desprezar o mal e escolher o bem. Na verdade, antes que este menino saiba desprezar o mal e escolher o bem, será desamparada a terra ante cujos dois reis tu tremes de medo” (Is 7.14-16).
Isaías disse que seu segundo filho era o cumprimento, em curto prazo, desta profecia a Acaz:
Fui ter com a profetisa; ela concebeu e deu à luz um filho. Então, me disse o Senhor: Põe-lhe o nome de Rápido-Despojo-Presa-Segura. Porque antes que o menino saiba dizer meu pai ou minha mãe, serão levadas as riquezas de Damasco e os despojos de Samaria, diante do rei da Assíria” (Is 8.3-4).
Isaías chamou sua esposa de profetisa, fazendo dela uma das únicas quatro mulheres assim positivamente intituladas em todo o Antigo Testamento. Parece que seu lar foi um lar piedoso.
Seu ministério e seus escritos revelam características adicionais. Seu ministério teve a duração de 60 anos, desde o final do reinado de Uzias, passando por Jotão e Acaz, chegando até ao reinado de Ezequias; e Isaías parecia tranqüilo em se movimentar na presença desses reis.
Muitos estudiosos do Antigo Testamento observam seu rico vocabulário. H. C. Leupold escreveu:
Praticamente ninguém questionaria a afirmação de que Isaías é um príncipe entre os profetas. Sua eloqüência é muito evidente. (...) Ele dispõe de um vocabulário mais rico que qualquer outro profeta, ainda mais abrangente do que o do Livro de Salmos”.[1]
Certamente, ele não era um pastor, como o profeta Amós, e provavelmente também não era um sacerdote, como o profeta Ezequiel. Isaías foi um profeta de príncipes e um príncipe dos profetas. Seus escritos dão a impressão de que ele se movimentava com graça pela cultura de seus dias. Ele falava vigorosa e especificamente sobre as questões de seu tempo, mesmo olhando adiante, para o juízo sobre Babilônia e para o surgimento de Ciro da Pérsia.
Praticamente ninguém questionaria a afirmação de que Isaías é um príncipe entre os profetas. Sua eloqüência é muito evidente. (...) Ele dispõe de um vocabulário mais rico que qualquer outro profeta, ainda mais abrangente do que o do Livro de Salmos”.
Mas a santidade pessoal no meio de uma cultura cuja espiritualidade está em declínio geralmente vem acompanhada de solidão pessoal e profissional.

O Local

Os dias gloriosos dos reis Davi e Salomão já estavam 200 anos no passado. O reino do Sul, Judá, e o reino do Norte, Israel, haviam coexistido razoavelmente bem. Israel resistia consistentemente a um relacionamento genuíno com Yahweh (Javé), enquanto que Judá vacilava entre reis bons e reis maus. Os reis bons proporcionavam encorajamento espiritual positivo, embora não chegassem ao nível de seu pai, Davi.
Isaías foi enviado a uma nação cuja fé havia se tornado empedernida. Amazias, que reinou durante 29 anos, é descrito como um rei bom, que “fez (...) o que era reto perante o Senhor, ainda que não como Davi, seu pai; fez, porém, segundo tudo o que fizera Joás, seu pai. Tão-somente os altos não se tiraram; o povo ainda sacrificava e queimava incenso nos altos” (2Rs 14.3-4). Uzias (também chamado Azarias), que reinou durante 52 anos, e Jotão, que reinou durante 16 anos, são descritos com palavras praticamente idênticas (2Rs 15.3-4,34-35).
Então veio Acaz, que reinou durante 16 anos:
Não fez o que era reto perante o Senhor, seu Deus, como Davi, seu pai. Porque andou no caminho dos reis de Israel e até queimou a seu filho como sacrifício, segundo as abominações dos gentios, que o Senhor lançara de diante dos filhos de Israel” (2Rs 16.2-3).
Em contraste, Ezequias, provavelmente devido em parte ao ministério piedoso de Isaías, foi um rei justo:
Fez ele o que era reto perante o Senhor, segundo tudo o que fizera Davi, seu pai. Removeu os altos, quebrou as colunas e deitou abaixo o poste-ídolo; e fez em pedaços a serpente de bronze que Moisés fizera, porque até àquele dia os filhos de Israel lhe queimavam incenso e lhe chamavam Neustã. Confiou no Senhor, Deus de Israel, de maneira que depois dele não houve seu semelhante entre todos os reis de Judá, nem entre os que foram antes dele” (2Rs 18.3-5).
Estes foram tempos de prosperidade para Judá. O Senhor abençoava os reis de Judá quando caminhavam de acordo com Ele, mas os punia quando, por orgulho, se voltavam contra Ele.
Cada ciclo de punição e bênção parece ter produzido uma espiral cumulativa que levava para baixo a saúde espiritual da nação. Conforto pessoal geralmente produz negligência. O pecado, mesmo depois de ter sido perdoado, deixa conseqüências duradouras em todos aqueles em que toca.

A Pregação

Depois de receber uma visão pessoal da glória do Senhor, Isaías foi enviado a proclamar o juízo de Deus sobre seu povo. Tristemente, Deus o avisou que o coração do povo seria insensível, seus ouvidos seriam endurecidos e seus olhos, fechados (Is 6.10). Quando o profeta perguntou: “Até quando?”, Deus lhe respondeu: “Até que sejam desoladas as cidades e fiquem sem moradores, e a terra seja de todo desolada” (v. 11).
A profecia de Isaías apresenta duas partes distintas. Do capítulo 1 até ao 39, o enfoque está principalmente no juízo de Deus que paira sobre Judá e Jerusalém (e também sobre as nações vizinhas, notadamente Babilônia, cerca de 200 anos no futuro). Em todas essas mensagens, Isaías relembrava o povo de que o livramento estava disponível na mão soberana do seu Deus. A primeira metade termina com um relato detalhado da oração de Ezequias para que Deus santificasse Seu nome, que o assírio Senaqueribe estava depreciando, e para que Deus desse livramento aos israelitas, destruindo o exército da Assíria. A despeito de ter Deus respondido a esta oração com um livramento miraculoso, Judá continuou a se rebelar contra Ele, trazendo com isso sua própria queda.
Os capítulos 40 até 66 enfocam a salvação para Seu povo depois que havia sido punido por seu pecado contra Ele:
Consolai, consolai o meu povo, diz o vosso Deus. Falai ao coração de Jerusalém, bradai-lhe que já é findo o tempo da sua milícia, que a sua iniquidade está perdoada e que já recebeu em dobro das mãos do Senhor por todos os seus pecados” (Is 40.1-2).
Recusando-Se a ser comparado com qualquer outro ser, o Senhor afirma Seu controle soberano sobre todas as nações. Ele promete levantar Seu Servo, que trará libertação ao Seu povo e removerá o castigo de sobre Jerusalém:
Pelo que agora ouve isto, ó tu que estás aflita e embriagada, mas não de vinho. Assim diz o teu Senhor, o Senhor, teu Deus, que pleiteará a causa do seu povo: Eis que eu tomo da tua mão o cálice do atordoamento, o cálice da minha ira; jamais dele beberás” (Is 51.21-22).
Pois eis que eu crio novos céus e nova terra; e não haverá lembrança das coisas passadas, jamais haverá memória delas. Mas vós folgareis e exultareis perpetuamente no que eu crio; porque eis que crio para Jerusalém alegria e para o seu povo, regozijo. E exultarei por causa de Jerusalém e me alegrarei no meu povo, e nunca mais se ouvirá nela nem voz de choro nem de clamor” (Is 65.17-19).
As advertências de Deus a Seu povo são sempre envoltas em palavras de esperança, e Suas promessas de libertação são geralmente controladas por lembretes de punição. Isaías profetizou tanto juízo quanto libertação para Jerusalém e para Judá sem nenhum foco sobre si mesmo (inclusive com poucas menções a si mesmo). O resultado é a majestosa apresentação da glória de Yahweh e Sua promessa de glorificar o Seu povo através do futuro Reinado do Servo. 
escrito por Richard D. Emmons

APRENDENDO COM JESUS




 A VIDA E A OBRA DE JESUS CRISTO

O ponto central e o assunto mais importante de todos os fundamentos é a vida e a Obra de Jesus. Tudo na vida de um discípulo deriva do relacionamento e do conhecimento que tem da pessoa de Jesus. 
O objetivo de Deus para nós, como Igreja, é que cheguemos ao "pleno conhecimento do Filho de Deus" (Ef 4:13). Essa é uma jornada para toda a vida, que não pode se limitar apenas à compreensão do estudo abaixo, mas deve prosseguir mediante o estudo da Palavra e da iluminação do Espírito Santo.

Introdução


Jesus não disse que veio trazer uma verdade. Ele disse "Eu sou a verdade". Jesus não veio trazer simplesmente uma religião, nem uma filosofia, nem um conjunto de regras como código de conduta. Jesus veio trazer Ele mesmo. Ele é a ressurreição e a vida. Para receber esta vida temos que conhecê-lo devemos saber quem Ele é, de onde veio, o que Ele falou, o que Ele fez, onde Ele está, etc.
"Aquele que diz que está em Cristo, deve andar como Ele andou", como andaremos como Jesus andou, se não soubermos como foi a vida e a obra de Jesus?
"Eu sou o caminho , a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim", João 14:6, Jesus é o único que nos leva ao Pai. Por isso devemos conhecê-lo e saber o que ele fez por nós. Esta proclamação que o evangelho faz da pessoa de Jesus, visa trazer fé aos nossos corações.

1) Jesus Existia Antes de Todas as Coisas


"No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez." Jo 1:1-3
Muitos pensam que Jesus é um ser que nasceu em Belém da Judéia. Mas isso não é verdade. Todos nós começamos a nossa vida quando somos gerados no ventre de nossas mães, antes não existíamos. Mas não foi assim com Jesus. Ele existia muito antes de nascer em Belém. Não como homem, mas como o Verbo de Deus. O Verbo nunca foi criado, Ele era Deus e sempre existiu. Foi ele quem criou todas as coisas.
"O qual é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação; porque nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades; tudo foi criado por ele e para ele. Ele é antes de todas as coisas, e nele subsistem todas as coisas." Cl 1:15-17
Grandioso é Jesus ! ( Ver também Hb 1:1-3 )

2) Tornou-se Homem

"E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade; e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai." Jo1:14
"O qual, subsistindo em forma de Deus, não considerou o ser igual a Deus coisa a que se devia aferrar, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, tornando-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz." Fp2:6-8
Que tremenda é esta verdade! O Verbo Eterno, criador de todas as coisas, se esvaziou de sua glória e assumiu a forma de homem.
Imagine um homem se transformando num verme. Isto ainda seria pouco para comparar com o que aconteceu a Cristo, porque o homem é criatura e o verme também. Mas quando o Verbo se fez carne foi algo muito mais tremendo! Foi o próprio criador assumindo a forma de uma de suas criaturas. A humilhação de Jesus não começou na cruz, mas sim em Belém, quando tomou a forma de um simples homem.
Nunca é demais salientar que nossa fé é no Deus-homem Jesus Cristo, .Quando o Verbo se fez carne Ele se esvaziou de sua glória de Deus (Jo 17:5), isto é, Ele se esvaziou dos atributos (qualidades e capacidades) de Deus, mas nunca deixou de ser a Pessoa do Verbo. Ele continuou sendo o Verbo, mas agora em carne humana esvaziado de sua glória, mas não totalmente. Ele tinha em sua humanidade toda glória possível da verdade e da graça de Deus (Jo1:14). Isto é um mistério.
Maravilhoso é Jesus ! ( Leia também 1Jo 4:2-3 1Tm 3:16 Rm 8:3 )

3) Teve uma Vida Perfeita e Irrepreensível


"Ele não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano" 1 Pe2:22
Primeiro Jesus se esvaziou tornando-se homem. Depois, como homem, continuou se esvaziando. De que forma? Não fazendo nunca a sua própria vontade.
O texto de Fp 2:6-8 diz: " ... se humilhou, sendo obediente até a morte... ". Qual foi o pecado de Adão ? Fez sua própria vontade. Agora, Jesus, o ultimo Adão (I Co 15:45) veio para fazer sempre a vontade do Pai ( Jo 4:34 ; 8:29 ). Por isso as Escrituras dizem que Ele nunca cometeu pecado. Porque nunca fez a sua própria vontade.
O diabo tentou Jesus desde o princípio para que Ele fizesse a sua própria vontade, mas Jesus sempre permaneceu obediente ao Pai até a morte e morte de cruz.
Santo é Jesus ! ( Leia também Hb 4:15; 7:26 I Jo 3:5 )

4) Fez uma Obra Tremenda e Grandiosa


"Concernente a Jesus de Nazaré, como Deus o ungiu com o Espírito Santo e com poder; o qual andou por toda parte, fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do Diabo, porque Deus era com ele." At 10:38
Na vida de Jesus não admiramos somente a sua santidade, mas também o poder que se manifestou no seu ministério. Ele fez muitos milagres prodígios e sinais At2:22. Ele curou enfermos, deu a vista aos cegos, ressuscitou mortos, andou sobre as águas, multiplicou alimentos, pregou às multidões, fez discípulos e ensinou-lhes a agradar o pai.
Com que poder Ele fez isto? Ele não fez nada como Deus, pois havia se esvaziado da forma de Deus e vivia como homem. Portanto ele precisava do poder do Espírito Santo para fazer a obra de Deus. Por isso o Pai se alegrou tanto no seu batismo, porque naquele momento veio sobre Ele o Espírito Santo (Mt 3:13-17).
Tudo que Jesus fez foi pelo poder do Espírito Santo de Deus.
Era novamente um esvaziamento de Jesus, assumindo as limitações de homem e a sua necessidade do Espírito Santo para cumprir o seu Ministério.
Tremendo é Jesus ! ( Leia também Jo 20:30-31 )

5) Morreu Pelos Nossos Pecados


"Àquele que não conheceu pecado, Deus o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus." 2Co5:21
"Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e esmagado por causa das nossas iniquidade; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas, cada um se desviava pelo seu caminho; mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de todos nós." Is 53:5-6
Todas as pessoas falam e até mesmo os incrédulos sabem que Jesus morreu pelos nossos pecados. Mas não teremos revelação espiritual enquanto não soubermos por que foi necessária esta morte. Por que Deus exigiu a morte de seu único filho?
Para conhecermos o amor de Deus é necessário conhecer também sua santidade e justiça. Deus é perfeitamente santo e perfeitamente justo. Não pode suportar nem mesmo aquilo que para nós seria um "pequeno erro". Sua santidade se ofende com qualquer forma de pecado e sua justiça exige punição (Rm1:18 ). Assim é Deus.
Se a exigência é assim tão grande, e se só um homem totalmente perfeito pode agradar a Deus, então quem poderá agradá-lo? Será que existe alguém que preenche tais condições? A resposta clara da Escritura é NÃO.
"Não há justo, nem sequer um ..." Rm 3:10
"Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus" Rm 5:23.
E qual a conseqüência disto?
"...o salário do pecado é a morte ... " Rm 6:63.
Esta é a morte eterna, o castigo eterno. Quem está sujeito a este castigo ? Toda a raça humana.
Quando o Espírito Santo nos convence do pecado, da justiça e do juízo, então entendemos como estamos mal diante de Deus e como é grande a nossa dívida para com Ele. Conhecemos a nossa culpa e perdemos a paz. Só então começamos a compreender porque Jesus morreu. 
Ele morreu para satisfazer a justiça de Deus e aplacar a sua ira. Nós merecemos ser castigados pelos nossos pecados, mas Jesus aceitou ser castigado em nosso lugar. Assim Deus satisfez sua justiça. Por isso Isaías diz que ". . . O Senhor agradou moê-lo" Is 53:10
Se nós somos culpados diante de Deus, como podemos ter paz com Ele? Só temos quando entendemos que Jesus pagou o nosso castigo: " . . . o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele " ( Is 53:6 ) . Jesus pagou a nossa dívida.

APRENDENDO COM ABSALÃO (PARTE 1)



Absalão, inimigo do próprio pai!

Absalão se tornou inimigo do próprio pai. Durante anos, agiu como um filho rebelde, desrespeitando o pai, o rei de Israel e, pior ainda, desrespeitando o próprio Senhor. Seu egoísmo e sua rebeldia chegaram ao ponto de forçar uma guerra civil que custou a vida de 20.000 homens. Nesta guerra, as forças do rei mataram Absalão. 

Quando Davi recebeu a notícia da morte de Absalão, ele não se gloriou na vitória sobre um inimigo. Ele lamentou a morte de um filho. “Então, o rei, profundamente comovido, subiu à sala que estava por cima da porta e chorou; e, andando, dizia: Meu filho Absalão, meu filho, meu filho Absalão! Quem me dera que eu morrera por ti, Absalão, meu filho, meu filho!” (2 Samuel 18:33). 

Um filho perdido

Duvido que haja tristeza humana mais profunda do que o sofrimento de um servo de Deus que perde para sempre um filho. Davi, talvez mais do que qualquer outro autor do Antigo Testamento, valorizou as grandes bênçãos de comunhão com Deus. Entre as muitas passagens nos Salmos nas quais Davi falou da esperança e da comunhão com Deus está o último versículo do Salmo 23: “Bondade e misericórdia certamente me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na Casa do Senhor para todo o sempre.” 

Davi desejava a comunhão eterna com Deus, e certamente queria a mesma salvação para os seus filhos. Mas Absalão não deu valor à palavra de Deus, e não buscou as bênçãos espirituais que seu pai tanto ansiava. Absalão se mostrou um homem vão e carnal, e jogou fora a sua vida na busca por satisfação passageira. 

Quando Davi soube da morte de Absalão, toda a esperança por aquele filho rebelde morreu. Até aquele momento, ainda alimentava a esperança, como fazem todos os pais de filhos desobedientes, do arrependimento e volta de Absalão. Mas a morte é o fim. Não teria outra chance. Não existe a reencarnação, nem o purgatório, nem qualquer outra segunda chance após a morte: “E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo” (Hebreus 9:27). 

A notícia da morte de Absalão sinalizou, para muitos em Israel, o fim do conflito e sofrimento que ele causou. Para Davi, trouxe as profundas emoções de um pai que perdeu, para sempre, um filho amado. 

A culpa de Absalão 

É comum, especialmente diante da morte triste de um filho como Absalão, procurar explicações para justificar sua trajetória à destruição. Muitos culpam a sociedade, os pais ou o próprio Senhor. Sem dúvida, outros seres humanos, e até os próprios pais, freqüentemente contribuem ao fracasso de um filho. Mas tais fatores não podem servir como desculpas ou justificativas. Apesar de qualquer circunstância de sua vida e independente das falhas dos outros, Absalão foi desobediente e rebelde. Ele tomou as decisões que o levaram ao fim trágico. Teve muitas oportunidades durante vários anos para arrepender-se e reconciliar-se com seu pai, mas não o fez. Poderia ter humilhado-se diante de Deus, diante Davi, e diante do povo de Israel, mas não venceu seu próprio orgulho e egoísmo. Absalão foi perdido porque Absalão foi rebelde. 

O fracasso de Davi

Em alguns casos, bons pais servem ao Senhor e fazem de tudo para guiar seus filhos no caminho de Deus, mas o próprio filho, no seu livre arbítrio, rejeita a instrução e se destrói. Mas em muitos outros casos, os pais levam uma parcela de culpa. No caso de Davi, as falhas do pai certamente contribuíram à perda do filho. Apesar de ser um homem que buscava ao Senhor, Davi tropeçou diversas vezes. A falha mais marcante na vida dele foi o caso de adultério com Bate-Seba, levando-o a cometer homicídio. Davi se arrependeu, mas nunca recuperou totalmente a sua família. Como ele mesmo falou de exigir a restituição de quatro vezes de um ofensor, Davi “pagou” pelo seu crime com a vida de quatro filhos (2 Samuel 12:19; 13:32; 18:14-20; 1 Reis 2:23-25). 

Davi falhou, também, na maneira de lidar com seu filho rebelde. A compaixão de um pai falou mais alto do que a justiça de um rei e servo do Senhor. Aplicou a lei com parcialidade, dando a Absalão uma certa liberdade para pecar. Poucas exigências de Deus são mais difíceis, na prática, do que a aplicação de disciplina dura aos próprios filhos. 

Na Antiga Aliança, os próprios pais tiveram que entregar os filhos rebeldes ao julgamento e à morte. Hoje em dia, não matamos filhos rebeldes, mas não podemos ser cúmplices dos seus erros (Efésios 5:11). No caso de filhos cristãos que voltam ao pecado, os pais têm obrigação de pôr a comunhão com Deus acima da relação com o filho, até o ponto de se afastarem do filho rebelde (1 Coríntios 5:1-13; 2 Tessalonicenses 3:6-15). O amor verdadeiro confiará no Senhor para fazer tudo que ele exige na tentativa de resgatar o filho rebelde. O mesmo amor porá Deus acima do homem, acima do próprio filho (Mateus 22:37-40). 

A esperança dos pais

Qualquer pai poderá chegar à tristeza que Davi sofreu, mas não precisa acontecer. Enquanto temos vida, vamos mostrar um exemplo de pais fiéis e fazer de tudo para instruir os nossos filhos. E vamos esperar que os filhos que tropeçam aceitem a correção de Deus para voltar antes de ser tarde demais. 

escrito por Dennis Allan

APRENDENDO COM EZEQUIEL (PARTE 2)



O Livro de Ezequiel



O profeta Ezequiel é o autor do Livro (Ezequiel 1:3). Ele era um contemporâneo de ambos Jeremias e Daniel.

Quando foi escrito: O Livro de Ezequiel foi provavelmente escrito entre 593 e 565 AC durante o cativeiro babilônico dos judeus.

Propósito: Ezequiel ministrou à geração de sua época, uma geração extremamente pecaminosa e completamente sem esperança. Por meio de seu ministério profético, ele tentou levá-los ao arrependimento imediato e à confiança no futuro distante. 


Ele ensinou que: (1) Deus trabalha através de mensageiros humanos; (2) Mesmo com a derrota e desespero, o povo de Deus precisa afirmar a soberania de Deus; (3) A Palavra de Deus nunca falha; (4) Deus está presente e pode ser adorado em qualquer lugar; (5) As pessoas têm que obedecer a Deus se quiserem receber bênçãos e (6) o Reino de Deus virá.

Ezequiel 2:3-6: "Ele me disse: Filho do homem, eu te envio aos filhos de Israel, às nações rebeldes que se insurgiram contra mim; eles e seus pais prevaricaram contra mim, até precisamente ao dia de hoje. Os filhos são de duro semblante e obstinados de coração; eu te envio a eles, e lhes dirás: Assim diz o SENHOR Deus. Eles, quer ouçam quer deixem de ouvir, porque são casa rebelde, hão de saber que esteve no meio deles um profeta. 

Tu, ó filho do homem, não os temas, nem temas as suas palavras, ainda que haja sarças e espinhos para contigo, e tu habites com escorpiões; não temas as suas palavras, nem te assustes com o rosto deles, porque são casa rebelde."

Ezequiel 18:4: "Eis que todas as almas são minhas; como a alma do pai, também a alma do filho é minha; a alma que pecar, essa morrerá."

Ezequiel 28:12-14: "Filho do homem, levanta uma lamentação contra o rei de Tiro e dize-lhe: Assim diz o SENHOR Deus: Tu és o sinete da perfeição, cheio de sabedoria e formosura. Estavas no Éden, jardim de Deus; de todas as pedras preciosas te cobrias: o sárdio, o topázio, o diamante, o berilo, o ônix, o jaspe, a safira, o carbúnculo e a esmeralda; de ouro se te fizeram os engastes e os ornamentos; no dia em que foste criado, foram eles preparados. Tu eras querubim da guarda ungido, e te estabeleci; permanecias no monte santo de Deus, no brilho das pedras andavas."

Ezequiel 33:11: "Dize-lhes: Tão certo como eu vivo, diz o SENHOR Deus, não tenho prazer na morte do perverso, mas em que o perverso se converta do seu caminho e viva. Convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos; pois por que haveis de morrer, ó casa de Israel?"

Ezequiel 48:35: "Dezoito mil côvados em redor; e o nome da cidade desde aquele dia será: O SENHOR Está Ali."

Resumo: Como você pode lidar com um mundo desviado? Ezequiel, destinado a iniciar o ministério de sua vida como um sacerdote aos trinta anos, foi tirado de sua terra natal e enviado para a Babilônia com a idade de 25. Por cinco anos ele viveu em desespero. Aos trinta anos, ele teve uma visão majestosa da glória do Senhor que cativou o seu ser na Babilônia. O sacerdote/ profeta descobriu que Deus não era limitado pelas restrições estreitas da terra nativa de Ezequiel. Em vez disso, Ele é um Deus universal que comanda e controla as pessoas e nações. Na Babilônia, Deus concedeu a Ezequiel Sua Palavra para o povo. 


A experiência de sua chamada transformou Ezequiel. Ele se tornou avidamente dedicado à Palavra de Deus. Ele percebeu que pessoalmente não tinha nada para ajudar aos cativos em sua situação amarga, mas estava convencido de que a Palavra de Deus falava ao seu estado e poderia dar-lhes a vitória. Ezequiel usou vários métodos para transmitir a Palavra de Deus ao seu povo. Ele utilizou arte ao desenhar um retrato de Jerusalém, ações simbólicas e conduta incomum para assegurar a sua atenção. Ele cortou seu cabelo e a barba para demonstrar o que Deus faria a Jerusalém e seus habitantes.

O livro de Ezequiel pode ser dividido em quatro seções:
Capítulos 1-24: profecias sobre a ruína de Jerusalém
Capítulos 25-32: profecias do juízo de Deus sobre as nações vizinhas
Capítulo 33: uma última chamada para o arrependimento de Israel
Capítulos 34-48: profecias sobre a futura restauração de Israel

Ezequiel 34 é o capítulo em que Deus denuncia os líderes de Israel como falsos pastores pelo seu mau atendimento de Seu povo. Ao invés de cuidar das ovelhas de Israel, eles cuidaram de si mesmos. Eles comeram bem, eram bem vestidos e bem cuidados pelas próprias pessoas que tinham sido colocadas sob sua autoridade (Ezequiel 34:1-3). 

Em contraste, Jesus é o Bom Pastor que dá a sua vida pelas ovelhas e as protege dos lobos que iriam destruir o rebanho (João 10:11-12). O versículo 4 do capítulo 34 descreve as pessoas às quais os pastores deixaram de ministrar como sendo fracas, doentes, feridas e perdidas. Jesus é o Grande Médico que cura as nossas feridas espirituais (Isaías 53:5) através da Sua morte na cruz. Ele é aquele que busca e salva o que está perdido (Lucas 19:10).

O livro de Ezequiel nos convida a participar de um novo e vivo encontro com o Deus de Abraão, Moisés e profetas. Temos que ser vencedores ou seremos vencidos. 

Ezequiel nos desafiou a: experimentar de uma visão transformadora do poder, conhecimento, presença eterna e santidade de Deus; deixar Deus nos dirigir; compreender a profundidade e compromisso com o mal que se aloja em cada coração humano; reconhecer que Deus dá aos seus servos a responsabilidade de advertir os ímpios de seu julgamento e, por último, ter uma experiência genuína de uma relação viva com Jesus Cristo, o qual disse que a nova aliança pode ser encontrada em Seu sangue.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

APRENDENDO COM PAULO (PARTE 20)



PAULO E O ESPINHO NA CARNE

Seu currículo como homem de Deus, apóstolo, escritor de várias cartas nas Escrituras, missionário, servo de Cristo impressionava: uma audiência pessoal com Jesus, um participante das visões celestiais, um apostolo escolhido por Deus, um autor da Bíblia. 

Ele curou os doentes, viajou pelo mundo e escreveu alguns dos maiores documentos da historia. 

Poucos poderiam se igualar a ele em termos de realizações. E talvez ele soubesse disso. Talvez tenha havido um momento em que Paulo começou a se fazer elogios. 

Deus, que amava Paulo e odiava o orgulho, protegeu Paulo contra o pecado. E ele usou satanás para isso.

Para impedir que eu me exaltasse por causa da grandeza dessas revelações, foi-me dado um espinho na carne, um mensageiro de satanás, para me atormentar. ((2 Coríntios 12.7)

Não nos é dito qual é a natureza do espinho, mas nos é dito qual é o seu propósito – manter Paulo humilde. 

Também nos é revelado a sua origem – Seria uma doença crônica, um mal estar estomacal constante, dores frequentes em alguma parte do corpo, ou apenas um mensageiro de satanás. 

O mensageiro não descrito nas Escrituras poderia ter sido uma simples dor mesmo, um problema ou uma pessoa que fosse um tormento. Não sabemos. Mas sabemos que o mensageiro estava sob o controle de Deus. 

Por favor, observe o que Paulo diz a seguir:

Três vezes roguei ao Senhor que o tirasse de mim. Mas ele me disse: “A minha graça é suficiente para você, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza”.(vs. 8,9)

Satanás e suas forças foram simplesmente ferramentas nas mãos de Deus para fortalecer um servo.
Outro exemplo do diabo como servo de Deus é a tentação de Jó. O diabo ousa questionar a estabilidade da fé de Jó, e Deus lhe dá permissão para testá-la. “Pois bem”, diz Deus, “tudo o que ele possui está nas suas mãos; apenas não toque nele” (Jó 1.12). 

Observe que Deus dá a permissão e estabelece os parâmetros da luta. Jó passa no teste e satanás se queixa, afirmando que Jó teria caído se fosse forçado a enfrentar a dor. Mais uma vez, Deus dá permissão e, novamente, dá os parâmetros: “Ele está nas suas mãos”, diz para satanás, “apenas poupe a vida dele” (2.6).
Embora a dor e as perguntas sejam abundantes, no final, a fé e a saúde de Jó são maiores do que nunca. Mais uma vez, talvez não entendamos a razão para o teste, mas conhecemos a sua fonte. Leia este versículo do ultimo capitulo. Os familiares de Jó “o consolaram e o confortaram por todas as tribulações que o SENHOR tinha trazido sobre ele” (42.11, ênfase minha).
Satanás não tem poder, exceto aquele que Deus lhe dá.
Mesmo quando parece vencer, satanás perde. Martinho Lutero acertou em cheio quando descreveu o diabo como ferramenta de Deus, uma enxada usada para cuidar do jardim de Deus. 

A enxada nunca corta o que o jardineiro pretende preservar e nunca preserva o que o jardineiro pretende arrancar. Com certeza, uma parte do castigo de satanás é a frustração que ele sente em servir, sem querer, como uma ferramenta para criar um jardim para Deus. Satanás é usado por Deus para aperfeiçoar os fieis.
Deus também usa o diabo para:
2. Despertar os que dormem. Centenas de anos antes de Paulo, outro líder judeu lutou contra seu ego, mas perdeu. Saul, o primeiro rei de Israel, se consumiu de ciúmes. Davi, o filho mais novo de uma família que cuidava de ovelhas, roubou a cena. 

Tudo em Davi era melhor do que em Saul: ele cantava melhor, impressionava mais as mulheres e até matou os gigantes que Saul temia. Mas, em vez de comemorar as habilidades dadas por Deus a Davi, Saul ficou loucamente hostil. Deus, em um visível esforço para despertá-lo desta nevoa de ciúmes, recrutou a ajuda de seu relutante servo, satanás. “No dia seguinte, um espírito maligno mandado por Deus apoderou-se de Saul e ele entrou em transe em sua casa” (I Samuel - 18:10).

Observe um principio serio: há momentos em que o coração fica tão duro e os ouvidos tão insensíveis que Deus nos leva a sofrer as conseqüências de nossas escolhas. Nesse caso, o demônio foi liberado para atormentar Saul. Se Saul não bebia do cálice da bondade de Deus, que passasse então um tempo bebendo do cálice da fúria do inferno: “Que ele seja levado ao desespero para que possa ser trazido novamente para os braços de Deus”.2
O Novo Testamento refere-se a incidentes em que a mesma disciplina foi aplicada. Paulo castiga a igreja de Corinto por tolerar a imoralidade. Sobre um adultero na igreja, ele diz: “Entregue esse homem a satanás, para que o corpo seja destruído, e seu Espírito seja salvo no dia do Senhor” (1 Coríntios 5.5).
Outro exemplo de tal ação é o caso de Himeneu e Alexandre, dois discípulos que naufragaram na fé e influenciaram os outros de modo negativo. “Os quais entreguei a satanás”, diz Paulo para Timóteo, “para que aprendam a não blasfemar” (1 Timóteo 1.20).
Por mais drástico que pareça, Deus, na verdade, permitirá que uma pessoa vivencie o inferno na terra, na esperança de despertar a fé dessa pessoa. O amor santo faz a escolha difícil que consiste em levar o filho a sofrer as conseqüências de sua rebeldia.
A propósito, será que isso não ajuda a explicar o mal desenfreado que existe no mundo? Se Deus nos permite sofrer as conseqüências de nosso pecado e o mundo está cheio de pecadores, então o mundo será repleto de pecados. Não era isso o que Paulo queria dizer no primeiro capitulo de Romanos? Depois de descrever aqueles que adoram a criação, e não o Criador, Paulo diz: “Deus os entregou a paixões vergonhosas” (Romanos 1.26). Deus gosta de ver a angustia e os vícios de seus filhos? Não mais que um pai gosta de disciplinar um filho. 
Mas o amor santo faz escolhas difíceis.
Lembre-se de que a disciplina deveria resultar em misericórdia, não em miséria. Alguns santos são despertados por tapinha no ombro, enquanto outros precisam de um safanão na cabeça. Satanás recebe o chamado.
Ele também é convocado para:
3. Ensinar a igreja. Talvez a ilustração mais clara de como Deus usa satanás para cumprir seus propósitos seja encontrada na vida de Pedro. Veja a advertência que Jesus lhe faz: “Simão, Simão, satanás pediu vocês para peneirá-los como trigo. Mas eu orei por você, para que sua fé não desfaleça. E quando você se converter, fortaleça os seus irmãos” (Lucas 22.31,32).
Mais uma vez, observe quem está no controle. Mesmo tendo um plano, satanás teve de obter permissão. “Foi-me dada toda autoridade nos céus e na terra”, explicou Jesus, e esta é a prova (Mateus 28.18). O lobo não pode chegar à ovelha sem a permissão do Pastor, e o Pastor só permitirá o ataque se, a longo prazo, a dor compensar o ganho.
O propósito deste teste é prover um testemunho para a igreja. Jesus estava permitindo que Pedro passasse por uma provação para que ele pudesse encorajar seus irmãos. Talvez Deus esteja fazendo o mesmo com você. 
Deus sabe que a igreja precisa de testemunhos vivos do seu poder. Sua dificuldade, sua doença, seu conflito estão preparando você para que seja uma voz de encorajamento para seus irmãos. Tudo que você precisa é lembrar destas palavras:
Não sobreveio a vocês tentação que não fosse comum aos homens. E Deus é fiel; Ele não permitirá que vocês sejam tentados alem do que podem suportar. Mas, quando forem tentados, Ele mesmo lhes providenciará um escape, para que o possam suportar. (1 Coríntios 10.13)

Vocês planejaram o mal contra mim, mas Deus o tornou em bem. (Genesis 50.20)

E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. (Romanos 8:28)

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APRENDENDO COM JABES

  APRENDENDO COM JABES O m enino  p rodígio da  g enealogia!   Alguém já disse certa vez que existe muito pouca diferença entre as pessoas –...