quarta-feira, 10 de agosto de 2016

APRENDENDO COM TAMAR

   















TAMAR, Nora de Judá

(Seu nome significa “tamareira” ou “palmeira”) 

Seu caráter: Impelida por uma necessidade esmagadora, sacrificou sua reputação e quase perdeu a vida para alcançar seus objetivos. 

Seu sofrimento: Os homens em sua vida falharam no cumprimento de suas responsabilidades, deixando-a viúva e sem filhos. Sua alegria: Que seu comportamento ousado não resultasse em ruína, mas no cumprimento de sua esperança de ter filhos. 

Textos-chave: Gênesis 38 / Mateus 1.3 

SUA HISTÓRIA 
As genealogias não são uma leitura muito convidativa. Você talvez as receba com um bocejo, ou passe inteiramente por cima delas quando lê a Bíblia. Mas até mesmo longas listas de nomes enigmáticos podem revelar interessantes visões do misterioso plano de Deus. É assim que as Escrituras funcionam, expondo riquezas ocultas a cada página. 
Veja, por exemplo, a genealogia no primeiro capítulo de Mateus. Ele alista um total de 41 ancestrais de Jesus do sexo masculino, a começar de Abraão, e cinco ancestrais femininas, três das quais (Tamar, Raabe e Bate-Seba) com histórias recheadas de detalhes desagradáveis, como incesto, prostituição, fornicação e assassinato. 
Jesus, o Filho perfeito do Pai perfeito, tinha em sua árvore genealógica vários ramos imperfeitos e um número suficiente de personagens pitorescos para povoar um romance moderno. A simples menção de mulheres em sua genealogia já é surpreendente, e mais ainda o fato de que quatro das cinco ali citadas engravidaram fora do casamento. Além disso, quatro dessas mulheres eram estrangeiras e não israelitas. 
Tamar estava incluída em ambas as categorias. Seu sogro, Judá (filho de Jacó e Lia), havia arranjado para que ela se casasse com seu primogênito, meio cananita e meio hebreu. Er era um homem perverso, a quem Deus matou por causa dos seus pecados. Isso é tudo o que sabemos dele. 
Depois de Er vinha Onã, o segundo filho de Judá. Como era costume na época, Judá deu Onã a viúva Tamar, instruindo-o para dormir com ela para que pudesse ter filhos, os quais continuariam a linhagem de Er. Mas Onã era esperto demais e buscava apenas seus próprios interesses. Ele dormia com Tamar, mas derramava seu sêmen no chão, assegurando, assim, que ela continuasse sem filhos. Desse modo, não ficaria sobrecarregado de responsabilidade com crianças que continuariam a linhagem do irmão, não a sua. Deus, porém, notou isso e Onã também morreu por causa da sua perversidade. 
Assim, Judá já perdera dois filhos para Tamar. Deveria arriscar um terceiro? Selá era o único filho que lhe restava, e ainda não tinha chegado a idade adulta. A fim de acalmar a nora, Judá aconselhou-a a voltar para a casa do pai e a viver como viúva até que Selá pudesse casar-se. O tempo passou e Tamar continuava vestida em roupas de viuvez. Depois que a mulher de Judá morreu, ele viajou, certo dia, para Timna, a fim de tosar suas ovelhas. Ao saber da viagem do sogro, Tamar decidiu agir de maneira dramática e desesperada. Se Judá não queria dar seu filho mais moço em casamento, ela faria o possível para propagar o nome da família a seu modo. Tirando as roupas de viúva, disfarçou-se colocando um véu, como se fosse uma prostituta, e sentou-se ao lado da estrada para Timna. Judá dormiu com ela e lhe deu seu anel de sinete e seu cordão, juntamente com seu cajado, como penhor de pagamento futuro.
Cerca de três meses mais tarde, Judá soube que Tamar estava grávida, mas não tinha ideia de que ele fosse o responsável pela condição dela. Furioso porque a nora havia se prostituído, ordenou que fosse apedrejada até a morte. Antes de a sentença ser executada, Tamar enviou-lhe, porém, uma mensagem chocante: “Do homem de quem são estas coisas concebi. Reconhece de quem é este selo, e este cordão, e este cajado (Gen. 38.25).
O homem, que tão rapidamente julgara Tamar sem se importar com o encontro secreto que teve com uma prostituta, foi pego de surpresa. Para seu crédito, contou a verdade, dizendo:
- Mais justa é ela do que eu, porquanto não a dei a Selá, meu filho.
Seis meses mais tarde, Tamar deu à luz gêmeos. Mais uma vez, como acontecera com Jacó e Esaú, os gêmeos lutavam em seu ventre. Uma pequenina mão saiu e depois desapareceu, mas não antes de ser amarrada com um fio vermelho pela parteira. A seguir, surgiu um corpinho escorregadio, mas sem o fio escarlate. Eles chamaram o primeiro menino de Perez (que significa “abrindo caminho”). A seguir, o que tinha o fio vermelho nasceu, e o chamaram de Zera (que significa “escarlate”). Perez foi reconhecido como primogênito. De sua descendência viria o Rei Davi e, finalmente, centenas de anos mais tarde, Jesus de Nazaré.
Judá mostrara pouco interesse pela continuação da sua linhagem. Em vez disso, Deus usou uma mulher, envergonhada por não ter filhos e decidida a tê-los, a fim de assegurar que a tribo de Judá não só sobrevivesse, como também viesse um dia a gerar o Messias.

SUA VIDA E SUA ÉPOCA 
Prostituição 
Por mais abominável que seja para nós, a prostituição era, na verdade, uma espécie de adoração no Oriente Próximo da antiguidade. Os povos pagãos frequentemente acreditavam que os deuses da fertilidade concediam bênçãos para aqueles que praticavam a prostituição cultual. Os sacrifícios e pagamento pelo uso de uma prostituta cultual representavam grandes somas de dinheiro para os cofres da divindade adorada. O intercurso sexual, em si, simboliza a fertilidade esperada e a abundância da colheita.
Judá, um viúvo que só recentemente fora “consolado” da sua tristeza (Gen. 38,12), viajou ara Timna na época da tosa pra ver como suas ovelhas Estavam sendo tosquiadas. É possível que, ao ver Tamar, tenha pensado que ela fosse uma prostituta do santuário e teve intercurso com ela para garantir uma boa quantidade de lã. Isso não justifica, de forma alguma, o ato de Judá, mas lança alguma luz sobre seus possíveis motivos.
As prostitutas do santuário mantinham-se cobertas por espessos véus antes e depois do intercurso sexual, numa tentativa de criar a ilusão de que o participante estava praticando o ato sexual com a própria deusa. Essa prática favoreceu Tamar, dando-lhe o disfarce perfeito para que seu sogro jamais a reconhecesse.
A prostituição é uma imagem usada muitas vezes pelos profetas bíblicos para descrever a desobediência de Israel e sua tendência de seguir falsos deuses. Eles consideravam Deus como marido de Israel, seu guardião e seu verdadeiro amor. Sempre que os israelitas se afastavam do Deus verdadeiro adorando deuses falsos, eles se “prostituíam”. 
Essa é uma ilustração bem forte, mas correta, do afastamento do Deus que os amava sinceramente e que estava disposto a cuidar deles e vigiá-los, bastando que permanecessem leais ao Senhor.

SEU LEGADO NAS ESCRITURAS 
Leia Gênesis 38.1-10
41. Era esperado que Onã tivesse filhos para continuar a descendência de seu irmão Er por meio de Tamar. Esse é o mesmo procedimento que o do “parente resgatador”, que encontramos no livro de Rute. O parente mais próximo deveria ter um filho para continuar a linhagem do marido falecido. Embora isso pareça ofensivo para nós hoje, qual você acha que foi o propósito de Deus ao decretar tal prática?

Leia Gênesis 38.11-19
42. Nenhum dos homens na vida de Tamar cumpriu com suas responsabilidades para com ela, inclusive o sogro Judá. Descreva como, em sua opinião, Tamar deve ter se sentido no decorrer de todos esses eventos. Zangada? Ignorada? Desonrada? Desprezada? Envergonhada?
43. Por que Tamar estava tão desesperada para ter um filho?
44. Você, ou alguém que conhece, deseja intensamente ter filhos? Como os problemas da esterilidade hoje se comparam com o que as mulheres do passado suportavam em seus dias?

Leia Gênesis 38.20-24
45. Qual você acha que foi a reação de Judá à notícia da gravidez de Tamar? Não seria falsidade da parte dele condenar a atitude ela, mas não a sua própria?
46. Esses padrões de dois pesos e duas medidas ainda existem hoje? Como? São tão comuns como eram no tempo passado?

Leia Gênesis 38.25-30
47. Considerando o que Tamar fez ao oferecer-se disfarçada de prostituta ao sogro, as palavras dele, no versículo 26, a surpreendem? Por quê? Explique o que Judá queria dizer com essas palavras.
48. A história de Tamar é difícil de entender. Não existe um jeito simples de conciliar seus atos com nossos conceitos atuais. Por que uma história assim foi incluída nas Escrituras inspiradas?

Leia Mateus 1.3
49. O que a inclusão de Tamar na linhagem de Cristo mostra a você sobre o poder de Deus para extrair o bem mesmo de eventos trágicos?
50. Como Deus trouxe o bem a partir de más experiências vivenciadas por você ou por alguém que você conhece?

SUA PROMESSA
A história de Gênesis 38 não revela nada a respeito do conhecimento de Tamar sobre a mão de Deus nos acontecimentos de sua vida. É muito provável que ignorasse completamente o poder de Deus em operação. Mas o Senhor estava, não obstante, trabalhando, produzindo o bem em meio à tragédia e abençoando, apesar de todos aqueles eventos menos do que dignos.
Essa é a beleza desta história. O poder de Deus para produzir coisas positivas a partir de situações negativas, e até pecaminosas, ainda atua hoje como na época de Tamar.
Talvez não dê para perceber isso hoje nem amanhã – ou talvez nunca -, mas podemos confiar no Deus que amamos para fazer o que mais gosta: abençoar-nos apesar de nós mesmas.

Promessas nas Escrituras
Nem uma só promessa caiu de todas as boas palavras que falou de vós o Senhor, vosso Deus; todas vos sobrevieram, nem uma delas falhou. (Js 23.14).
Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. (Rm 8.28).
O teu caminho, ó Deus, é de santidade. Que deus é tão grande como o nosso Deus? (Sl 77.13).

SEU LEGADO DE ORAÇÃO
Judá gerou de Tamar a Perez e a Zerá. (Da genealogia de Cristo em Mateus 1.3).
Medite Gênesis 38

Louve a Deus 
Por ter permitido que seu Filho se associasse intimamente com os seres humanos decaídos, de quem descendia. 

Agradeça
Pelo fato de Deus usar circunstâncias não favoráveis para produzir bons resultados. 

Confesse
Qualquer tendência que você tenha de julgar outros usando dupla medida, como Judá fez com Tamar.

Peça a Deus
Que tire qualquer aflição que esteja sentindo e que a substitua por esperança, lembrando o texto de Jeremias 29.11: “Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que desejais.” 

Eleve o coração 
Se você nunca desenhou sua árvore genealógica, faça um esforço para traçar sua linhagem, retrocedendo pelo menos quatro ou cinco gerações – mais até se tiver tempo e energia. Peça a parentes mais velhos que forneçam o máximo de informação sobre seus ancestrais. Dê atenção especial às mulheres de sua árvore genealógica. 

Tome nota sobre tudo o que descobrir. Poderá descobrir, assim, alguns detalhes fascinantes sobre a procedência da sua família. 

Oração 
“Senhor, tu me formaste no ventre da minha mãe”. Sabias, então, como iria ser cada dia da minha vida. Vistes as grandes coisas e as dificuldades, a alegria e a tristeza. Neste momento, apresento diante de ti uma situação (ou lembrança) com a qual ainda não me reconciliei. Quando tiver de olhar para as circunstâncias penosas, ajuda-me a compreender que estavas presente mesmo em meio a elas.

Entrego-as agora a ti. Ajuda-me a sentir a tua presença confortadora em minha vida.

Fonte: MULHERES DA BIBLIA FIDELIDADE DE DEUS 

APRENDENDO COM TRÓFIMO

   







TRÓFIMO, O Doente que foi deixado para trás

“Erasto ficou em Corinto, e deixei Trófimo doente em Mileto” 2 Timóteo 4:20
Estas estão entre as últimas palavras do apóstolo Paulo, encontradas nos versos finais da última de suas epístolas. O capítulo nos lembra da despedida de um homem moribundo feita ao seu amigo mais querido, em que, perto da morte, traz a mente os companheiros de sua vida. Em meio a suas lembranças afetuosas, encontramos Paulo recordando-se de Trófimo, com quem dividiu os perigos dos rios e as ameaças dos ladrões que, sem interrupção, acompanharam a carreira do apóstolo. Paulo havia deixado o bom homem doente em Mileto e como Timóteo estava em Éfeso, encontrando-se assim a uma curta distância, não havia necessidade de sugerir-lhe que o visitasse, pois ele certamente o faria.
O amor de Jesus opera grande ternura e união nos corações dos Seus discípulos. A superabundância da maravilhosa alma do nosso Senhor encheu todos os Seus seguidores verdadeiros com afeto: como Jesus amou a Paulo, Paulo amou a Timóteo e Timóteo sem nenhuma dúvida amou a Trófimo. Deste amor surge o sentimento de comunhão, de tal forma que, na simpatia que partilham, dividem as alegrias e as tristezas uns dos outros. Quando um membro se regozija, todo o corpo se regojiza, e quando um membro sofre, todo o corpo sofre com ele.

Trófimo estava doente e Paulo não podia se esquecer dele, embora ele próprio estivesse esperando morrer uma morte de mártir em algumas semanas! Tampouco queria que Timóteo ignorasse o fato, tanto que, por duas vezes, dentro de um curto trecho de versos, Paulo o apressa para vir a Roma, dizendo: “Procura vir antes até mim”.
Se Timóteo não podia visitar pessoalmente o amigo doente, mesmo assim era bom que soubesse de sua aflição, para que, então, se lembrasse dele em suas orações. “Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus”. (1ºJoão 4:7) Vamos nos lembrar daqueles que são um conosco em Cristo e, especialmente, vamos levar em nossos corações todos os que estão sendo afligidos em mente, corpo, ou em suas vidas materiais.
Se nós tivermos que deixar Trófimo em Mileto, ou em Brighton[1], ou em Ventnor[2], deixemos o amor do nosso coração com ele. E se ouvirmos que outro Trófimo está caído doente perto de nossa casa, vamos aceitar isso como motivo suficiente para ajudarmos o amigo aflito. Que uma simpatia santa permeie todas as nossas almas. Por mais ativos e zelosos que sejamos, ainda não teremos atingido um caráter perfeito se não formos compassivos, sensíveis e atenciosos com os que choram, pois esta é a mente de Cristo.
Bem simples é a afirmação do nosso texto, porém é encontrada em um livro inspirado e, portanto, é mais do que uma nota comum em uma carta qualquer. Outro verso do mesmo capítulo, “Quando vieres, traze a capa que deixei em Trôade, na casa de Carpo, e os livros, principalmente os pergaminhos” (1º Timéteo 4:13) foi considerado abaixo da dignidade da Inspiração, mas nós não cremos assim[3]. O Deus que conta os cabelos da nossa cabeça pode muito bem falar de Seu servo doente nas páginas do livro inspirado! Em vez de discussões sobre a pequenez do fato registrado, vamos admirar “o amor do Espírito“, que, enquanto levanta a Ezequiel e a Daniel acima das esferas e eleva a linguagem de Davi e de Isaías ao campo supremo da poesia e da eloqüência, também se digna a inspirar tal linha como esta: “Deixei Trófimo em Mileto doente“.
Podemos aprender mais alguma coisa desta linha de caligrafia apostólica? Vamos descobrir. Se o mesmo Espírito divino que a inspirou brilhar em cima dela, não devemos lê-la em vão!
I. Considerando o fato de que Paulo deixou Trófimo doente em Mileto, aprendemos que ESTA É A VONTADE DE DEUS, QUE ALGUNS HOMENS BONS NÃO GOZEM DE BOA SAÚDE. Qualquer que fosse a doença que afetou a Trófimo, Paulo certamente poderia tê-lo curado já que o Espírito Divino tinha permitido o uso de seus poderes miraculosos para esse fim. Ele fez Êutico acordar da morte (Atos 20:9) e devolveu a utilidade aos membros inferiores do aleijado em Listra. (Atos 14:8-10) Temos, portanto, plena certeza de que se Deus tivesse permitido o apóstolo a usar seu poder de cura, Trófimo teria deixado sua cama e continuado sua viagem para Roma. No entanto, esta não foi a vontade de Deus. A videira que produz bons frutos deve ser podada, e Trófimo precisava sofrer: havia um propósito que devia ser cumprido através de sua fraqueza e que não poderia ser alcançado em sua saúde. Restauração instantânea poderia ter sido dada, mas foi suspensa sob direção divina.
Esta doutrina nos afasta do conceito tolo de casualidade. Nós não somos feridos por flechas atiradas ao acaso, mas antes, sofremos dores debaixo do determinante conselho do Céu! Uma mão dominante está presente em toda parte, prevenindo ou permitindo o mal, e não deixa que nenhum dardo de enfermidade lançado pelo arco da morte voe furtivamente. Se alguém deveria ficar doente, foi a sábia Providência que selecionou Trófimo, pois era melhor que ele estivesse mal de saúde em vez de Tito, Tíquico ou Timóteo. Foi bom também que ele adoecesse em Mileto, próximo à sua cidade natal, Éfeso. Nem sempre conseguimos ver a mão de Deus, mas podemos ter certeza de que ela sempre está lá. Se nem um pardal cai em terra sem a ordem de nosso Pai, certamente nenhuma criança da família divina é derrubada se não for esta a Sua santa vontade! A sorte é uma idéia pagã que não pode sobreviver frente a um Deus Onipresente, Onisciente e Onipotente! Que esta palavra, “sorte”, seja expulsa de toda mente cristã! É uma desonra para o Senhor e doloroso para nós mesmos!
Esta doutrina também nos liberta da angústia de pensarmos que os homens sofrem por causa de seus pecados pessoais. Muitas doenças são resultado direto da intemperança, ou de algum outro tipo de perversidade; mas aqui estamos falando de um irmão valoroso, aprovado, que está acamado e é deixado na estrada com um mal da qual ele não é culpado em nenhum grau. É muito comum hoje em dia homens de espírito impiedoso e cruel atribuírem doenças, inclusive contra aqueles que são verdadeiros filhos de Deus, à falhas em seu estilo de vida. Perguntamos-nos como eles gostariam de ser tratados no que diz respeito a este assunto se fossem eles que estivessem sofrendo e pudessem lavar as mãos na água da inocência em relação às suas vidas diárias? No dia de nosso Senhor eles Lhe disseram: “Senhor, aquele que tu amas está doente” (João 11:3). Mas Salomão, muito antes, escreveu: “Porque o Senhor repreende aquele a quem ama, assim como o pai ao filho a quem quer bem“(Provérbios 3:12). Este foi um discurso muito melhor, mais humano e mais verdadeiro do que a filosofia congelada dos tempos modernos, que encerra a doença de cada homem na sua própria violação da lei natural e que, em vez de derramar o bálsamo da consolação, espalha o ácido sulfúrico da caluniosa insinuação!
Deixe que o aflito examine a si mesmo para ver se a vara não foi enviada para corrigir nele algum mal secreto e que ele considere atentamente o que deve mudar; porém longe de nós ficarmos ao seu lado, como juízes ou lictores[4], olhando para o nosso amigo como um infrator, bem como um sofredor! Tal brutalidade pode ser deixada aos filósofos, mas não para os filhos de Deus!
Não podemos pensar que Trófimo é inferior porque ele está doente em Mileto. Ele provavelmente é um homem muito melhor do que qualquer um de nós e talvez por isso mesmo passe por mais provações. Há ouro nele, o que justifica colocá-lo no cadinho[5]; ele produz frutos tão preciosos que vale a poda; ele é um diamante de água tão pura que fará valer o trabalho de lapidação.
Isto pode não ser a realidade em muitos de nós e por isso escapamos das Suas provas mais pungentes. Ouçamos então Tiago, que disse, “Eis que temos por bem-aventurados os que sofreram” (Tiago 5:11), e Davi, que escreveu, ” Bem-aventurado é o homem a quem tu castigas, ó SENHOR, e a quem ensinas a tua lei“(Salmo 94:12). O que dizem as Escrituras? “Porque o Senhor corrige o que ama, E açoita a qualquer que recebe por filho. Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há a quem o pai não corrija?” (Hebreus 12:6-7) Lázaro de Betânia, Dorcas, Epafrodito e Trófimo são alguns membros deste grande exército de pessoas doentes a quem o Senhor ama em suas enfermidades, para quem foi escrita a promessa: “O Senhor o sustentará no leito da enfermidade; tu lhe amaciarás a cama na sua doença” (Salmo 41:3).
II. Temos apenas força e experiência para dar simples sugestões; também notamos que, em segundo lugar, HOMENS BONS PODEM SER DEIXADOS PARA TRÁS QUANDO PARECEM SER MAIS NECESSÁRIOS, exatamente como aconteceu com Trófimo quando o apóstolo já envelhecido requereu sua ajuda. Paulo precisava desesperadamente dele quando foi obrigado a deixá-lo em Mileto; tanto que ele escreve tristemente, “Porque Demas me desamparou, amando o presente século, e foi para Tessalônica, Crescente para Galácia, Tito para Dalmácia. Só Lucas está comigo” (1º Timóteo 4:10-11). “Também enviei Tíquico a Éfeso” (v.12). Quão feliz Paulo teria ficado com a companhia de Trófimo, considerando como ele pede a Timóteo que venha o mais rápido possível e traga Marcos, cujo serviço era muito necessário a Paulo.
No entanto, nem mesmo por causa de Paulo, Trófimo teve a saúde restaurada milagrosamente! Seu Senhor entendeu que era necessário que ele sentisse o calor do forno, por isso Trófimo foi lançado ao cadinho. Pensamos que a Igreja não pode dispensar o ministro que é reto, o missionário incansável, o diácono fiel, o professor dedicado, mas Deus não pensa assim! Ninguém é indispensável na casa de Deus! Ele pode fazer seu próprio trabalho, não só sem Trófimo, mas mesmo sem Paulo! Sim, podemos ir mais longe; às vezes ocorre de o trabalho do Senhor ser vivificado por meio do falecimento daquele de quem Ele parecia depender!
Quando uma árvore grande e exuberante é cortada, muitas árvores menores que estavam ao lado, pequenas e atrofiadas, de repente começam a crescer vigorosamente; da mesma maneira, um bom homem pode fazer muito, mas quando ele é removido de seu meio, os outros se revelam capazes de fazer mais. Doenças temporárias nos grandes trabalhadores podem trazer para frente aqueles que, por pura modéstia, mantiveram-se na retaguarda; e o resultado pode ser um grande ganho.
O pobre Trófimo tinha sido, em seus dias de saúde, o responsável por, sem querer, colocar Paulo em um mundo de problemas, pois lemos em Atos 21: 27 que os judeus criaram um tumulto, porque achavam que Paulo havia levado Trófimo para dentro do templo para profanação. Agora, que ele poderia ter sido útil, ficou doente, e, sem dúvida, a doença foi uma grande tristeza para Trófimo. Mas como foi com ele, deve ser conosco: não há alternativa senão submeter-se à mão de Deus e ter a certeza de que o Senhor está sempre certo.
Por que não nos rendemos de uma vez? Por que mordemos o freio e batemos as patas no chão, inquietos por estarmos na estrada? Se o Senhor nos manda ficar parados, não podemos nos aquietar? Mentes ativas tendem a tornar-se espíritos inquietos, sob o peso da mão que restringe; a energia logo se azeda e se transforma em rebelião, e brigamos com Deus porque não temos permissão para glorificá-Lo da nossa maneira; é uma guerra sem sentido que no fundo denuncia que temos vontade própria, vontade esta que só se submete a Deus com a condição de ser satisfeita.
Irmãos e irmãs, quem escreve estas linhas sabe o que escreve porque este é o veredicto da sua experiência; a obra de Deus precisa de nós muito menos do que imaginamos e Deus nos quer cientes deste fato, pois Ele não dará a Sua glória a instrumentos humanos assim como Ele não irá permitir que o seu louvor seja dado a imagens esculpidas!
III. Nosso texto nos mostra claramente que os homens bons DESEJAM QUE A OBRA DO SENHOR PROSSIGA SEM SE IMPORTAREM O QUE VAI ACONTECER COM ELES ENQUANTO DEUS TRABALHA.
Paulo não abandonou Trófimo, mas o deixou porque um chamado maior o convocou a ir até Roma. Podemos ter certeza de que Trófimo não queria atrasar o grande apóstolo. Estava, inclusive, feliz em ficar. Certamente, ambos sentiam a separação, mas como verdadeiros soldados de Cristo, suportaram a dor e, por um tempo, abriram mão da companhia um do outro em prol da causa.
Seria uma grande tristeza para um trabalhador honesto saber que qualquer operário da mesma empresa diminuiu seu ritmo de trabalho por causa dele. O doente em um exército em campo é necessariamente um fardo, porém não no exército do Rei dos reis!
A doença espiritual é um incômodo doloroso, mas a doença do corpo não deve atrasar o anfitrião. Se não podemos pregar podemos orar. Se uma obra está fora do nosso alcance, nós podemos tentar outra, e se não podemos fazer nada, a nossa incapacidade deve servir como uma chamada para que os funcionários úteis trabalhem com mais vigor! Trófimo está doente, então deixe Timóteo ser o mais produtivo! Trófimo não pode apoiar o apóstolo, então que Timóteo se esforce mais para vir antes do inverno! Assim, atuando como um incentivo, a falta de serviço de um homem pode produzir dez vezes mais em outros homens que são chamados para um esforço extra.
Irmãos, será um doce alívio para as dores de um pastor doente ver cada um de vocês empenhados na obra. Seu descanso forçado será mais suportável se ele souber que a Igreja de Deus não está sendo afetada por sua inatividade. E sua mente e espírito colaborarão para a saúde do seu corpo se ele contemplar o fruto do Espírito de Deus em todos vocês, mantendo-os fiéis e zelosos. Vocês o farão, pela glória de Jesus?
Breve sermão escrito do leito de enfermo
Por Charles Haddon Spurgeon


FONTE:Traduzido do espanhol El Enfermo Que Se Tuvo Que Quedar, tradução de Allan Román, com autorização e permissão deste para o português para o Projeto, de http://www.spurgeon.com.mx/

APRENDENDO COM SIMÃO


 












SIMÃO, O FARISEU

Lucas7.36 a 50
 Existiam certas regras sociais que deviam ser observadasem Israel. Hospitalidadeera levada a sério pelo judeu. Ser hospitaleiro era uma obrigação para este povo, pois a lei dizia:

 Como o natural, será entre vós o estrangeiro que peregrina convosco; amá-lo-eis como a vós mesmos, pois estrangeiros fostes na terra do Egito. Eu sou o SENHOR, vosso Deus. Amai, pois, o estrangeiro, porque fostes estrangeiros na terra do Egito.  Lv 19:34 e Dt 10:19

 Da mesma forma, o título "fariseu" dizia muito àquela sociedade. Um fariseu era extremamente zeloso quanto o cumprimento da Lei e conhecia muito bem a Torah. Certa vez, um fariseu chamado Simão convidou Jesus para jantar em sua casa. Jesus aceitou de bom grado. Este fato é muito curioso, pois havia uma disparidade enorme entre Jesus e os fariseus. Estes ficavam profundamente escandalizados com as atitudes do Mestre. Jesus andava com pecadores, comia com publicanos, conversava com prostitutas, tocava em leprosos e tinha fama de comilão e bebedor de vinho. Isto para não mencionar as curas e trabalhos nos sábados entre outras tantas "transgressões"...

Jesus fazia tudo isto de fato. E justamente por isso batia de frente com as tradições, o zelo doentio e as interpretações legalistas dos fariseus. Estes ficavam profundamente incomodados com seus atos e palavras.

Qual era, então, a intenção de Simão abrir as portas de sua casa e compartilhar a intimidade de sua mesa com este homem tão polêmico? Minha interpretação é que ele não tinha nenhuma intenção de honrar o Senhor Jesus, mas apenas especular "qual é a deste cara?". Sua falta nos cuidados sociais mínimos para com o hóspede deixa claro seu menosprezo à pessoa de Jesus: não ofereceu água para lavar seus pés, não o cumprimentou com um beijo nem forneceu óleo para ungir sua cabeça. Modos um tanto estranhos para nós, mas perfeitamente aceitável para aquela cultura. Simão, como muitos outros fariseus, sofriam do mesmo o problema básico: falta de vivacidade espiritual. Embora fossem autoridades religiosas, não tinham vida espiritual. Religiosidade nada tem a ver com espiritualidade. Aliás, religiosidade mata espiritualidade. Simão era indiferente às necessidades e sentimentos alheios. O religioso geralmente é egoísta; ama o comodismo; não demonstra nenhum amor e nenhuma preocupação por pessoas não salvas. Sua fé não tem alegria. Fala muito, mas é estéril. Suas orações são longas e bem elaboradas, mas carentes de piedade.

Sendo fariseu, Simão sabia de suas obrigações sociais para com seu hóspede, mas certamente contemporizava: Ele não é estrangeiro, então estou desobrigado de cumprir a Lei e posso abrir mão da minha "boa educação" que não estarei pecando. É assim que um fariseu pensa. Ele vive entre duas enormes muralhas: pode / não pode. Não conseguem ir além, ultrapassar estes limites.

Jesus conhecia bem o coração empedernecido dos fariseus, e por isso ele denunciava: Raça de víboras, vocês torcem a Lei para lhes favorecer (Mc 7.10-13).

Foi nesta ocasião que uma mulher de má fama entra e tocaem Jesus. Rapidamente Simãoanalisa a situação, julga e condena os dois em seu coração: "Esta situação é inaceitável! Além do mais, este Jesus não é um homem de Deus, senão ele saberia quem é esta mulher..." 

A mente de um fariseu é engessada e seca como uma múmia. Simão jamais conseguiu compreender o princípio fundamental da Lei: Amar a Deus e ao próximo. E foi isto que Jesus veio mostrar e demonstrar ao mundo.

Simão não conhecia palavras como amor, atenção, tolerância e perdão. Pessoas como ele só conhecem palavras como lei, transgressão, julgamento e condenação. E exclusão! Um fariseu não sabe o que é ser livre. Quando ouvem a palavra liberdade, logo associam com "pecar", nunca com "amar". Liberdade para pecar chama-se libertinagem. É o que o mundo oferece, o que todo mundo procura. A liberdade que aquela mulher experimentou, de se achegar a Cristo, beijá-lo, ungi-lo, molhar seus pés com suas lágrimas e enxugar com seus cabelos é uma liberdade que jamais seria entendida por Simão, tão absurda que ele possa achar. Mas esta é a liberdade que Cristo nos oferece. Não liberdade para pecar, mas liberdade para amar a Deus, amar o próximo, louvar, adorar e servir.
Nossas ações, todos vêem, nossas intenções não. Só você e Deus sabem.
E pode ter certeza: Ele está mais interessado nas nossas intenções do que nas nossas ações.
Analise sempre: quais são suas intenções ao planejar ou fazer qualquer coisa, por mais espiritual que você queira parecer. A quem louvará? Quem exaltará?

Segundo, não julgue ninguém pela aparência. Embora possa parecer espiritual ou não, somente Deus tem o poder de sondar nossos corações.
Terceiro, não busque sua própria honra, mas dê honra a quem é devida.

Leia mais em: http://www.webartigos.com/artigos/personagens-biblicos-menos-conhecidos/88815/#ixzz4BcADGtt2

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

APRENDENDO COM DANIEL (PARTE 20)

DANIEL ANTES E DEPOIS DA COVA

 Então Daniel falou ao rei: Ó rei, vive para sempre! O meu Deus enviou o seu anjo, e fechou a boca dos leões, para que não me fizessem dano, porque foi achada em mim inocência diante dele; e também contra ti, ó rei, não tenho cometido delito algum. Então o rei muito se alegrou em si mesmo, e mandou tirar a Daniel da cova. Assim foi tirado Daniel da cova, e nenhum dano se achou nele, porque crera no seu Deus. (Daniel 6:21-23)

Daniel foi levado a cova dos leões injustamente.

Antes da cova dos leões, as posturas de Daniel, o jovem judeu capturado e trazido a Babilônia para servir o rei Nabucodonosor, eram agradáveis diante de Deus

Mesmo sendo escravo, aceitou a condição, não odiou seus opressores que destruiram totalmente a nação israelita, matando seus amigos e familiares e permaneceu firme na fé em Deus

- Ele vivia em santidade e integridade

- Ele era justo e correto no trabalho

- Ele mantinha uma vida dedicada a oração

- Ele era sóbrio e vigilante em tudo, nas conversas, nos relacionamentos, nas finanças

- Ele não era corrupto e nem desonesto, não roubava horas de trabalho, não 
inventava problemas, não chegava atrasado

- Não trabalhava só quando o chefe está por perto, era produtivo e prestativo

- Daniel dava bom testemunho da sua fé, era disciplinado, prudente e sábio

- Ele conduzia bem os negócios do reino da Babilônia e da Persia, na posição que ele estava, cumpria bem seu papel

Tudo isso, fez com que Daniel achasse graça aos olhos de Deus e dos homens, principalmente dos reis da qual ele servia

E como eram os falsos amigos, os colegas de trabalho de Daniel na corte do rei Nabucodonosor, antes de ele entrar na cova dos leões:

- Eles tinham posturas incorretas, atitudes maldosas

- Eles eram corruptos no trabalho, negligentes, gostavam de tirar vantagens, mentirosos, caluniadores, insensíveis, disposto a puxar o tapete de quem quer que seja para se promoverem

- Eram desleais, competitivos, falsos, arrogantes (ninho de cobras) ambiente de trabalho é assim mesmo

- Fingiam que gostavam, bajuladores

- Eles eram invejosos, queriam se aparecer e se promover as custas dos outros, desejavam a má sorte a Daniel, queriam denunciá-lo injustamente, só para que ele não reino sobre eles

- Eles não queriam um cara justo como chefe, queriam manter as aparencias e trabalharem de forma desorganizada

- Eles eram perseguidores de religião, acusadores

- Eles não gostavam de correção e de disciplina, eram imprudentes

- Eles almejavam cargos, fama , status, sem semear justiça e integridade

A única coisa que eles não imaginavam  era que Deus estava com Daniel

Os justos podem sofrer muitas aflições, mas Deus os livra de todas
Deusa estava de olho nos negligentes e protegendo Daniel o tempo todo. 

Deus não livrou Daniel de ira para a cova, Deus o livrou na cova

O que aconteceu com Daniel na cova?

 - foi condenado injustamente e aceitou o castigo, não questionou, nem argumentou

- Foi achado inocente diante de Deus

- Não se achou injustiça nele de modo algum

- Não tinha amargura no seu coração, não se deixou contaminar, seu coração era puro, não ficou com raiva dos falsos amigos. Deixou Deus agir em seu favor, na hora certa

- Daniel não ficou se lamentando dentro da cova, não murmurou, não criou raiz de mágoa, nem decepção, apenas orou ao Senhor

- Daniel recebe o livramento na cova, Deus fechou a boca dos leões famintos “os anjos do Senhor acampam ao redor dos que o temem e os livra”

- Daniel sai da cova ileso e volta a prosperar em tudo que fazia. Os leões nada fizeram, não era comida ideal para eles, o que é de Deus não mexe

- Ele exaltou o nome de Deus pelo livramento. Daniel foi profeta para as nações, teve grandes revelações de Deus, até  mesmo para o futuro da qual vivemos hoje

E os falsos amigos de Daniel?

- foram achados culpados diante de Deus e dos homens por causa de seus maus atos
- Eles não tinham proteção divina, nem eles e nem os seus familiares
- foram denunciados culpados por conspirarem contra Daniel, jogados aos leões e devorados imediatamente, sem defesa e desamparados, desprotegidos 
(leia: João 3:16)

- Foi tudo por justa causa, demitidos e culpados por falso testemunho, os leões tragam quem comete injustiças

- Deus permite que as pessoas maldosas, sejam devoradas, por causa de seus erros, da maldade praticada, das más intenções

- Eles plantaram e colheram o fruto de suas ações más, esta é a lei da causa e efeito

- zombaram do Deus de Daniel, mexeram com alguém ungido.

- As consequências se estenderam por todos os familiares daqueles homens injustos


Se você é protegido de Deus o maligno não lhe toca, onde quer que você esteja, porque você pertence ao Senhor, se ama a Deus é protegido pelos seus anjos.  

Siga o exemplo de Daniel, integro e confiante em Deus, firme na fé, antes e depois da cova...

*** 




APRENDENDO COM JESUS

Sal e Luz, cor e sabor para a vida cristã

Sal e Luz, cor e sabor para a vida cristã
“Permitam-me dizer por que vocês estão aqui lendo esta mensagem.
Vocês estão aqui para ser o sal que traz sabor divino à terra… vocês estão aqui para ser luz…
Deus não é um segredo a ser guardado.
Vamos torná-lo público, tão público quanto uma cidade num plano elevado… tratem de brillhar!
Que a generosidade cristã seja a marca da vida de vocês. Mostrando-se acessíveis aos outros, vocês motivarão as pessoas a se aproximarem de Deus, o generoso Pai do céu.”

Leiam com atenção as palavras de Jesus Mateus 5:13-16

Mateus 5.13-16

“Vós sois o sal da terra; e, se o sal for insípido, com que se há de salgar? para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens.
Vós sois a luz do mundo: não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte;
 Nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa.
 Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus".

-INTRODUÇÃO: Imagine a vida sem luz, você não saberia a cor e a dimensão de nada nem de si mesmo. Imagine uma comida sem sabor, ou pior sem tempero, não tem nem apetite para comer.



Ilustração: (apresentar uma vela, um pouco de sal e uma vasilha como exemplos). Olhe para o sal, para a luz desta vela e para esta vasilha. Qual é a utilidade especialmente do sal e da luz? E se eu os encobrir com esta vasilha? Continuará tendo a mesma função? Cada um destes elementos tem um propósito vital para nós. Contudo o sal é para a boca e a luz é para os olhos. Não podemos colocar o sal nos olhos e não é preciso colocar luz na boca.
Todos temos luz em casa? Em sal? Como é bom ter a casa iluminada e um bom tempero na comida! È exatamente com estas coisas tão simples, mas importantes que Jesus comparou o testemunho e a vida cristã. Quando Jesus ensinou a ser sal e luz queria transmitir a mensagem de que a vida cristã tem uma diferença, é preciso luz para discernir as coisas, é preciso sal para provar o gosto da vida.
Está faltando cor e sabor em sua vida?
Cada um [sal e luz] têm a sua utilidade. São dois elementos muito distintos, mas que têm algumas características em comum:
I – EQUILÍBRIO:
Um alimento sem sal é terrível, mas se for salgado demais também é difícil de ingerir. Da mesma forma, ficar no escuro é horrível, mas se a luz for forte demais os olhos não agüentam. Portanto é necessária uma medida certa para cada um deles de forma que não faça falta nem incomode.
Isso nos ensina que o cristão deve ter bom senso, equilíbrio, temperança. Não é bom ser uma pessoa chata, que incomoda. É preciso discernimento e saber que há tempo de falar e tempo de calar. Por isso o apóstolo Paulo orientou: “A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para que saibais como vos convém responder a cada um” (Colossenses 4.6).
Qual tem sido o nível de equilíbrio do sal e da luz em nossas vidas?

II – CONTATO:
Já vimos que o sal apenas no saleiro, saquinho ou na vasilha não faz diferença. Como também a luz escondida debaixo do alqueire ou desta vasilha, como explicou Jesus não faz sentido. A luz permite o contato com o mundo, ver as coisas antecipadamente para tocar. O sal também precisa ser tocado, provado para saber o sabor. Para salgar um alimento o sal precisa ser esfregado ou estar em contato durante algum tempo para dar o gosto adequado.
Qual é a maior dificuldade em experimentar o sabor da vida cristã ou enxergar a cor do mundo?

III – NATURALIDADE:
Depois de provado o sabor do sal e as cores da vida proporcionadas através da luz, isso se torna uma necessidade natural. Sempre será desejada aquela medida de luz e sal. Mas com o tempo se torna algo tão natural que só sentimos a falta quando corremos o risco de perder. Cada pessoa gosta de uma medida de luz em seu ambiente bem como uma quantia de sal em seu alimento. Deste modo cada um de nós tem uma necessidade de buscar a luz de Deus e o sabor da vida cristã.
Tem sido algo natural para você ser um cristão? Tem sentido falta de algum destes elementos em sua vida? Qual a medida que você gosta?
Deus quer dar cor e sabor à sua Vida!
- CONCLUSÃO:
Se pudéssemos medir a quantidade de luz e sal que temos em nossa vida cristã talvez soubessem dizer exatamente o quanto de equilíbrio, contato e naturalidade temos em nosso testemunho.
Sem dúvida hoje temos grande necessidade de testemunho cristão na sociedade em que vivemos. Contudo Jesus nos deixou estas duas ferramentas que precisam estar presentes na vida cristã para dar sabor e cor. Isso significa que é algo prazeroso e não maçante.
Podemos concluir definindo o que é testemunhar a vida cristã sendo sal e luz:
Ter testemunho é ter uma vida de cor e alegria proporcionadas pela luz de Jesus que vence as trevas deste mundo.
Testemunhar é ter uma vida saborosa cheia de prazer e que alimenta salgando tudo que é sem gosto na vida das pessoas que estão a nosso redor.

APRENDENDO COM JABES

  APRENDENDO COM JABES O m enino  p rodígio da  g enealogia!   Alguém já disse certa vez que existe muito pouca diferença entre as pessoas –...