quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

APRENDENDO COM EZEQUIEL (PARTE 4)

O Rio de Deus

Ezequiel 47.1-9

-Introdução: O profeta Ezequiel teve uma visão em que um anjo de Deus lhe conduz até ao templo do Senhor onde uma fonte brotava do altar. O anjo chama Ezequiel para seguir o curso da água e depois de aproximadamente 500 metros [mil côvados] a água já estava crescendo à altura do tornozelo. Ele anda mais 500m e a água batia no seu joelho. Depois caminha o mesmo tanto e este rio se avolumou até a altura do peito ou lombos. Então tenta caminhar mais 500m rio adentro e percebe ser impossível porque a água já passava acima de sua cabeça e nem conseguiria nadar.
Este rio que começou pequeno desde o altar de Deus e crescia se tornando uma forte correnteza, por onde passava levava vida até desaguar no mar morto tornando suas águas saudáveis.
Esta mensagem mostra a caminhada cristã. Cada etapa do caminho revela a profundidade alcançada na fé. O apóstolo Paulo orientou os cristãos em Filipos para “desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor”(Filipenses 2.12).

Você tem crescido espiritualmente?

Vamos refletir sobre os níveis da vida cristã comparando com a profundidade do rio visto pelo profeta: 

1- FONTE do ALTAR – fluir da vidav.1,2
Ezequiel percebeu que a fonte de água brotava do Altar do templo de Deus.
Primeiramente aprendemos que a fonte de vida é o Altar de Deus. Quando colocamos a vida na presença do Senhor e nos entregamos a Ele de maneira que nos tornamos um Templo para Espírito Santo (I Coríntios 3.16), Jesus promete que “do seu interior fluirão rios de água viva” (João 7.38).
Quando sua vida se torna um altar para Jesus, Deus começa a fluir em seu interior. O Novo Nascimento é o momento em que você aceita a Jesus como seu Senhor e Salvador e o Espírito Santo passa a habitar em seu coração (I Coríntios 12.2).
Você já entregou seu coração como um Altar para o Senhor Jesus?
Receba Jesus em seu coração e Deus fluirá em sua vida!
                               
2- ÁGUA nos TORNOZELOS – primeiros passosv.3
O profeta caminhou como anjo até que as águas estivessem à altura do calcanhar ou tornozelos e pararam por um pouco para depois continuar a caminhada pelo rio.
A água nos tornozelos significa os primeiros passos na vida cristã. Depois de aceitar Jesus e deixar Deus fluir no altar de seu coração é preciso iniciar a caminhada de fé. Este processo é a conversão. Converter-se é virar de costas para o mundo e voltar-se para Deus. 
Os primeiros passos como cristão é um tempo de aprendizado. Como uma criança que nasce e depois de algum tempo aprende a andar, depois de nascer de novo é preciso reaprender a andar não de conformidade com a vida mundana, mas conforme nos ensinou Jesus “aquele que diz que permanece nele, esse deve também andar assim como ele andou” (I João 2.6).
Você já deu os primeiros passos na caminha de fé?
Comece sua nova vida caminhando em direção a Jesus!

3- ÁGUA nos JOELHOS – vida de oração: v.4ª
O anjo convida Ezequiel a continuar sua caminhada pelo rio e chegam a um ponto onde a água está á altura dos joelhos.
Água pelos joelhos representa a vida de oração. Após nascer de novo e começar a caminhada de fé, torna-se necessário viver em oração como Jesus orientou “vigiai e orai para que não entreis em tentação” (Marcos 14.38).
Infelizmente muitos cristãos param sua caminhada pelo Rio de Deus quando ainda estão com água cobrindo os pés e não estão dispostos a pagar o preço de oração por sua própria vida.
Para se aprofundar na vida cristã é preciso orar incessantemente (I Tessalonicenses 5.17). Se você quer crescer espiritualmente deve fazer propósitos de oração, jejum, vigílias, orar nas madrugadas, fazer campanhas e todas as maneiras orar até viver uma vida de joelhos diante do Senhor.
Você tem vivido em oração?
Faça um propósito de viver em oração diante do Senhor?

4- ÁGUA nos LOMBOS – novo coração: v.4b
A caminhada de Ezequiel com o anjo continua e chegam a um ponto onde a água atinge seu lombo ou região do peito.
Água à altura do peito simboliza que o coração já transborda da presença de Deus. Na verdade, quando nascemos de novo recebemos um novo coração, mas a transformação completa deste coração vem com a obra da santificação quando Deus renova “um só coração, espírito novo porei dentro deles; tirarei da sua carne o coração de pedra e lhes darei coração de carne” (Ezequiel 11.19).
Isso acontece quando as emoções são transformadas, as vontades da carne são substituídas pelo prazer espiritual de servir a Deus. Do coração procedem “as fontes da vida” (Provérbios 4.23) e ele transborda porque “a boca fala do que o coração está cheio” (Mateus 12.34). A maior prova de um coração dirigido por Deus é uma pessoa capaz de perdoar os inimigos.
Seu coração já foi totalmente transformado por Deus?
Deixe o Espírito Santo direcionar suas vontades e emoções!

5- ACIMA DA CABEÇA – guiado pelo Espírito Santo: v.5
A caminhada do profeta termina quando chega a um ponto do rio em que não dá pé mais para andar. A água passa por cima de sua cabeça. A correnteza é tão forte que nem consegue nadar. Se continuasse seria carregado pelo rio.
A correnteza forte da água acima da cabeça significa uma vida guiada pelo Espírito Santo de Deus. Como o profeta não conseguiria caminhar mais com os pés nem mesmo nadar com suas forças, assim é a vida de quem é conduzido pelo Espírito “Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus” (Romanos 8.14). 
Este nível do rio representa uma vida cheia do Espírito Santo que produz frutos (Gálatas 5.22,23) e dons espirituais (I Coríntios 12.4-10). O batismo com o Espírito Santo e com fogo (Mateus 3.11) e a vida de testemunho do crente formando o carisma e o caráter de um verdadeiro cristão com a mente de Cristo (I Coríntios 2.16), sua cabeça está revestida com o capacete da salvação (Efésios 6.17) e sua inteligência dedicada às coisas de Deus “levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo” (II Coríntios 10.5). Neste nível até mesmo as piores lembranças da vida da pessoa são saradas por Deus.
Sua mente já foi totalmente guiada por Deus?
Peça ao Espírito Santo para dominar seus pensamentos!

Cresça espiritualmente!

-CONCLUSÃO“e tudo viverá por onde quer que passe este rio” v.9
Se compararmos nossa vida espiritual com este rio visto por Ezequiel perceberemos qual nível já atingimos em nossa caminhada de fé. Primeiro precisamos entregar nosso coração pra Jesus e deixar Deus fluir do altar de nosso coração [água do altar], depois é preciso dar os primeiros passos na caminhada de fé aprendendo a Palavra de Deus [água nos tornozelos].

 Continuando é preciso viver uma vida de oração [água nos joelhos] até ter as emoções e vontades do coração direcionados por Deus [água nos lombos] e então ser totalmente guiado pelo Espírito Santo de Deus [água acima da cabeça].
Quando isso acontece em nossa vida, Deus sara as águas do ‘mar morto’ (v.8), ou seja, tudo em nossa vida desde a família até outras áreas do viver onde não houver vida, Deus irá restaurar e fazer dar frutos. Esta vida frutífera (v.7) é a vida em abundância que Deus tem para cada um de nós (João 10.10).
Não se contente apenas em ter aceitado Jesus um dia, continue sua caminhada de fé, procure ter uma vida de oração, deixe o Senhor converter suas vontades e emoções e busque os dons e frutos do Espírito Santo para sua vida.

Qual nível você está em sua caminhada de fé?

Se aprofunde a cada dia mais na presença do Senhor!

APRENDENDO COM MOISÉS (PARTE 5)

O cuidado de Deus

Êxodo 14.14-31
-Introdução: Você já ouviu alguém dizer: ‘faça a sua parte e eu te ajudarei’ como se fosse um versículo bíblico? Infelizmente esta frase não é bíblica, mas também não contradiz a Palavra de Deus. Talvez você já tenha pensado: “mas eu faço tudo certo, porque as coisas dão errado?” e com isso podemos refletir que muitas vezes Deus está tentando nos ajudar e nós é que atrapalhamos ‘passando o carro na frente dos bois.
O povo de Deus estava iniciando uma longa caminhada pelo deserto rumo à terra de Canaã. Haviam presenciado dez pragas no Egito e foram livrados de todas elas. Mesmo assim era um povo difícil e desobediente. Deus queria os abençoar e muitas vezes eles mesmos atrapalhavam o agir de Deus.
Muitas vezes nossa caminhada está difícil, mas não é culpa de Deus e sim nossa.

Como você tem caminhado?

Vamos refletir o que devemos fazer e o que Deus faz: 

1- A nossa parte:
A nossa parte em busca das promessas de Deus:
a) Não murmurar: v.14,15.
 Existe tempo de calar (Eclesiastes 3.7), por isso precisamos apenas ficar em silêncio esperando uma resposta Divina (Lamentações 3.26 e 29). Quando as coisas estão difíceis, pouco adianta ficar apenas falando sobre o problema.
b) Erguer o bordão: v.16
Um símbolo de pastoreio e também de disposição para batalha era o bordão (Salmo 23.4). Com aquele bordão Moisés operou milagres grandiosos (Êxodo 4.2-17). Então a ferramenta já estava em suas mãos, bastando apenas usá-la. Da mesma forma podemos usar as ferramentas que Deus nos tem dado como a oração e o louvor por exemplo.
c) Marchar: v.15
Devemos enfrentar o problema e nunca fugir. Havia montanhas dos dois lados, o exército de Faraó atrás e o mar à frente do povo. Deus os mandou marchar adiante e deixar o resto com o Senhor. Ao invés de ficar olhando para os lados precisamos prosseguir adiante (Filipenses 3.12-15).

d) Confiar: v.22 e 29
Andar no meio do mar com as paredes de água ao redor foi um ato de coragem do povo que nunca tinham visto aquilo. Sem fé não conseguimos nada (Hebreus 11.6). A fé realiza o impossível (Marcos 11.22-24).
e) Estender as mãos: v.21 e 27
Deus mandou Moisés erguer as mãos para abrir e fechar o mar. Moisés descobriu o poder que havia em suas mãos. Levantar as mãos tem o sentido de rendição e entrega à dependência de Deus, mas também é um ato profético de abençoar (Êxodo 17.8-13).
Faça sua parte obedecendo a Deus!
               
2- A parte de Deus:
O Senhor faz por nós a parte mais difícil:
a) Orientar: v.15
Moisés seguia em tudo a orientação do Senhor. O Espírito Santo é nosso Conselheiro e Consolador que nos ensina “todas as coisas” (João 14.26).
b) Guiar: v.19
Deus direcionava o povo tanto à frente como atrás para conduzi-los e proteger. Quando pedimos, Deus nos guia na caminhada (Isaías 30.21). Não podemos passar na frente de Deus.
c) Proteger: v.20
A presença de Deus impedia que os egípcios muito mais preparados e equipados alcançassem o povo andando com crianças, idosos, animais e cargas. Os egípcios não conseguiam nem ver o povo de Israel. Quando nossa vida está nas mãos de Deus o Senhor impede que o mal nos alcance (Isaías 43.13).
d) Milagres: v.21,22
O povo experimentou a providência de Deus o tempo todo de sua caminhada operando maravilhas. Só Deus pode realizar o impossível. Se o que você precisa é impossível então Deus pode fazer.
e) Livramento: v. 29-31
O Senhor bloqueava os soldados para que não alcançassem o povo. Enquanto o povo caminhou tranquilamente os soldados se afogaram no meio do mar. Deus nos livra impedindo que o mal aconteça (Romanos 8.31).
Deus cumpre suas promessas em sua vida!

Deus quer abrir o caminho pra você!
-CONCLUSÃO:
Se a sua caminhada está difícil e parece que tudo está emperrado, não vai para frente, peça ao Senhor que abra o mar pra você passar. Deus vai te livrar de todo mal, te guiar, orientar, proteger e realizar milagres. Você deve procurar não murmurar, usar as ferramentas que Deus te dá, marchar adiante, confiar e profetizar erguendo suas mãos.
Deus está cuidando de você!

APRENDENDO COM JOTÃO

A lição das quatro árvores

Juízes 9.8-15
-Introdução: A parábola de Jotão conta sobre quatro árvores que foram convidadas para reinar sobe a floresta.  Ensina sobre as escolhas que fazemos e oportunidades que perdemos. Às vezes deixamos de ‘reinar’ para viver para nós mesmos conformando com o pouco que temos.
Jesus ensinou que “pelos seus frutos os conhecereis” (Mateus 7.16-20) para mostrar a importância de frutificar em nossas vidas. O ensino de Jesus também serve para alertar que podemos discernir o que não é bom de acordo com os frutos. Os frutos das quatro árvores citadas na parábola exemplificam tipos de comportamentos e seus resultados.
Que tipo de árvore você é?
Vamos comparar as quatro árvores da parábola de Jotão com alguns tipos de frutos da vida cristã: 

A oliveira é o pé de azeitonas. Seu principal produto é o azeite de oliva, um óleo muito saudável e saboroso. 
O azeite simboliza a unção do Espírito Santo. Na Bíblia ensina a ungir os enfermos para serem curados (Tiago 5.14). Também ungia-se reis e profetas (I Reis 19.15,16) além de lugares e objetos consagrados especificamente para o culto a Deus (Êxodo 30.22-29). O azeite também era usado para untar o corpo protegendo do calor.
Frutificar semelhante à oliveira significa ter uma vida cheia de unção do Espírito Santo. Um crente ungido tem poder e autoridade de Deus para cumprir a sua missão. Sem a unção a pessoa parece que fica presa, mas quando é ungido tudo flui e se torna escorregadio para o inimigo tentar pegar.
Há unção em sua vida?
Busque o poder do Espírito!

2 – Figueira > ALEGRIAv.10,11
A figueira é o pé de figos. O doce de figos é apreciado como um dos mais deliciosos.
A figueira representa alegria porque sua doçura traz prazer a quem experimenta. O profeta Isaías mandou o rei Ezequias colocar uma pasta de figos sobre a úlcera em sua barriga (II Reis 20.7). Provavelmente este era um remédio usado para trazer alívio às dores. O profeta Habacuque expressa que se a figueira não floresce as pessoas ficavam tristes, mesmo assim buscava satisfação em Deus (Habacuque 3.17). O próprio Jesus mostrou insatisfação quando encontrou uma figueira sem frutos (Marcos 11.13,14).
Frutificar semelhante à figueira significa ter uma vida cheia da alegria que é fruto do Espírito Santo (Gálatas 5.22). Devemos “servi ao Senhor com alegria” (Salmos 100.2), embora muitas coisas tentem nos desanimar de servir a Deus, a “alegria da salvação” nos sustenta a cada dia (Salmos 51.12).
Você tem prazer em servir a Deus?
Sirva ao Senhor com alegria!

3- Videira > COMUNHÃO: v.12,13
A videira é o pé de uvas. O vinho é o suco das uvas, uma bebida tradicional por milênios.
A videira simboliza a comunhão que “agrada a Deus e aos homens” (v.13). Uma das características do vinho é sua durabilidade, tornando-se cada vez melhor com o passar do tempo. Além disso, é muito saudável e sacia a sede, podendo ser levada em viagens pelo deserto sem perder seu valor nutritivo.
Frutificar como a videira é viver uma vida de comunhão com Deus e com os irmãos. Passamos por desertos na vida, mas não desfalecemos porque temos intimidade com o Senhor que nos sustenta. Deus também nos envia irmãos que nos ajudam quando precisamos de socorro. Neste século onde prevalece o individualismo egoísta, Viver em comunhão é um desafio possível somente através da fé, com disposição para perdoar.
Como está sua vida de comunhão com Deus e com os irmãos?
Perca a razão, mas não perca sua comunhão!

4- Espinheiro > ORGULHO: v.14,15
O espinheiro é uma árvore que produz espinhos. Os galhos do espinheiro devem ser manuseados com cuidado para não se machucar. Por causa de sua secura, a principal utilidade dos espinhos é acender fogo. Queimá-los também é uma forma de se livrar dos espinhos. 
O espinheiro da parábola, imediatamente ao ser chamado para reinar, começou a fazer um julgamento arrogante dizendo que dele sai fogo para queimar quem não aceita-lo como rei.
Produzir espinhos representa plantar coisas ruins, ferindo ou queimando quem está por perto.  Pessoas excessivamente críticas e exigentes são como o espinheiro que fere e sempre está arrumando uma fogueira. Um comportamento arrogante, que faz juízo de valor, são características de plantar espinhos. 
Os espinhos surgiram quando o homem pecou e Deus ordenou que nascessem “cardos e abrolhos” (Gênesis 3.18). Jesus levou espinhos sobre a cabeça para mostrar seu plano redentor até para quem seja digno de julgamento por ter plantado coisas ruins e livrando do fogo de condenação pelo pecado.
Você plantou algo de ruim?
Clame a misericórdia de Jesus!

Você colhe o que planta!

-CONCLUSÃO: “ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide, o produto da oliveira minta ... todavia eu me alegro no Deus da minha salvação” Habacuque 3.17,18
Esta parábola nos ensina muito sobre a importância de frutificar. Se plantarmos coisas boas colheremos do melhor. Mas se plantarmos coisas ruins colhemos o pior, “pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará” (Gálatas 6.7). Além disso, quem não planta nada também não pode esperar colheita.
Talvez você olhe como Habacuque e veja que não há frutos na figueira, nem na videira ou na oliveira, contudo deve confiar na misericórdia de Deus sobre sua vida. Então comece a semear rapidamente para colher no futuro. Se tiver plantado algo de ruim, peça perdão a Deus que te livrara das consequências ou te ajudará a enfrenta-las.
Que tipo de frutos você tem dado?
OLIVEIRA: Busque a unção de Deus!
FIGUEIRA: Receba a alegria do Espírito!
VIDEIRA: Viva em Comunhão com Deus e o próximo!
ESPINHEIRO: Evite plantar coisas ruins

APRENDENDO COM ELISEU (PARTE 4)

Quem é você em tempos de crise?

II Reis 7
-Introdução: Houve uma grande fome em Samaria (II Reis 6.25), quando a cidade foi cercada pelos Sírios (II Reis 6.24). Não havia o mínimo de alimento para o povo trancado dentro da cidade. Com isso, o povo estava atordoado e fazendo qualquer coisa para sobreviver (II Reis 6.26-29). O próprio rei de Israel estava apavorado (II Reis 6.30).
Quando passamos por crises muitas vezes revelamos quem realmente somos. As crises em todos os sentidos revelam sentimentos dentro de nós. Nossas reações são inesperadas quando surpreendidos por dificuldades indesejadas. Por isso precisamos refletir quem somos diante das crises da vida.

Como reagir em tempo de crise?

Vamos aprender através de uma comparação com os personagens: o rei, o profeta, o capitão e os leprosos: 

1- ReiII Reis 6.31 e 7.12
O rei Jorão, mesmo sabendo que Eliseu era um profeta de Deus, que tinha sido usado para salvar o seu povo (II Reis 6.8-23), ainda assim culpou o profeta por todo o mal que estava acontecendo.
Se você é como o rei na hora da crise:
         -você se sente incapaz (II Reis 6.30);
         -coloca a culpa nas pessoas (v.31);
         -fica nervoso e faz ameaças (v.31);
         -desconfia de tudo e todos (II Reis 7.12).
Em tempos de crise pouco adianta apenas encontrar culpados. É preciso encontrar soluções para os problemas. Estamos acostumados a ser reis de nossas vidas e decidir tudo, mas quando perdemos o controle da situação apavoramos. Não adianta culpar as pessoas, brigar nem fazer ameaças. É preciso encontrar saídas para a crise.
Não seja como o rei na hora da crise!


2- ProfetaII Reis 7.1

Eliseu era o profeta da época. A sua tarefa como profeta foi anunciar a Palavra de Deus. A mensagem do Senhor era que haveria um tempo de bênção e fartura.
Se você é profeta na hora da crise:
         -você abençoa;
         -ministra bênçãos (v.1);
         -anuncia a Palavra de Deus;
         -avisa sobre as consequências da incredulidade (v.2).
Mas o profeta também avisa sobre o perigo de não acreditar na mensagem do Senhor.
Seja profeta na hora da crise!

3- CapitãoII Reis 7.2

O capitão estava na porta de Samaria era uma pessoa de confiança do rei, em que “cujo braço o rei se apoiava” (v.2). 
Se você é capitão na hora da crise:
         -acha que sabe tudo;
         -pensa que é forte;
         -duvida da Palavra de Deus.
Infelizmente muitos capitães são usados para mandar e desmandar, pensando que sabem tudo e que são fortes, pois até os reis se apoiam neles. Mas ninguém é maior que nosso Deus que pode mudar tudo e transformar a crise em oportunidade.
Na hora da crise, não seja como o capitão, mas deixe Deus ser o general em sua vida. Não seja arrogante achando que manda em todos. Você pode estar perdendo a oportunidade de experimentar providência de Deus.
Não seja capitão na hora da crise!

4- LeprososII Reis 7.3-9

Os leprosos foram usados por Deus para salvar o povo de Samaria que estavam morrendo de fome. Na Bíblia Sagrada, a lepra é um símbolo do pecado (Levíticos 13.1-9). Se somos todos pecadores, todos podemos ser comparados com estes leprosos (Romanos 3.23) e estamos condenados à morte (Romanos 6.23).
Se você é como os leprosos na hora da crise:
         -sabe que é um pecador condenado à morte;
         -busca oportunidade sem medo de arriscar (v.4 e 10);
         -tem temor de Deus e pensa no seus próximo (v.9);
         -compartilha as boas novas aos que precisam (v.10).
Como aqueles leprosos devemos reconhecer que não somos dignos, mas devemos permanecer fiéis ao Senhor e crer no seu poder. Quando surge uma oportunidade não devemos temer nem ser egoístas ficando com a bênção somente para nós.
Seja como os leprosos na hora da crise!

Seja fiel na hora da crise e receba a vitória!

-CONCLUSÃOII Reis 7.14-20
A diferença acontece quando vem a vitória. Dependendo de quem você foi na hora da crise será sua condição na hora da bênção.
-O Rei: Perdeu a oportunidade. Deus manda o profeta Eliseu ungir Jeú no lugar de Jorão que morre perdendo o seu reinado pouco tempo após (II Reis 9.1-3).
-O Profeta: foi honrado porque se cumpriu sua palavra (v.18);
-O Capitão: foi atropelado pelo povo e não pode experimentar (v.17, 19,20).
-Os Leprosos: experimentaram abundância e tiveram a honra de salvar seu povo (v.8 e 15).

Seja profeta em tempos difíceis anunciando a vontade de Deus e também como os leprosos que foram solidários. Não seja como rei que culpou os outros nem como o capitão que não acreditou na provisão de Deus.
A crise passa e Deus te dará a vitória!

APRENDENDO COM JESUS

A parábola do filho pródigo

Uma das mais conhecidas parábolas do novo testamento é a parábola do filho pródigo. Nós a encontramos no evangelho de Lucas, onde, começando a partir de 15:11, nós lemos:
Lucas 15:11-24 
“E [o Senhor Jesus] disse: Um certo homem tinha dois filhos; E o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me pertence. E ele repartiu por eles a fazenda. E, poucos dias depois, o filho mais novo, ajuntando tudo, partiu para uma terra longínqua, e ali desperdiçou os seus bens, vivendo dissolutamente. E, havendo ele gastado tudo, houve naquela terra uma grande fome, e começou a padecer necessidades. E foi, e chegou-se a um dos cidadãos daquela terra, o qual o mandou para os seus campos, a apascentar porcos. E desejava encher o seu estômago com as bolotas que os porcos comiam, e ninguém lhe dava nada. E, tornando em si, disse: Quantos jornaleiros de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome! Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e perante ti; já não sou digno de ser chamado teu filho; faze-me como um dos teus jornaleiros. E, levantando-se, foi para seu pai; e, quando ainda estava longe, viu-o seu pai, e se moveu de íntima compaixão e, correndo, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou. E o filho lhe disse: Pai, pequei contra o céu e perante ti, e já não sou digno de ser chamado teu filho. Mas o pai disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa; e vesti-lho, e ponde-lhe um anel na mão, e alparcas nos pés; E trazei o bezerro cevado, e matai-o; e comamos, e alegremo-nos; porque este meu filho estava morto e reviveu, tinha-se perdido, e foi achado. E começaram a alegrar-se.”
O Filho de Deus veio para encontrar e salvar o que se tinha perdido (Mateus 18:11). Aquele que vem até Ele nunca é lançado fora, diz a Palavra (João 6:37). Não importa o que se tenha feito ou não. Não importa qual seja seu passado. O que o Filho de Deus quer não é condenar, mas salvar (João 3:17). A compaixão do pai desta parábola é uma figura da compaixão do Deus Pai (Jesus disse a parábola em relação à alegria ocorrida no céu, quando um pecador retorna). Deus “quer que todos os homens se salvem e venham ao conhecimento da verdade (1 Timóteo 2:4).
O filho desta parábola não poderia esperar pela morte de seu pai. Ele queria a propriedade naquele momento, embora seu pai ainda estivesse vivo. Uma vez que ele pôs as mãos nela, juntou tudo e partiu para um "país distante”. Quem sabe o que ele pode ter ouvido neste país. Propagandas, TV, rádio (se eles existissem) falariam por este país. Se ele tivesse muito dinheiro, ele poderia viver uma “boa vida” lá – a “boa vida” que a Palavra de Deus descreve em duas palavras: “vida pródiga”. No final, a bomba explodiu e aquele que outrora fora o “filho de um pai rico” tornou-se pobre e faminto. Sua fome na verdade era tanta que ele não tinha nada para comer – os porcos eram alimentados melhor do que ele!
E assim, alguma coisa crítica aconteceu: “e tornado em si, ele pensou” “Quantos jornaleiros de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome! Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e perante ti; já não sou digno de ser chamado teu filho; faze-me como um dos teus jornaleiros.” O filho pródigo voltou para si próprio! O momento em que alguém “volta-se para si próprio” normalmente é o momento em que tudo vai bem, a não ser o momento em que, como ocorre com seu filho, ele não pode ter nem as bolotas de porco para satisfazer a sua fome. O filho portanto voltou-se para si próprio e tomou o caminho de retorno para sua casa. Todos os pensamentos que ele tinha eram corretos e justos: Depois do que ele fez, ele não tinha direito algum de ser chamado como um filho de seu pai. Ele havia comido o esforço de seu pai ao viver de maneira pródiga. Embora o pai o visse à distância. Isto mostra que ele estava observando a estrada. Embora o filho tivesse pegado sua herança e deixado o lar, o pai não estava indiferente. Ele estava esperando dia após dia pelo retorno de seu filho. Se pudesse encontrá-lo, iria implorá-lo para voltar - conforme o Senhor nos implora para que reconciliemos com Ele (2 Coríntios 5:20-21). O Pai estava esperando. Ele estava observando a estrada, e tão logo ele viu seu filho chegando, ele CORREU para encontrá-lo! Realmente, que figura tocante: Um pai correndo para abraçar e beijar um filho que consumiu sua propriedade por viver prodigamente. Contudo, isso não é o mesmo com Deus? Nós estávamos mortos em pecados e transgressões, crianças de ira, e embora Ele nos tivesse salvado, ele nos elevou juntos com Cristo e Ele nos sentou com Ele nos céus. Não por causa de nossos trabalhos (nós estávamos mortos) mas por causa de seu muito amor (Efésios 2:4). Como o pai da parábola, então Deus espera pela ovelha perdida, e quando se retorna, ele corre para abraçá-lo/la e beijá-lo/la. O pai perdoa e deleta todo o passado de todo filho que retorna. Ele não trará para julgamento qualquer crente, qualquer ovelha que retorne, porque o que se tiver feito pelo tempo se perderá. “Se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo" (2 Coríntios 5:17) diz a Palavra de Deus. Assim, o pai da parábola em vez de expulsar seu filho – como muitos pais fazem quando eles descobrem as rebeliões de suas crianças, ainda que eles possam ter se arrependido – em vez de colocá-lo em um período de julgamento, ele o abraçou beijou-o, e matou o bezerro mais gordo que ele tinha – tudo começou pela misericórdia. Similar é a alegria no céu quando um pecador retorna. O que o Senhor deseja não é a condenação do pecador. Se lhe for dito que Deus o espera com um .... cinto para castigá-lo, quando você retornar para Ele, por favor, ouça isto: Deus está esperando por você como o pai do filho pródigo. Ele espera por você e uma vez que ele vê você chegar, ele corre para abraçá-lo, beijá-lo e começar uma celebração brilhante para o seu retorno. “Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento" (Lucas 15:7).

APRENDENDO COM ESTER (PARTE 3)

Ester:

Existem muitos lugares na Bíblia que se refere ao poder de libertação de Deus. Um deles é também o livro de Ester. Eu gostaria de tomar um tempo neste artigo para olhar para este livro e as lições que ele nos dá.

Ester 1, 2: O pano de fundo

Os acontecimentos descritos no livro de Ester aconteceram quando o povo de Israel era cativo na Babilônia. O local da história é Susã, a cidade onde o Rei da Pérsia e Média, o Rei Assuero1, vivia. Este Rei após mandar embora sua primeira esposa, a rainha Vasti2, ele estava buscando uma nova esposa para se tornar rainha. Nesse intuito organizaram uma competição onde mulheres de todo o reino foram convidadas a vir até Susã com o propósito de que uma delas preenchesse o lugar vazio da rainha. (Ester 2:1-4). No meio dessas mulheres estava também Ester, uma jovem hebreia que foi criada por Mardoqueu, um dos cativos que foram trazidos de Jerusalém por Nabucodonosor (Ester 2:5-7). Finalmente esta jovem após obter a graça3, primeiro de “Hegai, guarda das mulheres" (Ester 2:9), segundo a graça "de todos que a viram" (Ester 2:15) e por fim e mais importante a graça do próprio Rei (Ester 2:17), ganhou a competição. Então Ester se tornou a nova rainha. Contudo, ela não revelou a ninguém que era judia, conforme a ordem dada por Mardoqueu. Então ninguém, nem mesmo o Rei sabia qual a nacionalidade de Ester.

Ester 3: o problema começa

Embora tudo parecesse estar bem, Ester 3:1 apresenta uma nova pessoa que vem trazer grandes problemas. Ester 3:1-6 nos fala sobre essa pessoa e o problema causado.
Ester 3:1-2, 5-6 
"Depois destas coisas o rei Assuero engrandeceu a Hamã, filho de Hamedata, agagita, e o exaltou, e pôs o seu assento acima de todos os príncipes que estavam com ele. E todos os servos do rei, que estavam à porta do rei, se inclinavam e se prostravam perante Hamã; porque assim tinha ordenado o rei acerca dele; porém Mardoqueu não se inclinava nem se prostrava. ...... Vendo, pois, Hamã que Mardoqueu não se inclinava nem se prostrava diante dele, Hamã se encheu de furor. Porém deteve a idéia de seus propósitos de pôr as mãos só em Mardoqueu (porque lhe haviam declarado de que povo era Mardoqueu); Hamã, pois, procurou destruir a todos os judeus, o povo de Mardoqueu, que havia em todo o reino de Assuero."
Começando do fim desta passagem, parece que estamos realmente no início de grande problema. Hamã, o homem a quem o rei tinha exaltado “sobre todos os príncipes que estavam com ele”, isto é, o homem que era o segundo no comando no reino, estava cheio de fúria por Mardoqueu, porque ele se recusou a curvar-se perante ele. Por esta razão ele queria destruir toda a nação de Mardoqueu, ou seja, os judeus. Embora parecesse evidentemente loucura que ele quisesse destruir toda uma nação por causa de um homem que não se curvou diante dele, existem mais percepções espirituais em sua ação do que a primeira vista nos revela. Realmente, desde o grande reino, no qual Hamã era o segundo no comando, estendendo da Índia até Etiópia (Ester 1:1) podemos entender que nenhum Judeu sobreviveria se Hamã cumprisse suas ameaças. Agora se isto acontecesse então a questão é como Cristo nasceria? Deus tinha prometido inicialmente à Abraão (Gênesis 17:7 e Gálatas 3:16) e mais tarde a Davi que de seu povo sairia o Cristo. Contudo, se as ameaças de Hamã se realizassem então a promessa sobre Jesus Cristo poderia não se cumprir e todo o plano de Salvação de Deus falharia. As ameaças de Hamã não eram apenas paranóicas, mas completamente diabólicas. Era o mal que estava atuando por trás de Hamã, tentando cancelar a vinda de Cristo, destruindo toda a nação, exatamente como em séculos mais tarde ele tentou, através de Herodes, matar o Cristo antes que Ele cumprisse sua missão. Resumindo então, o primeiro problema de Deus em relação à promessa de Jesus Cristo. Aqui temos um homem que tinha em sua mente o propósito de cancelar essas promessas, matando todos os judeus. A questão é: Será Deus capaz de defender suas promessas? Normalmente: Ass promessas de Deus são quebradas ou podem elas ser quebradas pelo mal, ou qualquer homem, mesmo sendo este homem o segundo no comando de um reino tão vasto de seu tempo?
Ainda acima expusemos o problema, ainda não dissemos nada sobre a causa deste problema. De fato, alguns de nós podemos questionar por que Mardoqueu não se curvou diante de Hamã, mostrando-lhe respeito. Afinal, Hamã era o segundo no comando, o homem mais próximo ao Rei. Por que então Mardoqueu não prestou homenagem a ele como o Rei ordenou? (Ester 3:21) Era orgulhoso? A resposta é não. A razão pela qual Mardoqueu não prestou homenagem a Hamã será compreendida se você prestar atenção na parte do texto que diz que Hamã era AGATITA. Isto significa então que ele veio do reino de Agag, um rei dos Amalequitas4, que em outras palavras significa, se não estivermos equivocados, que ele mesmo era um amalequita5. O que há de errado nisto? O problema é que os amalequitas lutaram contra Israel quando estes estavam a caminho da terra prometida (Êxodos 17), eles foram chamados por Deus de INIMIGOS DE DEUS. Êxodos 17:14-16 vai nos dizer claramente:
Êxodos 17:14-16 
"Então disse o SENHOR a Moisés: Escreve isto para memória num livro, e relata-o aos ouvidos de Josué; que eu totalmente hei de riscar a memória de Amaleque de debaixo dos céus. E Moisés edificou um altar, ao qual chamou: O SENHOR É MINHA BANDEIRA. E disse: Porquanto jurou o SENHOR, haverá guerra do SENHOR contra Amaleque de geração em geração."
Hamã então, sendo um amalequita era um inimigo de Deus. Por isso Mardoqueu tinha duas escolhas: i) honrar a Hamã, o inimigo de Deus, porém desonrar a palavra de Deus ou ii) honrar a palavra de Deus e negar prestar homenagem a Hamã. De fato, ninguém pode dizer que ele representa Deus quando ele está pronto na primeira ocasião de comprometer-se com a Palavra de Deus. A única maneira de conhecer Deus é através de sua Palavra e a única maneira de permanecer em Deus é permanecer em Sua palavra. Mardoqueu decidiu não desonrar a Palavra de Deus e prestar homenagem, curvando-se perante o inimigo de Deus. Em outras palavras, ele decidiu permanecer em Deus, confiando que Deus o livraria conforme Suas promessas6. A segunda questão que necessita de resposta é: será Deus capaz de livrar Mardoqueu , um homem que permaneceu Nele? Mais especificamente: Deus é capaz de livrar-nos de nossos perigos quando decidimos confiar Nele e permanecermos firmes em sua Palavra, ou apenas estamos expostos aos desejos e ao poder dos homens?
A resposta às questões acima, temos que seguir lendo o livro de Ester.

3. Ester and Mardoqueu

Após Hamã decidir destruir todos os judeus, ele precisava estabelecer uma data para isto para obter a permissão do Rei. Ester 3 nos fala que ele fixou uma data no décimo terceiro dia do décimo segundo mês (Ester 3:13) e que, após ele afirmar que os judeus não cumpriam as leis do Rei [eles tinham a lei de Deus] e depois de oferecer ao Rei uma grande quantia de dinheiro [10.000 talentos de prata] ele finalmente obteve a aprovação de seus planos (Ester 3:8-10). A ordem em relação à destruição dos judeus foi escrita sob a custódia do próprio Hamã, e foi enviado a todas as províncias do Rei causando grande lamentação entre todos os judeus (Ester 3:12-15, 4:3). O próprio Mardoqueu estava tão triste que "rasgou as suas vestes, e vestiu-se de saco e de cinza, e saiu pelo meio da cidade" clamando "com grande e amargo clamor" (Ester 4:1). Ester, que ainda não sabia sobre o decreto ficou muito triste quando soube que Mardoqueu, seu pai adotivo, estava muito amargurado e enviou um dos seus servos até ele para descobrir qual o motivo (Ester 4:4-6). Por meio deste servo, Mardoqueu a fez saber tudo o que tinha acontecido, pedindo-lhe também para ir ao Rei e rogar por seu povo (Ester 4:7-9). Como deve lembrar-se Ester, sendo rainha, não tinha uma posição pequena no reino. Contudo, no princípio ela ficou relutante em fazer o que Mardoqueu havia pedido, uma vez que não era permitido a ninguém ir até o Rei sem ser convidado. (Ester 4:10-12).
Alguém poderia esperar que uma vez que Ester, a Rainha, estava relutante em ajudar, não haveria a menor possibilidade para Mardoqueu e os judeus escaparem da ira de Hamã. Contudo, as coisas não são assim. Porque, apesar de Ester estar relutante, a promessa de Deus sobre a fidelidade de Mardoqueu não depende de Ester, mas de Deus. Ele era responsável em encontrar uma saída. Certamente Ester era uma ótima possibilidade e foi por isso que Mardoqueu pediu a ela. Mas o fato de ele ter pedido a ela não significa que sua confiança estava nela e não em Deus. Veja sua resposta à relutância de Ester:
Ester 4:13-14 
"Não imagines no teu íntimo que por estares na casa do rei, escaparás só tu entre todos os judeus. Porque, se de todo te calares neste tempo, socorro e livramento de outra parte sairá para os judeus, mas tu e a casa de teu pai perecereis; e quem sabe se para tal tempo como este chegaste a este reino?"
Mardoqueu confiou em Deus. Sua resposta dada a Ester mostra que ele estava ciente que Deus havia levado Ester ao reinado para este tempo de dificuldade. É por isso que ele pediu ajuda a ela. Contudo, quando ele viu que ela estava relutante, ele a disse que mesmo sem sua ajuda, Deus era capaz de libertar os judeus “de alguma outra maneira”. É realmente incrível como Mardoqueu confiava em Deus.
Seguindo essa lição, devíamos confiar em Deus e não no homem. Jeremias 17:5-8 nos diz de antemão o que acontecerá se colocarmos nossa confiança no homem e o que acontecerá se colocarmos nossa confiança em Deus.
Jeremias 17:5-8 
"Assim diz o SENHOR: Maldito o homem que confia no homem, e faz da carne o seu braço, e aparta o seu coração do SENHOR! Porque será como a tamargueira no deserto, e não verá quando vem o bem; antes morará nos lugares secos do deserto, na terra salgada e inabitável. Bendito [isto é, Feliz] o homem que confia no SENHOR, e cuja confiança é o SENHOR. Porque será como a árvore plantada junto às águas, que estende as suas raízes para o ribeiro, e não receia quando vem o calor, mas a sua folha fica verde; e no ano de sequidão não se afadiga, nem deixa de dar fruto."
De um lado temos um homem que confia nos homens e cujos corações estão distante de Deus e do outro lado temos um homem que confia em Deus. Um é como a tamargueira no deserto e outro como árvore plantada junto às águas. Um habita no deserto árido enquanto outro junto ao rio, ou seja, lugar cheio de vida.
Voltando a Mardoqueu, sua resposta mudou a mente de Ester:
Ester 4:15-17 
"Então disse Ester que tornassem a dizer a Mardoqueu: Vai, ajunta a todos os judeus que se acharem em Susã, e jejuai por mim, e não comais nem bebais por três dias, nem de dia nem de noite, e eu e as minhas servas também assim jejuaremos. E assim irei ter com o rei, ainda que não seja segundo a lei; e se perecer, pereci. Então Mardoqueu foi, e fez conforme a tudo quanto Ester lhe ordenou.”
No terceiro dia Ester finalmente foi ter com o Rei. Conforme Ester 4:11, ela poderia ter sido morta ao ir lá sem ser convidada, exceto se o Rei estendesse seu cetro de ouro para ela. Versículo 2 nos diz o que realmente aconteceu:
Ester 5:2 
"E sucedeu que, vendo o rei a rainha Ester, que estava no pátio, alcançou graça aos seus olhos; e o rei estendeu para Ester o cetro de ouro, que tinha na sua mão, e Ester chegou, e tocou a ponta do cetro."
Deus durante a competição fez com que Ester ganhasse graça do Rei e a fizesse rainha (Ester 2:17), apenas para este momento difícil (Ester 4:14). Agora, quando o tempo de Ester entrar em ação chegou, Deus novamente a faz ganhar a graça do mesmo homem, e não foi condenada à morte por ter entrado na corte sem ser convidada. Nesta visita ao Rei, Ester convidou-lhe e a Hamã para um banquete que ela havia preparado para eles aquela tarde. Quando eles foram, um outro banquete foi arranjado para a próxima tarde (Ester 5:3-8). Conforme veremos o tempo de um banquete ao outro foi realmente muito crítico.

Ester 5-8: A libertação

O convite da rainha para outro banquete no dia seguinte causou muito alegria em Hamã (Ester 5:9) uma vez que foi uma grande honra festejar com a realeza. Contudo, sua alegria tornar-se-ia em ira ao ver Mardoqueu à entrada do palácio, “e que ele não se levantara nem se movera diante dele" (Ester 5:9). É claro que, apesar da situação, Mardoqueu não estava disposto a prestar homenagem à Hamã. Ele continuou confiando em Deus e em Sua palavra. Ele continuou a acreditar que Deus livraria ele e sua nação. Contudo, a ira de Hamã aumentou ainda mais. Quando ele retornou para casa, apesar da alegria por ter sido convidado pela rainha, ele confessou à sua esposa e seus amigos sua ira por Mardoqueu, sua esposa e amigos lhe deram a seguinte sugestão:
Ester 5:14 
"Então lhe disseram Zeres, sua mulher, e todos os seus amigos: Faça-se uma forca de cinquenta côvados de altura, e amanhã dize ao rei que nela seja enforcado Mardoqueu; e então entra alegre com o rei ao banquete. E este conselho bem pareceu a Hamã, que mandou fazer a forca."
Parece que a situação ficou pior ainda para Mardoqueu. Hamã não esperaria até o dia definido para a destruição dos judeus para vê-lo morto. Ele queria que isso acontecesse o mais rápido possível e de fato, na manhã seguinte. Claro que, se Deus fosse dar a libertação a Mardoqueu tinha que ser naquela noite. E foi o que Ele fez:
Ester 6:1-3 
"Naquela mesma noite fugiu o sono do rei; então mandou trazer o livro de registro das crônicas, as quais se leram diante do rei. E achou-se escrito que Mardoqueu tinha denunciado Bigtã e Teres, dois dos camareiros do rei, da guarda da porta, que tinham procurado lançar mão do rei Assuero. Então disse o rei: Que honra e distinção se deu por isso a Mardoqueu? E os servos do rei, que ministravam junto a ele, disseram: Coisa nenhuma se lhe fez."
Mardoqueu algumas vezes, antes de Ester tornar-se rainha e antes de Hamã ser elevado ao segundo comando, tinha protegido o Rei contra conspiração, planejado por dois camareiros, guarda da porta, Bigtã e Teres (Ester 2:21-23). Embora isto tenha sido escrito nas crônicas, isto é, no diário oficial do reino, nada foi feito para honrar Mardoqueu. Contudo, isto não foi acidental uma vez que foi através deste ato não honrado que Deus traria a libertação para ele, exatamente no momento que ele mais precisava. Então, na noite em que seria a última noite para Mardoqueu, “fugiu o sono do rei”. Embora não esteja escrito explicitamente, os resultados mostrarão que foram divinamente planejados de modo que ele ficasse acordado e fazer as coisas que se seguiram. A primeira coisa foi pedir que lhe trouxessem o livro de Crônicas. Como já sabemos, este livro contém também os registros dos atos de Mardoqueu. Contudo, certamente este não era o único registro neste livro. Ao contrário, um diário como este deveria ter centenas de anotações. Entretanto, naquela noite havia uma única anotação que precisava ser lida e finalmente foi esta a anotação que foi lida. E não foi outra senão aquela referente a Mardoqueu e o bem que ele fez ao rei, e pelo qual não havia sido ainda honrado! Após o Rei saber desse registro e que Mardoqueu não tinha sido ainda honrado, adivinhe o que aconteceu? Ele decidiu honrar Mardoqueu no dia seguinte! Então pela manhã veio Hamã para pedir ao Rei que enforcasse Mardoqueu, uma surpresa desagradável o esperava:
Ester 6:4-9 
"Então disse o rei: Quem está no pátio? E Hamã tinha entrado no pátio exterior da casa do rei, para dizer ao rei que enforcassem a Mardoqueu na forca que lhe tinha preparado. E os servos do rei lhe disseram: Eis que Hamã está no pátio. E disse o rei que entrasse. E, entrando Hamã, o rei lhe disse: Que se fará ao homem de cuja honra o rei se agrada? Então Hamã disse no seu coração: De quem se agradaria o rei para lhe fazer honra mais do que a mim? Assim disse Hamã ao rei: Para o homem, de cuja honra o rei se agrada, Tragam a veste real que o rei costuma vestir, como também o cavalo em que o rei costuma andar montado, e ponha-se-lhe a coroa real na sua cabeça. E entregue-se a veste e o cavalo à mão de um dos príncipes mais nobres do rei, e vistam delas aquele homem a quem o rei deseja honrar; e levem-no a cavalo pelas ruas da cidade, e apregoe-se diante dele: Assim se fará ao homem a quem o rei deseja honrar!"
Hamã disse todas essas coisas, pensando que era ele a quem o rei queria honrar. MAS.............
Ester 6:10-12 
"Então disse o rei a Hamã: Apressa-te, toma a veste e o cavalo, como disseste, e faze assim para com o judeu Mardoqueu, que está assentado à porta do rei; e coisa nenhuma omitas de tudo quanto disseste. E Hamã tomou a veste e o cavalo, e vestiu a Mardoqueu, e o levou a cavalo pelas ruas da cidade, e apregoou diante dele: Assim se fará ao homem a quem o rei deseja honrar! Depois disto Mardoqueu voltou para a porta do rei; porém Hamã se retirou correndo à sua casa, triste, e de cabeça coberta."
Você se lembra como isto começou? Começou com Mardoqueu LAMENTANDO pelo mal que Hamã planejou contra ele e seu povo. Mas veja como terminou. Terminou com Mardoqueu o homem que confiou em Deus cavalgando no cavalo do rei e vestindo as roupas do Rei e com Hamã, até então, o segundo homem no comando, proclamando diante dele e voltando para casa "lamentando"! Contudo, isto não é o fim da história. Aconteceram mais coisas durante o banquete com a rainha. Durante o banquete Ester revelou sua nacionalidade ao rei e que Hamã planejou destruir a nação dela. Quando o rei ouviu isto, ficou furioso (Ester 7:7-8), e quando reis naqueles dias ficavam furiosos com alguém, exceto se este tiver o agrado de Deus, os propósitos para sua vida eram muito desagradáveis! E de fato foi o que aconteceu a Hamã que pode finalmente usar sua forca pessoalmente!
Ester 7:9-10 
"Então disse Harbona, um dos camareiros que serviam diante do rei: Eis que também a forca de cinquenta côvados de altura que Hamã fizera para Mardoqueu, que falara em defesa do rei, está junto à casa de Hamã. Então disse o rei: Enforcai-o [Hamã] nelaEnforcaram, pois, a Hamã na forca, que ele tinha preparado para Mardoqueu. Então o furor do rei se aplacou."
É óbvio que os papéis de Mardoqueu e Hamã eram reversos. Hamã, o segundo homem no comando e o homem que planejou destruir toda a nação judaica e enforcar Mardoqueu, terminou enforcado na forca que ele mesmo tinha preparado para Mardoqueu!! Mais ainda, como está no último versículo do livro de Ester (Ester 10:3) nos diz, Mardoqueu, o homem que confiou em Deus, foi feito o segundo no comando, tomando o lugar de Hamã! Finalmente, como o décimo terceiro dia do décimo segundo mês foi definido como a total destruição dos judeus, o rei não apenas cancelou essa ordem mas também INVERTEU a situação. Sob a nova ordem:
Ester 8:11-12 
"Nelas o rei concedia aos judeus, que havia em cada cidade, que se reunissem, e se dispusessem para defenderem as suas vidas, e para destruírem, matarem e aniquilarem todas as forças do povo e da província que viessem contra eles, crianças e mulheres, e que se saqueassem os seus bens. Num mesmo dia, em todas as províncias do rei Assuero, no dia treze do duodécimo mês, que é o mês de Adar."
Foi realmente uma grande libertação de Deus que tivemos! Mardoqueu o homem que confiou em Deus, começou lamentando e sob a ameaça de ser enforcado por Hamã, mas terminou glorificado por seus inimigos, e assumindo a posição do segundo no comando. De maneira similar, os judeus começaram “chorando e lamentando” e terminaram festejando (Ester 8:17) e seus inimigos destruídos. (Ester 9:1)
Ao contrário, Hamã o que confiou em seu próprio poder, começou como segundo no comando, alegre e preparando o enforcamento de Mardoqueu, mas terminou lamentando e por consequência enforcado na forca que ele tinha preparado para Mardoqueu!

Conclusão

Terminando este breve estudo do livro de Ester, poderíamos dizer que esta lição é a mesma lição que é oferecida em muitas outras partes da Palavra de Deus, isto é, a Palavra de Deus é verdadeira Palavra, uma Palavra que não pode ser quebrada apesar das forças contrárias exercidas pelo poder humano e maligno. De fato, aqueles que, como Mardoqueu, confiam Nele, “não serão confundidos”(Isaías, 49:23) mas eles serão como a árvore plantada junto às águas, que estende as suas raízes para o ribeiro, e não receia quando vem o calor, mas a sua folha fica verde; e no ano de sequidão não se afadiga, nem deixa de dar fruto" (Jeremias 17:8). Para concluir, portanto:
Salmo 37:3-7, 9, 11 
"Confia no Senhor e faze o bem; habitarás na terra, e verdadeiramente serás alimentado. Deleita-te também no SENHOR, e te concederá os desejos do teu coração. Entrega o teu caminho ao SENHOR; confia nele, e ele o fará. E ele fará sobressair a tua justiça como a luz, e o teu juízo como o meio-dia. Descansa no SENHOR, e espera nele….mas aqueles que esperam no Senhor herdarão a terra…..os mansos herdarão a terra, e se deleitarão na abundância de paz"

APRENDENDO COM JABES

  APRENDENDO COM JABES O m enino  p rodígio da  g enealogia!   Alguém já disse certa vez que existe muito pouca diferença entre as pessoas –...