quarta-feira, 6 de novembro de 2019

APRENDENDO COM JESUS




A DIVINDADE DE JESUS CRISTO

No espiritismo, Ele era um reformador da Judéia, com a missão de ensinar aos homens uma elevada moral, a moral evangélico-cristã; foi a segunda revelação de Deus (a primeira teria sido Moisés, e a terceira, o espiritismo); foi um médium de primeira grandeza, um espírito iluminado. Para os testemunhas-de-Jeová, Ele é um ser criado por Jeová, poderoso, mas não Todo-Poderoso. No budismo, Jesus foi um grande Mestre. No mormonismo, Jesus não foi gerado pelo Espírito Santo, e viveu em poligamia: Marta e Maria, irmãs de Lázaro, teriam sido suas esposas.

No islamismo, Jesus teria sido um mensageiro de Deus, porém menor que Maomé. Na Nova Era, Jesus não é Deus porque todos somos deuses; a Era de Peixes, de Jesus, está se expirando, e um novo avatar surgirá para conduzir a humanidade à Era de Aquários, que colocará o mundo em ordem e estabelecerá a paz. 

Negar a divindade de Jesus é uma das características das seitas, mas “as portas do inferno não prevalecerão” contra a Igreja de Cristo. Para nós, cristãos, Jesus Cristo é Deus. A prova disso não é apenas a nossa fé. Contamos com a Bíblia Sagrada, livro escrito por cerca de 40 escritores, divinamente inspirados.

Contamos também com o testemunho de apóstolos que caminharam com Jesus, ouviram suas palavras e viram seus milagres, a exemplo de Pedro que declarou enfático: “TU ÉS O CRISTO, O FILHO DO DEUS VIVO” (Mateus 16.16). Temos as palavras do próprio Jesus que afirmou: “EU E O PAI SOMOS UM” (João 10.30). Temos o testemunho do profeta Isaías que, 700 anos de o Verbo habitar entre nós, chamou-O de “Deus Forte” e “Pai da Eternidade” (Isaías 9.6).

Contamos, também, com o testemunho de milhões de vidas transformadas pelo poder que há no Seu nome. Tratar-se-ia de apenas um espírito evoluído, um homem com poderes mediúnicos como desejam os kardecistas? Se Jesus é apenas um espírito iluminado, por que não “baixa” nas sessões espíritas? Se Jesus foi igual a Buda e Maomé, onde estão seus ossos? Em lugar nenhum iremos encontrá-los porque Jesus ressuscitou, e vive e reina para sempre. Aleluia! Vejamos o que dizem as Escrituras sobre a divindade de Jesus.

Cristo, O Criador

“Todas as coisas foram feitas por meio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez... estava no mundo, e o mundo foi feito por ele e o mundo não o conheceu (João 1.3, 10)). “Pois nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades, tudo foi criado por ele e para ele” (Colossenses 1.16). “...a nós falou-nos [Deus] nestes últimos dias pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez o mundo (Hebreus 1.2).

Cristo, O Deus

“A virgem conceberá e dará à luz um filho, e o chamarão pelo nome de Emanuel, que quer dizer: Deus conosco” (Mateus 1.23). “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus... e o Verbo se fez carne e habitou entre nós (João 1.1,14). Atenção: “O Verbo era Deus”, e não “o Verbo era um deus”, como desejam os testemunhas-de-Jeová. “Eu e o Pai somos um” (João 10.30); “Quem me vê, vê o Pai” (João 14.9). “O Pai está em mim, e eu nele” (João 10.38).

“Disse-lhe Tomé: Senhor meu e Deus meu” (João 20.28); “Deles são os patriarcas, e deles descende Cristo segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém”. (Romanos 9.5). “Pois nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade (Colossenses 2.9). “Porque um filho nos nasceu...o seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” (Isaías 9.6). “Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna” (1 João 5.20). Outras referências: João 1.15,18,30; Colossenses 1.15; 2 Coríntios; 4.4; 5.19.

Cristo, O Eterno

“Eu sou o Alfa e o Omega, o primeiro e o último, o princípio e o fim” (Apocalipse 22.13). “Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão nascesse, eu sou” (João 8.58). “Eu e o Pai somos um” (João 10.30,38). “Há tanto tempo estou convosco e não me conheces, Filipe? Quem me vê, vê o Pai... crede-me quando digo que estou no Pai e o Pai está em mim” (João 14.9-11,20; 17.21). “Vim do Pai e entrei no mundo; agora deixo o mundo e volto para o Pai” (João 16.28) Outras ref.: João 1.18; 6.57; 8.19.


Cristo, O Todo-Poderoso

“É-me dado todo o poder no céu e na terra” (Mateus 28.18). “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-poderoso” (Apocalipse 1.8). Outras referências: Efésios 1.20-23; João 21.17.

Cristo, O Salvador

“Mas quando apareceu a benignidade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para com os homens, não por obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, ele nos salvou mediante a lavagem da regeneração e da renovação pelo Espírito Santo, que ele derramou ricamente sobre nós, por meio de Jesus Cristo nosso Salvador”(Tito 3.4-6).

“E em nenhum outro há salvação, porque debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos” (Atos 4.12). Vejam a ênfase: “Em nenhum outro nome”. Não sobra para Buda, para Allan Kardec, para Maomé, para Confúcio, para Lao-Tsé, para Osíris, Vishnu, Brama, Shiva, Zoroastro, Maytreia. O nome de Jesus está acima de todos e de tudo. Outras referências: João 3.16; Lucas 4.18; Isaías 61.1.

Jesus não foi um simples fundador de uma religião. Os afamados fundadores de seitas que surgiram na história da humanidade estão todos mortos e devidamente enterrados; seus corpos foram comidos pelos vermes, e seus ossos, se ainda restam, estão em algum lugar.

Com Jesus não aconteceu a mesma coisa. A terra não pôde detê-lo; a morte não teve domínio sobre Ele. Jesus ressuscitou do sepulcro e sobre isto há o testemunho das Escrituras; há o registro de testemunhas oculares que com Ele estiveram durante sua vida terrena e após a sua ressurreição, e viram-no ascender aos céus (Mateus 28.1-10; 16-18; Marcos 16.1-14; Lucas 24.1-53; João 20.1-18).

Os Títulos de Jesus 

De forma direta ou indireta, pelo nome ou pelos títulos, o nosso Salvador permeia toda a Bíblia, onde é apresentado, por exemplo, como Messias, Redentor, Libertador, Perdoador de pecados, Juiz, Rei dos reis e Senhor dos senhores. Vejamos alguns dos títulos de Jesus distribuídos por vários livros:
Gênesis: Semente da mulher. Jó: Redentor. Salmos: Pedra angular. Cantares: Rosa de Saron. Isaías: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, ai da Eternidade, Príncipe da Paz, Emanuel, Glória do Senhor, egislador, oderoso de Jacó, Renovo, Santo de Israel. Jeremias: Justiça nossa. Daniel: Ungido ou Messias. Miquéias: Juiz de Israel. Ageu: Desejado de odas as nações. 

Zacarias: Rei. Malaquias: Mensageiro da aliança, Sol da ustiça. Mateus: Filho amado, Filho de Davi, Filho de Deus, Filho do omem, Guia, Rei dos judeus. Marcos: Filho do Deus Bendito, Santo de eus. Lucas: Consolação de Israel, Filho do Altíssimo, Poderoso Salvador, rofeta, Salvador, Sol nascente. João: A Porta, a Ressurreição e a Vida, om Pastor, Cordeiro de Deus, Criador, Deus Unigênito, Eu Sou, Luz do undo, Luz Verdadeira, Verbo, Verdade, Vida, Videira verdadeira. Atos: usto, Santo, Senhor de todos. 

Romanos: Deus bendito, Libertador. 1 oríntios: Adão, Nossa Páscoa, Rocha, Senhor da glória. 2 Coríntios: magem de Deus. Efésios: Cabeça da Igreja. 1 Timóteo: Bem-venturado  nico Soberano, Mediador, Rei dos reis, Rei dos séculos, Senhor dos enhores. Tito: Salvador. Hebreus: Apóstolo da nossa confissão, Herdeiro e todas as coisas, Autor e Consumador da fé, Grande Sumo Sacerdote. 1 Pedro: Pastor e Bispo das almas, Príncipe dos pastores. 1 João: dvogado. Apocalipse: Alfa e Ômega, Cordeiro, Leão da Tribo de Judá, O Primeiro e o Último, Primogênito, Rei dos santos, Resplandecente estrela a manhã, Todo-poderoso.

A Trindade Negar a divindade de Jesus é negar a existência o Deus trino, ou seja, do Deus único, eternamente subsistente em três Pessoas: a Primeira Pessoa, Deus Pai; a Segunda Pessoa, Deus Filho; e a Terceira Pessoa, Deus Espírito Santo. A unidade divina é uma unidade composta dessas três pessoas, coexistentes, porém distintas. Examinemos a Palavra:

“Ouve, Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o único SENHOR” (Deuteronômio 6.4). Este versículo é muito usado pelos que não aceitam a Trindade. Sustentam que não existem três Deuses, mas apenas um. Ora, a idéia do Deus trino, da unidade composta, está subjacente em outras passagens, como veremos a seguir.

“Então disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem...” (Gênesis 1.26). O uso da primeira pessoa do plural – FAÇAMOS – indica que Deus não estava só na obra da Criação: o Filho e o Espírito estavam presentes. Vejam também Gênesis 3.22; 11.7; Isaías 6.8.

“Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mateus 28.19).

“A graça do Senhor Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós” (2 Coríntios 13.13). Conhecida como a “bênção apostólica”, este versículo revela o Deus trino.

No batismo de Jesus no Jordão, conforme Mateus 3.16-17, temos o Espírito de Deus “descendo sobre Jesus”; a voz do Pai dizendo “Este é o meu Filho amado”; e o Verbo, o Deus Filho ali encarnado e habitando entre nós.

O livro de Judas fala da Trindade: ”Mas vós, amados, edificando-vos a vós mesmos sobre a vossa santíssima fé, orando no Espírito Santo, conservai a vós mesmos na caridade de Deus, esperando a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo, para a vida eterna” (Judas 20.021).

O apóstolo Pedro deixou o seu testemunho sobre as Pessoas da Trindade: “Eleitos segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e a aspersão do sangue de Jesus Cristo” (1 Pedro 1.2).

Na seguinte passagem Jesus mais uma vez revela sua divindade e reafirma a existência da trindade em Deus: “E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder” (Lucas 24.49). A promessa diz respeito ao batismo no Espírito Santo, plenamente cumprida em Atos 2.1-4. Vejam que a promessa é do Pai, mas quem envia é o Senhor Jesus; envia do alto, do céu. Jesus confirma o que já houvera dito: “Eu e o Pai somos um”. Outra referência: Atos 2.32-33.

A verdade é que “Deus estava em Cristo”, como afirmou o apóstolo Paulo (2 Coríntios 5.19). Finalmente, fiquemos com estas palavras gloriosas: “O Filho é o resplendor da sua glória e a expressa imagem da sua pessoa [do próprio Deus], sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder. Havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da Majestade nas alturas” (Hebreus 1.3).

Autor: Airton Evangelista da Costa 



APRENDENDO COM PAULO (PARTE 39)



A armadura de Deus

O grande tema da carta do apóstolo Paulo aos Efésios é o propósito de Deus de estabelecer e completar o Seu corpo, a igreja de Cristo.  

Ele inicia explicando sobre:

·        a nossa posição em Cristo;
·        o que acontece quando recebemos nossa nova vida em Cristo;
·        sobre si mesmo como apóstolo, e,
·        faz uma oração por nós.
Depois ele passa a esclarecer sobre o corpo de Cristo, a unidade da Igreja, em como deve ser o nosso novo proceder.
A partir de então, Paulo mostra como deve ser a vida em comunidade, a comunidade cristã, e vários deveres dentro do lar, ou seja, a subordinação mútua de todos na família cristã.
·        deveres do casal;
·        deveres dos pais;
·        deveres dos filhos;
·        deveres dos empregados;
·        deveres dos patrões.
No final, um conselho, quase uma ordem, ou seja, um dever sobre usar a armadura de Deus.
Porque será que o apóstolo Paulo, que vem falando de coisas peculiares `a vida cristã no lar e na Igreja, termina com uma vestimenta tipicamente militar?
A proteção aos crentes
Em Efésios 6:10 a 20, temos a convocação para buscarmos poder espiritual, o poder de Deus, e nos revestirmos de Sua armadura.
(vrs 10) – fortaleçam-se no Senhor e no Seu poder
(vrs 11) – vistam toda a armadura de Deus
(vrs 13) – vistam toda a armadura de Deus
(vrs 14) – mantenham-se firmes:
·        (14) cingindo-se
·        (14) vestindo
·        (15) tendo os pés calçados
·        (16) usem o escudo
·        (17) usem o capacete
·        (17) e a espada
·        (18) orem tendo em mente...
·        (19) orem também por mim para que, permanecendo n’Ele, eu fale com coragem, como me cumpre fazer.
Esse poder nos é conferido através da influência e da operação do Espírito Santo; consequentemente, a busca pelo Senhor nos supre deste poder.
O poder é outorgado à alma, transformando-a segundo a imagem de Cristo (II Coríntios 3:18), assegurando a vitória do crente e a derrota dos poderes malignos que visam destruir a imagem de Cristo em nós. Trata-se da renovação da mente (Efésios 4:23) e do revestimento do novo homem (Efésios 4:24), que é ser cheio de Espírito Santo (Efésios 5:18). É como se Paulo tivesse dito: "Tornai-vos poderosos por esses meios".
Tal poder é de Deus e na Sua força obteremos a vitória.
Vitória contra quem? - Efésios 6: 10 a 12
Vitória usando o quê? - Efésios 6: 13 a 20
Assim como o poder é de Deus, também o é a armadura, que são as armas de ataque e de defesa, as quais que Ele nos confere para o combate contra os nossos inimigos - as hostes demoníacas de Satanás - sempre preparados para um combate mortal.
Essa armadura compõe-se da verdade, da retidão, do poder do Evangelho, da fé, dos poderes inerentes à salvação, da operação íntima do Espírito Santo, que nos conduz na direção de nossa herança, e também da Palavra de Deus, ou seja, Sua mensagem remidora e fortalecedora em Cristo, com as suas muitas provisões.
A armadura deve ser revestida, como um soldado se prepara para a batalha, equipando-se com as peças de proteção e de defesa de seu equipamento. As partes da armadura que, evidentemente, são apresentados na ordem em que os soldados se vestiam antigamente.
Armadura é tradução do termo grego panoplia, de onde vem o termo moderno panóplia, termo coletivo que significa armadura completa. Portanto, Paulo recomenda-nos aqui um completo condicionamento de profundo preparo espiritual, deficiente em absolutamente nada, dando a entender que um combate vitorioso não pode ocorrer, se nos contentarmos com algo menos que a armadura completa.
Tantos crentes mal-sucedidos, ilustram o fato de como não se equipam pessoalmente com todas as provisões Divinas que lhes são propiciadas, por motivo de preguiça, de indiferença, ou por não quererem reconhecer a seriedade da batalha e a força astuta do inimigo.
No grego original, o termo usado fala sobre a armadura do soldado pesadamente armado. Sim, um crente bem-sucedido deve ser pesadamente armado.
A armadura procede de Deus; naturalmente que essa armadura pertence a Ele, e a Ele cabe dá-la, pois Ele é o padrão supremos das virtudes mencionadas, como a retidão, a verdade e a fé. Aquelas virtudes que nos conferem vitória sobre o pecado, bem como vitória no conflito cristão, só podem ser dadas pelo próprio Deus, portanto não são qualidades humanas.
A nossa parte deve ser a apropriação do poder de Deus, conforme o poder que está em Cristo, e devemos nos revestir da armadura completa de Deus vivendo pesadamente armado e pesadamente protegido.
2a Parte
A palavra luta, literalmente, disputa, mostra que nosso conflito contra o mal exige preparação, força e coragem. Tal palavra, no original, é usada exclusivamente neste texto, focalizando a intensidade do combate, e para que o soldado cristão saiba que deve buscar a preparação e a força necessária. A luta contra o mal, assim sendo, deve ser vista como uma batalha séria, em nada fácil. Talvez a derrota de tantos crentes, em suas vidas morais, se deva ao fato de não levarem muito a sério esse combate, mostrando-se por demais indisciplinados como soldados.
No grego, ciladas do diabo quer dizer: astúcias, planos, esquemas, e, numa linguagem militar, estratégias, mostrando que não se trata de uma cilada qualquer mas sim uma cilada bem preparada, elaborada de forma que sua aplicação obtenha profundidade no "estrago". Sua guerra é levada a efeito por um sistema estratégico, que procura tirar vantagem em cada oportunidade de ataque. Quando tal palavra se aplica a Satanás, sempre indica seus maus desígnios pois ele é o grande ludibriador, engodador, caluniador e nosso acusador. Estando Satanás no comando das forças malignas, é obvio que toda armadura espiritual é necessária para o crente, com toda a oração e súplica, para que as forças do mal sejam derrotadas. O fato de que tantos crentes são derrotados na peleja é prova de que não se tem dado a devida importância na preparação para a batalha espiritual, adquirindo a armadura espiritual necessária e completa; e nem oram com suficiente perseverança para que o diabo seja vencido.
As peças da armadura
Embora as armaduras gregas e romanas fossem diferentes entre si, provavelmente a armadura em questão seja a romana, mas num modelo mais antigo que o visto por Paulo. A armadura inteira consistia de escudo, espada, lança, capacete e armadura das pernas (que cobria as coxas até aos joelhos) e eram confeccionadas especialmente para o tamanho de cada soldado, ou seja, personalizada, sendo impossível trocar ou manusear perfeitamente a de outra pessoa.
Paulo era um homem intensamente viajado pelo império romano, tendo sido encarcerado e solto por muitas vezes, e estaria bem familiarizado com as armaduras de seu tempo. Na carta aos Efésios, o apóstolo acrescentou o cinturão e a espada em sua lista e, apesar desses dois objetos não fazerem parte das armaduras usadas no seu tempo, eram muito apropriados para o propósito de ilustrar o equipamento espiritual na derrota contra o mal.
Descrição das peças que compunham a armadura antiga usada na ilustração de Paulo.
Armas de defesa:
(vrs 17) – o capacete, que protegia a cabeça, era feito de várias formas e de vários metais, e enfeitado com grande variedade de figuras. Alguns capacetes possuíam uma crista, ou como ornamento ou com a finalidade de aterrorizar, com figuras de leões, corvos ou grifos, etc. Paulo faz o capacete representar a salvação.
(vrs 14) – o cinto, ou cinturão, era posto em torno da cintura, útil para apertar a armadura em volta do corpo, mas também para sustentar as adagas, as espadas curtas ou quaisquer outras armas que ali pudessem ser penduradas. Paulo faz do cinturão símbolo da verdade.
(vrs 14) – o peitoral, que consistia de duas partes, chamadas "asas". A primeira cobria a região inteira do peito, a parte frontal do tórax, protegendo os órgãos principais da vida; e a outra cobria uma parte das costas. Paulo faz isso representar a justiça.
As grevas, calçados como botas, protegiam do joelho para baixo.
O escudo, de vários tipos e várias formas, nos dias de Paulo haviam dois tipos que eram mais comuns, um deles chamava-se thureos, destinados para soldados pesadamente armados.
Armas de ataque:
A lança, usualmente de bronze ou de ferro, com uma longa haste de madeira dura.
O dardo, menor e mais leve que a lança, era atirado contra o inimigo ainda à distância.
A espada, que tinha várias formas e dimensões, eram feitas de vários tipos de metais. Esse é o símbolo usado por Paulo para indicar a presença do Espírito Santo.
Era costume, entre os antigos gregos e romanos, depois de se terem revestido de suas armaduras, comerem juntos e precederem o ataque com uma súplica feita aos deuses, pedindo o sucesso. E esse costume se reflete no versículo 18, pois, além do revestimento da armadura, Paulo nos recomenda fazê-lo com "toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito, e para isto vigiando com toda perseverança e súplica".
"Ficar firmes", no original, significa oferecer resistência, permanecer firme, dando a entender que o crente deve resistir aos assédios do mal, deve batalhar com êxito, buscando obter a vitória. Essa expressão indica a linguagem dos soldados: NÃO RECUAR JAMAIS! RECUAR? NUNCA!
Ao invés de fugir e declarando a derrota.
O nosso desejo é que você possa ter visto a importância de pedir ao Senhor a armadura, crendo na posse para a sua batalha diária. E que você confie no poder de Deus fortalecendo-o.

APRENDENDO COM SALOMÃO (PARTE 17)




DINHEIRO E RIQUEZA NO LIVRO DE ECLESIASTES 

Versículos selecionados para o estudo : Eclesiastes Capítulo 2 á partir do versículo 4, escrito pelo Rei Salomão


- Obras e conquistas do autor somente possíveis pelo dinheiro.
- O autor amontoou ouro, prata e tesouros.
- Apesar de se enriquecer, Salomão manteve sua sabedoria.
- O ganho a ser deixado para outra pessoa.

- É bom que o homem coma, beba e goze do trabalho de suas mãos. O homem precisa de dinheiro que lhe seja   suficiente para isso. Não mais, nem menos.
- Desfrutar do bem do trabalho. Precisamos do dinheiro na quantidade em que nos seja possível desfrutar dele.
- Um homem sem família, mas que não pára de ajuntar riquezas. Para quê, se não usufrui delas?

- Melhor é a pobreza com sabedoria. Observe que a sabedoria pode não trazer riqueza (vide 9.11,15).
- A opressão sobre o pobre. O roubo.  O rico muitas vezes se torna opressor. Algumas vezes a riqueza é produto   de roubo ou exploração do semelhante.

- Quem ama o dinheiro não se fartará do dinheiro. (vide I Tm.6.10). Nesse caso, não haverá limite para a busca.

Não haverá satisfação com o que se conseguiu.
- Onde aumentam os bens, aumentam os que dali comem.
- A riqueza traz perturbação, preocupação, para o seu possuidor.
- Riquezas guardadas para o dano do rico.

- A perda da riqueza pode ocorrer a qualquer momento, deixando o herdeiro na pobreza.
- A alguns Deus deu riquezas e capacidade para usufruir delas.
- A outros Deus deu riquezas, mas não a condição de usá-las.
- Coisas que só aumentam a vaidade. Seria o caso da riqueza que não é usufruída pelo dono.

- A sabedoria é boa como a herança.
- A sabedoria protege como o dinheiro. Podemos dizer que a sabedoria é uma riqueza espiritual, ou interior.  A sabedoria dá vida ao seu possuidor.
-
 Não é dos prudentes a riqueza.
- O dinheiro atende a tudo, ou, por tudo responde.
- Lança o teu pão sobre as águas. 

A lição de repartir até mesmo o próprio sustento. Isso é um investimento de     valor espiritual. 

O que podemos aprender com SALOMÃO


- O dinheiro é necessário - (na vida e obra do autor por exemplo)
   O dinheiro não é bom nem mau. Depende de como é usado.
- Dinheiro com sabedoria - o ideal.
- Dinheiro sem sabedoria - pode ser um desastre.

- Origem da riqueza  a) de Deus (trabalho ou herança)
                                     com capacidade para usufruto.
                                     b) de Deus - sem capacidade de usufruto.
                                     c) por roubo ou exploração (riquezas injustas).

- Riscos da riqueza : soberba, opressão sobre o pobre, perturbação,
     a perda  ("o risco de ficar pobre").

- Qual é a quantidade de dinheiro ou bens que precisamos ?
   o suficiente para comer, beber e alegrar, ou seja, tanto quanto pudermos usar.
  (Ex. Para quê se ter 20 casas ? )
- todo excedente será deixado para outra pessoa. Para um filho ou para um estranho.

- A riqueza não é ensinada pelo Eclesiastes como um objetivo na vida.
- A lição de repartir - contrária à soberba - condizente com o amor.





terça-feira, 5 de novembro de 2019

APRENDENDO COM JESUS


APRENDENDO COM JESUS  
Por que devo perdoar?
 
Não é tão fácil muitas vezes, mas é necessário, pois perdoar é como nos livrar e limpar de toda maldade que nos fizeram.

Hoje em dia, por causa do esfriamento do amor, há necessidade de restringir até mesmo a quantidade de amigos e pessoas que depositamos alguma confiança, pois as decepções podem causar derrota espiritual.

Por isso confie primeiramente em Jesus, depois em seu conjugue, diga a seu conjugue de sua confiança nele. Não coloque confiança desse nível sobre mais ninguém. Ame e perdoe a todos, mas seja manso como a pomba, mas prudente como a serpente.

Não enverede pela estrada da traição; seja vigilante.

Disse Jesus: Mateus 5.29 Se o teu olho direito te faz tropeçar, arranca-o e lança-o de ti; pois te é melhor que se perca um dos teus membros do que seja todo o teu corpo lançado no inferno.
30 E, se a tua mão direita te faz tropeçar, corta-a e lança-a de ti; pois te é melhor que se perca um dos teus membros do que vá todo o teu corpo para o inferno.

Há pessoas (também lugares onde moramos, trabalhamos ou freqüentamos) que para nós são tão importes quanto um olho ou braço, contudo se estas pessoas (também lugares onde moramos, trabalhamos ou freqüentamos) nos fazem pecar, ainda que seja dolorido deixá-los, devemos nos livrar deles para não mais tropeçar.

Amai-vos e tolerai-vos, perdoai uns aos outros e vivam em paz, se possível com todos. 

Não deixe que o mau que alguém te tenha feito apague tudo de bom que há dentro de você.

Levanta logo, sacode a poeira e segue em frente, por que ao Senhor pertence a vingança.

Hebreus 10.30 Pois conhecemos aquele que disse: Minha é a vingança, eu retribuirei. E outra vez: O Senhor julgará o seu povo.

Se há dor no seu coração ore a Deus agora e deixe o Espírito Santo limpar e curar a ferida aberta. Chega de sofrer por causa dos outros. Deus conhece o teu coração e vai cuidar de você. Não guarde mais mágoa ou rancor de ninguém.

Libere o perdão agora e livre-se do mau que isso causou ao seu coração. Vença o diabo, perdoe e todo o esforço que o mau fez para te parar cairá por terra. Talvez você não tenha se dado contas do grande mal que te faz não perdoando.

AJUDA PARA ORAR:

(LEIA ESSE SALMO EM ORAÇÃO PARA TE AJUDAR A PERDOAR)

SALMOS 7
1 Senhor, Deus meu, confio, salva-me de todo o que me persegue, e livra-me;
2 para que ele não me arrebate, qual leão, despedaçando-me, sem que haja quem acuda.
3 Senhor, Deus meu, se eu fiz isto, se há perversidade nas minhas mãos,
4 se paguei com o mal àquele que tinha paz comigo, ou se despojei o meu inimigo sem causa.
5 persiga-me o inimigo e alcance-me; calque aos pés a minha vida no chão, e deite no pó a minha glória.
6 Ergue-te, Senhor, na tua ira; levanta-te contra o furor dos meus inimigos; desperta-te, meu Deus, pois tens ordenado o juízo.
7 Reúna-se ao redor de ti a assembléia dos povos, e por cima dela remonta-te ao alto.
8 O Senhor julga os povos; julga-me, Senhor, de acordo com a minha justiça e conforme a integridade que há em mim.
9 Cesse a maldade dos ímpios, mas estabeleça-se o justo; pois tu, ó justo Deus, provas o coração e os rins.
10 O meu escudo está em Deus, que salva os retos de coração.
11 Deus é um juiz justo, um Deus que sente indignação todos os dias.
12 Se o homem não se arrepender, Deus afiará a sua espada; armado e teso está o seu arco;
13 já preparou armas mortíferas, fazendo suas setas inflamadas.
14 Eis que o mau está com dores de perversidade; concedeu a malvadez, e dará à luz a falsidade.
15 Abre uma cova, aprofundando-a, e cai na cova que fez.
16 A sua malvadez recairá sobre a sua cabeça, e a sua violência descerá sobre o seu crânio.
17 Eu louvarei ao Senhor segundo a sua justiça, e cantarei louvores ao nome do Senhor, o Altíssimo.

DIGA ISSO: EM NOME DE JESUS EU LIBERO PERDÃO PARA (DIGA O NOME DA PESSOA E O MAU QUE ELA TE FEZ) QUE NÃO HAJA MAIS DOR PELO QUE ME FEZ E TORNO SEM EFEITO EM NOME DE JESUS. 

(REPITA ISSO TANTAS VEZES QUANTO FOREM AS PESSOAS A SEREM PERDOADAS.

NO FINAL DIGA: EU SOU LIVRE EM NOME DE JESUS

JESUS QUER ENCONTRAR-SE CONTIGO
 
Muitos vivem a vida, muitas vezes, sem saber o que procuram e o que vão ter no final, pensam apenas no amanhã, se torturam com o ontem e esquecem de viver o agora. Você pode encontrar Jesus em suas palavras ou da forma que Deus te conceder.

Tantos vivem uma vida de procura. Tantos têm sua almas cheias de amarguras e sofrimentos que se tornam insensíveis a Deus. Vivem chorando.

Tantos traumas e dores e o grande causador de tudo isso é o pecado. Muitos problemas psicológicos que hoje assolam a humanidade teriam solução se estes tivessem o perdão verdadeiro.
Jesus quer falar contigo que seus pecados ele perdoou e toda lista foi cravada na cruz. O diabo tem muita raiva e mente dizendo que para nós não há solução, mas Jesus diz que somos mais que vencedores.

DEIXA O ESPÍRITO SANTO TE FAZER NASCER DE NOVO, NASCER DA ÁGUA E DO ESPÍRITO SANTO. EU GARANTO QUE HÁ UMA PORCENTAGEM GRANDE DE CRISTÃOS QUE AINDA NÃO SENTIRAM O PODER DE DEUS, POIS ENCARAM SUA FÉ COMO UMA MERA RELIGIÃO, MAS NÃO É.

SOU TESTEMUNHA DE MILAGRES DE DEUS.
SOU TESTEMUNHA DE VISÕES LINDAS.
SOU TESTEMUNHA DO PODER DO ESPÍRITO SANTO.
SOU TESTEMUNHA DO AMOR DE DEUS.

VOCÊ É UM MILAGRE!

DEIXA JESUS APAGAR QUALQUER PASSADO TRISTE DO TEU CORAÇÃO. JESUS PODE MUDAR SUA VIDA. DE UMA VIDA VAZIA E SEM SENTIDO PARA UMA VIDA CHEIA DE VIDA E ESPERANÇA, QUE MESMO EM MEIO AO SOFRIMENTO, HÁ VISÃO NO PORVIR DE VITÓRIA.

DEIXA JESUS ENXUGAR AS SUAS LÁGRIMAS, AS QUE NÃO FOREM ENXUGADAS AQUI SERÃO NA GLÓRIA DO PAI, POIS O SENHOR GARANTE QUE VAI ENXUGAR TODA LÁGRIMA. POR ISSO NÃO RESISTA E PODE CHORAR NA PRESENÇA DE DEUS.
ORE A DEUS E PEÇA O QUE QUERES, MAS PEÇA BEM E ELE TE DARÁ.

APRENDENDO COM ELI

ELI E SEUS FILHOS

Eli era sacerdote e juiz em Israel. Ocupava as posições mais elevadas e de maior responsabilidade que havia entre o povo de Deus. 

 Como homem divinamente escolhido para os sagrados deveres do sacerdócio, e posto no país como a autoridade judiciária mais elevada, era ele olhado como um exemplo, e exercia grande influência sobre as tribos de Israel. Mas, embora tivesse sido designado para governar o povo, não governava a sua própria casa. 

Eli era um pai transigente. Amando a paz e a comodidade, não exercia a sua autoridade para corrigir os maus hábitos e paixões de seus filhos. Em vez de contender com eles ou castigá-los, submetia-se à sua vontade e os deixava seguir seu próprio caminho.

 Em vez de considerar a educação de seus filhos como uma das mais importantes de suas responsabilidades, tratou desta questão como se fosse de pequena relevância. O sacerdote e juiz de Israel não foi deixado em trevas quanto ao dever de restringir e governar os filhos que Deus dera aos seus cuidados. 

Mas Eli recuou deste dever, porque o mesmo implicava contrariar a vontade de seus filhos, e tornaria necessário puni-los e repudiá-los.

 Sem pesar as terríveis conseqüências que se seguiriam à sua conduta, condescendeu com seus filhos no que quer que desejassem, e negligenciou a obra de os habilitar para o serviço de Deus e para os deveres da vida.

De Abraão disse Deus: "Eu o tenho conhecido, que ele há de ordenar a seus filhos e a sua casa depois dele, para que guardem o caminho do Senhor, para obrarem com justiça e juízo." Gên. 18:19. Eli, porém, permitiu que seus filhos o governassem. 

O pai se tornou sujeito aos seus filhos. A maldição da transgressão foi visível nas corrupções e males que assinalaram a conduta de seus filhos. Estes não tinham a devida apreciação do caráter de Deus nem da santidade de Sua lei. Para eles o Seu serviço era uma coisa comum. Desde a infância se haviam acostumado ao santuário e aos seus serviços; mas em vez de se tornarem mais reverentes perderam toda a intuição da santidade e significação do mesmo. 

O pai não lhes corrigira a falta de reverência para com a sua autoridade; não impedira ao desrespeito deles pelos serviços solenes do santuário; e, quando chegaram à maioridade, estavam cheios dos frutos mortíferos do ceticismo e da rebelião.

Se bem que totalmente incapazes para o ofício, foram postos como sacerdotes no santuário para ministrarem perante Deus. 

O Senhor dera as instruções mais específicas com relação à oferta de sacrifícios; mas estes homens ímpios levaram ao serviço de Deus o seu desrespeito à autoridade, e não deram atenção à lei das ofertas, que deveriam ser feitas da maneira mais solene. 

Os sacrifícios, que apontavam à morte de Cristo, no futuro, estavam destinados a conservar no coração do povo a fé no Redentor vindouro; daí o ser da máxima importância que as determinações do Senhor com relação aos mesmos fossem estritamente atendidas. As ofertas pacíficas eram especialmente uma expressão de ações de graças a Deus. 

Nestas ofertas apenas a gordura devia ser queimada no altar; certa porção especificada era reservada aos sacerdotes, mas a maior parte era devolvida ao ofertante, para ser por ele e seus amigos comida em uma festa sacrifical. Assim todos os corações deveriam ser com gratidão e fé encaminhados ao grande Sacrifício que deveria tirar o pecado do mundo.

Os filhos de Eli, em vez de se compenetrarem da solenidade deste serviço simbólico, apenas pensavam como poderiam dele fazer o meio para a satisfação própria. 

Não contentes com a parte que lhes tocava das ofertas pacíficas, exigiam uma porção adicional; e o grande número desses sacrifícios apresentados nas festas anuais dava aos sacerdotes oportunidade de se enriquecerem, à custa do povo. 

Não somente reclamavam mais daquilo a que tinham direito, mas recusavam-se mesmo a esperar até que a gordura estivesse queimada como oferta a Deus. Persistiam em reclamar qualquer porção que lhes agradasse, e, sendo-lhes negada, ameaçavam tomá-la pela violência.

A irreverência por parte dos sacerdotes logo despojou o serviço de sua significação santa e solene, e o povo "desprezava a oferta do Senhor". I Sam. 2:12-36. O grande sacrifício antitípico para o qual deveriam olhar em antecipação, não mais era reconhecido. "Era pois muito grande o pecado destes mancebos perante o Senhor."

Esses sacerdotes infiéis também transgrediam a lei de Deus e desonravam o ofício sagrado pelas suas práticas vis e degradantes; todavia, continuavam a poluir com sua presença o tabernáculo de Deus. Muitos dentre o povo, cheios de indignação ante o corrupto procedimento de Hofni e Finéias, deixaram de subir ao lugar designado para o culto.

 Assim o serviço que Deus ordenara era desprezado e negligenciado porque se achava ligado com os pecados de homens ímpios, ao mesmo tempo em que aqueles cujo coração era inclinado ao mal se tornavam audazes no pecado. A impiedade, a dissolução, e mesmo a idolatria, prevaleciam em terrível extensão.

Eli tinha errado grandemente em permitir que seus filhos ministrassem no ofício santo. Desculpando a sua conduta, sob um pretexto ou outro, tornou-se cego aos seus pecados; mas chegaram afinal a um ponto em que não mais ele podia cerrar os olhos aos crimes dos filhos. 

O povo se queixava das suas ações violentas, e o sumo sacerdote ficou pesaroso e angustiado. Não ousou permanecer em silêncio por mais tempo. Mas seus filhos haviam crescido sem a idéia de consideração para com qualquer pessoa a não ser para consigo mesmos; e agora não se preocupavam com quem quer que fosse. Viam a mágoa do pai, mas seus duros corações não se comoviam. 

Ouviam-lhe as brandas admoestações, mas não se impressionavam, tampouco modificavam sua má conduta, embora advertidos das conseqüências de seu pecado. 

Se Eli houvesse tratado com justiça seus ímpios filhos, teriam sido rejeitados do ofício sacerdotal, e punidos de morte. Temendo assim trazer a ignomínia e a condenação pública a seus filhos, manteve-os nos mais sagrados cargos de confiança. Permitiu também que misturassem sua corrupção com o santo serviço de Deus, e infligissem à causa da verdade um dano que os anos não poderiam apagar. 

 Quando, porém, o juiz de Israel negligenciou sua obra, Deus tomou a questão em Suas mãos.

"Veio um homem de Deus a Eli, e disse-lhe: Assim diz o Senhor: Não Me manifestei, na verdade, à casa de teu pai, estando eles ainda no Egito, na casa de Faraó? E Eu o escolhi dentre todas as tribos de Israel para sacerdote, para oferecer sobre o Meu altar, para acender o incenso, e para trazer o éfode perante Mim; e dei à casa de teu pai todas as ofertas queimadas dos filhos de Israel. Por que dais coices contra o sacrifício e contra a Minha oferta de manjares, que ordenei na Minha morada, e honras a teus filhos mais do que a Mim, para vos engordardes do principal de todas as ofertas do Meu povo de Israel? Portanto, diz o Senhor Deus de Israel: Na verdade tinha dito Eu que a tua casa e a casa de teu pai andariam diante de Mim perpetuamente; porém agora diz o Senhor: Longe de Mim tal coisa, porque aos que Me honram honrarei, porém os que Me desprezam serão envilecidos. … E Eu suscitarei para Mim um sacerdote fiel que obrará segundo o Meu coração e a Minha alma, e Eu lhe edificarei uma casa firme, e andará sempre diante do Meu ungido." I Sam. 2:27-30 e 35.

Deus acusou Eli de honrar seus filhos mais do que ao Senhor. Eli permitira que a oferta designada por Deus como uma bênção a Israel se tornasse coisa desprezível, e isto em vez de levar seus filhos a envergonhar-se por suas práticas ímpias e abomináveis. 

Aqueles que seguem suas próprias inclinações, com uma afeição cega para com seus filhos, condescendendo com eles na satisfação de seus desejos egoístas, e não fazem uso da autoridade de Deus para repreender o pecado e corrigir o mal, tornam manifesto que estão honrado seus ímpios filhos mais do que a Deus. Estão mais ansiosos por defender a reputação deles do que glorificar a Deus; mais desejosos de agradar a seus filhos do que comprazer ao Senhor e guardar o Seu serviço de toda a aparência do mal.

Deus responsabilizou Eli, como sacerdote e juiz de Israel, pela condição moral e religiosa de Seu povo, e, em sentido especial, pelo caráter de seus filhos. Ele devia a princípio ter tentado restringir o mal por meio de medidas brandas; mas, se estas não dessem resultado, devê-lo-ia ter subjugado pelos meios mais severos. Incorreu no desagrado do Senhor por não reprovar o pecado e executar a justiça no pecador. 

Não se pôde contar com ele para que Israel fosse conservado puro. Aqueles que têm muito pouca coragem para reprovar o mal, ou que pela indolência ou falta de interesse não fazem um esforço ardoroso para purificar a família ou a igreja de Deus, são responsáveis pelos males que possam resultar de sua negligência ao dever.

 Somos precisamente tão responsáveis pelos males que poderíamos ter impedido nos outros pelo exercício da autoridade paterna ou pastoral, como se esses atos tivessem sido nossos.

Eli não dirigiu sua casa segundo as regras de Deus para o governo da família. Seguiu seu próprio juízo. 

O extremoso pai deixou de tomar em consideração as faltas e pecados dos filhos, em sua meninice, comprazendo-se com o pensamento de que após algum tempo eles perderiam suas más tendências. 

 Muitos estão hoje a cometer erro semelhante. Julgam que conhecem um meio melhor para educar os filhos do que aquele que Deus deu em Sua Palavra. Alimentam neles más tendências, insistindo nesta desculpa: "São muito novos para serem castigados. 

Esperemos que fiquem mais velhos, e possamos entender-nos com eles." Assim os maus hábitos são deixados a se fortalecerem até que se tornam uma segunda natureza. Os filhos crescem sem sujeição, com traços de caráter que são para eles uma maldição por toda a vida, e que podem reproduzir-se em outros.

Não há maior desgraça para os lares do que permitir que os jovens sigam o seu próprio caminho. Quando os pais tomam em consideração todo desejo dos filhos, e com estes condescendem no que sabem não ser para o seu bem, os filhos logo perdem todo o respeito para com os pais, toda a consideração pela autoridade de Deus e do homem e são levados cativos à vontade de Satanás. A influência de uma família mal dirigida é dilatada, e desastrosa a toda a sociedade. Acumula uma onda de males que afeta famílias, comunidades e governos.

Por causa da posição de Eli, sua influência era mais vasta do que se ele fora homem comum. Sua vida familiar era imitada em todo o Israel. 

Os funestos resultados de seu proceder negligente e amante da comodidade, eram vistos em milhares de lares que se modelaram pelo seu exemplo. Se se condescende com os filhos em práticas ruins, ao mesmo tempo em que os pais fazem profissão de religião, a verdade de Deus é levada ao opróbrio. 

A melhor prova de cristianismo de uma casa é o tipo de caráter gerado pela sua influência. As ações falam mais alto do que a mais positiva profissão de piedade. Se os que professam a religião, em vez de aplicarem esforços ardorosos, persistentes e diligentes para manter um lar bem dirigido em testemunho dos benefícios da fé em Deus, forem frouxos em seu governo, e condescendentes com os maus desejos de seus filhos, estarão a fazer como Eli, e trarão injúria à causa de Cristo e ruína sobre si e suas casas.

 Mas, por maiores que sejam os males da infidelidade paterna sob qualquer circunstância, são eles dez vezes maiores quando existentes nas famílias daqueles que são designados para ensinadores do povo. Quando estes deixam de governar sua casa, estão, pelo seu mau exemplo, transviando a muitos. Sua culpa é tanto maior do que a dos outros quanto sua posição é de maior responsabilidade.

Fora feita a promessa de que a casa de Arão andaria diante de Deus para sempre; mas esta promessa fora dada sob a condição de que se dedicassem eles à obra do santuário com singeleza de coração, e honrassem a Deus em todos os seus caminhos, não servindo ao eu, nem seguindo suas próprias inclinações perversas. Eli e seus filhos tinham sido provados, e o Senhor os encontrara inteiramente indignos da exaltada posição de sacerdotes ao Seu serviço. E Deus declarou: "Longe de Mim." I Sam. 2:30. Ele não pôde cumprir o bem que tencionara fazer-lhes, porque deixaram de desempenhar a sua parte.

O exemplo dos que administram em coisas santas deve ser de maneira que incuta no povo a reverência para com Deus, e o receio de O ofender. Quando os homens, servindo de embaixadores "da parte de Cristo" (II Cor. 5:20) para falar ao povo acerca da mensagem de misericórdia e reconciliação, enviada por Deus, fazem uso de sua vocação sagrada qual manto para encobrir a satisfação egoísta ou sensual, constituem-se eles os agentes mais eficazes de Satanás. 

Como Hofni e Finéias, fazem com que os homens desdenhem a oferta do Senhor. Podem prosseguir com sua má conduta, em segredo, por algum tempo; mas, quando finalmente é apresentado seu verdadeiro caráter, a fé do povo recebe um abalo de que muitas vezes resulta a destruição de sua confiança na religião. Fica na mente uma desconfiança contra todos os que professam ensinar a Palavra de Deus. 

A mensagem do verdadeiro servo de Cristo é recebida com dúvida. Surge constantemente a pergunta: "Não se mostrará este homem ser como aquele que julgávamos tão santo, e achamos tão corrupto?" Assim a Palavra de Deus perde o seu poder sobre a alma dos homens.
Na reprovação de Eli a seus filhos acham-se palavras de uma significação solene e terrível – palavras que todos os que ministram em coisas sagradas bem fariam em ponderar: 

"Pecando homem contra homem, os juízes o julgarão; pecando, porém, o homem contra o Senhor, quem rogará por ele?" I Sam. 2:25. 

Houvessem seus crimes lesado unicamente seus semelhantes, e poderia o juiz ter feito a reconciliação, indicando uma pena, e exigindo a devida restituição; e assim os transgressores poderiam ter sido perdoados. 

Ou, se não tivessem eles sido culpados de um pecado de presunção, uma oferta para o pecado poderia ter sido apresentada por eles. Mas seus pecados estavam de tal maneira entretecidos com seu ministério de, na qualidade de sacerdotes do Altíssimo, oferecerem sacrifício pelo pecado, e a obra de Deus foi de tal maneira profanada e desonrada perante o povo, que nenhuma expiação por eles poderia ser aceita. Seu próprio pai, embora fosse sumo sacerdote, não ousou interceder em favor deles; não os podia defender da ira de um Deus santo. 

De todos os pecadores, são os mais culpados os que lançam o desdém aos meios que o Céu proveu para a redenção do homem – pecadores estes que "de novo crucificam o Filho de Deus, e O expõem ao vitupério". Hebreus 6:6.

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