sexta-feira, 22 de novembro de 2019

APRENDENDO COM JESUS


Jesus e a Mulher Samaritana
O encontro de Jesus com a mulher samaritana poderia ser descrito como "a vitória do evangelho sobre os preconceitos sócio-culturais". Os judeus e samaritanos não se entendiam desde os tempos de Oséias, o último rei de Israel.
I
Tudo começou quando Oséias conspirou contra Salmanasar, rei da Assíria. Samaria, a capital de Israel, foi sitiada pelas tropas assírias por três anos e, posteriormente, seus moradores foram transportados para a Assíria (2 Rs 17.3-6). Isto aconteceu em 722 a.C. Somente os pobres puderam ficar em Israel (cf. Jr 39.10). Logo, vieram também estrangeiros e se estabeleceram na região devastada.
Diz o relato bíblico: "O rei da Assíria trouxe gente de Babilônia, de Cuta, de Hamate e de Serfavaim, e a fez habitar nas cidades de Samaria, em lugar dos filhos de Israel; tomaram posse de Samaria e habitaram nas suas cidades" (2 Rs 17.24). Da mescla com a população que havia ficado, surgiu uma nova raça denominada de samaritanos (nome derivado de Samaria, a metrópole fundada por Onri, pai de Acabe, por volta de 880 a.C.).
No princípio, quando os estrangeiros passaram a habitar em Samaria, eles não temeram ao Senhor; pelo que o Senhor mandou leões invadirem suas terras, os quais mataram a alguns do povo. Com razão atribuíram esta praga à ira de Deus. Então, rogaram ao rei da Assíria que enviasse um sacerdote israelita para lhes ensinar "como servir o Deus da terra". E assim aconteceu que um judaísmo adulterado foi enxertado ao culto pagão.
Quando uma parte dos judeus voltou à terra de seus pais (principalmente, mas não exclusivamente, parte dos que haviam sido deportados para a Babilônia em 586 a.C.), construiu-se um altar para o holocausto e pos-se os fundamentos do templo, samaritanos zelosos e seus aliados interromperam as obras (Ed 3 e 4). Assim fizeram porque negaram a eles a permissão de cooperar na obra de reconstrução.
Sua petição foi: "Deixa-nos edificar convosco, porque, como vós, buscaremos a vosso Deus, como também já lhe sacrificamos desde os dias de Esar-Hadom, rei da Assíria, que nos fez subir para aqui". A resposta que receberam foi a seguinte: "Nada tendes conosco na edificação da casa do nosso Deus". Ao receberem esta dura resposta os samaritanos passaram a odiar os judeus. Logo começaram a construir seu próprio templo no monte Gerizim. Porém, João Hircano, um dos reis macabeus, destruiu este templo em 128 a.C. Os samaritanos, não obstante, continuaram adorando em cima da montanha, onde haviam erigido o templo sagrado.
A aversão dos judeus para com os samaritanos pode ser vista ainda em Jo 8.48 e no livro apócrifo de Eclesiástico 50.25,26.(1.) E a mesma atitude por parte dos samaritanos em Lc 9.51-53.
Dois fatores principais ocasionaram o encontro de Jesus com a samaritana. O primeiro foi a desconfiança por parte dos fariseus e a conseqüente "tempestade" que começava a se armar (Jo 4.1). Os fariseus viam surgir diante de seus olhos outro profeta como João Batista. É certo que a verdadeira preocupação dos fariseus não era com o batismo de um ou do outro, mas eram as multidões que Jesus arrastava que começava a incomodá-los. A fim de evitar um confronto antes do tempo, o Mestre decidiu deixar a Judéia e partir para a Galiléia (v3).
O segundo fator que ocasionou o encontro está no verso 4: "E era-lhe necessário atravessar a província de Samaria". Por que era necessário que Jesus passasse por Samaria? Seria por causa das chuvas que transbordavam o rio Jordão, dificultando o caminho costumeiramente seguido pelos judeus que queriam ir até a Galiléia, como sugerem alguns? Acredito que não. Será que o Mestre apenas queria cortar caminho por Samaria para chegar na Galiléia? Muito menos, visto que não era normal um judeu passar por Samaria, seja qual fosse a circunstância. MacArthur observa:
Os samaritanos representavam uma ofensa tão grande que eles nem queriam por os pés na Samaria. Embora a rota mais curta atravessasse essa província, os judeus nunca usavam esse caminho. Eles tinham a própria trilha, que ia ao norte da Judéia, a leste do Jordão, entrando na Galiléia. Jesus bem poderia ter seguido por essa rota, muito usada, que unia a Judéia à Galiléia.(2.)
A questão era: Jesus necessitava ir por aquele caminho e chegar numa cidade samaritana de nome Sicar porque "precisava atender a um compromisso divino junto ao poço de Jacó".(3.)
Não há unanimidade entre os estudiosos quanto ao horário da chegada de nosso Senhor ao poço (v6). João estaria usando o horário judaico (meio dia) ou o horário romano (seis da tarde)? Este detalhe não é tão importante. Basta saber que Jesus chegou na hora certa. Nem antes; nem depois. "Ele estava no local e no tempo indicados por Deus, determinado a fazer a vontade do Pai. Ele estava lá para buscar e salvar uma única, triste e desventurada mulher".(4.)
II
"Nisto veio uma mulher samaritana tirar água. Disse-lhe Jesus: Dá-me de beber" (Jo 4.7).
"Então lhe disse a mulher samaritana: Como, sendo tu judeu, pedes de beber a mim que sou mulher samaritana..." (Jo 4.9).
Com uma simples petição (dá-me de beber), o nosso Senhor declara que a separação entre os povos em geral, e judeus e samaritanos em particular, estava, de certa forma, com os dias contados. A parede divisória desaparece onde o evangelho se faz presente (cf. Gl 3.28; Ef 2.14).
No simples fato de viajar por Samaria e pedir água à uma samaritana, Jesus estava derrubando barreiras centenárias de preconceito racial. "A misericórdia de nosso Senhor transpôs as barreiras do ódio nacionalista, como se vê não somente aqui, João 4, mas também em Lc 9.54,55; 17.11-19; e na parábola do Bom Samaritano (Lc 10.25-37)".(5.) É interessante observarmos que o encontro de Jesus com a mulher samaritana foi precedido pela ida dos discípulos à cidade de Sicar para comprar alimentos (v8). Mandar os discípulos comprar alimentos foi um santo pretexto do Mestre. Nem tanto para ficar simplesmente sozinho e conversar sossegado com a mulher. Muito menos porque precisasse de comida naquela hora (veja vv31-34). É que as barreiras deveriam ser destruídas em seus discípulos também (cf. Lc 9.51-56).
Embora estivesse verdadeiramente cansado e necessitasse de água (vv6,7), Aquele que pedia tinha muito mais a oferecer. Pedir água àquela mulher fazia parte de uma estratégia evangelística, se é que podemos dizer assim. "À medida que o Grande Evangelista procura ganhá-la, Ele orienta sabiamente a conversa, levando-a de um simples comentário sobre beber água à revelação de que Ele era o Messias".(6.) Aquele que pedia água fria estava oferecendo água viva, a saber, a Si mesmo.
Conhecendo a tradição discriminatória, a mulher ficou perplexa com o pedido de Jesus. Nos tempos do Novo Testamento havia uma desigualdade muito grande entre homem e mulher. Nos tempos bíblicos (e em muitos países orientais de hoje) os homens não conversavam com mulheres em público, mesmo sendo suas esposas. Se entre um judeu e um samaritano existiam preconceitos profundos, imagine-se entre um judeu e uma samaritana, e uma samaritana de vida imoral! Independente do modo em que vivia uma samaritana, os judeus sempre consideravam-nas em estado de perpétua contaminação. Um judeu preferia morrer de sede a tomar água da mão de um samaritano, muito menos de uma mulher samaritana, sobretudo pecadora. Haja vista a surpresa dos discípulos ao virem Jesus falando com a mulher (v27).
A mulher estava surpresa com o fato de Jesus se dirigir a ela, pedindo água de seu cântaro "impuro". Mas a impureza não estava no cântaro, e sim, na vida dela. E era aquela vida que o Senhor Jesus queria purificar.
É provável que na mente da samaritana, moldada por uma sociedade culturalmente preconceituosa, passasse também o seguinte pensamento: "Tu és judeu, estás necessitado de água e não podes valer-te. Eu sou mulher samaritana, sou auto-suficiente e, portanto, posso ajudar-te". Jesus, pois, mostrou que a realidade era completamente outra. A mulher é quem precisava de água de verdade e Ele era a única fonte que podia sacia-la (v10).
Ainda que a mulher samaritana não entendesse à princípio que a verdadeira água viva estava fora e não no fundo do poço, os progressos começavam a aparecer. Ela já não vê Jesus como um simples forasteiro judeu afoito. Agora ela O chama de "senhor" (v11) e não mais "tu" (v9). Os preconceitos sócio-culturais que impregnavam tanto judeus como samaritanos começam a arrefecer da parte dela.
Convém ressaltar, ainda, que a mulher samaritana não era desprezada apenas pelos judeus, mas também pelo seu próprio povo, em razão da vida libertina que levava. A vida dela era um emaranhado de adultérios e divórcios. "Na sociedade de então, isso fazia dela uma pessoa rejeitada e proscrita, com um status social igual ao de uma prostituta comum".(7.)
Perto de Sicar haviam muitos poços nos quais ela poderia buscar água. "As mulheres costumavam cumprir esta tarefa num horário mais fresco e em grupo, pois era mais seguro e mais cômodo".(8.) Entretanto, a condição de vida que levava a obrigava fazer longas caminhadas, sozinha, até o poço de Jacó. Além disso, buscava sua água no horário em que provavelmente não encontraria as suas conhecidas.
O Rev. Miguel Rizzo Jr., ilustre pastor presbiteriano falecido, escreveu um excelente opúsculo entitulado O Cântaro Abandonado, no qual relata o preconceito social sofrido pela mulher samaritana com o seguinte quadro:
"Vivia segregada da sociedade. Possivelmente, no convívio que outrora tivera com suas amigas, percebeu que elas a repeliam. Quantas vezes teria ouvido comentários cortantes de sua conduta!
-Já é o segundo marido, diriam algumas.
Tempos depois seria mais acre o comentário:
-Já é o terceiro marido.
Mas a situação ia piorar ainda:
-Já é o quarto marido.
Quantas ironias acompanhariam, na maledicência social, esses comentários mordazes! E iam-se tornando mais ferinos:
-Já é o quinto marido.
Na época em que se deram os fatos que comentamos, a crítica provavelmente seria já mais enxovalhante:
-Agora é o sexto marido".
(9.)
A imoralidade é uma prática inaceitável. Mas não se pode confundir o pecador com o pecado. A vida leviana daquela mulher era reprovável, porém, havia nela uma alma necessitada de compaixão. Estava socialmente marginalizada e moralmente esfarrapada. E foi assim que Jesus a encontrou e a salvou.
III
"Senhor, disse-lhe a mulher: Vejo que tu és profeta. Nossos pais adoravam neste monte; vós, entretanto, dizeis que em Jerusalém é o lugar onde se deve adorar" (vv 19,20).
Constrangida com a revelação de sua vida de pecado, e aproveitando a capacidade profética de seu interlocutor, a mulher tentou mudar de assunto. Digo "tentou" porque na verdade era Jesus quem conduzia o diálogo. A mulher estava estrategicamente cercada do princípio ao fim da conversa. E a evangelização acabaria na hora exata, com os assuntos devidamente tratados. Não é curioso que os discípulos chegassem exatamente no fim da conversa?
O último obstáculo a ser vencido seria o preconceito religioso. Deste preconceito entre judeus e samaritanos originavam-se todos os preconceitos sócio-culturais. Como observou corretamente A. Gelston: "O ponto principal da discórdia era o templo do monte Gerizim".(10.) Os judeus insistiam que Jerusalém era o único lugar de adoração. A tradição samaritana, por sua vez, dizia que uma longa cadeia de figuras bíblicas, desde Adão até José, conheciam o monte Gerizim como lugar sagrado. Implicitamente, a samaritana estava perguntando: "Quem está certo?".
A conversa de Jesus com a mulher samaritana passa a girar em torno da verdadeira adoração. "É bastante significante a importância dada ao lugar de culto por uma alma cujos pecados são expostos".(11.)
No decorrer do diálogo muitos sub-temas são abordados, tais como: o lugar da adoração, o tempo da adoração, a busca dos adoradores, o verdadeiro adorador, a quem se deve adorar, o modo correto de se adorar, etc. Não temos espaço para tratar separadamente cada um desses sub-temas. Basta dizer, por enquanto, que Deus só pode ser verdadeiramente adorado, desde que seja verdadeiramente conhecido. Como diz muito bem o Dr. Héber Carlos de Campos em seu comentário de João 4.20-24: "O pressuposto inequívoco para verdadeira adoração é o conhecimento do verdadeiro Deus".(12.)
Nosso Senhor ensinou à samaritana que quem conhece Deus de fato, só pode adorá-lO em espírito e em verdade. Estudiosos da Bíblia têm dado diversas interpretações para a expressão "em espírito e em verdade" de João 4.23,24.(13.) Parece razoável entendermos que ao estabelecer o modo correto de adorar a Deus, isto é, em espírito e em verdade, Jesus estava criticando o culto judaico e o culto samaritano.
Os samaritanos acreditavam que adoravam o mesmo Deus dos judeus, mas não aceitavam as mesmas Escrituras dos judeus, a não ser os cinco primeiros livros, o Pentateuco de Moisés. Como não aceitavam os demais livros da revelação divina (por acharem que eram invenções dos judeus), o culto dos samaritanos era defeituoso. Por isso Jesus disse à mulher: "Vós adorais o que não conheceis, nós adoramos o que conhecemos, porque a salvação vem dos judeus" (v22).
Os samaritanos adoravam "em espírito", isto é, adoravam aquele que eles não conheciam "com alegria e verdadeiro entusiasmo". Mas e daí? Não adoravam "em verdade" porque rejeitavam 34 livros do Velho Testamento, a Bíblia de então. A revelação de Deus nas Escrituras é progressiva; portanto, é impossível conhecê-lO verdadeiramente ficando apenas com os cinco primeiros livros da Bíblia.
Por outro lado, os judeus aceitavam toda Escritura. Por isso conheciam Deus e tinham tudo para adorá-lO corretamente. "Tinham tudo", mas não o faziam. Os judeus se limitavam à formalidade de um culto onde o espírito não estava presente. Faltavam emoção, vida e alegria no culto judaico.
Contudo, uma nova era estava surgindo para a adoração. Logo, logo tanto judeus como samaritanos compreenderiam que para adorar a Deus o que menos importava era o espaço físico. O que conta "não é onde se deve adorar, mas a atitude do coração e da mente, e a obediência à verdade de Deus quanto ao objeto e o método de adoração. Não é o onde, mas o como e o quê o que realmente importa".(14.) Deus quer homens e mulheres que O adorem com o espírito dos samaritanos e a verdade dos judeus.(15.)
O resultado do encontro de Jesus com a mulher samaritana não poderia ser menos que excelente. A pecadora tornou-se missionária! Extremamente feliz, deixou seu cântaro e correu para anunciar na cidade sua grande descoberta: o Messias chegou! A mulher despertou o interesse dos seus concidadãos de tal modo que conseguiu levá-los a Jesus (vv29,30). Houve uma grande colheita: Muitos samaritanos creram em Cristo Jesus (vv39-42).
IV
São grandes as lições que aprendemos do encontro de Jesus com a mulher samaritana. A começar pelo resultado da conversa, vemos uma mulher outrora desprezada por todos, sendo usada poderosamente por Cristo para influenciar os moradores de sua cidade. Quão glorioso é Cristo: "Ele ergue do pó o desvalido, e do monturo, o necessitado" (Sl 113.7).
Como esta mulher, existem tantas outras em nossas cidades. Assim como elas, tantos outros se encontram à margem da sociedade, roubados de seus direitos e dignidade. E nós, evangélicos, lamentavelmente somos culpados por boa parte da marginalização do indivíduo pela sociedade, pois fazemos pouco ou nada em mostrar para a sociedade que o homem e a mulher, a criança e o idoso, o deficiente, os proscritos em geral , etc., são valorizados por Cristo e como humanos que são devemos valorizá-los também. Falhamos em não ver (ou fingimos que não vemos) a pessoa por trás de seus pecados.
Outra lição importante que aprendemos de João 4 são os princípios básicos para uma boa evangelização. Notamos que Jesus conduzia a conversa, utilizando-Se, primeiramente, de Sua sede física para chegar à sede espiritual daquela mulher. Com habilidade o Senhor invalida as tentativas da samaritana de controlar o diálogo, mudar de assunto e perguntar coisas sem importância. Não precisamos conhecer a vida de uma pessoa como Cristo conhece para sermos eficicientes na evangelização. Nossa suficiência está em Cristo e o Espírito Santo nos guiará com triunfo em nossa evangelização.
Mas as lições de evangelismo continuam. Na tentativa de fugir da confrontação, vemos na mulher samaritana o símbolo do pecador em seu estado natural. No "cerco" de Cristo temos o exemplo que devemos seguir na evangelização dos perdidos. Aprendamos com o Mestre a sermos mais sensíveis com os marginalizados e como abordá-los com eficiência.
Não é preciso pressa quando se evangeliza. Este é outro ponto que extraímos de João 4. O importante, como o nosso Senhor ensinou,é que haja progresso. O próprio Jesus revelou pouco a pouco quem Ele era. E em perfeita harmonia com esta revelação gradual, a confissão da mulher também avançou. Primeiro viu Jesus como um simples forasteiro judeu; depois um profeta, que revelou coisas de sua vida particular e, por último, o Messias.
A conversa sobre a verdadeira adoração é uma preciosidade do Novo Testamento. Contudo, ao mesmo tempo que é edificante torna-se preocupante também. Receio que muito do chamado culto cristão de hoje não passe de culto samaritano ou judaico. De um lado temos os entusiastas, mas vazios de conteúdo, de doutrina. Do outro lado temos os experts na Bíblia e na doutrina, mas totalmente frios e sem entuisiasmo e alegria no Senhor. Que Deus nos ajude a oferecermos a Ele a adoração que Lhe é devida.
(1.) O historiador judeu Flávio Josefo disse que, por volta do ano 19 d.C., um grupo de samaritanos entrou no templo de Jerusalém e espalhou ossos humanos sobre o altar, profanando o santuário e acirrando contra si o ódio judaico. Este ato causou revolta e indignação por parte de todos os judeus das sinagogas de Israel, que passaram a encerrar suas orações diárias lançando uma maldição sobre os samaritanos. Cf. A Missão da Igreja, (Missão Editora, Belo Horizonte,1994), pp. 65,6.
(2.) John F. MacArthur, O Evangelho Segundo Jesus, (Editora Fiel, São Paulo, 1991), p. 57.
(3.) MacArthur, op.cit., p. 57.
(4.) Idem, p. 58
(5.) G. Hendriksen, El Evangelio Según San Juan, (SLC, Grand Rapids, 1987), pp. 172,3.
(6.) MacArthur, op. Cit., p. 56.
(7.) MacArthur, op. cit., p. 55.
(8.) Rosane Maria, Senhor dá-me de beber em No Princípio era o Verbo, (Encontrão Editora, Curitiba, 1994), p. 243.
(9.) M. Rizzo, Jr., O Cântaro Abandonado, (UBB, São Paulo, 1982), p. 34.
(10.) A. Gelston, Samaritanos em O Novo Dicionário da Bíblia, ( Edições Vida Nova, São Paulo, Vol. II, 1986), p. 1472.
(11.) A. J. Macleod, O Evangelho Segundo São João em O Novo Comentário da Bíblia, (Edições Vida Nova, São Paulo, Vol. II, 1987), p. 1071.
(12.) H. C. Campos, O Pressuposto Básico da Verdadeira Adoração, artigo não publicado, p. 33.
(13.) Consulte comentários bíblicos de João 4.23,24.
(14.) G. Hendriksen, op. cit., pp. 178,9.
(15.) É importante observar, porém, que os judeus aceitavam todo o VT, tendo a oportunidade de conhecer tudo o que de Deus se podia conhecer "naquela época". Entretanto, hoje já não é possível dizer que os judeus conhecem verdadeiramente a Deus porque rejeitam a revelação de Deus em Cristo Jesus, conforme nos é ensinado no Novo Testamento.



terça-feira, 19 de novembro de 2019

APRENDENDO COM JEZABEL (PARTE 2)


Combatendo o Espírito de Jezabel


 Um BREVE ensino sobre batalha espiritual.

Leia em Zacarias 5.5:11 

Há mais de 2500 anos, o profeta Zacarias descreveu um espírito de orgulho que se esconderia por trás de um engano futuro. Creio que ele teve uma revelação do espírito de Jezabel em algumas de suas facetas (perversidade e impiedade) atuando em nossos dias. 

Zacarias viu um cesto de um efa (uma medida de secos dos judeus, correspondente a aproximadamente 30 litros), com uma tampa de chumbo sobre ele. Quando a tampa foi retirada, Zacarias viu uma mulher sentada dentro dele. Quando ela tentou escapar, o anjo forçou-a para dentro do cesto e pôs de volta a tampa. 

Então, duas mulheres com asas de cegonha (animal impuro – Dt. 14.18) levaram o cesto para a terra de Sinear, ou Babilônia, onde a mulher foi colocada num pedestal.?
O vinho novo que Deus está derramando em sua Igreja, em todas as nações da terra, exige de todos nós que sejamos odres novos para recebê-lo. 

Neste tempo cada um de nós precisa se render ao Espírito Santo para que nos revele tudo o que precisamos deixar para sermos odres aprovados para receber o novo de Deus.
Em vista disso, Satanás e seus agentes tentam influenciar e até mesmo se infiltrar entre nós desejando sabotar a Igreja. É nesse contexto que acontece um dos mais altos níveis de guerra espiritual que já experimentei: a atuação do espírito de Jezabel; um demônio que se infiltra na Igreja como um vírus em um computador e, uma vez ali, começa a tentar destruir a igreja local de dentro para fora. 

Trata-se de um processo de “implosão espiritual”. Sua atuação hoje é intensa.
Como personagem histórico, Jezabel foi uma princesa fenícia casada com o rei Acabe de Israel. 

Era filha do rei dos Sidônios Etbaal, e o seu casamento com Acabe foi uma aliança que tinha como objetivo fortalecer as relações entre Israel e a Fenícia. 

A sua história vai de 1º Rs. 16.31 até 2º Rs.9.37. Jezabel continuou a adorar os deuses fenícios e combateu o Deus de Israel, perseguindo os seus seguidores. Com o dinheiro público sustentou 450 profetas de Baal e 400 profetas de Asera (deusa fenícia da fertilidade). 

Planejava construir um templo dedicado a Baal no palácio real. Acabe foi seduzido pelo culto destes deuses, abandonando o Senhor Yahwéh. 

Os sacerdotes e profetas israelitas foram eliminados ou se exilaram no deserto devido à perseguição. 

A resistência foi liderada pelo profeta Elias. No Monte Carmelo, Elias derrotou todos os profetas de Baal, que morreram, mostrando como o Deus de Israel é Único. Quando Jezabel soube disto ficou furiosa, pretendendo mandar matar Elias, que teve fugir para Judá. Determinada e
independente, Jezabel não olhava a meios para conquistar os seus fins. Acabe desejava a vinha de Nabot, ao lado do palácio de Jezrael, mas este recusou-se a vendê-la. Sabendo-se disto, Jezabel envolveu-se na questão, enviando cartas em nome de Acabe aos chefes de Jezrael. 

O conteúdo das cartas ordenava a detenção de Nabot por blasfémia contra Deus e contra o rei e a execução deste por apedrejamento sob denúncia de duas falsas testemunhas. Segundo a lei da época, a propriedade de alguém que tivesse cometido estas ações passaria para o rei. Nabot foi executado e Jezabel presenteou Acabe com a vinha. 

Quando Elias soube desta ação profetizou que "os cães devorariam Jezabel e seus parentes no campo de Jezrael, e seus restos mortais seriam espalhados como esterco. Assim ninguém poderá dizer que esta era Jezabel". 

Um comandante chamado Jeú liderou uma revolta contra a família real, na qual matou o filho de Jezabel, Jorão. Quando Jezabel soube da revolta pintou os olhos e adornou a cabeça, desafiando Jeú da janela do palácio. Este ordenou aos eunucos da rainha que a atirassem da janela (defenestração): Jezabel morreu, tendo o seu sangue atingido as paredes e os cavalos. Uns cães que por ali passavam devoraram o corpo da rainha, exatamente como Elias profetizou. 

Depois de ter feito uma refeição no palácio, Jeú ordenou que a Jezabel fosse sepultada, dado que se tratava da filha de um rei. De acordo com 2º Reis, os servos do palácio apenas encontraram o seu crânio, os pés e as mãos.
No Novo Testamento, Jezabel aparece mais uma vez, como uma mulher de destaque que estava no meio da igreja de Tiatira e que mediante um falso profético contrariava a fidelidade ao Senhor, manipulava as pessoas da igreja mediante imoralidade e paganismo e estava fazendo “discípulos” em meio a esta comunidade (Ap. 2.20:25). 

Isso aponta para o fato que todo aquele que está no meio da Igreja, mas segue doutrinas distorcidas e pecaminosas tem por mãe o espírito de Jezabel.

Jezabel, muito mais do que um personagem histórico do Antigo Testamento, ou uma pessoa membra da igreja de Tiatira no Novo Testamento, ou ainda, uma simbologia profética, é um espírito terrível que tem uma grande área de operação contra o Reino de Deus. Dentre as áreas em que ele atua, podemos identificar as seguintes:

1º - Busca destruir os profetas do Senhor (1º Rs. 18.4,13 – “... pois sucedeu que, destruindo Jezabel os profetas do Senhor, Obadias tomou cem profetas e os escondeu, cinqüenta numa cova e cinqüenta noutra, e os sustentou com pão e água);... Porventura não disseram a meu senhor o que fiz, quando Jezabel matava os profetas do Senhor, como escondi cem dos profetas do Senhor, cinqüenta numa cova e cinqüenta noutra, e os sustentei com pão e água.”)

- Deus age na terra através de pessoas que Ele mesmo levanta, para cumprir os Seus propósitos. Assim como no passado, Deus levantou Moisés, Elias e vários outros, Ele continua levantando instrumentos Seus, para denunciar satanás e seu reino, levando o Evangelho de luz aos perdidos. 

Mas este espírito busca destruir os escolhidos do Senhor das seguintes maneiras:

- Cooptação - tenta envolver os pastores e líderes nos esquemas pecaminosos, que governam as localidades. Esta cooptação pode dar-se através da Maçonaria, e de vários outros esquemas político-administrativos. Também pode dar-se dá através de pastores e líderes que pactuam com as iniquidades (pecados comuns), do povo da localidade onde Deus os coloca (alianças profanas). 

Cooptação é um dos métodos prediletos de satanás, pois o pastor ou líder, aparentemente está desempenhando o seu ministério, mas na prática não tem utilidade nenhuma para o Reino de Deus, pois teve sua influência neutralizada. Assim, não oferece nenhum perigo para satanás e seus agentes.

- Destruição moral - este espírito se ocupa de divulgar mentiras sobre os homens de Deus a fim de difamá-los publicamente levando-os ao descrédito entre os salvos, e entre a população em geral.

- Destruição física - o espírito de Jezabel comanda espíritos de enfermidade e até de morte, através dos quais busca destruir fisicamente aqueles que Deus tem levantado para usar como instrumentos Seus.

2º - Sustenta os agentes de satanás (1º Rs. 18.19 – “Agora pois manda reunir-se a mim todo o Israel no monte Carmelo, como também os quatrocentos e cinquenta profetas de Baal, e os quatrocentos profetas de Asera, que comem da mesa de Jezabel.”) - além da hierarquia espiritual em seu reino, satanás atua na terra com a participação de seres humanos. Ele tem agentes humanos conscientes (que servem a seu reino sabendo o que estão fazendo), e agentes humanos inconscientes (servem a satanás enganado – muitos são crentes). 

O espírito de Jezabel é responsável por sustentar estes agentes do inimigo, através da manipulação do poder. Este sustento pode ser estrutural ou até mesmo financeiro.
3º - Se mantém informado sobre os ministérios dos profetas de Deus (1º Rs. 19.1 – “Ora, Acabe fez saber a Jezabel tudo quanto Elias havia feito, e como matara à espada todos os profetas.”) – a missão que o espírito de Jezabel tem dentro do reino das trevas o obriga a manter-se informado sobre o ministério daqueles que Deus levanta para o crescimento do seu Reino. 

São várias as estratégias usadas na obtenção destas informações. Pelo menos duas delas dizem respeito diretamente ao nosso dia-a-dia. 

As chamadas “fofocas”, e os agentes infiltrados. Como não é onipresente, ele se alimenta de informações que colhe das conversas inúteis e pecaminosas de alguns crentes. Outra forma comum é a infiltração de agentes seus (humanos ou demônios), nas congregações da Igreja de Jesus. A atuação do espírito de Jezabel é surpreendente e cruel em relação à Igreja de Deus. 

Isto explica porque Deus não aceita que toleremos este espírito entre nós (Ap. 2.20 – “Mas tenho contra ti que toleras a mulher Jezabel, que se diz profetisa; ela ensina e seduz os meus servos a se prostituírem e a comerem das coisas sacrificadas a ídolos;”). A atuação desse demônio ocorre no meio da Igreja de Jesus. Também é espírito terrível por sua audácia e atrevimento ao atuar contra a obra de Deus.

4º - Ameaça os profetas do Deus vivo (1º Rs. 19.2 – “Então Jezabel mandou um mensageiro a Elias, a dizer-lhe: Assim me façam os deuses, e outro tanto, se até amanhã a estas horas eu não fizer a tua vida como a de um deles.”) - a ameaça é uma das armas que este demônio usa para tentar intimidar os filhos de Deus. A ameaça pode vir de não crentes, membros de outras congregações e até de membros de nossa própria congregação.

 A ameaça acontece em vários níveis e conotações, mas tem como objetivo básico, desviar os líderes da vontade de Deus.

5º - Tenta amedrontar os profetas de Deus (1º Reis 19.3 – “Quando ele viu isto, levantou-se e, para escapar com vida, se foi. E chegando a Berseba, que pertence a Judá, deixou ali o seu moço.”) - o espírito de Jezabel comanda o espírito de medo, que é um demônio que age nas emoções, nos sentimentos das pessoas, influenciando-as para que sintam medo. O medo neste caso é um sentimento negativo, pois faz o homem de Deus perder a visão da realidade, de que ele já é vencedor em Cristo Jesus.

6º - Tenta deprimir os profetas de Deus (1º Rs. 19.4:5 – “Ele, porém, entrou pelo deserto caminho de um dia, e foi sentar-se debaixo de um zimbro; e pediu para si a morte, dizendo: Já basta, ó Senhor; toma agora a minha vida, pois não sou melhor do que meus pais. E deitando-se debaixo do zimbro, dormiu; e eis que um anjo o tocou, e lhe disse: Levanta-te e come.”) - a depressão pode ser entendida como uma tristeza profunda, acompanhada de desânimo total.

 A pessoa deprimida se sente emocionalmente sufocada, e chega a um a estado de desânimo tão grande, que perde qualquer perspectiva de vida, chegando a desejar a própria morte. Um líder assim perde a sua utilidade no Reino de Deus (a alegria do Senhor é a vossa força – Ne. 8.10). O espírito de Jezabel comanda espíritos que produzem depressão, com o objetivo de tirar a alegria do povo de Deus.
7º - Gera sentimentos de solidão, exclusivismo, desconfiança e lamentação (1º Rs. 19.10 – “Respondeu ele: Tenho sido muito zeloso pelo Senhor Deus dos exércitos; porque os filhos de Israel deixaram o teu pacto, derrubaram os teus altares, e mataram os teus profetas à espada; e eu, somente eu, fiquei, e buscam a minha vida para ma tirarem.”) - esses sentimentos são decorrentes da depressão, mas não é necessariamente a mesma coisa.

O êxito na guerra espiritual pressupõe a comunhão do povo de Deus. O espírito de Jezabel trabalha nas emoções dos salvos, tentando produzir sentimento de exclusivismo, solidão, desconfiança entre os irmãos e murmuração. O objetivo do inimigo é dividir o povo de Deus, para assim nos enfraquecer.

8º - Produz simbiose (1º Rs. 21.5:7 – “Mas, vindo a ele Jezabel, sua mulher, lhe disse: Por que está o teu espírito tão desgostoso que não queres comer? Ele lhe respondeu: Porque falei a Nabote, o jizreelita, e lhe disse: Dá-me a tua vinha por dinheiro; ou, se te apraz, te darei outra vinha em seu lugar. Ele, porém, disse: Não te darei a minha vinha. Ao que Jezabel, sua mulher, lhe disse: Governas tu agora no reino de Israel? Levanta-te, come, e alegre-se o teu coração; eu te darei a vinha de Nabote, o jizreelita.”) – “simbiose” é uma distorção de relacionamento em grupo, aonde os valores, interesses, e sentimentos do grupo vêm em primeiro lugar. 

A simbiose produz vários problemas, mas o principal deles é levar as pessoas a se relacionarem com as outras de seu grupo, antes de se relacionarem com Deus. A simbiose nos leva a quebrar o primeiro mandamento “Amarás o Senhor Seu Deus sobre todas as coisas” Sem este relacionamento íntimo e pessoal com Deus, não há vida cristã de fato. 

Uma grande dificuldade que temos para identificar a simbiose é pelo fato dela ser uma imitação do amor, e por isso nos enganar. Quando há simbiose em uma igreja o que acontece na verdade, é a existência de grupinhos, e consequentemente de divisão.
9º - Usurpa autoridade (1º Rs. 21.8 – “Então escreveu cartas em nome de Acabe e, selando-as com o sinete dele, mandou-as aos anciãos e aos nobres que habitavam com Nabote na sua cidade.”) - leva as pessoas a buscarem uma posição que não é sua por direito. 

Elas querem ocupar um lugar de autoridade no corpo de Cristo, no qual Deus não as colocou. Isto é pecado, e produz danos irreparáveis ao corpo de Cristo, pois é Ele mesmo quem dá uns como apóstolos, profetas, pastores, mestres, etc. Quando alguém se coloca em um lugar no Corpo onde Deus não o colocou, o Espírito Santo não flui, e toda a igreja fica atrofiada.

10º - Levanta falsos profetas (Ap. 2.20 – “Mas tenho contra ti que toleras a mulher Jezabel, que se diz profetisa; ela ensina e seduz os meus servos a se prostituírem e a comerem das coisas sacrificadas a ídolos;”) - levanta falsos profetas dentro da própria Igreja de Jesus. O falso profeta é aquele que diz ter uma mensagem de Deus para outrem, quando na verdade não tem. O falso profeta recebe profecia ou de satanás, ou de sua carne. 

Uma característica comum nos falsos profetas é a vaidade pessoal, que os leva via de regra, a se aborrecerem quando alguém não recebe suas profecias como sendo do Senhor.

11º - Produz Conspiração (1º Rs. 21.8:11 – “Então escreveu cartas em nome de Acabe e, selando-as com o sinete dele, mandou-as aos anciãos e aos nobres que habitavam com Nabote na sua cidade. Assim escreveu nas cartas: Apregoai um jejum, e ponde Nabote diante do povo. E ponde defronte dele dois homens, filhos de Belial, que testemunhem contra ele, dizendo: Blasfemaste contra Deus e contra o rei. Depois conduzi-o para fora, e apedrejai-o até que morra. Pelo que os homens da cidade dele,isto é, os anciãos e os nobres que habitavam na sua cidade, fizeram como Jezabel lhes ordenara, conforme estava escrito nas cartas que ela lhes mandara.”) - é um espírito controlador. 

Ele leva as pessoas a tentar controlar, manipular as outras e as situações. Quando há algum fato fugindo ao controle, quando Jezabel não consegue colocar sua vontade através de manipulações, ameaças, ou falsas profecias, o que faz é convocar o grupo simbiótico, para manipular as situações. Este grupo reunido conspira. A palavra “conspiração” significa “trama contra as autoridades”. É isto que acontece quando este espírito atua na igreja. Há trama contra a autoridade espiritual da liderança.

12º - Produz insubmissão feminina (1º Rs. 21.25 – “Não houve, porém, ninguém como Acabe, que se vendeu para fazer o que era mau aos olhos do Senhor, sendo instigado por Jezabel, sua mulher.”) - a submissão da mulher a seu marido é a maneira que o próprio Deus determinou para que a mulher encontre felicidade na vida conjugal. 

As naturezas física e emocional que Deus deu aos homens e as mulheres exigem que a mulher ao se casar seja submissa a seu marido, para que ela seja feliz. O espírito de Jezabel estimula as mulheres a dominarem diretamente a seus maridos ou a tentarem manipular a seus maridos para que eles façam indiretamente o que elas desejam.

13º - Produz maridos omissos (1º Rs. 21.25 – “Não houve, porém, ninguém como Acabe, que se vendeu para fazer o que era mau aos olhos do Senhor, sendo instigado por Jezabel, sua mulher.) - a Palavra de Deus diz que o marido é o instrumento de Deus no casamento para conduzir sua família. Isto não significa autoritarismo, mas significa que o marido dentro da família é o responsável para ser instrumento de Deus na condução de sua família. 

O marido é o cabeça, o fundamento do lar, sobre o qual Deus edifica a família. O espírito de Jezabel produz maridos omissos, manipulados, que não assumem com amor o papel que receberam de Deus. Isto obviamente produz lares desajustados, onde Jesus não está sendo convidado a reinar.
14º - Estimula a sensualidade (2º Rs. 9.30 – “Depois Jeú veio a Jizreel; o que ouvindo Jezabel, pintou-se em volta dos olhos, e enfeitou a sua cabeça, e olhou pela janela.”) - o espírito de Jezabel estimula a sensualidade, a conquista sexual, a sedução, o culto ao corpo. 

Foi Deus quem nos deu nossa sexualidade que é uma benção em nossa vida. A sexualidade quando vivida dentro dos padrões divinos é uma bênção. A sensualidade, que é uma interferência maligna no processo, é pecado. A sensualidade diz respeito à exibição do corpo como objeto de cobiça. Algumas mulheres usam a sensualidade para controlar os homens ou as situações. Certamente o fazem estimuladas pelo espírito de Jezabel.
Agora que já vimos às áreas de atuação desse espírito maligno, vejamos alguns dos sintomas que podem ser observados em uma pessoa influenciada por Jezabel. Uma característica isolada não indica que alguém tenha o espírito de Jezabel. 

Pode significar apenas que a pessoa é emocional e espiritualmente imatura. Mas sempre que houver uma combinação de várias dentre as 14 características relacionadas, isso será uma forte evidência de que o indivíduo esteja debaixo dessa influência maligna. Vejamos:
A pessoa sente-se profundamente ameaçada pelos profetas, os quais são seu principal alvo. Embora ele pareça ter o dom de profecia, seu alvo na verdade é controlar aqueles que se movem na esfera do verdadeiro profético;
Essa pessoa muitas vezes se aproxima do Pastor e dos líderes locais e depois busca encontrar o elo mais fraco afim de dominá-lo. Seu objetivo final é governar toda igreja;
Em busca de reconhecimento do pastor e dos membros, o indivíduo forma associações estratégicas com pessoas que são reconhecidas como espirituais e têm influência na igreja;
Para parecer espiritual, o indivíduo busca reconhecimento manipulando as coisas e buscando tirar vantagem. Muitas vezes, compartilha sonhos e visões provenientes de sua própria imaginação ou que ouviu de outros;
Quando o indivíduo recebe um reconhecimento inicial, geralmente responde com falsa humildade. No entanto, tal atitude não dura muito;
Quando é confrontado, o indivíduo se coloca na defensiva. Ele justifica suas ações com frases do tipo "Eu estou obedecendo a Deus…" ou "Deus me disse para fazer isso…", ou ainda “Deus não fala só com você!”;
Muitas vezes, o indivíduo alega ter grandes revelações espirituais sobre o governo da igreja, mas não busca autoridades legítimas. 

Em geral, primeiro compartilha suas opiniões com outras pessoas. Sua opinião pessoal muitas vezes se torna a "última palavra" sobre várias questões, fazendo com que se sinta superior ao Pastor e aos demais líderes. No entanto, mesmo que sua revelação seja proveniente de Deus, ele prefere sair falando em vez de orar;

Com motivos impuros, o indivíduo busca se aproximar de outros. Parece desejar fazer "discípulos" e precisa de constante afirmação de seus seguidores;

Esse indivíduo prefere orar pelas pessoas em particular (em outra sala ou num canto isolado), para não ter de prestar contas a ninguém. 

Assim, suas revelações e falsas "profecias" não podem ser questionadas;Ansioso para conseguir o controle, ele reúne as pessoas e procura “ensiná-las”. Embora, a princípio, o ensino possa ser correto, ele apresenta "doutrinas" que não possuem fundamentos na Palavra de Deus;

Enganando os outros com profecias carnais e falando aquilo que as pessoas gostam de ouvir, ele busca acima de tudo conseguir credibilidade. 

Profetiza meias verdades ou fatos pouco conhecidos, como se fossem revelações divinas, torcendo seus pronunciamentos anteriores e fazendo parecer que se cumpriram na íntegra;

Embora a imposição de mãos seja um princípio bíblico, esse indivíduo gosta de compartilhar um nível "mais elevado" no espírito e derrubar as paredes que prendem as pessoas, por meio da imposição de mãos. No entanto, seu toque transmite maldição. Em vez de uma benção santa, o que ele transmite mediante seu toque é um espírito maligno;

Mascarando uma auto-estima deficiente com orgulho espiritual, ele deseja ser visto como a pessoa mais espiritual da igreja. Pode ser o primeiro a chorar, clamar, etc., afirmando estar recebendo uma carga de Deus. No entanto, não é diferente dos fariseus que queriam que suas boas ações fossem vistas e suas virtudes reconhecidas pelos homens;

A vida familiar desse indivíduo é turbulenta. Ele pode ser solteiro ou casado. Quando é casado, seu cônjuge geralmente é espiritualmente fraco, não convertido ou miserável. Esse indivíduo tem tendência de dominar todos os membros de sua casa.

Quando combatido de forma correta, o nível de batalha chamado “espírito de Jezabel”, depois de vencido no Senhor e pelo Senhor, torna-se uma experiência que fortalece a igreja local e sua liderança. Deus permite batalhas ferozes e as utiliza para nos treinar, fortalecer e purificar (1º Pe. 4.12:19). Grandes batalhas produzem grandes vitórias, em nossa vida, ministério e igreja.
Deus te abençoe!

Graça e paz, líder e êxito!

Alessandro M. Ribeiro 

APRENDENDO COM JEZABEL


Vencendo Jezabel, cumprindo o papel profético 

Por detrás de qualquer pessoa pode estar um espírito dominante, reinando e se apossando da mente de tal pessoa, fazendo com que suas atitudes e comportamentos sejam maus

A melhor coisa é ser dominado pelo Espírito Santo de Deus, de outro modo, seremos dominados por outro tipo de espírito

É uma guerra espiritual que se estabelece bem diante de nossos relacionamentos  

“Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas sim poderosas em Deus para destruição das fortalezas; destruindo os conselhos, e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo o entendimento à obediência de Cristo; e estando prontos para vingar toda a desobediência, quando for cumprida a vossa obediência.” (II Coríntios 10:4-6)

Vivemos em uma geração na qual temos que cumprir nosso papel profético como homens e mulheres de Deus, e, para isso, faz-se necessário, antes, vencer a Rainha do Céu, que é a mesma Jezabel, espírito dominador.

 E Deus está abrindo os olhos da Sua Igreja, advertindo homens e mulheres desta terrível sedução.

É chegado o tempo de analisarmos nossa vida em Deus e descobrirmos quais as legalidades que existem e que ainda permitem a atuação desse espírito maligno, para fecharmos as brechas e cancelarmos todos os argumentos.

Quem era Jezabel?

Jezabel foi rainha de Israel e promoveu culto a Baal – falso profeta.
“E sucedeu que Acabe (como se fora pouco andar nos pecados de Jeroboão, filho de Nebate) ainda tomou por mulher a Jezabel, filha de Etbaal, rei dos sidônios; e foi e serviu a Baal, e o adorou.” (I Reis 16:31).

Ela foi idólatra e imoral. Imitava os dons espirituais e exercia uma força tremenda sobre Israel. Seu nome representa o adultério físico e espiritual. Ela se tornou símbolo do gnosticismo na Igreja, pois trabalhava com a inversão de valores.

Por ser filha de Etbaal, trazia consigo as práticas do seu povo e, quando casou com Acabe, o que não era permitido pela lei de Moisés, que proibia o casamento dos israelitas com povos pagãos, Jezabel fez com que o rei servisse aos seus deuses e não mais ao Deus de Israel.

A Bíblia narra que o rei Acabe, marido de Jezabel, desejou a vinha de Nabote e que este se negou a vendê-la, o que acendeu a ira da malvada que determinou em seu coração matar um homem justo (I Reis 21:1-16).

Ela tomou essa atitude porque possuía raízes babilônicas.

Jezabel não tinha escrúpulos, assim como muitas mulheres que conhecemos que agem irresponsavelmente em qualquer situação e relacionamento, sem se preocupar se vão ou não prejudicar uma vida e até mesmo uma família inteira, como no caso de Nabote.

Tão-somente porque Acabe estava triste por não ter adquirido a vinha de Nabote, Jezabel ficou indignada e tomou uma atitude de vingança.

A Bíblia diz que ela planejou matar um homem de Deus, mentiu, falsificou assinatura, levantou dois filhos de Belial como testemunhas para dizer que Nabote pecou contra o rei e contra Deus.

Jezabel era extremamente estrategista para o mal.

Observe que ela não mentiu de qualquer jeito, mas trouxe os anciãos para condená-lo. E quando mandou matar Nabote, determinou que ele morresse com toda a sua família.

Toda essa história nos faz ver, claramente, três níveis de raízes de iniquidade babilônica que influenciam muitas famílias através de homens como Acabe e de mulheres como Jezabel: Destruição familiar, Embriaguez física, Embriaguez espiritual.

Quantas mulheres, muitas vezes, buscam apenas seus próprios interesses e não medem esforços para conseguirem o que querem.

 Mentem, matam, roubam, falam mal do irmão, destroem famílias, sem se preocuparem com as consequências.

São possuidoras das características de Jezabel.

Quantos homens são como Acabe, dominados por suas mulheres e permitindo que elas ajam de forma errônea. São omissos como Acabe e consentem com o mal para benefício próprio.

CARACTERÍSTICAS DE JEZABEL

Dominadora. Faz do marido um cativo, porque é controladora (I Reis 21:15).

Rebelde. Não aceita ‘não’ como resposta. Frauda situações para conseguir seus objetivos (I Reis 21:25)

É rebelde ao extremo, ainda que não pareça e que não se dê conta.

Rixosa. Criadora de contendas, de disputas constantes em consequência de ódio (I Reis 19:2).

É melhor morar só, no fundo de um quintal, do que dentro de uma mansão com uma mulher murmuradora e briguenta! (Provérbios 21:9)

Melhor é morar num canto do eirado, do que com a mulher rixosa numa casa ampla  
(Provérbios 21:9)   

Manipuladora. Corrompe o bem, envolvendo pessoas de respeito (anciãos), em quem o povo não tem dificuldades de acreditar. 

Como toda boa manipuladora, Jezabel não aceita correção (I Reis 21:11).

Vaidosa. Não tem equilíbrio; seu desejo de chamar a atenção é incontido.
Soberba. É arrogante, orgulhosa, altiva, desprovida de humildade.

Impulsiva. Não tem domínio próprio nas emoções. Pode ter um ímpeto anormal e irracional que leva à prática de atos criminosos.

Sedutora. Envolve as pessoas através da sensualidade (Apocalipse 16:1-6).

Desobediente. Toma decisões sem o consentimento do marido. Não ouve conselhos, não se submete a líder algum.

Vingativa. Planeja o mal do inimigo; arma ciladas.

Tola. Destrói sua casa e a liderança do marido.

Iracunda. Cheia de raiva e ódio; destruidora dos princípios de Deus.
Mentirosa. Fez com que os filhos de Belial testemunhassem contra Nabote.
Falsa. Falsificou a assinatura do rei.

Acusadora. Acusou Nabote de ter pecado contra Deus e contra o rei.
Idólatra. Adorava Baal; trabalhava para ele.

Imagine como era a liderança de Jezabel, seu comportamento e atitudes diárias em benefício das trevas. Ela dominava o marido, os profetas de Baal e tentou dominar Elias, mas não conseguiu, apesar de tê-lo amedrontado.

O espírito de Jezabel matou a família de Nabote (I Reis 21:15), João Batista (Mateus 14:8), Sansão (Juízes 16:1). 

Foi uma rainha maligna e fez com que Acabe apostatasse, abandonando os princípios, tornando-se o mais iníquo de todos os reis de Israel. Ela pressionou o marido a abandonar a Deus e apoiar o culto a Baal.

Foi a principal responsável pelo extermínio da adoração a Yahweh e pela propagação do culto a Baal, em Israel.

 Vemos que muitas mulheres estão se escondendo atrás dessa capa, buscando compensar as falhas morais e feridas através de uma vida desregrada, sob as características de Jezabel. 

De igual forma muitos homens estão se deixando guiar por esse espírito, vivendo subjugados e dominados, de forma contrária à Palavra de Deus.

Mas é chegado o tempo da Igreja se levantar e se separar de toda imundícia contaminadora.

O espírito de Jezabel será vencido através da vida de santidade. Vencendo o espírito de Jezabel, homem e mulher conseguem cumprir o seu papel no Reino e são fortalecidos no Senhor e na força do Seu poder.

O casal e a família podem vencer o espírito de Jezabel, enchendo-se do Espírito Santo de Deus, vivendo o que está escrito em Joel 2.

 Vencer Jezabel, a Rainha do Céu, é um dever da Igreja de Cristo, a Noiva do Cordeiro.


quarta-feira, 6 de novembro de 2019

APRENDENDO COM JESUS




A DIVINDADE DE JESUS CRISTO

No espiritismo, Ele era um reformador da Judéia, com a missão de ensinar aos homens uma elevada moral, a moral evangélico-cristã; foi a segunda revelação de Deus (a primeira teria sido Moisés, e a terceira, o espiritismo); foi um médium de primeira grandeza, um espírito iluminado. Para os testemunhas-de-Jeová, Ele é um ser criado por Jeová, poderoso, mas não Todo-Poderoso. No budismo, Jesus foi um grande Mestre. No mormonismo, Jesus não foi gerado pelo Espírito Santo, e viveu em poligamia: Marta e Maria, irmãs de Lázaro, teriam sido suas esposas.

No islamismo, Jesus teria sido um mensageiro de Deus, porém menor que Maomé. Na Nova Era, Jesus não é Deus porque todos somos deuses; a Era de Peixes, de Jesus, está se expirando, e um novo avatar surgirá para conduzir a humanidade à Era de Aquários, que colocará o mundo em ordem e estabelecerá a paz. 

Negar a divindade de Jesus é uma das características das seitas, mas “as portas do inferno não prevalecerão” contra a Igreja de Cristo. Para nós, cristãos, Jesus Cristo é Deus. A prova disso não é apenas a nossa fé. Contamos com a Bíblia Sagrada, livro escrito por cerca de 40 escritores, divinamente inspirados.

Contamos também com o testemunho de apóstolos que caminharam com Jesus, ouviram suas palavras e viram seus milagres, a exemplo de Pedro que declarou enfático: “TU ÉS O CRISTO, O FILHO DO DEUS VIVO” (Mateus 16.16). Temos as palavras do próprio Jesus que afirmou: “EU E O PAI SOMOS UM” (João 10.30). Temos o testemunho do profeta Isaías que, 700 anos de o Verbo habitar entre nós, chamou-O de “Deus Forte” e “Pai da Eternidade” (Isaías 9.6).

Contamos, também, com o testemunho de milhões de vidas transformadas pelo poder que há no Seu nome. Tratar-se-ia de apenas um espírito evoluído, um homem com poderes mediúnicos como desejam os kardecistas? Se Jesus é apenas um espírito iluminado, por que não “baixa” nas sessões espíritas? Se Jesus foi igual a Buda e Maomé, onde estão seus ossos? Em lugar nenhum iremos encontrá-los porque Jesus ressuscitou, e vive e reina para sempre. Aleluia! Vejamos o que dizem as Escrituras sobre a divindade de Jesus.

Cristo, O Criador

“Todas as coisas foram feitas por meio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez... estava no mundo, e o mundo foi feito por ele e o mundo não o conheceu (João 1.3, 10)). “Pois nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades, tudo foi criado por ele e para ele” (Colossenses 1.16). “...a nós falou-nos [Deus] nestes últimos dias pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez o mundo (Hebreus 1.2).

Cristo, O Deus

“A virgem conceberá e dará à luz um filho, e o chamarão pelo nome de Emanuel, que quer dizer: Deus conosco” (Mateus 1.23). “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus... e o Verbo se fez carne e habitou entre nós (João 1.1,14). Atenção: “O Verbo era Deus”, e não “o Verbo era um deus”, como desejam os testemunhas-de-Jeová. “Eu e o Pai somos um” (João 10.30); “Quem me vê, vê o Pai” (João 14.9). “O Pai está em mim, e eu nele” (João 10.38).

“Disse-lhe Tomé: Senhor meu e Deus meu” (João 20.28); “Deles são os patriarcas, e deles descende Cristo segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém”. (Romanos 9.5). “Pois nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade (Colossenses 2.9). “Porque um filho nos nasceu...o seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” (Isaías 9.6). “Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna” (1 João 5.20). Outras referências: João 1.15,18,30; Colossenses 1.15; 2 Coríntios; 4.4; 5.19.

Cristo, O Eterno

“Eu sou o Alfa e o Omega, o primeiro e o último, o princípio e o fim” (Apocalipse 22.13). “Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão nascesse, eu sou” (João 8.58). “Eu e o Pai somos um” (João 10.30,38). “Há tanto tempo estou convosco e não me conheces, Filipe? Quem me vê, vê o Pai... crede-me quando digo que estou no Pai e o Pai está em mim” (João 14.9-11,20; 17.21). “Vim do Pai e entrei no mundo; agora deixo o mundo e volto para o Pai” (João 16.28) Outras ref.: João 1.18; 6.57; 8.19.


Cristo, O Todo-Poderoso

“É-me dado todo o poder no céu e na terra” (Mateus 28.18). “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-poderoso” (Apocalipse 1.8). Outras referências: Efésios 1.20-23; João 21.17.

Cristo, O Salvador

“Mas quando apareceu a benignidade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para com os homens, não por obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, ele nos salvou mediante a lavagem da regeneração e da renovação pelo Espírito Santo, que ele derramou ricamente sobre nós, por meio de Jesus Cristo nosso Salvador”(Tito 3.4-6).

“E em nenhum outro há salvação, porque debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos” (Atos 4.12). Vejam a ênfase: “Em nenhum outro nome”. Não sobra para Buda, para Allan Kardec, para Maomé, para Confúcio, para Lao-Tsé, para Osíris, Vishnu, Brama, Shiva, Zoroastro, Maytreia. O nome de Jesus está acima de todos e de tudo. Outras referências: João 3.16; Lucas 4.18; Isaías 61.1.

Jesus não foi um simples fundador de uma religião. Os afamados fundadores de seitas que surgiram na história da humanidade estão todos mortos e devidamente enterrados; seus corpos foram comidos pelos vermes, e seus ossos, se ainda restam, estão em algum lugar.

Com Jesus não aconteceu a mesma coisa. A terra não pôde detê-lo; a morte não teve domínio sobre Ele. Jesus ressuscitou do sepulcro e sobre isto há o testemunho das Escrituras; há o registro de testemunhas oculares que com Ele estiveram durante sua vida terrena e após a sua ressurreição, e viram-no ascender aos céus (Mateus 28.1-10; 16-18; Marcos 16.1-14; Lucas 24.1-53; João 20.1-18).

Os Títulos de Jesus 

De forma direta ou indireta, pelo nome ou pelos títulos, o nosso Salvador permeia toda a Bíblia, onde é apresentado, por exemplo, como Messias, Redentor, Libertador, Perdoador de pecados, Juiz, Rei dos reis e Senhor dos senhores. Vejamos alguns dos títulos de Jesus distribuídos por vários livros:
Gênesis: Semente da mulher. Jó: Redentor. Salmos: Pedra angular. Cantares: Rosa de Saron. Isaías: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, ai da Eternidade, Príncipe da Paz, Emanuel, Glória do Senhor, egislador, oderoso de Jacó, Renovo, Santo de Israel. Jeremias: Justiça nossa. Daniel: Ungido ou Messias. Miquéias: Juiz de Israel. Ageu: Desejado de odas as nações. 

Zacarias: Rei. Malaquias: Mensageiro da aliança, Sol da ustiça. Mateus: Filho amado, Filho de Davi, Filho de Deus, Filho do omem, Guia, Rei dos judeus. Marcos: Filho do Deus Bendito, Santo de eus. Lucas: Consolação de Israel, Filho do Altíssimo, Poderoso Salvador, rofeta, Salvador, Sol nascente. João: A Porta, a Ressurreição e a Vida, om Pastor, Cordeiro de Deus, Criador, Deus Unigênito, Eu Sou, Luz do undo, Luz Verdadeira, Verbo, Verdade, Vida, Videira verdadeira. Atos: usto, Santo, Senhor de todos. 

Romanos: Deus bendito, Libertador. 1 oríntios: Adão, Nossa Páscoa, Rocha, Senhor da glória. 2 Coríntios: magem de Deus. Efésios: Cabeça da Igreja. 1 Timóteo: Bem-venturado  nico Soberano, Mediador, Rei dos reis, Rei dos séculos, Senhor dos enhores. Tito: Salvador. Hebreus: Apóstolo da nossa confissão, Herdeiro e todas as coisas, Autor e Consumador da fé, Grande Sumo Sacerdote. 1 Pedro: Pastor e Bispo das almas, Príncipe dos pastores. 1 João: dvogado. Apocalipse: Alfa e Ômega, Cordeiro, Leão da Tribo de Judá, O Primeiro e o Último, Primogênito, Rei dos santos, Resplandecente estrela a manhã, Todo-poderoso.

A Trindade Negar a divindade de Jesus é negar a existência o Deus trino, ou seja, do Deus único, eternamente subsistente em três Pessoas: a Primeira Pessoa, Deus Pai; a Segunda Pessoa, Deus Filho; e a Terceira Pessoa, Deus Espírito Santo. A unidade divina é uma unidade composta dessas três pessoas, coexistentes, porém distintas. Examinemos a Palavra:

“Ouve, Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o único SENHOR” (Deuteronômio 6.4). Este versículo é muito usado pelos que não aceitam a Trindade. Sustentam que não existem três Deuses, mas apenas um. Ora, a idéia do Deus trino, da unidade composta, está subjacente em outras passagens, como veremos a seguir.

“Então disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem...” (Gênesis 1.26). O uso da primeira pessoa do plural – FAÇAMOS – indica que Deus não estava só na obra da Criação: o Filho e o Espírito estavam presentes. Vejam também Gênesis 3.22; 11.7; Isaías 6.8.

“Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mateus 28.19).

“A graça do Senhor Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós” (2 Coríntios 13.13). Conhecida como a “bênção apostólica”, este versículo revela o Deus trino.

No batismo de Jesus no Jordão, conforme Mateus 3.16-17, temos o Espírito de Deus “descendo sobre Jesus”; a voz do Pai dizendo “Este é o meu Filho amado”; e o Verbo, o Deus Filho ali encarnado e habitando entre nós.

O livro de Judas fala da Trindade: ”Mas vós, amados, edificando-vos a vós mesmos sobre a vossa santíssima fé, orando no Espírito Santo, conservai a vós mesmos na caridade de Deus, esperando a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo, para a vida eterna” (Judas 20.021).

O apóstolo Pedro deixou o seu testemunho sobre as Pessoas da Trindade: “Eleitos segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e a aspersão do sangue de Jesus Cristo” (1 Pedro 1.2).

Na seguinte passagem Jesus mais uma vez revela sua divindade e reafirma a existência da trindade em Deus: “E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder” (Lucas 24.49). A promessa diz respeito ao batismo no Espírito Santo, plenamente cumprida em Atos 2.1-4. Vejam que a promessa é do Pai, mas quem envia é o Senhor Jesus; envia do alto, do céu. Jesus confirma o que já houvera dito: “Eu e o Pai somos um”. Outra referência: Atos 2.32-33.

A verdade é que “Deus estava em Cristo”, como afirmou o apóstolo Paulo (2 Coríntios 5.19). Finalmente, fiquemos com estas palavras gloriosas: “O Filho é o resplendor da sua glória e a expressa imagem da sua pessoa [do próprio Deus], sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder. Havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da Majestade nas alturas” (Hebreus 1.3).

Autor: Airton Evangelista da Costa 



APRENDENDO COM PAULO (PARTE 39)



A armadura de Deus

O grande tema da carta do apóstolo Paulo aos Efésios é o propósito de Deus de estabelecer e completar o Seu corpo, a igreja de Cristo.  

Ele inicia explicando sobre:

·        a nossa posição em Cristo;
·        o que acontece quando recebemos nossa nova vida em Cristo;
·        sobre si mesmo como apóstolo, e,
·        faz uma oração por nós.
Depois ele passa a esclarecer sobre o corpo de Cristo, a unidade da Igreja, em como deve ser o nosso novo proceder.
A partir de então, Paulo mostra como deve ser a vida em comunidade, a comunidade cristã, e vários deveres dentro do lar, ou seja, a subordinação mútua de todos na família cristã.
·        deveres do casal;
·        deveres dos pais;
·        deveres dos filhos;
·        deveres dos empregados;
·        deveres dos patrões.
No final, um conselho, quase uma ordem, ou seja, um dever sobre usar a armadura de Deus.
Porque será que o apóstolo Paulo, que vem falando de coisas peculiares `a vida cristã no lar e na Igreja, termina com uma vestimenta tipicamente militar?
A proteção aos crentes
Em Efésios 6:10 a 20, temos a convocação para buscarmos poder espiritual, o poder de Deus, e nos revestirmos de Sua armadura.
(vrs 10) – fortaleçam-se no Senhor e no Seu poder
(vrs 11) – vistam toda a armadura de Deus
(vrs 13) – vistam toda a armadura de Deus
(vrs 14) – mantenham-se firmes:
·        (14) cingindo-se
·        (14) vestindo
·        (15) tendo os pés calçados
·        (16) usem o escudo
·        (17) usem o capacete
·        (17) e a espada
·        (18) orem tendo em mente...
·        (19) orem também por mim para que, permanecendo n’Ele, eu fale com coragem, como me cumpre fazer.
Esse poder nos é conferido através da influência e da operação do Espírito Santo; consequentemente, a busca pelo Senhor nos supre deste poder.
O poder é outorgado à alma, transformando-a segundo a imagem de Cristo (II Coríntios 3:18), assegurando a vitória do crente e a derrota dos poderes malignos que visam destruir a imagem de Cristo em nós. Trata-se da renovação da mente (Efésios 4:23) e do revestimento do novo homem (Efésios 4:24), que é ser cheio de Espírito Santo (Efésios 5:18). É como se Paulo tivesse dito: "Tornai-vos poderosos por esses meios".
Tal poder é de Deus e na Sua força obteremos a vitória.
Vitória contra quem? - Efésios 6: 10 a 12
Vitória usando o quê? - Efésios 6: 13 a 20
Assim como o poder é de Deus, também o é a armadura, que são as armas de ataque e de defesa, as quais que Ele nos confere para o combate contra os nossos inimigos - as hostes demoníacas de Satanás - sempre preparados para um combate mortal.
Essa armadura compõe-se da verdade, da retidão, do poder do Evangelho, da fé, dos poderes inerentes à salvação, da operação íntima do Espírito Santo, que nos conduz na direção de nossa herança, e também da Palavra de Deus, ou seja, Sua mensagem remidora e fortalecedora em Cristo, com as suas muitas provisões.
A armadura deve ser revestida, como um soldado se prepara para a batalha, equipando-se com as peças de proteção e de defesa de seu equipamento. As partes da armadura que, evidentemente, são apresentados na ordem em que os soldados se vestiam antigamente.
Armadura é tradução do termo grego panoplia, de onde vem o termo moderno panóplia, termo coletivo que significa armadura completa. Portanto, Paulo recomenda-nos aqui um completo condicionamento de profundo preparo espiritual, deficiente em absolutamente nada, dando a entender que um combate vitorioso não pode ocorrer, se nos contentarmos com algo menos que a armadura completa.
Tantos crentes mal-sucedidos, ilustram o fato de como não se equipam pessoalmente com todas as provisões Divinas que lhes são propiciadas, por motivo de preguiça, de indiferença, ou por não quererem reconhecer a seriedade da batalha e a força astuta do inimigo.
No grego original, o termo usado fala sobre a armadura do soldado pesadamente armado. Sim, um crente bem-sucedido deve ser pesadamente armado.
A armadura procede de Deus; naturalmente que essa armadura pertence a Ele, e a Ele cabe dá-la, pois Ele é o padrão supremos das virtudes mencionadas, como a retidão, a verdade e a fé. Aquelas virtudes que nos conferem vitória sobre o pecado, bem como vitória no conflito cristão, só podem ser dadas pelo próprio Deus, portanto não são qualidades humanas.
A nossa parte deve ser a apropriação do poder de Deus, conforme o poder que está em Cristo, e devemos nos revestir da armadura completa de Deus vivendo pesadamente armado e pesadamente protegido.
2a Parte
A palavra luta, literalmente, disputa, mostra que nosso conflito contra o mal exige preparação, força e coragem. Tal palavra, no original, é usada exclusivamente neste texto, focalizando a intensidade do combate, e para que o soldado cristão saiba que deve buscar a preparação e a força necessária. A luta contra o mal, assim sendo, deve ser vista como uma batalha séria, em nada fácil. Talvez a derrota de tantos crentes, em suas vidas morais, se deva ao fato de não levarem muito a sério esse combate, mostrando-se por demais indisciplinados como soldados.
No grego, ciladas do diabo quer dizer: astúcias, planos, esquemas, e, numa linguagem militar, estratégias, mostrando que não se trata de uma cilada qualquer mas sim uma cilada bem preparada, elaborada de forma que sua aplicação obtenha profundidade no "estrago". Sua guerra é levada a efeito por um sistema estratégico, que procura tirar vantagem em cada oportunidade de ataque. Quando tal palavra se aplica a Satanás, sempre indica seus maus desígnios pois ele é o grande ludibriador, engodador, caluniador e nosso acusador. Estando Satanás no comando das forças malignas, é obvio que toda armadura espiritual é necessária para o crente, com toda a oração e súplica, para que as forças do mal sejam derrotadas. O fato de que tantos crentes são derrotados na peleja é prova de que não se tem dado a devida importância na preparação para a batalha espiritual, adquirindo a armadura espiritual necessária e completa; e nem oram com suficiente perseverança para que o diabo seja vencido.
As peças da armadura
Embora as armaduras gregas e romanas fossem diferentes entre si, provavelmente a armadura em questão seja a romana, mas num modelo mais antigo que o visto por Paulo. A armadura inteira consistia de escudo, espada, lança, capacete e armadura das pernas (que cobria as coxas até aos joelhos) e eram confeccionadas especialmente para o tamanho de cada soldado, ou seja, personalizada, sendo impossível trocar ou manusear perfeitamente a de outra pessoa.
Paulo era um homem intensamente viajado pelo império romano, tendo sido encarcerado e solto por muitas vezes, e estaria bem familiarizado com as armaduras de seu tempo. Na carta aos Efésios, o apóstolo acrescentou o cinturão e a espada em sua lista e, apesar desses dois objetos não fazerem parte das armaduras usadas no seu tempo, eram muito apropriados para o propósito de ilustrar o equipamento espiritual na derrota contra o mal.
Descrição das peças que compunham a armadura antiga usada na ilustração de Paulo.
Armas de defesa:
(vrs 17) – o capacete, que protegia a cabeça, era feito de várias formas e de vários metais, e enfeitado com grande variedade de figuras. Alguns capacetes possuíam uma crista, ou como ornamento ou com a finalidade de aterrorizar, com figuras de leões, corvos ou grifos, etc. Paulo faz o capacete representar a salvação.
(vrs 14) – o cinto, ou cinturão, era posto em torno da cintura, útil para apertar a armadura em volta do corpo, mas também para sustentar as adagas, as espadas curtas ou quaisquer outras armas que ali pudessem ser penduradas. Paulo faz do cinturão símbolo da verdade.
(vrs 14) – o peitoral, que consistia de duas partes, chamadas "asas". A primeira cobria a região inteira do peito, a parte frontal do tórax, protegendo os órgãos principais da vida; e a outra cobria uma parte das costas. Paulo faz isso representar a justiça.
As grevas, calçados como botas, protegiam do joelho para baixo.
O escudo, de vários tipos e várias formas, nos dias de Paulo haviam dois tipos que eram mais comuns, um deles chamava-se thureos, destinados para soldados pesadamente armados.
Armas de ataque:
A lança, usualmente de bronze ou de ferro, com uma longa haste de madeira dura.
O dardo, menor e mais leve que a lança, era atirado contra o inimigo ainda à distância.
A espada, que tinha várias formas e dimensões, eram feitas de vários tipos de metais. Esse é o símbolo usado por Paulo para indicar a presença do Espírito Santo.
Era costume, entre os antigos gregos e romanos, depois de se terem revestido de suas armaduras, comerem juntos e precederem o ataque com uma súplica feita aos deuses, pedindo o sucesso. E esse costume se reflete no versículo 18, pois, além do revestimento da armadura, Paulo nos recomenda fazê-lo com "toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito, e para isto vigiando com toda perseverança e súplica".
"Ficar firmes", no original, significa oferecer resistência, permanecer firme, dando a entender que o crente deve resistir aos assédios do mal, deve batalhar com êxito, buscando obter a vitória. Essa expressão indica a linguagem dos soldados: NÃO RECUAR JAMAIS! RECUAR? NUNCA!
Ao invés de fugir e declarando a derrota.
O nosso desejo é que você possa ter visto a importância de pedir ao Senhor a armadura, crendo na posse para a sua batalha diária. E que você confie no poder de Deus fortalecendo-o.

APRENDENDO COM JABES

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