quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

APRENDENDO COM NOEMI

 APRENDENDO COM NOEMI 

Voltando para casa

 

A preocupação de Noemi (Rute 1:8-9)

Disse-lhes Noemi: Ide, voltai cada uma à casa de sua mãe; e o Senhor use convosco de benevolência, como vós usastes com os que morreram, e comigo. Senhor vos dê que sejais felizes, cada uma em casa de seu marido. E beijou-as. Elas, porém, choraram em alta voz.

 

verdadeira fé sempre pode ser avaliada pêlos frutos do amor; e Rute, a moabita que veio a crer no Deus de Noemi, devia ter aprendido com esta a realidade da fé, experimentando seus benefícios através do amor praticante de sua sogra para com ela.

Noemi surge agora como a personagem principal de Rute 1. No desdobramento da "outra história", o tema da providência de Deus na sucessão dos acontecimentos de situações humanas nas quais Noemi e suas noras se encontram, e a subsequente provisão divina para com Rute e Boaz, vamos nos concentrar primeiro em Noemi e especialmente na fé inabalável de Noemi em Javé. Especificamente aqui vemos como a sua fé se demonstrou ativa em amor.

Antes de mais nada, a preocupação amorosa de Noemi com suas noras encontra sua expressão na oração. Como já se disse com muito acerto: "O que um homem crê ou não crê a respeito da oração é uma boa indicação de suas crenças religiosas de um modo geral. O que ele crê sobre a oração é uma indicação do que ele crê sobre Deus. Mais particularmente, o que o homem faz com a oração é uma indicação do que ele crê a respeito dela."3

A oração é, e sempre foi, o lado ativo da doutrina da providência. A oração é o reconhecimento, não do benefício psicológico de algum exercício mitológico, mas do fato de que nós cremos que Deus existe, que Deus se importa conosco, que Deus está no controle e que Deus providencia tudo, e cremos de tal modo que estamos dispostos a fazer alguma coisa com base nisso, isto é, a falar com ele. 

A providência nos lembra que não passamos de criaturas, que somos dependentes de Deus e que, junto com o mundo todo, estamos sob o senhorio de Deus; a oração é uma atividade pela qual reconhecemos que não podemos ser nosso próprio senhor. A providência nos lembra que nem tudo é desesperadamente absurdo ou sem sentido; a oração é a nossa ma­neira de dizer "sim" diante da convicção de que Deus está operando os seus propósitos na natureza, nos homens e na história. 

A pro­vidência é um lembrete de que o Senhor é um Deus de graça e generosidade; a oração é a nossa maneira de responder ao seu convite para fazermos parte da família da sua aliança, para sermos seu filho ou sua filha, seus cooperadores neste mundo. A providência nos lembra que o Deus vivo não é um destino imutável diante do qual só podemos manter silêncio e ficar passivos; a oração é a nossa reação diante do convite de Deus para que partilhemos da comunhão com ele, uma expressão da nossa união com ele. Como disse P. Forster:

A profundidade do senhorio de Deus é tal que ele permite que tenhamos um lugar no seu governo do mundo ... isto aponta para a seriedade de nossas ações como cristãos. Não significa que estejamos segurando as rédeas do governo do mundo. Elas estão nas mãos de Deus. Mas nós temos o nosso lugar no seu exercício. Em sua onipotência e onisciência supremas, Deus quer partilhar sua vida conosco.

Forster prossegue dizendo que Deus vai retificar e compensar nossa oração quando a responder. Não que a nossa oração seja a coisa certa e segura a fazer, e a resposta de Deus a coisa incerta e insegura. Pelo contrário, nós é que somos desafiados na oração, e não Deus.

Portanto, através da oração nós expressamos a nossa confiança na providência de Deus e descobrimos como a nossa própria vontade deve ser alinhada com a sua vontade soberana e cheia de amor por nós. A nossa ação na oração se encontra na sua resposta transforma­dora.

Isto aconteceu com Noemi em sua oração a favor de Rute e Órfã. Ela orou como alguém que conhecia o seu Deus como o Senhor da aliança. A sua oração aqui é de confiante entrega do futuro nas mãos do Senhor. Ao pensar em suas noras e nas necessidades delas, Noemi ora pedindo que o Senhor, o Deus da aliança, use de benevolência para com elas.

 amor da aliança

Benevolência (versículo 8) traduz a palavra central do relacionamento de Deus com o seu povo através da aliança: hesed, amor constante e fidelidade. É uma palavra "que combina o calor da comunhão de Deus com a segurança da sua fidelidade". 

É a palavra de amor que Moisés canta ao louvar o redentor, e pela qual o povo é convocado para a comunhão da aliança com ele. Noemi louva a Deus por seu hesed em 2:20, e Rute é louvada pelo seu em 3:10. Portanto, é uma palavra que nos diz algo do cará ter do Deus da aliança, e também diz algo das pessoas que demonstram esse caráter em suas vidas. 

O correlativo desta palavra no Novo Testamento é ágape, que descreve o amor sacrificial de Deus pelo seu povo e o amor que ele espera que o seu povo demonstre em troca disso. Talvez a definição mais aproximada é a que encontramos em l João 4:10-11: "Nisto consiste o amor, não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou, e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados. Amados, se Deus de tal maneira .nos amou, devemos nós também amar uns aos outros."

Noemi confia no Deus do amor e entrega Rute e Órfã aos cuidados dele. Suas noras demonstraram uma bondade maravilhosa para com ela e sua extinta família; que Deus demonstre o seu amor para com elas. Sua preocupação particular era que elas retornassem às suas próprias famílias em Moabe, onde aparentemente pelo menos os pais de Rute ainda viviam (2:11), e que se casassem novamente.

 Um lar

O Senhor vos dê que sejais felizes, cada uma em casa de seu marido', isto indica principalmente o anseio por um "lugar de descanso". A palavra não se refere apenas ao fim dos problemas e do sofrimento (que Rute e Órfã pudessem superar a dor de suas perdas), mas também à experiência positiva da segurança e do conforto divinos. "Volta, minha alma, ao teu sossego (descanso)", canta o salmista, "pois o Senhor tem sido generoso para contigo."

Para entender o pleno significado da oração de Noemi, temos de saber alguma coisa sobre a situação das mulheres viúvas naquele tempo. Considerando que o status das mulheres na sociedade do Antigo Testamento era muito aquém do que lhes foi concedido por Jesus no Novo Testamento (na sua maneira de tratar a mulher junto ao poço, com a siro-fenícia, Maria e Marta, como também no que ensinou sobre o divórcio, garantindo às mulheres direitos iguais aos dos homens), a situação da viúva era ainda pior. 

A esposa estava incluída na propriedade do marido, podendo ser repudiada, e não tinha direito de herança. Era, entretanto, bem superior a uma escrava e, especialmente quando nascia um filho do sexo masculino, era respei­tada dentro da família. Mas a sua segurança repousava no marido e ela tinha poucos direitos próprios.

Portanto, quando morria o marido, a viúva (especialmente se tivesse filhos pequenos para sustentar) ficava em posição muito difícil. A palavra traduzida para "viúva" não apenas indica a morte do marido, mas também dá ideia de solidão, abandono e desam­paro. 

As viúvas eram geralmente mencionadas junto com os órfãos e os estrangeiros. Elas tinham necessidade especial de proteção, e Javé cuida delas de maneira singular." Portanto, o povo era convo­cado a cuidar do direito das viúvas e diversas leis do Pentateuco pro­curavam aliviar o destino delas. Contudo, a queixa do tratamento injusto recebido pelas viúvas é um tema constante nos profetas.

A única esperança que restava de recuperar o status social para uma viúva ainda jovem era casar outra vez. Toda a profundeza de sen­timentos extraídos de sua própria viuvez Noemi colocou em sua oração em favor das duas jovens: O Senhor vos dê que sejais felizes, cada uma em casa de seu marido.

 A dor da separação (l:9b-14)

beijou-as. Elas, porém, choraram em alta voz, e lhe disseram: Não, iremos contigo ao teu povo. "Porém Noemi disse: Voltai, minhas filhas, por que iríeis comigo? Tenho eu ainda no ventre filhos, para que vos sejam por maridos? Tornai, filhas minhas, ide-vos embora, porque sou velha demais para ter marido. Ainda quando eu dissesse: Tenho esperança, ou ainda que esta noite tivesse marido e houvesse filhos, esperá-los-íeis até que viessem a ser grandes? Abster-vos-íeis de tomardes marido? Não, filhas minhas, porque por vossa causa a num me amarga o ter o Senhor descarregado contra mim a sua mão.  Então de novo choraram em voz alta; Órfã com um beijo se despediu de sua sogra, porém Rute se apegou a ela.

 O choro expressava a dor, e a dor era em parte um sentimento de ambivalência de Órfã e Rute, que precisavam escolher entre o seu amor por Noemi e a sua esperança de serem mães num segundo casamento. Inicialmente as duas se recusaram a partir, mas, com a insistência de Noemi, Órfã foi persuadida. 

O raciocínio de Noemi girava em redor da prática do casamento de leviratoQuando um homem morria sem deixar um filho homem, o seu irmão devia agir como "levir": isto é, tomar a viúva, a fim de gerar um filho para o homem morto. 

Talvez Noemi estivesse dizendo a Rute e Órfã que não havia irmãos vivos de Malom e Quiliom que pudessem agir como "levir" e, naturalmente, as jovens não podiam esperar que futuros filhos seus atingissem a idade de casar! De qualquer forma, Noemi já havia ultrapassado a idade de conceber.

O autor pretende descrever um quadro de desesperança: Noemi está enfatizando a completa impossibilidade de providenciar pais para os filhos de Órfã e Rute. 

Conforme veremos, a situação estava longe de tal desespero, pois na providência de Deus, e através da ação de um goel (um parente remidor), Rute receberia um marido e um filho. Mas, por agora, essa esperança não estava ainda no horizonte. E Órfã foi persuadida a partir. Ela beijou Noemi, despedindo-se dela (versículo 14), e presumivelmente voltou a Moabe para procurar outro marido. A propriedade de Quiliom retornou para Noemi (4:9).

A dor não era apenas das noras. Tanto o sofrimento da própria Noemi como a sua participação na dolorosa escolha que Rute e Órfã tinham de fazer expressavam-se nas suas palavras: "Não, filhas mi­nhas, porque por vossa causa a mim me amarga o ter o Senhor descarregado contra mim a sua mão." 

Vamos retomar a este versículo quando chegarmos a Rute 1:21. Note-se, porém, que, apesar do sofrimento, seus pensamentos são voltados para o benefício dos outros (por vossa causa). E, apesar do sofrimento (e até mesmo ira), Noemi ainda se apega ao fato de que aquilo que recebeu veio das mãos do Senhor. Não há sentimentos ocultos, não há fingimento de que não existe ira, não há qualquer gesto estóico, nem falsas afirmativas de que tudo vai bem. 

Enquanto, da perspectiva de sua fé na providência de Deus, tudo vai bem, ela certamente não se sente assim. Como o grito de Habacuque diante de Deus por causa de seu aparente fracasso em evitar que se levantassem os opressores caldeus, para descobrir depois, finalmente, que os próprios caldeus faziamparte do propósito amoroso de Deus e havia, não obstante, fundamentos para confiança na força de Deus, até mesmo alegria, assim também Noemi, aqui, não esconde de Deus seus sentimentos mais profundos.

Muitos de nós até já esqueceram como se lamenta a morte de alguém. Embora devamos nos lembrar de que a fé cristã acabou com o aguilhão da morte e que há lugar para uma palavra gentil de compaixão em certas ocasiões ("Não chores!"), não devemos negar a dor da separação daqueles que perderam os seus queridos.

 Chegará o dia em que a afirmação cristã da esperança de vida em Cristo se tornará a realidade do novo céu e da nova terra, quando "a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor"; mas haverá momentos ainda deste lado do céu quando choraremos e lamentare­mos antes de nossa tristeza ser convertida em alegria.

Naturalmente, a fé cristã tomou obsoleta grande parte da lamen­tação pública prolongada e dolorosa pêlos mortos, o que era costume no Israel de antigamente. Embora os crentes em Javé fossem proibidos de praticar alguns rituais da morte dos cananeus, eles ainda ficavam, durante longos períodos, gemendo e batendo no peito depois da morte de um ente querido. 

A parábola de Jesus sobre as crianças lamentando os mortos quando brincavam de enterro indica que alguns desses costumes ainda prevaleciam no seu tempo. Mas, embora grande parte do desespero dessa lamentação tenha se trans­formado para o cristão com a morte e ressurreição de Cristo, ainda há uma tristeza muito espiritual quando perdemos um amigo e quando a morte penetra em nossa vida. 

Não foi por isso que Jesus chorou junto à sepultura do seu amigo? Em nossa tristeza pela morte, nós, como cristãos, somos sustentados pela esperança da ressurreição dos mortos. Mas não vamos fingir que a morte não machuca e que a tristeza não pode ser expressada. A tristeza é uma coisa real e a sensibilidade renovada pela graça de Cristo pode sentir-se profundamente ferida e, portanto, muito mais suscetível a revelar-se em lágrimas.

Após o choque inicial de dor pela morte de alguém, e após o pequeno período de serenidade forçada por causa dos outros (no funeral, por exemplo), o verdadeiro sofrimento muito naturalmente leva a uma experiência de retorno às emoções que alguns de nós esquecemos desde a infância. Sentimentos, às vezes de culpa, às vezes de raiva, vêm junto com uma tensão que anseia ser aliviada com lágrimas. É depois de passar por esta importante fase, na qual a dor pode ser expressa e chorada, que uma pessoa pode começar a se consolidar e a edificar novamente um futuro. 

Muitos de nós perde­mos contato com os nossos sentimentos, ou esquecemos como é que se chora. Para nós geralmente é mais difícil atingir este estágio de reconstrução. Que as lágrimas dessas mulheres nos lembrem a im­portância de não esconder nossos sentimentos, ou de não fingir que eles não existem. Maturidade implica aprender a expressar nossas emoções apropriadamente. Noemi passou pela dor e chegou à deter­minação de edificar uma vida nova no futuro.

Que Noemi também nos faça lembrar que nossos sentimentos mais profundos e nossas ansiedades não estão ocultos de Deus. Ela deliberadamente apresenta a ele os seus sentimentos de maneira bem franca. Realmente, ela lança toda a responsabilidade do seu destino nas costas de Deus! Ela agora experimenta Deus como um inimigo (cuja mão foi descarregada contra ela). Dele foi também a mão por trás da fome e das mortes, primeiro de seu marido e, depois, dos seus filhos. Mas ela mantém estas amargas experiências dentro do con­texto da sua promessa, lembrando-se, e às suas noras, do seu nome:

 Javé, o Senhor.

O que significa a fé em Javé em períodos de aflição? Mais tarde voltamos os olhos para o sofrimento e, às vezes, discernimos o bem que veio após ele. Outras vezes, não. Frequentemente, podemos crer, o sofrimento nos confronta, mais que qualquer outra coisa, com a transitoriedade e fragilidade de nossas vidas. 

O sofrimento, como bem se vê no livro do Dr. Martin Israel, The Pain that Heals (O Sofrimento que Cura), pode nos colocar em contato com dimensões mais profundas da vida espiritual. O sofrimento (que o Dr. Israel chama de "a face escura" de Deus) pode ser o caminho para o crescimento e a maturidade do caráter: dor que cura. Mas na hora não sentimos assim. Na hora, como o testifica a experiência de Noemi, a essência da confiança, durante toda a experiência da aflição, é nos colocarmos humildemente debaixo da mão de Deus, da qual recebe­mos o golpe, na firme crença de que (apesar de todas as aparências) é a mão do Pai de amor.

"Garante-me, ó Senhor, a força de atravessar o vale da sombra da morte de modo que, ao sair do outro lado, eu seja uma pessoa melhor, mais compassiva, mais aproveitável por ti como testemunha e mais útil ao meu irmão como servo."

Uma fé assim deve ter tido uma influência vital na vida de Rute.

APRENDENDO COM JESUS

A PARÁBOLA DO CONSTRUTOR DE UMA TORRE

 


parábola do construtor de uma torre está registrada em Lucas 14.28-30

 O contexto dessa parábola é a respeito da abnegação que o servo de Deus deverá ter em sua vida. Imediatamente antes de proferir essa parábola, Jesus diz: “Se alguém vem a mim e não aborrece a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs e ainda a sua própria vida, não pode ser meu discípulo. E qualquer que não tomar a sua cruz e vier após mim não pode ser meu discípulo.” (Lucas 14.28). 

Jesus, então, expõe a parábola e usa como ilustração o desejo das pessoas em construir coisas. No caso específico Ele usa o exemplo da construção de uma torre. O foco de Jesus é comparar a forma como um projeto humano é realizado com a forma com que um projeto espiritual deve ser realizado.



Essa parábola nos traz uma visão bastante ampla sobre nossos planos na área espiritual e o que eles implicam em nossas vidas. Através dessa parábola Jesus lança luz a respeito de como deve ser a atitude de Seus servos diante dos Seus caminhos.

 

 Devemos ter objetivos espirituais bem concretos. No contexto dessa parábola Jesus é seguido por multidões. Certamente muitos estavam ali apenas por interesses particulares e não por interesse em Jesus e Sua mensagem. Jesus, porém, consegue demonstrar àquela multidão que era positivo ter objetivos espirituais corretos e bem definidos, porém, Jesus não os engana de que haveria implicações e um preço a pagar por assumir compromissos com Ele. 

“Se alguém vem a mim e não aborrece a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs e ainda a sua própria vida, não pode ser meu discípulo. E qualquer que não tomar a sua cruz e vier após mim não pode ser meu discípulo.”
 (Lucas 14.28)


 Tenha objetivos espirituais, mas com o pé no chão:
 Apesar do fato de ter objetivos espirituais ser algo positivo, Jesus não engana ninguém e, com essa parábola, indica que devemos pensar muito bem nas implicações de sermos discípulos Dele: “Pois qual de vós, pretendendo construir uma torre, não se assenta primeiro para calcular a despesa e verificar se tem os meios para a concluir?” (Lucas 14.28). 

A grande pergunta é: Você já pensou e refletiu a respeito do preço que lhe custará ser discípulo de Cristo? Essa pergunta deve ser respondida sinceramente antes que assumamos qualquer compromisso com Ele.

 Não pensar no ônus de ser discípulo de Cristo trará vergonha e mau testemunho. 
Da mesma forma que o construtor da torre deveria primeiro planejar para ver se tinha recursos para construir sua torre, o que deseja ser discípulo de Cristo precisa estar ciente da abnegação de vida que irá enfrentar. 

Caso não faça isso, fatalmente irá envergonhar o nome de Deus e Sua obra diante das pessoas deste mundo: “Para não suceder que, tendo lançado os alicerces e não a podendo acabar, todos os que a virem zombem dele, dizendo: Este homem começou a construir e não pôde acabar.” (Lucas 14.29-30). Podemos também inferir aqui que se esse construtor fizesse tudo com sabedoria e terminasse sua obra, seria um bom exemplo para as pessoas.

***

 


APRENDENDO COM BARRABÁS (PARTE 02)

 APRENDENDO COM BARRABÁS

João 18:39-40

Falando isto, saiu de novo, foi ter com os judeus, e disse-lhes: Não acho nele crime algum. Mas é costume entre vós que pela Páscoa vos solte um preso. Quereis, pois, que vos solte o rei dos judeus?.  Então todos gritaram novamente e disseram: Não A este não! Mas a Barrabás! (Barrabás era um salteador).

Esta mensagem mudará seu conceito de convertido e de um cristão, para um amigo do Senhor Jesus.

Esta mensagem fala-nos de um personagem muito pouco pregado nos púlpitos e que teve um papel fundamental no contexto histórico da humanidade. Alguém que mesmo com uma pequena participação literária, fez com que a história inteira tivesse um evento extraordinário.

Durante o martírio de Jesus, Ele tem que enfrentar seis julgamentos dos quais três já estavam previsto por Deus, para que ninguém duvidasse de sua soberania e realeza, e em um desses julgamentos Jesus é trazido para diante da multidão numa tentativa covarde de Pilatos de se livrar de um inocente o qual o povo queria morto.

Estavam as vésperas da páscoa e neste tempo ninguém era julgado ou crucificado não se executava ninguém embora a crucificação de três marginais já estava prevista.

Eles precisavam se apressar se quisessem ver Jesus crucificado. Como eram vésperas da Páscoa, era de costume que soltasse um preso e lhe perdoasse seus crimes, e mais uma vez o covarde Pilatos usa dessa condição para tentar se livrar do inocente Jesus, mas seu tiro sai pela culatra.

Pilatos manda dar uma surra em Jesus para que o povo ficasse satisfeito e com pena de Jesus e assim decidissem que já era o bastante e o soltassem, pois não havia nele crime algum.

Pilatos sabia quem era o criminoso chamado Barrabás, o qual ele mesmo mandou prender por crimes hediondos e agora o coloca em escolha; Jesus ou Barrabás? Quem devo soltar? Escolham e decidam entre os dois, disse Pilatos.

Mas para a surpresa de Pilatos o povo escolhe a Barrabás.

Todos gritam em uma só voz: Solte Barrabás, crucifica Jesus!

Na verdade o previsto era que Jesus, Barrabás, os dois ladrões, Dimas, o da direita e Jestas, o da esquerda fossem todos julgados e executados no mesmo dia.


Quando prenderam Barrabás, Dimas e Jestas, os romanos ao saberem que a sentença seria a morte de cruz, eles logo trataram de tirar as medidas corpórea dos condenados e assim foram feitas três cruzes, no tamanho certo de cada criminoso e no lugar certo foi iniciado um pequeno buraco para que o prego entrasse com mais facilidade.

Como Jesus foi preso, julgado e decidido que fosse crucificado, não ouve tempo para que fosse confeccionada uma cruz na sua medida. Então ao ser decidido que um deveria ser solto, e este seria Barrabás, logo a sua cruz, que era segundo a história um homenzarrão, passou para Jesus. É por isso que lhe rasgaram as carnes da juntura do ombro. Ele levou sobre os ombros uma cruz que não era dele. Ele foi pregado em uma cruz que não foi feita para Ele.

O nome verdadeiro desse marginal era Bar Aba, que significa filho de pai nobre, um patriota desordeiro, violento, revoltado. Um homem natural da cidade de Jope.

Tinha como profissão ser remador de botes, porém devido a falta do pagamento dos impostos, que eram muito altos, as autoridades romanas lhe tomavam o seus pertences para pagar impostos atrasados, lhe tirando a ferramenta de sustento, e com isso ele se tornou um revoltado com o confisco de seus bens, e entre eles o bote. Era dotado de muita coragem, força e espírito de iniciativa, mas era muito ignorante e falador.

Com os prejuízos que sofrera, acabou se tornando um salteador das estradas e seu ofício ganhou fama e alguns seguidores, formando um pelotão de marginais do qual se tornou o chefe. Gerava muito medo por onde andava, pois roubava todos os pertences de quem quer que seja. Chegou a vir as escondidas para a cidade de Jerusalém onde trabalhou escondidamente na parte de baixo de Jerusalém no vale do Kidron.

Bandido ferrenho, atormentava a vida dos romanos. Cetra vez atacou com seu bando uma guarnição de soldados romanos na cidade de Cafarnaum, roubando todo o soldo da tropa. Chegou a roubar também os bens dos sacerdotes do templo judaico.

Caifás ficou muito irado e desesperado, então queixou-se a Pilatos dizendo que se não houvesse providência, iria se informar ao imperador Tibério, o que não seria nada bom para Pilatos.

Por atacar o pelotão de soldados romanos e os sacerdotes do templo, Barrabás foi procurado e caçado por todos os lugares e acabou sendo preso pelo Centurião Varro, juntamente com seus comparsas, Dimas e Jestas. Assim a pena de Barrabás seria nada mais nada menos que a crucificação.

Barrabás estava preso e já tinha sido condenado à crucificação e para ele foi uma grande surpresa ser escolhido pelo povo para ser solto. Não sabia o que estava acontecendo e só foi saber disto bem mais tarde.

Conta-nos alguns historiadores que certa ocasião em que Jesus estava reunido com os apóstolos na casa de Pedro ocasião que curou sua sogra, e Jesus estando sob o crepúsculo, muitas pessoas vinham a Ele para serem curados. Entre estas pessoas veio uma mulher que entrou chorando copiosamente e muito aflita, ela caiu de joelhos aos pés de Jesus e suplicava algo a Ele.

Os discípulos assustados, não esperavam que alguém chegasse ali e agisse daquela maneira. Então um deles a interrogou, perguntado quem era ela. E assim Barbolomeu então respondeu:

- Conheço esta mulher. É a mãe de Bar Aba. Aquele mesmo que assaltava à mão armada nas estradas de Jericó e agora está preso sendo condenado à morte, e morte de cruz no monte Calvário.

A mulher disse a Jesus: - Senhor, tem piedade de meu filho Bar Aba, que foi condenado a morte. Ele foi arrastado ao crime por injustiças e desesperos. Sempre foi um rapaz obediente, dedicado ao trabalho. Entretanto, atraído por estes males se envolveu com quadrilhas que assaltavam os viajantes que assustam Samaria e Damasco. Tem pena de mim, que sou mãe desventurada, pois sei que tudo podes. Curaste o filho da viúva de Naim, o cego de Jericó, o servo do Centurião romano e ressuscitaste Lázaro, o irmão de Marta.

Jesus olhou amorosamente a mãe aflita de Barrabás e perguntou-lhe:
- Que queres de mim, mulher? Disse Jesus.

- Peço-te que o salves meu filho da morte, pois dentro de alguns dias será crucificado. Sei que és bom e podes impedir que ele morra. Faze um milagre. E assim concluiu, chorando e beijando os pés do mestre.

Então Jesus completa dizendo:
- Vai, mulher, porque Deus tem ouvido as tuas orações e por isso mandou seu filho ao mundo, para que se cumpram as escrituras.

A mulher beijou as sandálias do divino mestre e saiu a correr dentro da noite alta e tranqüila, gritando como quem fala para o mundo:
- Jesus salvou meu filho! Ben Bar Aba não morrerá
.

Mateus chama Barrabás de um "preso muito conhecido". Marcos diz que ele foi "preso com amotinadores, os quais em um tumulto haviam cometido homicídio". Lucas afirma que ele foi lançado na prisão "por causa de uma sedição na cidade e também por homicídio". João o chama "salteador". Sim! ele era tudo isso, mas aprove a Deus colocá-lo em seus planos.

Chegou o dia da crucificação de Barrabás, Dimas e Jestas, porém algo estava para acontecer. Algo que mudaria a história de um condenado chamado Bar Aba.

Penso que no corredor da morte Barrabás faz uma reflexão de vida, e talvez desejasse ver sua mãe. Então um barulho se faz ser ouvido na prisão. É o som de alguém abrindo a porta da cela. E ele logo pensa: 
Chegou a minha hora de morrer

Ent
ão o soldado romano vai em direção a Barrabás e diz a ele:
- Pode ir Barrab
ás! Você está livre!

Talvez meio assustado e sem muito acreditar, ele pergunta:
- Mas eu não vou morrer?

E o soldado romano que a tudo assistiu lá fora, e também sem muito acreditar, reponde:

- Outra pessoa vai morrer em seu lugar!

Assim Barrabás sai e é levado até a presença de Pilatos para ser posto em liberdade. Ao chegar no que mais parecia um tribunal público ele se encontra com aquele que morreria em seu lugar e por um instante Barrabás olha nos olhos de Jesus e pensa em seu intimo:

O que será que ele fez para morrer em meu lugar?

Mesmo sem mover os lábios ele ouve uma voz que lhe fala no coração:
- Vai em paz! Você está livre! Eu morrerei em seu lugar.

O restante creio que você já sabe. Jesus foi crucificado e como foi com o primeiro Adão, agora com o segundo Adão dá vida a sua noiva, mas esta é uma outra mensagem.

Não se sabe se Barrabás mudou de vida, nem o que aconteceu com ele depois da morte de Jesus. Mas eu creio que vou encontrá-lo no céu, e então vou lhe perguntar:

- Amigo irmão Barrabás. Você soube mais que ninguém o sentido da frase: Jesus morreu em meu lugar. Ent
ão me diga como foi aquele dia na sua vida?

CONCLUSÃO Hoje eu não quero dizer ou pregar para um povo que ficou como acusadores e assim ainda escolhem crucificar a Jesus, pois ainda continuam a se contamirarem com os mesmos pensamentos de maldade.

Mas quero dizer para os muitos Barrabás que estão no corredor da morte, pois algumas injustiças humanas, ou algumas tempestades da vida o fizeram revoltar contra tudo e contra todos.

Pessoas que sofreram grandes perdas irreparáveis e dolorosas, e assim se tornaram amargas, não que sejam amargas, mas se tornaram amargas e tristes. A estes quero me dirigir agora e dizer lhes que Jesus morreu em seu lugar e você está livre para adorá-lo e ser feliz.

Verdadeiramente Barrabás sentiu na pele o que é ouvir e viver. E assim ele poderia dizer o que eu peço humildemente a você que diga agora aí onde está agora: JESUS MORREU EM MEU LUGAR!!

JESUS MORREU EM MEU LUGAR!!
Eu estou livre!

APRENDENDO COM JESUS

 A VOLTA DE JESUS

Buscai antes o reino de Deus, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. Não temais, ó pequeno rebanho, porque a vosso Pai agradou dar-vos o reino. Vendei o que tendes, e dai esmolas. Fazei para vós bolsas que não se envelheçam; tesouro que nunca acabe, aonde não chega ladrão e a traça não rói. Porque, onde estiver o vosso tesouro, ali estará também o vosso coração. Estejam cingidos os vossos lombos, e acesas as vossas candeias. E sede vós semelhantes aos homens que esperam o seu senhor, quando houver de voltar das bodas, para que, quando vier, e bater, logo possam abrir-lhe. Bem-aventurados aqueles servos, os quais, quando o Senhor vier, achar vigiando! Em verdade vos digo que se cingirá, e os fará assentar à mesa e, chegando-se, os servirá. E, se vier na segunda vigília, e se vier na terceira vigília, e os achar assim, bem-aventurados são os. Sabei, porém, isto: que, se o pai de família soubesse a que hora havia de vir o ladrão, vigiaria, e não deixaria minar a sua casa. Portanto, estai vós também apercebidos; porque virá o Filho do homem à hora que não imaginais.  (Lucas 12:31-40)

Muitaa gente preocupada com a volta de Jesus nas redes sociais, muitas dúvidas sobre pecados sexuais, perguntas complicadas, tentações e posicionamento certo para servir a Deus  

- Não fiquem ansiosos (Ansiedade divide a mente, com preocupação pelo amanhã e depois e frustração pelo que já aconteceu)

- Ansiedade fora do normal é pecado  / – Hoje em dia não é fácil controlar a ansiedade / 100% das pessoas nessa modernidade, são ansiosas / - Não compete a nós sabermos o dia, nem a hora (volta logo Jesus, estou sofrendo, volta agora não, preciso me casar)

- Estejam servindo, acesos, a luz de Cristo deve estar brilhando em nós / - Estejam vigiando contra tudo: mundo, pecado, tentação (não ameis o mundo, não brinque com o pecado, evite a aparência do mal  / - Ninguém pode imaginar a volta de Jesus (é segredo, é mistério) tudo é para a gente viver pela fé 

- Alguns sinais vão anteceder, anunciar a volta de Jesus, vários sinais já passaram, ultimamente, muitos sinais acontecem: divisão em família, religião dividida, conflitos emocionais, crenças diferentes

- Temos que ter discernimento dos acontecimentos na terra, fazer uma leitura do mundo atual -  Muita atenção e cautela ao mundo religioso: Falsos mestres, falsos pastores, crentes com motivações erradas na igreja (Simão, o mágico), mercenários da fé, criadores de seitas (matéria no fantástico)

- Preste atenção no arrependimentos e frutos

- Campanhas portas abertas nas igrejas (tipo assim, passe pela porta, Deus vai abrir e dar as oportunidades que você precisa, vai realizar os teus desejos, participe da campanha todas as semanas)

Eu prefiro a porta estreita da Bíblia, obedecendo ao Senhor sempre em santidade e retidão, integridade7 e justiça, automaticamente as benção vão te alcançar, você não precisa passar por outra porta inventada pelos homens fraudulentos

 - Evite a porta larga onde muitos estão entrando até no meio religioso

Paulo fala muito sobre a volta de Jesus em 1 Tessalonicenses 5:1-11 - Mas, irmãos, acerca dos tempos e das estações, não necessitais de que se vos escreva; Porque vós mesmos sabeis muito bem que o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida, e de modo nenhum escaparão. Mas vós, irmãos, já não estais em trevas, para que aquele dia vos surpreenda como um ladrão; Porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da noite nem das trevas. Não durmamos, pois, como os demais, mas vigiemos, e sejamos sóbrios; Porque os que dormem, dormem de noite, e os que se embebedam, embebedam-se de noite. Mas nós, que somos do dia, sejamos sóbrios, vestindo-nos da couraça da fé e do amor, e tendo por capacete a esperança da salvação; Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo, Que morreu por nós, para que, quer vigiemos, quer durmamos, vivamos juntamente com ele. Por isso exortai-vos uns aos outros, e edificai-vos uns aos outros, como também o fazeis.  (1 Tessalonicenses 5:1-11)

Porque haverá então grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco há de haver. E, se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma carne se salvaria; mas por causa dos escolhidos serão abreviados aqueles dias.
Então, se alguém vos disser: Eis que o Cristo está aqui, ou ali, não lhe deis crédito; Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos. Eis que eu vo-lo tenho predito. Portanto, se vos disserem: Eis que ele está no deserto, não saiais. Eis que ele está no interior da casa; não acrediteis. Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até ao ocidente, assim será também a vinda do Filho do homem. Pois onde estiver o cadáver, aí se ajuntarão as águias. E, logo depois da aflição daqueles dias, o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências dos céus serão abaladas. Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória.  (
Mateus 24:21-30)

 

Em Mateus 24:28 - Jesus usa uma metáfora muito interessante, ele cita um animal de rapina: abutres e cadáveres

É uma metáfora interessante que Jesus descreveu o tempo do fim, muitas tragédias acontecendo, muitas catástrofes, onde surgem muitos cadáveres, muita gente morrendo em catástrofes

Onde tem muitos urubus é sinal que tem muita carniça  - Também será um sinal da volta de Jesus

Onde tem muitos sinais, é porque já está chegando a hora dos momentos finais, do juízo de Deus, da grande tribulação, do julgamento, do tribunal de Cristo 

Permaneça firme, fique posicionado, não fique na zona de conforto e nem na zona de desistências, fique na zona de perseverança

 

Mateus 24:12 -14  …E, por causa da multiplicação da maldade, o amor da maioria das pessoas se esfriará.  Aquele, porém, que continuar firme até o final será salvo. E este evangelho do Reino será pregado em todo o mundo habitado, como testemunho a todas as nações, e então chegará o fim.

A grande tribulação virá, antecedendo o fim... Prepare-se, esteja vigilante, persevere na fé, aquele que persevera até o fim, será salvo

Perseverar até o fim, significa ser fiel até a morte, temente a Deus, praticando a verdade

Muitas vezes, perseverar também é, seja resiliente, se adapte as mudanças, não se antecipe ao que é mal, fique pra trás, está todo mundo obtendo vantagem, fique pra trás, está todo mundo ansioso, fique pra trás, está todo mundo preocupado, fique tranquilo, descanse fique pra trás, está todo mundo querendo ficar rico, próspero materialmente, fique pra trás, não faça nada em vão, tentando ganhar o mundo e perder a sua alma

Desperta, tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá. (Efésios 5:14)

 

 

TUDO QUE JESUS FAZ É BOM

 

No terceiro dia houve um casamento em Caná da Galiléia. A mãe de Jesus estava ali; Jesus e seus discípulos também haviam sido convidados para o casamento. Tendo acabado o vinho, a mãe de Jesus lhe disse: "Eles não têm mais vinho".
(
João 2:1-3)

...e o encarregado da festa provou a água que fora transformada em vinho, sem saber de onde este viera, embora o soubessem os serviçais que haviam tirado a água. Então chamou o noivo e disse: "Todos servem primeiro o melhor vinho e, depois que os convidados já beberam bastante, o vinho inferior é servido; mas você guardou o melhor até agora". Este sinal miraculoso, em Caná da Galiléia, foi o primeiro que Jesus realizou. Revelou assim a sua glória, e os seus discípulos creram nele. (João 2:9-11)

Jesus nos mostra que ele faz o que é bom, pra gente fazer melhor ainda. Onde ele estava, onde passava fazia a diferença, porque fazia o melhor e todos glorificavam a Deus 

- Jesus é o bom vinho (fez o melhor, até sobrou

- Jesus é a boa pescaria (Fizeram a melhor pesca, segundo a sua palavra, houve abundância/sobras)

- A boa multiplicação – Ele fez o seu melhor saciou a fome de muita gente (Houve sobras)

Jesus disse: Vocês pescaram muito peixe, pois bem, agora me sigam, façam o mesmo, vocês agora vão ser pescadores de homens (võa salvar muita gente, vão fazer o melhor esforço para pescar muita gente, muita gente vai glorificar a Deus )

Jesus tinha o poder de pescar muito peixe, com ele no negócio, o pescar (evangelizar) muita gente também será possível

Faremos obras maiores que ele, e tudo do melhor e do bom, e com mais qualidade, dedicação e empenho

- Melhor trabalho evangelístico

- Melhor adoração

- Melhor ajuntamento

- Melhores discípulos

- Melhores pregações

- Melhor unidade

Depois na sociedade, melhores cidadãos, melhores patrões e empregados, melhores maridos e esposas, melhores filhos, melhores trabalhadores, professores e alunos

Tudo que Jesus faz é bom

O bom pastor, parou tudo e foi atrás da ovelha perdida, o bom mestre parou tudo que estava fazendo pra ensinar o jovem rico sobre algumas lições de vida para alcançar a vida eterna.

A boa agua viva, parou pra ajudar uma mulher samaritana, com problemas afetivos e amorosos e fez dela uma missionária.

O bom samaritano parou por compaixão e ajudou, fez o possível, aquele que para tudo que tá fazendo por causa de um, faz o possível para salvar uma vida

 Você consegue parar com sua agenda para salvar uma pessoa.

 

 

 

terça-feira, 9 de janeiro de 2024

APRENDENDO COM LÓ

APRENDENDO COM LÓ 

“Então Ló escolheu para si toda a campina do Jordão, e partiu Ló para o oriente, e apartaram-se um do outro. Habitou Abrão na terra de Canaã e Ló habitou nas cidades da campina, e armou as suas tendas até Sodoma” (Gênesis 13.11-12).

Todos os dias somos desafiados através de várias circunstâncias e situações a tomarmos decisões e a fazermos escolhas. Neste texto, Abrão, para evitar maiores problemas e confusões entre os seus servos e os servos de seu sobrinho Ló, decidiu por se separar de Ló. Ló decidiu escolher viver nas campinas de Sodoma e Gomorra e Abrão decidiu habitar na terra de Canaã. Vejamos em que foram baseadas as suas decisões e ao que elas os conduziram.

Ló fez uma escolha baseada nas aparências.
Ló não orou, não buscou a direção de Deus e baseou sua escolha somente em sua visão humana. Deixou-se levar pelo encantamento dos olhos, pela cobiça humana e foi acampar nas campinas das cidades pagãs de Sodoma e Gomorra. Lembremo-nos dos ditados populares: “Nem tudo que reluz é ouro”; e “Quem vê cara não vê coração”. As campinas dessas cidades eram excelentes, porém, elas representam as fronteiras e a proximidade com o mundo.

A Bíblia nos diz: “Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo” (1ª João 2.15-16).

Uma escolha baseada no egoísmo.
Nem sempre o caminho mais fácil é o melhor. Poucas pessoas querem pagar o preço. São poucos que estão dispostas ao sacrifício. O ser humano naturalmente é egoísta e são poucas pessoas que são altruístas. Querem o mais fácil e se esquecem que nem sempre o caminho mais fácil é o caminho melhor. E Jesus chamando a si a multidão, com os seus discípulos, disse-lhes: Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me” (Mc 8.34).

Uma escolha baseada no próprio conhecimento.
O desconhecido requer dependência de Deus. Neste caso em questão, escolher o desconhecido significa abrir mão de tomar as próprias decisões e seguir a orientação divina. O desconhecido requer muita intimidade com Deus através da oração e da meditação constante na Palavra de Deus; e desconhecido, no caso, e seguir pela fé os conselhos da palavra dada por Deus. “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem” (Hb 11.1).

Abrão fez uma escolha baseada no altruísmo.
Abrão preferiu sofrer o dano a deixar que a contenda entre os seus servos e os servos de Ló criasse uma situação insustentável entre ele e seu sobrinho Ló, ao qual amava e que queria muito bem.
“O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; tudo sofre; tudo crê; tudo espera; tudo suporta” (1ª Co. 13.4-7).

Ele, também, não fez valer seus direitos de tio ou o seu privilégio de ser o líder. Sabia que Deus o havia chamado, havia uma promessa para sua vida e ele ao invés de fazer prevalecer seus direitos, preferiu esperar em Deus. “Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu um Deus além de ti que trabalha para aquele que nele espera” (Isaías 64.4).

Uma escolha de fé com base na palavra de Deus.
Abrão foi habitar na terra de Canaã, a terra da promessa, o centro da vontade de Deus. Deus o havia chamado e o Senhor seria quem o conduziria e não suas próprias escolhas.“Ora, o SENHOR disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei” (Gn 12.1

Uma escolha baseada no conhecimento de Deus.
Abrão conheceu a Deus no seu dia a dia; de andar com Ele lado a lado; conversar com Ele; crer nas Suas promessas e seguir Suas orientações. “Conheçamos, e prossigamos em conhecer ao SENHOR; a sua saída, como a alva, é certa; e ele a nós virá como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra” (Oséias 6:3).

Lembremo-nos que as nossas escolhas e nossas decisões determinarão qual será nosso fim. Uma boa escolha determinará um bom futuro; uma má escolha acabará determinando num mau futuro. Como a Sua Palavra nos diz: “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna”(Gálatas 6.7-8).

Aonde a escolha de Ló o levou?
A ser capturado e escravizado junto com os habitantes de Sodoma e Gomorra (Gênesis 14.12). A envolver sua família com os habitantes pecadores, e pervertidos de Sodoma e Gomorra (Gênesis 19). A perder sua mulher. “A mulher de Ló olhou para trás e ficou convertida numa estátua de sal” (Gênesis 19.26). Pois ela amava mais o mundo (as cidades de Sodoma e Gomorra) do que a salvação oferecida por Deus através dos anjos (Gênesis 19.29-30). A cometer incesto com suas duas filhas (Gênesis 19.30-36). A gerar deste ato de incesto, duas nações ímpias e inimigas de Israel: Os moabitas e os amonitas (Gênesis 19.37-38).

Aonde a escolha de Abrão o levou?
Obedecer a Deus pela fé ao ser chamado, indo para um lugar que havia de receber por herança (Gênesis 12.1-2). Receber divina provisão e bênção tornando-se um homem muito rico e poderoso (Gênesis 12.10-20; 13.2). Libertar a Ló que havia sido levado cativo (Gênesis 14.12-17).Interceder pelas cidades de Sodoma e Gomorra e através de sua intercessão salvar a Ló e suas duas filhas (Gênesis 18.23-33 e 19.29-30). Habitar na terra da promessa com Sara, Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa (Gênesis 12.8 e 13.3, 12 e 18).Receber a virtude e privilégio de ser pai, sua esposa concebeu a Isaque, deu à luz já fora da idade (Gênesis 21.1-8).obedecer e oferecer Isaque, quando foi provado (Gênesis 22.1-14).Gerar uma grande nação (Gênesis 22.17).Ser uma bênção para todas as famílias da terra (Gênesis 22.18). Ser considerado pai da fé de todos os que crêem (Romanos 4.16).

Pr. Silvio Correa Coelho

sexta-feira, 5 de janeiro de 2024

APRENDENDO COM DAVI (PARTE 57)

 APRENDENDO COM DAVI 

"Faleceu Samuel; todos os filhos de Israel se ajuntaram, e o prantearam, e o sepultaram na sua casa, em Ramá. Davi se levantou e desceu ao deserto de Parã.". 1 Sm25:1. Aparentemente Davi havia alcançado o zênite da maturidade espiritual. Estaria Davi preparado para governar Israel? Seria a hora dele ser colocado no trono para dirigir o povo de Deus pelos vales das dificuldades até a presença de Deus? As suas últimas atitudes deixam profundas impressões acerca de seu caráter e de sua submissão a Deus. Mas nada como uma crise para revelar o grau de nossa maturidade ou o que está por baixo de nossa aparente maturidade.

 

O Texto nos diz que é neste momento que Davi recebe uma dura notícia: "Samuel faleceu". Com a morte de Samuel, não morria apenas um amigo e um conselheiro, mas morria também a última esperança humana de Davi ser rei. Samuel representava para Davi o fato de que havia sempre um profeta e uma escola inteira de profetas orando e intercedendo por ele.

 

Agora, Samuel havia falecido. Este era um momento que a sua fé, submissão e a sua maturidade estavam sendo acrisolada. Acrisolar é uma palavra que vem do grego CRISIS. SÓ SE AMADURECE NA CRISE. NINGUÉM AMADURECE NO BEM BOM. É só através das crises que chegamos à maturidade espiritual. Porque é na crise que nós somos acrisolados. Purificados, livres das impurezas. São as crises que revelam o que há por dentro de nós. Traz à tona o verdadeiro eu de cada pessoa.

 

Neste momento de crise, Davi foge. Pensa que tudo está perdido. Deixa En-Gedi, um paraíso-fortaleza, e desce para o meio do deserto de Parã ou Maom na península do Sinai que foi no passado o deserto onde os israelitas vagaram Por 40 anos por terem desobedecido a Deus. Na crise, Davi ainda se mostra um homem vulnerável. Vulnerável aos seus sentimentos. Não orou, não buscou, não ouviu nenhuma palavra do Senhor. Apenas sentiu medo, insegurança; e guiado e controlado por esses sentimentos, tomou uma atitude suicida de fuga para o meio do nada.

 

Como é triste tomar decisões dirigidas por sentimentos. Sempre acabamos em grandes num grande deserto de dificuldades. E esse é o retrato de Davi no capítulo 25. Apesar de Davi ser um homem submisso e obediente à vontade de Deus, que não se deixava guiar pelas circunstâncias ou pela opinião dos outros, ainda assim, apresentava essa brecha em seu caráter: era um homem vulnerável as seus sentimentos. Era um homem dominado pelos seus sentimentos.

 

O problema é que os sentimentos nos cegam, os sentimentos nos roubam a lucidez. Nos impedem de ver as coisas como elas são. Porque os sentimentos não têm compromisso com a verdade, eles não têm preocupação se é certo, ou errado, se é verdadeiro ou falso, se prejudica ou não prejudica. A única preocupação dos nossos sentimentos é conquistar o nosso coração, e que nós digamos sim a tudo o que eles dizem para nós.  

 

Mas graças a Deus que Ele sempre tem os seus instrumentos para nos trazer de volta à Palavra do Senhor. E qual ou quem foi o instrumento que Deus usa para recuperar esse perdido Davi aos caminhos do Senhor novamente? Abigail.

 

A Bíblia diz que Davi, diante da atitude tola do tolo Nabal, esposo de Abigail (este mostrou total ingratidão para com as atitudes graciosas de Davi) se enche de ira, de vingança e decide matar Nabal. Contudo diz a Palavra que Abigail o demoveu de sua insana emoção.

 

Agora, como foi que Abigail conseguiu fazer Davi deixar de ser também um Nabal? (Nabal =tolo) - um homem controlado pelos seus sentimentos e fazê-lo voltar a ser um homem segundo o coração de Deus controlado pela Palavra de Deus (1 Sm.26, 30-31).

 

Ela confronta Davi com o seu futuro. Cada palavra de Abigail foi calculada para tocar, para golpear o coração de Davi controlado pelos seus sentimentos. E por que ela confronta Davi com o seu futuro? Porque os nossos sentimentos só "pensam" no aqui e no agora; eles nunca "pensam" no depois. Os sentimentos só "têm olhos" para o momento. São cegos para ver e encarar o futuro.

 

Na verdade, as pessoas só são dominadas e controladas pelos seus sentimentos porque eles nunca pensam no amanhã. Nunca se deixam confrontar com o dia seguinte. Nunca se deixam confrontar com as consequências, com as colheitas que terão que fazer amanhã.

 

Quem sabe você hoje está assim, quer se livrar dos tentáculos dos sentimentos e ser um homem controlado pela Palavra de Deus? Então, é preciso olhar para o futuro. É preciso confrontar-se com o dia de amanha. O apóstolo Paulo disse em Galatas 6 "aquilo que o homem semear, isso também ceifará". É preciso se confrontar com o amanha da colheita.

 

APRENDENDO COM JESUS

 APRENDENDO COM JESUS 

Jesus estava à mesa com os pecadores e publicanos – cobradores de impostos. O que surpreende, entretanto, não é que Jesus esteja à vontade na companhia de gente mal falada, mas que pessoas de reputação duvidosa e moral escandalosa se sintam perfeitamente à vontade na mesa de Jesus.

 

Passando por ali, viu Levi, filho de Alfeu, sentado na coletoria, e disse-lhe: "Siga-me". Levi levantou-se e o seguiu. Durante uma refeição na casa de Levi, muitos publicanos e "pecadores" estavam comendo com Jesus e seus discípulos, pois havia muitos que o seguiam.

 

Quando os mestres da lei que eram fariseus o viram comendo com "pecadores" e publicanos, perguntaram aos discípulos de Jesus: "Por que ele come com publicanos e ‘pecadores’?" Ouvindo isso, Jesus lhes disse: "Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes. Eu não vim para chamar justos, mas pecadores". [Marcos 2.14-17]

 

Fariseus, escribas, publicanos e pecadores. Os fariseus, nome que significa “separados”, eram o mais ortodoxo e rigoroso segmento do judaísmo dos dias de Jesus. Eles se consideravam “o verdadeiro Israel”.

 

Os escribas, também chamados doutores da Lei, eram estudiosos e mestres da Torah, o texto sagrado dos judeus.À época os judeus eram colônia romana e pagavam impostos exorbitantes.

 

Os publicanos eram os judeus coletores de impostos que trabalhavam para Roma nas províncias e colônias romanas.Além de serem considerados traidores de Israel, eram repudiados pelos fariseus e mestres da Lei, pois não apenas faziam o serviço sujo para Roma como também estavam envolvidos em corrupção, cobrando impostos abusivos em benefício próprio.

 

HÁ RAZÕES PARA ESTE APARENTE PARADOXO.

 

JESUS NÃO USAVA SUA AUTORIDADE PARA SE DISTINGUIR, MAS PARA SEDUZIR. O biógrafo de Jesus, Marcos, parece desenvolver sua narrativa de modo a nos conduzir propositadamente a essa cena. Apresenta Jesus ensinando com uma autoridade jamais vista anteriormente, e contrapondo seu ensino ao modelo dos religiosos escribas e fariseus. Admiradas, as pessoas se perguntavam a respeito de Jesus: “O que é isso? Um novo ensino? De onde vem essa autoridade?” (Marcos 1.22,27).

 

Os mestres de Israel formavam uma casta iniciada na Torah, e por isso se julgavam acima do povo simples, com quem falavam assentados “na cadeira de Moisés”. Jesus se misturava entre as gentes, e enquanto falava compartilhava os mistérios do reino de Deus a quem estivesse de coração aberto. Geralmente os pecadores estavam mais prontos a ouvir, pois não se sentiam intimidados nem menosprezados por Jesus. Sim, Jesus revela mistérios espirituais aos simples e pecadores.

 

JESUS NÃO USAVA SEU PODER PARA DESTRUIR, MAS PARA PROMOVER LIBERTAÇÃO. Os demônios devem temer a Jesus. Os seres humanos, não. Diante de Jesus os espíritos maus davam passos para trás, em tom suplicante para que não fossem destruídos (Marcos 1.23-26).

 

JESUS NÃO AMEAÇA OS SERES HUMANOS COM SEU PODER ESPIRITUAL. Não é um feiticeiro gerando medo, adulação indevida e subserviência. Diferentemente dos neofariseus, Jesus coloca os homens em pé, os ensina a andar com suas próprias pernas e os conduz à autonomia responsável e reverente a Deus. Sim, Jesus expulsa demônios e liberta seres humanos.

 

JESUS NÃO USA SUA PUREZA PARA SEGREGAR, MAS PARA ABRAÇAR OS EXCLUÍDOS. O leproso que de Jesus se aproxima sabe que pode ser purificado. Na tradição de Israel, o leproso era impuro, e todo aquele que com ele tivesse contato se tornaria igualmente impuro. Mas Jesus, ao tocar o leproso, purifica o leproso. Com o seu toque, em vez de ser maculado pela lepra, transfere sua pureza ao leproso (Marcos 1.40-42). Sim, Jesus abraça os impuros.

 

JESUS NÃO USAVA SUA VIRTUDE PARA CONDENAR, MAS PARA OFERECER PERDÃO. O paralítico que lhe é apresentado tem seus pecados perdoados (Marcos 2.5-7). Os religiosos, partindo do princípio que somente Deus pode perdoar pecados, expressam sua contrariedade. Jesus poderia lhes estender a mão: “Muito prazer, Deus em carne e osso”. Sabedor de seu direito e do débito dos homens, Jesus estende a mão como oferta de aproximação, perdão e reconciliação.

 

O olhar de Jesus não é condenatório. Sua voz não é acusadora. Seu tom não é moralista. Sua mensagem não é de juízo, mas de salvação. Não vem para promover “o dia da vingança de Deus”, mas para anunciar “o ano da graça do Senhor”. Sim, Jesus perdoa pecados.

 

JESUS NÃO USA SUA TRADIÇÃO RELIGIOSA PARA SE EXIMIR DAS DORES DO MUNDO, MAS PARA PROMOVER A VIDA. Os religiosos querem saber se é lícito curar no sábado (Marcos 3.1-6). A interpretação de que guardar o sábado implica distanciamento ao sofrimento humano é absolutamente rejeitada por Jesus

 

A Torah é caminho de vida e não pode ser usada para garantir aos religiosos o lugar confortável e asséptico da omissão diante do ser humano que sofre. O sábado foi criado para o homem, e não o homem para o sábado, ensinou Jesus (Marcos 2.17). Sim, Jesus usa sua religião em favor da vida.

 

Devem ser temidos os homens que se valem de sua autoridade e poder espiritual para intimidar e abusar de gente simples, sua pretensa superioridade moral para segregar os pecadores, sua pseudo virtude para condenar os que não se encaixam em seus padrões de pureza, sua religião para lavar as mãos enquanto o mundo chora.

 

De fato, não surpreende que publicanos e pecadores se sintam à vontade na companhia de Jesus. A mesa está posta: partilha dos mistérios divinos, ação que promove libertação, abraços de inclusão, oferta de perdão, compaixão, solidariedade e generosidade.

 

Para quem imagina que Jesus é condescendente com pecadores e seus pecados, corações corruptos, e comportamentos imorais, é importante sublinhar que chamava todos ao arrependimento. Não legitimava a vida torta. Mas não olhava torto para ninguém. Aliás, olhava sim. Olhava torto para os que acreditavam que não precisavam se arrepender.

APRENDENDO COM JABES

  APRENDENDO COM JABES O m enino  p rodígio da  g enealogia!   Alguém já disse certa vez que existe muito pouca diferença entre as pessoas –...