terça-feira, 26 de março de 2024

APRENDENDO COM ELIAS

 VENCENDO O DESÂNIMO



Que contraste! Em 1 Reis 18, Elias era forte e corajoso. Logo no próximo capítulo ele entrou em pânico e fugiu para salvar sua vida. O que acontecia? O que enfraquecia este grande profeta e fazia com que ele esquecesse seu dever? Era o desencorajamento que fazia Elias cair. Precisamos tomar cuidado porque o desânimo pode incapacitar nossa vida espiritual também.

O contexto da vitória de Elias no capítulo 18 é impressionante. A idolatria, especialmente a adoração de Baal, dominava o país de Israel. O rei e a rainha desta nação, Acabe e Jezabel, eram totalmente corruptos. Neste ambiente espiritual desanimador, a voz solitária de Elias soava em oposição. Ele lançou um desafio aos falsos profetas para disputarem para ver quem era o Deus verdadeiro. A competição seria simples: seriam preparados sacrifícios no altar e o deus que respondesse com fogo do céu para queimar o animal seria o vencedor. 

Os resultados foram inconfundíveis. Os idólatras clamaram a Baal desde a manhã até o meio da tarde, mas não houve resposta. Em contraste, Elias cavou uma valeta em volta do seu sacrifício, molhou o animal com doze baldes de água até o ponto em que a valeta ficou cheia e então, calmamente pediu ao Senhor que o consumisse. O fogo de Deus não somente queimou o boi, mas também as pedras do altar, a água da valeta e até a terra em volta dele. Esta demonstração dramática convenceu o povo, e os falsos profetas foram executados.

Imediatamente após, Elias partiu para o palácio em Jezreel, onde Jezabel mandou dizer que planejava matá-lo no dia seguinte. Desanimado, Elias fugiu. Ele disse ao Senhor que queria morrer e então fugiu durante quarenta dias e noites. O desânimo nem sempre é pecaminoso, mas leva ao pecado freqüentemente. Neste caso, a depressão do profeta levou-o a esquecer seu posto de serviço, fraquejar em sua fé em Deus e, finalmente, tornar-se egoísta. Ele se queixou que era o único restante que servia ao Senhor fielmente. A vida de Elias, então, oferece um modelo útil para estudar o desencorajamento, o que o causa e como vencê-lo.

Causas

Ironicamente, um dos principais fatores que produziam o desânimo de Elias era a grande vitória que ele conseguira no Monte Carmelo contra os falsos profetas. Vitórias espirituais decisivas são momentos especialmente vulneráveis; somos mais suscetíveis nesses momentos tanto ao orgulho como ao desencorajamento. Neste caso, sem dúvida, Elias previu um reavivamento avassalador. 

Talvez ele esperasse que Acabe e Jezabel de algum modo conduzissem a nação inteira ao arrependimento. Assim, o desafio continuado de Jezabel foi uma decepção. A mesma coisa pode acontecer conosco. Quando as coisas vão bem, nossas expectativas são grandes. Então vem o revés, e ficamos desencorajados.

Uma segunda coisa que causou a depressão de Elias foi seu fracasso em conseguir os resultados desejados. Depois de anos de fidelidade ao Senhor e depois da matança dos falsos profetas, nada tinha realmente mudado. Ou assim parecia. É extremamente desanimador trabalhar, trabalhar, trabalhar e mesmo assim não ver resultado positivo. Isto não é incomum. Noé, um pregador da justiça (2 Pedro 2:5), procurou salvar somente sua própria família. 

Jesus mesmo foi desprezado e rejeitado (Isaías 53:3; João 1:11). Muitos dos mais diligentes servos de Deus têm experimentado a frustração de ver os pequenos resultados de seu labor. Quando vemos pouco ou nenhum fruto de nossas atividades no serviço do Senhor, precisamos ser pacientes (Gálatas 6:9) e confiar em que a colheita virá (1 Coríntios 15:58). Terceira coisa, Elias estava desanimado porque aqueles que deveriam estar servindo o Senhor se esqueciam dele. Acabe e Jezabel deveriam ter sido os guias espirituais daquela nação. 

A conduta deles era desmoralizante. Para nós, podem ser os irmãos que nos desapontam. A oposição do mundo não surpreende, mas quando vemos aqueles que declaram estar servindo o Senhor voltar suas costas a ele, isto se torna mais do que podemos suportar. Isto não é um problema novo. Josué e Calebe ficaram virtualmente sós (Números 14). Num momento crítico em sua vida, Paulo foi abandonado por todos os irmãos (2 Timóteo 4:16). Precisamos continuar servindo a Deus, independente da resposta dos outros (Habacuque 3:17-18).

Uma quarta causa do desencorajamento de Elias foi a comiseração de si mesmo. Ele estava sentindo pena de si mesmo. Ele sentia que estava só, que todos os outros tinham abandonado o Senhor. É difícil ficar deprimido quando se está fixo na obra do Senhor, mas quando se está pensando principalmente em si mesmo, o desânimo quase sempre acontece.

A culpa era uma causa final da depressão de Elias. Ele tinha abandonado sua responsabilidade e agido sem a orientação de Deus. Ele sabia que estava errado porque estava na defensiva quando o Senhor falou com ele. Precisava de perdão e necessitava voltar ao seu posto de serviço. A culpa freqüentemente produz depressão. Algumas vezes, quando estamos abatidos, não precisamos simplesmente arranjar um modo de sentir melhor, mas precisamos de arrepender.

A pergunta de Deus

O Senhor veio a Elias duas vezes e perguntou: "Que fazes aqui, Elias?" (1 Reis 19:9, 13). Aqui estava um homem bom e justo que tinha caído. Como Deus lidaria com ele? Deus não ficou aborrecido ou desistiu dele. Por outro lado, Deus também não o mimou. O Senhor desafiou-o diretamente, ajudando-o a superar seu desânimo, e reassumir seu serviço fiel. É encorajador perceber que Deus cuida de seus servos fracos e decaídos, e que ele trabalha para encorajá-los e restaurá-los. É também bom ver o modelo do Senhor quando procuramos ajudar a reerguer nossos irmãos quando se tornam abatidos. Não devemos abandoná-los com desprezo, mas também não devemos só tentar fazê-los se sentir melhor. Precisamos desafiá-los e ajudá-los a se levantar novamente na obra do Senhor.

Curas

Quando o Senhor visitou Elias na montanha e perguntou o que ele estava fazendo ali, Deus lhe disse para sair "e põe-te neste monte perante o SENHOR." Deus mostrou a Elias um vento grande e forte que quebrou as rochas da montanha em pedaços, depois revelou um terremoto e depois um fogo. Cada um deles demonstrava o poder de Deus, algo que Elias precisava ver urgentemente. Ele precisava de mais confiança no Senhor; precisava ver quem estava ao seu lado. 

Mas, surpreendentemente, o Senhor não estava no vento, nem no terremoto, nem no fogo. Por fim, Elias ouviu um sopro suave e ali estava o Senhor! A lição parece ser que precisamos confiar no Senhor até mesmo quando não vemos nada dramático. Deus pode trabalhar quieto, por meios pequenos e aparentemente insignificantes. Precisamos deixar mais nas mãos de Deus e não esperar que ele sempre opere de uma maneira dinâmica e impressionante. Elias estava esperando um vento, um terremoto e um fogo, mas o Senhor estava num som soprado suavemente. Em tempos de desencorajamento, confiemos no Senhor, esteja ele agindo sensacionalmente ou imperceptivelmente.

Deus deu a Elias uma tarefa para cumprir. Ele lhe disse que ungisse Azael como rei sobre a Síria e Jeú como rei de Israel, e Eliseu como seu próprio sucessor. Elias precisava apressar-se; sua inatividade lhe havia dado simplesmente mais tempo para se lamentar. Dificilmente, ficamos deprimidos quando estamos ativos. Mas quando nos sentamos e remoemos um pensamento, então ficamos desanimados.

Finalmente, o Senhor falou a Elias sobre os 7000 que jamais haviam se prostrado diante de Baal. Elias não tinha percebido aqueles que eram os verdadeiros servos do Senhor. Ele nunca tinha observado que não era realmente o único restante. Quando estamos desencorajados, nossa tendência é pensar que tudo e todos estão contra nós. Precisamos reconhecer as coisas boas como as más. Conquanto nossa tendência possa ser nos retirarmos daqueles que nos elevariam, os momentos de depressão são, muitas vezes, os próprios momentos em que precisamos mais da amizade de nossos irmãos. Posso não estar com vontade de ir à igreja, ou passar algum tempo com um irmão cristão, mas se eu fizer isso vou me sentir reanimado.

Aplicação

Os cristãos ficam, às vezes, desanimados. Nesses momentos precisamos voltar-nos para o Senhor e permitir que ele nos ajude a superar a depressão, para que não nos enfraqueçamos e nos afastemos dele. E para nós, como para Elias, as soluções são relativamente simples. Precisamos de mais confiança no Senhor, até mesmo quando não o observamos operando de modos dramáticos. Precisamos nos levantar e nos ocupar, deixando de pensar em nós mesmos. E precisamos ver o bem à volta de nós e passar mais tempo com nossos irmãos.




AUTOR: Gary Fisher



APRENDENDO COM ACABE

 APRENDENDO COM ACABE


Deus rejeitou Acabe com orei. Este homem casou-se com uma mulher má e idólatra

2 Corintios 6:14

Este foi o casal das indignidades. Juntos estavam no poder e o povo sentia dificuldade para sobreviver

A idolatria corria solta por Israel na época de Acabe, e este senhor estava levando a nação para o desastre total

Deus levanta o profeta Elias para confrontar o casal que insistia com a idolatria

1 Reis 16:30

Acabe e sua esposa Jezabel se envolveram com maldade, idolatria, afastamento de Deus e o povo pereceu junto com eles

1 Reis 16:31-32

Deus sempre procurou levar as pessoas para longe da idolatria para que pudessem ter paz de espírito, foi assim que procurou alertar Acabe através de Elias, mas Jezabel fora-lhe péssima influência

Acaba só fez coisas ruíns e ainda por cima era totalmente manipulado por sua esposa idólatra

1 Reis 16:31-33

Acabe provocou a ira de Deus e passou a adorar outros deuses, tudo para acabar com o culto ao verdadeiro Deus

Foram devotos a Baal e espalharam uma falsa religião

Deus pesou a mão sobre Acabe que teve um final triste, Elias profetizou a morte do casal de forma trágica.

Acabe morreu numa batalha, vítima de uma flecha perdida e Jezabel jogada de uma janela pelos eunucos, morreu na queda, sendo comida pelos cães

Sem obediência a Deus não há final feliz, a pessoa sem Deus só desce na escala moral e espiritual

Obediência a Deus é o segredo do sucesso!

***

APRENDENDO COM JOSUÉ

 

A História de Josué

Josué foi o homem responsável por liderar o povo de Israel na conquista da terra prometida. Ele foi o sucessor de Moisés. Antes de estudarmos sobre quem foi Josué, precisamos saber que existem pelo menos três pessoas na Bíblia com certo destaque que levam o nome “Josué”.

Em 1 Samuel 6:14, encontramos a menção sobre Josué, o bete-semita. Ele possuía um campo para onde a Arca da Aliança foi levada quando os filisteus a devolveram a Israel. Em Zacarias 6:11, outro Josué é citado. Ele era um sumo sacerdote, filho de Jozadaque, que viveu no período de restauração do exílio em 537 a.C.

Agora que conhecemos os outros dois personagens bíblicos se chamavam Josué, poderemos nos concentrar na história do principal Josué da Bíblia, o sucessor de Moisés.

 

Apesar da história de Josué ser contata com mais destaque no livro do Antigo Testamento que leva seu nome, Josué aparece na narrativa bíblica já no livro de Êxodo (Êxodo 17:8-16; 33:11). Ele era filho de Num, da tribo de Efraim (Números 13:8).

O significado do nome Josué

Em primeiro lugar, é preciso ressaltar que o nome original de Josué dado por sua família era Oseias, que significa “salvação” (Número 13:8; Deuteronômio 32:44). Oseias é um nome que ocorre muitas vezes na tribo de Efraim (1 Crônicas 27:20; 2 Reis 17:1; Oseias 1:1).

Moisés adicionou o nome divino e o chamou de Yehoshua, que significa “Jeová é salvação” (Números 13:16). Esse nome normalmente é transliterado para o português como “Josué” ou “Jesuá” (Neemias 3:19; 13:8). Ele possui a mesma forma grega do nome de Jesus (Atos 7:45; Hebreus 4:8).

Josué, auxiliar de Moisés

Em Êxodo 33:11, Josué é descrito como um jovem escolhido por Moisés como seu assistente pessoal. Antes, em Êxodo 17, somos informados de que Moisés delegou a ele o comando das tropas israelitas que lutaram contra os saqueadores amalequitas em Refidim.

Quando Josué saiu do Egito, ele já tinha mais de 40 anos de idade. Por isso alguns estudiosos considerem a possibilidade de ele ter sido treinado militarmente pelo exército de Faraó.

Josué serviu como auxiliar direto de Moisés quando ele recebeu a Lei no Monte Sinai. Ele também acompanhou Moisés em todas as vezes que ele foi à tenda onde encontrava e ouvia o Senhor (Êxodo 24:13; 32:17; 33:11; Números 21:28).

Certamente esse foi um período de muito aprendizado para Josué. Ele entendeu como esperar no Senhor e aprendeu a ser um adorador fiel. Além disso, ele pôde adquirir traços do comportamento de Moisés e adicionar ao seu próprio valor pessoal, como a paciência, mansidão e liderança.

Josué, um dos doze espias em Canaã

Josué também foi designado como o representante da tribo de Efraim para ser um dos doze espias que foram averiguar a terra de Canaã e seus habitantes (Números 13:8-14). Após a missão de reconhecimento, dentre todos os espiões, apenas Josué e Calebe defenderam a ideia de que os israelitas deveriam prosseguir com a invasão de Canaã. Eles entenderam que a terra “era muito boa” (Números 14:7).

 

Naquela ocasião, Calebe era o mais velho e exercia maior liderança. Isso explica o fato de às vezes Calebe ser mencionado sozinho nessa conexão. Porém, o próprio contexto deixa claro a participação de Josué na missão de reconhecimento, e seu apoio às recomendações de Calebe.

O comportamento de Calebe e Josué foi muito mais do que um relatório militar. Na verdade, foi uma nítida demonstração de confiança na promessa de Deus acerca daquela terra. Os outros dez espias incrédulos morreram de praga perante o Senhor (Números 14:36-38).

Josué, sucessor de Moisés

Josué foi oficialmente escolhido como sucessor de Moisés nas planícies próximas do Jordão. Quando Moisés entendeu que morreria antes de entrar em Canaã, ele separou Josué para ser o novo líder do povo de Israel, segundo a ordem do Senhor. A liderança de Josué foi coordenada com o sacerdócio de Eleazar (Números 27:12-23; Deuteronômio 3:21-29).

Moisés, solenemente, investiu honra e autoridade em Josué perante toda a congregação de Israel. Ele também impôs as mãos sobre ele e compartilhou o espírito de sabedoria (Deuteronômio 3:21-29).

Publicamente, Moisés advertiu Josué a ser corajoso e forte, para que ele pudesse cumprir a missão de levar Israel à terra que Deus havia prometido (Deuteronômio 31:3-8). No mesmo capítulo do livro de Deuteronômio, lemos que quando Moisés e Josué se dirigiram à tenda da congregação, Deus comissionou Josué de forma direta (Deuteronômio 31:14-23).

Mais tarde, já depois da morte de Moisés, Deus novamente repetiu a ordem dada particularmente a Josué. Com isso Ele renovou suas promessas e o encorajou na véspera da invasão de Canaã (Josué 1:1-9).

Josué, líder do povo de Israel

Após a morte de Moisés, Josué foi o responsável por liderar o povo de Israel na conquista da terra prometida por Deus. De todos os israelitas que partiram do Egito com Moisés, somente Josué, Calebe e aqueles que tinham menos de vinte anos de idade, receberam a permissão de Deus para entrar em Canaã (Números 26:65; 32:12; Deuteronômio 1:34-40).

Logo no início de sua liderança, Josué precisou enfrentar dois grandes problemas. Primeiro ele precisou fazer com que o povo conseguisse passar pelo rio Jordão. Depois ele também precisou vencer o exército dos cananeus que surgiu logo a sua frente.

Josué enviou dois espias para fazerem um relatório de reconhecimento da fortaleza de Jericó. Esses espias receberam a cooperação de Raabe, uma habitante de Jericó. Josué também pediu para que eles mantivessem a missão em segredo. O motivo disso era para que não se repetisse o que ocorreu anteriormente na missão com doze espias enviados por Moisés. Naquela ocasião os dez espias incrédulos conseguiram desencorajar o povo.

O agir de Deus a favor do povo de Israel fez com que os moradores daquelas terras ficassem apavorados (Josué 2:9-11). No capítulo 3 do livro de Josué, temos a descrição de como Deus, sobrenaturalmente, interrompeu as águas do Jordão quando os sacerdotes que levavam a Arca da Aliança pisaram nas águas. Assim o povo de Israel passou a seco marchando em direção a Jericó.

Josué toma Jericó

Josué demonstrou toda sua confiança em Deus, obedecendo a cada uma das táticas que Deus lhe dava para ser vitorioso na terra de Canaã. Muitas dessas táticas, aos olhos humanos, eram completamente inusitadas. Foi assim na tomada de Jericó, onde os sacerdotes e o povo foram ordenados a marcharem em volta da cidade. No sétimo dia, quando os sacerdotes tocaram as buzinas e o povo gritou com grande brado, as muralhas de Jericó caíram.

Com exceção de Acã, o exército israelita seguiu a ordem de não saquear as ruínas da cidade buscando despojos de guerra em benefício próprio. A atitude de Acã trouxe duras consequências, não só para ele, mas para o próprio povo de Israel. Os israelitas acabaram sendo derrotados em sua primeira investida contra os homens de Ai (Josué 7).

Já no segundo ataque a Ai descrito em Josué 8, podemos ver a tamanha habilidade e estratégia que eram comuns nas campanhas militares de Josué. Naquela ocasião os israelitas fizeram uma emboscada. Eles simularam uma fuga e enganaram o exército de Ai, fazendo com que os soldados inimigos saíssem de sua cidade fortificada. Assim eles foram fatalmente derrotados.

Por todo o livro de Josué encontramos exemplos das incríveis ações militares lideradas por ele. Um desses exemplos foi a marcha noturna de Gilgal para aliviar o cerco de Gibeão. Durante a batalha descrita no capítulo 10, vemos como a providência divina acompanhou aquele povo.

Por exemplo: na saraiva enviada pelo Senhor que matou mais inimigos do que o próprio exército de Israel pela espada; e pelo episódio tão conhecido em que o sol parou e a lua se deteve, até que os filhos de Israel se vingaram de seus inimigos. Aquele foi um dia que jamais se repetiu em toda a História (Josué 10:12-14).

Muitas pessoas tentam encontrar nesse texto um possível erro bíblico. Elas alegam que o erro está no fato de o texto descrever que o sol e a lua pararam, ao invés da rotação da Terra. Mas essa discussão é completamente descabida. A Bíblia usa a linguagem do observador. Isso significa que mesmo em nossos dias, em pleno século 21, caso a rotação da terra parasse, do ponto de vista do observador, isto é, de quem está na terra, o sol é que estaria parado no céu.

Josué conseguiu subjugar toda a terra de Canaã, e fez a distribuição das terras entre as tribos de Israel. Depois, gradualmente os israelitas foram se instalando nas terras e construindo seus edifícios. Isso ocorreu no período que compreende desde a época dos juízes até o reinado de Davi.

A morte de Josué

Quando chegou o tempo de Josué dissolver seu comando, ele reuniu todas as tribos de Israel. Em seu discurso de despedida, ele pediu que os filhos de Israel renovassem o compromisso de sua aliança com Deus. Ele também advertiu o povo a guardar os mandamentos do Senhor e a serem sempre fieis (Josué 23:6).

Josué morreu com 110 anos de idade, e foi sepultado em suas terras, perto de Timnate-Sera, que está no monte Efraim, ao norte do monte Gaás (Josué 24:30).

O exemplo de Josué

Josué pôde ver o poder de Deus desde o Egito, passando pelo período no deserto, até chegar, finalmente, na terra prometida em Canaã. A história de Josué e o seu exemplo como homem temente a Deus, certamente nos ensinam muitas lições. Alguns pontos que podemos destacar sobre esse notável homem de Deus são:

1.     Josué soube ser um excelente liderado quando esteve sob o comando de Moisés.

2.     Josué possuía todas as qualidades de um verdadeiro líder.

3.     Coragem era uma marca constante em sua vida. Josué foi corajoso desde sua juventude, ainda no início da peregrinação de Israel pelo deserto, até as grandes batalhas lideradas por ele em Canaã.

4.     Ele estava sempre atento às ordens de seu divino Comandante.

5.     Ele tinha consigo a nítida certeza de que seu sucesso na liderança daquele povo dependia completamente de sua obediência ao Senhor.

6.     Por mais inusitada que parecesse, Josué nunca questionou as ordens dadas por Deus.

7.     Suas estratégias sempre eram planejadas sob a direção da Palavra de Deus.

8.     Josué era um homem de palavra e que preservava a sua honra. Essa característica de seu caráter pode ser notada no cumprimento do acordo feito com Raabe.

9.     Josué foi um homem completamente devotado à Lei de Deus. A Palavra do Senhor era o que preenchia sua mente e coração.

10.Ele era um líder respeitado pela nação de Israel e o povo confiava em suas decisões. Os israelitas podiam notar em sua vida a presença e a aprovação de Deus.

11.O exemplo de sua conduta irrepreensível de temor e obediência a Deus, não se acabou com sua morte. A história de Josué continuou a influenciar o povo de Israel durante o período dos anciãos que ainda sobreviveram muito tempo depois dele.

APRENDENDO COM JUDAS

 A VERDADE SOBRE JUDAS - O TRAIDOR DE CRISTO

"Judas Iscariotes, que se tornou traidor" (Lucas 6:16).

Ele foi escolhido a dedo como discípulo de Jesus Cristo: um pregador do evangelho, que curava os enfermos, companheiro de viagens de Jesus. Era tão confiável que se tornou tesoureiro do grupo evangelístico apostólico. Não foi eleito para essa posição - Jesus pessoalmente escolheu Judas para a função.

Segundo Agostinho, a tradição diz que "Jesus muitas vezes livrou Judas da morte, e por ele curou seu pai de paralisia e curou a mãe de lepra, e depois de Pedro o honrou acima de todos os outros apóstolos".

Mas em realidade conhecemos certas coisas sobre Judas como fato: que Jesus lavou os seus pés, deixou que molhasse o pão em Seu próprio cálice, e o tornou Seu tesoureiro. Contudo esse seria exatamente o homem que iria trair Jesus no Jardim do Getsêmane - com um beijo de morte!

Judas levou a turba furiosa de governantes judeus ao jardim, onde identificou Cristo com um beijo. Depois do beijo, Jesus olhou dentro dos olhos de Judas e disse, "Judas, com um beijo trais o Filho do homem?" (Lucas 22:48). Estava dizendo, "É desse jeito que você irá me trair, Judas - com um beijo, um sinal de afeição?".

Imagino o que se passou na mente de Judas à medida que a cena ia se desdobrando: a turba caiu para trás à simples menção do nome de Jesus. Aí subitamente todos se levantaram em fúria demoníaca, agitando espadas e clavas - prenderam Cristo e O arrastaram à casa de Anas. Os escritores da igreja primitiva descreveram a cena deste jeito:

"Alguns se apoderaram de Suas vestes, outros meteram a mão nos cabelos de Sua cabeça: alguns O puxaram pela barba, outros O bateram com punhos raivosos; e furiosos por Ele com a voz haver lançando-os ao chão, eles então O derrubaram, e de forma vil O pisaram com pés sujos... Como um leão arrasta pela terra sua presa, a rasga e fere, assim também puxaram Cristo por todo o solo, cuspindo nEle, golpeando-O, tracionando-O pelos cabelos..."

Isso é confirmado pelas escrituras: "Muitos touros me cercam, fortes touros de Basã me rodeiam. Contra mim abrem a boca, como faz o leão que despedaça e ruge" (Salmo 22:12,13).

A traição de Judas com Jesus foi tão atroz, tão diabólica, que um dos antigos pais da igreja disse: "Teria sido bom para o mundo, especialmente para os filhos de Deus, que Judas estivesse só em sua transgressão, que não houvesse mais traidores além dele". Em outras palavras: teria sido bom se houvera só um Judas.

Mas a verdade é: o mundo está cheio de pessoas do tipo de Judas! A igreja ainda testemunha a traição a Jesus Cristo todos os dias. O espírito de Judas está muito vivo nos corações de antigos seguidores de Cristo - e dentro das paredes da igreja igualmente!

Quero lhe fazer uma pergunta dura, de frente: será que você poderia ser um traidor de Cristo e não o saber? Você vendeu Jesus e O traiu? Traidores são aqueles que antes eram leais a quem traem. Só os de dentro do grupo podem trair.

Há dois fatos que eu desejo compartilhar com você sobre Judas. Podem lhe surpreender - mas por favor não os veja levianamente. Creio que eles me foram dados pelo Espírito Santo como advertência para a sua alma!

Fato Número Um: Os Altos Sacerdotes e os Líderes Religiosos Não Precisavam de Judas Para Atacar Cristo

Jesus poderia facilmente ter sido capturado sem a ajuda de Judas. Ele havia ensinado nas sinagogas, ruas e mercados. O Seu rosto era um dos mais fáceis de ser reconhecido em todo Israel e Judá. As escrituras dizem que as pessoas O seguiam até aos lugares desertos para onde Ele se retirava para orar!

Jesus disse à multidão que O prendia: "Saístes com espadas e porretes para prender-me, como a um salteador? Todos os dias, no templo, eu me assentava [convosco] ensinando, e não me prendestes" (Mateus 26:55). Ou seja, "Sou bem conhecido de vocês. O meu rosto é familiar. Por que esse ataque súbito como se Eu fosse totalmente estranho a vocês?".

Claramente o beijo de Judas não era necessário para identificar Cristo - pois os inimigos de Cristo já O conheciam! A Sua face fora exaltada em suas consciências. E a aura de Sua poderosa presença por si era suficiente para identificá-Lo.

É verdade - está claro que os perpetradores deste crime não precisavam de Judas. O fato é que eles o desprezavam. O tratavam com superficialidade, usando-o e então rapidamente deixando-o de lado. Quando se arrependeu de repente de seu ato de traição, lançando o dinheiro ao solo e gritando, "Pequei, traindo sangue inocente" (Mateus 27:4), os líderes judeus simplesmente riram dele.

Disseram, "O que isso tem a ver conosco? Isso é contigo" (v. verso 4). "Isso é problema teu - resolva isso você mesmo. Não precisamos de você e nem de suas lágrimas!".

Judas não era necessário para o julgamento e nem também para a crucificação de Jesus. Em verdade, ele nem estava por perto em nenhum destes. Quando Cristo foi à cruz, Judas já tinha morrido, tendo cometido suicídio dentro das vinte e quatro horas após seu terrível ato.

Fato Número Dois: Satanás Precisava de um Judas !

Satanás estava por trás das cenas, dirigindo todos os movimentos de traição. A estratégia dele era encontrar um traidor - alguém próximo de Cristo, alguém em quem Ele confiasse, alguém que supostamente estivesse sob os Seus cuidados. Mas teria de ser alguém inclinado à cobiça - alguém que ele pudesse atrair e enfraquecer, plantando perguntas e dúvidas em sua mente. Aí então poderia o possuir e torná-lo traidor!

Veja, Satanás queria muito mais do que ter uma turba dirigida por ele indo ao jardim prender Jesus. Ele queria que todo o caso fosse uma afirmação, uma declaração - que fosse um testemunho satânico! Ele queria que um testemunho demoníaco pudesse ressoar alto por todo o espaço da criação. E eis a afirmação que ele queria fazer:

"Jesus Cristo não os guarda - Ele não consegue livrar nem a Si próprio! Ele não é Salvador e nem guarda a alma dos homens. Ele não conseguiu guardar Judas - e também falhou ao me guardar, eu - um de Seus anjos, e todos os demais anjos que caíram comigo. Vou provar que Jesus não tem poder para fazer com que alguém não caia. Ele lhe dá para o seu inimigo!"

Judas era para ser um sermão ilustrado de como Jesus Cristo era impotente para salvar os perdidos - pois não salvou o próprio discípulo! Satanás queria que parecesse como se ele houvesse arrancado Judas diretamente das mãos do Mestre. Queria mostrar que tinha o poder para se aproximar de qualquer pessoa íntima de Jesus e a tomar à vontade - e que Jesus o deixaria acontecer! Que ele poderia marchar para o rebanho do Senhor como leão rugindo, roubar e prender um cordeiro nos dentes, o amaldiçoar e destruir, levando-o a cometer suicídio.

Finalmente, quando chegasse a hora de impulsionar Judas para se matar, Satanás iria berrar o seu testemunho para todas as partes do inferno, dos céus e do mundo: "Viram o que aconteceu com esse homem? Olhem para ele - ele era um discípulo de Jesus. Mas Jesus não conseguiu guardá-lo!".

Satanás tinha de ter um Judas! Ele queria usa-lo para proclamar sua afirmação demoníaca para três diferentes ambientes:

Satanás queria primeiro fazer uma declaração a todos os principados e potestades das trevas. Creio que o Diabo planejava usar a queda de Judas para justificar a sua própria queda e a queda dos anjos que se juntaram a ele em sua rebelião!

Se o Diabo podia destruir um discípulo próximo de Jesus - alguém que havia expulsado demónios, curado enfermos, realizado milagres e andado na plena luz da verdade - então ele poderia dizer a todo anjo caído e aos poderes demoníacos: "Esta vendo? O amor de Deus é falho. As Suas misericórdias efetivamente não funcionam! Foi profetizado há muito tempo atrás que Judas viria, e mesmo assim Deus nada fez para protegê-lo ou salvá-lo".

"Deus também não conseguiu me guardar - Ele poderia ter conservado a nós todos livres do orgulho. Mas agora você pode claramente ver que Deus mais uma vez falhou em guardar os Seus!".

Satanás também queria fazer uma declaração a todos os santos anjos. Ele buscou lançar dardos de dúvida para dentro do próprio céu para corromper as testemunhas em glória que não caíram, incorruptas.

Não pense por um minuto que o Diabo desistiu da luta para derrubar os céus e se exaltar como Deus. Ele é o acusador de não apenas os irmãos, mas de tudo que é de Deus - incluindo os anjos!

Após o suicídio de Judas, Satanás gritou aos que estão na glória: "Deus não pôde salvar um de Seus próprios discípulos - e não guardou a nós, anjos criados por Ele. O que os faz pensar que Ele vai lhes guardar?".

"Ele criou o homem, e agora ficou claro que não consegue guardar o homem. Os de Seu próprio grupo O traem! Então o que impede outra rebelião entre vocês?"

Nós sabemos que a guerra ainda se fere, que Satanás ainda combate as hostes celestes. Ele combateu o arcanjo Miguel, que buscava trazer a palavra de Deus para Daniel. E certamente hoje ele usa todas as mentiras e estratégias diabólicas tentando plantar dúvidas e rebelião nas hostes de Jeová!

Mais do que tudo, a afirmação de Satanás foi dirigida à humanidade - para você e para mim! A mensagem que enviou foi dirigida primariamente para o povo de Deus sobre a terra. Ele a quer usar para destruir toda fé!

O Diabo conhece as escrituras bem - e sabia que todas as gerações futuras veriam os primeiros acontecimentos como exemplos "sobre quem os fins dos séculos têm chegado" (I Coríntios 10:11). Satanás queria um exemplo também - um padrão mostrando a todas as gerações seguintes aquilo que ele sustentava como fracasso de Deus em guardar os Seus próprios filhos da queda. A traição por parte de Judas objetivou abalar e questionar a fé dos filhos de Deus em Seu poder salvador e guardador.

E daí, diz o Diabo, qual o problema de Jesus ter exposto Judas como um "diabo"? "Não vos escolhi eu em número de doze? Contudo, um de vós é diabo" (João 6:70). Satanás responde: isso é ainda muito mais testemunho ao meu poder! Se Jesus sabia que Judas tinha o Diabo nele, então por que não me dominou? Por que deixou que Judas continuasse como um diabo? Por que não me expulsou?". "Se Deus não consegue cuidar de Seus próprios discípulos, como Ele pode cuidar de vocês?".

Amado, o inimigo quer plantar uma semente de dúvida na mente de todos os homens e mulheres - e repetirá a sua mensagem vez após vez. Enquanto o Senhor tiver uma terra, Satanás gritará de geração em geração, até à eternidade: "Deus não guarda os Seus filhos!".

Imagine o que os altos sacerdotes e o Sinédrio devem ter pensado ao barganharem com Judas, aquele patético homem diante deles. Viram esse diabólico exemplo traindo Cristo e indo à ruína. Devem ter dito entre si, "Estamos certos! Jesus não é Deus, ou o Filho de Deus. Se fosse, não teria deixado que esse discípulo caísse".

Podemos vê-los abrindo seus pergaminhos, citando: "Cita o salmista, 'É certo que não dormita, nem dorme o guarda de Israel. O Senhor é quem te guarda...De dia não te molestará o sol, nem de noite, a lua. O Senhor te guardará de todo mal' (Salmo 121:4-7). Se Jesus fosse Deus, teria cumprido essa escritura!".

Diriam mais, "Está escrito 'Pois ele te livrará do lago do passarinheiro... Nenhum mal te sucederá, praga nenhuma chegara à sua tenda' (Salmo 91:3,10). Jesus não pode ser Deus, pois permitiu que Judas caísse na armadilha. O mal caiu sobre este homem - e ele era um discípulo íntimo!". Pode-se ouvir Satanás gritando ao homem interior deles: "Se Jesus é Deus, por que não está guardando este homem? Por que Judas não está sendo livrado?".

Há poucas semanas atrás, durante a nossa reunião de oração das sextas-feiras, ouvimos o testemunho de uma mãe e de sua filha adolescente que havias sido atacadas por um grupo de jovens. A turba rasgou as roupas da menina e bateu na mãe. De algum modo, elas escaparam sem maiores estragos.

Quando vieram à frente para testemunhar, a mãe estava usando óculos escuros para esconder os olhos, arroxeados pelas pancadas. Agora a menina está lutando com a sua fé. Ela disse a mim em meio de lágrimas, "Olhe os meus lábios - uma menina me bateu, e vou ficar com cicatriz o resto da vida. Pastor David, a minha mãe serviu o Senhor por tanto tempo. Por que Deus permitiu que isso nos acontecesse? Por que as promessas dEle não funcionam? Onde Ele estava?".

Há dois meses, incêndios e roubos espalharam-se por Los Angeles. Nos primeiros dias destas agitações, todos os Desafios Jovens daquela área foram poupados, incluindo um enorme depósito no coração da cidade. Esse depósito é usado para armazenar roupas e ferramentas, que são vendidas a preços baixos para ajudar os pobres e necessitados.

Aí, no terceiro ou quarto dia das agitações, o depósito foi queimado inteiro. Uma área enorme com mercadorias foi totalmente destruída. Não sobrou nada!

Alguns dos jovens convertidos do Desafio Jovem perguntaram: "Onde estava o anjo do Senhor? Onde estava a proteção? Essa era uma boa obra em nome de Deus. Por que Ele permitiu que fosse destruída?".

Nos Tempos Dificeis de Hoje, Quando Tudo Esta Sendo Abalado, Satanás Tentará Lançar Grande Medo Sobre Você !

Mais e mais, você ouvirá do povo de Deus enfrentando provações, e sofrendo todo tipo de mal. E Satanás irá usar tais exemplos tentando lhe convencer que Deus não aparece quando você precisa dEle - que não vai lhe guardar contra o maligno!

Foram nos dados grandes exemplos de fé sob sofrimentos: segundo a tradição da igreja, o apóstolo Paulo foi decapitado. Hebreus 11 lista os heróis da fé que foram queimados, despelados vivos, fervidos no óleo - tudo por não quererem desdizer o testemunho do Senhor Jesus Cristo.

Mas a minha mensagem aqui não pretende tratar dos motivos pelos quais o povo de Deus sofre - porque alguns são permitidos sofrer tanto, sendo que as promessas divinas são tão fortes. Eu não sei todas as respostas para isso. Mas efetivamente sei que Paulo diz isso: "Para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós" (Romanos 8:18). Nada se compara com a glória que almejamos! "Se com ele sofremos, também com ele seremos glorificados" (v. 17).

Sei também que Deus usa o sofrimento para nos preparar. Atravessaremos sofrimento económico, doenças e outras provações. Eu não sei porque a minha esposa, Gwen, teve câncer tantas vezes, ou porque as minhas filhas Bonnie e Debbie tiveram câncer. Eu não entendo este tipo de sofrimento.

Mas o que eu sei é: se você não está sendo preparado através das provações, então ouvirá o Diabo quando lhe cochichar, "Deus não guarda o Seu povo" - e ira procurar um caminho fácil para os céus! Você correrá a alguma igreja da prosperidade para que os seus ouvidos tenham comichão. Aí, quando o primeiro problema surgir, você acabara jogando fora a fé - porque ela não respondeu aos seus mais profundos problemas e necessidades!

O que estava por trás da queda de Judas? Como tal discípulo se tornou traidor? Isso é importante para nós - pois nos dá sinais de alerta para as nossas próprias vidas, para que também não tropecemos e caiamos:

1. O Amor ao Dinheiro Havia Feito Raízes no Coração de Judas !

"Este (Judas) foi entender-se com os principais sacerdotes e os capitães sobre como lhes entregaria a Jesus; então, eles se alegraram e combinaram em lhe dar dinheiro" (Lucas 22:4-5).

A palavra "combinaram" aqui quer dizer "barganharam". Ao se reunir com estes sacerdotes ímpios, Judas não aceitaria o negócio só por quinze ou vinte peças de prata - ele teria de receber trinta ou nada. Esse era o preço mínimo!

Comentadores bíblicos dão todos os tipos de desculpas para a traição de Judas. Muitos dizem que o dinheiro não era a motivação dele - que ele só queria forçar Jesus a estabelecer um reino terreno.

Mas a verdade é que o dinheiro foi o motivo! Por qual outra razão ele iria barganhar, discutindo preço? Ele poderia simplesmente ter dito, "Vejam, eu só quero que Jesus seja forçado a essa situação para fazê-Lo demonstrar o Seu poder" - e teria aceito qualquer quantidade de prata. Mas o amor pelo dinheiro havia feito com que todo o amor que havia tido por Jesus se esgotasse!

Em verdade, o amor pelo dinheiro é a raiz de todo este mal (veja I Timóteo 6:10). É a semente que o Diabo planta no coração de um homem ou de uma mulher e que expulsa todo o amor por Cristo. Faz brotar a necessidade de se acumular dinheiro. Aí vem a necessidade de contá-lo, e ter certeza de que não se perderá. Depois vem a necessidade de se construir coisas em cima dele. Pode-se estabelecer alvos para si - de aposentadoria, ou de segurança financeira. Estou certo de que Judas tinha um alvo financeiro também. Mas esse tipo de gente nunca tem o suficiente - porque o alvo está sendo sempre aumentado!

O Diabo lhe diz, "Se você quer servir a Deus, espere até ter uma certa quantia no banco. Aí então você estará livre para servi-Lo!". Mas após você conseguir essa quantia, Satanás cochicha: "Esse dinheiro na verdade não é suficiente, pois os juros estão caindo. Na verdade você precisa de tanto a mais...". E os números sobem em espiral!

Porém a Bíblia diz:

"Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição. Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmo se atormentaram com muitas dores. Tu, porém, ó homem de Deus, foge destas cousas" (I Timóteo 6:9-11).

Se a sua vida está focada em sustentar-se - na busca do dinheiro - então você tem o mesmíssimo espírito de Satanás que Judas tinha nele! Foi simplesmente a ganância que tornou Judas ladrão, traidor e assassino de Jesus Cristo.

E isso prova que o argumento de Paulo de que o amor pelo dinheiro é a raiz e o gérmen de todos os tipos de mal!

Ao ler essa mensagem, pergunte a si próprio: você vendeu Cristo desta maneira? Você se tornou traidor dEle, barganhando sua alma em troca de mais dinheiro?

Não há nada errado em ter economias e poupança. Mas se você negligencia Jesus porque a sua vida está enrolada no acúmulo de dinheiro, então você também vendeu Jesus, como certamente Judas fez!

2. Judas Ficou Cego Às Transformações Que O Dominavam !

Satanás havia lançado um véu sobre os olhos de Judas, para que não visse como estava sendo mudado. O discípulo ficou cego ao mal e à ruína que haviam se estabelecido em seu coração.

Judas estava familiarizado com as profecias sobre aquele que viria trair o Redentor. Imagino quantas vezes ele leu ou ouviu estas palavras: "Até o meu amigo íntimo, em quem eu confiava, que comia do meu pão, levantou contra mim o calcanhar" (Salmo 41:9).

Mas nem uma vez Judas chegou a pensar de si próprio como cumprindo esse horrendo papel! "Eu, objeto de profecia? Jeremias e Isaías viram os meus dias? Não sou traidor de Cristo - Sou um simples discípulo. Não sou mau!".

No entanto Jesus mui claramente apontou um dedo para os discípulos e disse: "Para que se cumpra a Escritura: Aquele que come do meu pão levantou contra mim o seu calcanhar...um dentre vós me trairá" (João 13:18,21). Judas estava tão cego que não podia ver que ele era o homem?

Hoje, nós também lemos profecias bíblicas que falam dos nossos dias. Por exemplo, Jesus disse que nos últimos dias muitos novamente O crucificariam, expondo-O abertamente à vergonha, pois deixariam seus corações esfriarem: "Por se multiplicar a iniquidade, o amor se esfriará de quase todos" (Mateus 24:12).

Tal profecia foi proferida há centenas de anos atrás. Ainda assim lhe pergunto: o seu coração está frio com o Senhor hoje? Jesus disse que o pecado iria se multiplicar por toda parte - e que o amor de muitos crentes se esfriaria! É você o homem ou a mulher a quem esta profecia esta apontando o dedo nesse momento?

Quero compartilhar com você a coisa mais vergonhosa que pode acontecer com aqueles que antes conheceram e amaram Jesus: sem o saber, eles se tornam a "declaração de Judas" para os últimos dias! Se o seu amor está se esfriando, o Diabo o usará como exemplo dele - do mesmo jeito que usou Judas!

Satanás irá lhe apontar diante de todos os poderes do inferno, de todos os anjos na glória e de todos que o conhecem na terra - e dirá: "Vejam! Ele antes andava com Jesus - e Jesus não o guardou! Mais uma vez dei uma passada no rebanho de Deus e roubei outra ovelha tão íntima de Cristo. O coração dele agora é meu, e eu o arruinarei e destruirei. Ele é a prova, através de sua queda, de que Deus não guarda!". Nada poderia lhe ser pior do que estar diante do Senhor e responder por seus amigos e conhecidos, por ter se desviado dEle. Alguém pode dizer, "Não ponha a culpa em mim - Sou responsável só por minhas próprias ações. Não preciso responder por mais ninguém!".

Não é assim. Quantos no seu trabalho sabiam que você era um apaixonado por Jesus? Você testemunhava; lhes dizia o quê Jesus fez por você. Eles sabiam do seu caminhar com Cristo.

Mas você Lhe virou as costas. E você mudou - mas não sabe que mudou, pois o Diabo o cegou! Dia após dia, semana após semana, ano após ano, você endureceu o coração.

Agora todos que antes o conheciam como apaixonado por Jesus o vêem como uma pessoa diferente. E uma multidão de testemunhas se levantará no dia do Juízo e o condenará ao Juiz: "Tu não me podes julgar, Deus, pois eu estava olhando para a vida dele! Dez anos antes ele fervia por Ti e O amava de todo coração. Eu estava mergulhado no pecado - mas mesmo assim eu ficava de olho nele. Eu via o quanto ele estava perto de Ti. Aí então ele caiu - e eu pensei, 'Que chance eu vou ter?'. Que o meu sangue caia sobre ele, Senhor! Aquela pequena esperança de me decidir por Ti me foi tirada por ele ter fracassado em Lhe seguir!". É assim que você se torna um testemunho de Judas!

Jesus Teve a Palavra Final Quanto ao Seu Poder Guardador !

Em Sua oração final com os discípulos, Jesus fez a Sua própria declaração - aos céus, ao inferno e à humanidade:

"Guardava-os no teu nome, que me deste, e protegi-os, e nenhum deles se perdeu, exceto o filho da perdição [Judas], para que se cumprisse a Escritura" (João 17:12).

Você entende a verdade do que Jesus esta dizendo? "Perdi só um - e na verdade não o perdi, porque ele era do mal desde o começo. Guardei cada um dos que um dia Me deram o seu coração!". Eu creio que Judas poderia ter sido salvo - pois Jesus fez tudo que podia por ele. Não foi Deus que endureceu o coração de Judas. Ele apenas previu que Judas iria se endurecer para Cristo, vez após outra. Veja, Judas tinha um coração dividido - e escolheu não se arrepender! É assim que ele acabou sendo ferramenta de Satanás.

Ouça bem as palavras, amado santo: "(Eu) Guardava-os (os) que me deste...e nenhum deles se perdeu" (João 17:12).

O exemplo de Pedro deveria nos encorajar. Jesus lhe disse, "Pedro, Satanás está atrás de você. Ele tem querido lhe peneirar, destruir e lhe tornar um traidor também. Mas estou orando por você, para que a tua fé não fraqueje!".

Pedro não fraquejou na fé - porque Jesus o guardou! Apesar de ter falhado na hora da tentação, ele tinha um coração que ainda amava Cristo - e Pedro voltou para Jesus, dando-Lhe o coração e arrependimento pleno. Jesus viu aquele coração faminto e disse, "Vou lhe guardar do poder do Diabo!".

Amado, Deus vai lhe guardar "porque maior é aquele que está em vós do que aquele que está no mundo" (I João 4:4). Você pode abrir no Salmo 91 e crer em cada versículo sobre a proteção dEle para você. Você pode enfrentar um período de sofrimento, mas ninguém pode tocar na sua paz com Deus!

Não podemos saber o que o amanhã trará - mas oro para que como crente cada um possa dizer com Jó, "Ainda que ele me mate, nele esperarei" (Jó 13:15). E tenho certeza de que se o Senhor realmente deixar cair a Sua muralha de proteção, será por algum motivo. Poderemos nunca entender isso por inteiro. Mas podemos saber isso: "Não dormitará aquele que te guarda" (Salmo 121:3).

É real e é certo: ELE "é poderoso para vos guardar de tropeços e para vos apresentar com exultação, imaculados diante da sua glória" (Judas 24). Aleluia!

 

APRENDENDO COM JABES

  APRENDENDO COM JABES O m enino  p rodígio da  g enealogia!   Alguém já disse certa vez que existe muito pouca diferença entre as pessoas –...