quinta-feira, 5 de março de 2015

APRENDENDO COM OSÉIAS (PARTE 4)


APRENDENDO COM OSÉIAS (PARTE 4)

Amor e julgamento:  o dilema de Deus

“Converte-te a teu Deus, guarda o amor e o juízo e no teu Deus espera sempre” (Os 12:6).

Oséias 7:11, 12; 10:11-13; Mateus 11:28-30; Romanos 5:8; 1 Pedro 2:24; Oséias 14

Oseias revela mais do amor de Deus por Seu povo rebelde.

Normalmente, os autores bíblicos usam metáforas para falar do relacionamento de amor entre Deus e Seu povo. A metáfora transmite algo profundo sobre um assunto menos conhecido utilizando algo conhecido ou familiar.

As duas metáforas bíblicas mais utilizadas sobre o relacionamento de Deus com Seu povo são as figuras de marido e mulher e pais e filhos. 


Oseias usou metáforas pelas mesmas razões pelas quais Jesus ensinou em parábolas: em primeiro lugar, para explicar as verdades sobre Deus por meio das coisas familiares da vida. 


Em segundo lugar, para gravar na mente das pessoas importantes princípios espirituais que poderiam ser aplicados na vida diária.

Enganado e insensato

“Efraim é como uma pomba facilmente enganada e sem entendimento; ora apela para o Egito, ora volta-se para a Assíria. Quando se forem, atirarei sobre eles a Minha rede; Eu os farei descer como as aves dos céus. Quando os ouvir em sua reunião, Eu os apanharei”
 (Oséias 7:11, 12, NVI).

Leia o contexto desses versos. Que advertência há neles? Que princípio podemos tirar desses versos para nossa vida?

Efraim era o filho mais novo de José. Jacó concedeu a ele uma bênção maior do que a de seu irmão Manassés. Visto que Efraim era o nome da principal tribo do reino do norte de Israel, o nome é aplicado a todo o reino, assim como o nome de Judá foi aplicado ao reino do sul. 

Nos versos acima, Israel é comparado a uma pomba sem entendimento (compare com Jr 5:21), o que a torna presa fácil para a rede do caçador. Nesse contexto, sua dependência da ajuda de outras nações era um ato de rebelião contra Deus.

Por quê? Porque uma aliança com o poderoso Império Assírio ou com o ambicioso Egito exigiria que Israel reconhecesse a supremacia dos deuses adorados por essas duas superpotências (leia também Is 52:4; Lm 5:1-6). Recorrer a elas significaria, necessariamente, afastar-se do Senhor. 

O que eles precisavam fazer era voltar para o Senhor, arrepender-se, obedecer aos Seus mandamentos e abandonar os falsos deuses. Essa era sua única esperança, não alianças políticas com os pagãos.

“A posição da Palestina a expunha à invasão desses dois antigos impérios. [...]

O prêmio muito cobiçado pelo qual esses poderosos impérios lutavam era a estrada que ligava as ricas bacias hidrográficas do Nilo e do Eufrates. Os reinos de Israel e Judá foram envolvidos nesse conflito internacional e espremido entre os dois rivais. 

Em desespero, sem confiança espiritual em seu Deus, Israel tolamente apelou primeiramente a um e depois ao outro em busca do apoio que só poderia se transformar em uma armadilha para seu próprio bem-estar nacional” 


É muito fácil procurar ajuda humana para nossos problemas, em vez de buscar o Senhor, não é? 

O Senhor pode usar instrumentos humanos em resposta às nossas orações. Como podemos ter certeza de que, em situações de desespero e em necessidade de ajuda, não cometemos o mesmo erro de Israel? 

Como podemos usar a ajuda humana sem, necessariamente, nos afastarmos do Senhor?

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APRENDENDO COM JOEL (PARTE 3)



APRENDENDO COM JOEL (PARTE 3)

O dom do Espírito de Deus

Leia Joel 2:28, 29 e Atos 2:1-21. Como Pedro interpretou essa profecia de Joel?

No dia de Pentecostes, o apóstolo Pedro anunciou que o Senhor havia cumprido Sua promessa, dada por intermédio de Joel, sobre o derramamento do Espírito Santo. 

Acompanhando o derramamento do Espírito, e como sinal visível da intervenção sobrenatural de Deus na história da humanidade, Deus fará com que fenômenos extraordinários sejam vistos na natureza, na Terra e no céu.

“Em imediata relação com as cenas do grande dia de Deus, o Senhor, por meio do profeta Joel, prometeu uma manifestação especial de Seu Espírito (Joel 2:28). 

Essa profecia recebeu cumprimento parcial no derramamento do Espírito Santo no dia de Pentecostes. Mas atingirá seu pleno cumprimento na manifestação da graça divina que acompanhará a obra final do Evangelho” 

No contexto imediato de Joel, o arrependimento seria seguido por um grande derramamento do Espírito de Deus. Isso traria uma maravilhosa renovação. Em vez de destruição, se seguiria a dádiva das bênçãos divinas. O Senhor reafirma a Seu povo que Sua criação será restaurada e a nação será libertada dos opressores.

O Espírito é derramado sobre o povo de Deus, assim como o óleo da unção era derramado sobre a cabeça dos que eram eleitos por Deus para um ministério especial. O Espírito é também um dom concedido aos que O recebem para que eles façam uma obra específica para Deus (Êx 31:2-5; Jz 6:34). 

Só que desta vez a manifestação do Espírito assumirá proporções amplas. Nesse grande ponto da História, a salvação estará disponível a todos que buscarem a Deus. 

O Espírito de Deus cairá sobre todos os fiéis, independentemente de idade, gênero ou condição social, em cumprimento do desejo de Moisés no sentido de que todos os filhos de Deus se tornassem profetas e de que o Senhor colocasse Seu Espírito sobre eles (Nm 11:29).

O que você pode fazer para se tornar mais receptivo ao derramamento do Espírito Santo?

terça-feira, 3 de março de 2015

APRENDENDO COM AMÓS (PARTE 5)



APRENDENDO COM AMÓS (PARTE 5)

Justiça para o pobre e oprimido / Um Deus preocupado com a justiça social

A religião pura e imaculada para com Deus e Pai, é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo. (Tiago 1:27)

O juízo universal de Deus é um dos ensinamentos centrais de Amós. No início de seu livro, o profeta anunciou o juízo sobre várias nações vizinhas de Israel por causa de seus crimes contra a humanidade. 

Em seguida, Amós declarou ousadamente que Deus também julgaria Israel. A ira do Senhor foi dirigida não somente às nações, mas também ao povo que Ele havia escolhido. 

O povo de Judá havia rejeitado a Palavra do Senhor e não tinha observado Suas instruções. A prosperidade econômica de Israel e a estabilidade política o levaram à decadência espiritual que se manifestou na injustiça social. 

Em Israel, os ricos exploravam os pobres e os poderosos exploravam os fracos. Os ricos se preocupavam apenas consigo mesmos e com seu ganho pessoal, mesmo com prejuí­zo e sofrimento dos pobres (depois de alguns milhares de anos, muita coisa não mudou, não é verdade?).

Em sua pregação, Amós ensinou que existe um Deus vivo que Se preocupa com nossa maneira de tratar o semelhante, principalmente aqueles que não podem nos oferecer nada, os pobres e necessitados. 

Mais do que uma ideia ou norma, a justiça é uma preocupação divina. 

O profeta alertou que as casas de pedra de Israel, os móveis de marfim, os alimentos e bebidas de alta qualidade e as melhores loções para o corpo, tudo seria destruído.

2. Leia Isaías 58. Que aspectos da verdade presente são incluídos nesse capítulo? Em que sentido nossa mensagem ao mundo é muito mais do que isso?

A Bíblia ensina claramente que a justiça social deve ser o resultado natural do evangelho. 

À medida que o Espírito Santo nos torna mais parecidos com Jesus, aprendemos a compartilhar as preocupações de Deus. 

Os livros de Moisés enfatizam que os estrangeiros, as viúvas e os órfãos devem ser tratados com justiça (Êxodo 22:21-24). 

Os profetas das Escrituras falam da preocupação divina a respeito do tratamento justo e compassivo para com as pessoas menos privilegiadas (Isaias 58:6, 7). 

O salmista chama o Deus que vive em Sua santa morada o “pai dos órfãos e juiz das viúvas” (Salmos 68:5). 

Jesus Cristo mostrou grande preocupação por pessoas rejeitadas pela sociedade (Marcos 7:24-30; João 4:7-26). 

Tiago, irmão de Jesus Cristo, nos exorta a colocar a fé em ação e ajudar os necessitados (Tiago 2:14-26). 

Ninguém pode fazer menos do que isso e realmente ser um seguidor de Cristo.

A religião pura e imaculada para com Deus e Pai, é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo. (Tiago 1:27)

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APRENDENDO COM ADONIAS (PARTE 1)



A CONSPIRAÇÃO DE ADONIAS CONTRA SEU PAI DAVI

Israel estava próximo do fim dos anos dourados do governo de Davi. O livro de 1 Reis começa com um reino unificado, glorioso e centrado em Deus. Perfeito! 

Até que Adonias, o filho mais velho, até então vivo, do rei Davi, toma uma atitude precipitada.

A partir daí o reino unificado, centrado e glorioso termina com um reinado dividido, degradado e idólatra

A razão para o declínio de israel parece simples para nós - fracassaram na obediência a Deus. 

De forma individual, somos nós vulneráveis às mesmas forças que provocaram a decadência de Israel - desejos, ciúme, cobiça pelo poder, enfraquecimento dos votos de casamento e superficialidade na devoção a Deus

Quando lemos sobre estes trágicos eventos na história de ISRAEL, devemos nos ver no espelho de suas experiências. 

Esse tal de Adonias começou mal seus planos contra seu pai

De olho na história de Adonias: ...seu pai Davi tinha aproximadamente 70 anos de idade. Sua saúde não era nada boa, deteriorara-se pelos anos de batalhas de sofrimento

Uma bela jovem Abisague serviu como sua enfermeira particular e ajudou a mantê-lo aquecido. Na época em que a poligamia era aceita no oriente médio e os reis tinham haréns, esta ação não era considerada ofensiva

Sendo, pois, o rei Davi já velho, e entrado em dias, cobriam-no de roupas, porém não se aquecia.
Então disseram-lhe os seus servos: Busquem para o rei meu senhor uma moça virgem, que esteja perante o rei, e tenha cuidado dele; e durma no seu seio, para que o rei meu senhor se aqueça.
E buscaram por todos os termos de Israel uma moça formosa, e acharam a Abisague, sunamita; e a trouxeram ao rei. E era a moça sobremaneira formosa; e tinha cuidado do rei, e o servia; porém o rei não a conheceu. Então Adonias, filho de Hagite, se levantou, dizendo: Eu reinarei. E preparou carros, e cavaleiros, e cinqüenta homens, que corressem adiante dele. (1 Reis 1:1-5)



Adonias viu a situação do pai na cama, e imediatamente arquitetou seu maior plano ambicioso, reinar sobre ISRAEL o mais rápido possível

Adonias era o quarto filho de Davi e a opção lógica para sua sucessão, como rei. O primogênito, amnom, fora morto por Absalão por ter estuprado sua irmã (2 Samuel 13:20-3)

Seu segundo filho, Daniel, é mencionado somente na genealogia de 1 Crônicas 3:1 e provavelmente também falecera nesta época. O terceiro filho de Davi, Absalão, morreu em uma rebelião anterior (2 Samuel 18:1-18)

Embora muitos esperassem que Adonias fosse o próximo rei, Davi e Deus tinha outros planos. (*os planos de Deus não podem ser frustrados)

Adonias decidiu tomar o trono sem o conhecimento de Davi. Ele sabia que Salomão, e não ele, era o preferido de Davi. Algumas conversas no reino, davam conta disso. Sabendo que seu pai iria escolher Salomão para ser o próximo rei, por esta razão ciumenta ele não convidou os leais conselheiros de Davi quando se declarou rei às escondidas

Adonias era ele também muito formoso de parecer; e Hagite o tivera depois de Absalão.
E tinha entendimento com Joabe, filho de Zeruia, e com Abiatar o sacerdote; os quais o ajudavam, seguindo a Adonias. Porém Zadoque, o sacerdote, e Benaia, filho de Joiada, e Natã, o profeta, e Simei, e Rei, e os poderosos que Davi tinha, não estavam com Adonias. E matou Adonias ovelhas, e vacas, e animais cevados, junto à pedra de Zoelete, que está perto da fonte de Rogel; e convidou a todos os seus irmãos, os filhos do rei, e a todos os homens de Judá, servos do rei. Porém a Natã, o profeta, e a Benaia, e aos poderosos, e a Salomão, seu irmão, não convidou.  (1 Reis 1:6-10)

Os planos enganosos para tomar o trono fracassaram. O orgulhoso Adonias exaltou e derrotou a si mesmo

As pessoas tementes a Deus, como Davi e Samuel, foram usadas por Deus para liderar nações, não obstante tivessem problemas em seus relacionamentos familiares. Todos nós temos problemas familiares.

Os líderes tementes a Deus não podem considerar como certo o bem estar espiritual de seus filhos. Estão acostumados a terem outros que seguem suas ordens; porém, não podem esperar que seus filhos produzam fé por encomenda

O caráter moral e espiritual é construído ao longo de muitos anos, e exige constante atenção e paciente disciplina

Davi serviu bem a Deus como rei, mas como pai falhou frequentemente tanto para com Deus como para todos os seus filhos

Pelo fato de Davi nunca interferir, ou até mesmo questionar seu filho, Adonias não soube trabalhar dentro dos limites

O resultado foi que este jovem sempre escolheu seu próprio caminho, a despeito do quanto suas atitudes pudessem afetar os outros

Adonias fez o que bem quis sem considerar a vontade de Deus. Ele queria parecer inteligente ou esperto, porém, era um cara indisciplinado, destruiu a si mesmo e aos outros que o seguiram

"E tinha entendimento com Joabe, filho de Zeruia, e com Abiatar o sacerdote; os quais o ajudavam, seguindo a Adonias"

Adonias conseguiu aliados importantes para esta manobra de tirar o trono das mãos de Salomão, eram homens de guerra, leais ao rei Davi

Adonias junto com eles queria que fossem oferecidos sacrificios a Deus, provavelmente na esperança de legitimar sua posse. Mas ele não era o escolhido de Deus para suceder Davi

Os sacrifícios foram em vão. Selar uma ação com uma cerimônia religiosa, não faz com que esta se transforme  n vontade do Senhor

Quando o profeta  Natã soube da conspiração de Adonias, tentou imediatamente detê-la:

Então falou Natã a Bate-Seba, mãe de Salomão, dizendo: Não ouviste que Adonias, filho de Hagite, reina? E que nosso senhor Davi não o sabe? Vem, pois, agora, e deixa-me dar-te um conselho, para que salves a tua vida, e a de Salomão teu filho. Vai, e chega ao rei Davi, e dize-lhe: Não juraste tu, rei senhor meu, à tua serva, dizendo: Certamente teu filho Salomão reinará depois de mim, e ele se assentará no meu trono? Por que, pois, reina Adonias? Eis que, estando tu ainda aí falando com o rei, eu também entrarei depois de ti, e confirmarei as tuas palavras. (1 Reis 1:11-14)

Natã era um homem tanto de fé como de ação. Sabia que era correto que Salomão se tornasse rei, e agiu depressa ao perceber que outra pessoa "não qualificada" procurava tomar o trono a força

Natã toma as ações necessárias para corrigir as situações. Chama Bate-seba, mãe de Salomão, e entra junto com ela para uma audiência com Davi

E Bate-Seba inclinou a cabeça, e se prostrou perante o rei; e disse o rei: Que tens?
E ela lhe disse: Senhor meu, tu juraste à tua serva pelo Senhor teu Deus, dizendo: Salomão, teu filho, reinará depois de mim, e ele se assentará no meu trono. E agora eis que Adonias reina; e tu, ó rei meu senhor, não o sabes. (1 Reis 1:16-18)


A Bíblia não diz que Davi tinha prometido que Salomão seria o próximo rei, mas fica claro que ele foi escolhido por Deus e por Davi:  1 Crônicas 22:9-10    /    1 Reis 1:17-30

E respondeu o rei Davi, e disse: Chamai-me a Bate-Seba. E ela entrou à presença do rei; e ficou em pé diante do rei. Então jurou o rei e disse: Vive o Senhor, o qual remiu a minha alma de toda a angústia, Que, como te jurei pelo Senhor Deus de Israel, dizendo: Certamente teu filho Salomão reinará depois de mim, e ele se assentará no meu trono, em meu lugar, assim o farei no dia de hoje.
(1 Reis 1:28-30)


Davi abençoa Salomão e reforça sua liderança na Nação. Salomão é ungido rei. Quando Adonias soube que seus planos não se concretizaram, seus propósitos estavam condenados ao fracasso, correu em pânico para o altar, o lugar de misericórdia e perdão de Deus

Porém, dirigiu-se para lá, no tabernáculo onde estava o altar de Deus, somente depois que seus planos de traição foram expostos

Se ele tivesse primeiramente considerado a vontade de Deus, e não tomasse atitudes precipitadas, tivesse orado mais e tivesse intimidade com Deus no fundo do seu coração, teria evitado muitos problemas

Nós também não podemos esperar que nossa vida esteja repleta de problemas para somente então nos voltarmos ao Senhor e pedir perdão e misericórdia.

O melhor a ser feito é buscar a direção de Deus sempre antes de agirmos

Adonias desejou a proteção de Deus, segurando na ponta do altar, ele foi poupado, mas sua história mostra que ele não mudou o caráter completamente, mas pra frente se envolveu de novo com problemas. até chegar a sua morte trágica

****   CONTINUA NA PRÓXIMA MENSAGEM


domingo, 1 de março de 2015

APRENDENDO COM ZACARIAS (PARTE 2)


 ZACARIAS - O Messias vem!

Zacarias escreveu para a comunidade pós-exílica que estava seguindo os mesmos passos de seus ancestrais (1:3-5). Por isso suas mensagens são para exortação, repreensão e incentivo nos tempos difíceis que enfrentavam. Esta geração era tão culpada pelo exílio quanto as anteriores (7:8-14).

Neste momento de crise, Zacarias apela ao arrependimento e retorno a Deus (1:3-5). 

A adoração e culto verdadeiros, no templo reconstruído com o incentivo de Ageu, viria apenas com a renovação espiritual e a obediência à lei do Senhor. Desse modo, as bênçãos da justiça e prosperidade trazidas pelo Messias se concretizariam no Reino de Deus (6:9-15; 8:13).

Distintamente de outras literaturas apocalípticas, Zacarias não focaliza somente os aspectos futuros do Dia do Senhor, mas invoca a consciência coletiva para a justiça social ainda no presente. 

Isto é, antes de todos os povos buscarem o favor de Deus em Jerusalém, os judeus deveriam buscar ao Senhor e praticar a justiça para com as viúvas, pobres, órfãos e também estrangeiros (7:9-10; 14:16-21).

Ao tratar sobre a ordenação de Josué e Zorobabel, Zacarias prosseguiu ratificando a liderança divinamente instituída em Israel, recobrando as esperanças na restauração messiânica e no cuidado de Javé ao guiar o povo da Aliança.

O valor de Zacarias para os Cristãos

As duas parte de Zacarias colocam os gentios no plano de salvação e trata sobre a prática do culto correto e a busca pelo Reino de Deus em primeiro lugar.

O Novo Testamento cita em torno de 70 trechos de Zacarias, dos quais a maior parte encontram-se em Apocalipse. As citações mais conhecidas estão nos capítulos 9 a 14. 

Os cristãos encontram o cumprimento da vinda do rei vencedor, mesmo que humilde (Zc. 9:9) na entrada triunfal de Jesus em Jerusalém (Mt. 21:5). A traição de Judas por 30 moedas de prata (Mt. 27:3-5) foi associada com Zc. 11:12-13. Mesmo o abandono de Jesus pelos discípulos (Mt. 26:31, 56) foi relacionado com Zc. 13:7.

Ademais Zacarias traz consolo e esperança para aqueles que sofrem nas mãos de pastores opressores e anima os leitores à construção de um mundo melhor, ao mesmo tempo que incentiva a olhar além do mundo material aguardando nossa redenção esperando por uma cidade melhor, da qual Deus é o construtor.

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APRENDENDO COM ZACARIAS (PARTE 1)

Zacarias – O profeta

O ministério de Zacarias foi adicional ao de Ageu no período pós-exílico. Zacarias começou seu trabalho cerca de dois meses após as mensagens de Ageu. 

Ageu desafiara o povo a reconstruir o templo e Zacarias chamou a comunidade pós-exílica ao arrependimento. Uma vez que os trabalhos de reconstrução estavam concluídos, restava ao povo a consciência correta da adoração e serviço apropriados.

O nome Zacarias significa Javé se lembrou, e expressa o sentimento dos exilados após o cativeiro babilônico. 

No livro de Neemias lemos que Zacarias era neto de Ido, que retornara do cativeiro com Zorobabel e Jesua (12:4). 

Neemias também o identifica como membro da família sacerdotal de Ido (12:16). Zacarias, portanto, era descendente de Levi e serviu em Jerusalém como sacerdote e profeta.

O livro está indubitavelmente seccionado em duas partes. O livro pode ser dividido de acordo com seu estilo e interesse histórico entre os capítulos 1 a 8 e 9 a 14. A primeira parte se situa no período persa, antes da reconstrução do templo sob a liderança de Josué e Zorobabel. 

Neste trecho, as profecias são datadas e vêm em forma de visões. A segunda parte não trata mais sobre o templo; Josué e Zorobabel não são mais mencionados; as profecias não são mais datadas nem tem a forma de visões. 

A ênfase teológica da segunda parte é totalmente escatológica se comparada com a primeira. O estilo literário também é distinto da primeira parte, tratando-se, claramente, de uma literatura apocalíptica, gênero característico do período pós-exílico.

Da mesma maneira que Ageu, Zacarias escreveu aos hebreus de Jerusalém e proximidades que retornaram do exílio. Em virtude da impassividade espiritual neste período, Zacarias exortou e motivou os ex-cativos a reconstruir e prosseguir a vida.

As mensagens de Zacarias foram pronunciados durante o reinado de Dario, rei da Pérsia (521 – 486 a.C.). Somente um grupo reduzido de judeus retornara a Jerusalém após os 70 de cativeiro; por isso os muros e o templo de jerusalém continuavam destruídos. 

Logo, a promessa de restauração predita por Jeremias e Ezequiel estavam longe do seu cumprimento (Jr. 30 – 33; Ez. 36 – 39). 

Foi um período de sombras, desânimo e ameaças das nações ao redor contra qualquer tentativa mínima de progresso.

Em contraste com essa situação desoladora, as palavras de Ageu e Zacarias animaram e motivaram o povo da Aliança à reconstrução material e regeneração espiritual. 

Ageu iniciou este trabalho e Zacarias arrematou sua mensagem para a renovação espiritual (1:3-6; 7:8-14).

O ministério de Zacarias durou mais de 2 anos até a conclusão dos trabalhos de reconstrução do templo e celebração da páscoa em 515 a.C. (Ed. 6:13-22).

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APRENDENDO COM OBADIAS (PARTE 2)

APRENDENDO COM OBADIAS

O Orgulho

Obadias, como mensageiro de DEUS, tratou sobre a restauração de Israel e o julgamento de todas as nações que cometeram crimes contra a humanidade. 

Obadias utilizou-se do tema do Dia do Senhor, comum aos profetas, para predizer o livramento de Jerusalém e declarar o domínio universal do Senhor sobre todos os povos. 

A punição de Edom serviria de aviso a todas as demais nações acerca da retribuição que teriam pela maneira injusta à qual submeteram os israelitas.

Mais importante do que a punição a Edom o livro de Obadias mostra o amor e cuidado do Senhor pelo povo da Aliança.

Orgulho

O orgulho foi uma das grandes tragédias do povo edomita. Sua confiança se baseava inteiramente em seus sábios e guerreiros. 

Obadias demonstra que esses mesmos sábios não livrariam Edom da pilhagem de sua colheita e tesouro (Ob. 5-6). Esse orgulho transformou-se em crueldade e impediu a compaixão, por isso o Senhor condena  os orgulhosos (Pv. 16:18). 

Enfim, toda a sabedoria de Edom foi inútil diante do julgamento  pelo qual passou. O Novo Testamento confirma esse conceito afirmado que isso acontecerá com todos aqueles que usarem da sabedoria humana em confronto com Deus (1 Co. 1:18-31).

O dia do Senhor

A partir do verso 15 há a mudança de ênfase do julgamento individual de Edom para todas as nações. Esta mudança pode ter dois objetivos básicos à luz da teologia do Antigo Testamento:

  • Atender à expectativa de Israel com relação à sua vindicação por justiça naquele momento
  • renovar a esperança de Israel em relação ao triunfo final de DEUS sobre as nações com o estabelecimento de seu Reino. 

  • Este é um tema recorrente no Antigo Testamento que foi trabalhado por outros profetas (Is. 24 – 27; Jr. 29 – 33; Ez. 33 – 35; Os. 13 – 14; Am. 9).

O tema do dia do Senhor traz o ensinamento de que O SENHOR é um Deus que exige justiça; não apenas em um futuro escatológico, mas também nesta era. 

Embora seja misericordioso, que estende sua paciência, fica claro que ele não tolera a injustiça para sempre. Ele pune a desobediência.

Restauração de Israel

Seguindo a tendência teológica de outros profetas, Obadias também trata sobre a restauração do remanescente de Israel (Jl. 3:17-21; Am. 9:11-15; Mq. 7:8-20). 

Obadias cita os nomes dos patriarcas para promover a esperança de que os exilados veriam as promessas cumpridas, reforçando, desta maneira, a fé do povo judeu no SENHOR como um Deus fiel à sua Palavra (Sl. 115; Mq. 7:20).

Este ensino é intensificado por outros profetas que trabalham o tema do domínio eterno do SENHOR por meio do Messias vindo no Dia do Senhor (Ez. 37:24-28; Dn. 2:44,45; Zc. 12:3 – 13:6).


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APRENDENDO COM JABES

  APRENDENDO COM JABES O m enino  p rodígio da  g enealogia!   Alguém já disse certa vez que existe muito pouca diferença entre as pessoas –...