APRENDENDO COM OSÉIAS
Amor e julgamento: o dilema de Deus
“Converte-te a teu Deus, guarda o amor e o juízo e no teu Deus espera sempre” (Os 12:6).
Oséias 7:11, 12; 10:11-13; Mateus 11:28-30; Romanos 5:8; 1 Pedro 2:24; Oséias 14
Oseias revela mais do amor de Deus por Seu povo rebelde.
Normalmente, os autores bíblicos usam metáforas para falar do relacionamento de amor entre Deus e Seu povo. A metáfora transmite algo profundo sobre um assunto menos conhecido utilizando algo conhecido ou familiar.
As duas metáforas bíblicas mais utilizadas sobre o relacionamento de Deus com Seu povo são as figuras de marido e mulher e pais e filhos.
Oseias usou metáforas pelas mesmas razões pelas quais Jesus ensinou em parábolas: em primeiro lugar, para explicar as verdades sobre Deus por meio das coisas familiares da vida.
Em segundo lugar, para gravar na mente das pessoas importantes princípios espirituais que poderiam ser aplicados na vida diária.
Enganado e insensato
“Efraim é como uma
pomba facilmente enganada e sem entendimento; ora apela para o Egito, ora
volta-se para a Assíria. Quando se forem, atirarei sobre eles a Minha rede; Eu
os farei descer como as aves dos céus. Quando os ouvir em sua reunião, Eu os
apanharei”
(Oséias 7:11, 12, NVI).
Leia o contexto
desses versos. Que advertência há neles? Que princípio podemos tirar desses
versos para nossa vida?
Efraim era o filho
mais novo de José. Jacó concedeu a ele uma bênção maior do que a de seu irmão
Manassés. Visto que Efraim era o nome da principal tribo do reino do norte de
Israel, o nome é aplicado a todo o reino, assim como o nome de Judá foi
aplicado ao reino do sul.
Nos versos acima, Israel é comparado a uma pomba sem
entendimento (compare com Jr 5:21), o que a torna presa fácil para a rede do caçador.
Nesse contexto, sua dependência da ajuda de outras nações era um ato de
rebelião contra Deus.
Por quê? Porque uma
aliança com o poderoso Império Assírio ou com o ambicioso Egito exigiria que
Israel reconhecesse a supremacia dos deuses adorados por essas duas
superpotências (leia também Is 52:4; Lm 5:1-6). Recorrer a elas significaria,
necessariamente, afastar-se do Senhor.
O que eles precisavam fazer era voltar
para o Senhor, arrepender-se, obedecer aos Seus mandamentos e abandonar os
falsos deuses. Essa era sua única esperança, não alianças políticas com os
pagãos.
“A posição da
Palestina a expunha à invasão desses dois antigos impérios. [...]
O prêmio muito
cobiçado pelo qual esses poderosos impérios lutavam era a estrada que ligava as
ricas bacias hidrográficas do Nilo e do Eufrates. Os reinos de Israel e Judá
foram envolvidos nesse conflito internacional e espremido entre os dois rivais.
Em desespero, sem confiança espiritual em seu Deus, Israel tolamente apelou
primeiramente a um e depois ao outro em busca do apoio que só poderia se
transformar em uma armadilha para seu próprio bem-estar nacional”
É muito fácil
procurar ajuda humana para nossos problemas, em vez de buscar o Senhor, não é?
O Senhor pode usar instrumentos humanos em resposta às nossas orações. Como
podemos ter certeza de que, em situações de desespero e em necessidade de
ajuda, não cometemos o mesmo erro de Israel?
Como podemos usar a ajuda humana
sem, necessariamente, nos afastarmos do Senhor?
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