segunda-feira, 18 de abril de 2022

APRENDENDO COM JUDAS (PARTE 14)

 

APRENDENDO COM JUDAS 


“Cuidado, você está caindo para cima, você começou um processo de queda.” “Porventura, sou eu, Senhor?” (Mateus 26:22b)

“Acaso, sou eu, Mestre? Respondeu-lhe Jesus: “Tu o disseste”. (Mateus 26:25b)

“E digo-vos que, desta hora em diante, não beberei deste fruto da videira, até aquele dia em que hei de beber, de novo, convosco no reino de meu Pai. E, tendo cantado o hino, saíram para o monte das Oliveiras.”(Mateus 26:29-30)

Há pouco mais de dois mil anos o Senhor Jesus celebrou sua última ceia aqui na Terra. Aquela era uma semana importante. Aqueles eram dias de Páscoa, dias de festa. À noite, em um jantar íntimo, em torno de uma mesa especial, preparada pela divina providência, Jesus transformou aquele jantar em uma Santa Ceia. 

Em um determinado momento, Jesus aos discípulos dirige a palavra: “Um de vocês vai me trair”. Os doze trocam olhares e perguntam ao Mestre: “Porventura, sou eu, Senhor?” Judas também a faz e Jesus responde: “Você está dizendo que é você”.

Para nós, está claro que Jesus responde a Judas: “É você”. Mas ali ninguém percebe. Todos saem em dúvida. O nome de Judas é uma helenização do nome hebraico Judá, que significa “abençoado”, “louvado”. No grego é “loúdas”. Entre os apóstolos, o seu nome é o segundo que mais aparece nos Evangelhos, depois do nome de Pedro. O nome repete-se por 20 vezes.

A função de Judas era importante na igreja: tesoureiro. Era o homem de confiança de Jesus e de todos os discípulos. Era certamente o mais bem preparado dentre eles. Tinha o melhor currículo.

Ele estava entre os 70 enviados, de dois em dois, que fizeram milagres, curaram enfermos, expulsaram demônios e que voltaram para Jesus alegres, dizendo: “Senhor, pelo teu nome, até os demônios se nos sujeitam.” (Lucas 10:17)

Ao que Jesus respondeu: “Mas, não vos alegreis porque se vos sujeitem os espíritos; alegrai-vos antes por estarem os vossos nomes escritos nos céus”. (Lucas 10:20).

Assim como os demais 11 discípulos, Judas também foi escolhido por Jesus, sob a mesma revelação e direção do Espírito Santo. Não houve erro! Jesus disse que o nome de Judas estava escrito no livro dos céus; ele foi escolhido; o seu nome significa abençoado; ele fez milagres e libertou pessoas da opressão e de demônios, em nome de Jesus; ele era uma pessoa de confiança do ministério. Como é que se explica que tenha tido o fim que teve?

Ninguém cai “do nada”. A queda não implica em um único ato, mas sim em um processo. Este processo é uma construção, um edifício. Temos a impressão que a queda se constrói para baixo.  Contudo, o diabo não tem nenhum problema em deixar você construir uma queda para cima, porque quanto mais você sobe, maior será o prejuízo da queda.

No capítulo 12 de João, por exemplo, quando Maria lava os pés de Jesus com unguento, um óleo perfumado muito caro, Judas mostra sua fraqueza: “Por que não se vendeu este unguento por trezentos dinheiros e não se deu aos pobres?”, questionou ele.

Fica muito claro que Judas está mais apegado ao dinheiro que ao gesto concreto que manifestava a missão de Jesus. Judas desencadeou um processo de queda. Em determinado momento, ele começa a apresentar desvios, como no exemplo acima. 

Há muita gente que está prosperando, mas está caindo; está crescendo, mas está caindo; está pregando melhor, mas está caindo; está cantando melhor, mas está caindo. Mas elas não merecem cair. Às vezes, falta alguém cheio de amor a Jesus, para lhe dizer: “Cuidado, você está caindo para cima, você começou um processo de queda.”

Qualquer processo de queda pode ser quebrado, desde que se tome uma posição: do lado de Jesus. No dia a dia, nas situações mais difíceis, devemos nos perguntar: “De que lado Jesus está?”.
Judas que o nome era louvado, abençoado, acabou se tornando uma marca ruim, um nome ruim, porque fez uma escolha que desencadeou na vida dele uma consequência. Ele estava com Jesus na Santa Ceia, mas após cantar o hino e receber a bênção apostólica, tomou uma direção diferente.

E, você, vai para qual lado?

Roberto de Lucena

APRENDENDO COM DAVI (PARTE 53)

 FELIZ É AQUELE CUJO PECADO É COBERTO

“Bem-aventurado aquele cuja iniquidade é perdoada, cujo pecado é coberto” (Salmos 32:1).
O rei Davi experimentou o perdão de seu pecado, que havia sido descoberto após algum tempo
“Após seu pecado contra Urias e Bate-Seba, durante um ano Davi se recusou a confessar o pecado, até para si mesmo.
Mas, como o Salmo 32 nos diz, ele sofreu severa agonia física e mental, como resultado de seu silêncio.”
No Salmo 32:3-5, Davi usa imagens poéticas e linguagem simbólica para descrever o que aconteceu a ele quando se recusou a confessar seu pecado, e como essa situação foi solucionada.
“Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos pelos meus constantes gemidos todo o dia. Porque a tua mão pesava dia e noite sobre mim, e o meu vigor se tornou em sequidão de estio. Confessei-te o meu pecado e a minha iniquidade não mais ocultei. Disse: confessarei ao SENHOR as minhas transgressões; e tu perdoaste a iniquidade do meu pecado.” (Salmos 32:3-5).
“Com mentiras e derramamento de sangue Davi encobriu seu pecado de adultério, mas o peso da própria culpa o esmagou. Como o Salmo 32 mostra, no entanto, Davi se lançou em verdadeira humilhação e arrependimento sobre a inabalável misericórdia de Deus.
Em seu clamor pelo perdão, Davi fez uma série de coisas que são instrutivas para todos os que buscam a proteção divina do perdão.
(1) Davi não criou nenhuma desculpa para seu pecado. (2) Ele não tentou se justificar. (3) Não encontrou falha na lei divina, pelo fato de que ela o condenava. (4) Culpou apenas a si mesmo por seu pecado. (5) Ele realmente odiava o pecado que o separava de Deus, e se afastou dele. E Deus o cobriu.”
Davi escondeu seu pecado e o pecado o estava destruindo, no entanto ao confessá-lo Deus o cobriu.
Ou seja, Cristo o perdoou e concedeu a ele a vitória; pois o perdão é para quem se arrepende e deixa o pecado.
“Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos pelos meus constantes gemidos todo o dia. Porque a tua mão pesava dia e noite sobre mim, e o meu vigor se tornou em sequidão de estio.” (Salmos 32:3-4).
“Bem-aventurado aquele cuja iniquidade é perdoada, cujo pecado é coberto. Bem-aventurado o homem a quem o SENHOR não atribui iniquidade e em cujo espírito não há dolo.” (Salmos 32:1-2).
“Deus não desculpa o pecado. Mas o pecado é coberto, significando que sua culpa não mais deve ser imputada, nem trazida contra o pecador, quando existe arrependimento.
Confissão somente, sem arrependimento, é incompleta.
Devemos não apenas estar tristes por causa de nosso pecado; devemos nos afastar dele no poder de Deus.
Deus pode perdoar e cobrir todo pecado. Sua graça não só perdoa o pecado, mas aceita o pecador arrependido, como se ele nunca houvesse pecado!
Esse é o poder de Jesus, nosso Substituto, sobre quem Deus coloca o pecado. Dessa forma, a justiça de Cristo é imputada ao pecador arrependido.”
“Você reconhece facilmente seus pecados e faltas perante Deus? Se não, afinal, você está enganando a Deus ou apenas a si mesmo? Pense nas implicações de sua resposta.”
Davi por um certo tempo, achou que ninguém estava vendo seus pecados, mas certo dia, o profeta Natã desmascara tudo
“Durante um ano, Davi escondeu seu pecado sob um véu de engano. O pecado tornou o coração de Davi como uma pedra. Mas Deus enviou Natã para quebrá-lo.
Em vez de expor diretamente o pecado de Davi, desafiando a ira do rei e muito provavelmente colocando em perigo o próprio pescoço, Natã envolveu a verdade em uma parábola.”
Lendo a parábola de Natã em 2 Samuel 12:1-12 é significativa maneira como o profeta atraiu a atenção e revelou de forma indireta o culpado que se colocou no lugar da vítima, podendo o profeta ser ouvido sem hostilidade.
“O SENHOR enviou Natã a Davi. Chegando Natã a Davi, disse-lhe: Havia numa cidade dois homens, um rico e outro pobre. Tinha o rico ovelhas e gado em grande número; mas o pobre não tinha coisa nenhuma, senão uma cordeirinha que comprara e criara, e que em sua casa crescera, junto com seus filhos; comia do seu bocado e do seu copo bebia; dormia nos seus braços, e a tinha como filha.
Vindo um viajante ao homem rico, não quis este tomar das suas ovelhas e do gado para dar de comer ao viajante que viera a ele; mas tomou a cordeirinha do homem pobre e a preparou para o homem que lhe havia chegado. Então, o furor de Davi se acendeu sobremaneira contra aquele homem, e disse a Natã: Tão certo como vive o SENHOR, o homem que fez isso deve ser morto. E pela cordeirinha restituirá quatro vezes, porque fez tal coisa e porque não se compadeceu.
Então, disse Natã a Davi: Tu és o homem. Assim diz o SENHOR, Deus de Israel: Eu te ungi rei sobre Israel e eu te livrei das mãos de Saul; dei-te a casa de teu senhor e as mulheres de teu senhor em teus braços e também te dei a casa de Israel e de Judá; e, se isto fora pouco, eu teria acrescentado tais e tais coisas.
Por que, pois, desprezaste a palavra do SENHOR, fazendo o que era mal perante ele? A Urias, o heteu, feriste à espada; e a sua mulher tomaste por mulher, depois de o matar com a espada dos filhos de Amom. Agora, pois, não se apartará a espada jamais da tua casa, porquanto me desprezaste e tomaste a mulher de Urias, o heteu, para ser tua mulher.
Assim diz o SENHOR: Eis que da tua própria casa suscitarei o mal sobre ti, e tomarei tuas mulheres à tua própria vista, e as darei a teu próximo, o qual se deitará com elas, em plena luz deste sol. Porque tu o fizeste em oculto, mas eu farei isto perante todo o Israel e perante o sol. Então disse Davi a Natã: Pequei contra o Senhor. Tornou Natã a Davi: Também o Senhor perdoou o teu pecado; não morreras.” (2 Samuel 12:1-13).
Muito forte este confronto entre Deus e o rei Davi
“A parábola de Natã contém preciosas lições para alcançar o coração endurecido pelo pecado.
Em primeiro lugar, Natã não foi a Davi como um acusador; em vez disso, ele humildemente e com tato solicitou a ajuda de Davi. O coração de Davi podia estar endurecido, mas seu senso de justiça não estava completamente amortecido.
Em segundo lugar, envolvendo a verdade em uma parábola, Natã abriu uma brecha nas defesas de Davi. Em terceiro lugar, o método de apresentação de Natã convidou Davi a ouvir sem se sentir condenado.
O resultado? Davi condenou a si mesmo. O veredito de Natã, ‘Tu és o homem’, rasgou o véu do auto engano no qual Davi se escondia.
A resposta de Davi, ‘pequei contra o Senhor’, foi atendida com as palavras ‘o Senhor te perdoou o teu pecado’ (v. 13).”
Deus removeu o pecado de Davi porque ele se arrependeu e fez confissão.
“Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.” (1 João 1:9).
“Ele prostrou-se abertamente diante de Deus em arrependimento, suplicando pela vida de seu filho. Como foi irônico que, um ano antes, sob a capa da escuridão, Davi, secretamente, prostrou-se em lascívia com Bate-Seba, numa noite fatal em que seu filho moribundo fora concebido. […]
Davi reagiu à morte da criança de uma forma que confundiu seus conselheiros. Ele se levantou, tomou banho, e trocou de roupa. Ele, o ungido de Deus, ungiu-se mais uma vez e adorou a Deus.
A queda de Davi no pecado começou e terminou com um banho. O banho final, porém, não foi uma introdução ao pecado, mas o sinal de um coração limpo.”
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terça-feira, 29 de março de 2022

APRENDENDO COM JESUS

APRENDENDO COM JESUS - MULTIDÕES E DISCÍPULOS

 

 Em Mateus 16, do verso 13 ao 20, Jesus, enquanto caminhava para Cesaréia, aldeia ao norte da Galiléia, administrada por Filipe, perguntou aos seus discípulos sobre o que o povo pensava dele. Queria saber que identidade lhe atribuíam.

 A gente sempre se relaciona com o outro a partir da identidade que lhe atribuímos, independente dessa identidade atribuída corresponder ou não com a identidade assumida pelo outro.

 O povo atribuiu ao Senhor a identidade de profeta. É verdade que o compararam aos profetas mais contundentes que Israel já conheceu: Elias, Jeremias e João Batista. Mas profeta.

 O povo errou, entretanto, Jesus não fez nenhum comentário. O povo não sabia quem era Jesus, mas não se importava muito com isso, porque buscava o que Cristo lhes pudesse fazer, não, necessariamente, o que tivesse a lhes dizer. Tanto que Jesus teve de orientar os discípulos a ter sempre um barquinho à mão caso ele fosse comprimido pelo povo (Mc 3.9,10). Porque, como o povo percebera que bastava tocar em Jesus para ser curado, muitos arrojavam-se sobre ele para o tocar. Iam ao encontro de Jesus para buscar uma benção. De fato, ao invés de irem ao encontro de Jesus, iam lhe de encontro. Jesus, então, foi obrigado a se proteger do povo que queria abraçar.

 Acho que podemos chamar a esse ajuntamento de A Igreja da Multidão. A igreja que não sabe quem é Jesus, só sabe e só se importa em saber o que Jesus lhe pode fazer, como lhe pode ser útil.

 Hoje, cada vez mais, há igrejas que parecem ter o mesmo perfil da multidão: sua mensagem acaba por incentivar um relacionamento utilitário com Jesus.

 Em contrapartida há a Igreja dos Discípulos. Pedro, à mesma pergunta, respondeu: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. Resposta perfeita, porque diz que Jesus era o Messias esperado, mas era mais do que se esperava, pois aguardava-se o maior de todos os profetas (era o que criam os mestres de Israel na época), entretanto, Deus mesmo veio em carne e osso para salvar a humanidade.

 Essa Igreja sabe quem Jesus é. E o sabe porque o próprio Pai o revelou, como afirmou Jesus a Pedro. A Igreja dos Discípulos é a Igreja que o Pai deu para o Filho, porque pertence a ela aqueles a quem Jesus, pelo Pai, foi apresentado (Jo 6.44).

 A Igreja dos Discípulos sabe que a única maneira de relacionar-se corretamente com Jesus é através da adoração. A um líder a gente segue; a um chefe a gente obedece; a um profeta a gente ouve; de um mestre a gente aprende; a Deus a gente adora. Essa é a Igreja que o Filho edifica, porque esta fica sobre a Pedra, que é Jesus reconhecido como Deus que veio em carne e osso para nos salvar.

 E como nos ensinou o apóstolo Paulo, adorar a Jesus é imitá-lo (1Co 11.1). E isso é fruto do desejo de ser igual a Jesus, e quanto mais a gente anda em direção a esse desejo, mais o Espírito Santo o torna realidade em nossas vidas (2 Co 3.18).

 A Igreja da Multidão está à cata das bênçãos. Do tipo que até o adversário pode dar.

A Igreja dos Discípulos está à cata das palavras de vida eterna; essas que só Jesus tem (Jo 6.68).

 A Igreja da Multidão busca crescer a todo custo, e para isso lança mão de todo e qualquer esquema.

A Igreja dos Discípulos vai buscar as ovelhas de Cristo, as que reconhecerão a sua voz, para que haja um só rebanho e um só pastor (Jo 10.16); e, para isso insiste na exposição da verdade que liberta.

 A Igreja da Multidão promete o fim do sofrimento e bênçãos materiais.

A Igreja dos Discípulos promete a vida abundante e a ressurreição.

 A Igreja da Multidão convoca indivíduos a serem individualistas: a terem tudo o que, pela fé, possam conseguir.

A Igreja dos Discípulos convoca indivíduos a serem pessoas comunitárias: a doarem tudo o que a fé, que liberta das posses, permite doar.

 A Igreja da Multidão exorta as pessoas a desfrutarem o mundo.

A Igreja dos Discípulos exorta as pessoas a, irmanadas, transformarem o mundo.

 A igreja dos Discípulos está querendo mais da vida de Jesus para, na vida, ser cada vez mais como Jesus.

 Cada pessoa que se diz seguidora de Cristo; cada pessoa que se considera pregadora do evangelho; cada comunidade que se diz cristã precisa se submeter a esse gabarito, para descobrir de que referencial faz parte, ou de qual se aproxima mais: da Igreja da Multidão ou da Igreja dos Discípulos.

APRENDENDO COM PAULO (PARTE 57)

 

APRENDENDO COM PAULO 

Paulo e Silas estavam na cidade de Filipos, Macedônia, por causa de uma visão (Atos 16:9). Por duas vezes antes de chegar naquela nação ele havia tentado rumar para outras direções. A primeira vez para a Ásia (Atos 16:6) e a segunda vez para a Bitínia (Atos 16:7). E nas duas ocasiões o Espírito Santo havia impedido.

 

Quantas vezes em nossas vidas tentamos fazer coisas que nunca dão certo? Às vezes, inclusive, estamos tão imbuídos das melhores intenções (o caso de Paulo, por exemplo, que era para fazer missões, pregar a Palavra de Deus) que ficamos a nos perguntar “O que deu errado?” ou “Por que deu errado?”.

 

A questão é que Deus não queria Paulo nem na Ásia nem na Bitínia. Deus queria Paulo na Macedônia. E essa é a questão. Se não estivermos, ou não nos colocarmos nos centro da vontade de Deus, as coisas nunca sairão como queremos ou esperamos.

 

Uma situação que lembra Ageu 1:9, onde o povo esperava muito e o que recebia era pouco, e o pouco que vinha logo era dissipado. E por quê? Porque estavam longe da vontade de Deus. Estavam vivendo a sua vontade pessoal. A sua vontade particular.

 

Haviam se tornado negligentes. Desleixados com a causa de Deus. E esse é um risco silencioso que devemos vigiar em nossas vidas com todo o cuidado. Jamais perder a vigilância de nós mesmos.

 

Lembra também Jonas, o teimoso, que quanto mais tentava se esconder pior ficava sua situação.

 

Ao perceber o que Deus queria, Paulo rumou para a Macedônia, chegando, como vimos no início, a Filipos. E apesar de ter ficado nessa cidade por pouco tempo, foi um importante instrumento nas mãos de Deus em pelo menos três obras poderosas: as conversões de Lídia e do carcereiro e sua família, e a libertação de uma jovem possessa de um demônio adivinhador.

 

Moral da história: Deus não nos chama para nada. Nenhum de nós. Não nos salva à toa. Ele tem um propósito para as nossas vidas, e isso passa pela realidade de ele quer nos usar, quer fazer de nós instrumentos, vasos de honra. Para sua honra

 

No intervalo dessa ação de Deus encontramos Paulo e Silas presos, acorrentados os pés e as mãos em um tronco, como se fossem os criminosos mais perigosos da Macedônia. Talvez no fundo em algum momento Paulo tenha se perguntado se tivesse ido para a Ásia e para a Bitínia não tivesse sido melhor. Afinal, a visão que tiveram os levou ao cárcere, ao castigo físico (Atos 22:23), à humilhação pública.

 

E aqui que podemos ver alguns mistérios de Deus revelados.

1. Romanos 8:28 “Sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito”

 

Muitas vezes não entendemos porque, aparentemente, as coisas não estão dando certo. Ou mesmo que Deus esqueceu de nós. Mas acredite, se tivesse ido para a Ásia ou para a Bitínia, a situação de Paulo seria bem pior.

 

Basta lembrar mais uma vez o caso de Jonas. Ele se recusava a pregar em Nínive, na época uma cidade violentíssima, pagã. Achou ser mais seguro e confortável ir de barco para Társis. Resultado: o ventre do peixe, bem pior que pregar em Nínive.

 

Se amarmos a Deus, como diz o versículo em Romanos 8:28, o que vier é na frente é lucro ou mal menor. Davi aprendeu isso e disse no Salmo 37:5 “Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele, e o mais ele fará” (ACF). A BJ trás uma tradução ainda mais interessante. Ela termina com a expressão “e ele agirá”.

 

Se eu amo a Deus, vivo para ele, sou instrumento em suas mãos, sou bênção e não maldição, minha boca é usada para adorar e louvar e não para murmurar, me comporto como ovelha e não bode, então deve esperar que ele aja em meu favor. E ele agirá, como diz a Bíblia, porque ele é fiel

 

2. II Coríntios 9:6 “E digo isto: O que semeia pouco, pouco também ceifará, e o que semeia com fartura, com fartura também ceifará” Com Deus não há vitória sem luta. Não há colheita sem semeadura. Não há unção sem santidade. Não há poder sem Palavra. Não há salvação sem se abdicar de muitas coisas.

 

Paulo havia sido separado para uma grande obra. Não fez nada para merecer aquilo e por isso mesmo Deus o escolheu. Mas para se conseguir grandes coisas de Deus deve-se antes se fazer coisas grandes para Deus. Antes de receber as tábuas da Lei Moisés ficou quarenta dias no monte em consagração. Para receber uma resposta a uma oração Daniel jejuou por vinte e um dias. A grande obra que Paulo faria na Macedônia exigia mais do que simplesmente querer.

 

Era preciso enfrentar o inimigo. A incredulidade. A ganância dos poderosos, que foi a causa de sua prisão (Atos 16:19). Mas ali haviam vidas em jogo, uma obra a ser realizada, e ele, Paulo, sabia que Deus estava no comando da situação e era hora de colocar a fé para agir, não dava mais para voltar atrás, como bem mostra o autor em Hebreus 10:38. Essa é a verdadeira obra de Deus, “Os que semeiam com lágrimas, ceifarão com cânticos de alegria” (Salmos 126:5).

 

3. Atos 16:24-25 “Ele, tendo recebido tal ordem, lançou-os no cárcere interior, (‘a parte mais interna da prisão’ / BJ), e lhes segurou os pés no tronco. Perto da meia noite Paulo e Silas oravam e cantavam hinos, e os outros presos os escutavam”.

 

Acredite. Chega uma hora em que não vai dar mais para fazer nada. Quando isso acontecer, ore e louve ao Senhor, porque só ele terá a solução para o problema. Não era o que fazia Moisés o tempo inteiro? Dá para imaginar dois camaradas com as costas dilaceradas de açoites, acorrentados pés e mãos em um tronco, dentro de um beco escuro e fétido entoando cânticos de louvor ao Rei?

 

Sim, sabemos o quanto isso é difícil e como sempre temos a desculpa de dizer “mas era Paulo”. Por isso Deus permitiu que Silas estivesse junto. Para que todos vissem e vejam que fé não é só privilégio de apóstolos especiais. Quem era Silas? Um obreiro dedicado que amava a Deus. Era alguém que qualquer um de nós poderia ser. E muitos são.

 

O Deus que fez a terra tremer debaixo dos pés de seus servos é o mesmo Deus até hoje. Seu poder permanece inalterado. Ele continua fazendo qualquer coisa que queira. O homem não tem autoridade para lhe impor limites.

 

Para que tudo isso aconteça. Para que estejamos sempre no centro da verdade de Deus, precisamos trazer Jesus para o centro de nossas vidas. Precisamos nos arrepender dia após dia de nossas transgressões e começar a caminha rumo à luz de Cristo.

 

Precisamos mudar, e buscar sermos cada vez mais parecidos com ele, imita-lo. Ele mandou que fizéssemos isso: imita-lo. E mesmo sabendo que nunca seremos como ele, mas ficamos satisfeitos que em saber que morremos tentando. E o primeiro passo é reconhecê-lo e recebe-lo como único e suficiente Salvador de nossas vidas.

 

APRENDENDO COM JOSUÉ (PARTE 12)

APRENDENDO COM JOSUÉ  

 

Vem agora, pois, e eu te enviarei a Faraó para que tires o meu povo (os filhos de Israel) do Egito. Êxodo 3:10 

 

Meditando sobre a família, Deus me levou a fazer uma comparação com a jornada do Povo de Deus desde o Egito até a terra prometida.

 

Moisés liderou, executou as instruções do Senhor, a fim de ensinar o povo e a prepará-los para entrar em Canaã durante toda a jornada desde a saída do Egito.

 

Os pais, representam, simbolicamente Moisés, são responsáveis pelo papel de ensinar, educar, instruir e orientar durante a caminhada desde o nascimento até o casamento. 

 

Moisés não entrou na terra prometida! 

 

Também o SENHOR se indignou contra mim por causa de vós, dizendo: Também tu lá não entrarás. Josué, filho de Num, que está diante de ti, ele ali entrará; fortalece-o, porque ele a fará herdar a Israel. Deuteronômio 1:37-38 

 

Moisés entrega a responsabilidade de guiar os Hebreus na conquista da terra à Josué: 

E sucedeu depois da morte de Moisés, servo do SENHOR, que o SENHOR falou a Josué, filho de Num, servo de Moisés, dizendo: Moisés, meu servo, é morto; levanta-te, pois, agora, passa este Jordão, tu e todo este povo, à terra que eu dou aos filhos de Israel.Todo o lugar que pisar a planta do vosso pé, vo-lo tenho dado, como eu disse a Moisés. Josué 1:1-3

 

Esforça-te, e tem bom ânimo; porque tu farás a este povo herdar a terra que jurei a seus pais lhes daria. Josué 1:6 

 

Os pais entregam a responsabilidade dos filhos aos conjugues. 

 

Josué guiou, liderou os israelitas na travessia e conquista da terra prometida, lutaram, guerrearam juntos e por fim conseguiram se apossar da terra. 

 

Esse é o papel do conjugue, caminhar, lutar e se apossar do melhor de Deus, simbolizado pela terra de Canaã. 

 

Nem todos obedeceram às ordenanças e se desviaram dos caminhos do Senhor, se entregando à idolatria e costumes pagãos dos antigos moradores da terra. 

 

Para que possam servir a Deus, cumprir seus propósitos e se apossar da herança, a nova família, os filhos (conjugues) devem se achegar a Deus, ter comunhão com Ele, só assim poderão desfrutar da proteção da sombra da nuvem durante o dia, do fogo de Deus à noite e atravessar o deserto, as tribulações, aflições e obstáculos do novo ciclo familiar que se inicia.

 

E o SENHOR ia adiante deles, de dia numa coluna de nuvem para os guiar pelo caminho, e de noite numa coluna de fogo para os iluminar, para que caminhassem de dia e de noite. Êxodo 13:21 

 

Agora o SENHOR vosso Deus deu repouso a vossos irmãos, como lhes tinha prometido; voltai-vos, pois, agora, e ide-vos às vossas tendas, à terra da vossa possessão, que Moisés, o servo do SENHOR, vos deu além do Jordão. Tão somente tende cuidado de guardar com diligência o mandamento e a lei que Moisés, o servo do SENHOR, vos mandou: que ameis ao SENHOR vosso Deus, e andeis em todos os seus caminhos, e guardeis os seus mandamentos, e vos achegueis a ele, e o sirvais com todo o vosso coração, e com toda a vossa alma.  Assim Josué os abençoou, e despediu-os; e foram-se às suas tendas. Josué 22:4-6 

 

VIRGULA: 

Ao gerar nova vida, gravidez, deixa-se de ser Josué e tem inicio o novo ciclo da família, pois deixam de ser Josué e passam a ser Moisés, com a responsabilidade de levar os novos para a Canaã. 

 

Somente quando chegarmos à Jerusalém Celestial, a verdadeira Canaã, poderemos por um PONTO FINAL. 

sexta-feira, 25 de março de 2022

APRENDENDO COM PEDRO

 

DEUS NÃO DESISTE DE AMAR VOCÊ

 

Mas ide, dizei a seus discípulos, e a Pedro, que ele vai adiante de vós para a Galiléia; ali o vereis, como ele vos disse. Mc 16.7

 

Deus não abre mão da sua vida. Deus não desiste do direito que tem de ter você. Ele não abdica do seu amor por você. Ele sempre vai ao seu encontro, no seu encalço. Pedro, melhor do que ninguém nos revela esta verdade.

 

QUEM ERA PEDRO?

Filho de Jonas (Mc 16.17); Casado (1 Co 9.5); Natural de Betsaida; Residia em Cafarnaum, às margens do Mar da Galiléia; Era Pescador; Irmão de André; Um dos discípulos que mais tinha intimidade com Jesus; Assumiu a liderança do grupo apostólico antes e depois do Pentecostes; Recebeu poder para realizar grandes milagres (At 5.15); Primeiro apóstolo a pregar aos gentios. Pedro era um homem de profundas contradições

AS CAUSAS DA QUEDA DE PEDRO 

EXAGERADA CONFIANÇA EM SI MESMO - Mt 26.35: “Disse-lhe Pedro: Ainda que me seja necessário morrer contigo, de nenhum modo te negarei”. Mc 14.31: 

CONSIDEROU-SE MELHOR DO QUE OS OUTROS 

Mc 14.29: “Disse-lhe Pedro: Ainda que todos se escandalizem, eu jamais!” Mt 26.33: “…ainda que venhas a ser tropeço para todos, nunca o serás para mim”.

FOI INCAPAZ DE ORAR E VIGIAR NA HORA CRUCIAL DA VIDA 

Mt 26.40,41: “E, voltando para os discípulos, achou-os dormindo; e disse a Pedro: Então, nem uma hora pudestes vós vigiar comigo? Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito na verdade, está pronto, mas a carne é fraca”.

PERDEU O CONTROLE EMOCIONAL 

João 18.10: “Então Simão Pedro puxou da espada que trazia e feriu o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita; e o nome do servo era Malco”. Pedro perdeu o controle emocional, o equilíbrio e não discerniu a natureza da batalha que estava travando. Não teve domínio próprio.

SEGUIU A JESUS DE LONGE 

Mt 26.58  “Mas Pedro o seguia de longe…”. Pedro vai fraquejando, vai perdendo seus absolutos. Pedro vai se tornando vulnerável, vai se acovardando.

ASSENTOU NA RODA DOS ESCARNECEDORES 

Lc 22.54,55: “Então, prendendo-o, o levaram e o introduziram na casa do sumo sacerdote. Pedro seguia de longe. E quando acenderam fogo no meio do pátio, e juntos se assentaram, Pedro tomou lugar entre eles”. 

NEGOU A JESUS TRÊS VEZES 

Mt 26.70,72,74: “Pedro negou. Negou outra vez com juramento. Negou a terceira vez praguejando e jurando: Não conheço esse homem”. Ninguém nega Jesus de uma hora para outra. Tem um histórico, um abismo chama outro abismo. Pedro não se lembrou das palavras de Jesus, fez pouco caso delas (Mt 26.75). Pedro caiu, fraquejou e negou: Seu nome; Sua fé; Seu apostolado; Suas convicções; Suas promessas a Jesus.

 

AS CAUSAS DA RESTAURAÇÃO DE PEDRO 

O OLHAR COMPASSIVO DE JESUS 

Lc 22.60-62: “Mas Pedro insistia: Homem, não compreendo o que dizes. E logo, estando ele ainda a falar, cantou o galo. Então, voltando-se o Senhor, fixou os olhos em Pedro, e Pedro se lembrou da palavra do Senhor, como lhe dissera: Hoje, três vezes me negarás, antes de cantar o galo. Então, Pedro, saindo dali, chorou amargamente”. 

AS LÁGRIMAS DE ARREPENDIMENTO

Mc 14.72: “Pedro se lembrou da palavra que Jesus lhe dissera…e caindo em si, desatou a chorar”. Mt 26.

A PROCURA DE JESUS 

Mc 16.7 – “Ide, dizei aos meus discípulos e a Pedro”. Jesus não desiste de Pedro. Pedro desistiu de ser apóstolo. Mas Jesus não desistiu de Pedro. Pedro disse para os seus colegas: “Eu vou pescar” (Jo 20.3). Eu vou voltar para minha velha vida. Ele exerceu uma liderança negativa. Mas, Jesus não abriu mão de Pedro. Ele também não desiste de amar você.

 A PERGUNTA DE JESUS 

Jo 21.15-17- Em primeiro lugar, Jesus curou Pedro do seu orgulho. Ele perguntou três vezes, pois três vezes Pedro o negou. Da última vez mudou a pergunta. Em segundo lugar, Jesus curou a memória de Pedro. Montando o mesmo cenário da queda. A única exigência que Jesus faz a Pedro para ser discípulo e para pastorear o seu rebanho é amá-lo.

 A RESTAURAÇÃO DE JESUS 

Jo 21.17b – “… apascenta as minhas ovelhas”. Jesus restaurou a mente de Pedro. Jesus restaurou a memória de Pedro. Jesus restaurou os sentimentos de Pedro. Jesus restaurou a vida de Pedro. Jesus restaurou o ministério de Pedro.

 

Agora, Pedro volta a ser um grande líder. Agora ele ora. Agora ele aguarda o Pentecostes. Agora ele é cheio do Espírito Santo. Agora ele se torna o grande pregador da igreja apostólica.

 

VOCÊ PODE SER RESTAURADO, POIS JESUS JAMAIS DESISTIU DE VOCÊ!

APRENDENDO COM ABRAÃO

 

POR QUE DEUS ORDENOU QUE ABRAÃO SACRIFICASSE ISAQUE?

 

A pergunta sobre por que Deus faz as coisas quando já sabe o resultado é uma que pode ser feita sobre várias situações.

 

Por que Deus criou Satanás sabendo que ele iria se rebelar? Por que Deus disse a Adão e Eva para não comerem da Árvore sabendo que eles iriam desobedecer? Por que Deus criou os anjos sabendo que muitos iriam se voltar contra Ele?

 

Uma resposta a todas essas perguntas é a mesma resposta à pergunta sobre Isaque e Abraão. O plano soberano e divino de Deus é perfeito e Ele vai executá-lO de acordo com a Sua perfeita vontade e no devido tempo, de uma forma que O glorificará. “O SENHOR dos Exércitos jurou, dizendo: Como pensei, assim sucederá, e como determinei, assim se efetuará” (Isaías 14:24). “Por amor de mim, por amor de mim o farei, porque, como seria profanado o meu nome? E a minha glória não a darei a outrem” (Isaías 48:11).

 

Abraão tinha obedecido a Deus muitas vezes em sua caminhada com Ele, mas nenhum teste poderia ter sido mais severo do que o de Gênesis 22. Deus comandou: “Toma agora o teu filho, o teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá, e oferece-o ali em holocausto sobre uma das montanhas, que eu te direi” (Gênesis 22:2).

 

Esse foi um pedido impressionante porque Isaque era o seu filho da promessa. Como Abraão respondeu? Com obediência imediata; na manhã seguinte, Abraão começou a sua jornada com dois servos, um jumento, seu amado filho Isaque e com a lenha para o holocausto. Sua obediência inquestionável ao comando aparentemente confuso de Deus deu a Deus a glória que Ele merece e nos deixou um exemplo de como devemos glorificá-lO.

 

Quando obedecemos da mesma forma que Abraão, confiando que o plano de Deus é o melhor possível, nós elevamos Seus atributos e O louvamos por eles. A obediência de Abraão à face de um comando tão difícil exaltou o amor soberano de Deus, Sua bondade, o fato de que Ele é digno de confiança, e nos deixou um exemplo a seguir. Sua fé no Deus que ele passou a conhecer e amar colocou Abraão na lista de heróis da fé em Hebreus 11.

 

Deus usou a fé de Abraão como um exemplo de que fé é o único caminho a Deus. Gênesis 15:6 diz: “creu ele no SENHOR, e imputou-lhe isto por justiça”. Essa verdade é a base da fé Cristã, como confirmado por Romanos 4:3 e Tiago 2:23. A justiça que foi creditada a Abraão é a mesma justiça a nós creditada quando recebemos pela fé o sacrifício que Deus providenciou pelos nossos pecados – Jesus Cristo. “Aquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus” (2 Coríntios 5:21).

 

A história do Velho Testamento sobre Abraão é a base do ensino do Novo Testamento sobre a Expiação, a oferta do sacrifício do Senhor Jesus na cruz pelo pecado da humanidade. Jesus disse, muitos séculos depois: “Abraão, vosso pai, exultou por ver o meu dia, e viu-o, e alegrou-se” (João 8:56). Encontre a seguir alguns paralelos entre as duas narrativas bíblicas:

 

“Toma agora o teu filho, o teu único filho, Isaque” (Gênesis 22:2); “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito...” (João 3:16).

 

“…Vai-te à terra de Moriá, e oferece-o ali…” (v.2); acredita-se que foi nessa área onde a cidade de Jerusalém foi construída muitos anos depois e onde Jesus foi crucificado fora da porta de sua cidade (Hebreus 13:12).

 

“Oferece-o ali em holocausto” (v.2); “Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras” (1 Coríntios 15:3).

 

“E tomou Abraão a lenha do holocausto, e pô-la sobre Isaque seu filho” (v.6); Jesus: “E, levando ele às costas a sua cruz...” (João 19:17).

 

“... Mas onde está o cordeiro para o holocausto?” (v.7); João disse: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (João 1:29).

 

Isaque, o filho, agiu em obediência ao seu pai em se tornar o sacrifício (v.9); Jesus orou: “Pai meu, se este cálice não pode passar de mim sem eu o beber, faça-se a tua vontade” (Mateus 26:37).

 

RESSURREIÇÃO – Isaque como símbolo e Jesus em realidade:“Pela fé ofereceu Abraão a Isaque, quando foi provado; sim, aquele que recebera as promessas ofereceu o seu unigênito. Sendo-lhe dito: Em Isaque será chamada a tua descendência, considerou que Deus era poderoso para até dentre os mortos o ressuscitar; daí também em figura ele o recobrou” (Hebreus 11:17-19); Jesus: “E que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras” (1 Coríntios 15:4).

 

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