terça-feira, 6 de março de 2018

APRENDENDO COM JONAS (PARTE 8)



A EXPERIÊNCIA DE JONAS 

O livro de Jonas é uma história cheia de surpresas e dramaticidade. Não é de se admirar que as crianças a adoram. 

No entanto, Jonas traz uma mensagem importante para todos nós. Alguns a tomam como uma ficção, cujo propósito é levantar alguns aspectos éticos importantes.

Outros, a exemplo de Jesus, consideram Jonas uma história verídica, que mostra, entre outras coisas, o grande amor de Deus pelos perdidos.

Jonas foi um profeta tão determinado em fugir da própria missão que preferiu enfrentar os medos naturais (como a viagem no mar desconhecido) a obedecer o propósito de Deus.

Naquele tempo, os judeus temiam o mar, pois havia muitas lendas a respeito de monstros marinhos invencíveis.

Deus estabeleceu que Jonas deveria ir para Nínive, capital do poderoso império Assírio, onde denunciaria seus pecados e também sobre a Sua justiça.

Ao invés disso, ele pega o navio para a direção oposta (Tarsis, provavelmente Tartessus na Espanha).

A razão disso é que Jonas desejava muito que essa poderosa nação fosse destruída.

No navio, longe de todo mundo, e enfrentando a tempestade, Jonas é descoberto pelos marinheiros que resolvem jogá-lo ao mar para que a fúria do tempo melhorasse.

Nessa hora Deus envia um grande peixe que o engole vivo. Jonas descreve a sua experiência por meio de um Salmo tocante, onde ele fala com muita clareza da sua quase morte afogado, como também da disposição de ir ao encontro do propósito de Deus para sua vida.

Em seguida, Deus o envia a Nínive, numa viagem que durou três dias.

Para entendermos a importância dessa missão, vale dizer que a cidade era totalmente circundada por uma muralha de aproximadamente 18 km construída por Senaqueribe.

Chegando lá, o que se sucede surpreende tremendamente a Jonas: os ninivitas são tocados por sua mensagem.

Não há nada mais incoerente do que um pregador da verdade tendo o desejo de que sua mensagem não surta nenhum efeito.

Mas foi exatamente o que aconteceu. Os ninivitas, a despeito de todo o seu poderio e crueldade, se rendem ao Deus de Jonas.

Agora ele sabia que o juízo sobre aquele povo opressor não mais viria; que Deus era capaz de perdoar até uma sociedade vil como aquela.

A reação de Jonas foi a de total indignação.

Mais uma vez, como sempre lhe é de costume, Deus ensina uma importante lição ao profeta fujão: “Faz com que nasça um arbusto do dia para a noite para lhe dar sombra”.

Quando Jonas fica confortado com aquela pequena planta, ela seca sob o comando de Deus.

O que Jonas não esperava é que, por meio daquela circunstância, Deus queria lhe dizer algo muito importante: se ele, não tendo criado aquela árvore, se afeiçoou tanto a ela, quanto mais Deus tinha compaixão pelas pessoas e animais daquela grande cidade.

Vejam que até dos animais Deus se compadeceu. A Bíblia mostra que Deus tem preocupações ecológicas.

As aplicações desse livro são muitas.

1- Muitos são aqueles que, por discordarem de Deus, tomam direções opostas à sua missão.

2- Não há como ser bem-sucedido e desobedecer a Deus.

3- Os pensamentos de Deus são diferentes dos nossos. Suas avaliações são baseadas na sua pré-ciência, bem como na sua bondade.

4- Deus é capaz de transformar sociedades inteiras. Isso pode se dar num processo rápido ou lento.

No entanto, a transformação sempre virá pela pregação da Palavra. Devemos crer que Ele é capaz de fazer isso.

5- Nossas avaliações sobre as pessoas não são as de Deus. Mesmo aqueles que consideramos dignos de juízo são contemplados pela misericórdia de Deus.

De tudo isso, o que me toca mais na história de Jonas é a grande responsabilidade de quem conhece a verdade junto aos que vivem na escuridão.

Não nos omitamos diante da injustiça! Deus quer transformar o ambiente em que vivemos.

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