quarta-feira, 18 de março de 2020

APRENDENDO COM JESUS


Jesus e a Igreja

Mateus 16: 13-20

Neste estudo vamos enfocar a igreja. Sendo um ponto fundamental da doutrina cristã, líderes religiosos têm feito um esforço muito grande no sentido de tornar mais clara a compreensão que se precisa ter de Igreja. Vamos ver o que a Bíblia ensina sobre este edificante tema, tendo em mente que não se trata de denominação, mas da Igreja de abrangência universal, fundada por Jesus.

I - SIGNIFICADO DE IGREJA

 A igreja é composta por aqueles que se submeteram ao senhorio de Jesus.
Na língua original do NT, o termo igreja (ekklesia) significa “chamados para fora”, aludindo à saída do povo que nas cidades gregas eram convocados para sair de suas casas para se reunir em assembléias populares. Em nossa língua “Igreja” (do latim, eclesia) significa um ajuntamento ou reunião de pessoas. No Novo Testamento a palavra é citada 115 vezes, sendo que a primeira vez foi Jesus quem a mencionou, no texto de Mt. l6: 18.
“Chamados para fora” é um significado que liga a Igreja a um clima missionário. Em João 15: 16. Jesus começa explicando que não fomos nós quem escolhemos a Ele, aludindo à incapacidade humana para enxergar os planos de salvação divina. Em seguida Ele declara que nos escolheu, confirmando o que fora feito aos discípulos. Por último Ele, então, explica que nos designou para que fôssemos e déssemos frutos e estes frutos permanecessem.
Quando Ele diz que nos escolheu, Ele está nos “chamando”; quando diz que fez isto para que fôssemos (vades), Ele está nos tirando para fora de nossas casas ou de nossos aconchegos pessoais; quando Ele diz que esta saída era para dar fruto, está confirmando que a Igreja é chamada para a maior tarefa de todos os tempos: levar avante o evangelho a toda a terra, antes que venha o fim, Mt. 24: 14.

II - JESUS AMA SUA IGREJA

O relacionamento de Jesus com sua Igreja tem um caráter bastante protetor e afetivo.
a)  Em João 17: 15 temos uma referência à afetividade de Jesus quando Ele diz: “Não peço que os tires do mundo; e, sim, que os guardes do mal". Jesus, na dedicação que já possuía pelos seus, rogava carinhosamente ao Pai que os livrasse do mal, ao mesmo tempo em que pediu nossa não retirada do mundo, entendendo, é claro, a necessidade de nos manter aqui a seu serviço.
b) Em Efésios 5: 23-30, temos uma comparação amorosa de Jesus, num outro vislumbre de seu relacionamento afetivo com a igreja. Paulo compara a Igreja a uma mulher em sua submissão ao marido e vice-versa. Muito embora este texto aborde mais precisamente o lar cristão, ele nos permite ver como Jesus considera sua Igreja e seu cuidado por ela. Notem que com respeito ao marido e seu domínio sobre a mulher, Jesus é apontado por Paulo como “cabeça” da igreja. Cl. 1: 18.  O verso 25 de Ef. 5 afirma que os maridos devem amar as suas mulheres, assim como Cristo “amou” a sua Igreja e a si mesmo se entregou por ela. Não há dúvida sobre o grande amor de Jesus por sua Igreja.

III - JESUS, O FUNDAMENTO DA IGREJA

O texto básico desta lição é o episódio de Pedro e sua confissão vibrante a Jesus. Veja que Jesus fez duas perguntas, Mt 16: 13-16. Primeiro, Jesus faz uma espécie de pesquisa, algo que tomo a liberdade de classificar como a pergunta do missionário: “O que diz o povo ser o Filho do homem?” Seria, o mesmo que perguntar: “qual tem sido a concepção do povo a meu respeito?” “Será que eles sabem quem sou eu?” Em seguida, Ele deseja saber a opinião sobre o mesmo assunto mas agora dos discípulos: “e vós, quem dizeis que eu sou?“
Destas duas perguntas de Jesus, depende o que vamos entender por Igreja porque, se eu estou fazendo algo para Jesus, sem convicção do meu empenho, então estou enganando a mim mesmo e me deixando lesar tolamente. Preciso saber onde estou com os pés e que concepção tenho de Cristo, antes de querer que os outros saibam sobre ele.
Quando Pedro declarou a divindade de Jesus, sendo felicitado pelo Mestre, foi feita a referência à pedra que ele representava por sua FÉ em Jesus. Mas não há aqui nem de longe qualquer fundamento para a instituição do papado. A verdade aqui é bem diferente: Jesus estava declarando a Pedro que era bendita a sua firmeza e convicção sobre o próprio Jesus.
Não há nenhuma dúvida sobre quem seria a pedra fundamental daquela meta, porque Jesus falava da fé de Pedro e de tantos outros que, como ele, pudessem crer na sua Pessoa. Portanto, Jesus é a pedra principal, a pedra de esquina, e nós, os que cremos,  somos “pedras edificadas espiritualmente, para o sacerdócio de Deus”, I Pe. 2: 5.
Paulo, numa abordagem sábia aos coríntios, fala àqueles cristãos orientando-os a respeito do fundamento único que é Cristo. Ele diz que ninguém pode lançar outro fundamento, além do que já foi posto, o qual é Cristo Jesus. I Cor. 3: 1. E, nesta admoestação, comenta sobre como devemos edificar sobre a fé em Jesus.

IV. ALGUMAS RAZÕES POR QUE JESUS FUNDOU A IGREJA

Consideremos por que Jesus fundou sua Igreja:
a) Para que se santificasse. O texto de Efésios 5: 26 declara: “Para que a santificasse, tendo-a purificado no meio da palavra“. Notem que o “para”, que marca este verso, aponta o objetivo da relação amável entre Cristo e a Igreja. E qual era? A santificação e a purificação que ela precisa ter.
b) Para que fosse perfeita. A Igreja deve apresentar-se a Cristo como uma noiva sem mancha, nem ruga; gloriosa e sem defeito algum.
c) Para que fosse produtiva, Jo. 15: 1-7. Jesus quer a expansão do seu reino e com ele a salvação de todos os homens. Daí a necessidade de evangelismo e do discipulado.


APRENDENDO COM ABRAÃO (PARTE 14)


A fé atrevida

Quando Abraão tinha noventa e nove anos o Senhor Lhe apareceu e disse: "Eu sou o Deus Todo-Poderoso: anda na minha presença e sê perfeito" (Gênesis 17.1). O que significa andar na presença de Deus? Cremos que se descobrirmos o segredo como andar na presença de Deus, seremos perfeitos.
Mas que tipo de perfeição será essa? O modelo é o Senhor Jesus Cristo! E o exemplo que nosso Senhor deixou para os Seus seguidores foi andar na presença do Seu Pai. Ele estava fisicamente na Terra, mas espiritualmente, vivia outra dimensão de vida.
Os Seus pensamentos estavam continuamente fixos nas coisas lá do alto! E não exatamente esse o conselho do Espírito Santo para os Seus seguidores, quando diz: "Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra" (Colossenses 3.2)? Ora, viver pensando nas coisas lá do alto é viver no nível da fé sobrenatural. Cremos que aí está o segredo de viver na presença de Deus.
Enquanto os nossos pensamentos estão fixos nas coisas daqui de baixo, nunca teremos a visão da vontade daquele que vive lá em cima! Daí a razão do fracasso da maioria dos cristãos! Vivem na esperança da vida eterna, porém, não têm nem a idéia daquela promessa do Senhor Jesus, que diz: \"Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância" (João 10.10).
O Senhor Jesus ocupava os Seus pensamentos com coisas superiores. É claro que Ele dormia, comia, chorava e estava sujeito às circunstâncias de nível natural e humano. Mas vivia também na dimensão da fé sobrenatural, acima das condições naturais.
Estava neste mundo mas tinha consciência de que não era daqui. Para poder executar o Seu poder, muitas vezes ignorava o contexto natural e ministrava o poder sobrenatural da fé, de quem vive no nível dos pensamentos lá do alto.
Daí o Seu poder humano ser ilimitado. Os milagres por Ele realizados não aconteceram por ser Deus- homem! Se realizasse algum milagre, por menor que fosse, por seu poder divino, então não nos serviria como exemplo a ser imitado. Na sua humanidade, conseguia viver no nível da fé sobrenatural, isto é, na presença do Deus- Pai.
Por que é que muitos cristãos afirmam ser cheios do Espírito do Senhor Jesus, e têm fracassado no seu andar com Deus? A verdade é que a sua mente e o seu coração não estão totalmente ocupados com os pensamentos de Deus! A maior parte do tempo estão ocupados com os pensamentos deste mundo. Quanto tempo dedicam à televisão, rádio, jornais e livros que trazem assuntos apenas deste mundo, e na maioria das vezes, totalmente contrários a vontade de Deus.
Pela falta de assunto sadio, então nascem assuntos anêmicos, fofocas, críticas, murmurações e difamações. O que pode aquele que se alimenta da "lavagem" deste mundo, esperar de sua própria fé quando surgem os problemas? Nada !
Enquanto a mente e o coração estiverem desligados dos pensamentos de Deus,
c também a fé estará desligada do poder sobrenatural! É por aí que vêm as dores, as dúvidas, o medo, as preocupações e como conseqüência os fracassos.
Andar na presença de Deus é viver no plano da fé sobrenatural, na esfera da certeza absoluta! É viver como Jesus viveu e ensinou, dizendo: "Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos? Que beberemos? Ou: Com que nos vestiremos? Porque os gentios (que vivem com a fé natural ou os incrédulos) é que procuram todas estas coisas; pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas..." (Mateus 6.25-34).
Andar na presença de Deus e ser perfeito é andar na dimensão da fé e da vida que o Senhor Jesus Cristo andou! O Espírito Santo é claro aconselha o seguinte: \"Portanto se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as ocasiona- lá do alto, onde Cristo vive, assentando à direita de Deus. Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra" (Colossenses 3.1-2).
Se você leitor, quiser tirar a prova disso, basta ficar uma semana sem ver televisão, sem ouvir rádio, sem ler qualquer coisa que não fale das coisas lá do alto, e ai constatar, por si mesmo, uma pureza de fé sobrenatural e vida em comunhão com Deus! Durante esses dias via realmente viver pela fé e descobrir quão atrevida ela é diante do diabo e todo o seu inferno.

APRENDENDO COM GIDEÃO (PARTE 05)


Gideão

Homem Valente ou Homem Tímido?


            Os midianitas oprimiam os israelitas, ao longo de 7 longos anos. A cada ano que passava, os habitantes de Midiã tinham por hábito invadir a terra dos hebreus e apossar-se dos seus produtos alimentares, assim como de todos os seus animais. Para sobreviver, os israelitas habituaram-se a esconder os alimentos do inimigo, antes que o mesmo atacasse.
            Gideão estava a preparar comida para escondê-la, quando o Anjo de Senhor apareceu. Imagine este homem, a trabalhar com medo do inimigo, quando, de súbito, ouviu as palavras do Anjo: “O Senhor é contigo, homem valente” (Juízes 6.12). Pela resposta de Gideão, percebemos que ele nem sequer pensou no significado da expressão”homem valente”, pois entrou directamente em discussão com o Anjo sobre a presença de Deus. Ele não entendia como é que Deus, estando com o povo, poderia deixar Israel sofrer. Deus continuou a conversa, desafiando Gideão a resolver o problema. Já que ele duvidara da presença de Deus, deveria ir na sua própria força (Juízes 6.14). Isso não! Gideão, agora, sentia-se de tal forma incapaz, que procurava esquivar-se à missão dada por Deus. Ele explicou que era uma pessoa insignificante, de uma família sem importância, de uma tribo sem destaque. Gideão não se apresentou ao Senhor como homem valente, porem Deus iria fazer dele um líder corajoso.
            A verdadeira força do servo do Senhor não vem de si mesmo, e sim de Deus. Ninguém é forte o bastante para resolver os seus próprios problemas sozinho, especialmente quando falamos sobre o nosso problema principal: o pecado.
            Dependemos de Deus e da Sua Graça (Efésios 2.8-9). Paulo disse: “tudo posso naquele que me fortalece” (Filipenses 4.13).
            Os homens valentes, hoje em dia, são aqueles que confiam no Senhor.


O Clamor


            Como já vimos, o estado espiritual de Israel estava deteriorado. Como consequência, também o estado económico e politico decaiu, tornando a vida naquele pais um desespero. Os filhos de Israel semearam rebeldia, prostituição e idolatria e colheram os seus frutos. Diante de tamanha debilidade com a presença maciça e destruidora dos midianitas, os filhos de Israel, então, clamaram ao Senhor.
            O clamor é diferente da oração. Na oração, as palavras soam como súplicas ou até mesmo em forma de gemidos. Mas o clamor não! O clamor só é expresso perante uma situaçãode extremo desespero. É preciso chegar ao fundo do poço ou no limite da dor e aflição para se estar habilitado ao clamor.
            Quando os autores sagrados registam o clamor dos filhos de Israel, trata-se realmente da expressão mais profunda de angústia, dor e desespero. Porque enquanto se conta com o fio de esperança nos próprios recursos, não é possível manifestar o verdadeiro clamor.


O Chamamento de Gideão


            Já vimos que Deus fez surgir lideres em Israel em diferentes ocasiões, perante diferentes situações. Assim foi com Otniel, Eúde, Sangar, Débora e Baraque. Mas o chamamento de Gideão foi um caso à parte, tendo em consideração que o próprio Anjo do Senhor, provavelmente o Senhor Jesus, veio, pessoalmente, à sua presença. A aparição do Senhor no seu chamamento mostra que Gideão tinha algo que o diferenciava dos seus antecessores. Deus não apareceu, pessoalmente, a todos os Seus escolhidos, apenas alguns foram especiais. Abraão, Isaque, Jacó, Moisés e Josué foram dos poucos privilegiados até aquela época. E Gideão faz parte dessa lista especial. Mas, porquê?
            Porque o coração de Gideão “pulsava” de acordo com o de Deus! A sua profunda expressão de revolta e indignação, na realidade, era a de Deus!
            O sofrimento e a dor de um povo reflecte o sentimento de Deus pela humanidade. E quando alguém sente essa mesma dor de Deus, é sinal de que está a ser chamado. No diálogo com o Anjo, Gideão manifestou o que Deus tinha no coração: revolta e indignação pela calamidade imposta pelos inimigos ao Seu povo. Por isso, Deus veio pessoalmente até ele!
            Aos olhos de Gideão não era admissível aceitar a crença num Deustão poderoso e viver oprimido pelos inimigos. Como seria possível crer num Deus Todo-Poderoso e viver nos limites do desespero, da opressão e da dor?
            Só mesmo uma fé destituída de inteligência pode combinar a crença em Deus com a fome, miséria, dividas, doenças, lares destruídos, enfim, com a desgraça total!

A Força de Gideão


            A força de Gideão, obviamente, não estava no seu exterior, mas sim no mais profundo de si, isto é, tinha a firme convicção que não podia aceitar a situação imposta pelos inimigos em razão da existência do Deus de Abraão. O maior problema das pessoas até nem é em si a situação difícil, mas o que elas pensam a respeito da mesma. Se alguém está a enfrentar um determinado mal e não crê numa saída, como irá então lutar contra ele? Entende-se agora por que razão o Senhor Jesus perguntou ao cego: “Que queres que Eu te faça?” (Mc. 10:51).
            O Senhor conhecia perfeitamente a necessidade do cego, sobretudo porque era algo evidente aos olhos humanos! Mas o Senhor queria a confissão da crença! Ou seja, a manifestação da crença na solução do seu problema. Claro! Se o cego não acreditasse na sua cura, jamais iria recorrer ao Senhor Jesus. Para a pessoa se ver livre das suas mazelas, em primeiro lugar tem de crer que isso é possível. E essa crença é, justamente, a sua força!
            Essa foi exactamente a força de Gideão: energia interior capaz de conduzir a pessoa à luta e à conquista da vitória. E tudo o que o Anjo deu a Gideão foi uma única palavra: VAI! Aliás, a mesma que o Senhor Jesus deu ao cego: Vai!
            O combustível capaz de mover um motor é a gasolina, querosene, álcool, oxigénio, gás, electricidade. O combustível da vida é o oxigénio, mas o combustível que conduz o ser humano à vitória é a fé de Deus. E para quem quiser conquistar os benefícios da fé, há que seguir os seus impulsos e tomar uma atitude. A mulher ou o homem de Deus tem o seu “tanque” repleto de combustível. Mas, se não ligar o motor, isto é, se não colocar em acção a sua crença, de nada adianta estar cheio de combustível, ou cheio do Espírito Santo. A fé sobrenatural é a energia de Deus no nosso interior. No entanto, Ele não nos pode obrigar a agir! Nós é que temos de agir por conta própria!
            O anjo de Deus escolheu Gideão no meio de milhões de pessoas entre o seu povo, porque ele “tinha o tanque cheio”. No entanto, desconhecia o seu potencial, o poder existente no seu interior. Porquê? Porque os seus olhos espirituais estavam fechados. Enquanto dava atenção apenas às informações dos olhos físicos, só conseguia ver dificuldades: miséria, fome, medo, humilhação, poder dos inimigos, debilidade de Israel, etc. Mas uma voz gritava dentro de si: Não! Não é possível esta situação continuar! O meu Deus é o mesmo do passado, é o Deus de meus pais, Abraão, Isaque e Israel! Se Ele os livrou no passado, tem de nos livrar no presente! Quer dizer: ao mesmo tempo que os seus olhos físicos que chamavam a atenção para a situação vigente, pelo contrário, os seus olhos espirituais reclamavam dentro de si...
            Havia um conflito intimo: por um lado a voz dos sentimentos impostos pela visão física; por outro, a voz da fé imposta pelo conhecimento do Deus vivo.
            E, quando o Anjo lhe apareceu, fez apenas acender a chama da sua força, dizendo: que esperas? Vai... e salva Israel! Não te mando Eu? Vai, agora! ... Já!...
            Alguma vez pensou que a fé está intimamente ligada à acção! Pois é... Fé é acção! É atitude!...

APRENDENDO COM JESUS


A Pessoa de Cristo

O Cristianismo bíblico afirma que Cristo possui duas naturezas, que ele é tanto divino quanto humano. Ele existe com Deus o Pai na eternidade como a segunda pessoa da trindade, mas tomou a natureza humana na ENCARNAÇÃO. O que resulta disso não compromete ou confunde a natureza divina com a humana, de modo que Cristo é totalmente Deus e totalmente homem, e permanecerá nessa condição eternamente. Às duas naturezas de Cristo subsistindo em uma pessoa dá-se o nome de UNIÃO HIPOSTÁTICA.
Algumas pessoas alegam que essa doutrina gera uma contradição; contudo, antes de providenciarmos respaldo bíblico para essa doutrina, vamos primeiro defender sua consistência lógica.
Recordemos nossas primeiras discussões sobre a Trindade. A formulação doutrinária histórica da Trindade diz: “Deus é um em essência e três em pessoa”. Essa proposição não é contraditória. Para haver uma contradição nós precisamos afirmar que “A é não-A”. Em nosso caso, isso se traduz assim: “Deus é um em essência e três em essência”, ou “Deus é um em pessoa e três em pessoa”. Afirmar que Deus é um e três (não um) ao mesmo tempo e num mesmo sentido é contradizer-se. Porém, nossa formulação doutrinária diz que Deus é um em um sentido e três em um sentido diferente: “Deus é um em essência e três em pessoa”. Além disso, embora cada uma das três pessoas componha de forma completa um único Deus, a doutrina não se torna um triteísmo desde que ainda haja um único Deus e não três.
A “essência” na formulação acima se refere aos atributos divinos ou a cada definição de Deus, tanto que todas as três pessoas de Deus preenchem completamente a definição de deidade. Mas isso não implica em um triteísmo porque cada definição de deidade inclui o atributo ontológico da Trindade, de modo que cada membro não é um Deus independente. O Pai, o Filho, e o Espírito são “pessoas” distintas porque representam três centros de consciência dentro da Divindade. Portanto, embora os três participem completamente da essência divina de modo a formarem um [único] Deus, esses três centros de consciência resultam em três pessoas dentro desse único ser Divino.
De modo similar, a formulação doutrinária da pessoalidade e encarnação de Cristo diz que ele é um em um sentido e dois em um sentido diferente. Que ele é um em pessoa, mas dois em natureza.
Para esclarecer essa formulação doutrinária, nós precisamos definir os termos e compará-los à formulação doutrinária da Trindade. Do mesmo modo que “natureza” é usada na formulação doutrinária da encarnação, “essência” é usado na formulação doutrinária da Trindade. Eles se referem à definição de algo, e a definição de algo muda de acordo com os atributos ou propriedades desse algo. Pessoalidade é novamente definido pela consciência ou intelecto. Agora, a definição de Deus inclui o atributo ontológico da Trindade, e embora exista um só Deus, existem três pessoas divinas ocupando completa e igualmente os mesmo atributos que definem a deidade.
Na encarnação, Deus o Filho tomou para si a natureza humana; isto é, ele adicionou à sua pessoa a parte dos atributos que definem o homem. Ele fez isso sem sobrepor uma natureza a outra, de maneira que ambos os atributos permanecem independentes. Assim, sua natureza divina não se misturou à sua natureza humana, e sua natureza humana não foi divinizada por sua natureza divina. Essa formulação também protege a imutabilidade de Deus o Filho, uma vez que a natureza humana não modifica em nada sua natureza divina.
A objeção de que os atributos divino e humano necessariamente se contraditam quando possuídos por uma mesma pessoa falha em não perceber que esses dois atributos são independentes no Deus o Filho. Por exemplo, Cristo não era onisciente em relação a seus atributos humanos, mas era onisciente em relação a seus atributos divinos, e isso é verdade ainda hoje. Seus atributos divinos não divinizaram seus atributos humanos.
Essa formulação doutrinária da encarnação é imune à contradição, desde que nós não afirmemos que Cristo é um e dois ao mesmo tempo e num mesmo sentido. O que afirmamos é que Cristo é uma pessoa com dois tipos de atributos. Visto que essa formulação não degenera em uma contradição lógica, isto é estabelecido como verdade se pudermos demonstrar que Cristo é tanto Deus quanto homem através de exegese bíblica.
Iremos primeiro considerar algumas passagens que indicam a DEIDADE de Cristo. No início de seu Evangelho, o apóstolo João refere-se a Jesus Cristo como o logos , ou a Palavra :
“No princípio era aquele que é a Palavra. Ele estava com Deus, e era Deus. Ele estava com Deus no princípio. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele; sem ele, nada do que existe teria sido feito.” (João 1:1-3, NVI)
O verso 1 começa afirmando a pré-existência de Cristo, dizendo que ele existia antes do evento da criação. O próprio Cristo confessou sua pré-existência em João 8, dizendo, “Eu lhes afirmo que antes de Abraão nascer, Eu Sou” (v.58) A palavra Deus (grego: theos) nesse verso se refere ao Pai, e “a Palavra estava com Deus” indica que Cristo não é idêntico ao Pai em termos de sua pessoalidade. Contudo, ele não é menos que Deus em termos de seus atributos, pois o verso continua a dizer, “a Palavra era Deus.” Essa é uma indicação explícita da atribuição de deidade a Jesus Cristo. As palavras, “Ele estava com Deus no princípio”, no verso 2, novamente afirmam sua pré-existência e o fato de que ele é distinguível do Pai.
O verso 3 fala de Cristo como o agente da criação, dizendo, ‘Todas as coisas foram feitas por intermédio dele; sem ele, nada do que existe teria sido feito”. Isso concorda com a cristologia de Paulo, que escreveu em Colossenses 1:16, “Pois nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis,sejam tronos ou soberanias, poderes ou autoridades;todas as coisas foram criadas por ele e para ele”. Cristo não somente é o criador do universo, mas ele agora sustenta sua própria existência. Paulo diz que “nele tudo subsiste” (v.17). Foi através de Cristo que Deus “fez o universo” e é também Cristo que “sustenta todas as coisas por sua palavra poderosa” (Hebreus 1:2-3).
Colossenses 2:9 diz, “Pois em Cristo habita corporalmente toda a plenitude da divindade”. Tito 2;13 diz, “aguardamos a bendita esperança: a gloriosa manifestação de nosso grande Deus e Salvador, Jesus Cristo”. Em Hebreus 1:3 lemos, “O Filho é o resplendor da glória de Deus e a expressão exata do seu ser”. Hebreus 1:8 faz uma aplicação messiânica do Salmo 45:6-7, quando Deus diz a Cristo, “O teu trono, ó Deus, subsiste para todo o sempre; cetro de eqüidade é o cetro do teu Reino”. Assim, o próprio Deus o Pai declara que Jesus é Deus, e diz que seu domínio é “para todo o sempre”. Finalmente, Paulo escreve em Filipenses 2:6 que Cristo, “embora existindo na forma de Deus,” tomou sobre si atributos humanos.
Agora nós veremos algumas passagens que indicam a HUMANIDADE de Cristo. Após afirmar fortemente a deidade de Cristo, o apóstolo João escreve em seu Evangelho , “Palavra tornou-se carne e viveu entre nós” (João 1:14). Hebreus 2:14 diz, “Portanto, visto que os filhos são pessoas de carne e sangue, ele também participou dessa condição humana, para que, por sua morte, derrotasse aquele que tem o poder da morte...”. Paulo é muito explícito a respeito da humanidade de Cristo quando escreve em 1 Timóteo 2:5, “Pois há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens: o homem Cristo Jesus”.
Várias passagens na Bíblia indicam que, em sua natureza humana , Jesus tinha verdadeiras limitações. Por exemplo, ele esteve “cansado da viagem” em João 4:6, faminto em Mateus 21:18, e sedento em João 19:28. E o mais significante, “ele sofreu a morte” (Hebreus 2:9) para comprar a salvação para seus eleitos.
Algumas passagens na Bíblia afirmam ou implicam tanto a divindade quanto a humanidade de Cristo. Por exemplo, João 5:18 diz que os Judeus procuravam matar a Jesus porque ele “estava dizendo que Deus era seu próprio Pai, igualando-se a Deus.” Eles o viram como um homem, mas ele reivindicava ser Deus. João 8:56-59 descreve outro conflito semelhante a este:
‘Abraão, pai de vocês, regozijou-se porque veria o meu dia; ele o viu e alegrou-se'. Disseram-lhe os judeus: ‘Você ainda não tem cinqüenta anos, e viu Abraão?'. Respondeu Jesus: ‘Eu lhes afirmo que antes de Abraão nascer, Eu Sou!'. Então eles apanharam pedras para apedrejá-lo, mas Jesus escondeu-se e saiu do templo.
As pessoas reconheceram que em sua vida humana, Jesus não tinha ainda cinqüenta anos de idade e afirmava conhecer pessoalmente a Abraão. Aqueles que o ouviram não contestaram sua humanidade, mas entenderam que suas palavras continham uma reivindicação de divindade.
Mateus 22:41-45 também afirma que Jesus é tanto Deus quanto homem:
Estando os fariseus reunidos, Jesus lhes perguntou: “O que vocês pensam a respeito do Cristo? De quem ele é filho?”. “É filho de Davi”, responderam eles. Ele lhes disse: “Então, como é que Davi, falando pelo Espírito, o chama ‘Senhor'? Pois ele afirma: ‘O Senhor disse ao meu Senhor: Senta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos debaixo de teus pés'. Se, pois, Davi o chama ‘Senhor', como pode ser ele seu filho”.
Os fariseus reconheceram que o Cristo deveria ser o filho de Davi, e como filho de Davi, Cristo deveria ser humano. Contudo, enquanto estava “falando pelo Espírito”, de modo que não poderia estar errado, Davi chamou Cristo de “Senhor”, como uma designação de divindade. Portanto, o Cristo deveria ser o descendente humano e o divino Senhor de Davi – Cristo deveria ser Deus e homem.


Vincent Cheung

terça-feira, 10 de março de 2020

APRENDENDO COM PAULO (PARTE 44)


O Comportamento Do Cristão

Quando os cristãos se rendem totalmente ao Cristo vivo, suas vidas são transformadas e, como os cristãos primitivos, eles se tornam verdadeiras testemunhas do Salvador ressurreto. Ser um mero cristão professo não é o suficiente. A vida cristã não tem significado se o Cristo ressurreto não viver verdadeiramente no crente.
Esta experiência celestial só pode ser conhecida pelos crentes que realmente nasceram de novo.
Paulo lembrou os crentes de Colossos que se eles quisessem ser cristãos no verdadeiro sentido da palavra, precisavam entender que estavam começando uma nova vida em Cristo. Eles foram aconselhados pelo inspirado apóstolo com estas palavras:
“Portanto, se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as cousas lá do alto” (Cl 3:1). Ele lhes disse  que no novo nascimento teriam que “despir-se da velha natureza” e  “revestir-se com a nova natureza.”
Esta nova natureza foi demonstrada pelo espírito de Cristo neles. E a fim de Cristo ser manifesto neles, teriam de fazer duas coisas: teriam de “despir-se” das velhas práticas pecaminosas; e depois teriam de “revestir-se” da nova conduta e comportamento de um cristão. É importante que observemos tanto o conselho negativo quanto as instruções positivas que foram dados.
Note as palavras no versículo 5: “Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena...” A palavra “fazer morrer” significa “tornar morta”. Considere como mortas aquelas velhas práticas pecaminosas: “fornicação, impureza, paixão lasciva,” etc.
Vamos ainda ler este versículo em uma outra tradução: “Fazei morrer portanto aquilo que é terreno em você: imoralidade, impureza, paixão, maus desejos, e cobiça, que é idolatria... agora, despojai-vos também de todos estes: ira, indignação, malícia, maledicência e toda linguagem imprópria da vossa boca". E assim por diante.
Isto quer dizer que se você nasceu de novo, se você entrou na nova vida com Cristo, estes velhos pecados da carne devem ser mortificados, tornados mortos. Pois, se em seu coração habita a imoralidade, e sua mente está cheia de pensamentos impuros, e suas paixões e desejos malignos têm permissão para transitarem livremente, e se você é cobiçoso com relação às coisas deste mundo, então você nunca poderá demonstrar Cristo.
Se você guarda mágoa de outras pessoas, fica zangado com seu próximo, alimenta o ódio e usa sua língua para falar palavras torpes, para blasfemar e difamar, você certamente nunca convencerá uma viva alma de que é um seguidor de Cristo.

Dê Evidências de Uma
Vida Transformada

Portanto, o remédio é cultivar as mais nobres virtudes da nova natureza, e permitir ao Espírito de Cristo possuí-lo de tal forma que se tornará um hábito para você irradiar graça e vida as quais provarão à pessoa mais incrédula que sua vida foi transformada, mudada; e que embora você antigamente tenha andado na concupiscência da carne, agora está revestido com a natureza celestial que é a herança de todos aqueles que nasceram no reino celestial.
Então, nos foi ordenado “revestirmo-nos” destas qualidades divinas. Ouça à Palavra de Deus: “Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados...” Agora são mencionadas vestes da justiça. E se você tem este tipo de veste, o povo deste mundo saberá que você é cristão.
O que são estas vestes? A primeira a ser mencionada é a veste da misericórdia (Cl 3:12). Esta é uma palavra rica no seu significado. Significa, literalmente, o amor de Deus em você saindo para alcançar seus semelhantes.
Você nunca desprezará nenhum indivíduo humano se você amá-lo como Deus o ama. Se você se colocar no lugar dele e lembrar-se que foi por ele que Cristo morreu, assim como morreu por você, se o seu coração puder alcançar aquela pessoa com um interesse autêntico por ela, você nunca terá más intenções e nem guardará rancor contra ela; porque amor e ódio nunca podem habitar juntos. Então, “dispa-se” da ira e malícia e “revista-se” do espírito de misericórdia.
Em seguida vem a veste da bondade. Bondade é o amor em ação. Você nunca pode ser hostil, desagradável ou áspero com alguém se você o ama. Pelo contrário, você pode perdoar facilmente sua atitude hostil ou desagradável para com você. Você não tentará “acertar as contas” com aqueles que prejudicaram você.
Tente esta fórmula: retribua com bondade a cada ação desagradável que alguém fizer contra você; isto funcionará maravilhosamente. Pense em como o mundo seria se o espírito de bondade cristã estivesse nos corações de todos os homens. Bem, isto pode acontecer,  no que nos diz respeito, se nós, que “temos nos revestido de Cristo”, praticarmos o espírito de bondade todos os dias de nossas vidas.
Além disso, temos também a veste da humildade - “humildade de mente”. Um dos piores pecados da carne é o orgulho. Hoje, muitas pessoas são presunçosas, exaltadas e arrogantes. Mas quando acertamos a vida com Deus, ficamos humildes de espírito. O Espírito de Cristo nos quebranta.
O novo nascimento nos dá uma nova atitude em relação aos nossos semelhantes. Lemos em Romanos 12: “Digo a cada um dentre vós que não pense em si mesmo, além do que convém, antes, pense com moderação segundo a medida da fé que Deus repartiu a cada um.”
Portanto, “amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros.” Assim sendo, se devemos nos portar como cristãos, precisamos nos revestir da veste da humildade.
A próxima desta lista de vestes celestiais é a mansidão. Revista-se de mansidão. Se os outros são vaidosos e orgulhosos e se envolvem em conversas caluniosas e odiosas, e fofocas, você que leva o nome de Cristo não deve ter mostrar estas coisas.  A mansidão foi uma das qualidades mais notáveis de Jesus, e através do espírito da mansidão cristã nós O faremos conhecido para os outros. Comportamento cristão é o que devemos enfatizar.
Ainda nesta mesma lista está a veste da paciência. “Revista-se” de paciência. Não são muitos os que se dispõem a esperar e orar.
Parece-me que não há graça que precise ser mais cultivada entre os filhos de Deus do que a graça da paciência. Nós devemos ser pacientes na tribulação, na perseguição, nas aflições, pacientes com pessoas que são difíceis de se relacionar.
A paciência é uma qualidade da nova natureza. Mas precisa ser cultivada. A instrução santa dada aqui associada à paciência é que devemos “suportar-nos uns aos outros.” Infalivelmente veremos erros nos outros mas temos que suportá-los pacientemente.
Note, depois, a próxima veste da justiça: o espírito de perdão. “Perdoai-vos mutuamente,caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós.” Nada impedirá mais o seu testemunho por Cristo do que abrigar um espírito que não perdoa aqueles que o prejudicaram ou maltrataram.
“Assim como Cristo nos perdoa”, devemos perdoar, e devemos fazê-lo por amor a Cristo. Dá-nos uma sensação de paz celestial saber que Ele perdoou aqueles que Lhe fizeram mal. Com Cristo no seu coração, você pode sempre perdoar alguém por qualquer tipo de erro cometido contra você. 

Acima de Tudo Revista-se de Amor

Chegamos agora ao clímax do estudo sobre estas vestes de justiça. “Acima de tudo isto, porém, esteja o amor,” que é o vínculo da perfeição.
Uma outra tradução diz: “Acima de todos estes, revesti-vos de amor, que une tudo em perfeita harmonia.”
Esta é a resposta a todos os nossos problemas de relacionamento com nossos semelhantes, e especialmente com nossos irmãos em Cristo. Devemos nos revestir do amor de Cristo. Todos os nossos preconceitos desaparecerão; toda a nossa raiva, malícia, má vontade e ciúmes cessarão quando o amor de Deus possuir nossos corações. “Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três: porém o maior destes é o amor.”

Amados, nós nunca teremos que nos preocupar com o nosso comportamento cristão se nos revestirmos com todas estas vestes de justiça e especialmente com o amor de Cristo que é verdadeiramente o cumprimento da lei de Deus. 

Com o adorno destas virtudes e graças cristãs convenceremos a todos aqueles que têm contato conosco no nosso dia a dia, da realidade da fé cristã.
Dessa forma o Cristo ressurreto e vivo se manifestará em nossos próprios corações, em nossos corpos e em nossas vidas. Façamos agora uma pergunta bem pessoal:  O que a ressurreição de Cristo significa na minha vida?

Extraído de Cinqüenta Sermões de Rádio de Dale Crowley. Usado com permissão.

 

Por Dave Crowley



terça-feira, 3 de março de 2020

APRENDENDO COM SAUL


A UNÇÃO FAZ A DIFERENÇA

TEXTO:  1 Sm. 9:1,27

OBJETIVO: Levar as pessoas a saberem que Deus tem uma unção muito maior, do que pensamos  e podemos ter.


CONTEXTO: Saul sai atrás de algo que era muito precioso para ele, seu pai e sua família.

             Os animais de carga (jumentas), se perderam.
             Saul e seu servo passaram por cinco cidades e não encontraram as jumentas.
             E quando Saul quis voltar para casa, porque o mantimento havia se acabado, e não haviam encontrado o que tinham ido procurar.
             Eles precisaram usar o sobrenatural eles foram atrás do problema.
             Deus já havia resolvido o problema de Saul (as jumentas), mas tinha algo muito maior para ele. (Vs. 16-17) -  Deus queria ungi-lo rei de Israel.

CONCLUSÃO: Muitas vezes estamos correndo atrás de algo que pensamos ser muito importante, buscando, lutando, gastando dinheiro, energia, é coisa pequena diante de Deus.
             Deus quer nos dar unção de Rei.
             Deus quer nos dar autoridade e governo.
             Deus quer nos dar domínio sobre todas as coisas.
             Deus quer nos dar domínio sobre o pecado, satanás, e todos os seus inimigos.

APLICAÇÃO: Unção é a capacitação sobrenatural que leva a pessoa à realizar coisas que por si mesma (meios naturais) ela não conseguiria.


ESTUDO 44
TEMA: AS TRÊS COLUNAS BÁSICAS NA VIDA DA IGREJA PRIMITIVA


OBJETIVO: Levar as pessoas a terem êxito nos seus relacionamentos.
1ª Coluna: O ministério da Palavra Atos 6:7 – Crescia a Palavra entre eles.
             Consequências: Multiplicação dos discípulos.  A intimidade com Deus leva a pessoa a a um nível maior da revelação de Deus.
             Resultados:
-              Maturidade
-              Melhor entendimento
-              Maior crescimento espiritual
-              Aumenta o número de discípulos
-              Mais graça, mais unção
             Jesus declarou que a glória da 2ª casa seria maior do que a 1ª, nós somos a glória da 2ª casa (Ageu 2:9).  Toda igreja primitiva crescia poderosamente pela Palavra.

2ª Coluna: A vida de Intercessão.  
             Atos 12:5... contínua oração.
             O povo da igreja primitiva se movia em constante oração.  O anjo foi lá no cárcere e tirou Pedro de lá.
             Há muitas pessoas que estão presas no cárcere da vida: vícios, adultérios, prostituição, e toda sorte de pecados, e a igreja precisa INTERCEDER por elas.

INTERCESSÃO – É clamar intensamente, é gemer à Deus pelas pessoas.

3ª Coluna: Vida de Comunhão
             Atos 2:42 – A comunhão e relacionamento com as pessoas nos leva ao êxito.
             Consequências: seremos conhecidos como discípulos de Cristo, através do amor que transmitimos as pessoas.
             Resultados: Conquistaremos nossa cidade e nação.

EXEMPLOS:
Pessoas que tiveram dificuldades de relacionamentos (comunhão):
1-            Eva: Adão -  muito ocupado, esposa em 2ª lugar
2-            Elias – Depois de destruir o altar de Baal se esconder na caverna.
Pessoas que davam importância ao relacionamento:
1-            Paulo – 2 Tm. 4-9:13, conhecia a bênção do relacionamento
APLICAÇÃO: Deus quer uma igreja que se relacione com Ele e com o próximo.


ESTUDO 45
TEMA: A SANTIFICAÇÃO

TEXTO: Mt. 21:12-17 (Hb. 12:14; 1 Pe. 1:15, I Co 6:19)

OBJETIVO: Que a pessoa reconheça  que o seu corpo é o templo do espírito e que tem que permanecer limpo!


CONTEXTO:
             Provavelmente a entrada de Jesus no templo ocorreu na 2ª feira à tarde, após a entrada triunfal no dia anterior a Jerusalém.
             Período de comemoração da Páscoa que ocorria em uma semana.
             Muitas pessoas de fora vinham à Jerusalém.
             A cidade em dias normais possuía aproximadamente 30.000 habitantes e nos dias de festas havia 150.000 pessoas.
             Templo – local de adoração.
             Teologia da substituição: A lei de Deus dizia que toda alma que pecasse tinha que morrer ou oferecer sacrifício em seu lugar. (Ez 18:4, Rm 6:23)
             Em Levíticos 4, fala de tipos de animais deveriam ser levados ao templo, para sacrifício.
             “Hoje, não necessitamos mais levar um animal para que os nossos pecados sejam perdoados (1 Jo. 1:7)
Quando Jesus entrou no templo:
             1) O templo estava corrompido pela ganância dos homens.
             2) Jesus disse: A minha casa será chamada casa de oração.
             3) Os coxos e os cegos que viviam do lado de fora, puderam entrar no templo que os mercadores foram expulsos.
             4) As crianças ao verem os milagres não se contentaram  e adoraram a Jesus (perfeita adoração).

APLICAÇÃO:
             Jesus quer entrar na sua vida para limpar totalmente esta casa para que o Espírito Santo possa habitar nela e estar 24 horas
             Cristo já realizou na cruz esta obra de purificação.

CONCLUSÃO:
             Faça um voto com Deus de viver uma vida de santidade, e o Senhor lhe dará:
-              emoção na vida cristã;
-              alegria, poder e unção.
-              E te fará vitorioso em toda a maneira de viver.


APRENDENDO COM NICODEMUS


VENCENDO A CARNE

TEXTO: João 3:1-21

Não há crise que possa resistir o poder de Deus.


CONTEXTO:
             Nicodemos ouviu falar de Jesus que era um homem simples, mas tinha poder / unção. 
             Nicodemos era temente à Deus, mas percebia que a sua religião não supria as suas carências nem as dos outros.
             Nicodemos conhecedor das leis primárias, mas não tinha conhecimento da graça de Deus.
             Foi ter com Jesus a noite, porque não tinha coragem de manifestar publicamente as suas crises, e a sua preocupação!
             A crise: Nicodemos tinha: veste sacerdotal, parâmetros, tradições, religião.
             Mas não levava as pessoas à mudança de vida, não levava à transformação.  Jesus não tinha aparência de religioso mas: os doentes eram sarados, os demônios eram expulsos, os paralíticos andavam, o evangelho era pregado com autoridade e as pessoas eram transformadas pelo poder de Deus!
ATITUDE: O que ele tem, que eu não tenho? Perguntava Nicodemos!
CONCLUSÃO: Jesus lhe disse qual era o princípio de autoridade: “É necessário nascer de novo”.
             O homem natural é movido pelos sentidos.
             O homem espiritual é movido pela unção de Deus.
APLICAÇÃO: Os impedimentos para entrar no reino de Deus são: crise de identidade, de incapacidade, de incredulidade, de orgulho, altivez, auto-suficiência, rejeição, baixa estima.
             Nicodemos não sabia que estava ali uma pessoa  que podia mudar a sua vida.
             Deus não quer te dar uma nova religião, ele quer te dar uma nova vida.
 (Jo. 10:10)
             Jesus tem graça para distribuir aqueles que querem mudanças (Ap. 3:20 / Lm 22/24).

APRENDENDO COM JESUS


A SEGUNDA VINDA DE JESUS

TEXTO: Malaquias 3:1-5

Objetivo: Despertar mensageiros para os últimos tempos.

Contexto:
             Neste texto, Deus está preparando o seu povo para receber o Senhor Jesus Cristo.
             João Batista foi o mensageiro escolhido por Deus para preparar o caminho do Messias (Lc. 1:5-25).
             Jesus tornou-se a nova aliança, através de seu sacrifício feito por nós. Estamos comprometidos com Ele.     
             Fazendo parte desta aliança, devemos ser mensageiros da vinda do Senhor .
             Ele busca homens e mulheres com o mesmo espírito que esteve sobre João Batista ( de poder, intrepidez, ousadia).
             Hoje o mundo vive desonrando ao Senhor, fazendo o que é oposto a Sua vontade.
             O Senhor nos chama para nos levantarmos e combater em Seu nome - para isso é que nós estamos sendo purificados.
             Assim como aqueles que vieram para anunciar a Cristo (Elias, João Batista) eram irrepreensíveis - andavam em santidade - também devemos ser. (I Ts. 5:23)
Conclusão: As profecias sobre a 1a. vinda de Cristo foram cumpridas através da disposição de alguns que aceitaram o desafio de dedicarem suas vidas para transformarem o mundo.
Aplicação: Hoje o Senhor nos chama para sermos como um “João Batista” desta geração



APRENDENDO COM OBEDE-EDOM


Uma Visita à Casa do Geteu
  
Todos nós já recebemos visitas boas e desagradáveis, não é verdade?
Este homem, porém, recebeu uma visita surpreendente:
Obede-Edom era o nome de um levita, da família que Deus havia escolhido para servi-lO, para oferecer sacrifícios pelo povo, para entrar no santo-dos-santos e estar diante da arca-da-aliança (Dt 10.8).
Este levita era também especialista em certo instrumento musical e numa espécie de música, que lhe valeram o título de geteu (o Salmo 84 é um exemplo desse tipo de música).
Certa vez, Obede-Edom se viu em uma situação embaraçosa, porque, como era um dos porteiros da arca, foi designado para hospedá-la em sua própria casa:
Por ordem do rei, a arca-da-aliança (ou arca-do-testemunho) estava a caminho de Jerusalém quando tropeçaram os animais que puxavam o carro. Prontamente, Uzá estendeu sua mão para segurá-la e foi fulminado pela presença de Deus.
A arca era um objeto sagrado. Era o símbolo da presença de Deus em Israel e da Sua glória. Deveria ser transportada com cuidado pelos próprios levitas, tribo santificada, sempre afofada com peles de animais e coberta por um pano azul. Diante dela estava permanentemente o shekiná de Deus, por onde Ele falava e guiava o Seu povo (Lv 16.2).
Por causa deste grave incidente no percurso, o rei desistiu de levar a arca-da-aliança para perto de si e despachou-a para a casa do geteu Obede-Edom. Foi assim que o levita recebeu a arca em sua casa durante três meses.

O que aconteceu, então?
O Senhor abençoou grandemente a família e a vida de Obede-Edom que, sabendo o rei da prosperidade na casa de seu servo, com alegria mandou buscar a arca de volta.
A arca-da-aliança, hoje em dia, já não existe. Mas, com certeza, Deus ainda fala e guia o Seu povo - que somos nós - através do Espírito Santo (1 Jo 4.13).
Você já se deu conta de estar recebendo em casa a visita do Senhor?
Ou melhor, você realmente tem a sensibilidade para sentir os efeitos deste Ser que, sendo o próprio espírito de Deus, habita dentro do seu corpo?

Veja só, não é brincadeira:

A presença de Deus santifica tudo à sua volta;

A presença de Deus não permite imprudências;

A presença de Deus abençoa toda a casa e

A presença de Deus traz alegria.

Confira esta história em sua Bíblia (2 Sm 6.6-12) e lembre-se: Fazendo parte da aliança com Deus você já O recebeu e poderá ser tão abençoado quanto a casa do geteu Obede-Edom, se buscar viver na plenitude do Espirito Santo.

APRENDENDO COM JABES

  APRENDENDO COM JABES O m enino  p rodígio da  g enealogia!   Alguém já disse certa vez que existe muito pouca diferença entre as pessoas –...