quarta-feira, 20 de abril de 2022

APRENDENDO COM PAULO (PARTE 60)

 



PAULO E O EVANGELHO DA PROSPERIDADE

 

 

No evangelho da prosperidade, também conhecido como a religião “Palavra da Fé”, o fiel é encorajado a usar a Deus, enquanto a verdade do Cristianismo bíblico é justamente o contrário – Deus usa o fiel. A Palavra da Fé ou Teologia da Prosperidade enxerga o Espírito Santo como um poder a ser usado para qualquer coisa que o crente queira alcançar.

 

O Movimento do Evangelho da Prosperidade muito se parece com a ganância tão destrutiva que infiltrou a igreja primitiva. Paulo e os outros apóstolos não tentaram conciliar sua teologia com a dos falsos mestres que tentaram propagar tal heresia. Eles os identificaram como mestres falsos e perigosos e muito encorajaram os Cristãos a evitá-los.

 

Paulo advertiu Timóteo sobre: "Contendas de homens corruptos de entendimento, e privados da verdade, cuidando que a piedade seja causa de ganho; aparta-te dos tais. Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína. Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores. Mas tu, ó homem de Deus, foge destas coisas, e segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a paciência, a mansidão." (1 Timóteo 6:5; 9-11)

 

Paulo disse que avareza é idolatria (Efésios 5:5) e instruiu os crentes de Efésios a evitarem qualquer pessoa que trouxesse uma mensagem de imoralidade ou avareza (Efésios 5:6-7). O ensino de prosperidade impede que Deus trabalhe sozinho, quer dizer, Deus não é o Senhor de tudo porque Ele não pode trabalhar até darmos a Ele a autoridade para assim fazer.

 

Fé, de acordo com a doutrina da Palavra da Fé, não é confiança submissiva a Deus; fé é uma fórmula pela qual manipulamos as leis espirituais, as quais os professores da prosperidade acreditam que governam o universo. Assim como o nome "Palavra da Fé" implica, esse movimento ensina que a fé é só uma questão do que dizemos, mais do que em quem confiamos ou quais verdades adotamos e afirmamos em nossos corações.

 

Um termo favorito no movimento Palavra da Fé é "confissão positiva". Refere-se ao ensino de que palavras têm poder criativo. O que você diz, assim os mestres da Palavra da Fé afirmam, determina tudo o que acontece com você. Suas confissões, especialmente os favores que você exige de Deus, devem ser afirmados positivamente e sem qualquer dúvida de que vão acontecer. Então Deus tem a responsabilidade de responder a tal pedido (como se o homem pudesse exigir qualquer coisa de Deus!). Portanto, a habilidade de Deus de nos abençoar supostamente depende da nossa fé.

 

Tiago 4:13-16 claramente contradiz esse ensinamento: "Eia agora vós, que dizeis: Hoje, ou amanhã, iremos a tal cidade, e lá passaremos um ano, e contrataremos, e ganharemos; Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque, que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco, e depois se desvanece. Em lugar do que devíeis dizer: Se o Senhor quiser, e se vivermos, faremos isto ou aquilo. Mas agora vos gloriais em vossas presunções; toda a glória tal como esta é maligna".

 

Longe de enfatizar a importância de riquezas, a Bíblia nos adverte contra ir atrás de bens. Os crentes, principalmente os líderes da igreja (1 Timóteo 3:3), devem se livrar do amor ao dinheiro (Hebreus 13:5).

 

O amor ao dinheiro leva a várias formas de mal (1 Timóteo 6:10). Jesus advertiu: "Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui" (Lucas 12:15). Em grande contraste à ênfase da Palavra da Fé em ganhar dinheiro e ter muitas posses nessa vida, Jesus disse: "Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam" (Mateus 6:19).

 

A contradição irreconciliável entre o ensino do evangelho da prosperidade e o evangelho do nosso Senhor Jesus Cristo é resumido nas palavras de Jesus em Mateus 6:24:"Ninguém pode servir a dois senhores; pois odiará a um e amará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro."

APRENDENDO COM PAULO (PARTE 59)

 

COMO DEUS DISTRIBUI DONS ESPIRITUAIS?

 

SERÁ QUE DEUS VAI ME DAR O DOM ESPIRITUAL PELO QUAL EU PEDIR?

 

Romanos 12:3-8 e 1 Coríntios 12 deixam bem claro que cada Cristão recebe dons espirituais de acordo com a escolha de Deus. Dons espirituais são distribuídos com o propósito de edificar o corpo de Cristo (1 Coríntios 12:7; 14:12). O tempo exato de quando essa distribuição acontece na vida do crente não é especificamente mencionado.

 

Muitos acreditam que os dons espirituais sejam distribuídos no momento do nascimento espiritual (no momento da salvação). No entanto, há alguns versículos que aparentam indicar que Deus às vezes distribua esses dons espirituais mais tarde. Tanto 1 Timóteo 4:14 como 2 Timóteo 1:6 mencionam um “dom” que Timóteo tinha recebido no momento de sua ordenação “por profecia”. Isso provavelmente indica que um dos presbíteros durante a ordenação de Timóteo falou sob a influência de Deus sobre um dom espiritual que Timóteo receberia para melhor equipá-lo para o seu ministério futuro.

 

1 Coríntios 12:28-31 e 1 Coríntios 14:12-13 também nos dizem que Deus (não nós mesmos) é quem escolhe os dons. Essas passagens também indicam que nem todo mundo vai ter um dom em particular. Paulo diz aos crentes da igreja de Coríntios que se vão desejar ou cobiçar certos dons espirituais, então devem deixar de lado sua fascinação com os dons “espetaculares” ou “ostentosos”, mas ao invés devem procurar os dons que sejam melhores para edificar, tais como o dom de profecia (falando a palavra de Deus para a edificação de outras pessoas).

 

Agora, por que Paulo diria-lhes com tanta veemência que desejassem os “melhores” dons, se eles já tivessem recebido tudo que iriam receber e não tivessem mais oportunidade nenhuma de ganhar esses “melhores” dons? Essa passagem pode levar alguém a acreditar que como até mesmo Salomão procurou ganhar sabedoria de Deus para poder ser um bom governante de seu povo, que Deus vai nos conceder esses dons dos quais precisamos para podermos trazer grande proveito à Sua igreja.

 

Tendo dito isso, ainda é verdade que esses dons são distribuídos de acordo com a escolha de Deus, não a nossa. Se todo crente de Coríntios desejasse fortemente um dom em particular, tal como o dom de profecia, Deus não iria dar esse mesmo dom a todo mundo só porque assim era o seu desejo. Por quê? Onde estariam todos os outros que são necessários para servir as outras funções do corpo de Cristo?

 

Há uma coisa que é extremamente clara: o comando de Deus é o que Deus usa para capacitar alguém a seguir tal comando. Se Deus nos comanda a fazer algo (tal como testificar, amar os que não são amáveis, discipular as nações, etc.), então Ele vai nos capacitar para seguir Seu chamado. Alguns talvez não sejam tão “dotados” em evangelismo como outros, mas Deus comanda todos os crentes a testificar e discipular (Mateus 28:18-20; Atos 1:8).

 

Todos nós somos chamados a evangelizar, quer tenhamos o dom de evangelização ou não. Um Cristão determinado que deseja aprender da Palavra de Deus e desenvolver sua habilidade de ensinar vai se tornar um professor melhor do que aquele que talvez tenha o dom espiritual de ensinar, mas não o usa.

 

EM RESUMO, OS DONS ESPIRITUAIS NOS SÃO DADOS QUANDO RECEBEMOS A CRISTO, OU SÃO CULTIVADOS ATRAVÉS DA NOSSA CAMINHADA COM DEUS?

A resposta é os dois. Normalmente, os dons espirituais são dados no momento de salvação, mas também precisam ser cultivados através de crescimento espiritual. Será que você pode ir atrás de um desejo do seu coração e desenvolvê-lo em um dom espiritual? Você pode ir atrás de certos dons espirituais? 1 Coríntios 12:31 aparenta indicar que seja possível procurar, “com zelo, os melhores dons”.

 

Você pode pedir a Deus por um dom espiritual e ser zeloso com ele através de sua procura de tentar desenvolver essa área. Ao mesmo tempo, se não for da vontade de Deus, você não vai receber certo dom espiritual, não importa quão ardentemente você o procure. Deus é infinitamente sábio e sabe em quais dons você vai ser o mais produtivo para o Seu reino.

 

Não importa quão dotados sejamos em um dom ou outro, todos nós somos chamados a desenvolver certas áreas mencionadas na lista de dons espirituais.... somos chamados a ser hospitaleiros, mostrar atos de misericórdia, servir uns aos outros, evangelizar, etc....

 

À medida que procuramos servir a Deus com amor, com o propósito de encorajar uns aos outros para a Sua glória, Ele vai trazer glória ao Seu nome, edificar Sua igreja e nos retribuir (1 Coríntios 3:5-8; 12:31-14:1). Deus promete que quando nos deleitamos nEle, Ele vai nos dar os desejos de nosso coração (Salmo 37:4-5). Isso com certeza incluiria nos preparar para servi-lO de uma forma que nos traga propósito e gratificação.

APRENDENDO COM TIMÓTEO (PARTE 06)

APRENDENDO COM TIMÓTEO

 

 

Os perversos e impostores irão de mal a pior, enganando e sendo enganados. Quanto a você, porém, permaneça nas coisas que aprendeu e das quais tem convicção, pois você sabe de quem o aprendeu. 

[2 Timóteo 3.13-14]

 

 

 

A Segunda Carta de Paulo a Timóteo foi sua última carta, escrita pouco tempo antes de seu martírio. Sua preocupação principal ainda é com o que irá acontecer ao evangelho quando ele não estiver mais por perto para guiar e ensinar a igreja.

 

 

 

Em 2 Timóteo 3.1-5, Paulo adverte Timóteo de que os “últimos dias” (que Jesus inaugurou) incluiriam “tempos terríveis” (v. 1). Em seguida ele apresenta um quadro vívido desses dias. Ele relaciona dezenove características dos últimos dias, sendo que a pior de todas é a deturpação do amor.

 

 

 

As pessoas serão “mais amantes dos prazeres do que amigas de Deus”, avarentas, egoístas e soberbas. De fato, as pessoas não terão amor pela família (v. 3). A falta do verdadeiro amor irá destruir os relacionamentos.

 

 

 

Paulo temia que Timóteo fosse arrastado por essa torrente de egoísmo, e insiste com ele para permanecer firme e resistir às pressões do mundo.

 

 

 

Em 2 Timóteo 3.10 e 14, Paulo se dirige a Timóteo usando duas palavras gregas monossilábicas, su de, que aparecem no texto como: “mas você” (v. 10) e “quanto a você” (v. 14).

 

 

 

Timóteo precisava ter uma conduta diferente, em evidente contraste com a cultura contemporânea, e, se necessário, permanecer só.

 

 

 

Paulo afirma que Timóteo tem “seguido de perto” o seu ensino e a sua conduta. Ele então exorta Timóteo a continuar no mesmo caminho: “permaneça nas coisas que aprendeu” (v. 14).

 

 

 

Assim, os versículos 10-13 descrevem a lealdade de Timóteo ao apóstolo, no passado, e os versículos 14-17 o conclamam a permanecer leal no futuro. Ele tinha boas razões para agir desta forma — ele sabia que quem o estava instruindo era o próprio apóstolo Paulo, cuja autoridade apostólica era reconhecida por ele, e também porque conhecia as Escrituras desde a infância, reconhecendo-as como theopneustos (literalmente, “sopradas por Deus”) e úteis.

 

 

 

Esses dois fundamentos se aplicam até hoje. O evangelho em que crêem os cristãos é o evangelho bíblico, referendado pelos profetas de Deus e pelos apóstolos de Cristo.

 

 

 

Somos gratos por essa dupla autenticação.

 

 

 

Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, Sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, Traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te. [...] Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido, E que desde a tua meninice sabes as sagradas Escrituras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus.

 

 

 

Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra. (2 Timóteo 3:1-17)

 


APRENDENDO COM SILAS E PAULO

APRENDENDO COM SILAS E PAULO

  

Paulo e Silas estavam na cidade de Filipos, Macedônia, por causa de uma visão (Atos 16:9). Por duas vezes antes de chegar naquela nação ele havia tentado rumar para outras direções. A primeira vez para a Ásia (Atos 16:6) e a segunda vez para a Bitínia (Atos 16:7). E nas duas ocasiões o Espírito Santo havia impedido.

 

Quantas vezes em nossas vidas tentamos fazer coisas que nunca dão certo? Às vezes, inclusive, estamos tão imbuídos das melhores intenções (o caso de Paulo, por exemplo, que era para fazer missões, pregar a Palavra de Deus) que ficamos a nos perguntar “O que deu errado?” ou “Por que deu errado?”.

 

 A questão é que Deus não queria Paulo nem na Ásia nem na Bitínia. Deus queria Paulo na Macedônia. E essa é a questão. Se não estivermos, ou não nos colocarmos nos centro da vontade de Deus, as coisas nunca sairão como queremos ou esperamos.

  

Uma situação que lembra Ageu 1:9, onde o povo esperava muito e o que recebia era pouco, e o pouco que vinha logo era dissipado. E por quê? Porque estavam longe da vontade de Deus. Estavam vivendo a sua vontade pessoal. A sua vontade particular.

 

 

 

Haviam se tornado negligentes. Desleixados com a causa de Deus. E esse é um risco silencioso que devemos vigiar em nossas vidas com todo o cuidado. Jamais perder a vigilância de nós mesmos.

 

 

 

Lembra também Jonas, o teimoso, que quanto mais tentava se esconder pior ficava sua situação.

 

 

 

Ao perceber o que Deus queria, Paulo rumou para a Macedônia, chegando, como vimos no início, a Filipos. E apesar de ter ficado nessa cidade por pouco tempo, foi um importante instrumento nas mãos de Deus em pelo menos três obras poderosas: as conversões de Lídia e do carcereiro e sua família, e a libertação de uma jovem possessa de um demônio adivinhador.

 

 

 

Moral da história: Deus não nos chama para nada. Nenhum de nós. Não nos salva à toa. Ele tem um propósito para as nossas vidas, e isso passa pela realidade de ele quer nos usar, quer fazer de nós instrumentos, vasos de honra. Para sua honra

 

 

 

No intervalo dessa ação de Deus encontramos Paulo e Silas presos, acorrentados os pés e as mãos em um tronco, como se fossem os criminosos mais perigosos da Macedônia. Talvez no fundo em algum momento Paulo tenha se perguntado se tivesse ido para a Ásia e para a Bitínia não tivesse sido melhor. Afinal, a visão que tiveram os levou ao cárcere, ao castigo físico (Atos 22:23), à humilhação pública.

 

 

 

E aqui que podemos ver alguns mistérios de Deus revelados.

 

1. Romanos 8:28 “Sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito”

 

 

 

Muitas vezes não entendemos porque, aparentemente, as coisas não estão dando certo. Ou mesmo que Deus esqueceu de nós. Mas acredite, se tivesse ido para a Ásia ou para a Bitínia, a situação de Paulo seria bem pior.

 

 

 

Basta lembrar mais uma vez o caso de Jonas. Ele se recusava a pregar em Nínive, na época uma cidade violentíssima, pagã. Achou ser mais seguro e confortável ir de barco para Társis. Resultado: o ventre do peixe, bem pior que pregar em Nínive.

 

 

 

Se amarmos a Deus, como diz o versículo em Romanos 8:28, o que vier é na frente é lucro ou mal menor. Davi aprendeu isso e disse no Salmo 37:5 “Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele, e o mais ele fará” (ACF). A BJ trás uma tradução ainda mais interessante. Ela termina com a expressão “e ele agirá”.

 

 

 

Se eu amo a Deus, vivo para ele, sou instrumento em suas mãos, sou bênção e não maldição, minha boca é usada para adorar e louvar e não para murmurar, me comporto como ovelha e não bode, então deve esperar que ele aja em meu favor. E ele agirá, como diz a Bíblia, porque ele é fiel

 

 

 

2. II Coríntios 9:6 “E digo isto: O que semeia pouco, pouco também ceifará, e o que semeia com fartura, com fartura também ceifará” Com Deus não há vitória sem luta. Não há colheita sem semeadura. Não há unção sem santidade. Não há poder sem Palavra. Não há salvação sem se abdicar de muitas coisas.

 

 

 

Paulo havia sido separado para uma grande obra. Não fez nada para merecer aquilo e por isso mesmo Deus o escolheu. Mas para se conseguir grandes coisas de Deus deve-se antes se fazer coisas grandes para Deus. Antes de receber as tábuas da Lei Moisés ficou quarenta dias no monte em consagração. Para receber uma resposta a uma oração Daniel jejuou por vinte e um dias. A grande obra que Paulo faria na Macedônia exigia mais do que simplesmente querer.

 

 

 

Era preciso enfrentar o inimigo. A incredulidade. A ganância dos poderosos, que foi a causa de sua prisão (Atos 16:19). Mas ali haviam vidas em jogo, uma obra a ser realizada, e ele, Paulo, sabia que Deus estava no comando da situação e era hora de colocar a fé para agir, não dava mais para voltar atrás, como bem mostra o autor em Hebreus 10:38. Essa é a verdadeira obra de Deus, “Os que semeiam com lágrimas, ceifarão com cânticos de alegria” (Salmos 126:5).

 

 

 

3. Atos 16:24-25 “Ele, tendo recebido tal ordem, lançou-os no cárcere interior, (‘a parte mais interna da prisão’ / BJ), e lhes segurou os pés no tronco. Perto da meia noite Paulo e Silas oravam e cantavam hinos, e os outros presos os escutavam”.

 

 

 

Acredite. Chega uma hora em que não vai dar mais para fazer nada. Quando isso acontecer, ore e louve ao Senhor, porque só ele terá a solução para o problema. Não era o que fazia Moisés o tempo inteiro? Dá para imaginar dois camaradas com as costas dilaceradas de açoites, acorrentados pés e mãos em um tronco, dentro de um beco escuro e fétido entoando cânticos de louvor ao Rei?

 

 

 

Sim, sabemos o quanto isso é difícil e como sempre temos a desculpa de dizer “mas era Paulo”. Por isso Deus permitiu que Silas estivesse junto. Para que todos vissem e vejam que fé não é só privilégio de apóstolos especiais. Quem era Silas? Um obreiro dedicado que amava a Deus. Era alguém que qualquer um de nós poderia ser. E muitos são.

 

 

 

O Deus que fez a terra tremer debaixo dos pés de seus servos é o mesmo Deus até hoje. Seu poder permanece inalterado. Ele continua fazendo qualquer coisa que queira. O homem não tem autoridade para lhe impor limites.

 

 

 

Para que tudo isso aconteça. Para que estejamos sempre no centro da verdade de Deus, precisamos trazer Jesus para o centro de nossas vidas. Precisamos nos arrepender dia após dia de nossas transgressões e começar a caminha rumo à luz de Cristo.

 

 

 

Precisamos mudar, e buscar sermos cada vez mais parecidos com ele, imita-lo. Ele mandou que fizéssemos isso: imita-lo. E mesmo sabendo que nunca seremos como ele, mas ficamos satisfeitos que em saber que morremos tentando. E o primeiro passo é reconhecê-lo e recebe-lo como único e suficiente Salvador de nossas vidas.

 

 

 

Neto Curvina


APRENDENDO COM HERODES

 

APRENDENDO COM HERODES

 

Existe muitas pessoas que, ainda que não sejam de fato convertidas, curtem e gostam do que alguns pastores ensinam, concordam que a Bíblia é um livro bem bom, que a igreja é um ótimo lugar pra estar, e de vez enquanto estão lá presentes nos cultos curtindo as músicas e pregações.

 

Geralmente denominamos estas pessoas de simpatizantes. Porém ouso a dizer que há muitas pessoas que frequentam anos uma igreja e ainda podemos consideram apenas simpatizantes, nunca tiveram um compromisso sério com Jesus, mas acham estas que já está muito bom eles estarem ali acompanhando.

 

Marcos 6:20 diz o seguinte: “Pois o próprio Herodes tinha dado ordens para que prendessem João, o amarrassem e o colocasse na prisão, por causa de Herodias, mulher de Filipe, seu irmão, com a qual se casara. Porquanto João dizia a Herodes: ‘Não te é permitido viver com a mulher do teu irmão’ Assim, Herodias o odiava e queria matá-lo. Mas não podia fazê-lo, porque Herodes temia a João e o protegia, sabendo que ele era um homem justo e santo; e quando o ouvia, ficava perplexo. Mesmo assim gostava de ouvi-lo.”

 

Hum… Interessante… Quer dizer que Herodes, apesar de ter dado ordem pra prender João Batista, gostava muito de ouvi-lo e o protegia da fúria que sua “mulher” Herodias tinha dele. Bom, isso quer dizer que Herodes era um simpatizante da pregação de João Batista, gostava de ouvi-lo, curtia suas palavras, porém seus ouvidos doíam quando ouvia a repreensão por ele ter se casado com a mulher de seu irmão.

 

É interessante observar que como tem pessoas assim como Herodes nos dias de hoje, eles só gostam da parte boa da Bíblia, só gostam quando é profetizada bênção, quando enchem o ego deles, mas quando ouve uma repreensão ficam irritados e aí saem procurando igrejas que falem o que querem ouvir.

 

Nenhuma surpresa quando temos essa advertência de Paulo em 2 Timóteo 4: 3 “Pois virá o tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, sentindo coceira nos ouvidos, segundo os seus próprios desejos juntarão mestres para si mesmos”. Tem gente que não aguenta ouvir a correção, imagina só se ouvisse o que João batista dizia: “Raça de víboras, arrependei-vos” (Mateus 3: 7-8), com certeza fariam o que Herodes fez – Mandou prende-lo.

 

O interessante que mesmo João estando preso, e mesmo Herodes ouvindo a repreensão, ainda assim ele gostava de ouvi-lo, e mais, reconhecia que João era homem de Deus e justo (Marcos 6: 20). Mas então qual era o problema de Herodes?

 

O problema era que ele não queria se humilhar e reconhecer o erro e se converter de todo o coração mudar o rumo, preferindo assim ficar no “gostoso” de seu erro ao estar casado com Herodias. A simpatia que Herodes tinha pela palavra de João Batista não era suficiente para ter uma vida transformada, porque ele simplesmente gostava, mas não a aceitava para sua vida.

 

Mas agora vindo para nossos tempos, como está nossa vida diante de Deus, somos daqueles que também curtimos o status de Jesus, mas não queremos no envolver num relacionamento sério com ele? Achamos legal a Bíblia, é um livro bacana que ensina muita coisa boa, mas é meio velho e não da pra levar tudo em consideração, principalmente àquilo que confronta o meu pecado?

 

Uma coisa é certa, quem age assim, quando tiver que optar pelo seu erro ou pela salvação vai fazer que nem Herodes fez, mandar cortar a cabeça de João Batista. Foi isso que ele fez. Depois de ver a filha de Herodias dançando, promete até metade do reino pra ela, e influenciada por sua mãe, essa pediu a cabeça de João Batista, e assim Herodes fez, ainda que triste. Ele negou agora de fato tudo o que ouviu até então e optou pela perdição.

 

Agora eu pergunto: Até quando vamos continuar brincando de ser evangélico, brincando de ser crente. Se você não tomou uma postura de firmeza diante de Deus, está na hora de tomar, para de ficar só tirando foto de artista, ficando no fã Clube de Jesus, pois na hora que o Diabo colocar Jesus ou seu erro na frente você vai acabar “cortando a cabeça de Jesus” da sua vida e se casando de vez com o pecado.

 

Pare de ficar procurando igrejas e pastores que vão falar o que você quer ouvir, que vão passar a mão na sua cabeça e dizer que está tudo bem. Ou você acredita na Bíblia como um todo, ou toca ela fora de vez, mas toma uma posição na tua vida e eu aconselho a te posicionar com Jesus, aceita a palavra dEle na sua vida, abandone os pecados os erros, seu orgulho e entre pela porta estreita, pois é esta que leva a vida eterna.

 

Nós Evangélicos já somos mais de 25% da população brasileira, mas quantos são como Herodes? Que só curtem o status de evangélico, mas que não aceita a palavra de Cristo? Que com essa palavra eu possa ter sido instrumento de Deus pra tua vida pra fazer você acordar e tomar logo uma posição ao lado de Cristo.

 

Não esqueça que essa vida é muito curta e depois tem uma eternidade pra viver, e onde você vai querer estar? Jesus foi bem claro quando disse: “Se alguém me ama, guardará a minha palavra. Meu Pai o amará, nós viremos a ele e faremos nele morada” (João 14:23)

 

A Prova do compromisso sério, do amor por Cristo, está na obediência de sua palavra que só é possível aceitando-a. Por isso pare de viver num evangelho superficial e mergulhe na vontade do Pai e siga Jesus ainda que isso lhe custe abandonar tantas coisas, pois a recompensa depois é muito maior.

 

Autor: Maicon Oliveira

 


APRENDENDO COM JESUS

 

APRENDENDO COM JESUS

 

 Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas. João 10:11

 

Ao longo do evangelho de João, Jesus descreve a si mesmo de várias maneiras diferentes. Um dos termos que ele usa é o bom pastor (João 10:11). No contexto em torno desta reivindicação, Jesus nos mostra o que o seu trabalho como pastor implica, como Ele pode ser chamado de o bom Pastor, e por que ninguém mais está qualificado do que Ele é para fazer esse trabalho.

 

Então, o que faz de Jesus o Bom Pastor?

1. Ele chama as suas ovelhas pelo nome.

“Para este o porteiro abre, as ovelhas ouvem a sua voz, ele chama pelo nome as suas próprias ovelhas e as conduz para fora” (João 10:3).

Jesus tem um conhecimento direto e pessoal de seus seguidores. Ele conhece aqueles que pertencem a Ele (João 10:14,27; 2 Timóteo 2:19). Cada um é importante. Em outra ocasião, ele contou uma parábola da ovelha perdida para ilustrar este ponto (Lucas 15:3-7). Embora o pastor ainda tinha noventa e nove ovelhas no aprisco, ele saiu e encontrou da ovelha que estava perdida. Quando a encontrou, ele alegrou-se e chamou os outros para se alegrarem com ele. Jesus conhece cada um de nós e não quer que nenhum de nós se perca (cf. 2 Pedro 3:9).

 

2. Ele vai adiante delas.

“Depois de fazer sair todas as que lhe pertencem, vai adiante delas, e elas o seguem, porque lhe reconhecem a voz;” (João 10:4).

A analogia que Jesus usa não é de um fazendeiro que dirige o seu gado, mas de um pastor que conduz seu rebanho. Ele não nos empurra para frente, mas vai à nossa frente. Podemos olhar para ele desde que ele deixou “um exemplo para você seguir seus passos” (1 Pedro 2:21). Ele não nos obriga a ir a lugar algum.

 

3. Ele oferece uma vida abundante.


“O ladrão não vem senão para roubar, matar e destruir, eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância”
 (João 10:10).

Esta vida abundante que Jesus promete não é o “evangelho da saúde e riqueza” que muitos pregadores promovem. Paulo disse a Timóteo que aqueles que ensinam que “a piedade é um meio de ganho” advogam “uma doutrina diferente” e não de “acordo com as sãs palavras” (1 Timóteo 6:3,5).

A vida abundante que Jesus promete se refere a uma vida espiritual. Em Cristo, temos todas as bênçãos espirituais (Efésios 1:3) e a esperança da vida eterna (Romanos 6:23).

 

4. Ele dá a sua vida pelas suas ovelhas.

Eu sou o bom pastor; o bom pastor dá a vida pelas ovelhas” (João 10:11).

Jesus disse que o amor maior é alguém que “dá a sua vida pelos seus amigos” (João 15:13). Jesus foi mais além. Paulo escreveu: “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores. Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira. Porque, se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte do seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida” (Romanos 5:8,10).

Ele morreu por nós, e Ele o fez de boa vontade (João 10:18).

 

5. Ninguém pode tirar suas ovelhas das suas mãos. 
“Dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão” (João 10:28).


Como ovelhas, podemos nos desviar dEle (Isaías 53:6, Lucas 15:04).

 

Mas aquelas que querem segui-lo não podem ser tomadas. Paulo perguntou: “Quem pode nos separar do amor de Cristo?” (Romanos 8:35). Ele, então, lista todas as coisas que podemos pensar que nos pode separar de Cristo, mas elas não podem se continuarmos a segui-Lo.

 

 

Quando consideramos todas essas características de Cristo, estamos certos de que Ele realmente é o bom pastor. Além disso, não há ninguém que possa substituí-lo nesse papel.

 

Ninguém cuida de nós como Jesus.

 

Ninguém nos conduz como Ele o faz.

 

Ninguém pode prover as bênçãos que Ele nos oferece.

 

Portanto, devemos segui-Lo fielmente como ovelhas que seguem a voz do seu pastor.

 

Aldenir Araújo

 


APRENDENDO COM ELIAS

 APRENDENDO COM ELIAS

 

Na vida de João Batista, o próprio Jesus reconheceu e explicou que houve um cumprimento parcial para essa profecia, isto é, além da vinda de Elias, João Batista também era um Elias de Deus para o mundo.

 

Provavelmente, o ministério de João Batista também mostra que Deus pode levantar homens na unção de Elias. Ninguém poderia imaginar que incluída nessas promessas estava também a volta da unção de Elias. João Batista pode ter sido o primeiro servo do Senhor a desfrutar essa unção.

 

A missão profética de João Batista era preparar o coração do povo de Deus para a maior visitação do Senhor na história humana. Jesus aprovou o comportamento profético de João.

 

“/Eu afirmo a vocês que isto é verdade: De todos os homens que já nasceram, João Batista é o //maior… E, se vocês querem crer… João é Elias, que estava para vir.”(Mateus 11:11,14).

 

Ao mesmo tempo em que declarou que João simbolizou Elias, Jesus também deixou claro que Elias realmente virá para restaurar tudo e iniciar a reforma do mundo. A exemplo de João Batista, Deus poderá também levantar nestes últimos dias homens que simbolizem Elias, debaixo desta unção para: A unção para, destronar principados, mudar governos, ungir governos, mudar gerações e levantar profetas.

 

“O Senhor lhe disse: "Volte pelo caminho por onde veio, e vá para o deserto de Damasco. Chegando lá, unja Hazael como rei da Síria. Unja também Jeú, filho de Ninsi, como rei de Israel, e unja Eliseu, filho de Safate, de Abel-Meolá, para suceder a você como profeta”. (1 Reis 19:15,16).

 

ELIAS QUE VIRÁ

“Vejam, eu enviarei a vocês o profeta Elias antes do grande e temível dia do Senhor.” Elias é um profeta enviado. Assim Elias representa a dimensão da unção profética. Qual é a principal função da unção de Elias?

“Ele fará com que os corações dos pais se voltem para seus filhos, e os corações dos filhos para seus pais; do contrário eu virei e castigarei a terra com maldição.”

 

Este ministério vai destruir o sistema babilônico do ministério clérigo e leigo que herdamos da igreja romana. Os ministérios instituíram uma hierarquia que aprisiona as pessoas, impessoal, distante. Mas este sistema ultrapassado será substituído pelo íntimo relacionamento entre pai e filho.

 

AS TRÊS MANIFESTAÇÕES DA UNÇÃO DE ELIAS

Primeira manifestação: o homem Elias.

Segunda manifestação: João Batista.

Terceira manifestação: Profetas que vão preparar o caminho para a segunda vinda de Jesus nesta geração.

 

O tempo é chegado e devemos estar preparados para a Volta de Jesus.

 

Creio que isto já está acontecendo é que está geração vai ver o cumprimento destas profecias.


APRENDENDO COM JOÃO

 EVANGELHO DE JOÃO - O VERBO É DEUS

 

"No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus." João 1:1

 

"E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade." João 1:14

 

"O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que temos contemplado, e as nossas mãos tocaram da Palavra da vida" I João 1:1

 

"Porque três são os que testificam no céu: o Pai, a Palavra, e o Espírito Santo; e estes três são um." I João 5:7

 

"E estava vestido de uma veste salpicada de sangue; e o nome pelo qual se chama é a Palavra de Deus." Ap 19:13

 

Cristo é a comunicação real de Deus e por isso é denominado o Verbo (João 1:1) ou melhor, a Palavra de Deus (Ap 19:13). Sendo a Palavra, Cristo é uma comunicação. O que Deus quer que o homem entenda, Ele mostra com Sua expressão ou manifestação.

 

Cristo é a expressão pela qual Deus fala a nós (Hb 1:1-3) e Deus realmente manifesta-se completamente por Cristo (João 14:9; 17:6).

 

Deus comunica-se com o homem pecador através do Seu Filho e revela um infinito amor e misericórdia (João 3:16, "de tal maneira"; I João 3;1, "quão grande amor"). Saiba que se Deus nos deu o que havia de mais precioso diante dEle (Pv 8:30) com o propósito de se comunicar com o homem pecador, nenhum outro meio pode ser aceito (João 14:6).

 

Deus falou-nos nestes últimos dias pelo Filho (Hb 1:1). Não há dominação, visível ou invisível, ou potestade, que existe ou possa existir, ou qualquer outra criatura que se tornou ou que pode se tornar que tomará o lugar da comunicação de Deus.

 

Cristo está, antes de todas as coisas (Col 1:17), acima de todas as coisas (Ef 1:21) e vencedor para todo o sempre (Ap 19:13-15).

 

Cristo é o Verbo dado por Deus em misericórdia. Cristo é um com Deus (I João 5:7; João 1:18, "está no seio do Pai").


segunda-feira, 18 de abril de 2022

APRENDENDO COM PAULO (PARTE 58)

 

APRENDENDO COM PAULO

 

O apóstolo Paulo, da primeira prisão de Roma, escreve para Filemon e diz acerca de si mesmo: “Paulo, o velho e, agora, até prisioneiro de Cristo Jesus” (Fm 9). Esse grande bandeirante do Cristianismo, depois de passar três anos na Arábia, ser perseguido em Damasco, rejeitado em Jerusalém e esquecido em Tarso, agora é chamado por Deus para a obra missionária. Realiza três viagens e planta igrejas nas províncias da Galácia, Macedônia, Acaia e Ásia Menor.

 

​Ao viajar para Jerusalém, para levar oferta aos pobres da Judeia é preso e jurado de morte. De Jerusalém é transferido para Cesaréia Marítima, quartel general de Roma em Israel, e passa dois anos detido, sob forte acusação dos judeus, sob a égide dos governadores Félix e Festo. Em virtude da inclinação de Festo para entregá-lo ao sinédrio para granjear apoio político dos judeus e sabendo que o sinédrio tramava sua morte à traição, usando seu direito de cidadão romano, exigiu ser julgado em Roma, diante de César.

 

​Depois de uma viagem turbulenta e o enfrentamento de terrível naufrágio, Paulo chega em Roma. Chega não como sonhara chegar. Chega algemado, e nessa prisão fica dois anos, período em que vê a igreja sendo despertada pelo seu exemplo. Vê, ainda, toda a guarda pretoriana, os soldados de elite do imperador, sendo evangelizados.

 

Em vez de capitular-se ao desânimo nessa prisão, escreve cartas abençoadoras às igrejas de Éfeso, Filipos e Colossos e ainda uma carta pessoal a Filemon. É nessa epístola a esse homem que hospedava a igreja de Colossos em sua casa, que o veterano apóstolo refere-se a si mesmo como Paulo, o velho.

 

​A velhice de Paulo não foi um sinal de fraqueza, mas de robusta experiência. Ele não ensarilhou as armas nem tirou do mastro sua bandeira. Ao contrário, lutou ainda com mais denodo pela causa do evangelho.

 

Dessa prisão ele saiu para realizar a quarta viagem missionária. Deixou Timóteo em Éfeso, Tito em Creta, passou por Nicópolis e mui provavelmente foi à Espanha como era seu desejo. Nesse tempo, começa a perseguição romana contra a igreja, sendo os crentes acusados de agentes do incêndio do Roma. Paulo foi preso novamente e dessa prisão saiu para o martírio.

O velho apóstolo, não deixou herança; apenas cicatrizes. Não ajuntou riquezas na terra, mas acumulou rico tesouro no céu. Não pautou sua vida pela busca de conforto pessoal, mas doou-se, sem reservas, para que o evangelho chegasse a todos os gentios. Mesmo suportando solidão, abandono, traição, privação e ingratidão no final da vida, não fechou as cortinas de sua história com amargura na alma, mas com um cântico de exaltação a Cristo em seus lábios.

 

​A velhice, conforme a avaliação do grande evangelista Billy Graham, não é para os fracos. Chegar à velhice é um privilégio, mas as rugas nem sempre são um sinal de vitória. Muitos acumulam apenas anos e chegam diante de Deus de mãos vazias, com o coração cheio de remorso pelas oportunidades perdidas.

 

Muitos investem apenas em si mesmos e não fazem qualquer semeadura para abençoar outras pessoas. Outros chegam não com as cicatrizes do sofrimento pelo evangelho, mas com os troféus de palha que conquistaram para a sua própria promoção.

 

A velhice de Paulo não o livrou da prisão, mas suas cãs inspiram ainda hoje multidões a andarem com Deus. Suas cicatrizes custaram-lhe gemidos e lágrimas, mas motivam milhares ainda hoje a dar sua vida por Cristo. Seu legado não matricula os homens na escola do enriquecimento, mas estimula uma vasta multidão a não considerar a vida preciosa para si mesma, mas a completar a carreira que recebeu do Senhor Jesus, para testemunhar o evangelho da graça.

 

​Que Deus nos ajude a semear na vida com exultação ou mesmo com lágrimas, para que, na velhice, possamos nos apresentar diante de Deus, trazendo em nossas mãos farturosos feixes!

 

Hernandes Dias Lopes

 

APRENDENDO COM JESUS

 

APRENDENDO COM JESUS 

SE NÃO FOI A MAIOR em valor envolvido e significado, com certeza a corrupção protagonizada por Judas Iscariotes foi a mais divulgada na história da Humanidade. Está na Bíblia, o livro mais lido de todos os tempos. 

Na linguagem jurídica da atualidade, o Traidor cometeu o crime de “corrupção passiva”. Ele usou do conhecimento que detinha sobre o local onde Jesus se encontrava; sua condição de apóstolo era garantia de que podia se aproximar do Mestre sem levantar suspeita; recebeu as trinta peças de prata e executou o “ato de ofício”, isto é, entregou Jesus aos soldados, como combinara.

Judas responderia hoje também pelo crime de “formação de quadrilha”. Ele se encontrou secretamente com os “príncipes dos sacerdotes” para acertar preço e condições da traição e guiou-os até o local onde o Senhor se encontrava (Mt 26.14-16, 47-49; At 1.15). 

O Traidor é acusado de mais um delito: o de ladrão. Como tesoureiro, apropriava-se de recursos que lhe eram confiados (Jo 12.6). Pelo visto, não guardara em seu coração as sábias palavras de Jesus, sua doutrina revolucionária, conselhos e exortações. Fazia parte dos Doze, mas era um estranho no ninho. Seu ardente desejo era ser muito rico, possuir muitos bens, certo de que não seria descoberto nem punido.

Trinta moedas de prata mais o que subtraíra da “bolsa” já era um bom começo. De ilicitude em ilicitude, preparou sua própria perdição. “Então, Judas, o que o traíra, vendo que [Jesus] fora condenado, trouxe, arrependido, as trinta moedas de prata aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos, dizendo: Pequei, traindo sangue inocente. Eles, porém, disseram: Que nos importa? Isso é contigo. E ele, atirando para o templo as moedas de prata, retirou-se e foi-se enforcar” (Mt 27.3-5).

Corrupção significa ato ou efeito de subornar, vender e comprar vantagens, desviar recursos, fraudar, furtar em benefício próprio e em prejuízo do Estado ou do bem público. Seja ativa, aquele que compra vantagens, ou passiva, aquele que vende, a corrupção é um ato condenável em todos os aspectos.

Os corruptos desta era seguem semelhante trajetória de ascensão rumo à riqueza e ao poder. Começam com pequenas falcatruas, pequenos atos desonestos. Sabem que precisam de muito dinheiro para constituir uma organização criminosa. São pacientes e persistentes. 

Os passivos, como Judas, vendem suas consciências por muito pouco. São os que estão na base da pirâmide. Outros os de maior grau de influência, em nível mais elevado de poder e autoridade, exigem uma “reciprocidade” maior. Concordam em que cada homem tem seu preço.

O julgamento de Judas estava prescrito de há muito: “Ai daquele homem [disse Jesus] por quem o Filho do Homem é traído. Bom seria para esse homem se não houvera nascido” (Mt 26.24). 

Os vendilhões da pátria, roubadores do dinheiro público já estão julgados. Ainda que falhem a justiça dos homens, a de Deus é infalível, ou seja, “os ladrões não herdarão o reino de Deus” (1 Co 6.10). Não passarão apenas uma temporada na cadeia, nem terão direito a prisão domiciliar. O castigo no lago de fogo e enxofre é por toda a eternidade (Ap 20.10).

Alheios a essas advertências, os corruptos não sofrerão “a expectação horrível de juízo e ardor de fogo”, de que fala Hebreus 10. 27. Pouco importa o que lhes acontecerá depois da morte. Mas temem, sofrem e se angustiam diante da expectativa de se abrirem as masmorras das prisões terrenas para recebê-los.

Ante a possibilidade de serem julgados e condenados, os réus se arrependem? Sentem remorso?  Difícil fazermos incursões na alma humana. Uma coisa é certa: “Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo” e receber a condenação divina (Hb 10.31)

Airton Evangelista da Costa

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