IZABEL - mãe de João Batista
Zacarias, e Isabel era da descendência de Arão. Assim, os seus pais eram ambos da tribo de Levi. Isabel e Zacarias eram da linhagem sacerdotal.
Zacarias, seu esposo, teria de ministrar no templo diante do Senhor. Era o seu turno. O turno de Abias. Chegara a sua vez… Era a sua vez de adorar “face a Face” o seu Deus maravilhoso, que operava maravilhas no passado e prometia enviar o seu “Messiah” (Messias) prometido naquela geração, de acordo com as profecias de Daniel (cap. 9). Apresentar-se diante do Deus Todo-Poderoso era algo muito sério e requeria total consagração. Dedicação em santidade…
Zacarias levou o incenso para apresentar ao Senhor no lugar santo. E, naquele momento único e especial, Deus enviou o anjo Gabriel para trazer uma mensagem a Zacarias. “E Zacarias, vendo-o, turbou-se, e caiu temor sobre ele. Mas o anjo lhe disse: Zacarias, não temas, porque a tua oração foi ouvida, e Isabel, tua mulher, dará à luz um filho, e lhe porás o nome de João. E terás prazer e alegria, e muitos se alegrarão no seu nascimento, porque será grande diante do Senhor, e não beberá vinho, nem bebida forte, e será cheio do Espírito Santo, já desde o ventre de sua mãe. E converterá muitos dos filhos de Israel ao Senhor seu Deus. E irá adiante dele no espírito e virtude de Elias, para converter os corações dos pais aos filhos, e os rebeldes à prudência dos justos, com o fim de preparar ao Senhor um povo bem disposto.” (Lc 1.12-17).
“E, depois daqueles dias, Isabel, sua mulher, concebeu, e por cinco meses se ocultou, dizendo: Assim me fez o Senhor, nos dias em que atentou em mim, para destruir o meu opróbrio entre os homens.” (Lc 1.24-25).
A Bíblia descreve Isabel e seu esposo Zacarias, como pessoas justas e irrepreensíveis, profundamente dedicadas e comprometidas com os mandamentos do Senhor (Lc 1:6).
O nome Isabel significa “Deus é meu juramento” ou “meu Deus prometeu”. Isabel vem do hebraico ‘elisheba,
SITUAÇÃO
Isabel já é identificada com uma mulher de idade avançada (Lucas 1:7,18). Mesmo sem ser mãe, ela não é relatada como amargurada e, muito menos, que se irava contra Deus, mas que era irrepreensível em sua servidão a Ele (Lucas 1:6).
Naquele tempo uma mulher estéril significava maldição, era humilhante não ter filho, mas como Deus tem seus planos e seu tempo, somente quem aprendeu a confiar e esperar em Deus alcança o milagre.
TRISTEZA
Uma coisa que angustiava muito as famílias do Antigo Testamento, mas principalmente as mulheres, era a incapacidade de gerar filhos. A mulher que não gerava filhos era chamada de “galhos secos”, havia a perspectiva de um futuro sem produtividade, um futuro sem frutos no casamento.
Sendo considerada como um “ramo seco”, a mulher estéril era frequentemente rejeitada, banida ou então vista como uma nulidade. Uma família numerosa, com muitos filhos era considerada uma grande alegria e fonte de bençãos. Sl 127
ALEGRIA
E, no sexto mês, sua prima Maria também recebeu a graça especial de Deus para ter um filho: o “salvador da humanidade”. Para Isabel, ela se escondia porque pensava que as pessoas poderiam interpretá-la incorretamente por ser “velha, estéril e sonhadora”: e, agora, estava grávida… Já sua prima Maria, recebera o maravilhoso privilégio de ser a “mãe do Messias prometido”, entretanto, com um alto preço: ela estava noiva, comprometida para o casamento, e o seu filho fora concebido por obra do Espírito Santo.
No encontro de Maria e Isabel, as crianças no ventre estavam cheias do Espírito Santo e elas cantaram em adoração por tão grande dádiva: fazer parte dos planos de Deus.
Maria e Isabel se alegravam intensamente com sua missão. O Espírito Santo as enchia e as capacitava para tão gloriosa e difícil tarefa.
LIÇÃO
Zacarias poderia ter se eximido de sua responsabilidade, divorciando-se de Isabel. Na sociedade daquela época, esterilidade era um motivo comumente aceito para o divórcio. Ele poderia ter se livrado dela, ter se casado com uma mulher mais jovem e ter tido filhos com ela, tirando aquela horrível maldição de sobre as suas costas. Muitos outros teriam tomado esse caminho. Mas não Zacarias. Em vez disso, ele orou (Lc. 1:13).
Ele entregou o caso para a única pessoa que poderia fazer alguma coisa. E, embora eu não possa provar, imagino que ele tenha orado junto com Isabel, o que significa que ele ministrava às necessidades dela. Ele era também um homem da Palavra (Lc. 1:67-69). Por isso, ele provavelmente compartilhava com sua esposa as grandes Escrituras do Velho Testamento, as quais a consolavam e encorajavam em sua luta.
Deus nem sempre dá de acordo com o que pedimos e, com certeza, nem de acordo com o que merecemos. Ele dá de acordo com as riquezas da Sua graça. Ele dá “infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos” (Ef. 3:20). E Ele ama fazer isso para quem confia nEle e Lhe obedece, mesmo nas situações mais impossíveis.
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