A HISTÓRIA DE ESTER
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Quem sabe se não foi para um momento como este que você chegou à posição de rainha? [Ester 4.14]
O livro de Ester não faz nenhuma menção a Deus, mas está repleto de eventos que podem ser entendidos como coincidências humanas, providências divinas ou ambas. A história se passa no palácio do rei persa Assuero, ou Xerxes (486-465 a.C.).
Mardoqueu foi um judeu cuja prima e pupila Ester foi selecionada pelo rei para ser a nova rainha. Algum tempo atrás, Mardoqueu havia denunciado um plano de assassinato contra o rei, mas não recebeu nenhuma recompensa por isso.
O rival de Mardoqueu era Hamã, grão-vizir do rei. Cônscio de sua importância, ele exigia que todos se curvassem diante dele. Mardoqueu, no entanto, conhecia o primeiro mandamento e recusava-se a se curvar. Enfurecido, Hamã planejou que se vingaria de todos os judeus, em todo o império da Pérsia, e para isso, envolveu o rei em seu plano de extermínio. A hostilidade entre eles era cada vez maior, e parecia impossível a Mardoqueu resgatar seu povo. Foi nesse momento que a providência de Deus entrou em ação.
A rainha Ester, por “coincidência”, era judia e se dispôs a arriscar sua vida ao implorar misericórdia ao rei. Para fazer seu pedido, ela preparou um banquete em que o rei e Hamã eram os únicos convidados. Hamã foi para casa “alegre e contente” (5.9), orgulhoso por receber tal honra, mas sua alegria acabou quando ele viu Mardoqueu à porta do palácio real.
Aconteceu então que o rei, não conseguindo dormir aquela noite, ordenou que trouxessem o livro das crônicas do seu reinado, e que o lessem para ele. Ele ouviu então o registro de que Mardoqueu havia denunciado um plano para assassinar o rei, mas não havia sido recompensado.
Hamã (que planejava sugerir ao rei que mandasse enforcar Mardoqueu) entrou no pátio externo do palácio exatamente naquele momento. O rei mandou chamá-lo e então lhe perguntou: “O que se deve fazer ao homem que o rei tem o prazer de honrar?” (6.6).
Concluindo que o rei estava se referindo a ele, Hamã respondeu que esse homem deveria ser conduzido a cavalo pelas ruas da cidade. O rei ordenou então a Hamã: “Vá depressa apanhar o manto e o cavalo e faça ao judeu Mardoqueu o que você sugeriu” (6.10).
A providência de Deus muitas vezes vem com certa dose de ironia. Os papéis dos dois homens foram invertidos. Hamã foi humilhado, Mardoqueu honrado.[...].(Ester 7)
LIÇÕES DE VIDA E ENSINAMENTOS - TUDO SOBRE OS PERSONAGENS MAIS MARCANTES DA BÍBLIA SAGRADA - OS VILÕES E HERÓIS DA BÍBLIA SAGRADA E SUAS EXPERIÊNCIAS
quinta-feira, 1 de janeiro de 2015
domingo, 28 de dezembro de 2014
APRENDENDO COM NEEMIAS (PARTE 2)
A perseverança de Neemias
Todas as nações vizinhas […] perceberam que essa obra havia sido executada com a ajuda de nosso Deus. [Neemias 6.16]
O líder cristão atrai discípulos. Na verdade, isto está implícito na palavra líder. O líder toma a iniciativa e convence outros a se juntarem a ele. Certamente alguns líderes na história foram individualistas ao extremo.
O líder autêntico, no entanto, inspira as pessoas a seguir sua liderança, pois ele entende que sua função depende da cooperação de todos.
O capítulo 2 de Neemias parece indicar que ele deixou de lado seu individualismo e passou a agir de forma coletiva. Enquanto o versículo 5 revela uma atitude individualista (“que ele [o rei] me deixe ir à cidade […] para que eu possa reconstruí-la”), os versículos 17-18 permitem perceber uma mudança de atitude (“Então eu lhes disse: […] Venham, vamos reconstruir os muros de Jerusalém”).
O líder cristão se recusa a ficar desanimado. Quando alguém se dispõe a fazer a obra de Deus, deve estar preparado para enfrentar oposição. As forças contrárias se unem, e a hostilidade passa a se manifestar abertamente.
Na verdade, o desânimo é o principal obstáculo para o líder.
No caso de Neemias, ele teve que enfrentar um antagonismo virulento promovido por Sambalate, o horonita, por Tobias, o amonita, e por Gesém, o árabe. Primeiro eles zombaram de Neemias e o desprezaram, e então lançaram acusações falsas sobre ele, sugerindo que ele estava se rebelando contra o regime persa. Escárnio e difamação são armas venenosas nas mãos do inimigo.
O verdadeiro líder, no entanto, não desiste; ao contrário, ele persevera.
Estas seis qualidades podem ser aplicadas a todo tipo de liderança — não só às altas patentes militares nacionais ou internacionais, mas também aos líderes de qualquer profissão, seja no comércio, na indústria, na mídia ou na igreja.
Os pais são líderes dentro de suas casas, assim como os professores são líderes nas escolas e nas faculdades. Em algumas partes do mundo, os líderes estudantis são também muito influentes. Que o exemplo de Neemias possa servir de inspiração a todos.
quinta-feira, 11 de dezembro de 2014
APRENDENDO COM PAULO (PARTE 10)
A formação de Paulo
Ainda jovem foi para Jerusalém e, na escola de Gamaliel, se especializou
no conhecimento da sua religião. Tornou-se fariseu, ou seja, especialista
rigoroso e irrepreensível no cumprimento de toda a Lei e seus pormenores.
"Quanto a mim, sou judeu, nascido em Tarso da Cilícia, e nesta
cidade criado aos pés de Gamaliel, instruído conforme a verdade da lei de
nossos pais, zeloso de Deus, como todos vós hoje sois" (AtOS 22:3).
A religião de Paulo
Cheio de zelo pela religião (JUDAÍSMO), começou a perseguir os cristãos.
"Segundo o zelo, perseguidor da igreja, segundo a justiça que há na
lei, irrepreensível "(Filipenses 3:6).
Esteve presente no martírio de Estevão, cujos mantos foram depositados
aos seus pés.
"E quando o sangue de Estêvão, tua testemunha, se derramava, também
eu estava presente, e consentia na sua morte, e guardava as capas dos que o
matavam" (Atos 22:20).
Continuou perseguindo a Igreja até que se encontrou com o Senhor na
estrada de Damasco.
"E Saulo assolava a igreja, entrando pelas casas; e, arrastando
homens e mulheres, os encerrava na prisão (Atos 8:3). E Saulo, respirando ainda
ameaças e mortes contra os discípulos do Senhor, dirigiu-se ao sumo sacerdote.
E pediu-lhe cartas para Damasco, para as sinagogas, a fim de que, se
encontrasse alguns daquela seita, quer homens quer mulheres, os conduzisse
presos a Jerusalém. E, indo no caminho, aconteceu que, chegando perto de
Damasco, subitamente o cercou um resplendor de luz do céu. E, caindo em terra,
ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues? E ele disse:
Quem és, Senhor? E disse o Senhor: Eu sou Jesus, a quem tu persegues. Duro é
para ti recalcitrar contra os aguilhões" (Atos 9:1-5).
Era um homem bem preparado, além de conhecer bem a sua religião (o que
pode ser comprovado pelas muitas citações ao AT), possuía boas noções de
filosofia e das religiões gregas do seu tempo. Em Tarso, sua cidade natal,
havia escolas filosóficas (dos estóicos e cínicos) e também escolas de
educadores.
Ali nasceu Atenodoro, professor e amigo do imperador Augusto. Paulo
algumas vezes utiliza frases desse educador: “Para toda criatura, a sua
consciência é Deus” (Cf. Rm 14,22a). Ou: “Guarde para você, diante de Deus, a
consciência que você tem” ou: “Comporte-se com o próximo como se Deus visse
você, e fale com Deus como se os outros ouvissem você” (Cf. 1Ts 2,3-7). Além
disso conhecia bem o grego e o método da retórica. Esforçava-se para
compreender o modo grego de viver.
Embora não mencione isso em suas cartas, como se o desprezasse, a sua
verdadeira cidadania é outra pois sua visão era no reino celestial.
"Mas a nossa cidade está nos céus, de onde também esperamos o
Salvador, o Senhor Jesus Cristo" (Filipenses 3:20).
A conversão de Paulo
A experiência de Paulo com Jesus mudou completamente a sua vida. De
perseguidor passou a ser o anunciador até a sua morte.
Na sua primeira missão apostólica, entre os anos 45 e 49, anunciando o
Evangelho em Chipre, Panfilia, Pisidia e Lacaônia (At 13-14), passou a usar o
nome grego de Paulo de preferência a Saulo, seu nome judaico.
"Todavia Saulo, que também se chama Paulo, cheio do Espírito Santo,
e fixando os olhos nele" (At 13,9).
Porém, ele soube tirar proveito desse título, bem como de toda a bagagem
cultural adquirida, para conduzir todos a Jesus.
"Porque, sendo livre para com todos, fiz-me servo de todos para
ganhar ainda mais. E fiz-me como judeu para os judeus, para ganhar os judeus;
para os que estão debaixo da lei, como se estivesse debaixo da lei, para ganhar
os que estão debaixo da lei. Para os que estão sem lei, como se estivesse sem
lei (não estando sem lei para com Deus, mas debaixo da lei de Cristo), para
ganhar os que estão sem lei. Fiz-me como fraco para os fracos, para ganhar os
fracos. Fiz-me tudo para todos, para por todos os meios chegar a salvar alguns.
E eu faço isto por causa do evangelho, para ser também participante dele"
(I Coríntios 9:19-23).
sexta-feira, 5 de dezembro de 2014
APRENDENDO COM JOQUEBEDE
JOQUEBEDE – UMA MULHER VIRTUOSA
Base Biblica: Exodo – 2- 1 ao 10
Versiculo para memorizar: “Pode uma mãe esquecer-se de seu filho que cria, do filho do seu ventre? Mas ainda que esta se esquecesse dele, contudo eu não me esquecerei de ti. “
Isaías 49:15
Objetivo: Falar a criança sobre a importância da confiança em Deus – a Fé
Corinho: algum que fale sobre fé e confiança (Veja os cânticos da APEC)
DESENVOLVIMENTO DA HISTÓRIA
Hoje a nossa história trará um exemplo de mulher valorosa , decidida e que confiava imensamente em Deus, seu nome é Joquebede.
O nome Joquebe vem do Hebraico: . Yokebed, e significa : “O Senhor é glória”.
A Bíblia nos conta sobre essa mulher e sua fé, no livro de Exodo – captiulo 2 dos versiculos 1 ao 12. Ela era descendente de Levi, nasceu na época em que os israelita estavam cativos no Egito.
Durante a vida de Joquebede, as condições para os israelitas eram duras e sem esperança. Eles eram escravos oprimidos sem misericórdia. Joquebede já tinha dois filhos pequenos quando foi passado um edito – um decreto do rei - ordenando que todos os bebês masculinos fossem mortos logo que nascessem. As pessoas resistiram, e os bebês continuaram a sobreviver.
Vocês imaginem que durante nove meses ela viu sua barriga crescendo, o bebe se formando, o sentia pular e chutar sua barriga e, então, finalmente nasceu, e para sua surpresa (pois naquela época não havia ultrasson) nascera um lindo menino. Ela sabia que se Faraó soubesse do nascimento do menino, a ordem para que ele fosse morto, então, e por três meses Joquebede o escondeu, a Bíblia fala que tudo correu bem.
Mas agora o bebe chorava forte, ele era lindo, grande, formoso e tornou-se impossível
esconde-lo. Joquebede decidiu então providenciar um cesto (uma arca pequena) cobriu-o com vime e confiou exclusivamente em Deus, pois este cesto serviria de proteção.
Então o menino foi posto para flutuar nas ondas do rio Nilo, que dor Joquebede sentia, seu coração apertava e ela rogava a Deus que o protegesse, a irmã do menino chamava-se Miriã e acompanhava o cestinho flutuando pela beira do rio.
Sabem crianças, como Deus é perfeito, fez com que naquele mesmo momento a Princesa do Egito, a filha do grande Faraó estivesse naquele rio com suas escravas tomando banho. Talvez Miriã, irmão do bebe, tenha pensado “Meu Deus, pobre do meu irmão esse é o seu fim”, mas não a princesa quis ver o que tinha no cesto e quando viu o menino sentiu o desejo de ficar com ele e precisaria de uma babá. A Biblia nos diz que :.
“Então disse Miriã para a filha de Faraó: Irei chamar uma ama das hebréias, que crie este menino para ti?
E a filha de Faraó disse-lhe: Vai. Foi, pois, a moça, e chamou a mãe do menino.
Então lhe disse a filha de Faraó: Leva este menino, e cria-mo; eu te darei teu salário. E a mulher tomou o menino, e criou-o.”
Lembra quando eu disse que Deus é perfeito, pois é, Ele providenciou que Joquebede e Anrão criassem seu filho, e o bebe chamou-se Moisés, e disse: Porque das águas o tenho tirado.
Moisés foi um grande homem, usado por Deus, tirou o povo de Israel da escravidão do Egito, os guiou no deserto, recebeu de Deus os mandamentos .
Deus honra a nossa fé e confiança nEle, neste dia vamos orar e agradecer por seus cuidados em nossa vida e pedir que possamos sempre ter fé em Deus para enfrentar as lutas da vida,Ele está conosco, pois já o temos recebido como Senhor e Salvador de nossas vidas!
E se hoje, há aqui alguma criança que ainda não recebeu Jesus em seu coração como Senhor e Salvador, saiba que Ele quer ser seu amigo e estar contigo em todos os momentos, Ele pode lhe perdoar de todos pecados, pois Ele morreu na cruz em nosso lugar, quero lembrá-lo do que a Bíblia diz em Romanos 10:13 "Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo."
Deus Abençoe a todos!
Base Biblica: Exodo – 2- 1 ao 10
Versiculo para memorizar: “Pode uma mãe esquecer-se de seu filho que cria, do filho do seu ventre? Mas ainda que esta se esquecesse dele, contudo eu não me esquecerei de ti. “
Isaías 49:15
Objetivo: Falar a criança sobre a importância da confiança em Deus – a Fé
Corinho: algum que fale sobre fé e confiança (Veja os cânticos da APEC)
DESENVOLVIMENTO DA HISTÓRIA
Hoje a nossa história trará um exemplo de mulher valorosa , decidida e que confiava imensamente em Deus, seu nome é Joquebede.
O nome Joquebe vem do Hebraico: . Yokebed, e significa : “O Senhor é glória”.
A Bíblia nos conta sobre essa mulher e sua fé, no livro de Exodo – captiulo 2 dos versiculos 1 ao 12. Ela era descendente de Levi, nasceu na época em que os israelita estavam cativos no Egito.
Durante a vida de Joquebede, as condições para os israelitas eram duras e sem esperança. Eles eram escravos oprimidos sem misericórdia. Joquebede já tinha dois filhos pequenos quando foi passado um edito – um decreto do rei - ordenando que todos os bebês masculinos fossem mortos logo que nascessem. As pessoas resistiram, e os bebês continuaram a sobreviver.
Vocês imaginem que durante nove meses ela viu sua barriga crescendo, o bebe se formando, o sentia pular e chutar sua barriga e, então, finalmente nasceu, e para sua surpresa (pois naquela época não havia ultrasson) nascera um lindo menino. Ela sabia que se Faraó soubesse do nascimento do menino, a ordem para que ele fosse morto, então, e por três meses Joquebede o escondeu, a Bíblia fala que tudo correu bem.
Mas agora o bebe chorava forte, ele era lindo, grande, formoso e tornou-se impossível
esconde-lo. Joquebede decidiu então providenciar um cesto (uma arca pequena) cobriu-o com vime e confiou exclusivamente em Deus, pois este cesto serviria de proteção.
Então o menino foi posto para flutuar nas ondas do rio Nilo, que dor Joquebede sentia, seu coração apertava e ela rogava a Deus que o protegesse, a irmã do menino chamava-se Miriã e acompanhava o cestinho flutuando pela beira do rio.
Sabem crianças, como Deus é perfeito, fez com que naquele mesmo momento a Princesa do Egito, a filha do grande Faraó estivesse naquele rio com suas escravas tomando banho. Talvez Miriã, irmão do bebe, tenha pensado “Meu Deus, pobre do meu irmão esse é o seu fim”, mas não a princesa quis ver o que tinha no cesto e quando viu o menino sentiu o desejo de ficar com ele e precisaria de uma babá. A Biblia nos diz que :.
“Então disse Miriã para a filha de Faraó: Irei chamar uma ama das hebréias, que crie este menino para ti?
E a filha de Faraó disse-lhe: Vai. Foi, pois, a moça, e chamou a mãe do menino.
Então lhe disse a filha de Faraó: Leva este menino, e cria-mo; eu te darei teu salário. E a mulher tomou o menino, e criou-o.”
Lembra quando eu disse que Deus é perfeito, pois é, Ele providenciou que Joquebede e Anrão criassem seu filho, e o bebe chamou-se Moisés, e disse: Porque das águas o tenho tirado.
Moisés foi um grande homem, usado por Deus, tirou o povo de Israel da escravidão do Egito, os guiou no deserto, recebeu de Deus os mandamentos .
Deus honra a nossa fé e confiança nEle, neste dia vamos orar e agradecer por seus cuidados em nossa vida e pedir que possamos sempre ter fé em Deus para enfrentar as lutas da vida,Ele está conosco, pois já o temos recebido como Senhor e Salvador de nossas vidas!
E se hoje, há aqui alguma criança que ainda não recebeu Jesus em seu coração como Senhor e Salvador, saiba que Ele quer ser seu amigo e estar contigo em todos os momentos, Ele pode lhe perdoar de todos pecados, pois Ele morreu na cruz em nosso lugar, quero lembrá-lo do que a Bíblia diz em Romanos 10:13 "Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo."
Deus Abençoe a todos!
APRENDENDO COM JESUS
A Tentação de Cristo
O aspecto mais elementar do texto de Mateus 4:1-11 é que Jesus foi tentado o tempo todo por algo que não parecia tentação. O único componente explicitamente maligno é o próprio Diabo. De resto, a tentação em si ocorre de forma bem dissimulada e aparentemente inofensiva. Senão, vejamos: a tentação ocorre não num momento de fraqueza espiritual, mas numa consagração. Num período de jejuns, orações e meditação!
Muitos líderes cristãos "surtaram" em momentos exatamente assim, tomados de falsas visões e revelações. E consideraram que estavam certos pelo simples fato de estarem jejuando e orando.
A tentação se dá num deserto. Mas, que tipo de tentação pode ocorrer a alguém sozinho no deserto? Ser assediado por uma serpente? Assaltar um cacto? O deserto parece, de fato, o último lugar em que alguém possa ser tentado. Além disso, o tentador usa a Bíblia para tentar! O Diabo não leu trechos da biografia de Bruna Surfistinha. Citou as Escrituras Sagradas!
Jesus foi tentado a fazer um milagre! E não foi tentado a transformar pedras em mulheres peladas ou em pedaços de picanha, mas pão. Existe algo mais básico do que pão?
E pão, não para abrir uma padaria, mas para saciar uma fome de 40 dias! E, por fim, Jesus é levado pelo Diabo para um... Cassino em Las Vegas? Não. É levado ao Templo de Jerusalém. Ao ponto mais alto. E num ambiente sagrado, Jesus é tentado a usufruir da proteção de seu Pai. "Salte", diz o Tentador, "E anjos virão em seu socorro".
Um tentador "bíblico", pedindo milagres, levando o tentado à igreja, oferecendo ajuda e abrindo mão de suas posses ("os reinos desse mundo") numa aparente rendição. E o preço disso... Um culto! Tudo muito religioso, muito agradável. Muito tentador.
A tentação fundamental era a de "satisfazer às expectativas". Todos nós temos (ou já tivemos) expectativas em relação à algo ou alguém e somos também alvo das expectativas dos outros. Sob a alegação de sermos aceitos (afinal, ninguém gosta de ser rejeitado) abrimos mão de nossos propósitos a fim de satisfazer às expectativas de outros. Cada uma das tentações consistia em que o Diabo conseguisse que Jesus "abrisse mão" de seus propósitos para satisfazer as expectativas do povo.
O povo esperava um Messias que lhes saciasse a fome. Dar de comer ao povo era um sinal messiânico predito (Is 49.10). Nossa expectativa em relação à Cristo é que ele transforme nossas "pedras" em "pães". Mas o propósito de Jesus é ser "Pão da Vida" e mostrar que o problema do mundo não é falta de pão, é falta de viver "de tudo aquilo que sai da boca de Deus".
A expectativa de Israel era da vinda de um Messias realizador de prodígios. E a nossa é de um Jesus Mágico-Milagreiro. Queremos que Cristo nos proporcione as maiores pirotecnias espirituais. E aí, decidimos comprar um carro zero, um lote para a igreja ou abrir um negócio sem dinheiro pra pagar depois em nome de uma "fé doida" e queremos que Jesus nos apóie nisso. Invocamos a Palavra para isso.
Citamos textos bíblicos e "saltamos" esperando que os anjos venham ser nosso pára-quedas. E isso é pecado por ter a pretensão de usar Deus para fazer um "marketing" pseudo-espiritual a nosso favor.
Esse texto nos ensina que há tentações de todos os tipos. Há tentações "personalizadas". Há uma específica pra gente como você. Há tentação pra quem ora muito e pra quem não ora nada. Pra quem está na igreja e para os de fora. Pra o que está cercado de gente e para o que está num deserto.
Há tentação para fazer o que é explicitamente mal e há para fazer o que parece ser "de Deus". Os pecados com cara e cheiro de pecado são fáceis de serem identificados na maioria das vezes. Sutis são as tentações que ocorrem no deserto, nas consagrações, nas altas hierarquias eclesiásticas e que demandam de nós apenas um mero culto ao Diabo, que não aparecerá com chifres e tridente, mas como uma projeção de nossas próprias ambições, perversões e delírios de poder.
***
APRENDENDO COM SANSÃO (PARTE 5)
A FRAQUEZA DE SANSÃO
Chegamos então ao mais famoso dos juízes: Sansão. Algumas das histórias mais divertidas deJuízes são protagonizadas por esta personagem e, por isso, vale a pena conhecer estes episódios.
Resumo da história de Sansão (Juízes, capítulos 13 a 16)
A história de Sansão começa numa época em que várias tribos estão subjugadas pelos filisteus.
A mãe de Sansão era estéril, mas um dia um anjo anunciou-lhe que daria à luz um filho que desde o nascimento havia de ser nazireu (o voto nazireu, segundoNúmeros, capítulo 6, implicava uma série de normas e regras, mas para Sansão significava apenas que não podia cortar o cabelo) e que seria vitorioso sobre os filisteus.
Quando adulto, Sansão apaixonou-se por uma rapariga filistina. Num dos passeios a Timná, a terra da moça, confrontou-se com um leão e rasgou-o ao meio utilizando apenas a força das suas mãos.
Passado algum tempo, Sansão, acompanhado pelos pais, foi a Timná para preparar o seu casamento. De caminho, desviou-se da estrada para ver o cadáver do leão que matara anteriormente, e encontrou dentro dele um enxame de abelhas e também mel. Sansão, surpreso, comeu um pouco do mel, e, juntando-se aos pais, ofereceu-lhes um pouco.
No banquete de casamento, fez do incidente do leão e do mel um enigma com o qual desafiou 30 convidados filisteus:
- “Do que come saiu comida, e do forte saiu doçura”.
Se eles achassem a chave do enigma, Sansão lhes daria como prémio 30 túnicas e 30 mantos. Caso contrário, Sansão teria direito a um prémio igual.
Os convidados ao fim de três dias ainda não sabiam a resposta. Por isso convenceram a noiva de Sansão a arrancar-lhe a resposta. Com alguma insistência a noiva conseguiu a resposta de Sansão.
Quando os convidados lhe foram dizer a chave do enigma, “o que é mais doce que o mel e o que é mais forte que o leão?”, Sansão enfureceu-se e foi a Ascalom, outra cidade da Filistina, matar 30 homens e apossar-se das respectivas roupas para poder dar o prémio aos convidados (naquele tempo ainda não existiam lojas de pronto-a-vestir...).
Entretanto, o pai da sua noiva, pressupondo que Sansão já não a queria, casou-a com outro homem. Sansão, enfurecido, usou 300 raposas para arrastar tochas e incendiou os campos de cereais, as vinhas e os olivais dos filisteus. Os filisteus, ao depararem-se com a destruição das suas propriedades, vingaram-se na noiva de Sansão e no pai dela, queimando-os numa fogueira, ao saberem que estes é que tinham causado a fúria de Sansão. Ainda mais enfurecido Sansão matou muitos mais filisteus.
Os filisteus queriam então vingar-se de Sansão. Entretanto 3.000 homens de Judá, receosos de um confronto, convenceram Sansão a entregar-se e amarraram-no e levaram-no aos filisteus. Mas Sansão partiu as cordas e matou mais mil filisteus (utilizando o maxilar de um burro como arma!).
Vinte anos mais tarde, quando Sansão foi à casa de uma prostituta de Gaza (os juízes também têm direito a diversão!...), os filisteus emboscaram-no durante a noite com a intenção de o matar na manhã seguinte. Mas, à meia-noite, Sansão arrancou o portão da cidade de Gaza e fugiu, humilhando os filisteus, por deixar uma das suas principais cidades vulnerável.
Depois, Sansão começou a namorar uma mulher que se chamava Dalila. Esta tinha sido subornada pelos filisteus para descobrir o segredo da enorme força física de Sansão. Depois de muita insistência, Sansão revelou que o que lhe dava força eram os seus cabelos compridos. Enquanto Sansão dormia sobre os joelhos dela, Dalila cortou-lhe o cabelo. Ao acordar, Sansão estava amarrado e já não possuia nenhuma da sua força. Por isso, os filisteus puderam cegar-lhe os olhos e prendê-lo.
Passado algum tempo, os filisteus prepararam uma grande festa para o deus Dagom, a quem atribuíram o sucesso na captura de Sansão. Mandaram trazer da prisão Sansão, cujo cabelo entretanto crescera, para os divertir. Ao chegar, Sansão pediu ao rapaz que o guiava que o deixasse tocar nas colunas principais do templo. Sansão derrubou as duas colunas, fazendo o templo desabar, matando muitos filisteus e pondo fim à sua própria vida.
Como podemos ver, a história de Sansão retrata um indivíduo psicótico, colérico e vingativo. Podemos dizer que o seu perfil psicológico é muito parecido com o do Deus Yahveh!... E Yahveh é o parceiro inseparável de Sansão nas suas vinganças enraivecidas contra os filisteus.
Nestes episódios os filisteus parecem muito mais simpáticos e civilizados do que Sansão. No entanto, no livro de Juízes assistimos a uma derrota desta civilização pela improvável força bruta de um só homem.
APRENDENDO COM JACÓ (PARTE 3)
APRENDENDO COM JACÓ (PARTE 2)
A grande família de Jacó
VEJA só esta grande família. Estes são os 12 filhos de Jacó. E ele tinha também filhas. Sabe os nomes dos filhos dele? Vamos aprender alguns deles.
Léia deu à luz Rubem, Simeão, Levi e Judá. Quando Raquel viu que não ia ter filhos, ficou muito triste. Por isso, entregou a Jacó sua serva Bila, e Bila teve dois filhos, chamados Dã e Naftali. Léia entregou então sua serva Zilpa a Jacó e Zilpa deu à luz Gade e Aser. Por fim, Léia teve mais dois filhos, Issacar e Zebulão.
Raquel, finalmente, também teve um filho. Deu-lhe o nome de José. Depois vamos saber muito mais sobre José, porque ele se tornou muito importante. Estes eram os 11 filhos que nasceram a Jacó enquanto morava com Labão, pai de Raquel.
Jacó tinha também filhas, mas a Bíblia só dá o nome de uma. Chamava-se Diná.
Chegou a hora de Jacó decidir deixar Labão e voltar a Canaã. Ele ajuntou sua grande família, seus grandes rebanhos de ovelhas e suas manadas de gado, e iniciou a viagem.
Quando Jacó e sua família já estavam de volta em Canaã, Raquel teve outro filho. Isto aconteceu em viagem. Foi difícil para Raquel, e ela morreu ao ter o filho. Mas o menino estava bem. Jacó deu-lhe o nome de Benjamim.
Queremos lembrar os nomes dos 12 filhos de Jacó porque deles descendeu toda a nação de Israel. De fato, as 12 tribos de Israel levam os nomes de 10 filhos de Jacó e de dois filhos de José. Isaque viveu ainda muito depois do nascimento desses meninos, e deve ter ficado feliz com tantos netos.
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