segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

APRENDENDO COM NAAMÃ (PARTE 2)

Naamã: ensinado pelos servos

Passados aproximadamente 200 anos, surgiu, na região da Síria, um grande homem chamado Naamã, que era de muito respeito por ser um valente de guerra. Ele, que era um herói nacional e estava acostumado a ser tratado com reverência e consideração, construiu essa imagem por ter agido bravamente e obtido muitas conquistas no campo de batalha. 
Podemos imaginar quantas vezes ele retornou para ser aclamado pela multidão em Damasco depois de conquistar grandes vitórias para sua nação. Naamã era muito especial, literalmente falando. Contudo, quando tudo parecia estar indo bem, ele notou uma marca branca em sua pele: os pri­meiros sinais de lepra!
Mal sabia ele que o Onipotente, o Senhor de Israel, já tinha determinado uma série de acontecimentos que lhe dariam algo mais maravilhoso do que quaisquer riquezas e toda fama que o mundo já lhe havia oferecido: o conhecimento de Deus. 
A história, na verdade, começou algum tempo antes, quando as tropas sírias haviam seqüestrado uma garotinha judia e levaram-na para a Síria a fim de servir a esposa de Naamã. Simpatizando com a condição de seu novo senhor, a jovem escrava mencionou que havia um profeta em Israel que poderia sará-lo. O grande general, desesperado por um milagre de cura, foi forçado a receber instruções de uma criada! Esse foi o primeiro de muitos degraus que aquele orgulhoso guerreiro estava descendo.
Em uma grande demonstração de pompa e arrogância, o poderoso homem aparece com seu grupo de soldados e chega ao humilde lar do profeta Eliseu. Naamã era acostumado com a atitude de seus subalternos - como este profeta judeu - de se curvarem ante a sua presença, em sinal da mais profunda reverência. Para sua surpresa, Eliseu sequer saiu da casa para cumprimentá-lo. Em vez disso, enviou seu servo com uma simples mensagem: Vai, e lava-te sete vezes no Jordão, e a tua carne te tornará, e ficarás purificado (2 Rs 5.10b). O comentário do púlpito descreve sua reação:
O general sírio tinha imaginado uma cena bem diferente. "Pensava eu que ele sairia a ter comigo, por-se-ia de pé, invocaria o Nome do Senhor, seu Deus, moveria a mão sobre o lugar da lepra e restauraria o leproso". Naamã tinha imaginado uma grande cena, onde ele seria o personagem central, o profeta descendo, provavelmente com uma varinha mágica, com os ajudantes posicionados ao redor, os tran­seuntes parando para observar - uma invocação solene da deidade, um poder mágico movendo-se em suas mãos, e a cura imediata, ocorrida nas ruas da cidade, diante dos olhos dos homens, no barulhento centro da cidade [...] Em vez disso, ele foi orientado a voltar como tinha vindo, cavalgar cerca de 32km até o rio Jordão, geralmente lamacento ou, pelo menos, sem cor, e banhar-se, sem qualquer pessoa para ver, exceto seus próprios ajudantes, sem importância, pompa ou circunstância ou glória alguma.9
Por causa de sua grandiosa imaginação de como aconteceria sua cura, Naamã ficou extremamente furioso com esse tratamento: Não são, porventura, Abana e Farpar, rios de Damasco, melhores do que todas as águas de Israel? Não me poderia eu lavar neles e ficar purificado?, ele se indignou (2 Rs 5.12a). Esse foi um momento crucial. Se tivesse permitido que a raiva afetasse sua resposta, ele poderia ter feito algo sem pensar, como tentar agredir Eliseu, que poderia facilmente clamar fogo do céu para destruir toda a sua tropa (2 Rs 1.9). Porém, alguns dos servos vieram falar-lhe e ponderaram com ele: Meu pai, se o profeta te dissera alguma grande coisa, porventura, não a farias? Quanto mais, dizendo-te ele: Lava-te e ficarás purificado (2 Rs 5.13b).
Nada disso fez sentido para a mente racional de Naamã, mas, mesmo assim, sua grande necessidade o fez humilhar-se e obedecer às palavras daquele profeta que tanto o havia desrespeitado. Ele fez a viagem de duas horas até o rio Jordão e se lavou sete vezes. Depois de ter mergulhado a sétima vez no rio sujo, conforme o homem de Deus havia prometido, a lepra tinha desaparecido totalmente. Assim como o único leproso purificado que voltou para agradecer a Jesus, Naamã retornou a Samaria para expressar sua gratidão a Eliseu. Dessa vez, não havia qualquer indício de ego insuflado ou do desdém soberbo que ele havia mostrado anteriormente. Ele era um homem mudado que, naquele momento, havia experimentado a bênção da humildade.
Há um grande número de coisas importantes que podemos aprender dessa experiência humilhante de Naamã. A mais óbvia é que, quando ele tinha tudo caminhando da forma esperada, não sentiu a necessidade de procurar um relacionamento com o Altíssimo, e isso não é diferente hoje, mesmo com os crentes. A ausência de problemas tende a deixar as pessoas orgulhosas e auto-suficientes. Então, em Sua misericórdia, o Senhor permite que a adversidade aconteça em nossa vida para que tenhamos sempre a consciência da necessidade de Sua ajuda (Sl 119.67,71).
É também interessante como o altivo general sírio teve de receber constantemente orientações de seus escravos. Primeiro, a pequena escrava disse-lhe onde procurar pelo poder de cura. Eliseu mandou seu escravo, Geazi, dar as instruções da restauração. Por último, quando Naamã ficou nervoso, seu próprio servo teve de lhe mostrar a sabedoria necessária para decidir o que fazer. O fato da questão é a verdade que servos têm muito mais facilidade de entender o Senhor, pois o Reino de Deus é fundamentado na servidão. Eles têm uma singela forma de pensar que os ricos e poderosos não compreendem.
Podemos observar também como a maneira de Deus agir é muito diferente da do homem. O Senhor deu a Naamã uma simples tarefa para executar: Lava-te e ficarás purificado. Em nosso orgulho, queremos fazer alguma coisa que nos torne merecedores daquilo que estamos pedindo a Deus. "Se eu jejuar por 40 dias, certamente, Deus irá libertar-me," é a maneira que geralmente pensamos. 
Mas pensar dessa forma é perder totalmente o foco da questão central: desenvolver a humildade e uma dependência do Senhor. Indivíduos imaturos, autocentrados, em geral, querem fazer algo grande que eles possam apontar como a razão para a oração atendida. Em vez de dar a glória a Deus, a pessoa a clama para si. No caso de Naamã, se lhe tivesse sido pedido que fizesse algo extraordinário a fim de receber a cura, ele teria voltado para a Síria tão arrogante como sempre e mais longe ainda do Altíssimo.
Finalmente, os sete mergulhos de Naamã no rio Jordão na frente de toda a tropa é uma linda ilustração de como o Senhor ajuda as pessoas a se rebaixarem. Cada vez que ele mergulhava, aproximava-se mais um pouquinho do conhecimento do Todo-Poderoso. 

Depois de receber toda a água dos sete mergulhos, ele estava suficientemente humilde para que enxergasse O mais humilde de todos. Isso, simples­mente, não seria possível se não experimentasse essas humilhações repetidas. Esse é o caso dos cristãos hoje em dia. Quando o Senhor permite que uma pessoa seja humilhada de alguma forma, o Seu desejo é sempre que ela tenha um conhecimento maior de Jesus.
Muitos poderiam pensar que seria impossível para um homem egoísta e orgulhoso como Naamã aproximar-se de Deus. Contudo, o Senhor sabe exatamente como atender à necessidade de cada um. No caso de Naamã, foram necessárias as ordens de três escravos e muitos mergulhos no rio Jordão para quebrantá-lo! Mas esse era um homem que estava sendo atraído para o Senhor.

Um homem orgulhoso humilhando-se é uma coisa maravilhosa no Reino de Deus.

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APRENDENDO COM DAVI (PARTE 12)

O ORGULHO TRAZ A QUEDA

...Sede todos sujeitos uns aos outros, e revesti-vos de humildade, porque Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes. Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus, para que a seu tempo vos exalte; Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós. Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar; Ao qual resisti firmes na fé, sabendo que as mesmas aflições se cumprem entre os vossos irmãos no mundo.  (1 Pedro 5:5-9)

Deus resiste aos orgulhosos – Qualquer atitude de orgulho nos coloca contra o Altíssimo.

Toda forma de orgulho na Bíblia Sagrada foi punida severamente

O rei Davi, um homem segundo o coração de Deus, falhou algumas vezes e justamente por causa de seu orgulho, por algumas vezes chegou a provar deste veneno, achou que estando no poder podia tudo

Uma vez no auge da sua carreira, cobiçou uma linda mulher casada. 

Na posição de rei achou que poderia fazer o que se quer, já num bastasse um Harém de belas mulheres, cobiçou a mulher do próximo e fez de tudo para tê-la em seus braços

E mandou Davi indagar quem era aquela mulher; e disseram: Porventura não é esta Bate-Seba, filha de Eliã, mulher de Urias, o heteu? Então enviou Davi mensageiros, e mandou trazê-la; e ela veio, e ele se deitou com ela (pois já estava purificada da sua imundícia); então voltou ela para sua casa. E a mulher concebeu; e mandou dizer a Davi: Estou grávida.  (2 Samuel 11:3-5)

O caso com Bate-Seba é muito conhecido, além do orgulho que abriu as portas para o pecado sexual, uma indesejada gravidez apareceu, ele confuso e mais que depressa cometeu um homicídio seguido de ocultação de provas.

Nada deu certo. Deus lá do alto e sublime trono estava vendo tudo

Passado este teste de orgulho, no qual lhe rendeu duras consequências, ele realizou um censo do povo. Deus tinha dito que não deveria fazer isso. 

Numa atitude orgulhosa de possuir um grande exército e se tornar famoso, o orgulho falou mais alto e ele contrariou as ordens divina

E a ira do SENHOR se tornou a acender contra Israel; e incitou a Davi contra eles, dizendo: Vai, numera a Israel e a Judá. Disse, pois, o rei a Joabe, capitão do exército, o qual tinha consigo: Agora percorre todas as tribos de Israel, desde Dã até Berseba, e numera o povo, para que eu saiba o número do povo. (2 Samuel 24:1-2)

Satanás incitou a Davi a se orgulhar dos seus feitos. O orgulho precede a ruína. 

A queda é inevitável. Davi todo orgulhoso faz uma contagem do povo

Então Satanás se levantou contra Israel, e incitou Davi a numerar a Israel.
(1 Crônicas 21:1)

Davi foi avisado por seu General Joabe, que não precisaria fazer este negócio, já que Deus tinha dado tantas vitórias pra ele e continuava lhe abençoando dia após dia

Então disse Joabe ao rei: Ora, multiplique o SENHOR teu Deus a este povo cem vezes tanto quanto agora é, e os olhos do rei meu senhor o vejam; mas, por que deseja o rei meu senhor este negócio?

Porém a palavra do rei prevaleceu contra Joabe, e contra os capitães do exército; Joabe, pois, saiu com os capitães do exército da presença do rei, para numerar o povo de Israel. (2 Samuel 24:3-4)

Geralmente pessoas orgulhosas desprezam bons conselhos. 

A visão se torna curta e o que lhe agrada tem mais valor

Porém a palavra do rei prevaleceu contra Joabe, e contra os capitães do exército; Joabe, pois, saiu com os capitães do exército da presença do rei, para numerar o povo de Israel. (2 Samuel 24:4)

E Joabe deu ao rei a soma do número do povo contado; e havia em Israel oitocentos mil homens de guerra, que arrancavam da espada; e os homens de Judá eram quinhentos mil homens. E pesou o coração de Davi, depois de haver numerado o povo; e disse Davi ao Senhor: Muito pequei no que fiz; porém agora ó Senhor, peço-te que perdoes a iniqüidade do teu servo; porque tenho procedido mui loucamente. Levantando-se, pois, Davi pela manhã, veio a palavra do Senhor ao profeta Gade, vidente de Davi, dizendo: Vai, e dize a Davi: Assim diz o Senhor: Três coisas te ofereço; escolhe uma delas, para que ta faça.   (2 Samuel 24:9-12)

Depois de feita a contagem do povo, o orgulhoso rei ficou abatido, o que lhe aconteceu?

O Seu espírito foi pesado na balança, caiu a ficha, ele sentiu que todo aquele orgulho momentâneo, não lhe deu prazer contínuo, foi só coisa de momento

É assim que o orgulho faz, acende a chama, e depois a pessoa se arrepende do que fez. 

Os caminhos que os homens escolhem sem a direção de Deus parecem ser bons, mas no final são caminhos incertos

Todos os caminhos do homem são puros aos seus olhos, mas o Senhor pesa o espírito.   (Provérbios 16:2)

A resposta de Deus foi dura para Davi. 

O senhor através do profeta Gade lhe pediu para escolher uma entre 3 opções de punição pelo seu orgulho em fazer a contagem do povo e Davi escolheu a que menos lhe doeria no coração

Foi, pois, Gade a Davi, e fez-lho saber; e disse-lhe: Queres que sete anos de fome te venham à tua terra; ou que por três meses fujas de teus inimigos, e eles te persigam; ou que por três dias haja peste na tua terra? Delibera agora, e vê que resposta hei de dar ao que me enviou. Então disse Davi a Gade: Estou em grande angústia; porém caiamos nas mãos do Senhor, porque muitas são as suas misericórdias; mas nas mãos dos homens não caia eu. Então enviou o Senhor a peste a Israel, desde a manhã até ao tempo determinado; e desde Dã até Berseba, morreram setenta mil homens do povo.     (2 Samuel 24:13-15)

O homem insiste em controlar seu próprio destino. 

Sem sabedoria e um bom entendimento o homem pode escorregar em seus passos

O bom entendimento favorece, mas o caminho dos prevaricadores é áspero.
(Provérbios 13:15)

Quando isso acontece ficamos inseguros ou orgulhosos. 

Na maioria das vezes o orgulhoso nem desconfia da sua altivez

Melhor ficar inseguro com o futuro e deixar sua vida nas mãos de Deus do que se render ao orgulho convidativo e arruinar sua vida

Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo. E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre.
(1 João 2:16-17)

O mundo vai nos oferecer muitas coisas que vão mexer com nossa vaidade e orgulho. 

Cuidado, lembre-se sempre que o orgulho precede a queda



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segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

APRENDENDO COM SAMUEL (PARTE 1)

QUEM ERA SAMUEL?
Mais de mil anos antes do nascimento de Cristo, um jovem cresceu como auxiliar de idoso sacerdote, no Tabernáculo de Israel. Embora a vida no Tabernáculo fosse tão corrupta quanto em todo o resto da nação, aquele jovem, Samuel, aprendeu a conhecer a voz de Deus na sua mocidade, e andou irrepreensivelmente em toda a sua vida, a ponto de chegar a ser um pioneiro espiritual. 
Ele fundou a linhagem de profetas que iriam tornar-se a única voz verdadeira de Deus para a nação, na perspectiva dos séculos futuros. A corrupção moral que ele testemunhou até na casa de Deus, jamais maculou a sua vida. A maior parte da vida ele serviu tanto como sacerdote quanto juiz. Foi o último dos grandes juizes.
Chamavam-no juiz itinerante, pois ele fazia um circuito em Betel, Gilgal, Mizpá e Ramá, administrando justiça. Ele preencheu um cargo político na maior parte da vida, sem uma única mancha em sua carreira. Sob sua direção como vidente, ou profeta, formou-se a monarquia, e ele ungiu os primeiros dois reis de Israel, Saul e Davi.
Como era a vida na época de Samuel? As escrituras registraram que na época dos Juízes “cada um fazia o que achava mais reto”. Ocasionalmente, subvertida a opressão causada por uma nação vizinha, e levava o povo de volta à adoração do Senhor. Geralmente, durante esses períodos, prevaleciam anarquia, iniqüidade e imoralidade de toda espécie. Eram períodos violentos de transição em toda a nação.
Condições que produziam facilmente os homens mais malignos. Porém, dessa era confusa e degenerada, emergiu Samuel, homem íntegro, que andou diante do Senhor como Seu profeta, durante toda a sua vida.
Que problemas semelhantes aos nossos Samuel enfrentou? Os tempos eram perigosos por causa de freqüentes guerras. Naquela época, como hoje, a ameaça de guerra era como nuvem negra que estava sempre suspensa sobre a nação civilização, como nos tempos de Samuel. 
A tendência de se conformar com o curso dos eventos afetou até os sacerdotes. Naquela época, como agora, era difícil recusar-se a se conformar e “seguir a multidão em fazer o mal.”
Como foi que Samuel resolveu os seus problemas? Samuel significa “Pedido a Deus”, pois a sua mãe Ana era estéril quando pedira um filho a Deus. Com uma mãe que orava, Samuel parecia destinado a ser um homem de oração durante toda a sua vida. Quando os filhos de Eli eram imorais e cobiçosos no Tabernáculo, Samuel estava aprendendo a voz de Deus, e continuou a ser um homem poderoso em oração durante todos os seus anos. 
Veja I Samuel capítulos 7, 8 e 12:14-23. Embora ele tivesse nascido para o sacerdócio e fosse de família levítica (I Crônicas 6:33-38). É conhecido melhor como o “profeta de oração”. Todos os problemas, então como agora, têm solução diante do trono de Deus.
A vida e as oportunidades de Samuel foram maiores ou menores do que as nossas? O que é que você acha? É difícil responder com segurança. Samuel viveu como jovem em tempos quando a palavra do Senhor era rara (I Samuel 3:1). A vida naquela época não corria no ritmo de hoje em dia, pois Canaã ainda era uma nação agrícola e pastoril. 
Se as suas oportunidades de cultura eram menores do que as nossas, ele deve ser recomendado por tê-las aproveitado para aprender dos rolos antigos, e ter-se tornado um juiz tão fiel. As comunicações e os transportes daquela época e de hoje, são dois mundos diferentes, mas lembre-se de que as cidades da época de Samuel (Silo, Betel, Ramá, Jerusalém, Gibea), estavam a uma distância média de apenas oito a dez quilômetros uma da outra. O seu mundo era menor.

APRENDENDO COM MIRIÃ



AS FACES DO ORGULHO - MIRIÃ SE TORNA UMA LEPROSA

A irmã mais velha de Moisés, Miriã, certamente foi uma das mulheres mais proeminentes da história de Israel

Sua coragem e seu raciocínio rápido ainda estavam atuando quando, ainda garotinha, ofereceu-se para procurar uma ama para a filha de faraó que tinha acabado de encontrar o bebê, Moisés, no carriçal, à beira rio

Logo, ela iria tornar-se uma leal ajudante de seu irmão mais novo enquanto ele encarava muitos desafios com os israelitas durante o êxodo

Corajosamente, Miriã permaneceu ao lado dele e nunca imaginou que poderia ser usada pelo maligno para se opor ao homem enviado por Deus para guiar os hebreus à Terra Prometida

O capítulo 11 do livro de Números relata que Moisés, obedecendo às instruções do Senhor, escolheu 70 anciãos para assistir o povo e julgá-lo

Essa foi a delegação de autoridade que Jetro, seu sogro, anteriormente tinha-lhe orientado

Moisés, cansado de suportar toda a carga do povo, sentiu-se aliviado por outros com quem dividia a responsabilidade. Porém, Miriã, que claramente se enfureceu ao pensar em perder o poder que havia conquistado como sua confidente, começou a atacá-lo

E falaram Miriã e Arão contra Moisés, por causa da mulher cusita, com quem casara; porquanto tinha casado com uma mulher cusita. E disseram: Porventura falou o Senhor somente por Moisés? Não falou também por nós? E o Senhor o ouviu. (Números 12:1-2)

Ela questionou Moisés em alguns assuntos, e a caminhada de Moisés com Deus era mais profunda que a dela. Embora ela ainda fosse uma profetisa no meio do povo e tenha permanecida ao lado do Senhor em muitas questões, ela cometeu o terrível erro de se focar na humanidade de Moisés, seu irmão.

Seu orgulho e seu espírito faltoso a posicionaram contra a autoridade do Todo-Poderoso.

Jesus disse a seus discipulos: Não cuideis que vim trazer a paz à terra; não vim trazer paz, mas espada; Porque eu vim pôr em dissensão o homem contra seu pai, e a filha contra sua mãe, e a nora contra sua sogra; E assim os inimigos do homem serão os seus familiares. (Mateus 10:34-36)

As divergências de opiniões acontecem nas melhores familias. Não é de surpreender que este seja um problema entre associações de homens de Deus. Por ser difícil de ver, no dia-a-dia, o que acontece na vida pessoal com o altíssimo, é mais fácil os colaboradores concentrarem-se na liderança natural. 

Os que estão próximos a pessoas de Deus, quase não dão valor a sua posição, seja ele um líder ou só participante do corpo de Cristo, os familiares ou amigos não dão tão importância

Mateus também disse algo sobre as pessoas mais próximas de Jesus: Não é este o filho do carpinteiro? e não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos Tiago, e José, e Simão, e Judas? E não estão entre nós todas as suas irmãs? De onde lhe veio, pois, tudo isto? E escandalizavam-se nele. Jesus, porém, lhes disse: Não há profeta sem honra, a não ser na sua pátria e na sua casa. E não fez ali muitas maravilhas, por causa da incredulidade deles. (Mateus 13:55-58)

Parece ter havido duas razões para Miriã levantar-se contra Moisés. A primeira era que, como irmã dele, ela tenha sido exaltada na frente de mais de 1 milhão de pessoas. Ter uma posição de honra tão invejada entre o povo afetou sua espiritualidade

Há um antigo ditado popular que diz a seguinte verdade: "o poder corrompe, e o poder absoluto corrompe totalmente".  Por esta razão, Paulo orientou o jovem líder cristão do primeiro século, chamado Timóteo a não colocar pessoas na posição de líderes após ele tão rapidamente:

Porque, se alguém não sabe governar a sua própria casa, terá cuidado da igreja de Deus? );
Não neófito, para que, ensoberbecendo-se, não caia na condenação do diabo.
Convém também que tenha bom testemunho dos que estão de fora, para que não caia em afronta, e no laço do diabo. Da mesma sorte os diáconos sejam honestos, não de língua dobre, não dados a muito vinho, não cobiçosos de torpe ganância; Guardando o mistério da fé numa consciência pura. E também estes sejam primeiro provados, depois sirvam, se forem irrepreensíveis.  (1 Timóteo 3:5-10)

O segundo fator contribuidor para a ação de Miriã contra Moisés pode ser encontrado na seguinte passagem: "Não falou Deus também por nós?" Como profetisa, Miriã, provavelmente, deve ter proferido a Palavra do Senhor em diversas ocasiões

Talvez isso a tenha levado a pensar que ela estava no mesmo patamar que sei irmão mais novo. Ela se orgulhou do dom de profecias, que, ao contrário, deveria ter-lhe trazido modéstia

Moisés não fez nada contra Miriã, apenas ouvia suas afrontas: E era o homem Moisés mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra. (Números 12:3)

Foi a mansidão de Moisés que o segurou de se defender e permitiu que o Todo Poderoso lutasse suas batalhas por ele

O julgamento de Deus foi rápido, Miriã teve o seu castigo por um tempo, ela ficou leprosa:

E logo o Senhor disse a Moisés, a Arão e a Miriã: Vós três saí à tenda da congregação. E saíram eles três. Então o Senhor desceu na coluna de nuvem, e se pôs à porta da tenda; depois chamou a Arão e a Miriã e ambos saíram. E disse: Ouvi agora as minhas palavras; se entre vós houver profeta, eu, o Senhor, em visão a ele me farei conhecer, ou em sonhos falarei com ele. Não é assim com o meu servo Moisés que é fiel em toda a minha casa. Boca a boca falo com ele, claramente e não por enigmas; pois ele vê a semelhança do Senhor; por que, pois, não tivestes temor de falar contra o meu servo, contra Moisés? Assim a ira do Senhor contra eles se acendeu; e retirou-se.

 E a nuvem se retirou de sobre a tenda; e eis que Miriã ficou leprosa como a neve; e olhou Arão para Miriã, e eis que estava leprosa. Por isso Arão disse a Moisés: Ai, senhor meu, não ponhas sobre nós este pecado, pois agimos loucamente, e temos pecado. Ora, não seja ela como um morto, que saindo do ventre de sua mãe, a metade da sua carne já esteja consumida. Clamou, pois, Moisés ao Senhor, dizendo: Ó Deus, rogo-te que a cures. E disse o Senhor a Moisés: Se seu pai cuspira em seu rosto, não seria envergonhada sete dias? Esteja fechada sete dias fora do arraial, e depois a recolham. Assim Miriã esteve fechada fora do arraial sete dias, e o povo não partiu, até que recolheram a Miriã.    (Números 12:4-15

Os arquivos bíblicos mostram que, em outras ocasiões, quando Moisés foi atacado por outras pessoas, o Senhor respondeu destruindo as pessoas completamente! Contudo, nessa situação familiar, tudo que Arão, também irmão de Moisés, recebeu, foi um duro sermão

Miriã, recebeu como punição, uma semana de lepra, a doença incurável da época. Esse é um ótimo exemplo de como Deus age de diferentes maneiras com os salvos e o incrédulos, que se rebelam contra os escolhidos

Miriã, por outro lado, pela misericórdia de Deus, foi disciplinada como uma falha e restaurada ao convivio familiar 

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segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

APRENDENDO COM JOSE (PARTE 13)

O grande reencontro (Genesis. 42)  


Neste capítulo vemos o primeiro encontro de José com seus irmãos após haver passado-se no mínimo vinte anos que o jogaram em um poço e o venderam como escravo. 

Quem diria! Literalmente um encontro somente de José com seus irmãos, porque estes não o reconhecem, visto que eles já tinha 40 anos e agora possuia uma nova identidade egípcia. 


Logo no início lemos a partida de seus irmãos em direção ao Egito como forma de escapar da grande fome que assolava a humanidade. Jacó demonstra novamente seu favoritismo - dessa vez por Benjamim - por crer que este era o seu único filho ainda vivo gerado por sua amada esposa Raquel.

Ao ver seus irmãos diante dele, José deve ter sofrido uma infinidade de emoções contraditórias! Os sonhos que tivera anos antes, o mal que lhe fizeram, o plano do Senhor se cumprindo, desejo de vingança... afinal, a situação se transformou e o destino de seus irmãos está em suas mãos!

No versículo 6, vemos a revelação do sonho de José se cumprindo. Ao dirigir-se à José como "teus servos" (versículo 10), os irmãos confirmam com suas próprias palavras o cumprimento do sonho profético.

José reconhece seus irmãos, porém faz de conta que não os conhecia e os trata com voz dura e ríspida. Com o desenrolar da história, podemos perceber que a real intenção de José era ajudar seus irmãos a pensar sobre a forma como agiram no passado e certificar-se de que agora havia um amor fraternal que não existia antes.

Após esses 20 anos passados, podemos notar aqui pessoas diferentes, totalmente vulneráveis e com um grande sentimento de culpa. É a colheita de sua semeadura.

Durante muito tempo ele deve ter se questionado o por quê de tantas adversidades terem acontecido em sua vida. Agora, enquanto seus irmão questionam o seu próprio futuro, José percebe que o Senhor o colocou naquela posição para que pudesse salvar sua família. 


No versículo 24, José retira-se e chora. Coloca em ordem seus pensamentos e ordena que seus 9 irmãos voltem para casa e tragam Benjamim, seu irmão mais novo. Benjamim foi um instrumento para induzir o arrependimento no coração de seus irmãos.

? Em que ocasião você colheu as consequências dos seus atos? O medo já o aproximou de Deus alguma vez? O que foi tirado de bom desse seu medo?

O que você está plantando HOJE? Lembre-se que a semeadura de hoje é a colheita de amanhã!!

APRENDENDO COM EZEQUIEL (PARTE 1)

O Atalaia de Israel


O livro de Ezequiel é um exemplo fascinante da riqueza da literatura bíblica. Escrito num período de crise nacional, este livro ofereceu esperança a um povo que enfrentava o desespero do aparente abandono por Deus. 


Ao mesmo tempo, o profeta usado por Deus para transmitir esta mensagem encarava suas próprias crises. Usando linguagem rica e ilustrativa, Ezequiel desafia o povo de Israel a aprender as lições da sua história, enfatizando a necessidade da fidelidade a Deus para conseguir a restauração da comunhão com o Senhor.

Este profeta olhava além do estado sofrido dos exilados para ver o reino glorioso sob o domínio de Deus.

Ezequiel foi escolhido como atalaia ou vigia para alertar o povo sobre os perigos do pecado. Este livro reúne elementos biográficos com cenas dramáticas e mensagens apocalípticas. Este profeta vivia entre os israelitas levados ao cativeiro na Babilônia. As datas no seu livro usam como ponto de referência o cativeiro de Joaquim, rei de Judá levado à Babilônia em 597 a.C. É provável que Ezequiel fosse levado ao mesmo tempo.

As profecias deste sacerdote foram feitas ao longo de mais de 20 anos, de 593 a 571 a.C. Durante este tempo, Nabucodonosor II reinou na Babilônia. Ele foi responsável pelas deportações dos judeus de Jerusalém (605, 597 e 585 a.C.) e pela destruição do templo e da cidade em 586 a.C.

Este profeta veio de uma família sacerdotal e, se estivesse em Jerusalém, teria participado do trabalho no templo. Um aspecto importante do seu trabalho foi explicar que o templo construído por Salomão menos de quatro séculos antes seria destruído por determinação divina. 


Seu trabalho complementa as missões dos seus contemporâneos, Jeremias e Daniel, e fornece linguagem empregada mais de 600 anos depois no livro do Apocalipse.

Na leitura de Ezequiel, encontramos temas e profecias importantes:

Capítulos 1 a 7 descrevem o início da missão de Ezequiel, e frisam sua posição, dada por Deus, como vigia de Israel.

Capítulos 8 a 15 apresentam, de maneira inesquecível, a mensagem triste de que Deus não habitaria mais no templo em Jerusalém devido à rebeldia constante do povo.

Capítulos 16 a 20 frisam o amor de Deus para com seu povo rebelde, mostrando seu desejo de salvar todos!

Capítulos 20 a 24 contêm figuras dramáticas da corrupção espiritual que traria sobre o povo a ira de Deus.

Capítulos 25 a 32 e 35 comunicam profecias sobre outras nações ao redor de Judá.

Capítulos 33 e 34 revelam vários dos motivos pelo castigo do povo, especialmente culpando os líderes religiosos corruptos.

Capítulos 36 a 39 asseguram Israel da intenção do Senhor de restaurar seu povo e protegê-lo contra inimigos.

Capítulos 40 a 48 utilizam figuras do sistema do Antigo Testamento para descrever o reino de Cristo e a bênção da comunhão com ele.

O estudo de Ezequiel nos oferece o privilégio de ver a vontade de Deus desdobrar por meio de imagens dramáticas apresentadas por este profeta. Este profeta remove o véu para revelar a justiça de um Deus que se preocupa com seus servos e que continua reinando sobre os assuntos humanos.

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APRENDENDO COM PAULO (PARTE 11)


PAULO E A CARTA: 2 Timóteo 1:1-18

Paulo envia duas cartas ao seu fiel companheiro de ministério


Esta segunda epístola, muito diferente da primeira, enfoca um tempo de ruína em que o apóstolo, prisioneiro, ao final de sua carreira, assiste à rápida decadência do testemunho pelo qual tanto havia trabalhado. 

Mas Deus valeu-se desses progressos do mal, já visíveis no tempo dos apóstolos, para nos dar esta carta, que mostra o caminho a seguir e os recursos da fé nos "tempos difíceis", como são os nossos hoje em dia (3:1).

Tenha ânimo, escreve Paulo a seu "amado filho", não te deixes assustar! 


O que possuímos está fora do alcance do Inimigo; está protegido pelo poder de Deus, o Pai, o Filho e o Espírito Santo. 

Este permanece um Espírito de poder, amor e conselho e "habita em nós" (v. 14; João 14:17). 

"Nosso Salvador Cristo Jesus" não mudou. 

Sua vitória sobre a morte foi lograda para a eternidade (v. 10).


Toda a fonte exterior de ajuda fracassa e a fé é levada a descansar só no Senhor (v. 12; Salmo 62:1).

A fidelidade de cada um é colocada à prova não quando tudo vai bem, mas quando tudo vai mal (ver Filipenses 2:22).

Na adversidade, muitos abandonaram ao apóstolo (v. 15), enquanto um devotado irmão, Onesíforo, o visitou na prisão. 


Este fazia parte daqueles misericordiosos a quem será concedida misericórdia (v. 18; Mateus 5:7 e 25:36b).

Paulo percebe que na sua caminhada, ele encontra quem colabora com o Evangelho e quem atrapalha, quem o ama de verdade e quem o esquece, mas em tudo Paulo não desistiu dos caminhos de Deus

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