terça-feira, 22 de novembro de 2016

APRENDENDO COM JESUS

JESUS E NATANAEL
Vem e vê

Filipe encontrou Natanael e lhe disse: “Achamos aquele de quem Moisés escreveu na lei, e a quem se referiram os profetas, Jesus, o Nazareno, filho de José. Perguntou-lhe Natanael: de Nazaré pode sair alguma coisa boa? Respondeu-lhe Filipe: Vem e vê” (João 1:45-46). Vem e vê foi o convite de Filipe, é o convite do Senhor e é nosso convite àqueles perdidos no pecado.

Naturalmente, esperamos ver alguma coisa antes de acreditar. Deus não nos pede que acreditemos sem evidência. Se alguém “vier ver” Jesus através das páginas da divina revelação, ele crerá, como Natanael, que Jesus de Nazaré é o Filho de Deus, o Rei de Israel.

“Vem e vê”

Quando Natanael concordou em vir, ele não tinha grandes expectativas sobre o que ele iria ver. Seu comentário sobre Nazaré pode não ter sido de desprezo, mas provavelmente um comentário indicando a falta de quaisquer afirmações a respeito de Nazaré nas profecias messiânicas. Podemos começar a entender sua surpresa quando ele foi apresentado ao Filho de Deus, o Rei de Israel. Ele esperava tão pouco e encontrou tanto.

Jesus de Nazaré era o Verbo que era Deus e estava com Deus (João 1:1), e se tinha tornado carne para que o homem pudesse ver a glória de Deus (João 1:14). Séculos antes, Moisés disse a Deus, “Rogo-te que me mostres a tua glória” (Êxodo 33:18). Mas para que ele não morresse, Deus colocou Moisés na entrada da rocha e cobriu-o com sua mão enquanto passava. Quando acabou de passar, Deus retirou sua mão e permitiu que Moisés visse as suas costas (Êxodo3:20-23). Deus não se revelou plenamente a Moisés, mas em Jesus de Nazaré a revelação foi completa.

Em um sonho foi revelado a José que o filho de Maria seria Emanuel, “Deus conosco” (Mateus 1:23). Em outra ocasião, Filipe disse a Jesus, “ mostra-nos o Pai,” e Jesus lhe disse, “Filipe, há tanto tempo estou convosco, e não me tens conhecido? Quem me vê a mim vê o Pai; como dizes tu: Mostra-nos o Pai?” (João 14:8-9).

Hoje somos convidados a “vir e ver” Jesus de Nazaré através das páginas da santa palavra de Deus. Se alguém der apenas uma honesta olhada à narração da testemunha ocular de sua vida e ensinamento, sua morte, sepultamento e ressurreição, ele ficará face-a-face com o Filho de Deus, o Rei de Israel.

“Eu te vi”

Quando Jesus viu Natanael chegando, ele fez uma afirmação a respeito do caráter de Natanael, “Eis um verdadeiro israelita, em quem não há  dolo!” (João 1:47). Quando Natanael perguntou a Jesus como ele o conhecia, Jesus respondeu: “Antes de Filipe te chamar, eu te vi, quando estavas debaixo da figueira” (João 1:48). 

Jesus sabia tudo a respeito de Natanael, seus atos e seu coração. A mulher samaritana, também impressionada pela onisciência de Jesus, entrou na cidade e disse aos homens, “Vinde comigo e vede um homem que me disse tudo quanto tenho feito...” (João 4:29).

Como Jesus sabia tanto sobre Natanael e a mulher samaritana? É porque Deus sabe todas as coisas. Ele sabe tudo sobre mim e sabe tudo sobre você. De fato, nada há que possamos esconder dele. Senhor, tu me sondas e me conheces. Sabes quando me assento e quando me levanto; de longe penetras os meus pensamentos. Esquadrinhas o meu andar e o meu deitar e conheces todos os meus caminhos. Ainda a palavra não me chegou à língua, e tu, Senhor, já a conheces toda.... Para onde me ausentarei do teu Espírito?” (Salmo 139:1-4,7). Ele nos vê.

“Maiores coisas do que estas verás”

Natanael, convencido pela demonstração de divina onisciência, exclamou para Jesus, “Mestre, tu és o Filho de Deus, tu és Rei de Israel!” (João 1:49). Jesus disse a Natanael, “Pois maiores coisas do que estas verás.... Em verdade, em verdade vos digo que vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem” (João 1:50-51).

Natanael tinha visto bastante para convencê-lo de que Jesus era o Filho de Deus. Coisas ainda maiores seriam vistas por Natanael. Ele veria o cumprimento da eterna vontade de Deus para a redenção do homem através deste Jesus de Nazaré.

Num sonho, o patriarca Jacó viu posta na terra uma escada cujo topo atingia o céu; e os anjos de Deus subiam e desciam por ela” (Gênesis 28:12). O Senhor estava acima dela e disse, “Eu sou o Senhor, Deus de Abraão, teu pai, e Deus de Isaque. A terra em que agora estás deitado eu ta darei, a ti, e à tua descendência. A tua descendência será como o pó da terra; estender-te-ás para o Ocidente e para o Oriente, para o Norte e para o Sul. Em ti e na tua descendência serão abençoadas todas as famílias da terra” (Gênesis 28:13-14). 

Quando Jacó acordou, disse: “Na verdade, o Senhor está neste lugar, e eu não o sabia. E, temendo, disse: Quão temível é este lugar! É a Casa de Deus, a porta dos céus” (Gênesis 28:16-17).

A escada, ou escadaria, no sonho de Jacó, está entre o céu e a terra. É o que permite o acesso do céu à terra e o acesso da terra ao céu. Na afirmação de Jesus a Natanael, o Filho do Homem é Jesus. É um nome que Jesus aplicou a si mesmo muitas vezes. Jesus disse que ele, o Filho do Homem, é aquele que: subiria (João 3:13-14), julgaria (João 5:27), daria vida eterna (João 6:27,53) e seria glorificado (João 12:23).

Anjos são os mensageiros de Deus subindo e descendo. Subindo com relatos de seu reconhecimento terrestre (Zacarias 1:11) e descendo para executar a vontade de Deus. O que é que permite a Deus cumprir sua vontade? É a obra de Jesus Cristo, seu Filho. A promessa de Deus de abençoar Abraão, Isaque, Jacó e todas as famílias da terra estava na “semente” e esta semente é Cristo (Gálatas 3:16). A obra de Cristo é de mediação. Ele é a ponte entre Deus e o homem, céu e terra.

Jesus disse a Natanael que ele veria o céu aberto (João 1:51). Os patriarcas “morreram na fé, sem ter obtido as promessas; vendo-as, porém, de longe” (Hebreus 11:13). Com respeito à salvação, os profetas “indagaram e inquiriram...investigando atentamente...” (1 Pedro 1:10-11) dando de “antemão testemunho sobre os sofrimentos referentes a Cristo, e sobre as glórias que os seguiriam” (1 Pedro 1:11). 

Natanael veria o dia quando os homens poderiam chegar portanto, confiadamente, junto ao trono da graça” para que possam achar “graça para socorro em ocasião oportuna” (Hebreus 4:16).

Os sinais miraculosos, testemunhados pelos homens no primeiro século, foram verdadeiramente admiráveis e maravilhosos, criando fé. Mas, há “coisas maiores”. A ênfase não é no sinal, mas no que o sinal está apontando. “Na verdade, fez Jesus diante dos discípulos muitos outros sinais que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram registrados para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” (João 20:30-31).

Se viermos e virmos,” nós, como Natanael, poderemos vir a crer que Jesus é o Filho de Deus. E, crendo, veremos “coisas maiores”. Veremos que o Filho abriu o céu e que podemos ter vida em seu nome. 

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quarta-feira, 9 de novembro de 2016

APRENDENDO COM NEEMIAS (PARTE 5)

APRENDENDO COM NEEMIAS

Ahistória de Neemias também ocorreu num tempo em que a nação de Israel já não mais existia como entidade política, mas como remanescente espalhado por terras estrangeiras. 
Porém Deus, como sempre, seria fiel às Suas promessas da aliança, mesmo que as pessoas tivessem falhado em cumprir sua parte.
Leia Neemias 1. Veja o contexto da oração de Neemias? Ele ficou preocupado com a falta de proteção de seu povo que havia voltado do cativeiro
Pela graça do rei, foi dada a Neemias permissão para retornar e reconstruir Jerusalém. Quando retornou, Neemias passou os primeiros dias simplesmente observando. 
Ele tentou examinar a cidade à noite, mas as pilhas de entulho eram tão grandes que ele não conseguiu ir muito longe (Neemias 2:14). 
Então, ele foi para o lado de fora dos muros, com o fim de examiná-los a partir dali (Neemias 2:15).
Leia Neemias 2:16-18
Veja como Neemias convenceu os líderes a começar a trabalhar em algo que eles haviam considerado impossível - O que esse líder poderia ensinar à nossa igreja hoje?
Para Deus não existe nada impossível - Neemias confiava em Deus
Embora Neemias, a princípio, não tivesse dito aos líderes por que tinha vindo, algumas pessoas não estavam felizes e fizeram tudo o que podiam para impedir que fosse realizada qualquer obra para melhorar Jerusalém (Neemias 2:10, 19, 20). 
Quando começou a obra de reparo dos muros (Neemias 3), esses oficiais estrangeiros “[arderam] em ira, e se [indignaram] muito” (Neemias 4:1), além de zombar desses esforços (v. 2, 3). Quando viram que o povo de Deus estava levando a sério o trabalho (v. 6), ficaram irados e planejaram um ataque (v. 7, 8).
Teria sido muito fácil os israelitas recuarem; contudo, apesar de todo tipo de maquinação contra seu trabalho, eles persistiram. 
Confiando em Deus, Neemias cuidou da reconstrução do muro e deixou as ameaças dos inimigos nas mãos dEle (Neemias 6:14, 15).
Todos enfrentamos obstáculos. Como saber quando recuar e quando continuar? Peça direção a Deus, assim como Neemias, que sempre orava pedindo uma direção segura a Deus e nunca desistiu de seu sonho de restaurar os muros de Jerusalém e por estar no propósito de Deus de abençoar Seu povo, Neemias colheu bons resultados apesar das muitas adversidades pelo caminho, que qualquer um que não estivesse confiante em Deus teria desistido
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APRENDENDO COM RUTE (PARTE 3)



Em vez de falar sobre grandes exércitos inimigos que ameaçavam o povo de Deus, a história de Rute fala sobre algo menor: uma família que estava quase sendo extinta pela morte mas que, em vez disso, foi reavivada. 
Não é de surpreender que a terra de Judá tivesse sofrido fome durante o tempo dos juízes (Rute 1:1Deuteronomio 28:4832:24; ver também Juizes 17:621:25). 
Isso era um sinal de que o povo da aliança havia abandonado a Deus. O pecado e a rebelião haviam reduzido a terra que manava leite e mel a uma vasilha estéril cheia de poeira. 
Mas, no livro de Rute, Deus havia “visitado” a terra e devolvido a ela a vida, “dando-lhe pão” novamente (Rute 1:6).
Quando Elimeleque, sua esposa Noemi e seus dois filhos foram inicialmente para Moabe, fizeram isso porque desejavam alguma esperança para o futuro. 
A terra do inimigo deu um alívio temporário mas, depois que o marido e os dois filhos morreram, Noemi decidiu finalmente voltar para casa.
Rute desejou ir com Noemi
Rute era de uma nação inimiga que, em muitas ocasiões, havia tentado destruir Israel, mas ela escolheu se identificar com o povo de Israel e adorar o seu Deus. 
Além disso, ela encontrou favor em sua terra adotiva, não apenas da parte de Boaz (Rute 2:10), mas também da parte das pessoas que ficaram sabendo a seu respeito (Rute 2:11). 
Boaz tinha certeza de que ela também havia encontrado favor aos olhos de Deus (Rute 2:12) e, levando sua admiração por ela um passo adiante, concordou em se casar com ela (Rute 3:10, 11). 
Contudo, havia um parente mais chegado que Boaz, o qual teria direito à terra do falecido caso se casasse com Rute. Porém, o parente mais próximo não estava interessado em outra esposa porque isso complicava seus planos financeiros (Rute 4:6). 
Nessa altura, a assembleia de testemunhas abençoou Rute, comparando-a às grande mulheres da história de Israel (Rute 4:11, 12), o que se cumpriu quando ela se tornou uma ascendente do Messias (Rute 4:13, 17Mateus 1:5, 6).
Realmente essa é uma história do tipo “e viveram felizes para sempre”. 
Infelizmente, não há muitas dessas na Bíblia e, é claro, não há muitas dessas na vida real. 
Contudo, nisso também podemos ver como, apesar das flutuações da vida, a vontade de Deus prevalecerá no final. Essa é uma boa notícia para todos os que O amam e confiam nEle. 
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APRENDENDO COM SANSÃO (PARTE 7)

As linhas de batalha entre o bem e o mal ficaram indistintas na história de Sansão. O início de sua vida foi impressionante, com o anúncio do Anjo do Senhor de que ele devia ser nazireu desde o nascimento. 
O Anjo instruiu os pais de Sansão sobre a preparação para receber aquele bebê especial. 
Foi dito à mãe que não bebesse álcool nem ingerisse comidas proibidas (Juizes 13:4, 13, 14; ver também Levitico 11). 
Deus, na verdade, tinha planos especiais para Sansão; infelizmente, as coisas não foram tão bem como poderiam ter sido.
“Exatamente quando estava se tornando adulto, época em que deveria executar sua missão divina, ocasião em que, mais do que em todas as outras, deveria ser fiel a Deus, Sansão se ligou aos inimigos de Israel. 
Não procurou saber se poderia glorificar mais a Deus estando unido ao objeto de sua escolha, ou se estava colocando-se em posição em que não poderia cumprir o propósito a ser realizado pela sua vida.
A todos os que em primeiro lugar procuram honrá-Lo, Deus prometeu sabedoria; mas não há promessa para aqueles que se inclinam a agradar a si mesmos” 
Leia Juízes 14:1-4
Como é possível que Deus tenha usado a fraqueza de Sansão em relação às mulheres como “uma oportunidade para atacar os filisteus”? (versiculo 4)
Sansão “atacou” os filisteus de várias formas, sempre como uma irada reação a desfeitas pessoais. Primeiro matou 30 homens e levou as vestes deles para sua festa de casamento a fim de pagar uma dívida (Juizes 14:19). 
Depois destruiu as colheitas deles, quando sua esposa foi dada em casamento ao seu padrinho (Juizes 14:2015:1-5). 
A seguir, Sansão matou muitas pessoas como vingança pelo fato de que os filisteus tinham matado sua esposa e o pai dela (Juizes 15:6-8). 
Quando os filisteus tentaram se vingar desse ato (Juizes 15:9, 10), ele matou mil homens com a queixada de um jumento (Juizes 15:14, 15). 
Por fim, derrubou o templo deles e matou três mil pelo fato de que eles o haviam cegado (Juízes 16:21, 28, 30).
Sansão se deu mal no final, foi humilhado e morreu cego, não deveríamos voltar pra Deus antes que seja tarde demais? 
É interessante, mesmo desobediente e longe de Deus, o Senhor usou Sansão para Seus propósitos, eliminou os inimigos de Israel. Iso porva que apesar de nossa desobediência, os plnaos de Deus não podem ser frutrados

Pense agora neste herói cheio de falhas. Há bem pouca coisa em Sansão que deveríamos imitar, embora ele seja mencionado em Hebreus 11:32 junto com alguns personagens importantes da fé. 

Obviamente, a história vai além do que se pode ver. Pense no que Deus poderia ter feito com Sansão se ele tivesse obedecido em tudo.

 E o que dizer de nós? Quanta coisa mais poderíamos fazer se estivéssemos vivendo à altura de nosso potencial?

APRENDENDO COM SAMUEL (PARTE 4)

“Embora [Eli] o sacerdote no tempo dos juízes que governavam Israel, tivesse sido designado para governar o povo, não governava a própria casa. 
Eli era um pai indulgente. Amando a paz e a comodidade, não exercia sua autoridade para corrigir os maus hábitos e paixões de seus filhos. 
Em vez de discutir com eles ou castigá-los, submetia-se à sua vontade e os deixava seguir seu próprio caminho”
Em contraste com eles, vemos um menino vestido como sacerdote (1Sm 2:18, 19) que, como Jesus, “crescia em estatura e no favor do Senhor e dos homens” (1Sm 2:26Lc 2:52). 
Samuel prosseguiu até tornar-se um poderoso e fiel líder em Israel. “Todo o Israel, desde Dã até Berseba, conheceu que Samuel estava confirmado como profeta do Senhor” (1Sm 3:20).
Isso não significa, entretanto, que tudo correu bem. A nação enfrentou uma invasão filisteia e os dois filhos de Eli foram mortos; os filisteus capturaram a arca de Deus, e Eli, que estava com 98 anos, morreu quando ouviu a notícia (1Sm 4:14-18).
Infelizmente, Samuel enfrentaria o mesmo problema de Eli: filhos que não seguiram suas pegadas de lealdade e fidelidade (1Sm 8:1-7).
Samuel marcou um ponto de transição na história do povo de Deus. Ele foi o último dos juízes e uma figura importante na nação. 
Sua influência estável guiou o povo num momento crítico. É lamentável que seus filhos não tenham seguido seus passos, mas Deus não depende de dinastias humanas. 
Como resultado da apostasia deles, os anciãos exigiram um rei, o que não foi a melhor decisão, como os futuros séculos da História revelariam. 

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terça-feira, 8 de novembro de 2016

APRENDENDO COM PEDRO (PARTE 11)

APRENDENDO COM OS ERROS DE PEDRO


Pedro era um dos doze discipulos de Jesus. Ele andou com o Senhor por três anos e se tornou um dos seus mais íntimos. Adquiriu experiências tremendas como andar sobre as águas e ver Jesus transfigurado e cheio de glória. Entretanto, houve um momento de grande crise em sua vida espiritual, quando ele praticamente desviou-se da fé, negando que seguia a Cristo e que o conhecia. E como terminou esse capítulo da sua história? “Pedro chorou amargamente”.


Quando alguém que conheceu a Deus esfria espiritualmente e se afasta do caminho, sofre consequências que podem ser irreversíveis. É por isso que a Palavra nos alerta: “Aquele que está de pé, cuide que não caia”. Sobretudo, a queda de um verdadeiro cristão quase nunca acontece de repente. Ela é resultado de um processo, uma sucessão de brechas que vão sendo dadas até o golpe final do inimigo. Vamos observar o que levou Pedro ao abismo, para não seguirmos seus passos...


1º DESATENÇÃO AOS ALERTAS DE DEUS - Lucas 22:31-32 - Jesus avisou a Pedro sobre a guerra espiritual que se aproximava, mas ele não deu importância. Esse foi seu primeiro erro... Muitas vezes o Senhor nos alerta através da palavra, de nossos líderes, de pessoas proximas de nós, que estamos entrando num caminho perigoso ou correndo riscos. E tambem quando menosprezamos o poder do inimigo ou do pecado, ficamos vulneráveis (II Coríntios 2:10b-11) (I Pedro 5:8)


2º EXCESSO DE AUTOCONFIANÇA - Lucas 22:33 - Mesmo diante dos alertas do Senhor, Pedro confiou em si mesmo. Ele se sentia melhor que os outros. Ele disse: “Ainda que todos estes te neguem, eu nunca te negarei” (Mateus 26:33). Ao invés de se humilhar e depender da graça, ele confiou na sua carne e acabou sendo traído por ela. Nunca devemos confundir fé com autoconfiança. (Provérbios 16:8) (Jeremias 17:5-7)


3º INDIFERENÇA NA ORAÇÃO - Lucas 22:39-46 - Orar é um exercício fundamental na vida do cristão. Em tempos de crise e tentação, ainda mais. Quando oramos, demonstramos nossa dependência de Deus, nos sujeitamos a Ele e quebramos o poder da nossa carne... Jesus mandou que seus discípulos orassem para não serem expostos à tentação, mas eles dormiram (cederam ao cansaço). Foram negligentes e não perceberam o perigo que se aproximava. Esse foi um dos motivos pelos quais Pedro caiu (Mateus 26:41) (Tiago 4:7)


4º TENTATIVA DE LUTAR COM ARMAS CARNAIS - Lucas 22:47-51 - Pedro, ao ver Jesus sendo preso, cortou a orelha de um soldado com uma espada. Ele achou que a violência seria uma arma adequada e Jesus o repreendeu por isso... Quando estamos numa crise, pioraremos a situação se usarmos armas carnais (violência, agressividade, mentira, ironia, vingança, etc...). A única forma de sermos vencedores é termos atitudes espirituais (a oração, a comunhão com os irmãos, a cobertura dos nossos líderes, o jejum e confissão da Palavra de Deus) (II Coríntios 10:4) (Gálatas 6:8)


5º DISTANCIAMENTO DE JESUS - Lucas 22:54 - Seguir Jesus de longe é uma grande armadilha para muitos cristãos. Eles começam euforicos, comprometidos, apaixonados... mas num determinado momento passam a dar lugar à frieza. Não oram mais, não leem a Palavra, faltam à maioria dos cultos e, quando, exortados, dizem que está tudo bem. Não sabem, porém, que caminham perigosamente para longe de Deus (Apocalipse 2:4-5)


6º EXPOSIÇÃO A RELACIONAMENTO ERRADOS - Lucas 22:55-60 - Precisamos nos relacionar com aqueles que não servem a Deus, para servi-los e dar testemunho do Evangelho. Porém, para isso precisamos estar firmes na fé. Em tempos de crise, é perigoso nos distanciar dos irmãos e se expor a ambientes e pessoas que não amam a Deus. Foi isso que Pedro fez. Num momento de intensa guerra espiritual, ele buscou a roda dos escarnecedores e foi ali que ele caiu (Salmos 1:1) (Provérbios 2:11-20)


7º ENTREGA À ACUSAÇÃO E NÃO AO ARREPENDIMENTO - Lucas 22:61-62 - Há uma grande diferença entre arrependimento e remorso. O arrependimento é fruto de uma ação de Deus, nos mostrando que erramos e nos chamando a um conserto. O remorso vem pela acusação do inimigo. Pedro, ao perceber que havia negado Jesus, submeteu-se à acusação e, ao invés de juntar-se aos irmãos, confessar seu pecado e retomar a fé, entregou-se ao choro amargo e buscou o isolamento. Isso quase o destruiu espiritualmente (II Coríntios 7:10) (Tiago 5:16)

Depois de alcançar o perdão atraves do arrependimento genuíno, Pedro se tornou um dos personagens mais importantes da nossa historia como igreja. Então se você está andando nesses passos, atente pra voltar atrás e rever aquilo que te afastou do caminho certo. Há tempo ainda! Deus espera por uma atitude corajosa sua.

APRENDENDO COM JACÓ (PARTE 5)

Jacó é descendente de Isaque, o filho de Abraão. Era o filho da promessa feita por Deus ao patriarca da fé.

E estas são as gerações de Isaque, filho de Abraão: Abraão gerou a Isaque;
E era Isaque da idade de quarenta anos, quando tomou por mulher a Rebeca, filha de Betuel, arameu de Padã-Arã, irmã de Labão, arameu.
E Isaque orou insistentemente ao Senhor por sua mulher, porquanto era estéril; e o Senhor ouviu as suas orações, e Rebeca sua mulher concebeu.
E os filhos lutavam dentro dela; então disse: Se assim é, por que sou eu assim? E foi perguntar ao Senhor.
E o Senhor lhe disse: Duas nações há no teu ventre, e dois povos se dividirão das tuas entranhas, e um povo será mais forte do que o outro povo, e o maior servirá ao menor.
E cumprindo-se os seus dias para dar à luz, eis gêmeos no seu ventre.
E saiu o primeiro ruivo e todo como um vestido de pêlo; por isso chamaram o seu nome Esaú.
E depois saiu o seu irmão, agarrada sua mão ao calcanhar de Esaú; por isso se chamou o seu nome Jacó. E era Isaque da idade de sessenta anos quando os gerou.
Gênesis 25:19-26

Isaque tinha 40 anos quando casou-se com Rebeca. Por 20 anos Isaque orou ao Senhor para ter um filho, pois sua mulher era estéril

Um certo dia ficou grávida, eram gemêos, a gravidez foi difícil, sua esposa ficou perturbada, os filhos se agitavam dentro dela

O primeiro que nasceu foi Esaú, seguindo ele veio Jacó com a mão no calcanhar do seu irmão. Os dois nasceram ao mesmo tempo, quem apareceu primeiro se tornou o primogênito

Esaú se torna caçador, aventureiro e jacó um pacto cidadão, caseiro, sempre perto da sua mãe

E cresceram os meninos, e Esaú foi homem perito na caça, homem do campo; mas Jacó era homem simples, habitando em tendas.
E amava Isaque a Esaú, porque a caça era de seu gosto, mas Rebeca amava a Jacó.
Gênesis 25:27,28

Isaque amava Esaú porque saboreava da sua caça sempre e Rebeca amava Jacó que sempre estava por perto

Começa o engano, começa a encrenca:

E Jacó cozera um guisado; e veio Esaú do campo, e estava ele cansado;
E disse Esaú a Jacó: Deixa-me, peço-te, comer desse guisado vermelho, porque estou cansado. Por isso se chamou Edom.
Então disse Jacó: Vende-me hoje a tua primogenitura.
E disse Esaú: Eis que estou a ponto de morrer; para que me servirá a primogenitura?
Então disse Jacó: Jura-me hoje. E jurou-lhe e vendeu a sua primogenitura a Jacó.
E Jacó deu pão a Esaú e o guisado de lentilhas; e ele comeu, e bebeu, e levantou-se, e saiu. Assim desprezou Esaú a sua primogenitura.
Gênesis 25:29-34

Vemos aqui que Jacó estava focado nas promessas, na herança dos pais, nas coisas de Deus, mais zeloso, mais amoroso, mais família, mais centrado, mais responsável

Esaú estava disperso, individualista, pensando em si mesmo, desprezando as promessas, distraído, sem expectativas quanto ao seu futuro

A benção da primogenitura significa muito, o filho mais velho tinha direito em 75% da herança dos pais quando morrerem

O caráter de Jacó era agradável a Deus, homem zeloso com a família, responsável, disciplinado

O caráter de Esaú ainda estava bem distante de agradar a Deus, individualista, egoísta, aventureiro, egocêntrico, propenso a pecar com facilidade

Isaque envelhece, chama para perto os filhos e como amava mais a Esaú, seu desejo era abençoá-lo grandemente

E aconteceu que, como Isaque envelheceu, e os seus olhos se escureceram, de maneira que não podia ver, chamou a Esaú, seu filho mais velho, e disse-lhe: Meu filho. E ele lhe disse: Eis-me aqui.
E ele disse: Eis que já agora estou velho, e não sei o dia da minha morte;
Agora, pois, toma as tuas armas, a tua aljava e o teu arco, e sai ao campo, e apanha para mim alguma caça.
Gênesis 27:1-3

Os propósitos de Deus são diferente - Deus conhece o coração de Jacó - Deus amava mais a Jacó

Isaque chama primeiro a Esaú e lhe pede uma última caça: E faze-me um guisado saboroso, como eu gosto, e traze-mo, para que eu coma; para que minha alma te abençoe, antes que morra.
Gênesis 27:4

Rebeca escuta toda a conversa e bola um plano para que Jacó seja o filho abençoado pela benção da primogenitura

No coração de Rebeca, Jacó era o homem certo para ser abençoado, o coraçã ode uma mãe é igual ao de Deus, ela conhece como ninguém as virtudes de um bom filho

A Bíblia não cita Esaú como sendo um filho de confiança, próximo da mãe, com certeza, eles tinham uma relação fria e distante, sem amor e sem dedicação um para com o outro, ao contrário de Jacó, que pelo relato, sempre amável com sua mãe

E Rebeca escutou quando Isaque falava ao seu filho Esaú. E foi Esaú ao campo para apanhar a caça que havia de trazer.
Então falou Rebeca a Jacó seu filho, dizendo: Eis que tenho ouvido o teu pai que falava com Esaú teu irmão, dizendo:
Traze-me caça, e faze-me um guisado saboroso, para que eu coma, e te abençoe diante da face do Senhor, antes da minha morte.
Agora, pois, filho meu, ouve a minha voz naquilo que eu te mando:
Vai agora ao rebanho, e traze-me de lá dois bons cabritos, e eu farei deles um guisado saboroso para teu pai, como ele gosta;
E levá-lo-ás a teu pai, para que o coma; para que te abençoe antes da sua morte.
Gênesis 27:5-10

Jacó é instigado pela sua mãe a cometer uma mentira, ele fica com medo de ser amaldiçoado, mas confia em Rebeca, aceita o plano de enganar seu pai

Então disse Jacó a Rebeca, sua mãe: Eis que Esaú meu irmão é homem cabeludo, e eu homem liso;
Porventura me apalpará o meu pai, e serei aos seus olhos como enganador; assim trarei eu sobre mim maldição, e não bênção.
E disse-lhe sua mãe: Meu filho, sobre mim seja a tua maldição; somente obedece à minha voz, e vai, traze-mos.
E foi, e tomou-os, e trouxe-os a sua mãe; e sua mãe fez um guisado saboroso, como seu pai gostava.
Depois tomou Rebeca os vestidos de gala de Esaú, seu filho mais velho, que tinha consigo em casa, e vestiu a Jacó, seu filho menor;
E com as peles dos cabritos cobriu as suas mãos e a lisura do seu pescoço;
E deu o guisado saboroso e o pão que tinha preparado, na mão de Jacó seu filho.
E foi ele a seu pai, e disse: Meu pai! E ele disse: Eis-me aqui; quem és tu, meu filho?
Gênesis 27:11-18

Jacó tem o coração bom, mas, inclinado a tirar vantagens da vida, a mentir, enganar, a obter promoções com mais facilidade, um aspecto bem comum a todo ser humano

Jacó fez tudo como a sua mãe lhe disse, tudo premeditado para que ele pudesse ser favorecido com a benção da primogenitura

Estava certo que Esaú havia vendido a sua primogenitura por um prato de lentilha na hora que a fome apertou, no calor do momento, sendo assim, Jacó também no calor da situação resolve enganar seu pai, e tudo há consequencias...

Chega uma hora que a vida nos cobra, se enganamos alguém hoje, amanhã alguém nos engana, e a própria vida nos dá as respostas duras para todos os nossos atos, sejam eles premeditados ou não

Jacó até teve um pouco de receio em enganar seu pai, mas era a única maneira de obter as benção:

E Jacó disse a seu pai: Eu sou Esaú, teu primogênito; tenho feito como me disseste; levanta-te agora, assenta-te e come da minha caça, para que a tua alma me abençoe.
Então disse Isaque a seu filho: Como é isto, que tão cedo a achaste, filho meu? E ele disse: Porque o Senhor teu Deus a mandou ao meu encontro.
E disse Isaque a Jacó: Chega-te agora, para que te apalpe, meu filho, se és meu filho Esaú mesmo, ou não.
Então se chegou Jacó a Isaque seu pai, que o apalpou, e disse: A voz é a voz de Jacó, porém as mãos são as mãos de Esaú.
E não o conheceu, porquanto as suas mãos estavam cabeludas, como as mãos de Esaú seu irmão; e abençoou-o.
E disse: És tu meu filho Esaú mesmo? E ele disse: Eu sou.
Então disse: Faze chegar isso perto de mim, para que coma da caça de meu filho; para que a minha alma te abençoe. E chegou-lhe, e comeu; trouxe-lhe também vinho, e bebeu.
E disse-lhe Isaque seu pai: Ora chega-te, e beija-me, filho meu.
E chegou-se, e beijou-o; então sentindo o cheiro das suas vestes, abençoou-o, e disse: Eis que o cheiro do meu filho é como o cheiro do campo, que o Senhor abençoou;
Assim, pois, te dê Deus do orvalho dos céus, e das gorduras da terra, e abundância de trigo e de mosto.
Sirvam-te povos, e nações se encurvem a ti; sê senhor de teus irmãos, e os filhos da tua mãe se encurvem a ti; malditos sejam os que te amaldiçoarem, e benditos sejam os que te abençoarem.
Gênesis 27:19-29

Jacó queria ser abençoado, mesmo cometendo enganos e tirando vantagens da situação. Deus permitiu? Sim. O alvo de Jacó era ser abençoado a qualquer custo, isso marcou a vida dele

Com o tempo ele precisava se acertar, as conseuqencias ruíns vieram. Jacó até chegou a por Deus nos negócios dele, como se Deus estivesse do lado dos enganos aprovando tudo

 Então disse Isaque a seu filho: Como é isto, que tão cedo a achaste, filho meu? E ele disse: Porque o Senhor teu Deus a mandou ao meu encontro. (Genesis 27:20)

Jacó astuto e enganador conseguiu a benção se fingindo de Esaú. Logo seu irmão quando chegou em casa soube que foi passado paratrás, nem se lembrou que um dia tinha vendido sua benção

E aconteceu que, acabando Isaque de abençoar a Jacó, apenas Jacó acabava de sair da presença de Isaque seu pai, veio Esaú, seu irmão, da sua caça;
E fez também ele um guisado saboroso, e trouxe-o a seu pai; e disse a seu pai: Levanta-te, meu pai, e come da caça de teu filho, para que me abençoe a tua alma.
E disse-lhe Isaque seu pai: Quem és tu? E ele disse: Eu sou teu filho, o teu primogênito Esaú.
Então estremeceu Isaque de um estremecimento muito grande, e disse: Quem, pois, é aquele que apanhou a caça, e ma trouxe? E comi de tudo, antes que tu viesses, e abençoei-o, e ele será bendito.
Esaú, ouvindo as palavras de seu pai, bradou com grande e mui amargo brado, e disse a seu pai: Abençoa-me também a mim, meu pai.
E ele disse: Veio teu irmão com sutileza, e tomou a tua bênção.
Então disse ele: Não é o seu nome justamente Jacó, tanto que já duas vezes me enganou? A minha primogenitura me tomou, e eis que agora me tomou a minha bênção. E perguntou: Não reservaste, pois, para mim nenhuma bênção?
Então respondeu Isaque a Esaú dizendo: Eis que o tenho posto por senhor sobre ti, e todos os seus irmãos lhe tenho dado por servos; e de trigo e de mosto o tenho fortalecido; que te farei, pois, agora, meu filho?
E disse Esaú a seu pai: Tens uma só bênção, meu pai? Abençoa-me também a mim, meu pai. E levantou Esaú a sua voz, e chorou.
Gênesis 27:30-38

Esaú ficou profundamente triste, percebeu o engano de Jacó e desejou matá-lo. Quem sente que é passado para trás fica com raiva, enfurecido, se sente prejudicado e só pensa em vingança

E Esaú odiou a Jacó por causa daquela bênção, com que seu pai o tinha abençoado; e Esaú disse no seu coração: Chegar-se-ão os dias de luto de meu pai; e matarei a Jacó meu irmão.
Gênesis 27:41

Esaú planeja matar Jacó, assim que seu pai falecesse. Rebeca percebe a maldade e logo manda Jacó para outras terras, el dá conselhos a Jacó para fugir pra bem longe, na casa de parentes, bem longe da ira de Esaú. 

Jacó vai parar na casa de Labão, irmão de sua mãe. Longe da família, Jacó começa a ser quebrantado e moldado por Deus. Deus começa a mostrar a Jacó como se deve portar um homem de Deus

Ele paga caro pelos seus enganos, mas em tudo que faz é abençoado por Deus. Jacó não perde a visão das promessas. O que ele mais queria era ser abençoado por Deus

Com o tempo Jacó se casa, antes é enganado pelo seu sogro, trabalha de graça por um bom tempo e por estar focado nas benção de Deus sempre leva a melhor em todo seu trajeto longe da família

Jacó se torna Israel, seu nome é modificado, pois perseverou em lutar contra Deus e contra todos, suportou todas as consequencias dos seus erros e enganos, até que as benção do Senhor lhe acompanhou por todo tempo

Jacó está na galeria dos homens da fé, talvez, o personagem mais humano das Escrituras Sagradas

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