quinta-feira, 20 de outubro de 2022

APRENDENDO COM MOISÉS (PARTE 13)

 

MOISÉS - AMIGO DE DEUS

 

É até difícil escrever sobre Moisés porque sua história tem um impacto absurdo na fé Cristã de tantas formas diferentes e bonitas que eu nem sei por onde começar.

Imagina só: um homem simples, que tinha problemas em sua fala, fugia porque havia matado uma pessoa que estava judiando dos hebreus, teve a tarefa de libertar e liderar um povo inteiro durante uma peregrinação de mais de quarenta anos pelo deserto até a terra de Canaã.

E, pior, Deus não falava com mais ninguém senão com ele de forma direta. Isso significa que ele nunca poderia perder a guia divina em nenhum momento ou todo aquele povo que estava em seus cuidados sucumbiria.

Moisés era tão consagrado diante de Deus que sua face saía reluzente de suas conversas com o Criador no monte. `

Foi através dele que o Senhor mandou todas as pragas no Egito, instituiu a páscoa, deixou os mandamentos, liderou o Seu povo através do deserto, abriu o Mar Vermelho, fez água brotar da rocha, mandou o maná para sustento do povo hebreu ao longo da jornada entre outros milagres que só de imaginar arrepiam aquele que vos escreve.

Sua história de vez em tempos é retratada em filmes. Até a DreamWorks Animation (estúdio de animação) fez um longa metragem baseado nos seus principais momentos com o título de Príncipe do Egito, com música tema de Mariah Carey e Whitney Houston, chamada When You Believe (Quando Você Tem Fé).

Veja o trailer do filme Príncipe do Egito abaixo:

Moisés, o amigo de Deus

Deus o chamava de amigo, pois seu coração era puro. Ainda assim, sua humanidade cobrou seu preço. Deus ordenou que ele falasse à rocha para que dali brotasse água. Moisés bateu duas vezes ao invés disso. Por causa dessa desobediência, Deus não permitiu que ele entrasse na terra prometida. Ele a veria, mas não entraria lá…

E é por isso que ele liderou o povo até a entrada, passou a missão da continuação da peregrinação para Josué e depois Deus o recolheu. Mesmo assim, na Bíblia está escrito que nunca mais houve profeta como Moisés, como o qual Deus conversasse “face a face”.

 

segunda-feira, 3 de outubro de 2022

APRENDENDO COM HAGAR (PARTE 02)

 

APRENDENDO COM HAGAR

Pela segunda vez Hagar sai da casa de Abraão de forma conturbada. Na primeira vez que isso aconteceu, ela ainda estava com seu filho Ismael no ventre, fruto das manipulações de Sara e Abraão para gerar um filho que fosse, o filho da promessa. Porém, Deus visitou Hagar no deserto, a consolou e ordenou que Hagar voltasse para casa de sua senhora e se submetesse a ela (Gn 16.1-15)

 

Na segunda partida de Hagar, Deus não dá a mesma ordem, afinal, ela agora foi expulsa, e continua errante no seu caminho, porém, dessa vez ela não está com seu filho no ventre, mas ele já nascera, é um menino, ele está com idade entre 11 a 13 anos, e, ambos estão em uma estrada cheia de perigos, armadilhas e incertezas. Hagar desiste da vida, a úica água que lhe restara findou-se, então ela deixa o seu filho distante para não ver o fruto do seu ventre morrer sem nada poder fazer. Hagar chora.

 

Mas um fato ocorre nesse drama que não passa desapercebido, o menino também chora, brada com desespero, o medo do oculto faz a criança derramar as lágrimas da alma. A Bíblia Sagrada chama atenção para algo que ocorre na sequência, dizendo: “Deus ouviu o choro do menino” (Gn.21.17)

 

O choro do menino é algo que se destaca, não pelo fato de uma criança estar apenas chorando, mas pelo fato do choro da criança não ter nada a ver com os choros dos adultos, ou quase nada. Vez por outra, os nossos choros são carregados de amargura, autocomiseração, mácula, justiça própria. Choros que são mais marcados pela ira do que pelo quebrantamento ou pelo clamor legítimo da alma sedenta.

 

Hagar certamente tinha seus motivos para ter saído da casa de Abraão, tendo em vista que sua senhora a maltratava e agora ela tinha um filho para cuidar e criar.Mas além da criança, Hagar está envolvida em um jogo de disputa, poder, paixão, herança, é um jogo de emoções afloradas, luta por conquista de um espaço que talvez nunca lhe pertenceu. É o jogo que gostamos de chamar de vida, porque a fazemos assim.

 

Hagar sai com seu filho, sem ter um destino certo, virou andante no deserto de Berseba. Sabe-se apenas que ela estava em desespero, foi expulsa pela sua senhora, precisa ir, mas sem saber para onde. Mãe e filho choram, choram porque na estrada da vida, ninguém é poupado das lágrimas, sejam elas justas aos nossos próprios olhos ou não. Mas a verdade linda por trás da trama é que “Deus ouviu o choro do menino”.

 

O choro do menino é o choro da sinceridade, é o choro de quem precisa de colo, de ajuda, é o choro desejoso de amparo, é o choro da nossa criança interior, clamando pelas necessidades reais da alma, do coração. O choro do menino representa o choro das necessidades verdadeiras, assim como cada um de nós, quando choramos com o coração “rasgado” diante de Deus.

 

O choro de Ismael não está ligado ao sentimento ressentido pela vingança mal sucedida ou pela perca de poder, o choro dele não está atrelado ao grito daquele que chora com ira, mas sim do interior verdadeiro de cada um de nós que clama, Aba!

 

Ainda que canalizemos todas as nossas energias em coisas sem sentido real para a vida, o choro que está em nós é o choro do coração que precisa ser preenchido pelo amor do Deus misericordioso que não desampara os que têm um coração quebrantado e contrito (Sl. 51.17).

 

Quem tem um coração camuflado pelas fantasias da visão desse mundo, cheio de vaidades, disputa de poder e espaço, e não consegue se assumir como pessoa, viverá a vida com seus choros abafados pelo egoísmo e sem ter nenhum consolo.

 

O meu convite é para que deixemos a nossa alma chorar o choro verdadeiro, identificando que necessitamos mais e mais de Deus e não das coisas que supomos precisar. Permita que a criança interior se derrame diante do Pai dizendo: Aba, Pai!

 

Nele, somente Nele, somos acolhidos com amor e proteção, Ele e só Ele, é Aquele que disse:

“Eu lhes asseguro que, a não ser que vocês se convertam e se tornem como crianças, jamais entrarão no Reino dos céus” (Mt. 18.3)

 

Ele pode ouvir o choro secreto de nossa alma carente e sedenta.

 

André Santos

 

APRENDENDO COM JUDAS (PARTE 16)

 

APRENDENDO COM JUDAS

Se não for a  maior, em valor envolvido e significado, com certeza a corrupção protagonizada por Judas Iscariotes foi a mais divulgada na história da Humanidade. Está na Bíblia, o livro mais lido de todos os tempos. 

 

Na linguagem jurídica da atualidade, o Traidor cometeu o crime de “corrupção passiva”. Ele usou do conhecimento que detinha sobre o local onde Jesus se encontrava; sua condição de apóstolo era garantia de que podia se aproximar do Mestre sem levantar suspeita; recebeu as trinta peças de prata e executou o “ato de ofício”, isto é, entregou Jesus aos soldados, como combinara.

 

Judas responderia hoje também pelo crime de “formação de quadrilha”. Ele se encontrou secretamente com os “príncipes dos sacerdotes” para acertar preço e condições da traição e guiou-os até o local onde o Senhor se encontrava (Mt 26.14-16, 47-49; At 1.15). 

 

O Traidor é acusado de mais um delito: o de ladrão. Como tesoureiro, apropriava-se de recursos que lhe eram confiados (Jo 12.6). Pelo visto, não guardara em seu coração as sábias palavras de Jesus, sua doutrina revolucionária, conselhos e exortações. Fazia parte dos Doze, mas era um estranho no ninho. Seu ardente desejo era ser muito rico, possuir muitos bens, certo de que não seria descoberto nem punido.

 

Trinta moedas de prata mais o que subtraíra da “bolsa” já era um bom começo. De ilicitude em ilicitude, preparou sua própria perdição. “Então, Judas, o que o traíra, vendo que [Jesus] fora condenado, trouxe, arrependido, as trinta moedas de prata aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos, dizendo: Pequei, traindo sangue inocente. Eles, porém, disseram: Que nos importa? Isso é contigo. E ele, atirando para o templo as moedas de prata, retirou-se e foi-se enforcar” (Mt 27.3-5).

 

Corrupção significa ato ou efeito de subornar, vender e comprar vantagens, desviar recursos, fraudar, furtar em benefício próprio e em prejuízo do Estado ou do bem público. Seja ativa, aquele que compra vantagens, ou passiva, aquele que vende, a corrupção é um ato condenável em todos os aspectos.

 

Os corruptos desta era seguem semelhante trajetória de ascensão rumo à riqueza e ao poder. Começam com pequenas falcatruas, pequenos atos desonestos. Sabem que precisam de muito dinheiro para constituir uma organização criminosa. São pacientes e persistentes. 

 

Os passivos, como Judas, vendem suas consciências por muito pouco. São os que estão na base da pirâmide. Outros os de maior grau de influência, em nível mais elevado de poder e autoridade, exigem uma “reciprocidade” maior. Concordam em que cada homem tem seu preço.

 

O julgamento de Judas estava prescrito de há muito: “Ai daquele homem [disse Jesus] por quem o Filho do Homem é traído. Bom seria para esse homem se não houvera nascido” (Mt 26.24). 

 

Os vendilhões da pátria, roubadores do dinheiro público já estão julgados. Ainda que falhem a justiça dos homens, a de Deus é infalível, ou seja, “os ladrões não herdarão o reino de Deus” (1 Co 6.10). Não passarão apenas uma temporada na cadeia, nem terão direito a prisão domiciliar. O castigo no lago de fogo e enxofre é por toda a eternidade (Ap 20.10).

 

Alheios a essas advertências, os corruptos não sofrerão “a expectação horrível de juízo e ardor de fogo”, de que fala Hebreus 10. 27. Pouco importa o que lhes acontecerá depois da morte. Mas temem, sofrem e se angustiam diante da expectativa de se abrirem as masmorras das prisões terrenas para recebê-los.

 

Ante a possibilidade de serem julgados e condenados, os réus se arrependem? Sentem remorso?  Difícil fazermos incursões na alma humana. Uma coisa é certa: “Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo” e receber a condenação divina (Hb 10.31)

 

Airton Evangelista da Costa

 

APRENDENDO COM JESUS

 

APRENDENDO COM JESUS

Mateus 4 abre o início do ministério de Jesus.

Seu trabalho oficial ainda não havia começado. Ele era um adulto solteiro de 33 anos.

Ainda não havia escolhido os doze discípulos.

Não havia feito seu primeiro sermão. Nem mesmo havia sido criticado.

Ele era jovem, inexperiente e quase um desconhecido.

Em seu batismo, nas águas frias do rio Jordão, a mensagem e missão de Jesus foram confirmadas quando Deus proclamou: "Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo." (Mt 3:17.)

Jesus não veio como um rei guerreiro e conquistador, tomando o mundo com fogos de artifício, bandeiras e banda.

Seria desse modo que chegaríamos se quiséssemos ser reis! Mas não Jesus.

Mateus explica que Cristo veio como um rei humilde para tomar posse de um reino diferente.

Ele veio de modo silencioso e humilde, como um servo, movendo-se pela escuridão da noite terrena sem que alguém notasse.

Ele chegou sem muita pretensão, mas com um propósito.

Jesus veio para redimir a alma humana.

Ele veio fazer a vontade do Pai e consumar o seu esplêndido propósito.

Ele rejeitou a tentação de abusar do seu poder.

Ele veio para morrer... para pagar o preço do pecado.

Sua missão era a cruz e ninguém melhor do que Satanás para saber disso.

A estratégia do diabo de frustrar aquela missão era tirar Jesus da jogada antes do seu ministério começar por isso O tentou no deserto.

 

sexta-feira, 16 de setembro de 2022

APRENDENDO COM SATANÁS (PARTE 04)

 

QUANTO PODER SATANÁS POSSUI?

Satanás foi um anjo criado por Deus que se voltou contra a autoridade de Deus (Isaías 14:13) e tornou-se o cabeça de um reino de espíritos malignos chamados demônios, seus "anjos" (Mateus 25:41). Seu poder tanto no reino celestial quanto na terra é muito grande e não deve ser subestimado.

 

No entanto, embora Satanás e suas forças sejam formidáveis inimigos, Jesus Cristo esmagou o seu poder, cumprindo a profecia de Gênesis 3:15. A cruz de Cristo obteve a vitória (João 12:31). O "príncipe deste mundo já está julgado" (João 16:11), e Jesus um dia destruirá completamente o poder de Satanás e purificará a criação (2 Pedro 3:10).

 

O PODER DE SATANÁS NO MUNDO CELESTIAL/ESPIRITUAL:

O poder de Satanás tem reputação no domínio espiritual (Judas 1: 9), onde ele tem acesso limitado à presença de Deus (Jó 1:6).

 

O livro de Jó fornece uma visão da relação entre Deus e Satanás. Em Jó 1:6-12, Satanás está diante de Deus e relata que ele estava a "rodear a terra e passear por ela"(v. 7). Deus pergunta a Satanás se ele observara o piedoso Jó, e Satanás imediatamente acusa Jó de insinceridade - ele só ama a Deus pelas bênçãos que Deus dá. "Estende a mão", diz Satanás, "e toca-lhe em tudo quanto tem, e verás se não blasfema contra ti na tua face" (v. 11). Deus concede a Satanás permissão para afetar as posses e a família de Jó, mas não a pessoa dele, e Satanás sai. Em Jó 2, Satanás volta à presença de Deus e, dessa vez, é permitido afetar a saúde pessoal de Jó. (O resto do livro é da perspectiva de Jó, fornecendo um exemplo de como lidar com o sofrimento.)

 

Esta é uma passagem importante porque mostra o lugar de Satanás no domínio espiritual. Ele é capaz de acusar o povo de Deus em Sua própria presença, e Judas 1:9 mostra que até mesmo o arcanjo Miguel precisa da ajuda do Senhor para vencê-lo. No entanto, Satanás é obviamente impedido de decretar sua fúria total, pois ainda é um ser criado por Deus, e seu poder é limitado.

 

O PODER DE SATANÁS NA TERRA:

Jó 1 também revela que Satanás impõe o mal e causa danos diretos à terra. A mais conhecida e importante de suas ações na terra ocorreu no jardim do Éden. Gênesis 3 fala de quando Satanás tentou Eva, a "mãe de todos os seres humanos" (v. 20), a pecar e seu primeiro pecado subsequente. Foi este ato, e o de Adão, seu marido, que trouxe o pecado para o mundo, e é a razão pela qual toda a humanidade deve ser redimida do pecado para estar com Deus.

 

Um dia, Jesus encontrou uma mulher que havia sido"possessa de um espírito de enfermidade, havia já dezoito anos" (Lucas 13:11). Jesus atribui a enfermidade a Satanás, que a manteve em "cativeiro" (versículo 16). O poder de Satanás era real, mas foi facilmente superado por nosso Senhor: "Vendo-a Jesus, chamou-a e disse-lhe: Mulher, estás livre da tua enfermidade; e impondo-lhe as mãos, ela imediatamente se endireitou e dava glória a Deus" (v. 13). O milagre de Jesus foi uma clara demonstração de Sua autoridade sobre Satanás.

 

Desde a sua instigação do mal na terra, Satanás foi nomeado como o "príncipe", "deus" ou "governante" deste mundo (João 14:30, cf. João 12:31; 16:11; 2 Coríntios 4:3-4; Efésios 2:2; Colossenses 1:13). Ele é o inimigo de Deus e da verdade (Mateus 13:24-30; 2 Tessalonicenses 2:9-12), e faz tudo o que pode para seduzir indivíduos (Gênesis 3: Lucas 22:31; 1 Timóteo 3:7) e maiores grupos de pessoas (1 Tessalonicenses 3:5, Apocalipse 2:10).

 

Ele é "o sedutor de todo mundo" (Apocalipse 12:9). Satanás cumpre isso por vários meios, inclusive apelando ao orgulho do homem (1 Timóteo 3:6; 1 Coríntios 4:6), interferindo na transmissão da verdade (Mateus 13:18-22, 38-39) e colocando falsos crentes dentro da igreja (1 Timóteo 4:1-2; 2 Timóteo 3:1-9; Apocalipse 2:9; 3:9). Em João 8:44, Jesus diz que Satanás "é um mentiroso e o pai da mentira".

 

Deus ainda concede a Satanás alguma autoridade neste mundo, o que significa que seu poder ainda não está completamente quebrado - exceto em uma área: seu poder de morte. Hebreus 2:14-15 diz que Jesus veio como um homem para morrer para que "destruísse aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo", um poder que Satanás havia mantido "desde o princípio" (João 8:44). A salvação que Jesus fornece nos libertou do estrangulamento de Satanás. A morte perdeu o seu aguilhão (1 Coríntios 15:55).

 

O PODER DE SATANÁS – A CONCLUSÃO:

A Bíblia diz que "o mundo inteiro jaz no Maligno" (1 João 5:19), e que devemos ser "sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar" (1 Pedro 5:8). No entanto, os cristãos têm uma grande esperança, pois Jesus Cristo (João 16:33) e nossa fé nele (1 João 5:4) venceram o mal de Satanás. "...maior é aquele que está em vós do que aquele que está no mundo" (1 João 4:4).

 

APRENDENDO COM EZEQUIEL (PARTE 08)

 

APRENDENDO COM EZEQUIEL

Qual o chamado de Deus para nossas vidas? O mesmo do Profeta Ezequiel

Qual a tarefa suprema da Igreja? Proclamar o Evangelho de Jesus Cristo. No entanto estamos esquecendo-a. Você está sendo vencido pelo comodismo ou está alienado aos ensinos dos falsos pastores?

A maior parte dos nossos pregadores não prega o evangelho, prega prosperidade. A pregação genuína do evangelho está sendo posta em um plano secundário.

 

Qual o chamado de Deus para nossas vidas?

Aprenda com Ezequiel. O nosso chamado é o mesmo do Profeta Ezequiel.

Vejamos os versículos 17 a 19 do terceiro capítulo de Ezequiel:

 

Filho do homem, eu te dei por atalaia sobre a casa de Israel; e tu da minha boca ouvirás a palavra e os avisarás da minha parte. Quando eu disser ao ímpio: certamente morrerás; não o avisando tu, não falando para avisar o ímpio acerca do seu caminho ímpio, para salvar a sua vida, aquele ímpio morrerá na sua maldade, mas o seu sangue da tua mão o requererei. Mas, se avisares o ímpio, e ele não se converter da sua impiedade e do seu caminho ímpio, ele morrerá na sua maldade, mas tu livraste a tua alma.

 

Deus designa Ezequiel com Atalaia de Israel. Os atalaias se posicionavam sobre os muros da cidade, sobre topo de colinas, às vezes sobre torres de água ou instalações militares, pois precisavam de visão panorâmica. O trabalho deles consistia em avisar o povo sobre a aproximação de qualquer perigo. Eles serviam como protetores do povo e trabalhavam em favor do seu bem-estar.[1]

 

É nossa obrigação proclamar o evangelho. Essa obrigação não compete apenas aos pastores e obreiros, se você é um cristão, você também tem essa obrigação. Não digas: “sou apenas um crente de banco, não levo jeito para pregar, evangelizar é apenas para os pregadores.” Não seja tolo! Em Marcos 16.15, Jesus ordenou: “Ide por todo o mundo, pregai o Evangelho a toda criatura.” Esse imperativo é para todos aqueles que estejam debaixo do seu senhorio.

 

Você está debaixo do senhorio de Cristo? Se estiver, então proclame dos telhados que o evangelho é poder de Deus para a salvação de todo aquele que nele crer!

 

Devemos avisar ao ímpio acerca de seus pecados, é nosso dever como cristãos. Deus nos constituiu como atalaias. Tome sua Bíblia e saia às ruas dizendo que não há outro que possa conduzir o homem a Deus a não ser, o Senhor Jesus Cristo.

 

Faça o que fez o Profeta Isaías, responda positivamente ao chamado de Deus. Vejamos o capítulo 6 versículo 8 do livro de Isaías: “…ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem irá por nós? Então disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim.” Não se esconda! Esse mesmo chamado é para nós cristãos. Seja um enviado de Deus. Obedeça ao imperativo de Jesus. Diga para Deus que estar disposto, peça-o capacitação, coloque-se à disposição de sua vontade.

 

Jesus disse aos seus discípulos que a seara é grande, mas poucos são os trabalhadores (Mateus 9.37). Trabalhe para Jesus. Alimente-se das verdades bíblicas e vá proclamar que não há salvação em nenhum outro, que não há nenhum outro nome dado aos homens pelo qual devamos ser salvos.

 

Por que você não está pregando o evangelho? Que não seja por vergonha! O Apostolo Paulo escrevendo aos romanos disse: “Não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê” (Romanos 1.16). Escrevendo aos coríntios disse: “Ai de mim, se não pregar o evangelho” (1 Corintios 9.16). Aos presbíteros de Efésios disse: “Em nada considero a vida preciosa para mim mesmo, contanto que complete a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus para testemunhar o evangelho da graça de Deus” (Atos 20.24).    

 

Deus nos confiou sua palavra. Ele nos entregou um tesouro. Precisamos ir e anunciar. Sonegar o evangelho é como um crime de apropriação indébita. O evangelho não é para ser retido, mas para ser proclamando. Ninguém pode reivindicar o monopólio do evangelho. A boa nova de Deus é para ser repartida. É nossa obrigação fazê-la conhecida de outros. Em qualquer lugar do mundo, deixar de pagar uma dívida é considerado um ato vergonhoso.[2] Hernandes Dias Lopes citando Charles Erdman aponta que proclamar o evangelho em todo o mundo e a toda criatura não é uma questão de sentimento ou preferência; é obrigação moral; é dever sagrado.[3]

 

Portanto, cumpra seu dever como cristão. Proclame a mensagem da cruz, e tome por exemplo o maior pregador da história — o Senhor Jesus Cristo. Pregue para aqueles que ninguém dá nada, como também para os abastados que do topo da autossuficiência pensam que não precisam de Jesus, quando na verdade, estão mortos em seus pecados precisando com urgência ter um encontro com o Salvador; para passar de um estado de condição deplorável para um estado de vida eterna, não sendo mais subjugados pelo pecado, mas, alcançados pela graça de Deus que quebra as correntes do pecado e transforma vidas.

 

APRENDENDO COM JESUS

 

APRENDENDO COM JESUS

"Jesus é absolutamente singular. Ele é a segunda Pessoa da Trindade..."

 

Era noite. Havia chegado a festa da Páscoa. O clima estava pesado. Jerusalém, apinhada de peregrinos, estava prestes a contemplar a mais dolorosa cena de sua sofrida história. No cenáculo, Jesus passava suas últimas instruções para os discípulos antes de mergulhar nas densas trevas da fatídica noite de sua prisão.

 

Judas já havia vendido sua consciência por dinheiro para entregar o Mestre. Os discípulos estavam perturbados e aflitos. Nas caladas da noite, o sinédrio judaico, tomado de inveja, maquinava planos para condenar Jesus à morte. Aquela hora estava agendada na eternidade. Para aquele momento Jesus tinha vindo ao mundo.

 

Jesus haveria de glorificar o Pai com sua morte e abrir para nós a porta da redenção. Jesus acalma os discípulos, falando-lhes da Casa do Pai e do lugar que iria preparar para eles.

 

Tomé, assaltado pela dúvida afirma não saber o caminho para onde Jesus vai. Respondeu-lhe Jesus: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” (Jo 14.6). Três verdades benditas são aqui destacadas:

 

1. Jesus é o caminho que nos conduz a Deus

Jesus não é uma senda incerta, uma trilha insegura, um atalho duvidoso, uma estrada perdida, uma rota dentre outras, um caminho qualquer, mas o Caminho. Não existem vários caminhos para Deus. Não existem várias sendas para a bem-aventurança eterna.

 

Jesus é o único caminho para o Pai. Ele é a única vereda que nos conduz à eternidade de glória. Fora dele ninguém pode chegar ao céu. Jesus é o único mediador entre Deus e os homens. Ele é o caminho, ele é a porta, ele o único que pode nos tomar pela mão e nos reconciliar com Deus.

 

2. Jesus é a verdade que dirige os nossos passos

 

Os gregos definiam a verdade em termos da harmonia de idéias, na esfera do pensamento. Para os hebreus, a verdade tinha uma relação direta com o campo da vivência. A verdade do grego era expressão da lógica, enquanto a verdade do hebreu era uma expressão existencial.

 

Jesus não é apenas uma verdade conceitual, mas a perfeita expressão da harmonia entre o humano ser e a augusta Divindade, entre a vontade divina e o humano querer. Jesus não é apenas a verdade que satisfaz a nossa mente, mas a verdade que dirige os nossos passos.

 

Jesus é a verdadeira expressão do verdadeiro Deus. Ele é Deus feito carne. Ele é a exegese de Deus. Ele é Deus Emanuel. Jesus é a verdade que liberta, a verdade que transforma e a verdade que satisfaz.

 

3. Jesus é a vida que devemos viver

Jesus é o autor da vida. Ele é o criador e o mantenedor da vida. Nele nos movemos e existimos. À parte de sua providência pereceríamos inevitavelmente. Mas, Jesus também é o autor da vida espiritual. Ele veio para nos trazer vida e vida em abundância. Ele morreu a nossa morte para vivermos a sua vida. Por sua morte e ressurreição, ele venceu a morte e trouxe à luz a imortalidade. Agora, todo aquele que nele crê tem a vida eterna.

 

A essência da vida eterna é conhecer a Deus e a Jesus, o seu Filho eterno. Não há vida espiritual à parte de Jesus. Nossas cerimônias são vazias sem Jesus. Nossos rituais são desprovidos de significado sem Jesus. Nossa religião é vã sem Jesus. Ele não apenas dá vida, ele é a vida! Sem Jesus os homens, mesmo vivos, estão espiritualmente mortos; mas, em Jesus recebem vida plena, abundante e eterna.

 

Jesus é absolutamente singular. Ele é a segunda Pessoa da Trindade. Ele é o Filho eternamente gerado do Pai. Ele é o Messias prometido. Ele é o Salvador do mundo. Ele é o Senhor da História. Ele é o dono da Igreja. Ele é o Rei que governa as nações e voltará em majestade e glória. Ele o caminho que nos conduz a Deus. Ele é a verdade que sacia nossa mente, inspira nossa conduta e guia os nossos passos. Ele é a vida que recebemos e que devemos ser e viver por toda a eternidade.

APRENDENDO COM JABES

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