terça-feira, 3 de março de 2020

APRENDENDO COM ELIAS


VENCENDO O DESÂNIMO


Que contraste! Em 1 Reis 18, Elias era forte e corajoso. Logo no próximo capítulo ele entrou em pânico e fugiu para salvar sua vida. O que acontecia? O que enfraquecia este grande profeta e fazia com que ele esquecesse seu dever? Era o desencorajamento que fazia Elias cair. Precisamos tomar cuidado porque o desânimo pode incapacitar nossa vida espiritual também.
O contexto da vitória de Elias no capítulo 18 é impressionante. A idolatria, especialmente a adoração de Baal, dominava o país de Israel. O rei e a rainha desta nação, Acabe e Jezabel, eram totalmente corruptos. Neste ambiente espiritual desanimador, a voz solitária de Elias soava em oposição. Ele lançou um desafio aos falsos profetas para disputarem para ver quem era o Deus verdadeiro. A competição seria simples: seriam preparados sacrifícios no altar e o deus que respondesse com fogo do céu para queimar o animal seria o vencedor. Os resultados foram inconfundíveis. Os idólatras clamaram a Baal desde a manhã até o meio da tarde, mas não houve resposta. Em contraste, Elias cavou uma valeta em volta do seu sacrifício, molhou o animal com doze baldes de água até o ponto em que a valeta ficou cheia e então, calmamente pediu ao Senhor que o consumisse. O fogo de Deus não somente queimou o boi, mas também as pedras do altar, a água da valeta e até a terra em volta dele. Esta demonstração dramática convenceu o povo, e os falsos profetas foram executados.
Imediatamente após, Elias partiu para o palácio em Jezreel, onde Jezabel mandou dizer que planejava matá-lo no dia seguinte. Desanimado, Elias fugiu. Ele disse ao Senhor que queria morrer e então fugiu durante quarenta dias e noites. O desânimo nem sempre é pecaminoso, mas leva ao pecado freqüentemente. Neste caso, a depressão do profeta levou-o a esquecer seu posto de serviço, fraquejar em sua fé em Deus e, finalmente, tornar-se egoísta. Ele se queixou que era o único restante que servia ao Senhor fielmente. A vida de Elias, então, oferece um modelo útil para estudar o desencorajamento, o que o causa e como vencê-lo.

Causas
Ironicamente, um dos principais fatores que produziam o desânimo de Elias era a grande vitória que ele conseguira no Monte Carmelo contra os falsos profetas. Vitórias espirituais decisivas são momentos especialmente vulneráveis; somos mais suscetíveis nesses momentos tanto ao orgulho como ao desencorajamento. Neste caso, sem dúvida, Elias previu um reavivamento avassalador. Talvez ele esperasse que Acabe e Jezabel de
algum modo conduzissem a nação inteira ao arrependimento. Assim, o desafio continuado de Jezabel foi uma decepção. A mesma coisa pode acontecer conosco. Quando as coisas vão bem, nossas expectativas são grandes. Então vem o revés, e ficamos desencorajados.
Uma segunda coisa que causou a depressão de Elias foi seu fracasso em conseguir os resultados desejados. Depois de anos de fidelidade ao Senhor e depois da matança dos falsos profetas, nada tinha realmente mudado. Ou assim parecia. É extremamente desanimador trabalhar, trabalhar, trabalhar e mesmo assim não ver resultado positivo. Isto não é incomum. Noé, um pregador da justiça (2 Pedro 2:5), procurou salvar somente sua própria família. Jesus mesmo foi desprezado e rejeitado (Isaías 53:3; João 1:11). Muitos dos mais diligentes servos de Deus têm experimentado a frustração de ver os pequenos resultados de seu labor. Quando vemos pouco ou nenhum fruto de nossas atividades no serviço do Senhor, precisamos ser pacientes (Gálatas 6:9) e confiar em que a colheita virá (1 Coríntios 15:58). Terceira coisa, Elias estava desanimado porque aqueles que deveriam estar servindo o Senhor se esqueciam dele. Acabe e Jezabel deveriam ter sido os guias espirituais daquela nação. A conduta deles era desmoralizante. Para nós, podem ser os irmãos que nos desapontam. A oposição do mundo não surpreende, mas quando vemos aqueles que declaram estar servindo o Senhor voltar suas costas a ele, isto se torna mais do que podemos suportar. Isto não é um problema novo. Josué e Calebe ficaram virtualmente sós (Números 14). Num momento crítico em sua vida, Paulo foi abandonado por todos os irmãos (2 Timóteo 4:16). Precisamos continuar servindo a Deus, independente da resposta dos outros (Habacuque 3:17-18).
Uma quarta causa do desencorajamento de Elias foi a comiseração de si mesmo. Ele estava sentindo pena de si mesmo. Ele sentia que estava só, que todos os outros tinham abandonado o Senhor. É difícil ficar deprimido quando se está fixo na obra do Senhor, mas quando se está pensando principalmente em si mesmo, o desânimo quase sempre acontece.
A culpa era uma causa final da depressão de Elias. Ele tinha abandonado sua responsabilidade e agido sem a orientação de Deus. Ele sabia que estava errado porque estava na defensiva quando o Senhor falou com ele. Precisava de perdão e necessitava voltar ao seu posto de serviço. A culpa freqüentemente produz depressão. Algumas vezes, quando estamos abatidos, não precisamos simplesmente arranjar um modo de sentir melhor, mas precisamos de arrepender.

A pergunta de Deus
O Senhor veio a Elias duas vezes e perguntou: "Que fazes aqui, Elias?" (1 Reis 19:9, 13). Aqui estava um homem bom e justo que tinha caído. Como Deus lidaria com ele? Deus não ficou aborrecido ou desistiu dele. Por outro lado, Deus também não o mimou. O Senhor desafiou-o diretamente, ajudando-o a superar seu desânimo, e reassumir seu serviço fiel. É encorajador perceber que Deus cuida de seus servos fracos e decaídos, e que ele trabalha para encorajá-los e restaurá-los. É também bom ver o modelo do Senhor quando procuramos ajudar a reerguer nossos irmãos quando se tornam abatidos. Não devemos abandoná-los com desprezo, mas também não devemos só tentar fazê-los se sentir melhor. Precisamos desafiá-los e ajudá-los a se levantar novamente na obra do Senhor.

Curas
Quando o Senhor visitou Elias na montanha e perguntou o que ele estava fazendo ali, Deus lhe disse para sair "e põe-te neste monte perante o SENHOR." Deus mostrou a Elias um vento grande e forte que quebrou as rochas da montanha em pedaços, depois revelou um terremoto e depois um fogo. Cada um deles demonstrava o poder de Deus, algo que Elias precisava ver urgentemente. Ele precisava de mais confiança no Senhor; precisava ver quem estava ao seu lado. Mas, surpreendentemente, o Senhor não estava no vento, nem no terremoto, nem no fogo. Por fim, Elias ouviu um sopro suave e ali estava o Senhor! A lição parece ser que precisamos confiar no Senhor até mesmo quando não vemos nada dramático. Deus pode trabalhar quieto, por meios pequenos e aparentemente insignificantes. Precisamos deixar mais nas mãos de Deus e não esperar que ele sempre opere de uma maneira dinâmica e impressionante. Elias estava esperando um vento, um terremoto e um fogo, mas o Senhor estava num som soprado suavemente. Em tempos de desencorajamento, confiemos no Senhor, esteja ele agindo sensacionalmente ou imperceptivelmente.
Deus deu a Elias uma tarefa para cumprir. Ele lhe disse que ungisse Azael como rei sobre a Síria e Jeú como rei de Israel, e Eliseu como seu próprio sucessor. Elias precisava apressar-se; sua inatividade lhe havia dado simplesmente mais tempo para se lamentar. Dificilmente, ficamos deprimidos quando estamos ativos. Mas quando nos sentamos e remoemos um pensamento, então ficamos desanimados.
Finalmente, o Senhor falou a Elias sobre os 7000 que jamais haviam se prostrado diante de Baal. Elias não tinha percebido aqueles que eram os verdadeiros servos do Senhor. Ele nunca tinha observado que não era realmente o único restante. Quando estamos desencorajados, nossa tendência é pensar que tudo e todos estão contra nós. Precisamos reconhecer as coisas boas como as más. Conquanto nossa tendência possa ser nos retirarmos daqueles que nos elevariam, os momentos de depressão são, muitas vezes, os próprios momentos em que precisamos mais da amizade de nossos irmãos. Posso não estar com vontade de ir à igreja, ou passar algum tempo com um irmão cristão, mas se eu fizer isso vou me sentir reanimado.

Aplicação
Os cristãos ficam, às vezes, desanimados. Nesses momentos precisamos voltar-nos para o Senhor e permitir que ele nos ajude a superar a depressão, para que não nos enfraqueçamos e nos afastemos dele. E para nós, como para Elias, as soluções são relativamente simples. Precisamos de mais confiança no Senhor, até mesmo quando não o observamos operando de modos dramáticos. Precisamos nos levantar e nos ocupar, deixando de pensar em nós mesmos. E precisamos ver o bem à volta de nós e passar mais tempo com nossos irmãos.




AUTOR: Gary Fisher




APRENDENDO COM JESUS


ANTES E DEPOIS DE JESUS


Lucas 9.55,56 - Ele porém, voltando-se, repreendeu-os, e disse: Vós não sabeis de que espírito sois. Pois o Filho do Homem não veio para destruir as vidas dos homens, mas para salvá-las. E foram para outra aldeia.

Certo dia resolveu o Senhor Jesus que deveria ir a Jerusalém e mandou mensageiros adiante para Lhe preparar lugar a fim de que pernoitasse numa aldeia de samaritanos que ficava no caminho. Sabidamente estes e os judeus não tinham boas relações, chegando mesmo a odiarem-se, já há vários séculos, uma vez que os samaritanos contraíram relações, inclusive por casamento, com povos pagãos adotando seus ídolos, ao mesmo tempo que diziam-se adoradores do Deus de Israel.

O simples fato de desconfiarem que a comitiva de Jesus se dirigiam a Jerusalém foi motivo para que o povo da aldeia negasse-Lhe pousada. Tiago e João, irritados com a agressiva falta de acolhida, lembraram-se do rei samaritano Acazias que, sete séculos antes, conforme descrito no capítulo primeiro do segundo livro dos Reis, estando doente mandara consultar deus pagão sobre a enfermidade. 

Elias, avisado pelo Anjo do Senhor, passou a censurar o procedimento real, profetizando sua morte. Mandou o rei emissários ao encalço do profeta para o prenderem. Invocando o Homem de Deus os céus, desceu fogo por duas vezes consumindo mais de cem homens. Os dois irmãos discípulos pretenderam fazer o mesmo com os contempâneos samaritanos, então.

Claro que Tiago e João tinham razão de sobra para estarem revoltados contra a falta de hospitalidade daquela gente. Afinal de contas, recusaram-se a dar acolhida ao Filho de Deus. Em seu raciocínio, se o Altíssimo fizera descer fogo e consumir samaritanos que intentaram contra um profeta, porque não o faria para salvaguardar o nome de seu próprio Filho? Estavam errados. Errado também estava o impulsivo Pedro, como o vemos em Mateus 6.22, afirmando sobre a iminente e anunciada morte do Senhor Jesus: "Tenha Deus compaixão de ti, Senhor; isso de modo nenhum te acontecerá."

Pedro, Tiago e João. Os três mais íntimos discípulos do Senhor. Eles que foram escolhidos para antever a glória do Reino do Céus, no episódio da transfiguração de Jesus (Mt. 17.1,2). Porque eles, andando com Jesus dia e noite, durante tantos meses ou anos, não tinham compreendido ainda o real propósito da missão salvadora do Mestre? Eram ainda carentes de fé, como em várias ocasiões foram, juntamente com os outros discípulos, chamados a atenção. Eram fracos e vacilantes. Faltava-lhes o Pentecostes.

Em Atos 2.14, vamos encontrar o antes covarde Pedro pondo-se de pé diante de milhares de pessoas e anunciando com destemor a nova doutrina que iria mudar o mundo para sempre. O mesmo Jesus a quem ele por três vezes negara, agora anunciava com palavras firmes e convincentes. A diferença fundamental não era uma súbita mudança de personalidade. 

A diferença estava em todo o seu ser. Ele recebeu o Espírito Santo, como tantos outros discípulos, aí incluídos o jovem João, já não mais querendo destruir as vidas, mas salva-las, eis que se tornou o apóstolo do amor, e seu irmão Tiago, que vamos encontrar afirmando "Sabei isto, meus amados irmãos: Todo homem seja pronto para ouvir, tardio para falar e tardio para se irar." (Tg 1.19).

Graça e paz da parte do Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.


APRENDENDO COM RUTE


A CASA DO PÃO

Faltou pão na casa do pão - A Casa do Pão – Belém Efrata

Entra ano e sai ano, a gente faz as mesmas promessas pra nós mesmos

Nada é diferente!!!

Quantas vezes, principalmente no final de ano, fazemos promessas de tolos e não cumprimos

Muitos dizem: "Ano que vem, vou praticar exercícios, vou dar uma enxugada, comer menos, entrar numa dieta, um regime"

Outros dizem: "Ano que vem, vou economizar mais, gastar menos, viajar mais, comprar um carro, trabalhar mais ou trabalhar menos"

Outros ainda dizem: "Ano que vem vou orar mais, jejuar mais, ler as Escrituras muito mais", "Ano que vem vou me converter de verdade, entregar a vida a Cristo pra valer"

São tantas promessas que até perdemos a conta e nada fica diferente!!

Entra ano e sai ano sempre as mesmas promessas

Com Deus é muito diferente, entra ano e sai ano, passa dias, semanas, estações e meses, as Suas promessas não mudam.

Ele disse, Ele cumpre, Ele faz sem sombra de dúvidas

Deus é fiel a Suas promessas, diferente da gente, que fazemos tantas promessas pra nós mesmos e não cumprimos pra valer

Se a gente não cumpre promessas nem para conosco, que dirá fazer promessas pra Deus!

Cuidado! Não faças promessas de tolo! Você corre risco de não cumprir!

Toda promessa de Deus passa pelo teste do tempo.

Promessas ditas a milênios cumprem-se hoje na terra

Toda promessa de Deus realizada na terra, no tempo certo, Ele usa pessoas para que todo Propósito seja estabelecido

Deus usa o profeta Miquéis, 722 anos antes de Cristo para profetizar o nascimento de uma criança em Belém Efrata, território da tribo de Judá. Esta criança era o próprio Jesus

"Mas tu, Belém-Efrata, embora sejas pequena entre os clãs de Judá, de ti virá para mim aquele que será o governante sobre Israel. Suas origens estão no passado distante, em tempos antigos.

Por isso os israelitas serão abandonados até que dê à luz a que está em trabalho de parto. Então o restante dos irmãos do governante voltarão para unir-se aos israelitas.

Ele se estabelecerá e os pastoreará na força do Senhor, na majestade do nome do Senhor, o seu Deus. E eles viverão em segurança, pois a grandeza dele alcançará os confins da terra. (Miquéias 5:2-4)

Promessa dita, promessa cumprida! Jesus nasceu em Belém, a casa do pão

O vocábulo Belém significa – Casa de pão, ou lugar de comida.

BELÉM EFRATA - Heb. Bêth-lechem, "casa de pão".

Uma cidade pequena na região rural de Judá.

Era algumas vezes chamada Efrata (Gn 35:19), e para distingui-la da outra cidade Belém em Zebulom era chamada Belém de Judá e Belém Efrata (Jz 17:7; Mq 5:2).

De acordo com a profecia de Miquéias (Mq 5:2) o Messias viria de Belém.

Belém Efrata tem muitas histórias pra contar

No tempo de David era uma cidade murada e por algum tempo foi ocupada pelos filisteus (2Sm 23:14, 15).

Roboão voltou a fortificá-la (2Cr 11:6). Depois do exílio babilónico os judeus reocuparam-na (Ed 2:1, 21; Ne 7:26).

Belém é especialmente bem conhecida como a cidade em que Jesus nasceu, e onde uma série de eventos teve lugar relacionados com o Seu nascimento: o anúncio do seu nascimento aos pastores, a visita dos magos do oriente, e o extermínio das crianças da cidade por Herodes
(Mateus 2:1-18; Lucas 2:4-20)
A HISTÓRIA DE RUTE

E Rute? Onde ela entra nesta história? Deus usa também a vida de RUTE para trazer um homem chamado JESUS a terra

Rute foi uma mulher tremendamente abençoada por Deus, ela se tornou membro da genealogia de Jesus, ela não nasceu em Belém, mas veio com sua sogra pra morar na CASA DO PÃO e ali ela permaneceu e frutificou

Rute tinha promessas de Deus na vida dela

Rute capítulo 1:1-3 diz assim:

“E sucedeu que, nos dias em que os juízes julgavam, houve uma fome na terra: pelo que um homem de Belém de Judá saiu a peregrinar nos campos de Moabe, ele e sua mulher, e seus dois filhos.

E era o nome deste homem Elimeleque, e o nome de sua mulher Noemi, e os nomes de seus filhos Malom e Quiliom , efrateus, de Belém de Judá: e vieram aos campos de Moabe , e ficaram ali. E morreu Elimeleque , marido de Noemi; e ficou ela com seus dois filhos…”

Elimeleque tomou sua esposa e filhos e saiu da cidade em que moravam, Belém de Judá, que era também a sua cidade.

Porque eles saíram de lá?

Eles foram embora porque “houve uma fome na terra” e assim Elimeleque resolveu tomar sua família e sair de lá em busca de um lugar onde pudessem encontrar comida.

Mas, como você verá, Elimeleque cometeu um erro muito grave.

Belém, você já sabe o que quer dizer? “Casa do pão”.

Elimeleque estava saindo da “casa do pão” para buscar comida em outro lugar.

Que ironia, falou pão na casa do pão

Por que Deus, Jeová, o Deus de Israel permitiu que houvesse fome na “casa do pão” (Belém)?

Para prová-los, pois aquela era uma hora de provação.

Quando o povo de Deus não se rendia a Ele em obediência. em humildade, em dependência, Ele usava situações de desconforto para que o povo O buscasse de todo coração

Se o povo orasse e se convertessem de verdade, Deus ouviria as orações e mandava chuva, mas todo o povo da época dos juízes, cada um fazia o que Era melhor pra si e se esqueciam de Deus

Eis uma promessa que não usavam com FREQUÊNCIA:

E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra.
Agora estarão abertos os meus olhos e atentos os meus ouvidos à oração deste lugar. (2 Crônicas 7:14,15)

Belém, como já diz o próprio nome, era um local onde Deus tinha os Seus propósitos, e de onde viria toda a bênção; o local onde nasceria o Senhor Jesus, o Verdadeiro Pão.

Foi de lá que Elimeleque saiu; da saiu da “casa do pão” porque entendeu que ali não haveria comida, preferindo se aventurar nas terras de Moabe.

Eles nem oraram para saber qual era a direção segura a ser tomada por parte de Deus

Eles saíram do meio do povo de Deus e se afastaram de toda provisão divina, mesmo em tempos de crise, deveriam permanecer, mais sairam sem consultar a Deus

Por fim, quando nos afastamos do caminho certo de Deus, quando nos afastamos do povo de Deus as coisas pioram e como pioram...

No caso de Abimeleque e Noemi, este casal abençoado, houve tragédias

No fim da história Abimeleque morre e morrem também seus filhos, até que mais tarde voltam para lá Noemi e Rute, sua nora.

Elas voltam a Belém 10 anos depois porque Noemi sabia que lá seria o local ideal novamente onde Deus supre as necessidades do povo e iria abençoá-las futuramente.

O que isso quer dizer para nós? Belém era onde o Senhor abençoava.

Hoje nós temos o povo de Deus (denominações cristãs) espalhadas pelo mundo, onde Deus nos dá o alimento.

Graças ao Senhor nós temos o privilégio de estudar a Palavra em nossas cidades, casas, recebermos do Senhor nosso manancial de cada dia nas congregações e termos esse gozo espiritual de ouvir sermões edificantes.

Mas entendemos que "igrejas", onde o povo de Deus se reúne não pode ser vistas e defendidas unicamente como placas, são muitas denominações locais, é um local especial, mais ou menos como a “casa do pão”, que é onde recebemos o “Pão” que é o próprio Senhor Jesus, do Qual tudo provém.

Muitos pregadores usam o texto de Rute para defender placas de igrejas, quando alguns membros saem e vão para outras igrejas, eles, os pastores ofendidos, até dizem que sairam da casa do pão, onde tinham mantimento e as coisas vão piorar se não voltarem

E o corpo de Cristo é universal, tanto faz você estar na igreja A, B, ou C, contanto que esteja envolvido no meio do povo

As promessas de Deus são para o povo, não são para os ímpios, os incrédulos, as placas de igreja e nem para os não salvos ainda.

Portanto, quer usufruir destas promessas permaneça firme no meio do povo, não importa a placa de igreja, contanto que seja uma igreja séria e comprometida com a PALAVRA

Como Ele o próprio Jesus disse aos seus seguidores: “Eu sou o pão que desceu do céu” (João 6:41).

Só que às vezes nós somos provados individualmente; às vezes nós passamos fome e dificuldades nesse lugar, no meio do povo.

Por quê? Por causa da nossa dureza de coração. Às vezes isso acontece também por estarmos descontentes com nossos irmãos, talvez por querermos outras coisas ou por acreditar que o mundo nos oferecerá muito mais do que Deus tem para nós.

E Deus não quer que você chegue sozinho nas promessas, Ele quer direcionar suas promessas para um povo

Se você faz parte deste povo, vai usufruir das promessas

E Rute era moabita, um povo idolatra que não servia a Deus. Mas, Noemi falou de Deus pra ela

E quando resolve voltar para casa do Pão, Noemi amargurada por ter perdido seu marido e os dois filhos diz pra Rute e Orfa suas noras ficarem

Afinal três mulheres viúvas e sozinhas estavam fadadas ao fracasso

Mas Rute tem um senso de pertencer ao povo de Deus, ela decide no coração, voltar com Noemi e servi-la com lealdade e servir a Deus de todo coração, aconteça o que acontecer

Então levantaram a sua voz, e tornaram a chorar; e Orfa beijou a sua sogra, porém Rute se apegou a ela.
Por isso disse Noemi: Eis que voltou tua cunhada ao seu povo e aos seus deuses; volta tu também após tua cunhada.
Disse, porém, Rute: Não me instes para que te abandone, e deixe de seguir-te; porque aonde quer que tu fores irei eu, e onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus; (Rute 1:14-16)

A partir desta atitude de fé, Rute a moabita passa a fazer parte do povo de Deus

E as promessas de Deus começa a fazer parte de sua vida

Rute vem para Belém, a casa do pão, juntamente com usa sogra Noemi, ali ela se esforça e se torna uma mulher abençoada por Deus e assim o Senhor começa a usar a vida dela para seus propósitos

escrito por paulo cezar gomes de souza

APRENDENDO COM JESUS


A Marcha Triunfal de Cristo

As imagens militares são abundantes nos escritos de Paulo. Nossa falta de familiaridade com os costumes de guerra limitam o seu impacto sobre nós. Observe 2 Coríntios 2:14-16: "Graças, porém, a Deus, que, em Cristo, sempre nos conduz em triunfo e, por meio de nós, manifesta em todo lugar a fragrância do seu conhecimento. Porque nós somos para com Deus o bom perfume de Cristo, tanto nos que são salvos como nos que se perdem. Para com estes, cheiro de morte para morte; para com aqueles, aroma de vida para vida. Quem, porém, é suficiente para estas coisas?" Este texto descreve a marcha da vitória de um general. Normalmente, ele fazia desfilar os prisioneiros capturados através das ruas, enquanto incenso era queimado celebrando a conquista.


Paulo usou dois aspectos desse costume para ensinar lições espirituais. Primeiro, ele descreveu-se como um "prisioneiro de guerra", vencido por Cristo. Ironicamente, ele não lamentou, mas regozijou-se por ser um troféu no desfile da vitória de Jesus. É uma bênção ser conquistado pelo Senhor. Segundo, ele usou a prática de queimar incenso para descrever como o Senhor espalhava o evangelho. Esta figura é apropriada porque nada é mais penetrante e irreprimível do que uma fragrância. Deus pretende que os cristãos espalhem a palavra em todos os cantos do mundo. O evangelho, como o incenso, provoca reações opostas. Para o exército e para a multidão que dava as boas vindas o incenso era o perfume da vitória, mas era o odor da escravidão e da morte para os prisioneiros. Assim também, nossa resposta ao evangelho é questão de vida ou morte.

Os métodos de ensino de Paulo refletiam seu papel como prisioneiro de Cristo e como mensageiro de um evangelho decisivo. Ele não se sentia com direito a reduzir o evangelho para torná-lo mais popular, mas simplesmente manifestava a verdade (2 Coríntios 2:17; 4:2). Sentindo-se inadequado, ele nunca preencheu o perfil de um chefe auto-confiante. Ele sentiu que poderia exalar um tão potente aroma somente através de Cristo (2 Coríntios 3:4-6) e, assim, buscou somente glorificá-lo.

- por Gary Fisher


APRENDENDO COM PAULO E SILAS


A conversão do carcereiro


Há duas coisas que devemos ver na história da conversão do carcereiro (Atos 16:16-40). Primeiro, precisamos ver o método de Deus e, depois, precisamos ver a salvação de Deus.

O método de Deus para alcançar uma alma perdida deve nos maravilhar. Paulo e Silas estavam em viagem para pregar o evangelho no coração do mundo romano. De Trôade eles tiveram uma visão de um homem da Macedônia, chamando-os para virem auxiliá-los. Na sua chegada a Filipos, a principal cidade da Macedônia, eles encontraram somente um grupo de mulheres reunidas para orar. Não havia sinagoga de judeus, e até onde percebemos, nenhum homem era temente a Deus. De fato, não foi senão enquanto Paulo e Silas foram espancados com varas e metidos na prisão, que os próprios homens que os mantinham cruelmente presos em troncos e correntes se converteram ao Senhor.

Há duas coisas que devemos ver no método de Deus:

Deus repetidamente abriu a porta do evangelho para as pessoas mais improváveis. Muito freqüentemente estamos esperando que os "justos" sejam salvos, quando é o pecador que necessita mais do médico. Paulo e Silas estavam cumprindo a ordem de Jesus para pregar o evangelho a toda criatura (Marcos 16:15). Fosse o César em Roma, um rabi judeu, ou um carcereiro em Filipos, todos eles mereciam ouvir o evangelho da salvação. Quantos de nós teria visto uma tal oportunidade em circunstâncias semelhantes?

O método de Deus é visto na atitude de seus servos. Depois de serem espancados e amarrados, Paulo e Silas poderiam justamente estar resmungando contra a injustiça de sua condição. Mas, em vez disso, sua resposta foi cantar e orar. Não, eles não cantaram e oraram quietamente, mas o fizeram para que os prisioneiros estivessem ouvindo-os. Paulo mais tarde se chamaria "um prisioneiro de Jesus Cristo". Os romanos não o tinham amarrado, ele era um prisioneiro de Jesus. Somente com esta atitude o mundo será conquistado para Cristo.

Agora chegamos à salvação de Deus. Há três frases que devemos considerar:

"Senhores, que devo fazer para ser salvo?" Este é o grito de uma alma que esteve face a face com a eternidade e não gostou do que viu. É a pergunta que o Senhor gostaria que cada homem fizesse. Como nós, que somos cristãos, ansiamos para que alguém nos faça esta pergunta! Mas isso não acontecerá até que tenhamos a ousadia de Paulo e Silas. Quanto mais fizermos ser conhecido quem somos, maior será a oportunidade desta pergunta ser feita.

"Crê no Senhor Jesus e serás salvo...." Precisamos destacar que este mandamento é um chamado ao compromisso. Paulo está dizendo ao carcereiro que sua salvação depende de sua completa confiança em Jesus Cristo como o Mestre de sua vida. Enquanto este passo não for dado, nada mais importa. Alguns diriam que o que Paulo exigiu do carcereiro foi uma declaração verbal de sua crença em Jesus. Quem quer que tivesse lido o livro de Atos até este ponto, saberia que isto não é verdade. Nenhuma conversão envolveu uma simples confissão de Jesus como Senhor. De fato, quando o Senhor estava na terra, demônios repetidamente confessaram-no como Filho de Deus, contudo demônios não são salvos (Tiago 2:19). E mais, lendo Atos 16:32-34, ficamos sabendo que Paulo não disse somente "Crê no Senhor Jesus". Ele continuou falando da palavra do Senhor e naquela mesma hora da noite o carcereiro e toda sua casa foram batizados. Há somente uma conclusão que pode ser tirada daquela declaração: dizer a uma pessoa que creia no Senhor e então ensinar-lhe a palavra de Deus inclui ensinar-lhe a ser batizada. Se o batismo não é uma parte importante da salvação, então por que eles foram batizados "naquela mesma hora da noite"? De fato, afinal por que foram batizados?

"manifestava grande alegria, por terem crido em Deus...." Agora observe isto cuidadosamente. Paulo disse ao carcereiro para crer. Paulo então ensinou-lhe a palavra do Senhor, resultando no batismo do carcereiro e de toda sua casa. Ele então, regozijou-se, tendo crido; porém não se regozijou nem considerou-se como tendo crido senão depois do seu compromisso com o Senhor e do seu batismo. Isto é exatamente o que o Senhor ensinou em Marcos 16:16 quando disse: "Quem crer e for batizado será salvo". Somente um falso mestre poderia pegar este texto e declarar que uma pessoa somente precisa declarar sua crença em Jesus para ser salvo.

A igreja filipense iniciou-se com uma mulher e sua casa e um carcereiro e sua casa. Examine novamente o método de Deus. Não deveremos pensar que isto seja um grande início. Mas daquelas duas famílias veio uma igreja que defenderia a verdade e liberalmente sustentaria a pregação do evangelho através de todo o mundo romano.

­por Berry Kercheville




segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

APRENDENDO COM PAULO (PARTE 43)


A PERSPECTIVA DE PAULO 

I – Introdução
A vida de Paulo é uma riqueza sem fim. Para qualquer aspecto do ministério dele, que focalizarmos nosso olhar, não faltará material de pesquisa, seja para estudá-lo como teólogo, escritor, pastor e mestre, ou missionário. Embora, para este último caso, não exista ainda um bom acervo da missiologia de Paulo, sobretudo em língua portuguesa. É lamentável, porque Paulo, o missionário é, com certeza, uma das facetas mais importantes do apóstolo.
Não encontrei, em português, um livro sequer com o título de Paulo, o missionário. Em inglês existe apenas (até onde temos conhecimento) o livro Paul the missionary, de William M. Taylor, publicado pela Harper & Brothers Publishers em 1902. É verdade que existem livros e artigos, tanto em português quanto em inglês (alguns deles são citados neste ensaio bíblico-teológico), que tratam da obra missionária de Paulo como um todo, porém, somente o livro de Taylor traz em sua capa um título específico.
Neste meu estudo veremos como a teologia de Paulo subsidiava a sua missão, qual a natureza dessa teologia, como era feita, qual a influência de sua missiologia sobre ela e como o apóstolo entendia a dinâmica de sua missão no contexto de seu ministério apostólico. Além disso, quais eram as verdadeiras motivações missionárias dele? Eram tão somente teológicas, apocalípticas e escatológicas ou envolviam mais alguma coisa? E quanto à estratégia de trabalho, o apóstolo possuía alguma? Qual? Enfim, qual era a perspectiva missionária de Paulo?
A estas e outras perguntas tentaremos responder no decorrer deste estudo.
II – Estudo Gramatical
A palavra "missionário" não aparece na Bíblia. O termo equivalente no Novo Testamento é "apóstolo". Entretanto, não existe unanimidade entre os estudiosos quanto ao uso de apóstolos como sinônimo para "missionário". Everett Harrison (In EHTIC, 1988, p. 104), por exemplo, observa que não há justificativa para fazer de "apóstolo" o equivalente de missionário. Johannes Blaw (A Natureza Missionária da Igreja, 1966, pp. 77,8), por sua vez, reconhece que originalmente os termos "apóstolo" e "missionário" não eram sinônimos, mas depois houve uma mudança. Diz ele:
Antes de mais nada deve ficar entendido que a palavra "apóstolo", na sua origem e significação, não é sinônima de "missionário", no sentido comumente atribuído a este último termo. (...). Só depois da ressurreição (de Cristo) o título "apóstolo" toma a conotação especial de "missionário", de enviado às partes extremas da terra.
Concordamos com Blaw e, principalmente, com Timóteo Carriker (Missões na Bíblia, 1992, p. 120), por afirmar: O termo missionário vem do latim, que, por sua vez, traduz a palavra grega apostolos, a qual significa o enviado (1).
2.1 O significado amplo de apóstolos
a. No grego clássico
No grego clássico, o substantivo apóstolos aparece pela primeira vez na linguagem marítima, significando um navio de carga ou a frota enviada. Mais tarde passou a designar o comandante de uma expedição naval e também um grupo de colonizadores enviados para além-mar. Nos papiros podia designar uma fatura, ou mesmo um passaporte. Somente em duas passagens em Heródoto é que apóstolos significa um enviado ou emissário como pessoa individual. Os termos comuns são aggelos (mensageiro) ou keryx (arauto). O historiador Flávio Josefo usou apóstolos ao tratar de um grupo de judeus enviados para Roma (Ant. In NDTNT, p. 234).
Todos os empregos de apóstolos no grego clássico têm duas idéias em comum. 1) Uma comissão expressa e 2) Ser enviado para além-mar. Assim, conforme lembram Eicken e Lindner, o sentido da raiz, no caso do substantivo, é estreitado na sua definição (In DITNT, 1984, p. 234).
Acredita-se (2) que foi somente mais tarde, nos círculos gnósticos, que o termo apóstolos passou a transmitir o conceito oriental de emissários como mediadores da revelação de Deus. No gnosticismo o termo em questão podia ser empregado no singular (apóstolos) para se referir a um salvador celestial, ou no plural (apostoloi), para representar certo número de pessoas "salvadoras" ou "espirituais" (EICKEN & LINDNER, In DITNT, 1984, pp. 234,5).
b. Na LXX
Na Septuaginta (LXX), a versão grega do Antigo Testamento hebraico, o termo "apóstolo" não era usado no sentido técnico de designar alguém para um ofício "missiológico", mas sim, uma nomeação para se cumprir qualquer função ou tarefa que normalmente se definia com clareza. Isto explica, de certa forma, porque o verbo apostélloo e não o substantivo apóstolos é empregado quase que exclusivamente no AT. O verbo apostélloo não se encontra no Antigo Testamento no sentido de "ser enviado" para fazer missões, conforme aparece no Novo Testamento.
O judaísmo não conhece missões no sentido de oficialmente enviar missionários (Eicken e Lindner, In DITNT, 1984, p. 235). Isto não quer dizer que a Bíblia deixe de reconhecer a idéia de missões no Antigo Testamento. O que ocorre é que existe entre o AT e o NT, no que concerne à obra missionária, uma diferença de grau e ênfase, mas não de essência ou natureza da missão (3).
c. No Novo Testamento
Ao contrário da LXX, no Novo Testamento o substantivo apóstolos recebe uma ênfase toda especial. Aparece 6 vezes em Lucas, 28 em Atos, 34 em Paulo, uma vez em Hebreus, 3 vezes em Pedro, uma vez em Judas, 3 vezes em Apocalipse. Mateus, Marcos e João empregam a palavra uma vez cada em seus respectivos evangelhos. No NT, um apóstolo (no sentido técnico como o termo era usado, isto é, um enviado de Deus para anunciar as boas novas de salvação) era alguém que não só tinha visto o Senhor ressuscitado, mas que devia ser capaz de afirmar, fundamentando a sua afirmação, que havia sido chamado e designado de modo especial, diretamente pelo próprio Senhor, para ser apóstolo.
2.2. O significado restrito (4) de apóstolos
a. "apóstolos" em Paulo
Para Paulo, a vocação e comissão para o apostolado não eram através dos homens, "mas por Jesus Cristo, e por Deus Pai" (Gl 1.1 cf. Rm 1.5; 1
Co 1.1; 2 Co 1.1). Tal comissão veio através de um encontro com o Senhor ressurreto (1 Co 15.7; Cl 1.16), que pessoalmente entregou a ele a mensagem do evangelho (1 Co 11.23; 2 Co 4.6; Gl 1.12). O apóstolo pregou o evangelho a homens e mulheres como "embaixador" de Cristo (2 Co 5.20), não por capacidade inata do seu ser (2 Co 3.5), mas pela livre graça de Deus (1 Co 15.9,10; Ef 3.8).
Não fica claro em Paulo a quem ele considerava apóstolo. É evidente que ele se incluía no número deles, conforme afirma catorze vezes em suas epístolas. Pertenciam também ao grupo de apóstolos, na opinião de Paulo, Pedro (Gl 1.18,19), Júnias, Andrônico (Rm 16.7) e Barnabé (Gl 2.1,9,13). Alguns estudiosos, como D. Muller (In DITNT, 1984, p. 237), questionam se Paulo considerava Tiago, irmão do Senhor, como sendo apóstolo, argumentando que a expressão ei me ("senão") de Gálatas 1.19 é ambígua. Entretanto, Harrison (In EHTIC, 1988, p. 104) esclarece que
A explicação mais natural de Gl 1.19 é que Paulo está esclarecendo que Tiago, o irmão do Senhor, é um apóstolo, de conformidade com o reconhecimento que recebia da igreja de Jerusalém. Em harmonia com isto, em I Co 15.5-8, onde Tiago é mencionado, todos os demais são apóstolos.
Curiosamente Paulo nunca aplica o título de apóstolo aos Doze como grupo específico. Segundo D. Muller (In DITNT, 1994, p. 237),
não podemos ter certeza de que as características que Paulo atribuía aos apóstolos são necessariamente aplicáveis ao apóstolo do NT propriamente dito, ou se Paulo considerava que os Doze fossem apóstolos, e qual era o número dos apóstolos nos dias de Paulo.
É evidente que no conceito amplo que Paulo tinha do termo apóstolo, os Doze certamente estavam incluídos. Pelo menos em duas epístolas suas Paulo lança luz sobre esta questão. Em 1 Coríntios 15.5,7 ele diz: E apareceu a Cefas, e, depois, aos doze. Depois foi visto por Tiago, mais tarde por todos os apóstolos (grifo nosso). E em Gálatas 1.18,19: Decorridos três anos, então subi a Jerusalém para avistar-me com Cefas, e permaneci com ele quinze dias; e não vi outro dos apóstolos, senão a Tiago, o irmão do Senhor (grifo nosso).
b. Paulo como apóstolo
Os aspectos distintos do apostolado de Paulo foram a nomeação direta dele por Cristo (GI 1.1) e a designação feita a ele do mundo gentio como sua esfera de trabalho (At 26.17,18; Rm 1.5; Gl 1.16; 2.8). Seu apostolado foi reconhecido pelas autoridades em Jerusalém, de conformidade com sua própria reivindicação no sentido de ser classificado em pé de igualdade com os primeiros apóstolos. Apesar disso, nunca afirmou ser membro do grupo dos Doze (1 Co 15. 11), pelo contrário, mantinha-se independente. Era capacitado para dar testemunho da ressurreição porque a sua chamada viera do Cristo ressurreto (At 26.16-18; 1 Co 9.1).
Paulo considerava seu apostolado uma demonstração da graça divina, bem como uma chamada à labuta sacrificial, ao invés de uma oportunidade para se vangloriar (1 Co 15.10). Não dava nenhuma sugestão de que a posição especial de apóstolo o exaltasse acima da Igreja e que o distinguisse dos demais que tinham dons espirituais (Rm 1.11, 12; 1 Co 12.25-28; Ef 4.11). Sua autoridade não se derivava de alguma qualidade especial nele (1 Co 3.5), mas do próprio evangelho, na sua verdade e no seu poder para convencer (Rm 1.16; 15.18; 2 Co 4.2). Além disso, o chamado e missão de Paulo estavam tão ligados à sua vida, a ponto do apóstolo designar o evangelho de "meu evangelho" (Rm 2.16; 16.25; 2 Tm 2.8). Mas mesmo assim, procurava deixar claro quando estava dando a sua própria opinião (Cf. 1 Co 7.10-12).
Se quisermos um quadro completo do que o Novo Testamento entende por missão e evangelismo, basta observarmos o relato do apóstolo Paulo sobre a natureza de seu próprio ministério de evangelização (5).
III – Análise Histórica
3.1. A pessoa de Paulo
O divisor de águas na vida de Paulo foi o seu encontro com Jesus no caminho de Damasco. A vida do apóstolo, portanto, pode ser dividia em antes e depois de sua conversão.
a. Seu passado
Antes da sua conversão, Paulo era um judeu comprometido e zeloso com suas tradições. O orgulho de Paulo com a sua herança judaica (Rm 3.1,2; 9.1-5; 2 Co 2.22; Gl 1.13,14 e Fp 3.4-6) o levou a perseguir a comunidade cristã (Gl 1.13; Fp 3.6; 1 Co 15.8; v.t. At 8.1-3; 9.1-30).
Desde seu nascimento, por volta de 30 A.D., até seu aparecimento em Jerusalém como perseguidor dos cristãos, há pouca informação sobre a vida de Paulo. Sabe-se pelo testemunho dele mesmo que era da tribo de Benjamim e zeloso membro do partido dos fariseus (Rm 11.1; Fp 3.5; At 23.6). Era cidadão romano (At 16.37; 21.39; 22.25-28). Nasceu em Tarso, uma importante cidade localizada na Cilícia, na costa oriental do Mediterrâneo, a norte de Chipre e um notável centro de cultura e intelectualidade grega.
Estudiosos, como E. E. Ellis (In NDB, 1986, p. 1217), supõem que Paulo se tornou familiarizado com diversas filosofias gregas e cultos religiosos durante sua juventude em Tarso. Entretanto, Atos 22.3 parece indicar que Paulo apenas nasceu em Tarso e foi educado em Jerusalém. Eu sou judeu, nasci em tarso da Cilícia, mas criei-me nesta cidade e aqui fui instruído aos pés de Gamaliel, segundo a exatidão da lei de nossos antepassados, sendo zeloso para com Deus, assim como todos vós o sois no dia de hoje (grifo nosso).
Ainda jovem, Paulo recebeu autoridade oficial para dirigir uma perseguição contra os cristãos, na qualidade de membro de uma sinagoga ou concílio do sinédrio, conforme ele mesmo descreve em Atos 26.10 (e assim procedi em Jerusalém. Havendo eu recebido autorização dos principais sacerdotes, encerrei muitos dos santos nas prisões; e contra estes dava o meu voto, quando os matavam) e Atos 26.12 (Com estes intuitos, parti para Damasco, levando autorização dos principais sacerdotes e por eles comissionado).
À luz da educação e preeminência precoce de Paulo (cf. At 7.58; Gl 1.14), supomos que sua família desfrutava de alguma posição político-social. O acesso do sobrinho de Paulo entre os líderes de Jerusalém (At 23.16,20) parece favorecer essa suposição.
b. Sua conversão
Apesar de não existir evidências bíblicas de que Paulo conheceu Jesus durante Seu ministério terreno, seus parentes crentes (cf. Rm 16.7) e sua experiência com o martírio de Estêvão (At 8.1) devem ter produzido algum impacto sobre ele. A pergunta, e principalmente a afirmação de Cristo ressurreto, conforme registrada em Atos 26.14, dá a entender isso. E, caindo todos nós por terra, discursa Paulo perante o rei Agripa, ouvi uma voz que me falava em língua hebraica: Saulo, Saulo, por que me persegues? Dura coisa é recalcitrares contra os agrilhões.
O Dr. Timóteo Carriker nos faz uma breve mas não menos importante observação quanto à conversão de Paulo. Diz ele:
A conversão de Paulo não era resultado de grandes sentimentos de culpa pelo pecado, como tipificado na tradição luterana. Alguns (como K. Stendahl) até preferem falar dum "chamamento" em vez de conversão, e observam que Paulo mesmo prefere esse primeiro termo. Dizem que Paulo não "mudou de religião", de judeu para cristão, mas que permaneceu judeu, qualificando sua fé como a de um judeu cristão (Missão Integral, 1992, p. 226).
Apesar desta observação, o próprio Carriker admite que ainda prefere usar o termo "conversão" para descrever o encontro de Paulo com Jesus, pois obviamente ele revisou radicalmente sua percepção sobre Jesus. Embora ele não tenha abandonado todos os elementos do judaísmo, alguns pontos fundamentais foram completamente reformulados. E ainda:
A sua experiência de conversão provocou uma revisão radical no seu estilo de vida e na sua visão do mundo. Passou de principal perseguidor a principal protagonista do movimento cristão primitivo; de "zeloso pelas tradições dos nossos pais" a "apóstolo dos gentios" (Missão Integral, 1992, p. 226).
Estou de pleno acordo com o autor.
Vale lembrar, ainda, que os três relatos da conversão de Paulo (Atos 9, 22 e 26) são importantes não somente pelo significado da sua conversão propriamente dita, mas também pela importância de se entender a pessoa de Paulo acerca de sua união com Cristo e de seu ministério entre os gentios.
c. Seu ministério
A partir do encontro com Jesus no caminho de Damasco, Paulo passaria de perseguidor a perseguido; de causador de sofrimentos a sofredor.
O Senhor resumiria, ao relutante Ananias, o árduo ministério de Paulo nesses termos: Vai, porque este é para mim um instrumento escolhido para levar o meu nome perante os gentios e reis, bem como perante os filhos de Israel; pois eu lhe mostrarei quanto lhe importa sofrer pelo meu nome [At 9.15, 16] (grifo nosso).
À parte de um intervalo no deserto da Transjordânia, Paulo passou os três primeiros anos de seu ministério pregando em Damasco (At 9.19; Gl 1.17). Pressionado pelos judeus de Damasco, o apóstolo fugiu para Jerusalém, onde Barnabé o apresentou aos irmãos duvidosos de sua conversão (At 9.26-28). Seu ministério em Jerusalém dificilmente durou duas semanas, pois novamente os judeus procuravam matá-lo (At 9.29). Para evitá-los, Paulo retornou à cidade de seu nascimento (At 9.30), passando ali um "período de silêncio" de cerca de dez anos.
Certamente este período é silencioso apenas para nós, pois Barnabé, ouvindo falar de sua obra e relembrando seu primeiro encontro com o apóstolo, solicitou a este que fosse para Antioquia da Síria ajudá-lo numa florescente missão entre os gentios (At 11.19-26). De Antioquia, Paulo e Barnabé foram enviados para socorrer os irmãos pobres da Judéia (At 11.29,30). Os dois permaneceriam juntos até a primeira viagem missionária.
3.2. O mundo no tempo de Paulo
No tempo de Paulo três povos contribuíram significativamente para a expansão do mundo de então, e em especial para a propagação do evangelho, a saber: os romanos, os gregos e os judeus.
a. O domínio romano
Uma das grandes contribuições de Roma nos tempos bíblicos foi a Pax Romana. As guerras entre as nações tornaram-se quase impossíveis sob a égide daquele poderoso império. Esta paz entre as nações favoreceu extraordinariamente a proclamação do evangelho entre os povos. Além disso, a administração romana tornou fácil e segura as viagens e comunicação entre as diferentes partes do mundo. Os piratas foram varridos dos mares e as esplêndidas estradas romanas davam acesso a todas as partes do império. Essas estradas notáveis realizaram naquela civilização o mesmo papel das nossas estradas de rodagem e estradas de ferro da atualidade. E elas eram tão bem vigiadas que os ladrões desistiam de seus assaltos. De modo que as viagens e o intercâmbio comercial tiveram um amplo desenvolvimento. NICHOLS comenta:
É provável que durante os primeiros tempos do Cristianismo o povo se locomovia de uma cidade para outra ou de um país para outro, muito mais do que em qualquer outra época, exceto depois da Idade Média. Os que sabem como as atuais facilidades de transporte têm auxiliado o trabalho missionário, podem compreender o que significava esse estado de coisas para a implantação do Cristianismo (História da Igreja Cristã, 1985, p. 7).
Seria praticamente impossível ao apóstolo Paulo, e a outros de seu tempo, espalhar o evangelho mundo afora como o fizeram sem essa liberdade e facilidade de trânsito possibilitadas pelo império romano.
b. A influência grega
Era típico do império romano não influenciar na cultura dos povos conquistados, por isso, no início da era cristã os povos que habitavam as regiões do Mediterrâneo já haviam sido profundamente influenciados pelo espírito do povo grego. Colônias gregas, algumas das quais com centenas de anos, foram amplamente disseminadas ao longo da costa do Mediterrâneo. Com seu comércio os gregos foram em toda parte. A influência deles espalhou-se e foi mais acentuada nas cidades e países onde se estabeleciam os mais importantes centros do mundo de então. A influência dos gregos foi tão poderosa que o período do domínio romano foi corretamente denominado de greco-romano. Quer dizer, Roma governava politicamente mas a mentalidade dos povos desse império tinha sido moldada fundamentalmente pelos gregos.
Contudo, uma das maiores contribuições gregas para o advento do cristianismo foi a disseminação da língua em que o evangelho seria pregado ao mundo pela primeira vez. Uma prova da extensão e da influência do grego está no fato de que a língua mais falada nos países situados às margens do Mediterrâneo era o dialeto grego conhecido por KOINÊ, o dialeto "comum". Era esta a língua universal do mundo greco-romano, usada para todos os fins no intercâmbio popular. Quem quer que a falasse seria entendido em toda parte, especialmente nos grandes centros onde o cristianismo foi primeiramente implantado. Os primeiros missionários, como por exemplo Paulo, fizeram quase todas as suas pregações nesta língua e nela foram escritos os livros que vieram a constituir o nosso Novo Testamento.
c. O povo judeu
Os judeus prepararam o "berço" do cristianismo, por assim dizer. Primeiramente porque anteciparam a vida religiosa em que foram instruídos o Senhor Jesus, os cristãos primitivos em geral e o apóstolo Paulo em particular (At 23.6; 26.5). Além disso, a expectativa messiânica e a preservação do Antigo Testamento pelos judeus foram fundamentais para a confirmação do evangelho. Vale lembrar que muitos gentios eram prosélitos ou simpatizantes do judaísmo, o que acabou se tornando um meio para se alcançar estas pessoas. Era o costume de Paulo ir às sinagogas com o objetivo de evangelizar esses gentios.
Talvez a maior contribuição que o cristianismo recebeu veio por parte dos judeus da dispersão. Esses judeus, espalhados pelo mundo em virtude dos cativeiros que sofreram, podiam ser encontrados em quase todas as cidades daquela época. Em qualquer canto em que estivessem preservavam a religião judaica e estabeleciam suas sinagogas. Em muitos lugares realizavam trabalho missionário ativo. Assim, ganhavam entre os gentios numerosos prosélitos, tornando conhecidos os ensinamentos judaicos.
A missão judaica foi uma precursora importante das missões cristãs porque espalhou, extensivamente entre os gentios, elementos básicos essenciais tanto ao judaísmo quanto ao cristianismo, como por exemplo a remissão de pecados na pessoa do Messias. Muitos gentios, pelo contato com os judeus, foram inspirados por essa expectação, ficando assim preparados para a aceitação de Cristo como o Salvador que havia de vir.




APRENDENDO COM JESUS


A SÉTIMA PALAVRA

O texto para a mensagem de hoje está no evangelho segundo São Lucas, capítulo 23, a partir do verso 44:
"Já era quase a hora sexta e, escurecendo-se o sol, houve trevas sobre toda a terra até à hora nona. E rasgou-se pelo meio o véu do santuário. Então Jesus clamou em alta voz: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito! E, dito isto, expirou." (S. Lucas 23:44 a 46).
Estas são as últimas palavras de Jesus. Sua missão está chegando ao fim. Suas últimas palavras são: "Pai, nas Tuas mãos entrego o meu espírito."
Dizem que as pessoas geralmente morrem do jeito que vivem. A vida de Cristo foi uma vida de entrega, de dependência e de submissão. E é justamente isso que faz antes de morrer. "Pai — ele diz — Nas Tuas mãos entrego o meu espírito".
Sua vida vitoriosa, Seus atos vitoriosos, tudo, foi um resultado de uma vida de dependência do poder de Seu Pai. Que diferença da vida de auto-suficiência que às vezes nós vivemos!

A vida de Jesus foi completamente diferente. Sua vida foi sempre uma vida de entrega e morreu do jeito que viveu. Queira Deus que quando chegarmos ao fim de nossa existência, as nossas palavras revelem o que foi a nossa vida.
A essa altura quero lhe fazer uma pergunta: Se você tivesse que resumir todo o processo da salvação numa só palavra, que palavra usaria? Evangelho, Jesus, perdão, justificação, santificação? Que palavra você usaria?

Um dia, o jovem rico chegou a Jesus e perguntou: "Mestre, que farei eu de bom, para alcançar a vida eterna? Respondeu-lhe Jesus: "...guarda os mandamentos".(Mateus 19:16 e 17)
Esse mesmo Jesus, em São João 6:47 diz: "Em verdade, em verdade vos digo: Quem crê, tem a vida eterna." (S. João 6:47).
Aqui encontramos uma aparente contradição. Para ter a vida eterna, é preciso guardar os mandamentos ou crer em Jesus? Se isto não ficar claro, os cristãos vão se dividir em dois grandes grupos: aqueles que acham que o segredo da vida eterna é crer em Jesus, e aqueles que acham que o segredo da vida eterna é guardar mandamentos.
Mas amigo, Jesus não veio para dividir os Seus filhos. Como podemos então entender que da boca de Jesus saíram ambas declarações? O que Jesus estava querendo dizer? Vamos à segunda declaração. Quando Ele disse: "Quem crê, tem a vida eterna". (João 6:47). Ele fala também: "Este é o pão que desce do céu...(João 6:50). Ele diz mais: "...Se não comerdes a carne do Filho do homem e não beberdes o seu sangue, não tendes vida em vós mesmos." (João 6:53).

Você precisa crer para ser salvo. Precisa crer para ter vida eterna. Mas além disso, precisa comer Seu corpo e beber Seu sangue. Aqui há duas figuras de linguagem interessantes: comer e beber.
Coloque um bocado de pão na boca e me diga: Quanto do pão você come? Coloque um gole de água na boca e me diga: Quanto dessa água você bebe? A resposta é simples; toda. O pão todo que você coloca na boca, a água toda. Quer dizer, que se você crer em Jesus, é necessário crer em tudo. Não pode crer parcialmente. Deve haver uma entrega completa. Seu corpo, sua mente, suas emoções, tudo, tudo. É necessário crer, mas não basta crer da boca para fora.

Agora vamos entender o que Jesus disse para o jovem rico: "Se queres, porém, entrar na vida eterna, guarda os mandamentos." (Mateus 19:17).
O jovem ficou confuso com essa declaração; não compreendeu. Por que você acha que Jesus disse algo semelhante? Porque Jesus foi um grande Mestre! Ele trabalhava com as pessoas levando-as do conhecido para o desconhecido. E aquele jovem rico havia crescido numa igreja que só pensava em mandamentos.
Tudo o que ele conhecia eram mandamentos.
Jesus quis levar aquele jovem ao desconhecido, ao terreno da fé. Só que tinha que levá-lo a partir do conhecido. E como tudo o que ele conhecia era a lei, Jesus começou por aí. E o jovem afirma: "Tudo isso tenho observado..." (Mateus 19:20).
E Jesus lhe diz: "...Se queres ser perfeito, vai, vende os teus bens, dá aos pobres, e terás um tesouro no céu; depois vem, e segue-me." (Mateus 19:21).
O que Jesus está tentando dizer é: "Filho, você tem que entregar tudo, se quiser ter vida eterna".
Para entender melhor este assunto, temos que ler Marcos capítulo 10, onde está a história do jovem rico. Um pouco antes, no verso 13 deste capítulo, é registrada a história de quando as criancinhas corriam aos braços de Jesus e os discípulos não as repreendiam. Então Jesus disse: "Deixai vir a mim os pequeninos, e não os impeçais; porque dos tais é o reino de Deus." (Marcos 10:14).
Depois tomou uma criança e disse: "...Quem não receber o reino de Deus como uma criança, de maneira nenhuma entrará nele." (Marcos 10:15).
Minutos mais tarde, disse ao jovem rico: "Vende tudo o que tens... e segue-me".

Mas o que quer dizer tornar-se como uma criança?
Às vezes pensamos que, se queremos entrar no Reino dos Céus temos que nos tornar como crianças, quer dizer, temos que nos tornar inocentes, puros e limpos. Mas um adulto também pode ser puro, limpo e honesto. Pureza não é patrimônio somente das crianças. O que Jesus está querendo dizer é que para entrar na vida eterna temos que aceitar Jesus como uma criança? Esta é uma ilustração maravilhosa. A criança é completamente dependente.
Pense em seu filhinho de 1 ano que quer comer sozinho. Ele não consegue, mas você o ajuda. Ele depende de você; e quando tenta fazer tudo sozinho, só faz sujeira. Se eu colocar na floresta, uma criança de 3 anos com uma mochila cheia de comida, corda, fósforo, combustível, faca, ferramentas, e a deixar sozinha, você acha que essa criancinha vai conseguir sobreviver? Claro que não! Apesar de ter tudo, ela não tem condições de sobreviver. Mas se eu deixar na floresta, um adulto, nas mesmas condições, com certeza vai sair vivo.

O que Jesus está querendo dizer aqui? Que se queremos entrar no Reino dos Céus temos que ser como crianças, quer dizer, temos que depender completamente de alguém mais poderoso que nós. Temos que entregar tudo, comer todo o pão, beber todo o sangue, entregar nosso ser inteiro, crer completamente, depender, porque sozinhos estamos perdidos. Precisamos de um poder superior a nós.

Meu amigo, Jesus veio a este mundo e viveu a vida toda dependendo de Seu Pai. Ele não precisava fazer isso porque Ele era Deus; podia viver sozinho. Mas viveu dependendo do Pai para nos ensinar a grande lição que precisamos aprender se quisermos sobreviver na vida espiritual: a lição da dependência.
Finalmente você viu que a última palavra que nos deixou foi também uma lição de dependência: "Nas Tuas mãos entrego o meu espírito". (Lucas 23:44 a 46).

Precisamos a confiar menos em nossas próprias forças, mas no poder que vem do Pai.
A única maneira de sobreviver neste mundo é estender nossa mão de criança em direção ao Pai, segurar Seu braço poderoso e deixar que Ele nos leve até o fim da carreira cristã.
Mas depender do Pai não é fácil, sabe por quê? Porque nós viemos a este mundo trazendo uma natureza independente, uma natureza que quer resolver os problemas sozinha. Uma natureza que não quer que outro dirija o caminho; ela quer ter o controle das coisas. Isso faz com que vivamos separados de Deus. É fácil confundir ser membro de igreja com ser cristão. Para ser membro de igreja, basta ir à igreja. Para ser cristão você deve aprender a depender de Deus cada minuto da sua vida.

Percebe que é muito mais fácil ser membro de igreja do que ser cristão? Igreja nenhuma pode salvar. A Igreja Adventista não tem poder para salvar. A Igreja Metodista, Batista, Pentecostal, Católica, igreja nenhuma tem poder para salvar. Nunca deposite a sua confiança de salvação na igreja.
Quando Cristo voltar a este mundo muitos terão uma grande surpresa. Alguns membros de igreja se perderão, porque cristianismo não é somente pertencer a uma igreja, isso é parte da vida cristã, sim, mas isso não é tudo. Cristianismo é dependência, é entrega, é comunhão, é companheirismo permanente, diário com o Senhor Jesus.

*** Mas o ser humano não gosta de depender de Deus. Quantas vezes Deus nos vê, com tristeza, partir para nossos próprios caminhos, e Ele fica ali, nos olhando, e pensando: "Pobre filho! Aonde ele pensa que vai? O que ele vai fazer com sua vida?" E lá, nos machucamos e voltamos correndo. Mas o mais maravilhoso é que Jesus não nos critica por isso.
Talvez um dia você tenha que vir a Deus porque não tem mais para onde ir.
Não permita que sua saúde, o dinheiro que Deus lhe deu, o emprego que conseguiu ou a cultura que adquiriu, em lugar de uma bênção, se torne um obstáculo para que você possa entregar completamente sua vida a Deus e aprender a depender dEle como uma criança.
Lembre-se que a vida cristã é uma vida de dependência. Faça um voto agora: nunca começar o dia sem ler a Palavra de Deus. Leia um versículo e pense no que Deus está falando para você. Leia uma meditação matinal.

Abra o seu coração e fale com Ele. Consulte-O sobre seus negócios e decisões. Se precisar vender um carro, consulte Deus. Se tiver que comprar uma roupa, consulte Deus. Se tiver que assinar um cheque, consulte-O também. Aprenda a depender dEle. Você prosperará, crescerá, mas crescerá dependendo dEle. Sua segurança não estará naquilo que você é, ou naquilo que você tem, mas nAquele de quem depende.

Jesus disse que se não formos como crianças não entraremos no Reino dos Céus. Aprenda a ser criança. Diga a Ele: "Senhor, sou uma criança; preciso de Ti. Entra em minha vida e transforma meu coração. Liberta-me, conduze-me, dá-me a vitória, preciso de Ti. Quero estudar Tua palavra, conhecer mais o plano que tens para minha vida. Unir-me ao Teu povo nesta terra, preparar-me para a Tua volta.

Oração
Pai querido, obrigado por Tua promessa de proteção. Obrigado porque em Ti podemos ser mais que vencedores. Oh, Pai, quando às vezes queremos andar sozinhos, por nossos próprios caminhos, faze-nos sentir que sem Ti não somos nada. Traze-nos de volta aos Teus braços, cura-nos e transforma-nos. Em nome de Jesus. Amém.


APRENDENDO COM JABES

  APRENDENDO COM JABES O m enino  p rodígio da  g enealogia!   Alguém já disse certa vez que existe muito pouca diferença entre as pessoas –...