terça-feira, 7 de julho de 2020

APRENDENDO COM MALAQUIAS


Malaquias conclama
à sinceridade e à santidade
Malaquias 2: 1-9
A tarefa dos pregadores não é outra senão a de transmitir a justa vontade de Deus aos homens. Através de Malaquias, Deus estava exigindo de Israel sinceridade e santidade, por ser a nação que Ele separou entre todas para que as bênçãos prometidas fossem derramadas sobre o seu povo. Desta forma, tanto as colheitas como o bem-estar econômico da nação haveriam de ser prósperos. Neste estudo, abordaremos algumas das atualíssimas mensagens desse profeta.

I - O PROBLEMA DA INGRATIDÃO, 1: 1-5

O amor de Deus por Israel é o ponto de partida da mensagem profética de Malaquias. Deus deu muitas e infalíveis provas de seu amor por Israel. Todo o A.T. é prova disso, mas o povo parecia não perceber  e questionava:  “Em que nos amaste? 1: 2.
a) A ingratidão e a insensibilidade reinantes em Israel eram causadas pela falta de consciência da grande distância que estavam da vontade e do caminho do Senhor. Faltava também reverência. Sentiam-se povo do Senhor, mas o desprezavam. Estavam tão cegos que, quando seus horrores eram desmascarados, não viam neles mal algum, e ainda questionavam quando acusados de pecado: “Em quê?", 1: 6, 7. Ingratidão ou inconsciência, esse era o seu pecado! Infelizmente, é ainda o que ocorre hoje. Esquecemos facilmente os livramentos, as bênçãos e o cuidado diário. Muitos são tão incrédulos que nem percebem o grande milagre que é a salvação, a transformação de vidas, que está acontecendo a todo momento.
b) O período pós-exílico - Os dias de Malaquias não eram fáceis. O povo sofria aflições. Mas seria isso motivo para duvidar do amor divino? Ou, como fizeram, chegar ao ponto de acusar Deus de ser infiel às promessas da Aliança? Então, através do profeta, Deus vai dialogando com seu povo, mostrando um contraste que eles bem conheciam: o que havia acontecido com seu vizinho Edom que eram descendentes de Esaú, v. 3.
O fato de Israel ter sido resgatado do exílio, embora não merecesse, mostra a graça, a bondade de Deus em seu favor, o que não acontecera com Esaú, que fora destruído, 1: 3. Mas, Malaquias diz que Israel não compreendia isso.

II - PECADOS DENUNCIADOS, 1: 6-3: 15

Não foi nada fácil para o profeta Malaquias entregar a mensagem de Deus, começando por aqueles que eram responsáveis pelo altar, indo até ao povo, apontando severamente toda ordem de pecados que estavam corrompendo o povo que fora vocacionado para ser uma nação separada.
a) Negligência na vida espiritual, 1: 6-14 -  “Ofereceis sobre meu altar pão imundo”; e, pior que isso, nem percebendo que estavam falhando, indagam: “Em que desprezamos nós o teu nome? 1: 6; Em que te havemos profanados? 1: 7. Será que nós não temos sido igualmente negligentes com o culto, a EBD e a obra missionária?
b) Ensino corrupto, 2: 1-9 - O verdadeiro dever dos sacerdotes era ensinar a Lei de Deus ao povo, 2: 5-7. Mas eles haviam corrompido o ministério. Esse perigo existe sempre que a Bíblia é deixada de lado em nossa vida.
c) Jugo desigual, 2: 10-12 - Israel havia profanado a santidade do Senhor e o pacto que Ele fizera com os seus pais, 2: 10. Não se pode fazer acordo com o mundo, Rm 12: 2.
d) Divórcio, 2:  13, 16 - O divórcio aborrece o Senhor. Muitos eram infiéis com a esposa (“com a qual foste desleal”, 14) e divorciavam por motivos egoístas, 2: 14. Para o estudo do divórcio hoje veja o que Jesus esclareceu em Mt 5: 32; 19: 9 e ainda Rm 7: 2-3.
e) Roubo - 3: 7-12 - A situação espiritual era tão ruim que tentavam enganar a Deus até nos dízimos. As condenação é dura e na mesma linha das demais. Ela mostra como Deus classifica os infiéis no dízimo: desviados. O verso 7 diz:  “vos desviastes”, e chama-os a voltar, porém o povo faz de conta que não sabia de nada e pergunta: “Em que havemos de tornar? Então, no v. 8, Deus diz que o povo estava roubando-o nos dízimos e nas ofertas. Veja Dt 14: 22-29 e 26: 12-15.
 f) A incredulidade, 3: 13-15, dos sacerdotes era tal, 2: 17, que suas palavras se tornaram insuportáveis a Deus. Chegaram ao ponto de dizer ser “inútil servir a Deus”, 3: 14. Pessoas agem assim quando pensam que são mais que Deus. O nome certo para esse pecado é presunção, insolência. Um coração assim precisa de arrependimento.

III - UM REMANESCENTE FIEL, 3: 16-18

Sempre, em todo tempo, em todo lugar, Deus pôde contar com um povo que louva seu nome e glorifica seus atos poderosos, permanecendo fiel aos princípios da Palavra, vivenciando seus ensinamentos.
a) Sinceridade no temor a Deus - O profeta deixa claro que há um memorial escrito diante de Deus, Ml 3: 16, onde estão registrados palavras e atos daqueles que são tementes e se lembram do nome do Senhor.
b) Sinceridade na submissão - A falência espiritual de alguns é contrabalançada pela dedicação piedosa dos que se aproximam mais e mais dele. “Serão meus, diz o Senhor dos Exércitos”, 3: 17. 
c) A sinceridade na fé - A diferença entre o “justo e o ímpio; entre o que serve a Deus e o que não o serve”, 3: 18, será verificada naquele dia. Ninguém se iluda porque haverá um julgamento para todos. Nele os justos serão poupados, como um filho é poupado por seu pai amoroso, pois age seu “particular tesouro”, 3: 17. Há um abismo estabelecido entre os que pertencem a Deus e os que não são dEle, Lc 16: 26. Vale a pena ser fiel.

sexta-feira, 3 de julho de 2020

APRENDENDO COM JESUS


Jesus, o fim da lei?

“Como devemos entender a passagem bíblica que diz ser Cristo o fim da lei? Ainda nos encontramos sob a lei ou  estamos livres dos mandamentos?


Romanos 10.4: “Porque o fim da lei é Cristo”. O termo grego aqui traduzido por “fim” é uma palavra que exprime “o limite ou o momento em que algo, uma coisa ou uma pessoa, deixa de ser o que era, ou quando cessa sua eficácia (veja 2 Co 3.13; 1 Pe 4.7). Em Romanos 10.4, ele não significa extinção, como poderíamos pensar ao ler o versículo. O entido é: alvo, finalização ou conclusão daquilo que se completa incluindo o que havia até então”.
O que a lei era “até então”, até Cristo, é descrito em Gálatas 3.24: “De maneira que a lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo”. Em outras palavras, a lei expõe e revela o que é pecado: “visto que ninguém será justificado diante dele por obras da lei, em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do pecado” (Rm 3.20). Mas a lei não pode expiar pecados nem justificar o pecador. Pelo contrário, ela exige o que deve ser cumprido e guardado: “Porque os simples ouvidores da lei não são justos diante de Deus, mas os que praticam a lei hão de ser justificados” (Rm 2.13).
O próprio Deus diz em Levítico 18.5: “Portanto, os meus estatutos e os meus juízos guardareis; cumprindo-os, o homem viverá por eles. Eu sou o Senhor”. Quem é sincero e não ilude a si mesmo, sabe que ninguém consegue cumprir toda a lei de Deus. A sentença divina é:
“Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Rm 3.23). E, “o salário do pecado é a morte” (Rm 6.23). Mas Deus, em Seu infinito amor, buscou e achou um caminho:
“Porquanto o que fora impossível à lei, no que estava enferma pela carne, isso fez Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança de carne pecaminosa e no  tocante ao pecado; e, com efeito, condenou Deus, na carne, o pecado” (Rm 8.3-4). Jesus Cristo morreu na cruz do Calvário para que todos os que crêem nEle não sofram a morte eterna mas recebam vida por toda a eternidade.
De maneira muito clara, Jesus diz em Mateus 5.17 que não veio a este mundo para anular a lei, mas para cumpri-la e para satisfazer suas exigências: “Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar; vim para cumprir”. Nesse contexto, tornase claro porque não é possível haver salvação sem o sacrifício expiatório na cruz! Como Jesus Cristo cumpriu a lei
e justifica todo aquele que nEle crê (veja Rm 10.4), a lei perdeu seu poder reivindicador para os crentes e tornouse o parâmetro de uma vida com Deus:
“Agora, porém, libertados da lei, estamos mortos para aquilo a que estávamos sujeitos, de modo que servimos em novidade de espírito e não na caducidade da letra” (Rm 7.6). “Servir em novidade de espírito” é demonstrado, na prática, pelo amor ao Senhor e ao nosso próximo.
Por essa razão, “o cumprimento da lei é o amor” (Rm 13.10). Quem ama ao Senhor procura honrá-lO e agradar-Lhe. Assim são cumpridos, pelo amor, os mandamentos que dizem respeito a Deus (não ter outros deuses além dEle, não adorar imagens, não tomar Seu nome em vão) e os que se referem ao próximo (não matar, roubar ou mentir).
Resumindo, podemos dizer que os mandamentos de Deus são princípios para nossa vida de discípulos de Jesus. Não seguimos os mandamentos por querermos receber vida através de seu cumprimento, mas vivemos porque cremos em Jesus Cristo, que cumpriu a lei por nós e nos justificoudiante de Deus (At 13.38-39)! (Elsbeth Vetsch)


APRENDENDO COM ELISEU (PARTE 9)


O Suprimento traz provisão em abundância de toda espécie

Texto: II Reis 6:24-7:20


Israel se encontrava numa situação assoladora, Samaria estava sitiada, não havia alimento, mães comendo seus próprios filhos, cabeças de jumentos sendo banquetes, esterco de pomba custando pequenas fortunas. A assolação trouxe degradação moral, e desespero. Às vezes encontramos pessoas ou até mesmo nós nos encontramos em certas situações que nada parece dar jeito, o desespero toma conta da situação, nos vemos tomando atitudes que jamais tomaríamos em outras circunstâncias. O povo de Israel estava assim, porém havia um suprimento sobrenatural e poderoso de Deus para o seu povo, parecia inacreditável mas aconteceria, assim também hoje, você vai receber este suprimento e inexplicavelmente vai sair desta situação de destruição.

O rei de Israel queria a cabeça de Eliseu, por Ter sido um agente na trégua contra os Siros no Cap.6, e o provável culpado por este revés. Eliseu vivia pelo suprimento sobrenatural e no Cap.7:1, declara profeticamente que no dia seguinte haveria suprimento, alimento a baixo custo, seria a virada, o suprimento no meio da crise.

O Suprimento já existe!

O suprimento aconteceu de forma maravilhosa, Deus espantou o cerco dos Siros com um barulho ensurdecedor que amedrontou o inimigo que deixou no acampamento todo o suprimento profetizado por Eliseu ( Cap.7 v.6).

Quatro leprosos que estavam na porta da cidade foram ao arraial dos siros para tentar receber algo, eram desprezados por serem leprosos, viviam for a do convívio do povo, mas foram eles que trouxeram a Israel a grande notícia da vitória. Talvez a tua situação seja terrível mas a palavra profética de suprimento já está sobre a tua vida, o milagre já aconteceu, só que existem 4 leprosos que você tem desprezado, quatro valores espirituais essenciais para que você possa receber o suprimento que já existe conforme a palavra profética sobre a tua vida. Posicione-se, é dia de ser suprido.

O primeiro leproso


O primeiro leproso desprezado é a memória do passado. No Sl.103:2, vemos o salmista dizer “ bendizei ó minha alma ao Senhor e não te esqueças de nenhum de seus benefícios”, não podemos nos esquecer daquilo que Deus já fez. O rei estava desesperado  e queria matar a Eliseu, havia se esquecido que Deus já havia livrado a Eliseu quando foi cercado pelos siros, havia também se esquecido de que era exatamente o Senhor quem revelava a Eliseu a estratégia dos siros contra Samaria, por isso estava incrédulo, e não
podia ver o suprimento e nem recebê-lo, porém Eliseu sabia que Deus continuava o mesmo, aquele que havia feito, continuava fazendo, os atos de justiça do Senhor estavam na memória de Eliseu, e isso o fazia andar com certeza de vitória rumo ao suprimento de Deus. Não se esqueça que aquele que começou a boa obra é o mesmo e é fiel para completá-la (Filipenses: 1:6). Lembre-se do que o Senhor já fez, creia, o teu suprimento continua vivo, Deus não mudou, habilite-se pela fé para a conquista deste suprimento que já é teu.

O Segundo Leproso


O segundo valor desprezado é a nossa postura responsável diante das situações. O rei desprezou isso. Quando viu o preço dos alimentos, quando viu uma mãe se alimentando de seu próprio filho, quis matar a Eliseu, o rei tomaria uma atitude contra o Profeta, mas não uma atitude contra os siros. O rei de Israel tinha coragem de ir contra o ungido do Senhor, mas não tinha coragem de ir contra o inimigo, sua posição de rei e líder de uma nação estava desprezada, ele estava tão frágil e assustado quanto qualquer morador de Samaria. Que rei é esse que não toma o seu exército e vai contra o inimigo crendo, que o Senhor lhe daria vitória, que vê o seu povo morrendo e não se dispõe a dar a sua vida lutando pelo reino, que é o mínimo que se pode esperar de um rei? Muitas vezes colocamos a culpa em Deus, no Pastor, na Igreja, em todos , e não tomamos posição, não agimos, nos esquivamos, e não vivemos o suprimento sobrenatural. Faça a sua parte e Deus fará o milagre, não despreze sua responsabilidade. Eliseu era profeta, cria no milagre de Deus e se posicionou, profetizou, acreditou, pois estava firmado na rocha e sabia que o suprimento viria, faça isso, e o teu suprimento que já existe virá sobre a tua vida.

Terceiro Leproso


O terceiro leproso desprezado é a palavra profética, no Cap.7v.2, o Capitão do rei, desprezou a palavra profética, riu de Eliseu e não acreditou. O capitão só cria naquilo que via e jamais veria o suprimento, Eliseu cria no que não podia ver e veria o suprimento sobrenatural. Quantas vezes você leu a palavra, ou ouviu, e duvidou dela, quantas vezes achou que serviria para todas as pessoas menos para você mesmo, quando isso acontece, estamos fechando a porta de suprimento. A palavra de Deus é verdadeira, suas promessas se cumprem, em           II Cor 20:20, Josafá diz ao povo, “Crede no Senhor e estareis seguros, crede nos seus profetas e prosperareis”, nós temos uma esperança que nos faz andar, temos uma verdade que nos alimenta, foi a promessa que levou Calebe a perseverar e alcançar a terra da promessa, e o manteve forte e disposto. Não despreze a promessa de Deus, ela vai se cumprir. O Capitão do rei desprezou e morreu, morreu antes de ver o suprimento chegar, pois não creu, Eliseu era um profeta que cria, e viu o suprimento sobrenatural de Deus.

 

 

 

Quarto Leproso


O quarto leproso desprezado é a fé, no verso 12 do cap.7, o rei mesmo com a notícia dos leprosos não creu no livramento do Senhor. Um rei que havia sido ungido como tal, que havia recebido capacitação de Deus par exercer o seu reinado, não cria na mão de Deus segundo a palavra do profeta Eliseu. Em Hebreus 11:6 aprendemos que aquele que se aproxima de Deus deve crer que ele existe e que é galardoado daqueles que o buscam. Infelizmente o povo estava sendo governado por um rei incrédulo, se dependesse da sua fé o suprimento não viria. Mas Eliseu era um homem cheio de fé, profetizou e creu no milagre. O justo viverá pela fé, o teu suprimento já existe, não seja roubado pela sua falta de fé, não despreze a fé mas seja suprido pelo milagre de Deus.

O teu suprimento já existe, o milagre já aconteceu, pois fiel é aquele que te chamou das trevas para a sua maravilhosa luz, posicione-se e receba este suprimento. Hoje comprometa-se com o senhor, e não despreze o que Deus já fez, não despreze a tua ação e responsabilidade, não despreze a palavra profética e não despreze a fé. Posicione-se como Eliseu e o teu suprimento, de forma inexplicável aos homens, se derramará do céu sobre a tua vida.

















APRENDENDO COM JESUS


JESUS - Adoração em Espírito e verdade

Texto: João  4:24

Esta questão de adoração surge num contexto onde Jesus oferece a uma mulher a satisfação de sua alma. O mais interessante é que a sede daquela mulher era sede de adoração, de desejo de adorar a Deus da maneira certa. Tão logo ela percebe que Jesus era um profeta, pergunta: "Nossos pais adoraram neste mundo e vos dizeis que é em Jerusalém que se deve adorar..."

O conteúdo subliminal desta pergunta da mulher era sobre como adorar a Deus e onde fazê-lo. E neste cenário, Jesus introduz uma perfeita revelação acerca da verdadeira adoração e este ensino, chamaremos de teologia da verdadeira adoração.

A teologia da verdadeira adoração baseia-se na Espiritualidade de Deus

Antes de ensinar como adorar, Jesus ensina àquela mulher um atributo do caráter de Deus, entendido pela teologia como Espiritualidade de Deus. Isto é, Deus é Espírito e disto conclui-se:

a) Que sendo Espírito, Deus não pode ser representado por forma humana, afinal, não possui corpo, nem forma física, fugindo a qualquer representação que os homens possam querer dá-lo.
b) Sendo Espírito, Ele não esta sujeito à matéria, nem aos condicionamentos humanos.
c) Sendo Espírito, Deus pertence à dimensão espiritual e quem quiser adorar a Deus, deve faze-lo na dimensão de Deus.

O que a teologia da Espiritualidade de Deus nos ensina sobre adoração.

1o - Que quem adora a Deus, deve faze-lo na dimensão de Deus.
a) Isto implica numa adoração sem formalismo, sem métodos, mas com espontaneidade, voluntariamente como fruto do coração. Uma adoração sem reservas, sem parâmetros humanos. Não em forma de liturgia desvirtuada de adoração intima como a Pseudoadoração de Israel. ( Is 1.11-17).

2o É uma adoração que se pode ser feita por nascidos do Espírito. Jo 3.8.
As características das pessoas nascidas do Espírito são:
a) Reconhecem a liberdade do Espírito. "O vento sopra onde quer". Não onde queremos.
b) Vive com alma aberta ao mover de Deus, sem presunções, sem querer determinar a maneira de Deus agir. "Não sabes donde vens, nem para onde vai".
O adorador não tenta definir Deus, esquadrinhá-lo, mas apenas adora. O verdadeiro adorador não esta buscando explicações sobre Deus, esta buscando adorá-lo. Muitos nos dias de hoje tentam fazer de Deus um ídolo que pode ser manipulado sobre a forma de uma pretensa adoração, mas Deus não se deixa escarnecer.

Sabendo que Ele é Espírito, devemos adorá-lo em Espírito e em Verdade.

Depois de ensinar um pouco da natureza daquele que se deve adorar, Jesus começa a ensinar como adora-lo. E como adora-lo?



1o Devemos adora-lo em espírito

Antropologicamente, o homem se constitui de duas partes, a material e a espiritual. Com a material acontece a comunicação com o mundo exterior e na parte espiritual, acontece a comunicação com o mundo espiritual. Portanto, adorar a Deus em espírito seria;

a) Adora-lo na intimidade e profundidade do ser. Adoração exterior não é adoração.

b) É adora-lo sem a dimensão carnal dos que adoram sem sinceridade e retidão de coração.
A historia de Caim e Abel é um exemplo disto, veja:
· Caim dizia adorar a Deus, mas sua vida não lhe agradava.
· Caim com sua adoração queria comprar o favor divino. Ofertava-se para agradecer e pedir a bênção.
· Caim ia adorar, mas não dominava o pecado. V 7.
· Caim prestava adoração mais odiava o seu irmão.

c) Só os nascidos de novo adoram em espírito, por que esta condição só é aprendida por aqueles cujo o Espírito de Deus lhes habita o espírito. O Espírito Santo no crente o ensina a adorar em espírito. Ex. Paulos e Silas na prisão.

2o Devemos adora-lo em verdade.

Entendemos este texto sobre duas perspectivas:

A) Adora-lo em Verdade, ou seja, em Cristo. Jo 14.6
· Sem o cerimonialismo e formalismo judaico. V 20 e Cl 2.14
· Sem o misticismo samaritano.v 20
Que espiritualizava Gerizim, como alguns crentes de nossos dias. Mistificando igrejas e buscando o místico exageradamente e sem bíblia.
· Enfim, adora-lo na verdade e adora-lo na fé em Cristo.


B) Adora-lo em Verdade, ou seja, na Palavra. Jo 17.17.
Como a bíblia ensina adora-lo na Palavra.
· Sendo santificado na Palavra
· Amando e obedecendo a Palavra
· A adoração na Palavra tem vários sentidos, veja:
· Como ato de se prostar. Ap 5.14
· Como ato de ensinar a Palavra. Mt 15.9
· Como ato de orar e jejuar. Lc 2.37
· Como um estado de espírito. Jo 4.24
· Como entoação de poemas para Deus. Sl 47.6
· Como o entoar de hinos e palavras de exaltação a Deus. Sl 149.6
A palavra nos ensina a adorar e a verdade da adoração.


Concluímos dizendo que as formas de adoração de muitas comunidades evangélicas têm entristecido a Deus ao invés de adora-lo. Nunca podemos esquecer do caráter de nosso Deus ao adora-lo, pois adora-lo em espírito e em verdade, deve ser a inspiração de sua natureza em nós.

APRENDENDO COM PAULO (PARTE 48)


APRENDENDO COM PAULO

A primeira prisão em Roma – Paulo – O Líder Cristão
Paulo desejou ir a Roma várias vezes, mas sempre foi impedido de realizar seu sonho (Rm 1.1­13). Queria chegar à capital do império e visitar os crentes com alegria para recrear-se no meio deles (Rm 15.32). Tinha convicção de que chegaria à igreja de Roma na plenitude da bênção de Cristo (Rm 15.29). Também desejava fazer da igreja de Roma seu novo quartel general, sua base missionária para chegar à Espanha, última fronteira do império do lado ocidental (Rm 15.24,28).
O tempo de Deus não é o nosso. Paulo foi impedido de ir a Roma no tempo que queria ir e da forma que desejava. Porque não pôde visitar a igreja de Roma dentro desse tempo planejado por ele, acabou escrevendo à igreja. Se Paulo tivesse visitado a igreja, talvez fôssemos privados desse grande tesouro que é sua carta aos Romanos. Quando nossos caminhos parecem fechados, Deus está abrindo-nos uma porta maior. Os propósitos de Deus não podem ser frustrados. Os caminhos de Deus são mais altos do que os nossos. Os impedimentos de Deus estavam na agenda de Deus para um benefício maior, não apenas da igreja de Roma, mas de todos os cristãos, de todos os tempos.
Contudo, a visita de Paulo a Roma não era apenas sonho de Paulo; era também projeto de Deus. Quando Paulo foi preso em Jerusalém, ao testemunhar ousadamente perante o sinédrio judaico, o próprio Deus apareceu a ele numa visão e lhe disse: “… Coragem! Pois do modo por que deste testemunho a meu respeito em Jerusalém, assim importa que também o faças em Roma” (At 23.11).

Diante da pusilanimidade do rei Festo, que estava inclinado a ceder à pressão e sedução dos judeus para entregar Paulo nas mãos de seus patrícios, este apelou para ser julgado em Roma (At 25.10), no que foi imediatamente atendido (At 25.12).

Como vimos no capítulo anterior, sua viagem para Roma foi tumultuada e cheia de percalços. Paulo chegou a Roma como um prisioneiro depois de enfrentar um terrível naufrágio. Durante dois anos, ficou detido numa prisão domiciliar em Roma (At 28.30), na companhia de um soldado da guarda pretoriana, que o guardava (At 28.16; Fp 1.13). Nessa prisão domiciliar, numa casa alugada por ele mesmo, tinha liberdade para receber as pessoas e instruí-las (At 28.23). Nesse tempo, pregou o reino de Deus com toda a intrepidez, e sem nenhum impedimento ensinava as coisas referentes ao Senhor Jesus Cristo (At 28.31).

Paulo, um escritor prolífico

Paulo foi o maior escritor da nova dispensação. Escreveu treze dos 27 livros do Novo Testamento. De Corinto, escreveu suas duas cartas à igreja de Tessalônica, nas quais fez uma sublime abordagem sobre a escatologia, a doutrina das últimas coisas, e a carta aos gálatas, uma consistente e robusta defesa da fé cristã. De Éfeso, escreveu suas duas cartas a Corinto. A primeira carta para resolver sérios problemas que estavam minando a igreja, como divisões, intrigas, imoralidade, desvios quanto à liberdade cristã, à doutrina da ceia, dos dons e da ressurreição. Na segunda carta, a missiva mais pessoal do apóstolo, ele faz uma defesa contundente do seu apostolado. No fim da terceira viagem missionária, antes de viajar para Jerusalém, possivelmente de Corinto, escreveu sua carta aos romanos, o maior tratado teológico do Novo Testamento.

De sua primeira prisão em Roma, Paulo escreveu quatro cartas: Efésios, Filipenses, Colossenses e Filemom. A carta aos efésios é o maior tratado eclesiológico do Novo Testamento. A carta aos colossenses foca sua atenção na doutrina de Cristo, sendo um robusto compêndio de cristologia. A carta a Filemom é uma epístola pessoal do apóstolo, dirigida a um crente de Colossos, cuja igreja se reunia em sua casa. Paulo escreve a Filemom para realçar a necessidade de ele perdoar o seu escravo fugitivo, Onésimo, agora convertido e filho na fé do velho apóstolo. Sua última carta da primeira prisão foi Filipenses. Esta é a missiva da alegria. Nessa carta, Paulo testemunha que as coisas que lhe aconteceram contribuíram para o progresso do evangelho (Fp 1.12). Que coisas aconteceram a Paulo? Ele foi perseguido em Damasco, rejeitado em Jerusalém, esquecido em Tarso, apedrejado em Listra, açoitado e preso em Filipos, escorraçado de Tessalônica, enxotado de Bereia, chamado de tagarela em Atenas e de impostor em Corinto. Enfrentou feras em Éfeso, foi preso em Jerusalém, acusado em Cesareia. Enfrentou um naufrágio na viagem para Roma e foi picado por uma cobra em Malta. Chegou a Roma preso e algemado. Estava, agora, na antesssala do martírio, no corredor da morte, com o pé na sepultura e a cabeça na guilhotina de Roma. Mas olhava para essas circunstâncias pelos óculos da providência divina, dizendo que elas, longe de destruí-lo, contribuíram para o progresso do evangelho.
Paulo, um embaixador em cadeias
Paulo jamais se considerou prisioneiro de César, mas prisioneiro de Cristo. Jamais murmurou atribuindo a Satanás suas cadeias. Embora Satanás tenha intentado contra ele, nunca Paulo o considerou como o agente de seus sofrimentos. Quem estava no comando de sua agenda não era o inimigo, mas Deus. Paulo não acreditava em casualidade nem em determinismo. Ele sabia que a mão da Providência o guiava até mesmo na prisão. Ele foi perseguido, odiado, caluniado, açoitado, enclausurado, mas jamais viu os seus adversários como agentes autônomos nessa empreitada. Ele sempre olhou para os acontecimentos na perspectiva da soberania e do propósito de Deus. Considerava-se embaixador em cadeias. Estava preso, mas a Palavra de Deus estava livre. Paulo considerava o evangelho mais importante que o evangelista; a obra, mais importante que o obreiro. A divulgação do evangelho é mais importante que o mensageiro. Por isso, na prisão Paulo foca sua atenção na proclamação do evangelho, e não em si mesmo. Não importa se o obreiro vive ou morre,desde que o evangelho seja anunciado (Fp 1.20). Porque ele estava preso, três coisas maravilhosas aconteceram:

Em primeiro lugar, a igreja tornou-se mais ousada para pregar. Eis o testemunho do veterano apóstolo: “e a maioria dos irmãos, estimulados no Senhor por minhas algemas, ousam falar com mais desassombro a palavra de Deus” (Fp 1.14). A perseguição não pode destruir a obra de Deus. Pelo contrário, ela a promove. A igreja de Deus jamais foi destruída por tribulações e cadeias. As cadeias de Paulo foram um tônico para a igreja, combustível para alimentar a evangelização.
Em segundo lugar, toda a guardapretoriana conheceu o evangelho. Paulo faz o seguinte registro: “de maneira que as minhas cadeias, em Cristo, se tornaram conhecidas de toda a guarda pretoriana e de todos os demais” (Fp 1.13). A guarda pretoriana era corporação de elite do palácio do imperador. Era a guarda de escol do império, a guarda imperial de Roma. Era a tropa de elite instalada no palácio do imperador. Tratava-se de soldados que transitavam no palácio e cuidavam da proteção do próprio imperador. Foi instituída por Augusto e compreendia um corpo de 10 mil soldados escolhidos. Augusto a havia mantido dispersa por toda a Roma e aldeias. Tibério a concentrou em Roma, em um edifício especial com um campo fortificado. Vitélio aumentou o número dessa guarda para 16 mil. Ao final de dezesseis anos de serviço, esses soldados recebiam a cidadania romana. Essa guarda passou a ser quase o corpo de guarda privado do imperador. Nos dois anos em que Paulo ficou preso em Roma, aproveitou o ensejo para evangelizar cada soldado encarregado de sua segurança. O rodízio dessa guarda era um verdadeiro campo missionário para o embaixador em cadeias. Ao cabo de dois anos, toda a guarda pretoriana e todos os demais ouviram as boas-novas do evangelho. Dia e noite, durante dois anos, Paulo era preso a um soldado dessa guarda por uma algema. Visto que cada soldado cumpria um turno de seis horas, a prisão de Paulo abriu caminho para a pregação do evangelho no regimento mais seleto do exército romano, a guarda imperial. Paulo, no mínimo, podia pregar para quatro homens todos os dias. Toda a guarda pretoriana sabia a razão pela qual Paulo estava preso, e muitos desses soldados foram alcançados pelo evangelho. O resultado é que Paulo encontrou um campo aberto para a evangelização dentro do próprio palácio. Quando escreveu sua carta aos filipenses, ao remeter saudações à igreja de Filipos, os crentes de Roma enviam saudações àquela igreja coirmã, e Paulo assim escreve: “Todos os santos vos saúdam, especialmente os da casa de César” (Fp 4.22).

Em terceiro lugar, Paulo escreveu cartas que abençoam o mundo. Porque Paulo estava preso, impedido de visitar as igrejas, escreveu cartas. Porque ele era prisioneiro de Cristo (Ef 3.1; 4.1) e embaixador em cadeias (Ef 6.20), pastoreou as igrejas a distância por meio de suas missivas. Essas epístolas (Efésios, Filipenses, Colossenses e Filemom) são verdadeiros tesouros que têm edificado a igreja e fortalecido os cristãos ao longo dos séculos. Certamente o que mais contribuiu para o progresso do evangelho foram essas cartas que Paulo escreveu da prisão. Elas são luzeiros a brilhar. Têm sido instrumento para levar milhões de pessoas a Cristo e edificar o povo de Deus ao longo dos séculos.
Dessa prisão, Paulo saiu. E, ao sair, visitou as igrejas, deixando Timóteo em Éfeso, Tito em Creta, e percorrendo outras regiões, sempre levando a edificação ao povo de Deus. Alguns escritores pensam que nesse tempo Paulo também visitou a Espanha.
No espaço entre sua primeira e segunda prisões, Paulo escreveu duas cartas pastorais: a primeira carta a Timóteo e a carta a Tito, nas quais orientou seus cooperadores como proceder na igreja de Deus.
O velho apóstolo era como uma vela acesa: brilhava com a mesma intensidade até acabar. Paulo era um homem incansável, um espírito irrequieto, um evangelista superlativo, um pregador incomparável. Depois de plantar igrejas nas quatro províncias romanas – Galácia, Macedônia, Acaia e Asia Menor -, deixa também sua marca na igreja de Roma, ainda que recolhido a uma prisão.
Paulo não granjeou riquezas, mas enriqueceu muitos. Paulo não tinha nada, mas possuía tudo. Paulo não teve filhos naturais, mas gerou milhares de filhos espirituais. Paulo não se casou, mas orienta em suas cartas milhões de casais ainda hoje. Suas cartas inspiradas são monumentos da graça. Seu exemplo, um legado para a igreja em todos os tempos. Suas cadeias, fonte de inspiração para todos os cristãos. Sua morte, uma oferta de libação ao Senhor.


segunda-feira, 15 de junho de 2020

APRENDENDO COM ELISEU (PARTE 8)


ELISEU FAZ FLUTUAR O FERRO DE UM MACHADO

2 Reis 6:1-7

    Esta é uma passagem muito interessante da Bíblia... fala de Eliseu; esse servo de Deus dirigia uma escola de profetas e aqui, neste texto, ele passa por uma inusitada situação.

    Eliseu vai até o rio Jordão com os aprendizes de profeta que ele tem em sua escola, eles vão ao rio Jordão para cortar algumas árvores a fim deles terem "vigas" (ou toras de madeira para as suas construções).

    Mas, no cortar das árvores, um deles deixou que o ferro do seu machado caísse dentro das águas do rio, e isso causou uma grande preocupação entre eles, porque aquele machado, justamente aquele machado, era emprestado.

    Então, Eliseu, fez o seguinte: cortou um pedaço de pau, jogou na água e isso fez com que, sobrenaturalmente, o ferro do machado flutuasse sobre as águas... isto é, aquela peça de ferro, o machado, boiou sobre as águas, como se fosse uma folha de papel.

    Assim, o machado foi resgatado e o problema resolvido.

·         Que lição, essa parte da Bíblia, a Palavra de Deus, passa para nós?
    Eu quero destacar algumas coisas nesse texto, que nos ensinam importantes princípios sobre diversas áreas da nossa vida.

    Vamos começar pelo v.1, onde está escrito: “Eliseu dirigia um grupo de profetas. Um dia eles lhe pediram: o lugar onde moramos com você é muito pequeno”.

    A primeira coisa que eu destaco neste texto é que estes aprendizes de profeta tinham a visão de crescer, a visão de expandir... eles perceberam que o lugar onde moravam com Eliseu se tornou pequeno!

    E essa visão moveu a cada um deles a buscar enlarguecer, expandir ou aumentar o lugar onde estavam.

·         Sabe, essa visão precisa ser também nossa.
    Quantas vezes nos acomodamos a uma condição que só vai nos estreitando, que só vai nos apertando... e não vemos a necessidade e possibilidade de termos uma condição melhor!
    Muitas vezes é a condição financeira que nos é estreita... e ficamos amargando a vida toda nela... será que não podemos ter uma visão de crescimento e procurarmos fazer algo para a situação ser melhor?
    O nosso espaço aqui também serve de exemplo: aqui, está ficando estreito demais!

    Você vê? ...nestas estações do ano, mesmo com frio e chuva, nosso lugar, aos domingos, se estreita... e como vai ser nas próximas estações?

    Será que temos a visão que tinham os aprendizes de profeta, que Eliseu dirigia? ...a visão prá dizer: “o lugar onde moramos com você é muito pequeno... que acha de conseguirmos um bem grande?”

·         A visão de crescer deve nos mover à obra... deve nos mover à uma ação no sentido de termos um lugar mais amplo, onde outros aprendizes de profeta possam ser acrescentados à nós!
    E sabe, o crescimento da igreja é um fator relevante no Reino de Deus... em Atos lemos que a "A igreja...crescia em número" (Atos 9:31)... em Atos também lemos que dia a dia o Senhor acrescentava à igreja as pessoas que iam sendo salvas.

    E é para ser assim! ...se a igreja está viva, se está avivada, é natural que cresça.

    Mas se nós não tivermos uma visão de crescimento, então ficaremos no nosso lugar estreito para todo o sempre.

    Mas, diga a pessoa ao lado: Não é porque o lugar é estreito, que sua visão precisa ser estreita!

·         Agora, vamos ao v.2, onde está escrito: “Dê licença para irmos até o rio Jordão a fim de cortar algumas árvores. Com elas construiremos uma casa para a gente morar”.
    Os aprendizes do grupo de Eliseu disseram: “Dê licença para irmos até o rio Jordão”.

    Porque eles tinham a visão de crescimento, tiveram também essa iniciativa, essa vontade de trabalhar.

    Isso é muito importante: Quantas pessoas têm visão, têm sonho, têm um projeto, mas que não saem disso, porque não têm a vontade de trabalhar?
    É o sonho de melhorar a casa, e a pessoa diz: “Ah! Mas eu vou ter que me mudar para a parte dos fundos... vou ter que andar mais... me mover mais... me esforçar mais...”. e assim, fica sem ver o sonho realizado!

    Então não, não basta ter a visão, tem que ter vontade de trabalhar.

·         A próxima lição que podemos colher, está nesse mesmo verso, na parte onde lemos: "Podem ir! Respondeu Eliseu”. (6:2b)
    O aval de Eliseu liberou os aprendizes de profeta a cumprirem o propósito a qual foram inspirados.

    Eliseu não se deixou levar por nenhum sentimento de ciúme ou inveja, classificando a obra como desnecessária ou fora de hora.

    Ele era o líder, mas ele não ficou enciumado, dizendo: “Hummm, essa idéia era pra ser minha...”; não... ele percebeu que a visão foi gerada no coração do seu grupo, e sendo boa, deu liberação, a licença que pediram para que o trabalho fosse feito.

    Eliseu declarou: “Podem ir!”  Ele disse, conforme lemos em outra versão da Bíblia, “ide”, o mesmo "ide" que mais tarde Jesus iria falar para todos os Seus discípulos: "Ide por todo mundo". (Marcos 16:15)

·         Isso mostra pra nós que ser líder na obra de Deus é ser servo dos filhos de Deus.
    Os líderes cristãos não se ostentam, não se exaltam, não dizem: “Eu sou o líder, então: eu falo, vocês ouvem... eu mando, vocês fazem”.

    Não, no reino de Deus, ser líder é ser servo... é ser disponível!

    E veja que no v.3 está escrito: “Um dos profetas insistiu que Eliseu fosse com eles. Eliseu aceitou, e eles saíram juntos. Quando chegaram ao Jordão, começaram a trabalhar”.

    Eliseu foi junto com eles, saíram juntos, chegaram juntos e, eles e Eliseu, começaram a trabalhar.

    É assim que é para ser: líderes e liderados caminham juntos. Tá aí um bom princípio para nós!

·         No v.5, temos mais... numa parte dele está escrito: “O que vou fazer, senhor?... o machado era emprestado”.
    Aquele machado era, como é, uma ferramenta de trabalho, que por descuido, caiu na água do rio e afundou, sumindo por lá.

    No reino de Deus, irmãos, nossos dons são como ferramentas de trabalho, nos são dados para o crescimento da obra de Deus.

·         Agora, como o irmão/irmã, tem manuseado essa ferramenta que Deus deu?
    Porque é preciso cuidado no uso, é necessário manusear com cuidado, se não, o machado cai na água!

    Há irmãos que nem sequer sabem que tem ferramentas de trabalho que lhes foram dadas pelo Senhor! ...pergunte a elas: “Qual o seu dom” e muitas dirão: “Não sei... eu até acho que nem tenho dom!”.

·         Sabe, a Bíblia diz que “cada um tem o dom que Deus lhe deu; um tem este dom, e outro, aquele” (1Co 7.7).
    Todo crente tem! Mas se usa com descuido, esse dom vai afundar no rio.

    Na parábola dos Dez Talentos (Mateus 25:14-30) Jesus fala da condenação que vem para quem "enterra", ou seja, descuida, não usa, ou usa de forma errada, de maneira que não produz crescimento, o dom que recebeu de Deus.

·         O uso dos dons tem que ser feito com muito cuidado.
    Não pode ser devagar demais, nem forte demais... é como o ferro do machado desse texto: devagar demais não produz efeito... mas, forte demais, pode parar na água.

    Muitos usam de violência com os seus dons, pensando que assim irão conseguir respeito dos outros... mas o uso da força, pode destruir uma ferramenta.

·         Agora, vamos para o v.6, onde está escrito: “Onde foi que ele caiu? Perguntou Eliseu”.
    Irmãos, isto é tremendo: “Onde foi que ele caiu?”

    O rapaz que manuseava o machado, errou, falhou na força empregada, e o ferro caiu na água e afundou no rio... e o machado não era dele...

    Sabe, irmão/irmã, mesmo que nós cometamos os nossos erros, nossas falhas... mesmo que o nosso machado venha a cair do nosso controle, o Senhor, Ele quer nos devolver a ferramenta, e nos manter trabalhando no Seu reino.

    Deus espera que façamos como o aprendiz de profeta que Eliseu dirigia fez... o moço falou pra Eliseu: “Senhor, o ferro de meu machado escapou do cabo e caiu na água”. Isso é confissão.

    Nesse v.6, lemos que Eliseu perguntou: “Onde foi que ele caiu” e o moço mostrou o lugar.

    Deus quer que nós confessemos onde foi a nossa queda, onde foi que caímos... por que Ele quer devolver o que foi perdido... e assim, nos manter no uso do nosso dom.

·         Quem sabe, havia algo que você fazia muito bem para Deus e para os outros, mas que parou de fazer?
    Você pregava e não prega mais... você cantava... você tocava um instrumento... você profetizava... você orava pelas pessoas... você ajudava e parou...

    Onde foi que esse seu dom caiu? ...por que Deus quer resgatá-lo!
·         Finalmente, lemos isto no v.7: “Pegue-o! mandou ele. E o homem esticou o braço e o pegou”.
    Agora só depende de você... basta apenas que você busque, basta apenas que você estique o braço... e você será restaurado à obra de Deus!

    Talvez você pergunte: “mas como? Eu errei, eu falhei no manuseio do que Deus me deu... eu pus tudo a perder... eu pus tudo a afundar no rio... como posso reaver o que perdi?”.

    Amado, o texto aqui diz que Eliseu, cortou um pedaço de pau, um pedaço de madeira, jogou na água e fez o machado de ferro boiar.

    Eu quero lhe dizer isto: O Senhor nosso Deus, também jogou um pedaço de pau, um pedaço de madeira, mas não foi nas águas de um rio, foi no monte do Calvário, na forma de uma cruz, onde o sangue precioso de Cristo foi derramado, para reerguer, para levantar o que foi afundado.

    Portanto, o que afundou da sua vida, Deus levanta novamente pelo sangue de Cristo... 
  

Walter Pacheco da Silveira

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