Jesus, o fim da lei?
“Como devemos entender a passagem
bíblica que diz ser Cristo o fim da lei? Ainda nos encontramos sob a lei
ou estamos livres dos mandamentos?
Romanos 10.4: “Porque o fim da lei é Cristo”. O
termo grego aqui traduzido por “fim” é uma palavra que exprime “o limite ou o momento
em que algo, uma coisa ou uma pessoa, deixa de ser o que era, ou quando cessa
sua eficácia (veja 2 Co 3.13; 1 Pe 4.7). Em Romanos 10.4, ele não significa extinção,
como poderíamos pensar ao ler o versículo. O entido é: alvo, finalização ou
conclusão daquilo que se completa incluindo o que havia até então”.
O que a lei era “até então”, até Cristo, é descrito em
Gálatas 3.24: “De maneira que a lei nos serviu de aio para nos conduzir a
Cristo”. Em outras palavras, a lei expõe e revela o que é pecado: “visto
que ninguém será justificado diante dele por obras da lei, em razão de que pela
lei vem o pleno conhecimento do pecado” (Rm 3.20). Mas a lei não pode
expiar pecados nem justificar o pecador. Pelo contrário, ela exige o que deve
ser cumprido e guardado: “Porque os simples ouvidores da lei não são justos
diante de Deus, mas os que praticam a lei hão de ser justificados” (Rm 2.13).
O próprio Deus diz em Levítico 18.5: “Portanto, os meus
estatutos e os meus juízos guardareis; cumprindo-os, o homem viverá por eles.
Eu sou o Senhor”. Quem é sincero e não ilude a si mesmo, sabe que ninguém
consegue cumprir toda a lei de Deus. A sentença divina é:
“Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Rm
3.23). E, “o
salário do pecado é a morte” (Rm 6.23). Mas Deus, em Seu infinito amor,
buscou e achou um caminho:
“Porquanto o que fora impossível à lei, no que estava
enferma pela carne, isso fez Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança de
carne pecaminosa e no tocante ao pecado;
e, com efeito, condenou Deus, na carne, o pecado” (Rm 8.3-4). Jesus Cristo morreu na cruz do
Calvário para que todos os que crêem nEle não sofram a morte eterna mas recebam
vida por toda a eternidade.
De maneira muito clara, Jesus diz em Mateus 5.17 que não
veio a este mundo para anular a lei, mas para cumpri-la e para satisfazer suas
exigências: “Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para
revogar; vim para cumprir”. Nesse contexto, tornase claro porque não é
possível haver salvação sem o sacrifício expiatório na cruz! Como Jesus Cristo cumpriu
a lei
e
justifica todo aquele que nEle crê (veja Rm 10.4), a lei perdeu seu poder reivindicador para
os crentes e tornouse o parâmetro de uma vida com Deus:
“Agora, porém, libertados da lei, estamos mortos para
aquilo a que estávamos sujeitos, de modo que servimos em novidade de espírito e
não na caducidade da letra” (Rm 7.6). “Servir em novidade de espírito” é demonstrado, na
prática, pelo amor ao Senhor e ao nosso próximo.
Por essa razão, “o cumprimento da lei é o amor” (Rm
13.10). Quem ama ao Senhor procura honrá-lO e agradar-Lhe. Assim são
cumpridos, pelo amor, os mandamentos que dizem respeito a Deus (não ter outros
deuses além dEle, não adorar imagens, não tomar Seu nome em vão) e os que se
referem ao próximo (não matar, roubar ou mentir).
Resumindo, podemos dizer que os mandamentos de Deus são princípios
para nossa vida de discípulos de Jesus. Não seguimos os mandamentos por
querermos receber vida através de seu cumprimento, mas vivemos porque cremos em
Jesus Cristo, que cumpriu a lei por nós e nos justificoudiante de Deus (At
13.38-39)! (Elsbeth Vetsch)
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