sábado, 14 de maio de 2022

APRENDENDO COM PAULO (PARTE 61)

 Tristeza segundo o mundo, ou tristeza segundo Deus?

 

II Coríntios 7.9-10 - "A tristeza segundo Deus produz um arrependimento que leva à salvação e não remorso, mas a tristeza segundo o mundo produz morte.Vejam o que esta tristeza segundo Deus produziu em vocês: que dedicação, que desculpas, que indignação, que temor, que saudade, que preocupação, que desejo de ver a justiça feita! Em tudo vocês se mostraram inocentes a esse respeito."

 

Paulo escreveu isso para a Igreja, não para o mundo.arrependimento é para o mundo tanto quanto o é para a Igreja. Nessa passagem, "arrependimento" vem da palavra grega metanoia que significa "mudança da mente". Deus não está procurando arrependimento de pecados somente, mas uma mudança de mente e de coração através do processo de pensamento que tolera essa maneira de viver. Ele quer que arrependamos do caráter que alimenta o pecado.

 

Arrependimento é mais do que se desculpar por alguma coisa feita. Paulo disse que há uma tristeza que não produz arrependimento, mas a morte! Nem todas as tristezas são piedosas. Nem todas as lágrimas são motivadas por um arrependimento genuíno.

 

Através do verso acima, entendemos que há um tipo de tristeza (do mundo) que nos leva à morte e outro (tristeza piedosa) que nos leva à vida. Qual é a diferença entre "a tristeza do mundo e a tristeza piedosa? A diferença é simples: a tristeza do mundo focaliza você, enquanto a tristeza piedosa focaliza Cristo. A tristeza de acordo com o mundo se preocupa com as consequências resultantes do pecado, não com o fato de que o pecado tem nos separado do coração de Deus. Quando uma pessoa está preocupada em como o pecado pode afetar seu status, seu bem-estar, sua posição ou reputação, não é uma tristeza piedosa. Isso produz um enfoque egoístico, que leva aquela pessoa, cada vez mais, a um estado de endurecimento do coração! Isso eventualmente leva à morte!

 

 

Para ilustrar essa diferença, vamos examinar a vida e os motivos do rei Saul e do rei Davi. Deus ordenou ao rei Saul que atacasse Amaleque e destruísse totalmente tudo que lá tivesse. Ele tinha de matar homens, mulheres, crianças e bebês, gado, ovelhas, camelos e burros. Saul foi para a guerra; entretanto, ele trouxe o rei Agague vivo e ficou com o melhor do gado, das ovelhas, dos animais confinados, dos cordeiros e com tudo que era bom, sem destruir tudo. Então, a Palavra do Senhor veio ao profeta Samuel sobre a desobediência de Saul à ordem de Deus. Samuel confrontou Saul porque em seu coração não havia arrependimento. Saul se defendeu dizendo que havia feito tudo o que Deus lhe havia ordenado. Samuel apontou especialmente o que Saul havia omitido e, quando Saul viu que Samuel estava correto, ele se desculpou e culpou o povo. Samuel declarou que era a Saul que havia desobedecido a ordem do Senhor. Quando Saul percebeu que não havia ninguém mais para ele culpar, rspondeu: Pequei; honra-me, porém, agora diante dos anciãos do meu povo, e diante de Israel; e volta comigo, para que adore o Senhor teu Deus (1 Samuel 15.30). Ele reconheceu os seus pecados como muitos fazem quando são apanhados em flagrante. Entretanto, era uma tristeza do mundo, pois ele estava preocupado com a exposição de seu pecado diante dos líderes e dos homens de Israel, não porque ele havia pecado contra Deus. Sua resposta era para guardar sua reputação e o seu reino, e seu motivo era a ambição egoísta. Como resultado, o reino que ele tentou proteger duramente da sua própria maneira foi tirado dele. Ele temeu o homem mais do que temia a Deus, o qual é a motivação daqueles que buscam seus próprios interesses!

 

 

Agora veja o rei Davi. Ele cometeu um adultério com Bate-Seba, esposa de Urias, o heteu, o servo fiel de Davi. Quando Davi menos esperava, ela estava grávida como resultado de seu pecado; mas seu esposo não quis dormir co ela enquanto os seus homens estavam no campo de batalha. Davi, então, colocou Urias na linha de frente da batalha e deu ordens a Joabe, o capitão, para retirar os homens de detrás dele para que os inimigos o matassem. Davi cometeu um adultério e premeditou um assassinato para cobrir o seu pecado o seu pecado. Então, ele foi confrontado pelo profeta Natã e, quando seu pecado foi exposto, Davi disse a Natã: Pequei contra o Senhor (2 Samuel 12.13). Saul e Davi confessaram que haviam pecado, mas Davi compreendeu sobre quem ele havia pecado e caiu com a face no chão em arrependimento. Davi não estava preocupado com o que seus líderes ou os homens de Israel poderiam pensar dele; ele se preocupou apenas com o que Deus pensava sobre ele, pois sabia que havia machucado o coração de Deus. Ele clamou, dizendo: Pequei contra ti, contra ti somente, e fiz o que é mal perante dos teus olhos... (Salmo 51.4). Davi era um homem segundo o coração e Deus, enquanto Saul tinha seu coração em seu próprio reino. Davi foi sustentado pelo seu amor a Deus; Saul foi destruído pelo seu amor próprio.

 

 

John Bevere - Extraído do Livro: Voz do que Clama


APRENDENDO COM LÚCIFER

 

A MAIS TERRÍVEL BATALHA MUNDIAL

No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder.11 Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo.12 Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.13 Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes.14 Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça; (Efésios 6.10-14)

Houve uma rebelião no céu. Lúcifer e seus anjos foram expulsos do céu. Esses seres espirituais malignos não dormem, não descansam nem tiram férias. No Édem o diabo levou os nossos primeiros pais a caírem. A partir daí, o homem morreu espiritualmente.

O homem natural está sob o domínio de Satanás: na potestade de Satanás (Atos 26:18), na casa de Satanás (Lucas 11:20-22), no reino das trevas (Colossenses 1:13), fazendo a vontade de Satanás (Efésios 2:1-3).

Esse terrível inimigo luta constantemente para derrubar aqueles que nasceram de Deus e são filhos de Deus. Aqueles que ainda não nasceram de novo são chamados filhos do maligno. Há uma luta mundial, supra racial, supra-terrenal, espiritual e sem trégua.

Não existe pessoa neutra nessa guerra. Não existe tempo de trégua nessa guerra. Não existe acordo de paz. Existem só duas categorias aqueles que estão alistados no exército de Deus e aqueles que pertencem ao exército de Satanás.

O INIMIGO CONTRA QUEM LUTAMOS NESSA BATALHA– V. 11-13
É UM INIMIGO INVISÍVEL – v. 11-12
Esse inimigo está nos espreitando vinte quatro horas por dia. Ele é como leão que ruge ao nosso derredor. Ele vive a rodear a terra e passear por ela. Ele escuta cada palavra que você fala e vê cada atitude que você toma e acompanha cada ato que você pratica escondido. 

ELE É UM INIMIGO ESPIRITUAL.
Você não pode guerrear contra ele com armas carnais. Ele não pode ser destruído com bombas atômicas. Ele age de forma inesperada.

É UM INIMIGO MALIGNO – v. 11-12
A Bíblia o chama do diabo, Satanás, assassino, ladrão, mentiroso, destruidor, tentador, maligno, serpente, dragão. Seu intento é roubar, matar e destruir. Ele sabe que já está sentenciado à perdição eterna e quer levar consigo homens e mulheres.

É UM INIMIGO ASTUTO – v. 11
Ele age dissimuladamente como uma serpente – Ele se disfarça. Ele se transfigura em anjo de luz. Seus ministros parecem ser ministros de justiça. Ele usa uma voz mansa. Ele usa muitas máscaras. Ele tenta enganar as pessoas levando-as a duvidar da Palavra de Deus e exaltando o homem ao apogeu da glória.

ELE AGE ASSUSTADORAMENTE COMO UM LEÃO  
Ele ruge para assustar. O dia mau é o dia de duras provas, Ele ameaça e intimida as pessoas de as destruir (Centros espíritas). Ele ataca com fúria no dia mau (Ziclague) –

ELE AGE COM DIVERSIDADE DE MÉTODOS
Ele estuda cada pessoa para saber o lado certo para atacá-la. Sansão, Davi, Pedro foram derrubados porque o diabo mudou seus métodos.

É UM INIMIGO PERSISTENTE – v. 13
O diabo e suas hostes não ensarilham suas armas. Eles ao serem derrotados, voltam com novas estratégias. Foi assim com Jesus no deserto, onde foi tentado (Lucas 4:13). Elias fugiu depois de uma grande vitória. Sansão foi subjugado pelos filisteus depois de vencê-los. Davi venceu exércitos, mas caiu na teia da luxúria. Pedro caiu na armadilha da auto confiança.

É UM INIMIGO NUMEROSO – v. 12
O diabo e seus anjos estão tentando, roubando e matando pessoas. Eles são numerosos. Não podemos vencer esses terríveis exércitos do mal sozinhos nem com as nossas próprias armas.

É UM INIMIGO OPORTUNISTA – v. 11,14
Mesmo depois que o vencemos, precisamos continuar firmes (v.11,14), porque ele sempre procura um novo jeito de atacar.

Quando o crente deixa de usar TODA a armadura de Deus, e ele encontra uma brecha, ele entra e faz um estrago (Efésios 4:26-27). Não podemos ter vitória nessa guerra se não usarmos todas as peças da armadura. Não podemos permitir que o inimigo nos encontre indefesos. 

O pregador Maclaren diz que o diabo e suas hostes buscam uma estratégia para nos atacar de súbito, sem nenhum aviso, sem nenhum sinal de tempestade

Rev. Hernandes Dias Lopes

APRENDENDO COM JÓ (PARTE 13)

PELA GRAÇA SOMOS O QUE SOMOS   


Em muitas outras ocasiões a nação de Israel havia passado por grandes opressões e dificuldades como as que havia sofrido nos dias de Sansão, mas a nenhum outro homem Deus havia adotado com a força física sobrenatural e extraordinária que havia concedido a Sansão para livrar os israelitas das opressões dos filisteus.

Vejo nisto um método didático de Deus para nos convencer acerca da doação da Sua graça para nos fazer fortes para vencer o pecado e nossos inimigos espirituais.

Sansão sabia perfeitamente qual era a fonte daquela sua força, mas nós, nem sempre estamos conscientes disto em todo o tempo.

Veja o caso de Jó, que havia sido separado por Deus para receber graça em tal medida, que dele, o próprio Deus dera o testemunho de não haver alguém na Terra que fosse semelhante a Jó na prática da justiça e em se desviar do mal.

Jó não era santo por natureza. A sua santificação lhe fora dada por Deus. Jó era o que era por causa da graça que atuava poderosamente em sua vida.

Mas, e provável que Jó pensasse que muito do seu procedimento era fruto da sua completa diligência em agradar a Deus. Certamente que a sua diligência contribuiu com a ação da graça, mas tudo o que Jó era e fazia era fruto exclusivo da graça que operava em sua vida, e ele foi convencido desta verdade através das provações que teve que suportar.

Ele se viu fraco e pronto até mesmo para murmurar, mas a graça lhe assistiu na sua fraqueza e lhe revelou que somente Deus era a fonte de todo o seu bom testemunho de vida.

Passamos um grande tempo em santificação e quando pensamos que chegamos ao ponto de não mais falhar naquelas coisas que nos prendiam no passado e que desagradavam a Deus, acontece uma queda inesperada, e aí podemos ser convencidos que toda a nossa santificação procede da graça do Senhor, que nos guarda de cair em tentações e que nos livra da prática do mal.

“Pela graça sou o que sou”, reconhecia o apóstolo Paulo.
E em nossos eventuais fracassos somos convencidos desta verdade até que não necessitemos ser mais corrigidos com tais fracassos, por aprendermos a tributar todo o louvor à glória da Sua maravilhosa graça.

Pr Silvio Dutra

quarta-feira, 20 de abril de 2022

APRENDENDO COM PAULO (PARTE 60)

 



PAULO E O EVANGELHO DA PROSPERIDADE

 

 

No evangelho da prosperidade, também conhecido como a religião “Palavra da Fé”, o fiel é encorajado a usar a Deus, enquanto a verdade do Cristianismo bíblico é justamente o contrário – Deus usa o fiel. A Palavra da Fé ou Teologia da Prosperidade enxerga o Espírito Santo como um poder a ser usado para qualquer coisa que o crente queira alcançar.

 

O Movimento do Evangelho da Prosperidade muito se parece com a ganância tão destrutiva que infiltrou a igreja primitiva. Paulo e os outros apóstolos não tentaram conciliar sua teologia com a dos falsos mestres que tentaram propagar tal heresia. Eles os identificaram como mestres falsos e perigosos e muito encorajaram os Cristãos a evitá-los.

 

Paulo advertiu Timóteo sobre: "Contendas de homens corruptos de entendimento, e privados da verdade, cuidando que a piedade seja causa de ganho; aparta-te dos tais. Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína. Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores. Mas tu, ó homem de Deus, foge destas coisas, e segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a paciência, a mansidão." (1 Timóteo 6:5; 9-11)

 

Paulo disse que avareza é idolatria (Efésios 5:5) e instruiu os crentes de Efésios a evitarem qualquer pessoa que trouxesse uma mensagem de imoralidade ou avareza (Efésios 5:6-7). O ensino de prosperidade impede que Deus trabalhe sozinho, quer dizer, Deus não é o Senhor de tudo porque Ele não pode trabalhar até darmos a Ele a autoridade para assim fazer.

 

Fé, de acordo com a doutrina da Palavra da Fé, não é confiança submissiva a Deus; fé é uma fórmula pela qual manipulamos as leis espirituais, as quais os professores da prosperidade acreditam que governam o universo. Assim como o nome "Palavra da Fé" implica, esse movimento ensina que a fé é só uma questão do que dizemos, mais do que em quem confiamos ou quais verdades adotamos e afirmamos em nossos corações.

 

Um termo favorito no movimento Palavra da Fé é "confissão positiva". Refere-se ao ensino de que palavras têm poder criativo. O que você diz, assim os mestres da Palavra da Fé afirmam, determina tudo o que acontece com você. Suas confissões, especialmente os favores que você exige de Deus, devem ser afirmados positivamente e sem qualquer dúvida de que vão acontecer. Então Deus tem a responsabilidade de responder a tal pedido (como se o homem pudesse exigir qualquer coisa de Deus!). Portanto, a habilidade de Deus de nos abençoar supostamente depende da nossa fé.

 

Tiago 4:13-16 claramente contradiz esse ensinamento: "Eia agora vós, que dizeis: Hoje, ou amanhã, iremos a tal cidade, e lá passaremos um ano, e contrataremos, e ganharemos; Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque, que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco, e depois se desvanece. Em lugar do que devíeis dizer: Se o Senhor quiser, e se vivermos, faremos isto ou aquilo. Mas agora vos gloriais em vossas presunções; toda a glória tal como esta é maligna".

 

Longe de enfatizar a importância de riquezas, a Bíblia nos adverte contra ir atrás de bens. Os crentes, principalmente os líderes da igreja (1 Timóteo 3:3), devem se livrar do amor ao dinheiro (Hebreus 13:5).

 

O amor ao dinheiro leva a várias formas de mal (1 Timóteo 6:10). Jesus advertiu: "Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui" (Lucas 12:15). Em grande contraste à ênfase da Palavra da Fé em ganhar dinheiro e ter muitas posses nessa vida, Jesus disse: "Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam" (Mateus 6:19).

 

A contradição irreconciliável entre o ensino do evangelho da prosperidade e o evangelho do nosso Senhor Jesus Cristo é resumido nas palavras de Jesus em Mateus 6:24:"Ninguém pode servir a dois senhores; pois odiará a um e amará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro."

APRENDENDO COM PAULO (PARTE 59)

 

COMO DEUS DISTRIBUI DONS ESPIRITUAIS?

 

SERÁ QUE DEUS VAI ME DAR O DOM ESPIRITUAL PELO QUAL EU PEDIR?

 

Romanos 12:3-8 e 1 Coríntios 12 deixam bem claro que cada Cristão recebe dons espirituais de acordo com a escolha de Deus. Dons espirituais são distribuídos com o propósito de edificar o corpo de Cristo (1 Coríntios 12:7; 14:12). O tempo exato de quando essa distribuição acontece na vida do crente não é especificamente mencionado.

 

Muitos acreditam que os dons espirituais sejam distribuídos no momento do nascimento espiritual (no momento da salvação). No entanto, há alguns versículos que aparentam indicar que Deus às vezes distribua esses dons espirituais mais tarde. Tanto 1 Timóteo 4:14 como 2 Timóteo 1:6 mencionam um “dom” que Timóteo tinha recebido no momento de sua ordenação “por profecia”. Isso provavelmente indica que um dos presbíteros durante a ordenação de Timóteo falou sob a influência de Deus sobre um dom espiritual que Timóteo receberia para melhor equipá-lo para o seu ministério futuro.

 

1 Coríntios 12:28-31 e 1 Coríntios 14:12-13 também nos dizem que Deus (não nós mesmos) é quem escolhe os dons. Essas passagens também indicam que nem todo mundo vai ter um dom em particular. Paulo diz aos crentes da igreja de Coríntios que se vão desejar ou cobiçar certos dons espirituais, então devem deixar de lado sua fascinação com os dons “espetaculares” ou “ostentosos”, mas ao invés devem procurar os dons que sejam melhores para edificar, tais como o dom de profecia (falando a palavra de Deus para a edificação de outras pessoas).

 

Agora, por que Paulo diria-lhes com tanta veemência que desejassem os “melhores” dons, se eles já tivessem recebido tudo que iriam receber e não tivessem mais oportunidade nenhuma de ganhar esses “melhores” dons? Essa passagem pode levar alguém a acreditar que como até mesmo Salomão procurou ganhar sabedoria de Deus para poder ser um bom governante de seu povo, que Deus vai nos conceder esses dons dos quais precisamos para podermos trazer grande proveito à Sua igreja.

 

Tendo dito isso, ainda é verdade que esses dons são distribuídos de acordo com a escolha de Deus, não a nossa. Se todo crente de Coríntios desejasse fortemente um dom em particular, tal como o dom de profecia, Deus não iria dar esse mesmo dom a todo mundo só porque assim era o seu desejo. Por quê? Onde estariam todos os outros que são necessários para servir as outras funções do corpo de Cristo?

 

Há uma coisa que é extremamente clara: o comando de Deus é o que Deus usa para capacitar alguém a seguir tal comando. Se Deus nos comanda a fazer algo (tal como testificar, amar os que não são amáveis, discipular as nações, etc.), então Ele vai nos capacitar para seguir Seu chamado. Alguns talvez não sejam tão “dotados” em evangelismo como outros, mas Deus comanda todos os crentes a testificar e discipular (Mateus 28:18-20; Atos 1:8).

 

Todos nós somos chamados a evangelizar, quer tenhamos o dom de evangelização ou não. Um Cristão determinado que deseja aprender da Palavra de Deus e desenvolver sua habilidade de ensinar vai se tornar um professor melhor do que aquele que talvez tenha o dom espiritual de ensinar, mas não o usa.

 

EM RESUMO, OS DONS ESPIRITUAIS NOS SÃO DADOS QUANDO RECEBEMOS A CRISTO, OU SÃO CULTIVADOS ATRAVÉS DA NOSSA CAMINHADA COM DEUS?

A resposta é os dois. Normalmente, os dons espirituais são dados no momento de salvação, mas também precisam ser cultivados através de crescimento espiritual. Será que você pode ir atrás de um desejo do seu coração e desenvolvê-lo em um dom espiritual? Você pode ir atrás de certos dons espirituais? 1 Coríntios 12:31 aparenta indicar que seja possível procurar, “com zelo, os melhores dons”.

 

Você pode pedir a Deus por um dom espiritual e ser zeloso com ele através de sua procura de tentar desenvolver essa área. Ao mesmo tempo, se não for da vontade de Deus, você não vai receber certo dom espiritual, não importa quão ardentemente você o procure. Deus é infinitamente sábio e sabe em quais dons você vai ser o mais produtivo para o Seu reino.

 

Não importa quão dotados sejamos em um dom ou outro, todos nós somos chamados a desenvolver certas áreas mencionadas na lista de dons espirituais.... somos chamados a ser hospitaleiros, mostrar atos de misericórdia, servir uns aos outros, evangelizar, etc....

 

À medida que procuramos servir a Deus com amor, com o propósito de encorajar uns aos outros para a Sua glória, Ele vai trazer glória ao Seu nome, edificar Sua igreja e nos retribuir (1 Coríntios 3:5-8; 12:31-14:1). Deus promete que quando nos deleitamos nEle, Ele vai nos dar os desejos de nosso coração (Salmo 37:4-5). Isso com certeza incluiria nos preparar para servi-lO de uma forma que nos traga propósito e gratificação.

APRENDENDO COM TIMÓTEO (PARTE 06)

APRENDENDO COM TIMÓTEO

 

 

Os perversos e impostores irão de mal a pior, enganando e sendo enganados. Quanto a você, porém, permaneça nas coisas que aprendeu e das quais tem convicção, pois você sabe de quem o aprendeu. 

[2 Timóteo 3.13-14]

 

 

 

A Segunda Carta de Paulo a Timóteo foi sua última carta, escrita pouco tempo antes de seu martírio. Sua preocupação principal ainda é com o que irá acontecer ao evangelho quando ele não estiver mais por perto para guiar e ensinar a igreja.

 

 

 

Em 2 Timóteo 3.1-5, Paulo adverte Timóteo de que os “últimos dias” (que Jesus inaugurou) incluiriam “tempos terríveis” (v. 1). Em seguida ele apresenta um quadro vívido desses dias. Ele relaciona dezenove características dos últimos dias, sendo que a pior de todas é a deturpação do amor.

 

 

 

As pessoas serão “mais amantes dos prazeres do que amigas de Deus”, avarentas, egoístas e soberbas. De fato, as pessoas não terão amor pela família (v. 3). A falta do verdadeiro amor irá destruir os relacionamentos.

 

 

 

Paulo temia que Timóteo fosse arrastado por essa torrente de egoísmo, e insiste com ele para permanecer firme e resistir às pressões do mundo.

 

 

 

Em 2 Timóteo 3.10 e 14, Paulo se dirige a Timóteo usando duas palavras gregas monossilábicas, su de, que aparecem no texto como: “mas você” (v. 10) e “quanto a você” (v. 14).

 

 

 

Timóteo precisava ter uma conduta diferente, em evidente contraste com a cultura contemporânea, e, se necessário, permanecer só.

 

 

 

Paulo afirma que Timóteo tem “seguido de perto” o seu ensino e a sua conduta. Ele então exorta Timóteo a continuar no mesmo caminho: “permaneça nas coisas que aprendeu” (v. 14).

 

 

 

Assim, os versículos 10-13 descrevem a lealdade de Timóteo ao apóstolo, no passado, e os versículos 14-17 o conclamam a permanecer leal no futuro. Ele tinha boas razões para agir desta forma — ele sabia que quem o estava instruindo era o próprio apóstolo Paulo, cuja autoridade apostólica era reconhecida por ele, e também porque conhecia as Escrituras desde a infância, reconhecendo-as como theopneustos (literalmente, “sopradas por Deus”) e úteis.

 

 

 

Esses dois fundamentos se aplicam até hoje. O evangelho em que crêem os cristãos é o evangelho bíblico, referendado pelos profetas de Deus e pelos apóstolos de Cristo.

 

 

 

Somos gratos por essa dupla autenticação.

 

 

 

Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, Sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, Traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te. [...] Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido, E que desde a tua meninice sabes as sagradas Escrituras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus.

 

 

 

Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra. (2 Timóteo 3:1-17)

 


APRENDENDO COM SILAS E PAULO

APRENDENDO COM SILAS E PAULO

  

Paulo e Silas estavam na cidade de Filipos, Macedônia, por causa de uma visão (Atos 16:9). Por duas vezes antes de chegar naquela nação ele havia tentado rumar para outras direções. A primeira vez para a Ásia (Atos 16:6) e a segunda vez para a Bitínia (Atos 16:7). E nas duas ocasiões o Espírito Santo havia impedido.

 

Quantas vezes em nossas vidas tentamos fazer coisas que nunca dão certo? Às vezes, inclusive, estamos tão imbuídos das melhores intenções (o caso de Paulo, por exemplo, que era para fazer missões, pregar a Palavra de Deus) que ficamos a nos perguntar “O que deu errado?” ou “Por que deu errado?”.

 

 A questão é que Deus não queria Paulo nem na Ásia nem na Bitínia. Deus queria Paulo na Macedônia. E essa é a questão. Se não estivermos, ou não nos colocarmos nos centro da vontade de Deus, as coisas nunca sairão como queremos ou esperamos.

  

Uma situação que lembra Ageu 1:9, onde o povo esperava muito e o que recebia era pouco, e o pouco que vinha logo era dissipado. E por quê? Porque estavam longe da vontade de Deus. Estavam vivendo a sua vontade pessoal. A sua vontade particular.

 

 

 

Haviam se tornado negligentes. Desleixados com a causa de Deus. E esse é um risco silencioso que devemos vigiar em nossas vidas com todo o cuidado. Jamais perder a vigilância de nós mesmos.

 

 

 

Lembra também Jonas, o teimoso, que quanto mais tentava se esconder pior ficava sua situação.

 

 

 

Ao perceber o que Deus queria, Paulo rumou para a Macedônia, chegando, como vimos no início, a Filipos. E apesar de ter ficado nessa cidade por pouco tempo, foi um importante instrumento nas mãos de Deus em pelo menos três obras poderosas: as conversões de Lídia e do carcereiro e sua família, e a libertação de uma jovem possessa de um demônio adivinhador.

 

 

 

Moral da história: Deus não nos chama para nada. Nenhum de nós. Não nos salva à toa. Ele tem um propósito para as nossas vidas, e isso passa pela realidade de ele quer nos usar, quer fazer de nós instrumentos, vasos de honra. Para sua honra

 

 

 

No intervalo dessa ação de Deus encontramos Paulo e Silas presos, acorrentados os pés e as mãos em um tronco, como se fossem os criminosos mais perigosos da Macedônia. Talvez no fundo em algum momento Paulo tenha se perguntado se tivesse ido para a Ásia e para a Bitínia não tivesse sido melhor. Afinal, a visão que tiveram os levou ao cárcere, ao castigo físico (Atos 22:23), à humilhação pública.

 

 

 

E aqui que podemos ver alguns mistérios de Deus revelados.

 

1. Romanos 8:28 “Sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito”

 

 

 

Muitas vezes não entendemos porque, aparentemente, as coisas não estão dando certo. Ou mesmo que Deus esqueceu de nós. Mas acredite, se tivesse ido para a Ásia ou para a Bitínia, a situação de Paulo seria bem pior.

 

 

 

Basta lembrar mais uma vez o caso de Jonas. Ele se recusava a pregar em Nínive, na época uma cidade violentíssima, pagã. Achou ser mais seguro e confortável ir de barco para Társis. Resultado: o ventre do peixe, bem pior que pregar em Nínive.

 

 

 

Se amarmos a Deus, como diz o versículo em Romanos 8:28, o que vier é na frente é lucro ou mal menor. Davi aprendeu isso e disse no Salmo 37:5 “Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele, e o mais ele fará” (ACF). A BJ trás uma tradução ainda mais interessante. Ela termina com a expressão “e ele agirá”.

 

 

 

Se eu amo a Deus, vivo para ele, sou instrumento em suas mãos, sou bênção e não maldição, minha boca é usada para adorar e louvar e não para murmurar, me comporto como ovelha e não bode, então deve esperar que ele aja em meu favor. E ele agirá, como diz a Bíblia, porque ele é fiel

 

 

 

2. II Coríntios 9:6 “E digo isto: O que semeia pouco, pouco também ceifará, e o que semeia com fartura, com fartura também ceifará” Com Deus não há vitória sem luta. Não há colheita sem semeadura. Não há unção sem santidade. Não há poder sem Palavra. Não há salvação sem se abdicar de muitas coisas.

 

 

 

Paulo havia sido separado para uma grande obra. Não fez nada para merecer aquilo e por isso mesmo Deus o escolheu. Mas para se conseguir grandes coisas de Deus deve-se antes se fazer coisas grandes para Deus. Antes de receber as tábuas da Lei Moisés ficou quarenta dias no monte em consagração. Para receber uma resposta a uma oração Daniel jejuou por vinte e um dias. A grande obra que Paulo faria na Macedônia exigia mais do que simplesmente querer.

 

 

 

Era preciso enfrentar o inimigo. A incredulidade. A ganância dos poderosos, que foi a causa de sua prisão (Atos 16:19). Mas ali haviam vidas em jogo, uma obra a ser realizada, e ele, Paulo, sabia que Deus estava no comando da situação e era hora de colocar a fé para agir, não dava mais para voltar atrás, como bem mostra o autor em Hebreus 10:38. Essa é a verdadeira obra de Deus, “Os que semeiam com lágrimas, ceifarão com cânticos de alegria” (Salmos 126:5).

 

 

 

3. Atos 16:24-25 “Ele, tendo recebido tal ordem, lançou-os no cárcere interior, (‘a parte mais interna da prisão’ / BJ), e lhes segurou os pés no tronco. Perto da meia noite Paulo e Silas oravam e cantavam hinos, e os outros presos os escutavam”.

 

 

 

Acredite. Chega uma hora em que não vai dar mais para fazer nada. Quando isso acontecer, ore e louve ao Senhor, porque só ele terá a solução para o problema. Não era o que fazia Moisés o tempo inteiro? Dá para imaginar dois camaradas com as costas dilaceradas de açoites, acorrentados pés e mãos em um tronco, dentro de um beco escuro e fétido entoando cânticos de louvor ao Rei?

 

 

 

Sim, sabemos o quanto isso é difícil e como sempre temos a desculpa de dizer “mas era Paulo”. Por isso Deus permitiu que Silas estivesse junto. Para que todos vissem e vejam que fé não é só privilégio de apóstolos especiais. Quem era Silas? Um obreiro dedicado que amava a Deus. Era alguém que qualquer um de nós poderia ser. E muitos são.

 

 

 

O Deus que fez a terra tremer debaixo dos pés de seus servos é o mesmo Deus até hoje. Seu poder permanece inalterado. Ele continua fazendo qualquer coisa que queira. O homem não tem autoridade para lhe impor limites.

 

 

 

Para que tudo isso aconteça. Para que estejamos sempre no centro da verdade de Deus, precisamos trazer Jesus para o centro de nossas vidas. Precisamos nos arrepender dia após dia de nossas transgressões e começar a caminha rumo à luz de Cristo.

 

 

 

Precisamos mudar, e buscar sermos cada vez mais parecidos com ele, imita-lo. Ele mandou que fizéssemos isso: imita-lo. E mesmo sabendo que nunca seremos como ele, mas ficamos satisfeitos que em saber que morremos tentando. E o primeiro passo é reconhecê-lo e recebe-lo como único e suficiente Salvador de nossas vidas.

 

 

 

Neto Curvina


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