A prisão de Paulo em Roma
Roma era chamada de "Cidade rainha da terra". O Grande centro de interesse histórico. Durante dois milênios (2.º séculos a.C. ao 18.º d.C.) foi a potência dominadora do mundo. É ainda chamada "Cidade Eterna". A população, na época de Paulo, era de 1 milhão e meio de seres humanos, metade de escravos. Capital de um império que se estendia 4.800 km de leste a oeste, 3.200 km de norte a sul. A população total do Império era de 120 milhões de almas. Por apelar a César, o Apóstolo aos gentios teve que ir para Roma.
A viagem de Paulo a Roma (At
27:1-28:15)
Essa viagem começou no outono de 61 d.C. e terminou na primavera de 62 d.C.
Foi feita em três navios: Um de
Cesaréia a Mirra; outro de Mirra a Malta; o terceiro de Malta a Potéoli.
"O jejum", v. 9, foi
dia da expiação, mais ou menos no meado de setembro. Daquele tempo ao meado de
novembro a navegação no Mediterrâneo era perigosa. Do meado de novembro ao
primeiro de março esteve suspensa.
Pouco depois de ter deixado
Mirra, caíram em ventos contrários, e depois de se abrigarem um pouco em Bons
Portos, se arriscaram outra vez, e foram acometidos por um tufão que os levou
longe da sua rota; depois de muitos dias, não havendo mais esperança, Deus, que
dois anos antes, em Jerusalém, prometera a Paulo que o levaria a Roma, 23:11,
mais uma vez aparece a Paulo para lhe assegurar que Sua promessa seria
cumprida, 27:24. E foi. (H.H. Halley).
Paulo foi levado a Roma com mais
uns presos. Foi confiado a um centurião e alguns soldados da corte imperial.
Aristarco e Lucas o acompanharam. Embarcaram, navegaram ao longo da costa de
Creta, de onde uma tempestade veemente de vários dias os levou para a costa de
Malta. O navio encalhou num escolho e os náufragos passaram o inverno na ilha.
Depois navegaram via Sicília até Potéoli, onde P. e seus companheiros durante
oito dias foram hóspedes da comunidade cristã. Pela Via Ápia chegaram a Roma
(Dicionário).
Paulo em Roma
A primeira coisa que Paulo fez ao chegar a Roma foi convocar os líderes judeus para poder justificar-se das acusações contra ele, e para obter uma audiência amigável. É este o último registro de sua tentativa da ganhar os judeus. Observemos o resultado da sua pregação (28:24-28; compare com Mateus 13:13-15; João 12:40; Mateus 21:43).
A primeira coisa que Paulo fez ao chegar a Roma foi convocar os líderes judeus para poder justificar-se das acusações contra ele, e para obter uma audiência amigável. É este o último registro de sua tentativa da ganhar os judeus. Observemos o resultado da sua pregação (28:24-28; compare com Mateus 13:13-15; João 12:40; Mateus 21:43).
Paulo passou dois anos ali, no
mínimo, 28:30. Apesar de ser prisioneiro, tinha licença de morar numa casa
própria alugada, com seu guarda, 28:16. Tinha licença de receber visitas, e de
ensinar sobre Cristo. Já havia um bom número de cristãos ali (ver as saudações
que enviou três anos antes, Rm 16). Os dois anos que Paulo passou ali foram
muito frutíferos, atingindo o próprio Palácio, Fp 1:13; 4:22. Enquanto estava em
Roma, escreveu as Epístolas aos Efésios, Filipenses, Colossenses, Filemom e
possivelmente, Hebreus.
O consolo de Paulo em Roma
Em Roma P. obteve licença de, embora guardado sempre por um soldado, morar em casa própria, junto com os companheiros de viagem, e podia receber livremente qualquer pessoa (Cl 4,10). Logo apareceram diversos de seus colaboradores, bem como representantes da maioria das comunidades cristãs: Timóteo (Cl 1,1), Marcos (4,10), Epafras de Colossos (1,6s), Tíquico da Ásia Menos (provavelmente Éfeso; 4,7) Demas Justo (Cl 4,11), Lucas (4,14), Marcos (Fm 24), Onésimo (Fm; Cl 4,9). Dois deles, Aristarco e Épafras (At 27,1; Cl 4,10; Fm 23), compartilharam voluntariamente sua prisão. P. aproveitou-se de sua relativa liberdade para pregar o evangelho: primeiro, novamente, aos judeus (At 28,17-28), mas também aos soldados que o guardavam e a outros romanos (Fp. 1,12s). Em Roma P. escreveu as chamadas "Epístolas do cativeiro" (Ef, Cl, Flp, Fm). Nas duas últimas transparece a sua esperança de ser libertado em breve (Fm 22; Flp 1,26; 2,24). At 28,30 parece sugerir a mesma coisa, pois Lucas, embora comunique que P. morou dois anos naquela casa, não diz nada sobre o resultado do processo.
Em Roma P. obteve licença de, embora guardado sempre por um soldado, morar em casa própria, junto com os companheiros de viagem, e podia receber livremente qualquer pessoa (Cl 4,10). Logo apareceram diversos de seus colaboradores, bem como representantes da maioria das comunidades cristãs: Timóteo (Cl 1,1), Marcos (4,10), Epafras de Colossos (1,6s), Tíquico da Ásia Menos (provavelmente Éfeso; 4,7) Demas Justo (Cl 4,11), Lucas (4,14), Marcos (Fm 24), Onésimo (Fm; Cl 4,9). Dois deles, Aristarco e Épafras (At 27,1; Cl 4,10; Fm 23), compartilharam voluntariamente sua prisão. P. aproveitou-se de sua relativa liberdade para pregar o evangelho: primeiro, novamente, aos judeus (At 28,17-28), mas também aos soldados que o guardavam e a outros romanos (Fp. 1,12s). Em Roma P. escreveu as chamadas "Epístolas do cativeiro" (Ef, Cl, Flp, Fm). Nas duas últimas transparece a sua esperança de ser libertado em breve (Fm 22; Flp 1,26; 2,24). At 28,30 parece sugerir a mesma coisa, pois Lucas, embora comunique que P. morou dois anos naquela casa, não diz nada sobre o resultado do processo.
Especulações sobre os últimos
dias de Paulo
Os últimos anos de Paulo só conhecemos (fazendo-se abstração das informações de Clemente romano) por uma combinação de dados avulsos das epístolas pastorais. Alguns opinam que o apóstolo foi executado durante a perseguição de Nero, em 64.
Os últimos anos de Paulo só conhecemos (fazendo-se abstração das informações de Clemente romano) por uma combinação de dados avulsos das epístolas pastorais. Alguns opinam que o apóstolo foi executado durante a perseguição de Nero, em 64.
Conforme os outros Paulo teria
visitado a Espanha (Rm 15,24.28) e ainda teria trabalhado em Creta (Ti 1,5),
Éfeso (1Tim 1,3), de onde visitou talvez Colossos (Fm 22), Hierápolis,
Laodicéia e Mileto (2 Tim4,20), e na Macedônia. Em Nicópolis, no Epiro (Tt
3,12), teria escrito Ti e 1Tim.
Alguns pensam que P. penetrou até
na Ilíria (2Tim 4,10), voltando depois por Tróade (2 Tim 4,13) para Éfeso (1
Tim 3,14). Em todo caso, 2 Tim supõe que P. foi preso novamente, e está em Roma
(2 Tim 1,8. 16s; 2,9), onde só Lucas ficou com ele (4,10s).
Paulo queixa-se de que na sua
primeira defesa os cristãos da Ásia Menor o abandonaram (1,15). Não há nenhum
indício de contato com o apóstolo Pedro. Paulo menciona, entretanto, o apoio de
alguns discípulos fiéis: Onésimo, Tito, Crescente, Tíquico, que havia mandado
respectivamente à Dalmácia, à Galácia (ou à Gália?) e a Éfeso (4,10.12), e
prepara-se para o martírio (4,7s).
A execução de Paulo
Deduz-se da tradição e de algumas referências, que Paulo foi posto em liberdade por mais ou menos 2 anos (veja Filipenses 1:24-26;2:24; Filemom 24; 2 Timóteo 4:17). Nesse período de liberdade provavelmente escreveu as epístolas a Timóteo e a Tito.
Deduz-se da tradição e de algumas referências, que Paulo foi posto em liberdade por mais ou menos 2 anos (veja Filipenses 1:24-26;2:24; Filemom 24; 2 Timóteo 4:17). Nesse período de liberdade provavelmente escreveu as epístolas a Timóteo e a Tito.
Acredita-se que depois desses
dois anos, Paulo foi novamente preso e finalmente executado durante a
perseguição que Nero promoveu contra os cristãos.
Diz-se a tradição que, como
resultado de haver apelado para César, após dois julgamentos no ano 68 d.C.,
Paulo foi executado, fora da cidade.
Relata-se que Nero saiu de viagem
enquanto Paulo estava em Roma. Entretanto, uma de suas concubinas foi ganha
para o Senhor por intermédio do apóstolo. Quando Nero voltou para casa, ela
havia juntado a um grupo cristão, abandonando o imperador. Nero ficou tão
furioso que descarregou sua ira sobre Paulo, que foi levado para a Via Óstia
onde o executaram.
conclusão
A maneira pela qual Paulo usou
seus infortúnios deveria estimular os que estão "presos" em virtude
de má saúde ou de outros motivos, a serem engenhosos na busca de meios pelos
quais possam usar as circunstâncias limitadoras com vantagem. Paulo está agora
prestes a passar a tocha ao jovem Timóteo. "Tu, porém, sê sóbrio em todas
as coisas", escreve ele; "suporta as aflições, faze o trabalho de
evangelista, cumpre cabalmente o teu ministério. Quanto a mim, estou sendo já
oferecido por libação, e o tempo da minha partida é chegado. Combati o bom
combate, completei a carreira, guardei a fé. Já agora a coroa da justiça me
está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele dia" (2 Timóteo
4;5-8).
Visto que o seu próprio
ministério chegava ao fim, Paulo exortava Timóteo a cumprir cabalmente o dele,
a qualquer custo. A palavra grega "partida" é a mesma usada com
referência a soltar as amarras de um navio. O apóstolo estava zarpando da praia
celestial, porém fazia-o com um senso de "missão cumprida". Que
modelo para Timóteo – e para nós também! A tocha está agora em nossas mãos!
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