segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

APRENDENDO COM JOSUÉ (PARTE 3)

Josué: Conquistador da Terra Prometida




Filho espiritual de Moisés, após a morte deste conduziu o povo de Israel para a tão ansiada Terra Prometida e conquistou todos os territórios reservados por Deus ao povo eleito do Antigo Testamento.
"E no sétimo dia os sacerdotes tomem as sete trombetas de que se usa no jubileu e vão adiante da Arca da Aliança" (Jos. 6,4) (Paris - Biblioteca Nacional)
Da origem e juventude desse homem com missão tão providencial, nada se sabe. A Bíblia só nos diz que é “filho de Nun”“da tribo de Efraim”.
Sua entrada no cenário bíblico, que ele iria engrandecer com sua presença, é apresentada como fato consumado: “Escolhe homens”, diz-lhe Moisés, “e vai combater contra Amalec” (Ex. 17, 9); o que mostra que Josué era muito chegado ao grande Profeta. Aliás, pouco depois é chamado de “ministro de Moisés” (Id., 24, 13), com quem subiu o Monte Sinai. Sabemos também que, quando o grande legislador entrava no tabernáculo para falar com Deus “face a face, como um amigo costuma falar com seu amigo”,“quando voltava para os acampamentos”, o seu jovem servo Josué, filho de Nun, não se apartava do tabernáculo” (Id., 33, 11).
“Valente na guerra, penetrante e sábio no conselho, manejando os espíritos com destreza e a palavra com eloqüência, ele tinha fixado a atenção de Moisés: foi eleito do Alto para continuar a obra desse grande homem, e sustentou a honra de uma tal escolha pela firmeza de seu caráter e heroísmo de seu devotamento” *.
Josué era pois um filho espiritual, discípulo de Moisés, e estava sempre a seu lado. Este chegou mesmo a mudar-lhe o nome, de Oséias, para Josué (Num. 13, 16), que quer dizer “Javé é a salvação”, quando o mandou com outros reconhecer a terra de Canaã.
Quando se tratou de escolher um sucessor para Moisés, uma vez que ele não entraria na terra prometida, disse-lhe o Senhor: “Toma Josué, filho de Nun, homem no qual reside o (meu) espírito, e põe a tua mão sobre ele. Ele estará diante do sacerdote Eleazar e de toda a multidão; e tu lhe darás os preceitos à vista de todos, e uma parte da tua glória, para que toda a congregação dos filhos de Israel o ouça” (Id., 27, 18 a 20).
Pouco depois Deus começará a falar diretamente a Josué: “O Senhor disse a Moisés: eis que se avizinham os dias da tua morte; chama Josué e apresentai-vos no tabernáculo do testemunho para eu lhe dar as minhas ordens”. Depois de dadas as diretrizes, “o Senhor ordenou a Josué, filho de Nun, e disse-lhe: tem coragem e sê forte, porque introduzirás os filhos de Israel na terra que lhes prometi, e Eu serei contigo” (Deut. 31, 14 e 23).
À morte de Moisés, “Josué, filho de Nun, foi cheio do Espírito de sabedoria, porque Moisés lhe tinha imposto as suas mãos. Os filhos de Israel obedeceram-lhe e fizeram como o Senhor tinha mandado a Moisés” (Id., 34, 9).
Pouco depois o Senhor diz a Josué: “Meu servo Moisés morreu; levanta-te e passa o Jordão, tu e todo o povo contigo, entra na terra que eu darei aos filhos de Israel. Todo lugar onde pisar a planta do vosso pé, eu vo-lo darei, como disse a Moisés. Ninguém vos poderá resistir em todos os dias da tua vida; como fui com Moisés, assim serei contigo; não te deixarei nem desampararei. Tem ânimo e sê forte … e reveste-te de grande fortaleza para observar e cumprir toda a lei que Moisés, meu servo, prescreveu … não tenhas medo nem temor, porque o Senhor teu Deus está contigo em qualquer parte para onde fores” (Jos. 1, 2-9).
Confortado assim com as promessas do Criador, Josué mandou alertar o povo que fizesse provisão de mantimentos, porque dentro de três dias passariam o Jordão para entrar na posse da terra reservada pelo Senhor.
Entrementes, enviou dois espiões a Jericó para verificar as fortificações. Estes entraram numa casa junto ao muro da cidade, pertencente a uma mulher de má vida, que os escondeu quando foi dado o alarme. Os soldados do rei local não os encontraram e saíram à sua procura além das muralhas; a mulher disse então aos espiões israelitas que sabia que Deus estava com eles, e que conquistariam o país. E que, como ela tinha usado de misericórdia para com eles, que usassem então de misericórdia para com ela e os seus, poupando sua família e bens quando entrassem na cidade. Os israelitas deram-lhe um cordão vermelho para amarrar à janela de sua casa e nela reunir todos os seus parentes, que seriam poupados.

Israelitas atravessam o Jordão a pé enxuto

No terceiro dia, quando os israelitas chegaram ao Jordão, o Senhor ratificou o pacto com Josué, dizendo-lhe: “Hoje começarei a exaltar-te diante de todo o Israel, para que saibam que, assim como fui com Moisés, assim sou contigo” (Id. 3, 7).
Por orientação de Deus, Josué mandou que os sacerdotes, levando a Arca da Aliança, atravessassem o rio. Assim que eles molharam os pés nas margens alagadas do Jordão, as águas interromperam seu curso e começaram a levantar-se verticalmente, enquanto o resto seguia seu leito normalmente; de maneira que em pouco tempo apareceu o leito do rio, que os israelitas passaram a pé enxuto como outrora haviam feito no Mar Vermelho.
Esse estupendo milagre serviu para consolidar a confiança dos hebreus em seu novo chefe, devido aos prodígios por ele operados, como outrora os de Moisés. Ao mesmo tempo encheu de terror as populações vizinhas.
Seguindo ainda as recomendações divinas, para comemorar o milagre, Josué mandou pegar 12 pedras do leito do rio e as dispor na margem, como um monumento eterno do ocorrido. Com o mesmo intuito, pôs também outras 12 no leito do rio, no lugar onde tinha parado a Arca da Aliança.
Por ordem de Deus, Josué mandou circuncidar todos os varões, pois os que haviam nascido no Egito e tinham sido circuncidados haviam morrido no deserto; e os que neste haviam nascido não tinham sido ainda circuncidados.
Como já tinham os frutos da terra para comerem, parou também de cair o maná. Celebraram aí a primeira Páscoa na Terra Prometida.

Trombetas derrubam as muralhas de Jericó

Estando Josué examinando as muralhas de Jericó, apareceu-lhe um Anjo do Senhor com a espada desembainhada. Perguntou-lhe Josué quem era, e ele respondeu-lhe: “Sou o príncipe do exército do Senhor, e agora venho”; quer dizer: venho, da parte do Senhor, auxiliar-vos na batalha.
Jericó estava bem fortificada e parecia inexpugnável. Mas o Senhor explicou a Josué como tomá-la: “Dai a volta à cidade, vós todos os homens de guerra, uma vez por dia; assim fareis durante seis dias. E no sétimo dia os sacerdotes tomem as sete trombetas de que se usa no jubileu, e vão adiante da Arca da Aliança; e rodeareis sete vezes a cidade, e os sacerdotes tocarão as trombetas. E quando o som das trombetas se fizer ouvir mais demorado e penetrante e vos ferir os ouvidos, todo o povo à uma levantará um grande clamor, e cairão os muros da cidade até os fundamentos, e cada um entrará por aquele lugar que lhe ficar defronte” (Id., 6, 1 a 5).
Isso seguido à risca, deu-se o milagre da queda das muralhas, e Jericó foi conquistada. Como aconteceria depois com todas as cidades subjugadas, sua população foi passada a fio de espada — menos a mulher que escondera os espias, bem como seus familiares — e a cidade queimada.
A fama do milagre do Jordão, visto de muito longe, e o da queda das muralhas e subseqüente conquista da cidade, divulgou-se por toda a região e fez tremer os povos vizinhos.
Mas nem tudo correu para os israelitas como esperavam. Um deles violou o mandamento e apossou-se de parte dos despojos. Com isso atraiu a ira de Deus, o que fez com que numa próxima campanha, contra a cidade de Hai, os israelitas voltassem as costas e perecessem quase todos.
O Senhor comunicou a Josué a causa da derrota: “— Israel não poderá ter-se diante dos seus inimigos e fugirá deles, porque se manchou com o anátema; eu não serei mais convosco enquanto não exterminardes aquele que é réu desta maldade” (Id. 7, 12).
Descoberto o culpado, ele, sua família e pertences, inclusive gado — segundo as rigorosas leis do Antigo Testamento — foram dilapidados e seus pertences queimados. Aí, outra vez alentado por Deus, Josué e os seus, usando de um estratagema, conquistaram a cidade de Hai e passaram todos os seus habitantes a fio de espada.
Auxiliados por Deus, e dirigidos por um general habilíssimo como Josué, os israelitas prosseguiram a série de campanhas vitoriosas para a conquista de toda a Terra Prometida. Começando pelo sul, com a tomada de Jericó e de Hai, venceram também em Gabom cinco reis amorreus coligados contra eles. Quando parte deste exército fugia dos israelitas, Deus mandou forte chuva de graúdos granizos, que matou muitos dos soldados inimigos.

Josué manda parar o sol

Como estava escurecendo e a batalha não havia terminado, Josué, sabendo que tinha o aval de Deus, voltou-se para o céu e ordenou: “Sol, detém-te sobre Gabaão; e tu, lua, sobre o vale de Ajalão” (Id. 10, 12). E operou-se esse milagre estupendo, que permitiu aos israelitas terminar sua batalha em plena claridade. Assim, vencidos os exércitos, os habitantes das cinco cidades foram mortos e as cidades incendiadas.
Outras cidades da Palestina meridional caíram também nas mãos dos invencíveis israelitas de então.
Josué empreendeu a conquista da Palestina do norte. Houve também uma coligação de reis de várias cidades, formando contra os hebreus“uma multidão tão numerosa como a areia que há sobre a praia do mar, um número imenso de cavalos e carroças”. Mas o Senhor disse a Josué: “— Não os temas, porque amanhã a esta mesma hora Eu os entregarei todos a Ti, para serem passados à espada à vista de Israel” (Id. 11, 4-6).
E foi o que sucedeu. Josué “tomou, feriu e devastou as cidades circunvizinhas, os seus reis, como lhe tinha ordenado Moisés, servo do Senhor” (Ib. 12).
Era lei comum na época que os vencidos de guerra fossem mortos ou escravizados. Ademais, no caso dos hebreus, tendo eles recebido preceitos divinos, poderiam facilmente contaminar-se com as abominações praticadas por aqueles povos pagãos, caso convivessem com eles. Foi, aliás, o que ocorreu em mais de um episódio relatado na Bíblia.

Terra Prometida dividida entre as 12 tribos

Assim Josué conquistou “todo o país montanhoso e meridional, a terra de Gosen, a planície, a parte ocidental, o monte de Israel, as suas campinas”(Ib., 16) e muitas outras terras. Venceu também os reis da Transjordânia e os de Canaã, liberando assim toda a terra prometida por Deus a Moisés.
De acordo com o estipulado pelo Senhor, Josué fez a divisão dessas terras pelas tribos dos hebreus, sendo que já as tribos de Ruben e Gad e a meia tribo de Manassés haviam tomado posse da terra que lhes havia sido dada por Moisés, na outra margem do Jordão.
“O Senhor Deus deu a Israel toda a terra que tinha prometido com juramento a seus pais que lhe daria, e eles possuíram-na e habitaram nela” (Id. 21, 41).
Josué “estava velho e avançado em idade”. Calcula-se que ele tinha quarenta anos, quando começou o Êxodo; passou mais quarenta no deserto. Com oitenta, começou a campanha de conquista da Terra Prometida, vivendo mais trinta. Estava pois com cento e dez anos quando morreu. “Israel serviu ao Senhor durante todo o tempo da vida de Josué e dos anciãos que viveram muito tempo depois de Josué, e que sabiam todas as obras que o Senhor tinha feito em Israel” (Id., 24 31).

APRENDENDO COM CALEBE (PARTE 1)



A trajetória histórica de Calebe e seu legado na Palavra de Deus





A origem de Calebe não é mencionada em detalhes na bíblia, mas foi um homem que fez parte da geração de escravos libertos do Egito conduzidos por Moisés. Era filho de Jefoné, um hebreu da família de Quenaz, (quenezeu).

Trajetória no deserto

Calebe era um homem diferenciado e muito importante em sua tribo, pois foi levantado por Moisés como príncipe (chefe) da tribo de Judá e um dos 12 espias da Terra Prometida. 

Passou por duas gerações da tribo de Judá como chefe, a primeira geração mencionada em Números 1.1 a 46, na entrada do ciclo do deserto, com 74.600 homens (Números 1.26 a 27), e a segunda geração, próximo a terra prometida, com 76.500 homens (Números 26.19 a 21). 

O ciclo do deserto durou 40 anos, e todos os homens da primeira geração morreram prostrados no deserto, com exceção de Calebe em sua tribo (Hebreus 3.14 a 19). 

Imagine: Calebe viu quase 75 mil homens da sua tribo e 603.500 de todo o Israel morrerem no deserto! 

O motivo de morrer toda uma geração foi uma série de pecados e rebeliões cometida pelo próprio povo, narrada no livro de Números e resumida em 1Coríntios 10.1 a 13.

A geração que nasceu no deserto, sem dúvida, estava mais preparada para a conquista da Terra Prometida do que a geração de escravos que saiu do Egito. Calebe e Josué foram a única exceção, porque estavam com disposição e sentimento ajustados à palavra liberada pela boca de Moisés, que é notável na narração de Números 13 e 14, texto que expõe o conflito entre 10 espias que viam impossibilidades para conquista da Terra Prometida, por causa dos povos inimigos, em antítese ao posicionamento de Calebe e Josué (Números 26.64 e 65), que acreditavam que era viável a vitória pela palavra de Deus. 

A bíblia ainda dá o detalhe que o sentimento de Calebe era diferenciado e que Deus o conduziria a conquista da Terra da Promessa:

"Porém o meu servo Calebe, visto que nele houve outro espírito, e perseverou em seguir-me, eu o farei entrar a terra que espiou, e a sua descendência a possuirá." (Números 14.24 RA)

Calebe era valente e posicionado diante da palavra da promessa (Números 13.30; 14.6 a 
9), não se assustou com a ameaça de apedrejamento por parte do povo (Números 13.10) e foi protegido pelo Senhor no deserto (Números 14.37 a 38; Deuteronômio 1.36).

Trajetória da conquista

Após toda a conquista da Terra Prometida, 33 reinos canaanitas ao todo, liderando a tribo de Judá, Calebe conquistou território tão grande quanto Manassés e Efraim, filhos de José. Judá ocupou boa parte da região sul de Canaã e os deserto mais íngremes, como Judéia e Negev. O auge da conquista de Calebe foi o monte Hebrom, lugar que pedira envio a Josué como herança particular de sua família. 

Vigoroso em sua velhice, aos oitenta e cinco anos (Josué 14.6 a 15), Calebe dominou todo o monte, derrubando Sesai, Aimã e Talmai, os três posseiros anaquins (família de gigantes, exatamente o povo que colocou medo nos 10 espias – Juízes 1.10).

A excelência de Calebe é vista na expulsão de todos os posseiros da terra, diferente dos benjamitas que permitiram os jebuseus virem conjuntamente em Jerusalém, o que se tornou uma "dor de cabeça" até a conquista de Davi (Juízes 1.16 a 21). 

Único povo que resistiu ao povo de Judá foi do litoral ao sul, possivelmente filisteus, que tinham armas de ferro (tecnologicamente avançados, pois eram povos que vinham das ilhas gregas).

Calebe teve ainda um sucessor, seu sobrinho, um juiz e guerreiro chamado Otniel, que além de se casar com a filha de Calebe ao conquistar Debir e o monte Quiriate Sefer (Juízes 1.11 a 15), liderou todo povo de Israel contra investida do rei da Mesopotâmia (Juízes 3.7 a 11). Calebe formou um líder sucessor, diferentemente de Josué, que apenas se despediu do povo. A bíblia não menciona a morte de Calebe, apenas que teve paz após suas conquistas.

Curiosidades

O nome de Calebe volta aparece 400 anos depois de sua morte: Um descendente distante, Nabal, foi um homem insensato do Monte Carmelo que se levantou contra Davi (1Sm 25). Nabal morreu e Davi casou com sua mulher, Abigail. Com ela e mais duas mulheres, Davi refugia-se em Hebrom (1 Samuel 2:2). Ou seja, Davi casa com a mulher do descendente de Calebe, refugia-se e é ungido no monte de Calebe. Loucura!

Em Hebrom, o monte de Calebe, também moravam os descendente de Levi, da família de Coate (Josué 21.10 a 11) e havia ainda uma cidade-refúgio para os homicidas (Josué 21.13).

Outros fatos importantes do Monte Hebrom:

Morada de Abraão (Gênesis 13.18)
Local da morte de Sara (Gênesis 23.2)
Local do túmulo de Abraão, Isaque e Jacó (Gênesis 23.14 a 20)
Unção de Davi como rei (1 Samuel 5.1 a 5)
Hoje, Hebrom é uma cidade da Cisjordânia (domínio árabe), sob ocupação de Israel desde 1976, com população majoritariamente árabe.

Conclusão

Calebe é um referencial bíblico de perseverança nas promessas de Deus, disposição nas batalhas e conquistas completas. Saiu da escravidão egípcia, cruzou 40 anos de deserto, vivendo sinais poderosos, venceu 33 reinos em Canaã e conquistou o monte de sua herança. Que você tenha um ano de grandes e completas conquistas! Nunca desista!

***

APRENDENDO COM JEREMIAS (PARTE 1)



JEREMIAS, JOVEM, TÍMIDO E INSEGURO

Uma história vitoriosa é a de Jeremias. Jovem e tímido, foi chamado por Deus para uma grande missão. Seu chamado não foi fácil, profetizar contra Israel, no período mais problemático de sua história. Havia grande desobediência e idolatria na nação
A palavra do Senhor veio a mim, dizendo: -- Antes de formá-lo no ventre eu o escolhi; antes de você nascer, eu o separei e o designei profeta às nações. Mas eu disse: -- Ah, Soberano Senhor! Eu não sei falar, pois ainda sou muito jovem. (Jeremias 1.4-6)


Houve um milagre com Jeremias. O tímido se tornou um profeta ousado. Mesmo que muitos não queria ouvi-lo, Jeremias se tornou uma pedra no sapato dos Israelitas

SOBRE A TIMIDEZ: Em certo sentido, todos somos tímidos, o que é bom, por nos dar um sentido de culpa e vergonha e impedir que evitemos excessos comportamentais.


A timidez se caracteriza por um desconforto diante de situações sociais, desconforto que "atrapalha o indivíduo na conquista de seus objetivos, sejam eles pessoais ou profissionais".  

O tímido tem dificuldades em: * enfrentar situações novas; * fazer amigos ou namorados (o que torna seu círculo social extremamente reduzido); falar em público; * apresentar trabalhos estudantis, profissionais ou sociais.


As causas para a timidez não são claramente conhecidas. Ela pode se derivar por alguma predisposição genética. Os estudiosos mencionam também a natureza mutante de nossa sociedade e até o impacto da tecnologia sobre a vida contemporânea. O problema cresce numa sociedade em que todos precisam aparecer e o ambiente de trabalho exige dinamismo.


É provável que possa existir uma predisposição genética, mas será o aprendizado que irá determinar se uma criança, um jovem ou um adulto experimentarão ou não dificuldades no seu relacionamento com as pessoas.


“Porque Deus não nos deu o espírito de covardia, mas de poder, de amor e de moderação"    II Timóteo 1:7
É alto o número de pessoas que sofrem com a timidez, o medo de enfrentar algum tipo de desafio, faz com que ocultem a coragem dentro de seus mais profundos sentimentos que não são expostos.
Existem várias passagens na Bíblia Sagrada onde narra fatos que ocorreram com grandes homens escolhidos por Deus que eram tímidos, entretanto estes foram encorajados a enfrentarem os desígnios que lhes eram propostos. 
O maior exemplo que podemos citar foi mesmo o caso de Jeremias, homem na qual Deus escolheu para uma grande obra, no entanto ele acreditava não ser capacitado para tal, porém Deus afirmara que lhe ajudaria no que fosse preciso, assim como afirma no livro de Jeremias, capítulo 1 e versículo 8, que diz: “Não temas diante deles, porque eu sou contigo para te livrar, diz o Senhor.”

A timidez pode ser crônica ou situacional. Na timidez crônica, a pessoa experimenta dificuldade em praticamente todas as áreas do convívio social (e não consegue falar com estranhos, fazer amigos, paquerar, falar em público). Na timidez situacional, a inibição se manifesta em ocasiões específicas. ..

Quando a timidez é exacerbada, torna-se uma fobia social (ou ansiedade social), o terceiro maior problema de saúde mental no mundo, afetando 7% da população mundial. A ansiedade social é o medo de situações sociais que envolvam interação com outras pessoas. É o medo de ser julgado e avaliado por outras pessoas. 


JEREMIAS VENCEU A TIMIDEZ E SE TORNOU UM GRANDE PROFETA DO SENHOR


A timidez não se tornou um grande problema para Jeremias. 

Quando a timidez se torna algo que prejudica o convívio social é bom ficar atento e de fato pedir auxilio para Deus ou uma ajuda profissional, porém a cura garantida e eficaz é a do próprio Deus. 


No Evangelho de Lucas capítulo 1 e versículo 37, afirma: “Porque para Deus nada é impossível.”  Diante dessa promessa para que temer? 


Para Ele tudo se torna possível, basta confiar e crer somente.


***

APRENDENDO COM SAUL (PARTE 4)

A timidez de Saul

O caso mais dramático de TIMIDEZ é o de Saul.

1Samuel 10.20-24


Tendo Samuel feito todas as tribos de Israel se aproximarem, a de Benjamim foi escolhida. Então fez ir à frente a tribo de Benjamim, clã por clã, e o clã de Matri foi escolhido. 


Finalmente foi escolhido Saul, filho de Quis. Quando, porém, o procuraram, ele não foi encontrado. Consultaram novamente o Senhor:

-- Ele já chegou?

E o Senhor disse:
-- Sim, ele está escondido no meio da bagagem.
Correram e o tiraram de lá. Quando ficou em pé no meio do povo, os mais altos só chegavam aos seus ombros. E Samuel disse a todos:
-- Vocês vêem o homem que o Senhor escolheu? Não há ninguém como ele entre todo o povo.
Então todos gritaram:

-- Viva o rei!
(1Samuel 10.20-24)
Saul era um escolhido por Deus, era alto e bonito. Assim mesmo se escondeu na bagagem, certamente por se achar incapaz para aquela tarefa.
É provável que Saul tenha carregado este estigma toda a vida. Se não, como explicar, sua reação diante do fiel Davi? 

Não tinha ele uma auto-estima tão baixa que via no amigo um inimigo?

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

APRENDENDO COM JESUS

O último sábado e o 1º domingo de Lucas


Neste semestre estou a ler a Bíblia, novamente, na Linguagem de Hoje. Nestes dias concluí Lucas. Notei como ele mostra Jesus em conflito com a liderança judaica e com os grandes temas do judaísmo. Ele se atrita com os fariseus e exibe absoluto desinteresse pela guarda do sábado. Mais de uma vez Lucas o mostra transgredindo o sábado, bezerro de ouro do judaísmo e de seitas cristãs.  O templo, o sábado e as festas judaicas não o atraíam.
A última menção de Lucas ao sábado é em 23.56: “E no sábado elas descansaram, conforme a Lei manda”. No versículo seguinte, surge outro dia: “No domingo bem cedo…” (24.1). É quando o mundo vai mudar. Jesus ressuscitou. E segue: “Naquele mesmo dia…” (24.13). E outra aparição dominical de Jesus (“Enquanto estavam contando isso, Jesus apareceu…”- 24.36). 
O último sábado de Lucas é um dia de tristeza. O domingo é o dia de alegria. Desde então, o domingo é o dia do Senhor, guardado pela igreja. Ela se reunia neste dia para celebrar a ceia (At 20.7) e separava as ofertas (1Co 16.2). “O Didaqué”, obra cristã datada do primeiro século, espécie de catecismo da igreja primitiva, exorta os cristãos a se reunirem no domingo (Didaqué 14.1). 
Não é verdade que Constantino mudou o dia de culto e forçou as igrejas a aceitá-lo. Tal afirmação é ignorância histórica e má fé. Ao adotar o cristianismo, Constantino oficializou na esfera civil o que os cristãos haviam feito na esfera religiosa. O domingo é marca cristã.
A guarda do domingo não sucedeu por causa de Constantino. Na epístola aos Magnesianos (datada do ano 107), Inácio de Antioquia declarou, em 9.1: “Assim os que andavam na velha ordem das coisas chegaram à novidade da esperança, não mais observando o sábado, mas vivendo segundo o dia do Senhor”. 
Os adventistas fazem grande alarido pelo sábado, devido ao ensino da Sra. White. Segundo um ex-adventista, a assembléia da Igreja Adventista do Sétimo Dia, em Dallas, Texas, EUA (em 1980), declarou-a como “inspirada no mesmo sentido em que o são os profetas da Bíblia” e que, “como mensageira do Senhor, seus escritos são uma continuação e fonte autorizada de verdade…”. Eles seguem sua papisa.
O domingo é o dia do Senhor. Não é dia de churrascos, de idas a pesqueiros, sítios e banhos. É  dia para ser dedicado à adoração comunitária, ao congraçamento com os irmãos. Não é para gastar em deleites, mas para uso na obra de Deus.
 Voltaire, pensador francês, combatedor do cristianismo, disse: ”Para destruir o cristianismo é preciso destruir primeiramente o domingo”. Algumas seitas combatem o domingo, mas alguns cristãos destroem-no com sua conduta no domingo.
O domingo não é seu, meu irmão. É o dia do Senhor. Use-o para o Senhor. Congregue-se, sirva, regozije-se com os irmãos. Não o profane.
Pr Isaltino Gomes

APRENDENDO COM PAULO (PARTE 12)

Paulo, homem


A Bíblia apresenta vários exemplos de homens e mulheres de Deus que passaram por momentos de fraqueza e abalo emocional. Numa época em que muitos se apresentam como supercrentes e falsas teologias enganam tanta gente, que tal aprendermos algo mais com um deles?

A tristeza de PauloEm sua epístola aos Romanos, o apóstolo Paulo descreve como se sentia em relação à incredulidade de seus compatriotas judeus: “Digo a verdade em Cristo, não minto, testemunhando comigo, no Espírito Santo, a minha própria consciência: tenho grande tristeza e incessante dor no coração; porque eu mesmo desejaria ser anátema, separado de Cristo, por amor de meus irmãos, meus compatriotas, segundo a carne” (Rm 9.1-3).[1] 

Aos coríntios ele diz que não se apresentaria a eles como da primeira vez, ou seja: “Isto deliberei por mim mesmo: não voltar a encontrar-me convosco em tristeza” (2Co 2.1). No entanto, é provável que a mais impressionante passagem bíblica sobre tristeza de Paulo tenha sido em prol de Epafrodito, seu colaborador na igreja de Filipos: “Com efeito, adoeceu mortalmente; Deus, porém, se compadeceu dele e não somente dele, mas também de mim, para que eu não tivesse tristeza sobre tristeza. Por isso, tanto mais me apresso em mandá-lo, para que, vendo-o novamente, vos alegreis, e eu tenha menos tristeza” (Fp 2.27,28). “(…) os crentes filipenses e o próprio apóstolo sentiriam profundamente a perda daquele fiel servo de Deus. (…). Vemos, pois, que Deus respeita os sentimentos humanos corretos, o que não é uma bênção pequena”.[2]

O medo de PauloO apóstolo Paulo já vinha sofrendo várias ameaças e perseguições em sua obra missionária. Foi assim em Damasco, Jerusalém, Antioquia da Síria, Icônio, Listra, Filipos, Tessalônica, Beréia, como em tantos outros lugares que ele ainda passaria. Contudo, é em Corinto que o medo do apóstolo fica evidente, a ponto de Lucas relatar: “Teve Paulo durante a noite uma visão em que o Senhor lhe disse: Não temas; pelo contrário, fala e não te cales; porquanto eu estou contigo, e ninguém ousará fazer-te mal, pois tenho muito povo nesta cidade. E ali permaneceu um ano e seis meses, ensinando entre eles a palavra de Deus” (At 18.9-11). 
Algo semelhante foi dito por Deus ao jovem Jeremias: “Não temas diante deles, porque eu sou contigo para te livrar, diz o SENHOR” (Jr 1.8; cf. 1.19). Em sua primeira epístola aos CoríntiosPaulo declara: “Eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não o fiz com ostentação de linguagem ou de sabedoria. Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado. E foi em fraqueza, temor e grande tremor que eu estive entre vós” (1Co 2.1-3). “Os termos temor tremor estão relacionados às inúmeras ameaças políticas e sociais que Paulo teve de enfrentar”.[3]

O desencorajamento de PauloNão é o mesmo que covardia, mas abatimento da alma. O desencorajamento deste gigante da fé aparece após ele ser preso em Jerusalém e fazer sua defesa perante o povo e o Sinédrio. “Na noite seguinte, o Senhor, pondo-se ao lado dele, disse: Coragem! Pois do modo por que deste testemunho a meu respeito em Jerusalém, assim importa que também o faças em Roma” (At 23.11). Estava Paulo deprimido, desanimado e apreensivo com que o aguardava pela frente? A palavra de ordem “Coragem!” sugere tudo isso. “Jesus usou esse termo [coragem] muitas vezes durante seu ministério terreno. 
Por exemplo, quando andou sobre as ondas do lago da Galiléia e os discípulos ficaram cheios de medo, ele lhes disse que tivessem coragem (Mt 14.27; Mc 6.50). Aqui em Jerusalém, Jesus encoraja Paulo a ser destemido”.[4] Uma experiência de abatimento semelhante a de Paulo foi vivida por Josué, o sucessor de Moisés. O Senhor falou a Josué e o animou (Js 1.1-9). David Livingstone, após sofrer um ataque de leão numa de suas jornadas na África, disse que sua motivação em continuar na obra missionária era a promessa de Jesus: “… E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século” (Mt 28.20).[5]

O desespero de PauloEm sua segunda epístola aos Coríntios o apóstolo diz: “Porque não queremos, irmãos, que ignoreis a natureza da tribulação que nos sobreveio na Ásia, porquanto foi acima das nossas forças, a ponto de desesperarmos até da própria vida” (2Co 1.8). 
Paulo nunca escondia suas fraquezas, pelo contrário, ele não queria que os irmãos ignorassem a natureza das tribulações que vieram sobre ele e aos demais missionários na Ásia. Bem diferente dos “apóstolos” defensores da Confissão Positiva que afirmam que se um crente sofre e se desespera é porque não tem fé em Deus ou está em pecado. 
Muitos desses modernos fariseus quando ficam doentes inventam mentiras somente para não aparecer debilitados em público e, assim, contradizer a falsa doutrina que eles defendem. “O risco que Paulo correu foi tão grande que ele o descreve como um fardo extremamente pesado que ele não era capaz de suportar fisicamente. Mais do que isso, espiritualmente lhe faltava a força necessária e ele entrou num estado de desespero (contrastar com 4.8). 
Ele já esperava o fim de sua vida terrena a não ser que o próprio Deus interviesse e, por assim dizer, o trouxesse de volta dos mortos”.[6] Deus não nos promete um caminho suave, mas garante nossa chegada segura.

 Pr. Josivaldo F.  Pereira 

APRENDENDO COM JUDÁ

Qual o sentido real de “Siló” em Gn 49.10?


Gênesis 49.10 é o verso de uma das estrofes das profecias de Jacó, a respeito de seus doze filhos. De Judá se fala nos v. 8-12. Essa tribo é apresentada em termos que dão ideia de elementos bélicos, quando lemos, por exemplo: “a tua mão estará sobre a cerviz de teus inimigos” (v. 8), e Judá é leãozinho […] como leão […] quem o despertará?’ (v. 9). O v. 10 enfatiza o papel futuro de Judá como líder real sobre todas as demais tribos de Israel e, possivelmente, sobre nações estrangeiras também.
Lemos o seguinte: “O cetro não se arredará de Judá, nem o bastão de entre os seus pés, até que venha Siló; e a ele obedecerão os povos” [‘ammîm]. Há grande ênfase na bravura militar e no status real dessa tribo estabelecida como a principal, havendo afirmação clara de que esse aspecto de realeza prossiga até o aparecimento da figura-chave a que se dá a denominação de Siló. O cetro e o bastão de legislador estarão nas mãos dessa tribo até que venha o pacificador.
Surge, porém, a pergunta: Quem é, ou que é Siló? O Targum aramaico traduz o v. 10 assim: “Até que venha o Messias, a quem pertence o reino”. Parece que isso identifica um título do Messias, mas aponta também para uma interpretação desse nome que envolve a frase “quem a ele” ou “a quem”.  A Septuaginta, que data do século III a.C.,  traduz assim essa cláusula: “Até que venha as coisas que foram preparadas (apokeimena) para ele”. Isto contém a sugestão de que Siló era interpretado como se houvesse uma pontuação vocálica diferente, isto é,  sellô(“alguém a quem”). As traduções do gego, de Aquila e Simaco, do segundo século d.C.  redundaram num texto mais sucinto: “aquele para quem se estocou”, ou “se reservou”, usando-se o mesmo verbo grego, mas na forma apokeitai.
Não podemos encerrar esta temática sem mencionar antes uma passagem paralela bastante intrigante de Ezequiel 21.27 que aparentemente se refere a Gênesis 49.10:  “Ao revés, ao revés, ao revés porei aquela coroa, e ela não mais será, até que venha aquele a quem pertence de direito; a ele a darei”.  [ Jerusalém prestes a ser atacada por Nabucodonozor em 586 a.C ]. Também isto não existirá mais [ ou “não acontecerá (ló hayah)], até que venha aquele a quem pertence o direito; e a ele a darei”. 
Na declaração de Ezequiel encontramos hammishpat (“o direito de julgamento”), substituindo o conceito de “cetro” em Gn 49.10. Portanto, se Ezequiel 21.27 tenciona edificar sobre o alicerce de Gn 49.10 e revelar sua aplicação última ao Messias – como é que parece aplicar-se em Ezequiel – que descenderá da casa real de Judá, estaremos pisando em solo firme ao interpretar Gn 49.10 como sendo referência ao Filho divino, Jesus Cristo, o descendente messiânico de Davi. 
Pr Marcelo Oliveira

APRENDENDO COM JABES

  APRENDENDO COM JABES O m enino  p rodígio da  g enealogia!   Alguém já disse certa vez que existe muito pouca diferença entre as pessoas –...