terça-feira, 3 de março de 2015

APRENDENDO COM ADONIAS (PARTE 1)



A CONSPIRAÇÃO DE ADONIAS CONTRA SEU PAI DAVI

Israel estava próximo do fim dos anos dourados do governo de Davi. O livro de 1 Reis começa com um reino unificado, glorioso e centrado em Deus. Perfeito! 

Até que Adonias, o filho mais velho, até então vivo, do rei Davi, toma uma atitude precipitada.

A partir daí o reino unificado, centrado e glorioso termina com um reinado dividido, degradado e idólatra

A razão para o declínio de israel parece simples para nós - fracassaram na obediência a Deus. 

De forma individual, somos nós vulneráveis às mesmas forças que provocaram a decadência de Israel - desejos, ciúme, cobiça pelo poder, enfraquecimento dos votos de casamento e superficialidade na devoção a Deus

Quando lemos sobre estes trágicos eventos na história de ISRAEL, devemos nos ver no espelho de suas experiências. 

Esse tal de Adonias começou mal seus planos contra seu pai

De olho na história de Adonias: ...seu pai Davi tinha aproximadamente 70 anos de idade. Sua saúde não era nada boa, deteriorara-se pelos anos de batalhas de sofrimento

Uma bela jovem Abisague serviu como sua enfermeira particular e ajudou a mantê-lo aquecido. Na época em que a poligamia era aceita no oriente médio e os reis tinham haréns, esta ação não era considerada ofensiva

Sendo, pois, o rei Davi já velho, e entrado em dias, cobriam-no de roupas, porém não se aquecia.
Então disseram-lhe os seus servos: Busquem para o rei meu senhor uma moça virgem, que esteja perante o rei, e tenha cuidado dele; e durma no seu seio, para que o rei meu senhor se aqueça.
E buscaram por todos os termos de Israel uma moça formosa, e acharam a Abisague, sunamita; e a trouxeram ao rei. E era a moça sobremaneira formosa; e tinha cuidado do rei, e o servia; porém o rei não a conheceu. Então Adonias, filho de Hagite, se levantou, dizendo: Eu reinarei. E preparou carros, e cavaleiros, e cinqüenta homens, que corressem adiante dele. (1 Reis 1:1-5)



Adonias viu a situação do pai na cama, e imediatamente arquitetou seu maior plano ambicioso, reinar sobre ISRAEL o mais rápido possível

Adonias era o quarto filho de Davi e a opção lógica para sua sucessão, como rei. O primogênito, amnom, fora morto por Absalão por ter estuprado sua irmã (2 Samuel 13:20-3)

Seu segundo filho, Daniel, é mencionado somente na genealogia de 1 Crônicas 3:1 e provavelmente também falecera nesta época. O terceiro filho de Davi, Absalão, morreu em uma rebelião anterior (2 Samuel 18:1-18)

Embora muitos esperassem que Adonias fosse o próximo rei, Davi e Deus tinha outros planos. (*os planos de Deus não podem ser frustrados)

Adonias decidiu tomar o trono sem o conhecimento de Davi. Ele sabia que Salomão, e não ele, era o preferido de Davi. Algumas conversas no reino, davam conta disso. Sabendo que seu pai iria escolher Salomão para ser o próximo rei, por esta razão ciumenta ele não convidou os leais conselheiros de Davi quando se declarou rei às escondidas

Adonias era ele também muito formoso de parecer; e Hagite o tivera depois de Absalão.
E tinha entendimento com Joabe, filho de Zeruia, e com Abiatar o sacerdote; os quais o ajudavam, seguindo a Adonias. Porém Zadoque, o sacerdote, e Benaia, filho de Joiada, e Natã, o profeta, e Simei, e Rei, e os poderosos que Davi tinha, não estavam com Adonias. E matou Adonias ovelhas, e vacas, e animais cevados, junto à pedra de Zoelete, que está perto da fonte de Rogel; e convidou a todos os seus irmãos, os filhos do rei, e a todos os homens de Judá, servos do rei. Porém a Natã, o profeta, e a Benaia, e aos poderosos, e a Salomão, seu irmão, não convidou.  (1 Reis 1:6-10)

Os planos enganosos para tomar o trono fracassaram. O orgulhoso Adonias exaltou e derrotou a si mesmo

As pessoas tementes a Deus, como Davi e Samuel, foram usadas por Deus para liderar nações, não obstante tivessem problemas em seus relacionamentos familiares. Todos nós temos problemas familiares.

Os líderes tementes a Deus não podem considerar como certo o bem estar espiritual de seus filhos. Estão acostumados a terem outros que seguem suas ordens; porém, não podem esperar que seus filhos produzam fé por encomenda

O caráter moral e espiritual é construído ao longo de muitos anos, e exige constante atenção e paciente disciplina

Davi serviu bem a Deus como rei, mas como pai falhou frequentemente tanto para com Deus como para todos os seus filhos

Pelo fato de Davi nunca interferir, ou até mesmo questionar seu filho, Adonias não soube trabalhar dentro dos limites

O resultado foi que este jovem sempre escolheu seu próprio caminho, a despeito do quanto suas atitudes pudessem afetar os outros

Adonias fez o que bem quis sem considerar a vontade de Deus. Ele queria parecer inteligente ou esperto, porém, era um cara indisciplinado, destruiu a si mesmo e aos outros que o seguiram

"E tinha entendimento com Joabe, filho de Zeruia, e com Abiatar o sacerdote; os quais o ajudavam, seguindo a Adonias"

Adonias conseguiu aliados importantes para esta manobra de tirar o trono das mãos de Salomão, eram homens de guerra, leais ao rei Davi

Adonias junto com eles queria que fossem oferecidos sacrificios a Deus, provavelmente na esperança de legitimar sua posse. Mas ele não era o escolhido de Deus para suceder Davi

Os sacrifícios foram em vão. Selar uma ação com uma cerimônia religiosa, não faz com que esta se transforme  n vontade do Senhor

Quando o profeta  Natã soube da conspiração de Adonias, tentou imediatamente detê-la:

Então falou Natã a Bate-Seba, mãe de Salomão, dizendo: Não ouviste que Adonias, filho de Hagite, reina? E que nosso senhor Davi não o sabe? Vem, pois, agora, e deixa-me dar-te um conselho, para que salves a tua vida, e a de Salomão teu filho. Vai, e chega ao rei Davi, e dize-lhe: Não juraste tu, rei senhor meu, à tua serva, dizendo: Certamente teu filho Salomão reinará depois de mim, e ele se assentará no meu trono? Por que, pois, reina Adonias? Eis que, estando tu ainda aí falando com o rei, eu também entrarei depois de ti, e confirmarei as tuas palavras. (1 Reis 1:11-14)

Natã era um homem tanto de fé como de ação. Sabia que era correto que Salomão se tornasse rei, e agiu depressa ao perceber que outra pessoa "não qualificada" procurava tomar o trono a força

Natã toma as ações necessárias para corrigir as situações. Chama Bate-seba, mãe de Salomão, e entra junto com ela para uma audiência com Davi

E Bate-Seba inclinou a cabeça, e se prostrou perante o rei; e disse o rei: Que tens?
E ela lhe disse: Senhor meu, tu juraste à tua serva pelo Senhor teu Deus, dizendo: Salomão, teu filho, reinará depois de mim, e ele se assentará no meu trono. E agora eis que Adonias reina; e tu, ó rei meu senhor, não o sabes. (1 Reis 1:16-18)


A Bíblia não diz que Davi tinha prometido que Salomão seria o próximo rei, mas fica claro que ele foi escolhido por Deus e por Davi:  1 Crônicas 22:9-10    /    1 Reis 1:17-30

E respondeu o rei Davi, e disse: Chamai-me a Bate-Seba. E ela entrou à presença do rei; e ficou em pé diante do rei. Então jurou o rei e disse: Vive o Senhor, o qual remiu a minha alma de toda a angústia, Que, como te jurei pelo Senhor Deus de Israel, dizendo: Certamente teu filho Salomão reinará depois de mim, e ele se assentará no meu trono, em meu lugar, assim o farei no dia de hoje.
(1 Reis 1:28-30)


Davi abençoa Salomão e reforça sua liderança na Nação. Salomão é ungido rei. Quando Adonias soube que seus planos não se concretizaram, seus propósitos estavam condenados ao fracasso, correu em pânico para o altar, o lugar de misericórdia e perdão de Deus

Porém, dirigiu-se para lá, no tabernáculo onde estava o altar de Deus, somente depois que seus planos de traição foram expostos

Se ele tivesse primeiramente considerado a vontade de Deus, e não tomasse atitudes precipitadas, tivesse orado mais e tivesse intimidade com Deus no fundo do seu coração, teria evitado muitos problemas

Nós também não podemos esperar que nossa vida esteja repleta de problemas para somente então nos voltarmos ao Senhor e pedir perdão e misericórdia.

O melhor a ser feito é buscar a direção de Deus sempre antes de agirmos

Adonias desejou a proteção de Deus, segurando na ponta do altar, ele foi poupado, mas sua história mostra que ele não mudou o caráter completamente, mas pra frente se envolveu de novo com problemas. até chegar a sua morte trágica

****   CONTINUA NA PRÓXIMA MENSAGEM


domingo, 1 de março de 2015

APRENDENDO COM ZACARIAS (PARTE 2)


 ZACARIAS - O Messias vem!

Zacarias escreveu para a comunidade pós-exílica que estava seguindo os mesmos passos de seus ancestrais (1:3-5). Por isso suas mensagens são para exortação, repreensão e incentivo nos tempos difíceis que enfrentavam. Esta geração era tão culpada pelo exílio quanto as anteriores (7:8-14).

Neste momento de crise, Zacarias apela ao arrependimento e retorno a Deus (1:3-5). 

A adoração e culto verdadeiros, no templo reconstruído com o incentivo de Ageu, viria apenas com a renovação espiritual e a obediência à lei do Senhor. Desse modo, as bênçãos da justiça e prosperidade trazidas pelo Messias se concretizariam no Reino de Deus (6:9-15; 8:13).

Distintamente de outras literaturas apocalípticas, Zacarias não focaliza somente os aspectos futuros do Dia do Senhor, mas invoca a consciência coletiva para a justiça social ainda no presente. 

Isto é, antes de todos os povos buscarem o favor de Deus em Jerusalém, os judeus deveriam buscar ao Senhor e praticar a justiça para com as viúvas, pobres, órfãos e também estrangeiros (7:9-10; 14:16-21).

Ao tratar sobre a ordenação de Josué e Zorobabel, Zacarias prosseguiu ratificando a liderança divinamente instituída em Israel, recobrando as esperanças na restauração messiânica e no cuidado de Javé ao guiar o povo da Aliança.

O valor de Zacarias para os Cristãos

As duas parte de Zacarias colocam os gentios no plano de salvação e trata sobre a prática do culto correto e a busca pelo Reino de Deus em primeiro lugar.

O Novo Testamento cita em torno de 70 trechos de Zacarias, dos quais a maior parte encontram-se em Apocalipse. As citações mais conhecidas estão nos capítulos 9 a 14. 

Os cristãos encontram o cumprimento da vinda do rei vencedor, mesmo que humilde (Zc. 9:9) na entrada triunfal de Jesus em Jerusalém (Mt. 21:5). A traição de Judas por 30 moedas de prata (Mt. 27:3-5) foi associada com Zc. 11:12-13. Mesmo o abandono de Jesus pelos discípulos (Mt. 26:31, 56) foi relacionado com Zc. 13:7.

Ademais Zacarias traz consolo e esperança para aqueles que sofrem nas mãos de pastores opressores e anima os leitores à construção de um mundo melhor, ao mesmo tempo que incentiva a olhar além do mundo material aguardando nossa redenção esperando por uma cidade melhor, da qual Deus é o construtor.

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APRENDENDO COM ZACARIAS (PARTE 1)

Zacarias – O profeta

O ministério de Zacarias foi adicional ao de Ageu no período pós-exílico. Zacarias começou seu trabalho cerca de dois meses após as mensagens de Ageu. 

Ageu desafiara o povo a reconstruir o templo e Zacarias chamou a comunidade pós-exílica ao arrependimento. Uma vez que os trabalhos de reconstrução estavam concluídos, restava ao povo a consciência correta da adoração e serviço apropriados.

O nome Zacarias significa Javé se lembrou, e expressa o sentimento dos exilados após o cativeiro babilônico. 

No livro de Neemias lemos que Zacarias era neto de Ido, que retornara do cativeiro com Zorobabel e Jesua (12:4). 

Neemias também o identifica como membro da família sacerdotal de Ido (12:16). Zacarias, portanto, era descendente de Levi e serviu em Jerusalém como sacerdote e profeta.

O livro está indubitavelmente seccionado em duas partes. O livro pode ser dividido de acordo com seu estilo e interesse histórico entre os capítulos 1 a 8 e 9 a 14. A primeira parte se situa no período persa, antes da reconstrução do templo sob a liderança de Josué e Zorobabel. 

Neste trecho, as profecias são datadas e vêm em forma de visões. A segunda parte não trata mais sobre o templo; Josué e Zorobabel não são mais mencionados; as profecias não são mais datadas nem tem a forma de visões. 

A ênfase teológica da segunda parte é totalmente escatológica se comparada com a primeira. O estilo literário também é distinto da primeira parte, tratando-se, claramente, de uma literatura apocalíptica, gênero característico do período pós-exílico.

Da mesma maneira que Ageu, Zacarias escreveu aos hebreus de Jerusalém e proximidades que retornaram do exílio. Em virtude da impassividade espiritual neste período, Zacarias exortou e motivou os ex-cativos a reconstruir e prosseguir a vida.

As mensagens de Zacarias foram pronunciados durante o reinado de Dario, rei da Pérsia (521 – 486 a.C.). Somente um grupo reduzido de judeus retornara a Jerusalém após os 70 de cativeiro; por isso os muros e o templo de jerusalém continuavam destruídos. 

Logo, a promessa de restauração predita por Jeremias e Ezequiel estavam longe do seu cumprimento (Jr. 30 – 33; Ez. 36 – 39). 

Foi um período de sombras, desânimo e ameaças das nações ao redor contra qualquer tentativa mínima de progresso.

Em contraste com essa situação desoladora, as palavras de Ageu e Zacarias animaram e motivaram o povo da Aliança à reconstrução material e regeneração espiritual. 

Ageu iniciou este trabalho e Zacarias arrematou sua mensagem para a renovação espiritual (1:3-6; 7:8-14).

O ministério de Zacarias durou mais de 2 anos até a conclusão dos trabalhos de reconstrução do templo e celebração da páscoa em 515 a.C. (Ed. 6:13-22).

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APRENDENDO COM OBADIAS (PARTE 2)

APRENDENDO COM OBADIAS

O Orgulho

Obadias, como mensageiro de DEUS, tratou sobre a restauração de Israel e o julgamento de todas as nações que cometeram crimes contra a humanidade. 

Obadias utilizou-se do tema do Dia do Senhor, comum aos profetas, para predizer o livramento de Jerusalém e declarar o domínio universal do Senhor sobre todos os povos. 

A punição de Edom serviria de aviso a todas as demais nações acerca da retribuição que teriam pela maneira injusta à qual submeteram os israelitas.

Mais importante do que a punição a Edom o livro de Obadias mostra o amor e cuidado do Senhor pelo povo da Aliança.

Orgulho

O orgulho foi uma das grandes tragédias do povo edomita. Sua confiança se baseava inteiramente em seus sábios e guerreiros. 

Obadias demonstra que esses mesmos sábios não livrariam Edom da pilhagem de sua colheita e tesouro (Ob. 5-6). Esse orgulho transformou-se em crueldade e impediu a compaixão, por isso o Senhor condena  os orgulhosos (Pv. 16:18). 

Enfim, toda a sabedoria de Edom foi inútil diante do julgamento  pelo qual passou. O Novo Testamento confirma esse conceito afirmado que isso acontecerá com todos aqueles que usarem da sabedoria humana em confronto com Deus (1 Co. 1:18-31).

O dia do Senhor

A partir do verso 15 há a mudança de ênfase do julgamento individual de Edom para todas as nações. Esta mudança pode ter dois objetivos básicos à luz da teologia do Antigo Testamento:

  • Atender à expectativa de Israel com relação à sua vindicação por justiça naquele momento
  • renovar a esperança de Israel em relação ao triunfo final de DEUS sobre as nações com o estabelecimento de seu Reino. 

  • Este é um tema recorrente no Antigo Testamento que foi trabalhado por outros profetas (Is. 24 – 27; Jr. 29 – 33; Ez. 33 – 35; Os. 13 – 14; Am. 9).

O tema do dia do Senhor traz o ensinamento de que O SENHOR é um Deus que exige justiça; não apenas em um futuro escatológico, mas também nesta era. 

Embora seja misericordioso, que estende sua paciência, fica claro que ele não tolera a injustiça para sempre. Ele pune a desobediência.

Restauração de Israel

Seguindo a tendência teológica de outros profetas, Obadias também trata sobre a restauração do remanescente de Israel (Jl. 3:17-21; Am. 9:11-15; Mq. 7:8-20). 

Obadias cita os nomes dos patriarcas para promover a esperança de que os exilados veriam as promessas cumpridas, reforçando, desta maneira, a fé do povo judeu no SENHOR como um Deus fiel à sua Palavra (Sl. 115; Mq. 7:20).

Este ensino é intensificado por outros profetas que trabalham o tema do domínio eterno do SENHOR por meio do Messias vindo no Dia do Senhor (Ez. 37:24-28; Dn. 2:44,45; Zc. 12:3 – 13:6).


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APRENDENDO COM OBADIAS (PARTE 1)



Obadias –  Curto e grosso


O livro de Obadias é o mais curto do Antigo Testamento; possui apenas 21 versículos. 

A biografia de Obadias ainda é um tema discutido entre os estudiosos, pois quase nada se sabe sobre o profeta. 

A tradição judaica de que o autor do livro foi o mordomo do rei Acabe não se apoia em nenhuma evidência ou confirmação histórica (Talmude: Sanhedrin 39b; 1 Rs. 18:3-16).

Seu nome significa servo de Jeová, um nome bastante comum em Israel. 

Este nome está associado a mais de uma dezena de personagens no Antigo Testamento em diferentes momentos da história.

O assunto principal do livro de Obadias é a sua reação diante do crime e oportunismo de Edom para com Judá, seu irmão. Os crimes descritos por Obadias podem ser situados em dois períodos entre 850 a.C e 400 a.C:

  • Os filisteus e árabes invadem Jerusalém por volta de 844 a.C no reinado de Jeorão: 2 Rs. 8:16-20 e 2 Cr. 21:16-17

  • Os babilônios sitiam, invadem e destroem Jerusalém em 587 a.C: 2 Rs. 25:1-12 e  Ez. 25:1-3

A segunda opção parece ser mais plausível do ponto de vista do verso 11. Portanto, as profecias de julgamento contra Jerusalém se cumpriram. 

A Babilônia invadira a terra, levara cativo o rei, devastara o templo, levando milhares de hebreus para o exílio. 

Embora o castigo de Judá fosse merecido, as nações ao redor, especialmente Edom, aproveitaram-se da fragilidade momentânea de Judá para promover saques e o massacre étnico contra os seus habitantes.

Outras características que reforçam a datação pós exílica são os paralelos que Obadias faz com Jeremias 49:7-22 citando uma tradição mais primitiva e o termo exilados no verso 20 referindo-se aos israelitas.

A gravidade destas passagens bíblicas contra Edom reside no parentesco entre Edom e Israel, que foram respectivamente os patriarcas Esaú e Jacó, filhos de Isaque e Rebeca (Gn. 25:23-26). 

A nação de Edom vivia nas montanhas e tinham uma organização social estruturada desde a época dos patriarcas (Gn. 36:1-30) e adotaram o governo monárquico antes do Êxodo dos hebreus do Egito. 

Nesta época os edomitas negaram a passagem dos israelitas pelo leste mostrando seu potencial militar (Nm. 20:14-21; 21:4).

A data da destruição de Edom não pode ser precisada, mas, no tempo do profeta Malaquias (500 – 400 a.C.) a nação já estava arruinada (Ml. 1:2-4). 

Por volta de 312 a.C. (domínio grego) os árabes nabateus tomaram as terras edomitas e expulsaram os sobreviventes para a Iduméia, ao norte. 

No Novo Testamento o representante mais famoso desse povo foi Herodes, o grande.

Obadias não é o único com profecias dirigidas a Edom. Outros oráculos estão registrados em: Is. 21:11-12; 34:5-17; Jr. 49:7-22; Ez. 25:12-14; 35:1-15; Am. 1:11-12. 


A recorrência aos edomitas nas profecias do Antigo Testamento surge desde a bênção de Isaque para Esaú (Gn. 27:39-40) até a confirmação da destruição total de Edom em Malaquias (Ml. 1:2-4) .

Obadias, como mensageiro de Deus, tratou sobre a restauração de Israel e o julgamento de todas as nações que cometeram crimes contra a humanidade. 

Obadias utilizou-se do tema do Dia do Senhor, comum aos profetas, para predizer o livramento de Jerusalém e declarar o domínio universal do Senhor sobre todos os povos. 

A punição de Edom serviria de aviso a todas as demais nações acerca da retribuição que teriam pela maneira injusta à qual submeteram os israelitas.

Mais importante do que a punição a Edom o livro de Obadias mostra o amor e cuidado do Senhor pelo povo da Aliança.

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APRENDENDO COM JESUS



APRENDENDO COM JESUS

O novo Rei de Belém

No livro de Miqueias, o humor muitas vezes muda drasticamente da tristeza para a esperança sublime. Essa esperança é vista em uma das mais famosas profecias messiânicas.

3. Quem foi mencionado em Miqueias 5:2? O que aprendemos sobre Ele nesse verso? Jo 1:1-3; 8:58; Cl 1:16, 17

De uma pequena cidade da Judeia viria Alguém da eternidade para ser governante em Israel. Miqueias 5:2 é um dos mais preciosos versos bíblicos, escrito para fortalecer a esperança do povo que aguardava ansiosamente o Líder ideal prometido pelos profetas. S

eu governo conduziria a um tempo de força, justiça e paz (Mq 5:4-6).

Davi era natural de Belém, cidade também chamada de Efrata (Gn 35:19). A menção dessa cidade destaca a origem humilde tanto de Davi quanto de seu futuro sucessor, que seria o verdadeiro Pastor do povo (Mq 5:4).

 Na humilde cidade de Belém o profeta Samuel ungiu o filho mais novo de Jessé, Davi, que devia ser rei de Israel (1Sm 16:1-13; 17:12). 

Quando os sábios foram à procura do recémnascido “Rei dos judeus”, o rei Herodes perguntou aos especialistas nas Escrituras onde deveriam procurá-Lo (Mt 2:4-6). Eles mencionaram a ele essa passagem, que predizia que o Messias viria da pequena cidade de Belém.

Tão incompreensível como isso seja para nossa mente finita e caída, esse bebê era o Deus eterno, Criador dos céus e da Terra. “Desde os dias da eternidade o Senhor Jesus Cristo era um com o Pai” 

Por mais incrível que seja a ideia, esta é uma das verdades mais fundamentais do cristianismo: O Deus criador tomou sobre Si a humanidade e nessa humanidade Se ofereceu como sacrifício pelos nossos pecados. 

Se tomarmos tempo para pensar sobre o que isso nos ensina a respeito do valor de nossa vida e do que significamos para Deus, podemos ter uma experiência que transforma a vida. 

Quando tantas pessoas lutam para encontrar propósito e significado para sua existência, temos o fundamento da cruz, que não apenas nos firma no significado de nossa vida, mas também nos dá a esperança de algo maior do que aquilo que este mundo pode oferecer.


APRENDENDO COM JONAS (PARTE 5)



APRENDENDO COM JONAS


Testemunha relutante - O salmo de Jonas

Jonas 1 mostra que o Senhor desejou impedir a fuga do profeta. Por isso, Ele trouxe uma tempestade tão severa que ameaçou provocar um naufrágio. Os marinheiros invocaram seus deuses em busca de ajuda. Devido à força da tempestade, eles pensaram que alguém devia ter provocado a ira dos deuses. 

Tiraram a sorte para decidir quem seria a primeira pessoa que, dando informações sobre si mesma, pudesse explicar essa afronta. Para lançar a sorte, cada indivíduo trouxe uma pedra ou um pedaço de madeira identificado. Os objetos foram colocados num recipiente que foi agitado até que um deles foi sorteado. A sorte recaiu sobre Jonas, que confessou seus pecados e pediu que os marinheiros o atirassem no mar.


Essa história é notável porque os marinheiros não hebreus agiram positivamente, enquanto Jonas foi apresentado em uma visão negativa. Embora adorassem muitos deuses, os marinheiros mostraram grande respeito pelo Senhor a quem oraram. 

Eles também foram compassivos para com Jonas, o servo do Senhor, razão pela qual saíram de seu caminho para tentar remar de volta à terra. Finalmente, concordaram com a ideia de que Jonas devia ser jogado ao mar. Depois que fizeram isso, a tempestade parou e, em gratidão, os marinheiros ofereceram sacrifícios ao Senhor.

2. Como Jonas descreveu o Senhor a quem ele disse que temia? O que é significativo nessa descrição? Jn 1:9Ap 14:7Is 42:5Ap 10:6

A confissão de fé em Deus como Criador do mar e da terra ressalta a futilidade das tentativas do profeta de escapar da Sua presença. A cessação imediata da tempestade depois que os homens jogaram Jonas no mar mostrou-lhes que o Senhor, como Criador, tinha o controle do mar. 

Devido a isso, os marinheiros adoraram o Senhor ainda mais. A Bíblia não diz quanto tempo durou o recém-descoberto temor e respeito pelo Criador. Não há dúvida, porém, de que eles aprenderam alguma coisa sobre Deus com essa experiência.


Mal podemos compreender muitas das maravilhas do mundo em torno de nós, muito menos tudo o que está além do alcance dos nossos sentidos e até mesmo da nossa imaginação. Como o Criador fala com você por meio do que Ele fez?


O salmo de Jonas

Quando Jonas foi lançado ao mar, um grande peixe o engoliu por ordem de Deus. Jonas deve ter pensado que a morte realmente seria a única forma de escapar da missão de pregar em Nínive. Mas o grande peixe (não chamado de baleia no livro de Jonas) foi um instrumento de salvação para o profeta. Ao contrário de Jonas, essa criatura respondeu prontamente às ordens de Deus (Jn 1:17; 2:10).


A providência divina atuou de uma forma incrível e, por mais que algumas pessoas zombem da história, Jesus testemunhou de sua veracidade (Mt 12:40) e até mesmo a usou em referência à Sua própria morte e ressurreição.

3. Jonas 2 muitas vezes é chamado de salmo de Jonas. O que o profeta havia aprendido? Que princípios espirituais podemos tirar desse capítulo? Jn 2

O salmo de Jonas celebra a divina libertação das perigosas profundezas do mar. É a única parte poética do livro. Nela Jonas relembra sua oração em busca de ajuda enquanto estava afundando nas águas profundas e enfrentando a morte certa. Ao tomar plena consciência de sua salvação, ele agradeceu a Deus por isso. O hino indica que Jonas estava familiarizado com os salmos bíblicos de louvor e ação de graças.


O voto de Jonas provavelmente consistisse em um sacrifício de ação de graças. Ele estava agradecido porque, embora merecesse morrer, Deus mostrou-lhe extraordinária misericórdia. Apesar de sua desobediência, Jonas ainda se considerava fiel a Deus porque não tinha sucumbido à adoração de ídolos. Apesar de suas muitas falhas de caráter, ele estava determinado a ser fiel à sua vocação.


Às vezes, é preciso que enfrentemos uma experiência terrível para abrir o coração ao Senhor, para perceber que Ele é a nossa única esperança e salvação. Pense em uma experiência que você teve e em que viu claramente a mão do Senhor atuando em sua vida. Por que é tão fácil esquecer a maneira pela qual o Senhor nos guia, quando surgem provações?

APRENDENDO COM JABES

  APRENDENDO COM JABES O m enino  p rodígio da  g enealogia!   Alguém já disse certa vez que existe muito pouca diferença entre as pessoas –...