quarta-feira, 12 de agosto de 2015

APRENDENDO COM NABADE E ABIÚ

 NABADE E ABIÚ - FOGO ESTRANHO

No Velho Testamento, vemos alguns exemplos de um tipo de poluição humana na adoração a Deus. 

No livro de Levítico, capítulo 10, versículo 1, lemos a história de dois sacerdotes: Nadabe e Abiú, que eram filhos de Arão. 

Eles pareciam gostar de suas obrigações religiosas e se tornaram orgulhosos de suas posições entre as pessoas. 

Então, pensaram que podiam melhorar ou aumentar um pouco os desígnios de Deus.

Um dia, em vez de seguir os mandamentos de Deus, eles pegaram seus incensários, puseram um pouco de incenso neles e marcharam para o tabernáculo para fazer o seu próprio tipo de oferenda. 

Eles vieram com um novo e moderno jeito de adorar. Do ponto de vista de Deus, isso era “fogo profano” (Levitico 10:1). 

A invenção deles lhes custou suas vidas. Profanaram a casa de Deus e então veio o fogo da presença de Deus e os consumiu.



Enquanto estamos construindo Sua morada, é tentador adicionar um pouco de nossas idéias ou decorações. 

É muito difícil não incorporar algo de nossos próprios desígnios e direções. Mas vamos nos lembrar sempre: “...pois aquilo que é elevado entre os homens é abominação diante de Deus” (Lucas 16:15). 


O fogo profano do cristão moderno


Hoje, assim como fora Nadabe e Abiú naqueles dias, nos somos o "sacerdócio real, a nação santa e a geração eleita" (1 Pedro 2:9). 

E este acontecimento deve fazer-nos refletir e levar muito a sério todos os nossos atos de devoção e apresentação diante de Deus. Hoje adoramos ao mesmo Deus imutável, e Ele tomará vingança contra aqueles que profanar o seu nome sagrado, e não somente por beber vinho ou bebida forte, como é esclarecido nas escrituras (1 Timóteo 3:3). 

Neste mundo estamos continuamente expostos ao perigo de morte tanto física como a da espiritual; 

"...E já está próximo o fim de todas as coisas; portanto sede sóbrios e vigiai em oração..." (1 Pedro 4:7).

APRENDENDO COM ADÃO (PARTE 2)

APRENDENDO COM ADÃO
A NOIVA DE ADÃO E A NOIVA DE DEUS

“Então o Senhor Deus fez cair pesado sono sobre o homem e este adormeceu: tomou uma das suas costelas e fechou o lugar com carne” (Gn 2:21).

Aprendemos nas Escrituras que nosso Senhor está preparando uma Noiva para Si (Ap 21:2). No Velho Testamento, lendo sobre a criação de Adão e Eva, encontramos um quadro profético referente à futura Noiva de Cristo. 

Ali podemos entender bem sobre o tipo de materiais que Deus quer usar. É dito que Adão foi criado “do pó da terra” (Gn 2:7). Ele foi feito de material comum, terreno.

Mas quando Eva, sua noiva, foi criada, Deus usou algo diferente. Eva foi feita de algo que saiu “do lado” de Adão. Nada mais foi acrescentado. Nenhum “pó”, nenhuma madeira, folha, ou pedra foi usada. Deus usou apenas o que Ele havia retirado do lado de Adão para fazer sua noiva. Esta história antiga ainda nos fala hoje.


Assim como Adão foi colocado para dormir, a fim de que Deus executasse nele a primeira cirurgia para a retirada do material com o qual faria sua noiva, assim também Jesus “caiu adormecido” na cruz. Lá, o cirurgião assistente de Deus, o soldado romano, fez uma incisão no lado de Jesus e algo muito precioso jorrou: sangue e água (Jo 19:34). 

O sangue e a água, representando a Vida derramada de Cristo, são as genuínas substâncias que o Pai está usando hoje para construir uma Noiva, Sua Igreja. Assim como no caso de Eva, nada terreno ou humano pode ser acrescentado. 

Nenhum outro ingrediente pode ser usado. Somente a Vida de Jesus Cristo pode ser usada para edificar uma Noiva que o Seu coração deseja. 

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APRENDENDO COM MOISÉS (PARTE 3)

UMA VISÃO CELESTIAL


 As instruções sobre a construção de um templo (tabernáculo) que Deus deu a Moisés, Ele também está falando hoje a cada um dos cristãos de hoje. 

Não somente no Velho Testamento, mas também no Novo, encontramos a seguinte advertência: “Vê, pois, que tudo faças segundo o modelo que te foi mostrado no monte” (Êx 25:40 e Hb 8:5). Esta é uma admoestação que precisamos contemplar seriamente.

Moisés foi um homem chamado por Deus para liderar Seu povo e para construir um lugar para Sua morada. Moisés compreendeu muito bem essa excelente chamada e estava pronto para responder a ela com todo o seu coração.

Entretanto, ele não era livre para fazer o que quisesse. Não tinha liberdade de inventar coisa alguma, de planejar o que quer que fosse ou de fazer qualquer coisa de acordo com os seus próprios gostos ou desejos. 

Ele foi instruído a fazer tudo estritamente de acordo com a visão celestial que havia recebido pessoalmente, enquanto estava com Deus na montanha.

Veja, Moisés havia subido ao monte santo. Lá, ele passou um bom tempo (40 dias e 40 noites, para ser exato), na real presença do Deus Todo Poderoso. Ele conheceu o temor a Deus. Havia experimentado Sua terrível majestade e poder. Além disso, havia contemplado o coração de Deus e começado a compreender algo sobre o que o seu Criador estava desejando. 

Então, quando desceu daquela montanha, tinha queimando dentro de si uma visão celestial, uma revelação espiritual, que passou a controlar a sua obra, enquanto ele estava construindo uma morada para o Altíssimo. 

Essas coisas nos deveriam falar, hoje, bem claramente. Quando nos convertemos e começamos a desejar nos envolver na obra de Deus, isso é algo que devemos considerar seriamente. 

Se desejamos ser colaboradores de Deus e auxiliá-Lo na construção de Sua eterna morada, esse é um aspecto importante a ser considerado.

Antes de começarmos a nos empenhar nisso, precisamos ter entrado profundamente na presença de Deus. Não apenas ter entrado, mas ter gasto um tempo – um bom tempo – ouvindo, vendo e compreendendo o que é que Deus deseja. 

Antes de ir muito além do estágio e das atividades da infância espiritual, é importantíssimo que tenhamos recebido uma revelação celestial, de maneira que o nosso trabalho seja feito com substância divina e não meramente com madeira, feno ou palha (1 Co 3:12). Precisamos ter visto o santo plano de Deus e, então, construir de acordo com Sua planta.

Esta não é uma consideração sem importância. Não é algo com que possamos lidar superficialmente. Quando começamos a nos envolver em construir juntamente com Deus, tomamos parte em uma construção que é eterna. 

O que Deus constrói por meio de nós será Sua habitação eterna. Portanto, não pode e não deve ser algo feito sem muita revelação e oração, e até mesmo temor e tremor. Todos nós deveríamos ter uma dose saudável de respeito e temor a Deus, quando começamos a construir algo em Seu nome.

O Senhor nosso Deus não habita e nem nunca irá habitar em um templo construído por mãos humanas (At 7:48). Portanto, se não construirmos de acordo com o Seu desenho, o que construirmos não irá satisfazê-Lo, e Ele não irá morar ali. Não será o lugar de Sua morada. Muitos cristãos hoje ficam iludidos porque Deus ocasionalmente visita suas obras em construção. Já que Sua presença vem de vez em quando, eles imaginam que Ele está aprovando o que estão fazendo.

Mas o que precisamos construir urgentemente não é um lugar que Deus venha visitar uma vez ou outra, mas um lugar onde Ele aprecie morar. Precisamos construir a eterna casa espiritual de Deus, onde Ele irá residir permanentemente, por toda a eternidade. 

Para fazer assim, precisamos receber uma profunda visão celestial. Tudo o que fizermos deverá ser guiado por esta revelação.



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APRENDENDO COM DAVI (PARTE 12)


APRENDENDO COM DAVI (PARTE 12)

“Quem se importa com o lugar onde Deus vive? Certamente Ele é capaz de tomar conta de Seus próprios problemas. Temos nossas vidas para viver. Temos contas a pagar, crianças para educar e trabalho para fazer. Não temos tempo para nos preocuparmos com o lugar onde Deus irá morar”.

O Rei Davi, porém, tomou uma atitude diferente. Ele tinha um outro tipo de coração. Ele disse: “...não darei sono aos meus olhos e nem repouso às minhas pálpebras, até que eu encontre lugar para o Senhor, uma morada para o Poderoso de Jacó” (Sl 132:4-5).

Davi era um homem que tinha intimidade com o Todo Poderoso. Por causa dessa comunhão, seu coração começou a abraçar os desejos do Altíssimo. Ele começou a sentir as coisas que estavam no coração de Deus e a desejá-las também. Talvez por esse motivo, o Senhor o considerou como “um homem segundo o Seu coração” (At 13:22).

Davi foi um homem abençoado por Deus, em parte porque procurava as coisas que Deus desejava. Muitos crentes hoje não aproveitam essa bênção. Trabalham longas horas para pagar suas prestações e outras dívidas, mas parecem nunca chegar a um topo financeiro. Tentam se entreter com várias diversões, incluindo comidas e bebidas, mas não se satisfazem facilmente. Estão constantemente comprando novas roupas, mas isto também não parece ir ao encontro de suas necessidades emocionais.

“...considerai o vosso passado, diz o Senhor. Tendes semeado muito e recolhido pouco; comeis, mas não chega para fartar-vos; bebeis, mas não dá para saciar-vos; vesti-vos, mas não estais bem aquecidos e aquele que recebe salário o coloca num saco furado.”

“...considerai o vosso caminho. Procurastes por muito, mas na verdade alcançastes muito pouco e este pouco, quando o trouxestes para casa, Eu lhe assoprei para longe. Por quê? disse o Senhor dos Exércitos. Por causa da minha casa, que está deserta, e cada um de vós corre à sua própria casa.

Por isso, retém os céus o seu orvalho e a terra retém os seus frutos. E fiz vir a seca sobre a terra e sobre os montes, e sobre o trigo e sobre o mosto, e sobre o azeite e sobre tudo o que a terra produz, como também sobre os homens, e sobre os animais, e sobre todo o trabalho das mãos” (Ag 1:5-7 e 9-11).

Deus hoje está chamando homens e mulheres a se voltarem para Ele e trabalharem junto com Ele na construção de Sua morada eterna. Ele está procurando por aqueles que irão Lhe responder de todo o coração e dedicar-se ao Seu serviço. Ele está procurando aqueles cujos corações irão corresponder ao Seu coração.

Seja alguém induzido a compreender mais profundamente as coisas que estão no coração de Deus.


Então, poderá dedicar sua vida a construir a casa de Deus. Você pode ajudar a construir o Seu reino e transformar isso na prioridade de sua vida. Deste modo, certamente ira experimentar maravilhosas bênçãos em seu trabalho e também recompensas eternas quando Jesus voltar. 

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APRENDENDO COM ACAZ (PARTE 1)



APRENDENDO COM ACAZ - OS DESEJOS DO CORAÇÃO

Em 2 Reis, capítulo 16, temos a história de Acaz, que foi um dos reis de Judá. Infelizmente, esse homem não temia a Deus e nem compreendia os Seus caminhos.
Um dia, ele viajou para Damasco para encontrar o rei da Assíria, a quem acabara de pagar tributos com o ouro e a prata que havia roubado do Templo.
Então, naquela cidade, ele viu um altar pagão. Era bastante comovente. Era grande, muito enfeitado e espetacularmente bonito.
Parecia muito melhor aos seus olhos do que o razoavelmente mais simples e bem menor altar de bronze que Salomão havia feito.
Assim, ele mandou ao sacerdote Urias algumas medidas e a planta do altar que viu.
Antes mesmo de Acaz voltar para casa, Urias edificou uma réplica do altar pagão.
Em seguida Acaz e Urias arrastaram o altar de bronze do Senhor e colocaram no Templo o novo e impressionante altar.
Então, Acaz instruiu os sacerdotes a usar o extravagante altar para todos os sacrifícios e ofertas.
O velho altar de bronze seria usado apenas para Acaz “buscar orientação”, o que significa “procurar a direção de Deus”.
Imagino que o altar de bronze foi pouco usado por ele.
O novo altar era grande e impressionante, mas não foi planejado por Deus. Era uma grande obra humana.
Era atraente, do ponto de vista terreno e carnal. Mas era uma poluição para a habitação simbólica de Deus, o Templo.
Há muitas coisas que os homens apreciam com os seus sentidos naturais. Ambientes bonitos, mensagens eloqüentes, música agitada e muitas outras coisas nos são agradáveis.
Portanto, há uma grande tentação de instituir tais coisas em nosso trabalho para o Senhor.
Enquanto estamos construindo Sua morada, é tentador adicionar um pouco de nossas idéias ou decorações.
É muito difícil não incorporar algo de nossos próprios desígnios e direções.
Mas vamos nos lembrar sempre: “...pois aquilo que é elevado entre os homens é abominação diante de Deus” (Lucas 16:15).
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sábado, 1 de agosto de 2015

APRENDENDO COM DANIEL (PARTE 11)



APRENDENDO COM DANIEL (PARTE 11)

Daniel - O Profeta do Reino
Daniel era adolescente quando Nabucodonosor invadiu a sua terra natal e o levou para a Babilônia.  Esse era só o começo do cativeiro babilônico e da devastação da nação judaica.  Poucos anos depois, mais uma leva de cativos foi levada embora, estando Ezequiel entre ela. Logo após isso, o último ataque se deu, e a destruição do templo e de Jerusalém ficou quase completa.

Na Babilônia, pela providência de Deus, Daniel rapidamente ganhou fama e poder por causa de sua conduta impecável e de sua sabedoria (veja Ezequiel 14:14, 20; 28:3).  Ele recebeu das autoridades babilônicas cargos de responsabilidade durante os 70 anos de domínio da nação, tendo recebido cargos também dos persas, que se seguiram aos babilônios.

Daniel sabia de que forma funcionavam os reinados da terra, e como eram frágeis e passageiros.  O próprio Israel, sua nação, já tinha sido importante e próspera sob o domínio de Davi e de Salomão.  Agora achava-se em ruínas.  Ao longo da vida de Daniel, caiu a Assíria, levantou-se a Babilônia e depois veio também a cair.  Então, parece adequado que Deus o tenha escolhido para profetizar com respeito ao "reino que não será jamais destruído" (Daniel 2:44).

Daniel relata dois sonhos importantes pertinentes ao reino de Deus.  O primeiro foi o sonho de Nabucodonosor durante o segundo ano de seu reinado (Daniel 2).  O segundo foi o sonho de Daniel no primeiro ano do reinado de Belsazar (cerca de 60 anos após o sonho de Nabucodonosor).

No sonho de Nabucodonosor, ele tinha visto uma grande figura com cabeça de ouro, peito e braços de bronze e pernas de ferro e barro.  Depois que os sábios do reino já não conseguiam contar o sonho do rei e interpretá-lo, Daniel, pela revelação divina, assim fez.

A cabeça de ouro representava o Império Babilônico (606-536 a.C., ).  A parte de prata representava o reino seguinte à Babilônia, o Império Medo-Persa (536-330 a.C.) S um reino inferior à Babilônia.  A parte de bronze representava o reino seguinte, o qual reinaria sobre toda a terra S o Império Grego (330-146 a.C.).  O quarto reino era o Império Romano (146 a.C.-476 d.C.).  Seria nos dias desses reis, os romanos, que o Deus do céu estabeleceria um reino que jamais haveria de ser destruído (Daniel 2:44).

No sonho de Daniel, uns 60 anos mais tarde, ele viu quatro feras que se levantavam do mar.  Uma como um leão, outra como um urso, outra como um leopardo e a quarta com dez chifres, descrita como "animal, terrível, espantoso e sobremodo forte".  


Essas feras representavam as mesmas quatro potências mundiais representadas pela imagem que Nabucodonosor viu (Daniel 7:15-27), sendo a quarta o Império Romano que foi por fim dividido, conforme a representação dos dez chifres.  

Depois Daniel vê "um como o Filho do Homem", que "dirigiu-se ao Ancião de dias" para receber "domínio, e glória, e o reino, para que os povos, nações, e homens de todas as línguas o servissem; o seu domínio é domínio eterno, que não passará, e o seu reino jamais será destruído" (Daniel 7:13-14).

Jesus nasceu no reinado do imperador romano César Augusto (Lucas 2:1).  Após ser crucificado pelas autoridades romanas e após ressurgir dos mortos, imediatamente antes de subir ao céu, ele afirmou que toda autoridade lhe tinha sido dada no céu e na terra (Mateus 28:18).  O escritor de Hebreus declara que, como cristãos, recebemos um reino que não pode ser abalado nem mudado (Hebreus 12:28).  Paulo afirma que os que receberam a redenção e o perdão em Cristo foram transportados "para o reino do Filho do seu amor" (Colossenses 1:13-14).

Não resta dúvida sobre quando se estabeleceu o reino da profecia de Daniel.  Foi quando Jesus ressurgiu dos mortos, subiu ao céu e sentou-se à direita do Pai, sendo feito assim Cristo e Senhor (Atos 2:30-36).  O que se viu e ouviu no Dia de Pentecostes deram provas de que isso realmente aconteceu (Atos 2:33).  Como disse Pedro, Cristo estava assentado à direita de Deus, tendo recebido "domínio, e glória, e o reino".  


Embora Pedro afirme que Jesus ressuscitou de entre os mortos para subir até a direita de Deus e se sentar no trono de Davi (recebendo, assim, um reino), Paulo diz que ele ressurgiu para subir até a direita de Deus para ser o cabeça da igreja e de todas as coisas:  

"O qual exerceu ele em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos e fazendo-o sentar à sua direita nos lugares celestiais, acima de todo principado, e potestade, e poder, e domínio, e de todo nome que se possa referir não só no presente século, mas também no vindouro.  E pôs todas as cousas debaixo dos pés e, para ser o cabeça sobre todas as cousas, o deu à Igreja, a qual é o seu corpo, a plenitude daquele que a tudo enche em todas as cousas" (Efésios 1:20-23).

Assim, o Deus do céu de fato estabeleceu seu reino nos dias do quarto reino S exatamente como Daniel o predisse.  Esse reino (pedra cortada sem auxílio de mãos) encheu toda a terra (veja Colossenses 1:23 ) e ainda permanece S muito depois de "o vento os levou [as quatro potências mundiais] e deles não se viram mais vestígios" (Daniel 2:35).

Como Daniel sabia que tudo isso ia acontecer?  Deixe que ele fale por si mesmo:  "Mas há um Deus no céu, o qual revela mistérios" (Daniel 2:28).  Na verdade, Daniel era o profeta de Deus que tratou do reino.


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APRENDENDO COM ELIAS (PARTE 4)



A BIOGRAFIA DE ELIAS  – O PROFETA QUE APRENDE A VENCER A SI MESMO

- O capítulo 19 de I Reis é um daqueles capítulos que mais surpreendem o leitor da Bíblia Sagrada. 

Após um grande triunfo e da afirmação de que a mão de Deus estava sobre Elias, encontramos Acabe relatando todos os fatos a Jezabel que, como era previsível, mandou um mensageiro a Elias, ameaçando-lhe de morte para o dia seguinte, como retribuição pela morte dos profetas de Baal e Asera.

- Qualquer um aguardaria uma total desconsideração desta ameaça por parte do profeta, ou uma resposta duríssima sua, pois, afinal de contas, Elias estava “por cima”, vinha de uma grande demonstração do poder de Deus. 

Entretanto, qual foi a reação de Elias? Fugiu para Berseba, no reino de Judá (portanto fora da jurisdição de Acabe) e ali deixou o seu moço. 

Em seguida, sozinho, foi para o deserto, no caminho de um dia, assentou-se debaixo de um zimbro, planta que hoje é conhecida como “junipeiro” ou “giesta branca”, um arbusto atrativo, típico das regiões desérticas, que chega a ter até quatro metros de altura, cuja madeira era boa para se fazer carvão vegetal. 

Ali, sob esta árvore, o profeta simplesmente pediu a morte a Deus. Em vez do “campeão do monte Carmelo”, encontramos um homem deprimido, desanimado, porque havia sido ameaçado por uma mulher. 

Que surpresa tem o leitor!

- A mão do Senhor estava sobre Elias, mas, assim que recebeu a notícia, Elias não procurou saber qual a orientação do Senhor. Até ali, Elias tudo havia feito de acordo com a ordem do Senhor. Mas, assim que recebeu a notícia do mensageiro de Jezabel, em Jizreel,para onde se deslocara para ficar junto ao rei Acabe (I Rs.18:46), o profeta não buscou a direção de Deus. 

Deixou, então, de ser “a boca de Deus”, para ser tão somente o “homem sujeito às paixões”.

- A prova maior disto é que, em primeiro lugar, sai do reino de Israel, dirigindo-se para Judá. Revela, neste seu gesto, que não mais aguardava a direção de Deus, desprezou, mesmo, o fato de a mão do Senhor estar sobre ele, o que poderia perceber, vez que, como profeta, tinha o Espírito do Senhor dentro dele.  
Tratou, em primeiro lugar, de ir para um “local seguro”, um local onde Acabe não reinasse. Preocupara-se, então, com a organização política, com o poder real, algo que, enquanto estava sob a orientação divina, nunca havia sido obstáculo para suas jornadas (lembremos que fora para Zarefate, cidade dominada por Sidom, cujo rei era o próprio pai de Jezabel, e nunca fora encontrado por quem quer que fosse, apesar da insistente busca empreendida por Acabe e por Jezabel).

- Em segundo lugar, uma vez em Berseba, tratou de ali deixar o seu moço, aquele que o acompanhava. Não sabemos desde quando este moço o estava acompanhando, mas o fato é que este moço conhecia apenas o profeta, não o homem. 

Ao deixar ali o seu moço e seguir rumo ao deserto completamente só, Elias como que se despia de sua função profética, como que “pendurava as chuteiras” do seu ministério. 

O profeta ficava em Berseba. A partir daí, somente o homem sujeito às mesmas paixões que nós, o homem demasiadamente humano é que prosseguia a viagem. 

Mais uma vez, o profeta demonstrava estar fora da direção de Deus, porque resignava seu ofício sem ao menos perguntar a Deus o que deveria fazer.

- O resultado desta atitude de “independência” em relação a Deus não poderia ser mais desastroso. 

Era a depressão, o desânimo, a falta de vontade de viver. Debaixo do zimbro, vemos um homem derrotado, fracassado, única e exclusivamente porque deixou o lugar da bênção, deixou o espaço em que estava debaixo da mão do Senhor, para criar o seu próprio caminho, a sua própria vontade.

- “Há caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte” (Provérbios 14:12). 

“Há caminho que parece direito ao homem, mas o seu fim são os caminhos da morte” (Provérbios 16:25). 

Por duas vezes, Salomão nos dá esta advertência, cujo exemplo de Elias só faz ressaltar. Precisamos sempre estar debaixo da mão do Senhor, não podemos jamais sair da Sua direção, porque, se o fizermos, isto nos será fatal. 

De nada adianta termos sido “campeões de Deus”, se, no momento seguinte, deixarmos de nos orientar pelo Espírito Santo, estaremos irremediavelmente perdidos.

- Elias não esperou que Deus falasse, mas, ante o pavor repentino que dele tomou conta, por causa da ameaça de Jezabel, desesperou-se e iniciou uma jornada sem a presença de Deus, que o levou a um pé de zimbro, no meio do deserto, a pedir a morte. 

Que decadência espiritual, a mesma decadência a que estamos sujeitos se, também, deixarmos os “lugares celestiais em Cristo” (Ef.1:3). 

Por isso, o apóstolo Paulo nos recomenda a “sermos firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o nosso trabalho não é vão no Senhor” (I Co.15:58). 

Percebamos bem este conselho do apóstolo: o trabalho não é vão quando feito “no Senhor”. Se deixarmos o lugar debaixo da mão do Senhor, “o esconderijo do Altíssimo à sombra do Onipotente”, não haverá descanso, como diz o salmista no salmo 91. 

Devemos sempre ter o mesmo cuidado e prudência de Esdras, para somente andarmos no caminho direito, onde esteja sempre “a mão do nosso Deus”.
- Este homem sujeito às mesmas paixões que nós, este “eu” que se recusava a seguir a orientação divina é que precisava agora ter uma real experiência com Deus. O profeta já havia aprendido que “Javé é Senhor” em relação à natureza, à organização política, à estrutura sócio-econômica, mas era necessário que ele soubesse que também “Javé é Senhor” do nosso “eu”, que precisamos nos render total e absolutamente a Ele. 

A maior luta de um servo do Senhor é contra si mesmo, contra o seu “eu”. Para sermos valentes, precisamos vencer a nós mesmos.

- Quando está a pedir a morte, neste profundo estado depressivo, Elias recebe a visita de um anjo, que determinou que ele se alimentasse de um pão cozido sobre as brasas e uma botija de água. 

Elias atendeu à ordem angelical, mas, logo em seguida, tornou a deitar-se. Novamente, o anjo lhe determinou que se alimentasse e que retomasse o caminho, que seria mui comprido. 

Após ter se alimentado esta segunda vez, Elias recobrou ânimo físico e, com a força daquela comida, caminhou quarenta dias e quarenta noites, em direção a Horebe, o mesmo monte onde Deus havia Se manifestado a Moisés para a libertação do povo (I Rs.19:5-7).

- Nesta manifestação da misericórdia divina, Elias tem uma nova experiência com o Senhor. Descobre que Deus também tem controle sobre os céus. A vinda de um anjo para alimentá-lo mostra que Deus é tanto Senhor dos céus como Senhor da terra. 

Elias tem, assim, a revelação do Senhor dos Exércitos, dAquele que tem pleno domínio também das regiões celestiais.

- De pronto, vemos, neste instante da vida do profeta, que somente uma intervenção divina poderia retirar Elias da sua situação. 

Não há como vencer o “eu” que existe em nós a não ser por intermédio de uma operação divina. A salvação é fruto da graça de Deus (Ef.2:5,8), não se tendo condição alguma de se erguer espiritualmente sem a manifestação desta graça, que traz salvação a todos os homens (Tt.2:11). 

Apesar de todo o seu gigantismo espiritual, Elias estava prostrado e, se dependesse dele, não haveria outra perspectiva senão a morte.

- Uma vez em Horebe, Elias entra em uma caverna. A ação divina, até aquele instante, havia atingido tão somente o físico do profeta. 

Em vez de ir ao cume do monte para buscar a Deus, Elias esconde-se numa caverna, a denunciar o seu estado espiritual. Mas, mesmo na caverna escura, Deus nos encontra! 

O Senhor Se apresentou ao profeta e perguntou o que ele fazia ali. Em resposta a esta pergunta, Elias demonstra toda a força do seu “eu”. Embora tivesse sido avisado pelo mordomo real Obadias da existência de outros servos do Senhor, Elias diz que somente ele havia ficado para servir a Deus. 

A prevalência do “eu” impede-nos de ver a manifestação do poder de Deus ao nosso redor. Nunca estamos sós nem jamais somos os únicos a desfrutar da misericórdia divina. 

Devemos, sempre, considerar os outros superiores a nós mesmos (Filipenses 2:3)

Nunca devemos nos enfatuar, nos envaidecer, pois esta atitude é típica dos homens dos tempos trabalhosos, daqueles que não servem a Deus.

- Para vencer o seu “eu”, o profeta deveria ter uma nova experiência com o Senhor. Até então havia visto o Senhor que controla todas as coisas, que ordena os corvos a trazer pão e água, o azeite e a farinha da panela a se multiplicar, o filho da viúva a reviver, o fogo do céu a consumir o sacrifício e o próprio altar, o anjo a trazer alimento, o corpo de Elias a ter um miraculoso vigor que o permitiu andar pelo deserto, sem precisar se alimentar, por quarenta dias e quarenta noites. Agora, o profeta haveria de conhecer uma outra face divina: a face do amor.

- Elias é mandado sair da caverna e, no monte, ficou diante do Senhor, Senhor que fez passar um grande e forte vento que fendia os montes e que quebrava as penhas, mas, em toda esta violência, Deus não estava. 

Em seguida, como se fosse pouco o vento, houve um terremoto, mas ali também Deus não estava. A seguir, veio um fogo, e também o Senhor ali não estava. Deus mostrou que era o supremo controlador da natureza, mas este lado o profeta já conhecia. 

O que Elias ainda não conhecia era o lado amoroso do Senhor, o Deus que não só controla a natureza, nela intervindo, mas que também ama o homem. Era na voz mansa e delicada que o Senhor Se apresentou (I Rs.19:11,12).

- Novamente o profeta apresenta o seu “eu” diante do Senhor, mas este “eu” é quebrantado pela voz mansa e delicada. O Senhor mostrou ao profeta que não era ele o único servo de Deus, era ele um homem sujeito às mesmas paixões que nós, era um homem que ainda precisava fazer algo pela obra do Senhor.

 Deus lhe revelou, então, que caberia ainda ao seu ministério ainda três providências: a separação de pessoas escolhidas por Deus para governar sobre Israel, sobre a Síria e a continuidade do próprio ministério profético.

- A Bíblia é bem sucinta, dizendo apenas que, após estas palavras do Senhor, o profeta Elias partiu do monte Horebe (I Rs.19:19). 

Esta partida, contudo, tem um grande significado, pois o texto sagrado nos diz que a primeira coisa que Elias fez foi ir à busca de Eliseu, que Deus havia indicado como seu sucessor. 

Este gesto do profeta mostra que o seu “eu” havia sido quebrantado, que estava ele na total dependência de Deus, que voltara à direção do Espírito Santo. 

Ao ir atrás de Eliseu, o profeta retomava o seu ministério e se punha à disposição de Deus. Não era mais o arrogante “zeloso”, mas alguém que compreendera que era apenas um vaso de barro nas mãos do oleiro, tanto que, incontinenti, já foi em busca daquele que Deus apontara como o seu sucessor.

- O desprendimento de Elias foi tanto que observamos que das três tarefas determinadas por Deus a ele, Elias apenas cumpriu o referente à sua própria sucessão. 

Jeú foi ungido por ordem de Eliseu (II Rs.9:1-3), assim como Hazael, rei da Síria, foi ungido também por Eliseu (II Rs.8:13). Elias não quis para si esta honra, mas, sabedor de sua condição de simples servo de Deus, tomou a providência que lhe cabia: preparar o seu sucessor, a fim de que ele cumprisse tudo quanto havia de se fazer na obra de Deus. 

- Elias compreendeu que, muitas vezes, nosso ministério não depende de nossas atitudes diretas, mas de nosso desprendimento para preparar outros para a continuidade do trabalho do Senhor. 

Era este o mesmo espírito que norteava a ação dos apóstolos na igreja, notadamente no caso de Paulo que, abrindo igrejas, tão logo havia condição, escolhia alguns para governá-las e prosseguia sua missão evangelizadora. 

Foi, também, o que fizeram os missionários Daniel Berg e Gunnar Vingren ao implantar as Assembléias de Deus no Brasil. Como seria bom se, em vez do amor ao poder e à formação de impérios eclesiásticos, as lideranças da atualidade experimentassem este mesmo quebrantamento de “eu” que o Senhor operou em Elias!

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APRENDENDO COM JABES

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