sábado, 3 de outubro de 2015

APRENDENDO COM JESUS








JESUS, MARTA E MARIA


Betânia era uma cidadezinha, ou melhor, um povoado, bem perto de Jerusalém. O Senhor ia sempre lá porque havia uma casa aberta para Ele. Ali Jesus passou os últimos momentos de tranquilidade e paz de Sua vida, ao lado de Seus grandes amigos: Marta, Maria e Lázaro.
São lindos os quadros inspirados por essa família, registrados nas páginas da Bíblia.

I. A visita de Jesus (Lc 10.38-42)
O primeiro quadro nos mostra Jesus chegando a Betânia, e Marta trazendo-O para hospedar-Se em sua casa. Ela apreciava muito o Mestre. Era hospitaleira e considerava uma honra receber o Senhor como hóspede.
Essa foi uma atitude correta de Marta. O escritor da carta aos hebreus recomenda que sejamos hospitaleiros, pois alguns, fazendo isso, hospedaram anjos. Marta hospedou o Filho de Deus, o Salvador! Hoje, Jesus bate à porta do nosso coração e diz: “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e cearei com ele e ele comigo”(Ap 3.20).

1. A escolha de Marta
Marta fez tudo para oferecer uma boa acolhida ao seu hóspede. Era uma visita muito importante e merecia o melhor. Assim, ela se esmerou para apresentar-lhe uma calorosa recepção. Enquanto realizava um serviço, pensa­va em mais outro … mais outro … e foi ficando desanimada, inquieta, irritada, e começou a murmurar. O seu trabalho de amor estava se tornando uma tarefa pesada demais!

Aplicação
Esse é um alerta para nós. Não podemos deixar que isso aconteça conosco. Pre­cisamos recusar o desânimo. Tudo que fazemos para o Senhor deve ser contado como alegria.

2. A escolha de Maria
Enquanto Marta se fatigava na la­buta caseira, Maria, sua irmã, assentada aos pés de Jesus, totalmente absorta, ouvia os Seus ensinos. Bebia cada uma de Suas palavras. Ela sabia que o serviço era coisa secundária. Ela não podia perder a oportunidade de prestar adoração ao Mestre e receber Dele os ensinamentos.

3. A perda de Marta
Marta não podia saborear os ensinos de Jesus, pois estava muito preocupada com pormenores e coisas secundárias. Ela começou a se consi­derar vítima, e passou a acusar a irmã diante do hóspede amado. Sua irritação era tão grande que ela incluiu Jesus na acusação: “Senhor, não te importas de que minha irmã tenha deixado que eu fique a servir sozinha?” E foi além, atrevendo-se a dar ordens ao Mestre: “Ordena-lhe, pois, que venha ajudar-me” (Lc 10.40).
Então, a voz do Mestre se fez ou­vir: “Marta! Marta! andas inquieta e te preocupas com muitas coisas. Entretanto, pouco é necessário, ou mesmo uma só cousa” (Lc 10.41-42).
Essas poucas palavras continham sérias advertências:

a. Marta estava misturando o prio­ritário com o secundário;
b. Marta estava perdendo tempo com coisas de pouca impor­tância;
c. Marta não compreendia que Cristo veio para servir e não para ser servido;
d. Marta não percebia que Jesus ti­nha mais interesse na sua pessoa do que no seu serviço.

Essas advertências são dirigidas a nós, hoje.

Há mais uma coisa que devemos notar: precisamos evitar a murmura­ção. Ela não agrada ao Senhor. Ela não edifica.


4. O lucro de Maria
“Maria, pois, escolheu a boa parte e esta não lhe será tirada” (Lc 10.42). Maria escolheu estar aos pés de Jesus, numa atitude de adoração e como discí­pula. Ela não precisava ser repreendida, mas sim elogiada, pois havia feito a melhor escolha.

Aplicação
O tempo que passamos com Jesus é sempre muito bem empregado. Preci­samos organizar a vida de tal forma aprender de Cristo seja o mais importante para nós.

II. A morte de Lázaro (Jo 11.1-45)
1. A tragédia da morte
O segundo quadro é anunciado por espessas mágoas. A morte roubou do lar feliz o irmão querido. Parecia injustiça da parte de Deus! Marta, Ma­ria e Lázaro eram amigos íntimos de Jesus. O seu lar era Dele. Então, apesar do quanto tinham feito, a tragédia os alcançou. Parecia indiferença da parte de Jesus! Maria e Marta mandaram chamá-Lo. Esperaram que Ele viesse para curar Lázaro. Ele não veio a tempo, e Lázaro morreu.

Aplicação
Pode acontecer isso na nossa vida, também. Sofremos, nos desesperamos, oramos, clamamos… e o pior acontece. Ter amor por Jesus não nos imuniza contra tristezas e provas da vida, contudo nos garante forças e conforto para sairmos vencedores dessas experiências. Jamais podemos permitir que elas nos vençam.

2. A vitória sobre a morte
Quando Jesus chegou a Betânia, Lázaro já tinha sido sepultado. Nesse incidente vemos a diferença de tempe­ramento entre as duas irmãs – Marta, extrovertida e ativa, não pôde esperar e saiu correndo ao encontro do Senhor, enquanto Maria, mais introvertida e calma, ficou em casa, sentada. Marta desafiou a amizade do Mestre: “Se o Senhor estivesse aqui meu irmão não teria morrido!” (v.21). Marta tirou de Jesus a mais conformadora declaração sobre a Sua Pessoa: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá” (v.25). Mas no versículo 29 lemos que quando Marta disse a Maria: “O Mestre chegou e te chama” (v.28), Maria “levantou-se depressa”. É interessante notar que ela disse a Jesus exatamente as mesmas palavras que Marta tinha dito (v.32), mas a reação de Jesus foi diferente. Com Marta, Jesus manteve um diálogo teológico, mas Maria recebeu do Senhor o mais belo gesto de solidariedade: “Jesus chorou” (v.35). É tão bom saber que Jesus nos conhece pessoalmente e trata Seus filhos individualmente! Ambas presenciaram a glória de Deus e receberam o irmão de volta: vivo e saudável!

Com esse fato, Marta adquiriu:

a. uma nova compreensão de fé (v.22);
b. uma nova compreensão da ver­dade (v.25-26);
c. uma nova compreensão do Se­nhor (v.27).
Maria compreendeu melhor o significado da morte (Jo 12.3) e do sepultamento de Jesus (Jo 12.7). Muitos judeus que tinham ido visitar Maria viram o que Jesus fez, creram Nele, e o Filho de Deus foi glorificado. Todos foram bene­ficiados por meio dessa experiência dolorosa.

Aplicação
Precisamos achar um propósito nas ex­periências difíceis pelas quais passamos, e, mesmo sem achá-lo, devemos confiar no Senhor. Não podemos tirar conclusões precipitadas a respeito dos acontecimen­tos. No fim, tudo concorre para o bem, conforme Romanos 8.28.

III. Uma refeição de amor (Jo 12.1-8)
1. Uma manifestação de amor
O terceiro quadro se deu num banquete em Betânia, seis dias antes da paixão de Cristo. Foi uma ocasião muito especial. Lázaro, que tinha sido ressuscitado, estava à mesa com o Mestre. Marta, como sempre, servin­do. As qualidades de hospitalidade e de prontidão em servir continuam em evidência em sua vida. Maria, pela terceira vez, se encontra aos pés de Jesus. Ela quebrou todas as etiquetas e presta uma homenagem ao Senhor: derrama um precioso perfume nos Seus pés e os enxuga com os cabelos. Foi a manifestação da sua alma, efeito de uma profunda afeição.

2. Uma manifestação de crítica
“Que extravagância! Que desperdí­cio!” disse Judas. E os demais discípulos concordaram (Mt 26.8).
Talvez nós tivéssemos, também, criticado Maria, se ali estivéssemos. Não é assim que fazemos? Criticamos a igreja, criticamos o pastor, criticamos os oficiais, criticamos os velhos, os mo­ços, as crianças … A oferta que a mulher ofereceu a Jesus, inspirada pelo amor, mal interpretada pelos homens, foi bem recebida pelo Senhor e recompensada pela história. Maria se imortalizou e, por isso, estamos a falar dela, hoje (Mt 26.13). O seu desejo era mostrar amor e simpatia ao Senhor. Ele compre­endeu, aceitou e recompensou o gesto condescendente.

Aplicação
Temos feito alguma coisa extraordinária para o Senhor, que realmente prove o nosso amor a Ele? Não por dever, mas por amor? Somos, hoje, gra­tos a Maria por essa lição de desprendimento?

Conclusão
Marta procurou agradar ao Senhor por meio dos seus próprios esforços. Maria ofereceu-Lhe o melhor que tinha. Isto nos faz lembrar de Caim e Abel. Marta possuía personalidade ativa e extrovertida. O seu amor pelo Senhor revelava-se em serviço. Ela era uma mulher que agia rapidamente. Maria era introvertida e calma por natureza. Das três vezes que seu nome é citado na Bíblia, encontramo-la aos pés de Jesus. E Jesus amava tanto uma como a outra! (Jo 11.5)

 Aplicação
Ao examinarmos o contraste entre Marta e Maria, devemos avaliar as nossas pró­prias relações com o Senhor. Temos mais de Marta ou temos mais de Maria?

Aplicações para a minha vida
1. Se Jesus disse que devo ser um bom samaritano e ajudar aos ou­tros, por que não mandou Maria ajudar sua irmã? (Lc 10.41-42)

2. Em que aspectos Marta é um exemplo ou uma advertência para mim?

3. Ajudar os outros não substitui o tempo que devo passar com Jesus, alimentando-me da Sua Palavra.

4. Quando o serviço cristão é rea­lizado só com as minhas forças, será que os resultados são: can­saço, desânimo, frustrações, mal­-entendidos, lamúrias?

5. Para nós, cristãos, a morte é um breve dormir em paz. Assim como Lázaro, eu, também, ouvirei a voz do Senhor.



APRENDENDO COM ESTEVÃO (PARTE 1)

"Bem-aventurados sois vós quando vos injuriarem, e per­seguirem, e, mentindo, disse­rem todo o mal contra vós, por minha causa" (Mt 5.11).

O sangue dos mártires é a semente plantada, que resul­tou em crescimento e expan­são da Igreja.Como disse Tertuliano "O sangue dos mártires é a semente dos cristãos."

A perseguição, apesar de sua procedência maligna: é permitida por Deus, para um determinado propósito. Às vezes, nós nos acomodamos em uma situa­ção confortável e descuidamos da evangelização. Então, vem uma grande luta, para que possamos nos despertar.

A vontade de Jesus era a evangelização do mun­do, a partir de Jerusalém. Em segui­da, Judéia, Samaria, até os confins da Terra. A cidade santa foi evangelizada de casa em casa, e os discípu­los não perceberam que não tinham mais o que fazer. Por isso, veio aperseguição, para que fizessem cum­prir os desígnios divinos.

Estêvão, um dos sete diáconos, revelou-se como um exímio evangelista. Revestido do poder de Deus, pregava o Evange­lho em Jerusalém, e suscitou a inve­ja dos judeus religiosos, que o acu­saram de inimigo do Templo. Por isso, injustamente, condenaram-no à morte.

Estêvão pregou sobre o Templo, a Lei e Jesus Cristo. Seu martírio contribuiu para a expansão da Igre­ja. Essa lição mostra como ele se defendeu das acusações, de maneira sutil e inteligente.

ESTÊVÃO DIANTE DO SINÉDRIO

1. Atividade de EstêvãoEstê­vão é apresentado com destaque en­tre os sete diáconos escolhidos para servir às viúvas: "Elegeram Estêvão, homem cheio de fé, e do Espírito Santo" (At 6.5). Seu nome é grego,Stephanose significa "coroa". Logo cedo, manifestou-se, destacando-se entre seus companheiros, atuando na obra de Deus, com fé, graça, sabe­doria e poder sobrenatural do Espí­rito Santo (At 6.8,10). Obviamente, fazia a sua parte na função diaconal e sobrava tempo para a pregação. Ele se preocupava com as almas e o Es­pírito Santo o ajudava.

2. PerseguiçãoNão demorou muito, Estêvão tornou-se alvo da sinagoga, como Cristo já havia adver­tido aos apóstolos (Mc 13.9-11). Ele foi acusado de blasfêmia pelos ju­deus helenistas, pois não puderam resistir a sua mensagem inspirada (At 6.9-14). Disseram que estava profanando o Templo e a Lei de Moisés (At 6.13). Mas, para isso, subornaram falsas testemunhas con­tra ele, para consubstanciar a acusa­ção diante do Sinédrio (At 6.11,12). Eles fizeram também o mesmo com Jesus (Mt 26.59-61).

3. O TemploA ligação dos ju­deus com o Templo não era tanto pela sua estrutura e nem pela sua beleza arquitetônica, mas pelo fato de Deus ter garantido nele o seu nome (2 Cr 7.16). Isso pode ser visto em vários salmos (27.4; 122.8).

4. Jesus e o TemploJesus afir­mou ser maior que o Templo (Mt12.6). Disse também que o seu cor­po seria destruído, mas em três dias Ele mesmo o reconstruiria (Jo 19.22). Por causa disso, as falsas testemunhas o acusaram diante de Caifás (Mt 26.61).

O ensino de Cristo era que os verdadeiros adorares buscariam a Deus em qualquer lugar, não mera­mente no Templo e nem em Jerusa­lém (Jo 4.21).

5. A LeiOs judeus, até hoje, definem a Lei como a "expressão máxima da vontade de Deus". Jesus disse que não veio destruí-la, mas fazê-la cumprir (Mt 5.17,18). Os ju­deus não entendiam o espírito da Lei e estavam dispostos a matar ou mor­rer por ela. Não compreendiam o verdadeiro papel da mesma, como o apóstolo Paulo mostrou posteriormente (Rm 3.19,20; Gl 3.24).

ANÁLISE DO DISCURSO DE ESTÊVÃO

1. O discursoO discurso de Es­têvão era a sua defesa das duas acusações dos judeus. Ele sabia que já estava sentenciado antes mesmo do julgamento e nada, senão uma ação divina podia mudar essa situação e livrá-lo da atitude fanática daqueles religiosos. O cenário estava armado, testemunhas haviam sido subornadas para deporem contra ele. Sabendo que as acusações eram falsas, de nada valia, nessa circunstância, pro­curar se defender. Aproveitou para apresentar a defesa em forma de pre­gação da Palavra de Deus.

Estêvão passou em revista a his­tória do povo de Israel. O seu dis­curso está dividido em quatro perío­dos históricos, com os seus respectivos líderes: dos patriarcas: Abraão (7.2-8); peregrinação no Egito: José (7.9-19); Êxodo: Moisés (7.20-44); monarquia: Davi e Salomão (45-50).

2. Período patriarcalOs ver­sículos 2 a 8 falam da chamada de Abraão e da promessa que Deus lhe fez. A citação do Antigo Testamen­to é da Septuaginta. Os versículos 2 e 3 lançam luz sobre Gênesis 11.26 e 12.4.
Estêvão afirma que Deus apare­ceu a Abraão primeiramente em Ur e depois em Harã, e não como pare­ce à primeira vista em Gênesis 12.1-4. Essa sua declaração é confirmada no Antigo Testamento (Gn 15.7; Ne 9.7). Ainda declara que o nosso pa­triarca partiu de Harã, depois da morte de seu pai (7.4). É claro que ninguém vai presumir um nascimento de trigêmeos, quando Tera estava com setenta anos (Gn 11.26).

Muitos entendem que Abraão não foi o primogênito, mas o caçulados três filhos de Tera, e houve um intervalo de sessenta anos entre o seu nascimento e o do mais velho. Isso significa que o nosso patriarca foi gerado quando seu pai estava com cento e trinta anos de idade, como está registrado no Pentateuco Samaritano.

3. Peregrinação no Egito (At 7.9-19). Estêvão faz um sumário da peregrinação de Israel, começando com a venda de José, pelos seus irmãos, aos ismaelitas, que o negoci­aram em um mercado de escravos do Egito, sua ascensão a governador dos egípcios, o período de fome e a ida de seus familiares a esse país, em busca de mantimento. Inclui em seu discurso a descida de Jacó e sua fa­mília para as terras do Nilo e a mu­dança de dinastia, após a morte des­ses patriarcas, que resultou na escra­vidão dos hebreus, época em que nasceu Moisés, que chegou a ser príncipe da casa de Faraó.

4. Êxodo e peregrinação no de­serto (At 7.20-44). Estêvão afirma que Moisés tinha consciência de sua identidade e vocação. Sabia que era hebreu e seria o libertador de seu povo, mas não tinha noção do tem­po de Deus para iniciar a sua tarefa. Por isso, fracassou na sua primeira tentativa e foi obrigado a fugir para Midiã.

a. Moisés em Midiã (At 7.30-34). É o relato resumido da experiência que Moisés teve com Deus na sarça ardente, depois de apascentar, duran­te quarenta anos, o rebanho de seu sogro.

b. Moisés, o libertador de Israel (At 7.35-43). Este ponto da mensa­gem mostra que Estêvão começa a "atar" as pontas do discurso: Jesus fora enviado como Senhor e Salva­dor do seu povo. Ele realizou sinais, prodígios e maravilhas, e continua­va a fazê-los, através de seus discípulos. Isso está explícito no versículo 38, quando cita Deuteronômio 18.15-18, a mesma estratégia usada por Pedro (At 3.22,23). Critica duramen­te a idolatria do povo, a começar pelo bezerro de ouro aos cultos a Moloque, resultando no cativeiro babilônico.

5. Monarquia (At 7.45-50). Quanto à questão do Templo, o "san­to lugar" (6.13), Estêvão apresenta a sua defesa.

Quando ele fala da mudança do Tabernáculo para o Templo (7.45-47), não estava sendo apático a este, como interpretam alguns exposito­res, mas associa ambos às grandes colunas do judaísmo: Moisés e Josué, Davi e Salomão. Reconhecia a santidade da Casa de Deus, mas estava mostrando uma verdade que eles desconheciam.

O Tabernáculo era portátil, o símbolo da presença de Deus no meio do povo, e representava Cristo e a sua obra (Hb 9.2-9). Ao citar o desejo de Davi, de construir uma casa para Deus, não outra tenda, mas um templo, o que realmente aconte­ceu nos primeiros anos do reinado de Salomão, ele disse: "O Altíssimo não habita em templos feitos por mãos de homens" (At 7.48), referên­cia indireta do Antigo Testamento (1 Rs 8.27; 2 Cr 2.6). A citação do ver­sículo 49 é a de Isaías 66.1,2.

POR ESSA OS JUDEUS NÃO ESPERAVAM

1. "Dura cerviz(v. 51). Ex­pressão usada pelos profetas (2 Cr 30.8; Jr 17.23) e significa "coração duro". Embora fossem circuncidados, contudo, eram incircuncisos de coração e ouvidos. Era também a exortação dos profetas contra os desobedientes (Jr 6.10; Ez 44.7).

2. Matadores dos profetas (v 52). Seus pais mataram os profetas. As Escrituras apresentam diversos casos dos que foram assassinados em Jerusalém. Os juízes do Sinédrio e os acusadores de Estêvão eram piores que seus antepassados, pois fo­ram traidores e homicidas do Messias, daquele que foi anunciado pe­los homens de Deus.

3. Desobedeceram à Lei (v. 53). Israel teve o privilégio de ser a na­ção escolhida por Deus (Êx 19.3-6). Os hebreus receberam a Lei, como disse Estêvão, "por ordenação dos anjos". Contudo, foram desobedientes.

O MARTÍRIO DE ESTÊVÃO

1. Fanatismo e ódio dos judeus (v. 54). Contra fatos não há argumentos. Os judeus perderam a razão e apelaram para a violência. Eles não puderam contestar a mensagem de Estêvão. Anteriormente, os membros da sinagoga viram que o rosto dele brilhava como o de um anjo. Nem assim conseguiram ver nisso a ma­nifestação divina, pois eram, realmente, "homens de dura cerviz". Era hora de cada um refletir sobre a men­sagem e refutá-la, sepudesse, ou re­conhecer o erro e se converter. Salomão disse que quem rejeita a disciplina é um bruto (Pv 12.1).

2. Visão de Estêvão (vv. 55,56). Estêvão teve uma visão. Ele contemplou Jesus em pé, junto de Deus. Os evangelhos narram que Cristo assen­tou-se à direita do Pai.

O primeiro mártir da Igreja vê "o Filho do homem, que está em pé à mão direita de Deus". Isso mostra que Jesus ficou em pé, para receber o seu servo, que lhe foi fiel até a morte (Ap 2.11).

3. Linchamento de Estêvão (vv. 57, 58). "Mas eles gritaram". O fanatismo era tanto que perderam a razão. E entraram em histeria total. A maneira como Lucas descreveu essa cena dá a entender que houve um linchamento popular. Roma ha­via caçado o direito de Israel aplicar a pena capital sobre os condenados. O texto nada fala da reação dos romanos e nem de um julgamento. É possível que Pilatos tenha feito "vis­ta grossa".

4. Oração de Estêvão (vv. 59, 60). A morte de Estêvão é muito pa­recida com a de Jesus. Ambos fa­zem uma oração. Cristo roga ao Pai. O primeiro mártir do Cristianismo ao Filho.

Na oração de Jesus, um dos mal­feitores se arrependeu, convertendo-se a Cristo. Na morte de Estêvão, com certeza, Saulo ouviu essa petição. A súplica do primeiro mártir do Cristianismo, diretamente ao Se­nhor Jesus, é uma prova irrefutável da deidade absoluta do Filho. "Ten­do dito isto, adormeceu" (v. 60). Foi para os braços de seu Senhor, sendo fiel até a morte (Ap 2.11).

CONCLUINDO

A atitude de Estêvão e a maneira como foi martirizado inserem-se no contexto de Mateus 5.10-12. Ele, como muitos ao longo da história do Cristianismo, selaram sua fé com o próprio sangue. Hoje, a situação não é diferente. Em muitos países, nos­sos missionários são executados su­mariamente, por causa do Evange­lho. É tarefa da Igreja orar por estes heróis da fé, pois esta luta não é car­nal, mas contra as hostes de Satanás. Mas a vitória é nossa, em nome de Jesus!

1. Satanás imaginava que, por intermédio da perseguição, pudesse impedir o crescimento da Igreja. Mas foi um puro engano seu. A morte de Estêvão fez com que muitas pessoas se convertessem ao Evangelho, in­clusive, diversos judeus religiosos, pois observaram a convicção com que o primeiro mártir do Cristianis­mo entregou sua vida a Jesus.

2. Jesus declarou que se o grão de trigo não morrer, jamais produzi­rá frutos. A morte de Estêvão foi como uma boa semente plantada em uma excelente terra. O próprio após­tolo Paulo foi influenciado por este martírio, pois como uma das teste­munhas, consentiu com aquele apedrejamento e jamais se esqueceu da­quele jovem tão convicto de sua sal­vação.

3. Satanás hoje mudou de táti­ca, pois sabe que a perseguição traz o crescimento da igreja. Adotou o comodismo como a fórmula idealpara impedir o desenvolvimento da obra de Deus e tem alcançado o seu objetivo. No princípio da Assembleia de Deus no Brasil, por ela ter sido perseguida, crescia muito mais do que na atualidade.

Bibliografia E. Soares
Fonte: www.ebdareiabranca.com

APRENDENDO COM ISABEL (PARTE 1)

“E, depois daqueles dias, Isabel, sua mulher, concebeu, e por cinco meses se ocultou, dizendo: Assim me fez o Senhor, nos dias em que atentou em mim, para destruir o meu opróbrio entre os homens.” (Lc 1.24-25).
Isabel e Zacarias eram da linhagem sacerdotal. Lucas nos informa a seu respeito que “eram ambos justos perante Deus, andando sem repreensão em todos os mandamentos e preceitos do Senhor” (Lc 1.6). Esta expressão, “andar sem repreensão” significa uma vida bonita, exemplar diante da sociedade da época.
A vida de Isabel como esposa era um modelo para as mulheres mais jovens. Ela era submissa ao esposo e realmente era uma “ajudadora”. Cumpria suas tarefas como “dona-de-casa”: preparando a comida nos horários, mantendo a casa limpa e arrumada, as roupas em ordem. E ainda sobrava tempo para ler e meditar na Palavra, orar, adorar com cânticos e se ocupar de alguma atividade social.
O nome de Isabel significava “Deus é meu juramento”. E Isabel sempre pensava que o Deus de Israel, o seu Deus, era um Deus de aliança, de compromisso. Desde que se casara, Isabel aguardava o cumprimento da sua maior alegria: gerar um filho e poder criá-lo, como Ana o fizera a Samuel. Ah, como Isabel ansiava por um filho…
Mas o tempo passava e ela ia ficando cada vez mais velha… Será que era tempo de desistir do seu sonho? Será que Deus poderia fazer com ela como fizera a Sarah, esposa de Abraão? Será que, em sua geração, Deus teria um plano para “um filho do milagre” na velhice de uma sonhadora? Deveria parar de orar?
Ah, quantas mulheres sonhadoras temos neste mundo! Quantas estéreis que sonham com a bênção de um filho em seus braços para oferecê-los a Deus novamente, como Ana…
Posso ver cada dia na vida de Isabel passando e deixando uma nota de esperança: será hoje que conceberei? Virá hoje a minha resposta?
Quem sabe Zacarias já tivesse lhe dito: “Pare de sonhar! Nós já estamos velhos… O tempo de Deus para nós talvez já tenha passado. Caia na real e pare de sonhar…” Mas Isabel mantinha uma centelha de esperança e fé inabalável. Alguma coisa dentro dela lhe dizia que Deus a escolhera para uma missão especial, e por isso ela iria orar e lutar sempre. Custasse o que custasse.
Zacarias, seu esposo, teria de ministrar no templo diante do Senhor. Era o seu turno. O turno de Abias. Chegara a sua vez… Era a sua vez de adorar “face a Face” o seu Deus maravilhoso, que operava maravilhas no passado e prometia enviar o seu “Messiah” (Messias) prometido naquela geração, de acordo com as profecias de Daniel (cap. 9). Apresentar-se diante do Deus Todo-Poderoso era algo muito sério e requeria total consagração. Dedicação em santidade…
Zacarias levou o incenso para apresentar ao Senhor no lugar santo. E, naquele momento único e especial, Deus enviou o anjo Gabriel para trazer uma mensagem a Zacarias. “E Zacarias, vendo-o, turbou-se, e caiu temor sobre ele. Mas o anjo lhe disse: Zacarias, não temas, porque a tua oração foi ouvida, e Isabel, tua mulher, dará à luz um filho, e lhe porás o nome de João. E terás prazer e alegria, e muitos se alegrarão no seu nascimento, porque será grande diante do Senhor, e não beberá vinho, nem bebida forte, e será cheio do Espírito Santo, já desde o ventre de sua mãe. E converterá muitos dos filhos de Israel ao Senhor seu Deus. E irá adiante dele no espírito e virtude de Elias, para converter os corações dos pais aos filhos, e os rebeldes à prudência dos justos, com o fim de preparar ao Senhor um povo bem disposto.” (Lc 1.12-17).
É muito maravilhoso saber que Deus ouve as nossas orações. É muito maravilhoso saber que ele mesmo nos ensina a orar e nos direciona na oração. É muito maravilhoso saber que Deus tem um plano para as nossas vidas, como casais, como família, como filhos… É muito maravilhoso saber que, nesta geração, Deus conta conosco e com nossas orações para cumprir o seu propósito e nos usar para o cumprimento das profecias bíblicas para esse tempo.
Zacarias teve medo e questionou o fato de serem velhos e sua mulher estéril. O anjo Gabriel lhe respondeu que ele ficaria mudo e não poderia falar até que tudo acontecesse conforme a palavra do Senhor. O povo percebeu que o sacerdote estava demorando muito no lugar santo, e que algo extraordinário deveria ter acontecido ali. E, então, quando Zacarias saiu ao povo, ele tentou falar por acenos e mímica. Isabel fica maravilhada com o que acontecera e recebe a palavra.
Seu sonho se realizou, embora parecesse tão demorado: a criança especial de Deus chegara no tempo certo. No tempo de Deus. Sem absolutamente nenhum atraso. Isabel, ao conceber, se ocultou por cinco meses. Ela “curtiu” sua gravidez vendo o marido “mudo” como um sinal de que o Senhor tinha grandes planos para o pequenino que iria nascer…
E, no sexto mês, sua prima Maria também recebeu a graça especial de Deus para ter um filho: o “salvador da humanidade”. Para Isabel, ela se escondia porque pensava que as pessoas poderiam interpretá-la incorretamente por ser “velha, estéril e sonhadora”: e, agora, estava grávida… Já sua prima Maria, recebera o maravilhoso privilégio de ser a “mãe do Messias prometido”, entretanto, com um alto preço: ela estava noiva, comprometida para o casamento, e o seu filho fora concebido por obra do Espírito Santo.
No encontro de Maria e Isabel, as crianças no ventre estavam cheias do Espírito Santo e elas cantaram em adoração por tão grande dádiva: fazer parte dos planos de Deus.
Não dá para esconder uma criança que vai nascer. Maria e Isabel se alegravam intensamente com sua missão. O Espírito Santo as enchia e as capacitava para tão gloriosa tarefa. Maria ficou com Isabel por quase três meses, e voltou para Nazaré. Isabel, então, deu à luz o seu filho. E quando perguntaram a Zacarias como deveria chamar o menino, ele escreveu em uma tabuinha o nome que o anjo lhe dissera: “João”. Todos se maravilhavam com o que estava acontecendo e viam que Deus tinha algo muito especial naquela geração para fazer a Israel.
Isabel foi uma mãe zelosa e sábia. Ela soube confiar em Deus e sujeitar-se à sua direção na criação de João Batista. O menino cresceu e se fortaleceu no Espírito Santo e foi o precursor de Jesus em seu ministério. Ele preparou o caminho do Senhor Jesus, levando o povo ao arrependimento e anunciando o Reino de Deus em Cristo Jesus. E Deus cumpriu o seu propósito usando uma senhora idosa, estéril, entretanto, cheia de fé e confiança no seu Deus.   
Para refletir
Como você se sentiria no lugar de Isabel, sendo estéril, já idosa e tendo ainda     sonhos de maternidade? Você acha que ainda hoje Deus pode fazer o que fez a Isabel? Você acha que uma mulher mais nova pode fortalecer a fé de uma mais idosa     (no caso da visita de Maria a Isabel)? Como agir quando o marido não tem a mesma fé que a esposa? Como criar uma criança “especial”?Quais são os seus sonhos como mulher?       

Pastora Ângela V.Fonte: www.lagoinha.com

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

APRENDENDO COM JÓ (PARTE 5)


JÓ- DOENTE

A paciência de um cristão pode ser provada durante os momentos de aflição

Jó teve bons momentos de paz, alegria familiar, fartura e amizades, era homem de Deus, sempre junto com sua esposa e seus 10 filhos, um exemplo de pai

Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; e era este homem íntegro, reto e temente a Deus e desviava-se do mal. E nasceram-lhe sete filhos e três filhas. E o seu gado era de sete mil ovelhas, três mil camelos, quinhentas juntas de bois e quinhentas jumentas; eram também muitíssimos os servos a seu serviço, de maneira que este homem era maior do que todos os do oriente. E iam seus filhos à casa uns dos outros e faziam banquetes cada um por sua vez; e mandavam convidar as suas três irmãs a comerem e beberem com eles. Sucedia, pois, que, decorrido o turno de dias de seus banquetes, enviava Jó, e os santificava, e se levantava de madrugada, e oferecia holocaustos segundo o número de todos eles; porque dizia Jó: Porventura pecaram meus filhos, e amaldiçoaram a Deus no seu coração. Assim fazia Jó continuamente. (Jó 1:1-5)

Jó foi alguém que deixou um exemplo magnífico, ele se desviava do mal pelo temor que tinha a Deus

Não fazia isso para parecer bonzinho, mas para ser exemplo de servo de Deus com sinceridade de coração

Jó também passou por tribulações, muitas situações desconfortáveis de sofrimento, mas, ele nunca desistiu da vida, do caminho que decidiu trilhar, muito menos se afastou do seu Deus

Ainda que ele me mate, nele esperarei; contudo os meus caminhos defenderei diante dele.
(Jó 13:15)


Para Jó não foi nada fácil administrar sua grande família. Sua fé foi provada quando tudo foi se perdendo, sua dedicação a Deus era perfeita, mesmo doente, Jó não entregou os pontos

Satanás usou alguém dentro da família de Jó de forma imprudente para desanimá-lo, para ele desistir dos caminhos de Deus

Afinal, o que um homem doente poderia esperar, quando tudo parecia ao contrário de seus planos.

Ele perdeu todos os filhos de forma inesperada, ele tinha a maior preocupação com eles, e suas riquezas se foram, nada mais restava do que um leito de sofrimento e chagas

Jó ignorou o recado de Satanás pela boca de sua esposa e resistiu na fé: Então sua mulher lhe disse: Ainda reténs a tua sinceridade? Amaldiçoa a Deus, e morre.  ( 2:9)

As assolações que Jó e sua esposa viveram são consideradas as mais fortes dentro do contexto bíblico de perseverança

Jó doente e fraco, porém, esperançoso da parte de Deus, ele não se rende as calamidades

Jó não se rendeu ao fracasso, ele confiou em Deus, acreditou que ainda tinha um propósito para a vida dele e Deus restituiu tudo, pela fé, Jó venceu, e Deus deu a ele um novo recomeço cheio de bençãos e prosperidade

Então respondeu Jó ao SENHOR, dizendo: Bem sei eu que tudo podes, e que nenhum dos teus propósitos pode ser impedido. (Jó 42:1,2)

Depois de começar a se sentir bem, curado e forte novamente, Jó ainda pensou nos seus amigos, orou por eles, compartilhou as benção de Deus e mostrou a sua salvação

E o Senhor virou o cativeiro de Jó, quando orava pelos seus amigos; e o Senhor acrescentou, em dobro, a tudo quanto Jó antes possuía. (Jó 42:10)


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quinta-feira, 1 de outubro de 2015

APRENDENDO COM ELI (PARTE 1)



APRENDENDO COM ELI (PARTE 1)
Quando reflito nos primeiros capítulos do livro de I Samuel, vejo na experiência da família do sacerdote Eli, quase em nível de laboratório, o quadro do que vivemos em nossos dias. 
A Bíblia diz que naquela família não haveria idosos em sua descendência, pois seus jovens morreriam na flor da idade e, em pouco tempo, os filhos de Eli anteciparam suas mortes.
As causas da morte prematura podem ser entendidas no texto:
• Falta de educação religiosa. 2.12. Eles não conheciam ao Senhor. Serviam no altar, sem nenhum entendimento da pessoa de DEUS; 

• Profanação religiosa. 2.13-17. Esta é conseqüência da anterior. Por não conhecer a pessoa de Deus, os atos sacerdotais eram ritualísticos, sem qualquer relação com o sagrado;

• Promiscuidade. 2.22. Nada mais favorece a promiscuidade que um ambiente onde um crê que o outro é quase divino, e o quase divino não está submisso à divindade;
• Sensação de impunidade. 2.25. O fato de não se crer que se prestará contas, aqui e agora, ou no futuro, perante um tribunal onde todas as coisas são conhecidas pelo Juiz, faz com que “cada um viva como bem parece aos seus olhos”.
• Falta de limites em relação às vontades dos filhos. 2.29. Eli honrava mais a seus filhos que a Deus. A vontade daqueles jovens era soberana e o pai se quedava a elas e todos se beneficiavam. “Tu e eles se beneficiam das ofertas”.
• Coação e ameaças como forma de obter-se o que se deseja. 2.16. Aquilo que não é meu por direito, torna-se meu por meio da força. Aqui o poder viola o direito.
• Muita religiosidade e pouco temor. 2.13. Aqui fica claro que religião não resolve o problema. Os jovens eram mestres da religião e ignorantes quanto à relação com Deus. Trabalhavam no serviço de Deus, mas comportavam-se como se Deus não existisse.
• Autoridades, sem autoridade. Eli e seus filhos eram Sacerdotes e Juízes, representavam o poder religioso e também o civil; não fica difícil entender porque a nação se enfraqueceu, a guerra veio e com ela a morte de trinta e quatro mil jovens;
Cada um destes pontos representa nosso comportamento social: os templos estão cheios, mas não se conhece a Deus; o respeito pelo sagrado está em baixa; a vida promíscua há muito invadiu a comunidade cristã; 

A idéia de que Deus vai julgar e condenar os que vivem na prática do pecado faz muita gente debochar; filhos, ainda pequenos, já impõem suas vontades aos pais; a coação é o método de convencimento mais usado nas famílias e nos templos; nunca tivemos tantos jovens caminhando para templos, mas com tão pouco temor a Deus; finalmente, nunca tivemos tanta gente ocupando postos de autoridade no Estado e na Religião, mas com o índice de descrédito tão elevado.

Por isso, um grande número de jovens são sepultados diariamente em nosso Brasil, pois não temem a Deus e nem respeitam os homens.

Nossas flores são colhidas sem ao menos desabrocharem e virem a ser frutíferas!

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domingo, 20 de setembro de 2015

APRENDENDO COM CORÁ

A REBELIÃO DE CORÁ

 Muitos anos atrás, quando os filhos de Israel estavam acampados no deserto, levantou-se uma discussão entre eles sobre quem deveria exercer a autoridade. Moisés e seu irmão Arão vinham liderando o povo de Deus até aquela ocasião.
Moisés tinha vindo ao Egito e, junto com seu irmão Arão, falado a Palavra de Deus para os israelitas e para o faraó e, mais tarde, conduzido o povo de Deus para fora de sua escravidão em direção ao seu destino divinamente escolhido. Esse foi um tempo maravilhoso na história do povo de Deus, durante o qual o poder de Deus e Sua vitória sobre as forças do mal foram demonstradas dramaticamente.
Entretanto, com o passar do tempo, alguns dos outros homens da congregação se desiludiram com o exercício de autoridade de Moisés e de Arão. Esses outros homens (mais de 250 pessoas) também eram líderes na congregação e bem conhecidos entre as pessoas (Nm 16:2). Eles começaram a questionar o porquê de Moisés e Arão estarem “se colocando como autoridades” e “exaltando a si mesmos” acima de todos os demais (Numeros 16:3).
Seu raciocínio era algo assim: “Somos todos ‘cristãos’ aqui. Deus está entre todos nós. Qualquer um na congregação é tão santo quanto qualquer outro. Aos olhos de Deus somos todos iguais. Quem esses dois pensam que são? Nossa compreensão da vontade de Deus é tão válida quanto a deles. Por que deveríamos seguí-los?”
Agora, este tipo de raciocínio é fácil de entender. É perfeitamente natural pensar desta maneira quando somos confrontados com a autoridade espiritual. No início, quando alguém surge com uma palavra do Senhor e manifesta uma unção espiritual, é fácil impressionar-se e prestar atenção no que dizem. 
Contudo, depois de algum tempo, quando você conhece a pessoa e percebe suas falhas humanas e fraquezas – quando a primeira “aura” de impressão espiritual se foi – este tipo de pensamento começa a surgir.
Não é difícil simpatizar com aqueles homens e com as razões pelas quais pensavam daquela maneira. Moisés tinha prometido trazê-los para uma terra onde havia bastante leite e mel, mas em volta deles só se via deserto. 
Ele lhes havia dito que Deus desejava abençoá-los abundantemente, mas até mesmo o Egito tinha sido mais confortável que aquilo. Eles tinham olhos no rosto; podiam ver que não estavam tomando o rumo mais rápido para seu destino.
Aquele Moisés também estava mantendo as coisas em família, indicando seus parentes para o sacerdócio. Só um tolo continuaria a ser guiado por aqueles dois sem expressar um pouco a sua própria opinião. Será que Moisés pretendia manter todos eles cegos para que ele e seu irmão pudessem permanecer nas posições de autoridade? (Numeros 16:14).
Conforme vamos lendo, descobrimos que a reação de Deus a este processo de pensamento foi extremamente severa – na verdade, tão severa, que muitos ficaram chateados e iraram-se.
Aqueles que não responderam à intimação de Moisés para a tenda da congregação foram engolidos vivos pela terra. Aconteceu algo inédito e aqueles homens, com suas famílias inteiras, caíram no abismo (Numeros 16:30-33).
Em seguida, desceu fogo do céu e consumiu os 250 remanescentes. Então, como se este julgamento devastador e terrível sobre o povo de Deus já não tivesse sido suficiente, uma praga irrompeu sobre aqueles que se ofenderam com o acontecido e matou mais 14.700!
Na verdade, foi só pela intervenção de Moisés e Arão que a congregação inteira não foi destruída num piscar de olhos. Que calamidade de proporções inimagináveis tinha acontecido àqueles a quem Deus havia escolhido para serem Seus.
Vamos parar por um momento e avaliar este evento cuidadosamente. Isto não é simplesmente uma sabatina de história antiga. O Novo Testamento explica claramente que estas coisas foram escritas para o nosso benefício (1 Corintios 10:11).
Essa é na verdade uma mensagem para a Igreja de hoje, e Deus está ansioso para que a ouçamos. É uma palavra séria e corretiva que está em Seu coração. Que Ele tenha misericórdia de nós para que sejamos capazes de recebê-la como tal e obedeçamos as autoridades que Deus levantou.

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APRENDENDO COM JABES

  APRENDENDO COM JABES O m enino  p rodígio da  g enealogia!   Alguém já disse certa vez que existe muito pouca diferença entre as pessoas –...