sábado, 7 de novembro de 2015

APRENDENDO COM DAVI (PARTE 13)



DAVI NA CAVERNA DE ADULÃO

O termo ou o nome Adulão, quer dizer: Lugar de antiguidade ou cidade de Judá ou lugar de justiça.

A caverna era um local de abrigo, e muitos a usavam como esconderijo. Ali parecia o “melhor lugar para quem quisesse usar também como um local de descanso”. 

Naquela época, alguns pastores que viviam perto de Hebron deixavam no verão as suas aldeias e iam habitar naquelas cavernas e ruínas a fim de ficarem mais perto de seus rebanhos. A maior parte das habitações de Gadara era em cavernas. 

Um dia Deus enviou Samuel á casa de Jessé para ungir um de seus filhos, e na presciência de Deus, o jovem escolhido para governar Israel, era Davi, um jovem de pequena estatura, cheio de sardas pelo corpo, porém um homem segundo o coração de Deus. 

Lemos em I Samuel 16:13 o seguinte: Então Samuel tomou o vaso de azeite, e ungiu no meio de seus irmãos; e daquele dia em diante o Espírito do Senhor se apoderou de Davi. (...). Agora Davi é um ungido de Deus, está sobre ele o Espírito Santo, o mesmo Espírito que estava também em Elias. Saul também era até então um ungido de Deus, mas a bíblia diz ainda no capitulo 16:14; que o Espírito do Senhor se retirou de Saul. (...). 

I Samuel 21:10 – Levantou-se pois, Davi e fugiu naquele dia de diante de Saul. Davi após ser retirado do palácio do rei Áquis, tomou rumo em direção da CAVERNA DE ADULÃO. Veja só: um ungido de Deus tendo que cometer uma série de aberrações por causa de Saul que o perseguia! Em fim Davi chega àquela caverna, (I Samuel 22: 1 a 5)

Cansando da fuga e do medo que passara no palácio do rei de Gate. Davi agora fica ali escondido sozinho sem ter nada para comer ou beber, passa a residir dentro de uma caverna. As cavernas ficavam geralmente em regiões montanhosas, eram locais onde os fugitivos buscavam refúgio. 

Davi está agora pensando o que será da sua vida daqui para frente. Ele precisa encontrar um jeito de se livrar de seu inimigo. O medo do inimigo nos deixa enclausurado dentro de um quarto e não saímos enquanto o medo não cesse. 

Ficamos aflitos por causa do medo – nossas atitudes passam a ser diferente para com aqueles que nos cercam. Com Davi, não foi diferente, Davi agora é um homem fugindo, de um rei deposto de seu cargo pelo Deus que  lhe ungira alguns dias atrás. 

Davi tinha o Espírito Santo de Deus dentro dele, isso aconteceu logo após ser ungido o novo rei de Israel. “Deus não nos deu um espírito de covardia”. Temos o Espírito santo de Deus em nós. Se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele. 

Davi agora vai receber alguém importante para lhe fazer companhia, ele está só e pensando nas ameaças de Saul, ele não pensa em outra coisa a não ser em Saul que de uma hora para outra pode descobrir onde ele está escondido. 

                                   DAVI É VISITADO NA CAVERNA.

Mas de repente ele ouve vozes e passos em direção a caverna, mas quem será? Ninguém sabe que eu estou aqui? (Deus sabe!). Mas não se assuste Davi! São seus familiares que vieram saber de você ok? Eles estão preocupados com você! 

Então chegam os parentes de Davi, até a caverna de adulão, porque ficaram preocupados com Davi, e começam a abraçá-lo e ficaram felizes em saber que ele estava “bem”. Só não entenderam o porquê de ele ter se abrigado ali naquele lugar esquisito. Mas não foram só os parentes de Davi que foram ter com ele. 

I Samuel 22 de 1 a 5 – Depois Davi, retirando-se desse lugar, escapou para a caverna de adulão. Quando os seus irmãos e toda a casa de seu pai souberam disso, desceram ali para ter com ele. 

Ajuntaram-se a ele todos os que se achavam em aperto, todos os endividados, e todos os amargurados de espírito; e ele se fez chefe deles; havia com ele cerca de quatrocentos homens. (...). Agora vamos falar de outra classe de pessoas. 

Um rei diante de homens problemáticos 

Além da família de Davi, agora ele tem com ele na caverna uma classe de pessoas, que também estavam enfrentando algum tipo de problemas; e ele agora vai ter que ouvir um por um, e saber o por que de eles terem ido para aquele local. 

Davi agora não está mais só, ele agora tem a companhia de outras pessoas, alem de seus pais e irmãos. Mas também estão com ele algumas pessoas que foram rejeitados pela sua igreja, pela sociedade. Mas como alguém que está em dificuldades, pode ajudar a outros? 

Paulo disse a igreja de Coríntios o seguinte: Fiz-me como fraco para os fracos; para ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, para por todos os meios chegar a salvar alguns. (I Coríntios 9:22). 

Mas quem poderá conter as palavras? Eis que tens ensinado a muitos, e tens fortalecido as mãos fracas. As tuas palavras têm sustentado aos que cambaleavam, e os joelhos desfalecentes têm fortalecido. Mas agora que se trata de ti, te enfadas; e, tocando-te a ti, te desanimas. (Jó 4;3-5). 

Davi se vê diante de pessoas com uma variedade de problemas e o que ele pode apresentar para aquele povo? Se ele também foi até aquela caverna com medo de Saul? 

Só que aquelas pessoas também não tinham alternativas, estavam também em situações talvez piores do que Davi. Sempre é bom ter alguém do nosso lado, que nos faz recordar o inicio de nosso ministério, isso nos faz lembrar as pessoas que muitas vezes tivemos que receber em nossos gabinetes, tentando tratar de seus males. Davi no momento em que viu toda aquela gente entrando naquela caverna lembrou-se dos gabinetes que muitas vezes deu para pessoas completamente desesperadas. 

Se você já deu gabinetes para pessoas com uma variedade de problemas, não é fácil! Para quem recebe pessoas com várias espécies de problemas. Você ouve tantas coisas. Com Davi não foi diferente. Aqueles homens queriam saber se Davi podia resolver seus problemas. Quem já tratou de uma pessoa amargurada, de uma pessoa que passa por apertos, e pessoas com problemas espirituais e endividadas? 

Tenho visto muitas pessoas procurando seus pastores, ou até mesmo um líder espiritual para orarem com elas, e muitas vezes saem de lá sem respostas. Temos muitos lideres despreparado, que não sabem como resolver certas situações. 

É na caverna da autoajuda que vamos encontrar todo tipo de pessoas. Muitos líderes estão deixando que muitos saiam por ai procurando respostas para seus problemas, porque não tiveram uma resposta para os seus problemas. Quantos irmãos nossos foram embora do nosso convívio por falta de sabedoria de alguns “Líderes?” e hoje não suportam mais ouvir falar em igreja, não acreditam mais no imensurável amor de Jesus Cristo. 

Embora também saibamos que muitos não procuram seus pastores, não procuram seus Líderes quando estão em dificuldades, até mesmo de seus familiares se afastam para longe deles. (...).

Quem são os personagens que residem neste local que creio que era de difícil acesso? 

Primeiramente foi para essa caverna, o rei Davi que estava fugindo de Saul. Davi estava vivendo momentos de perdas, ele perdera tudo! 

Ele não gozava mais dos privilégios de antes, era um homem desacreditado de tudo e de todos, não tinha segurança e lhe faltava à campainha de amigos e de seus parentes, mas ele continua fugindo dos problemas que invadiram sua vida, a paz que tinha outrora havia escapado e só lhe restou uma coisa; fugir. Davi fugiu primeiramente de Saul. (I Sm 21:10)

E depois teve medo de Áquis, rei de Gate. (I Sm 21:12b). Nem sempre fugir dos problemas é a solução para sairmos deles, temos que enfrentá-los se quisermos alcançar a vitória. No Salmo 142; 6,ele diz: Atende ao meu clamor, pois estou muito abatido; livra-me dos meus perseguidores, pois são mais fortes do que eu. 

Ele expõe ao Senhor o motivo de sua fuga para a Caverna de Adulão. Essa oração Davi fez quando estava na caverna, ele pede proteção de Deus, pois não se acha em condições de vencer seus inimigos. No versículo 7, ele diz ainda: Tira a minha alma da prisão, para que eu louve o teu nome. Então os justos me rodearão, por causa da tua bondade para comigo. 

Mais Davi estava ali sozinho e pensativo com seu coração ferido por causa de sua situação, ele entra quase que em desespero, pois talvez nunca tivesse imaginado em sua vida antes mesmo de ser ungido rei de Israel, ter que passar por esse deserto. 

Muitas pessoas hoje estão amargando o peso de suas derrotas, pessoas presas ou escondidas em cavernas de problemas, pessoas depressivas porque não conseguiram sair de certas situações, muitas até já praticaram ou tentaram suicídios. 

Satanás não refresca, não alivia uma pessoa de espírito fracassado, ele nunca vai lhe direcionar uma saída para seus problemas, pelo contrário, ele vai lhe mostrar sim, uma forma de parar de sofrer, não escute seus conselhos, corra para os braços de Jesus que é o CAMINHO, A VERDADE e a VIDA... 

Mais Davi não ficou só por muito tempo não, a bíblia me diz que quando seus irmãos e toda a casa de seu pai souberam disso, desceram ali para estar com ele. (I Sm 22;1b). A família é um presente de Deus para nós, ainda que haja algumas discordâncias entre alguns, é sempre bom desfrutar da companhia de nossa família. Louvado seja o Senhor! 

Outras pessoas também foram chegando para aquela caverna onde Davi e sua família estava. Mais essas pessoas que se juntaram a Davi, era uma classe que tinham problemas de significados diferentes, tinham homens que se acham em apertos, tinham os endividados “Dividas, sempre dividas”, e tinha também outra classe, os amargurados de espíritos, ele Davi se fez chefe deles. Eram com ele uns quatrocentos homens. (I Sm 22;2)

Tem pessoas que quando estão enfrentando problemas, não querem ninguém por perto, elas não querem a interferência de ninguém, acham que podem lidar com seus problemas sozinhos e se isolam. Foi isso que Davi e aquelas pessoas fizeram, correram de suas famílias, eram problemáticos mais ao mesmo tempo ainda sobrava espaço para o orgulho, não é verdade?

Creio que Davi ficou surpreso quando viu aquele movimento de pessoas chegando naquela caverna, ele deve ter dito: Mais que barulho é este? Ninguém sabia que eu estava escondido aqui? Mais Davi se esqueceu do Salmo 139 de sua autoria que diz: Para onde me irei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua face? (Salmos 139; 7)

É Davi: ninguém se esconde da presença de Deus, podemos até tentar mais será em vão! Que diga Jonas que também pensava assim! Mas vamos em frente! Agora Davi não está mais só, ele começa a observar toda aquela gente em volta dele talvez questionando o porquê de ele ter ido parar ali. 

Quando ele pensava que era somente seus parentes, ele escuta outro barulho vindo em sua direção, mais quem será agora? Talvez pensasse em Saul que não havia ainda desistido de matá-lo. 

Mais não era não! Eram outras pessoas que precisavam de abrigo, pessoas que já citei anteriormente que queriam ficar por ali até passar aquela onda de dificuldades. Os amargurados de espíritos eram atacados por Satanás. 

Os endividados eram os que com certeza tinham dividas com agiotas, com bancos e quem sabe ali não havia empresários falidos por conta de não poder quitar suas duplicadas vencidas. Isso sem contar com os impostos  que eram cobrados abusivamente na época de Saul.

Agora vem o outro lado da história: Davi aos poucos vai recobrando os sentidos, uma nova sensação de ânimo invade sua alma, ele já não se sente mais só, agora começa a recordar suas atividades como um Líder em potencial, Davi vai tratar daquelas pessoas da melhor forma possível, e viu que não adiantava continuar fugindo se ele tem um Deus que tomou a causa dele por justiça. 

Davi precisa agora de renovação de forças para treinar toda aquela gente que foi ao seu encontro, e deu certo! Ele se fez chefe deles, ele trouxe aquelas pessoas de volta ao convívio da sociedade, ele deu instruções para eles de como enfrentar suas dificuldades financeiras, dificuldades familiares que estavam fazendo com que eles se distanciassem uns dos outros. 

Davi mostrou  para eles o significado da vida, e de confiar em Deus. Ele não tinha nenhum material para expor em  um quadro ou até mesmo materiais para escrever, não havia ali um Data-Show naquela caverna, mas Davi tinha uma vasta experiência em sua caminhada com Deus. Suas conquistas diante de Golias. Davi ensinou-lhes sobre o valor do caráter, da disciplina e ainda lhes deu emprego, foram chamados para compô seu Exercito. 

Temos que mudar o sentido das coisas, saindo dos problemas e buscando as orientações de Deus. Se formos pela força de nosso braço, estaremos perdidos. Deus é o nosso refugio, a nossa fortaleza, socorro bem presente na angustia. (Sl 46; 1)

Davi conseguiu sair daquele lugar escuro, as cavernas sempre são frias e escuras. Ele agora toma a posição de um Líder que vai poder contar com seus valentes, treinar quatrocentos homens feridos pelos embates da vida e sem qualquer perspectiva de sobrevivência, não foi muito fácil, mas ele era um Líder apagado pelo medo e pela perseguição. Nós temos sido realmente homens valentes de Deus ou estamos indo em direção as cavernas? Pense nisso! 

Tende cuidado que ninguém se prive da graça de Deus, e que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e por elas muitos se contaminem. (Hb 12:15). 

***

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

APRENDENDO COM JEREMIAS (PARTE 3)



APRENDENDO COM JEREMIAS

Jeremias foi chamado por Deus para ser profeta e denunciar os pecados da nação de Israel, que havia caído em profunda apostasia (*quase todos abandonaram o Senhor e se envolveram com idolatria) e fazer com que o povo se arrependesse e assim evitariam o juízo de Deus

E o povo foi totalmente contra Jeremias. Devido à constante rejeição e perseguição que enfrentou, sem dúvida Jeremias desejou desistir. humilhado e perseguido, valia a pena se esforçar e lutar pela nação? 

Por vezes ele certamente achou que a resposta fosse “não”.

Contudo, enquanto ele observava a mão do oleiro, foi-lhe dada uma figura, um símbolo, de como o Senhor trabalhava com o barro humano. 

Sejam quais forem as outras verdades encontradas na figura do oleiro e do barro, ela ensina a soberania absoluta de Deus. 

Isto é, por mais desesperada que a situação pudesse parecer a partir da perspectiva de Jeremias, o simbolismo do oleiro e do barro mostrou que, em última análise, apesar das decisões erradas que tomamos, até mesmo de modo intencional, o Senhor está no controle do mundo. 

Ele é a fonte absoluta de poder e autoridade, e no fim triunfará, não importa quais sejam as aparências agora.

Séculos depois de Jeremias, Paulo retomou essa figura do Antigo Testamento, em Romanos 9, e deu continuidade a ela, usando-a, basicamente, para ensinar a mesma lição que ela deve ter ensinado a Jeremias. 

Na verdade, em Romanos 9:21, talvez Paulo estivesse se referindo diretamente a Jeremias 18:6. Podemos estar certos de que, apesar da realidade do livre-arbítrio humano, bem como dos frequentes resultados calamitosos do abuso desse livre-arbítrio, podemos, por fim, ter esperança na absoluta soberania de nosso amoroso e abnegado Deus, cujo amor é revelado na cruz. 

O mal não vai triunfar. Deus e Seu amor triunfarão. Temos uma grande esperança!

Como você pode aprender a confiar em Deus e se colocar em Suas mãos, como o barro nas mãos do Oleiro, apesar das circunstâncias presentes? 

Que outros textos bíblicos nos mostram a realidade da soberania de Deus?

Como vimos, a nação havia caído em profunda apostasia. O povo não estava entendendo a mensagem. Então, Deus usou Jeremias para realizar um convincente ato simbólico que deveria ajudar a despertá-lo para o perigo que estava enfrentando.

Jeremias 19:1-15:  O que o profeta devia fazer e qual era o significado desse ato?

Jeremias tinha que voltar à casa do oleiro. Dessa vez, porém, o Senhor desejava Se certificar de que ele traria testemunhas consigo para ver exatamente o que ele iria fazer. As testemunhas eram os anciãos e sacerdotes de Judá (Jeremias 19:1). 

Como líderes, eles eram responsáveis pelo que acontecia na nação e, assim, precisavam entender a mensagem que Jeremias devia transmitir a eles por meio de seu ato simbólico. 

A Porta do Oleiro (ou Porta dos Cacos, Jeremias 19:2), onde ele devia quebrar a botija, talvez ficasse perto do local em que os oleiros trabalhavam, e logo depois da porta podia estar o local onde eles jogavam os cacos dos vasos quebrados. Assim, o simbolismo tornou-se ainda mais forte.

Para que serve uma botija de barro quebrada? 

Se a botija estivesse rachada, ainda se poderia achar alguma utilidade para ela, mesmo que não fosse o propósito original para o qual havia sido feita. Mas Jeremias não devia apenas fazer uma rachadura nela. 

Devia quebrá-la, tornando-a essencialmente inútil. Entre o ato em si e as palavras que se seguiram, é difícil imaginar que as pessoas pudessem não ter entendido a advertência. Mas, é claro, entender a advertência e agir de conformidade com ela são duas coisas completamente diferentes.

Ainda mais assustadora é a condição aparentemente irremediável do ato. Quem pode consertar uma vasilha quebrada? 

Embora o Senhor tenha dado à nação uma esperança e um futuro, naquele momento, a menos que se convertessem, os habitantes da Judeia estavam condenados, juntamente com seus filhos. 

Todos os locais que eles haviam contaminado com suas abominações e atos pecaminosos logo seriam contaminados com seus próprios cadáveres. Talvez a extensão da depravação do povo possa ser mais bem entendida pela dimensão do castigo que ela ocasionou a eles.

Pense em algo estragado, que não tenha conserto. Para que, originalmente, esse objeto foi feito, e o que aconteceu para que ele tenha ficado inútil? 

Precisamos ter muito cuidado para que isso não aconteça conosco!

terça-feira, 3 de novembro de 2015

APRENDENDO COM SATANÁS (PARTE 2)



SATANÁS TEM ACESSO À NOSSA MENTE?

Embora superestimemos muito o poder de Satanás, ao acharmos que ele pode interagir diretamente conosco em um sentido físico, um erro semelhante e oposto seria supor que ele não tem acesso à nossa mente.

Primeiro, embora Satanás não possa ler nossa mente, ele pode influenciar nossos pensamentos.

Portanto, a Bíblia nos instrui a “nos revestirmos de toda a armadura de Deus, para que possamos estar firmes contra as astutas ciladas do diabo” (Efésios 6.11). Sem ela, você é uma vítima garantida na guerra invisível; com ela, você é invencível.

A batalha espiritual é travada contra seres invisíveis que personificam o mal. E suas armas são espirituais, não físicas. Embora eles não possam nos ferir fisicamente, nos violentar sexualmente ou nos fazer levitar, podem nos tentar a trair, roubar e mentir.

Além disso, é crucial observar que se abrirmos a porta para Satanás, ao falharmos em nos revestir da completa armadura de Deus, o Inimigo age como se estivesse sentado em nosso ombro sussurrando em nosso ouvido. Esse sussurro não pode ser percebido com o ouvido físico, porém pode penetrar no “ouvido” da mente. Não podemos explicar como tal comunicação acontece, tanto quanto de que forma nossa mente pode produzir sinapses físicas do cérebro. Mas que essa comunicação mente a mente acontece é incontestável.

Se não fosse, o Diabo não poderia ter tentado Judas a trair seu Mestre, não teria seduzido Ananias e Safira a enganar Pedro ou incitado Davi a fazer o censo.

Finalmente, embora os anjos caídos não sejam seres materiais, e portanto não possam interagir conosco diretamente no sentido físico, são tão reais quanto à carne sobre nossos ossos.

Sem dúvida, para alegria do Diabo, muitos o descrevem com frequência como uma caricatura cultural, com uma longa cauda, roupa vermelha e um garfo. Longe de ser tolo ou estúpido, porém, Satanás aparece como um anjo de iluminação cosmopolita. Ele sabe muito bem, que sem nossa armadura espiritual somos presas fáceis no jogo do Inimigo.

Em última análise, toda a Escritura nos informa que a batalha espiritual é a batalha pela mente. “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas sim poderosas em Deus, para destruição das fortalezas: destruindo os conselhos e toda altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo entendimento à obediência de Cristo” (2Coríntios 10.4-5).

“Porque não temos que lutar contra carne e sangue, mas sim contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais. Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau, e havendo feito tudo, ficar firmes” (Efésios 6.12-13).

SATANÁS TEM ACESSO À NOSSA MENTE POR MEIO DO QUE COLOCAMOS EM NOSSA MENTE.

“Não estejais inquietos por coisa alguma; antes, as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus, pela oração e súplicas, com ação de graças. E a paz de Deus, que excede todo entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus. Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, NISSO PENSAI. O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes e vistes em mim, isso fazei, e o Deus de paz será convosco” (Filipenses 4.6-9).

HANK HANEGRAAFF

APRENDENDO COM JESUS



JESUS É O LÍDER PERFEITO

Jesus é a chave que abre todos os tesouros escondidos do conhecimento e da sabedoria que vêm de Deus (Cl 2: 2b-3; NTLH). Assim, se quisermos entender o que Deus ensina sobre o tema da liderança, precisamos partir do Cabeça, do chefe da Igreja, que é o líder perfeito.

“Vai lavar os meus pés, Senhor?”, questiona um Pedro escandalizado com seu Mestre e Senhor (Jo 13: 6b). O escândalo de Pedro é explicado pelo contexto cultural de seu tempo. Apenas os servos, os escravos da casa, lavavam os pés dos visitantes.

Nessa cena é muito bom saber que Jesus não precisa vestir a máscara da falsa modéstia com a qual tantos líderes cristãos hoje escondem suas lutas internas contra a própria vaidade. “Vocês me chamam de “Mestre” e de “Senhor” e têm razão, pois eu sou mesmo”, diz Jesus (v.13).

É comum a autoafirmação de nossos líderes apoiada em títulos acadêmicos e ministeriais. Desde “doutores”, “apóstolos” até “reverendos” e passando também pelos que se apresentam como “servos”, “criados” e “seu humilde conservo de Jesus”, extremos em que a Igreja apenas revela sua falta de maturidade no uso devido de quaisquer títulos.

Enquanto muitos ostentam ou escondem-se atrás dessas qualificações, a verdade é que a metade dos pastores no Brasil nunca leu a Bíblia inteira uma vez sequer e apenas 20% dos demais cristãos a leram inteira uma única vez.

Deveria ser inaceitável termos pastores em nossos púlpitos que não fossem profundos conhecedores da Palavra, assim como é obviamente inaceitável termos à mesa de cirurgia médicos que não dominem tesouras, bisturis e pinças.

Para escândalo da Igreja, aquele que realmente É ajoelha-se diante de nós e nos lava os pés cheios dessa sujeira do mundo. E é preciso que façamos o mesmo, oferecendo-nos como exemplo, segundo o exemplo daquele que é Mestre e Senhor.

A autoridade do líder não se encontra nos títulos que apresenta ou no cargo que ele ocupa, mas na vida que ele nos oferece. Se o líder não lê, não estuda, não busca a Palavra de Deus, não é de se admirar que o povo seja tão ignorante das verdades contidas na Bíblia.

Sei que uma leitura esquerdista monopolizou durante décadas a passagem do lava pés como um exemplo subserviência daquele que tem o poder ao que não tem. Nada mais distante e distorcido do que essa interpretação marxista adotada pela Teologia da Libertação.

O lava pés, em seu contexto evangélico, não é o ato de quem se esquece de sua dignidade e posição, nem uma atitude coagida por lei humana ou pelo Estado, mas, ao contrário, é resultado do amor livre de Jesus pela Igreja.

O líder que precisamos dentro de nossas casas, igrejas e Governo é aquele que dá o exemplo a todos por seu próprio sacrifício pelas ovelhas de Cristo. É urgente que tenhamos líderes que lavem os pés da Igreja com a água santificadora do Evangelho.

O LÍDER É AQUELE QUE SERVE AO OUTRO, COLOCANDO A SI MESMO COMO EXEMPLO PARA OS SEUS LIDERADOS!

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

APRENDENDO COM JESUS



O MODELO DE JESUS PARA SUA IGREJA
                       
Por que há tantas igrejas? Qual é a certa, ou são todas certas? Devo participar de uma igreja para agradar a Deus? Por causa da desnorteante quantidade de opções no mundo religioso, mais e mais pessoas estão fazendo perguntas como estas.

Para responder, vamos voltar a examinar o Novo Testamento. Por enquanto, esqueça o que você sabe a respeito de religião e considere, de novo, o padrão do evangelho pregado por Cristo e seus apóstolos.

Durante sua vida na terra, Jesus escolheu 12 homens, chamados apóstolos, para revelar e espalhar a mensagem depois de sua ascensão. Começando em Atos 2, estes homens pregaram e ensinaram o evangelho em Jerusalém. 

Logo, outros seguidores de Cristo estavam indo de lugar a lugar, ensinando a mesma mensagem. Olhemos para a cidade de Antioquia da Síria como um modelo do que aconteceu quando pessoas receberam o evangelho lá (Atos 11:19-26). 

Vários cristãos foram a Antioquia. Eles pregaram o evangelho do Senhor Jesus (v. 20). Muitos foram convertidos ao Senhor (v. 21). Os novos convertidos foram exortados a permanecer no Senhor (v. 23). 

Como resultado, muitas pessoas foram unidas ao Senhor (v. 24). O que é ressaltado em tudo isto é, claramente, o Senhor: Pregando o Senhor, conversão ao Senhor e lealdade ao Senhor. 

A próxima coisa que lemos no texto é a igreja se reunindo. Evidentemente, aqueles convertidos ao Senhor reuniam-se e trabalhavam como uma igreja (congregação). 

Esta igreja logo recolheu dinheiro para mandar aos irmãos pobres em outra cidade (Atos 11:27-30). Mais tarde, a igreja mandou dois de seus cinco profetas e mestres para espalhar o evangelho em outras áreas (Atos 13-14). 

Estes dois, Barnabé e Paulo, pregaram a Jesus em muitas outras cidades e logo, nelas também, havia igrejas (Atos 14:23). Enquanto Paulo e Barnabé, alegremente, relataram à igreja de Antioquia sobre o trabalho do Senhor durante a viagem (Atos 14:27), não há nenhuma indicação de que a igreja de Antioquia exercesse qualquer controle sobre as outras igrejas. 

Antes, presbíteros (também chamados bispos e pastores, na Bíblia) foram escolhidos dentro de cada uma destas congregações para supervisionarem-na (Atos 14:23). Nunca, na Bíblia, os presbíteros foram autorizados a supervisionar outra congregação além da qual foram eles selecionados (Atos 20:28; 1 Pedro 5:1-3).

Como é típico na história dos homens, algumas mudanças entraram gradativamente e desviaram os Cristãos deste modelo original. Pouco a pouco, o desenvolvimento de uma organização foi se extendendo acima das igrejas. 

Grupos de homens e igrejas mais importantes começaram a controlar as outras igrejas. As igrejas começaram a se tornar parte de uma hierarquia. A lealdade a Cristo foi substituída pela lealdade à "igreja". Uma extrema reação contra este erro levou a um outro abuso do plano de Deus. 

Alguns decidiram que não era necessário fazer parte de qualquer congregação e tentaram servir a Deus sozinhos, sem adoração ou trabalho com outros cristãos. 

Como podemos servir a Deus em um mundo cheio de tais desvios de sua vontade?

Que os homens pudessem apartar-se do padrão de Deus, não é surpresa. Repetidamente, no Velho Testamento, o povo se extraviou de sua  palavra. Em cada ocasião, profetas de Deus como Isaías (44:22; 55:6-7), Jeremias (3:12-14; 6:16; 35:15), Ezequiel (14:6; 18:30-32) e Joel (2:12-13) chamaram o povo de volta ao plano original de Deus. Cada vez que os israelitas se desviavam do padrão, homens devotos conduziam a nação a abandonar as alterações e retornar à vontade revelada por Deus. Davi (1 Crônicas 13), Ezequias (2 Crônicas 29-31), Josias (2 Reis 22-23), Esdras (9-10) e Neemias (8-10,13), todos ajudaram o povo a voltar ao plano original de Deus. Todas as vezes, a meta foi uma imitação completa do padrão revelado.

A solução para o mundo religioso, que nestes dias está por demais extraviado da vontade de Jesus Cristo, é voltar ao padrão da Bíblia. 

Jesus chamou a palavra de Deus de "a semente" (Lucas 8:11). Uma das qualidades interessantes da semente é que a planta que dela resulta, quando é plantada, é sempre a mesma, não importa quando ou onde ela é semeada. Se plantarmos hoje a semente pura (a palavra de Deus), conseguiremos o mesmo efeito que a palavra produziu no primeiro século. Quando o resultado for grupos religiosos e organizações, desconhecidos no Novo Testamento, a causa é que foram semeados outros ensinamentos, além do puro evangelho.

Imagine que você e eu sejamos abandonados numa ilha desabitada. Não temos nenhum conhecimento de religião. Um dia, uma Bíblia chega na praia e começamos a lê-la, estudá-la e decidimos seguir o que ela ensina. Sem qualquer conhecimento de religião, apenas com a pura semente do evangelho plantada em nossos corações, o que faríamos? 

Decidiríamos seguir a Jesus em nossa vida, submetendo-nos a seu ensinamento. Reunir-nos-íamos como uma congregação para adorar e servir ao Senhor. Talvez decidíssemos ir a outros lugares para ensinar pessoas a seguirem a Jesus. Mas que tipo de igreja decidiríamos tornar-nos? Esta questão jamais passaria pela nossa mente. 

Sem conhecimento das modificações humanas, jamais pensaríamos em ser qualquer outra coisa que não fosse uma igreja de Jesus Cristo, servindo-o independentemente e seguindo seu ensinamento. Para nós, que bem sabemos das modificações que os homens têm feito no evangelho, nosso alvo deve ser igual: servir ao Senhor exatamente do mesmo modo que as Escrituras ensinam, se seguir os erros de outros.

Princípios Básicos

Mantenha a ênfase em Cristo.

Em nossa sociedade, a lealdade às igrejas toma o lugar da lealdade a Cristo. Algumas pessoas colocam a  igreja acima de Jesus Cristo e servem a igreja acima de tudo. Estas pessoas pensam sobre seu serviço a Deus em termos de encontrar a igreja, juntar-se à igreja, e permanecer fiéis à igreja. Apostasia, para eles, é deixar a igreja. 

Em termos bíblicos, a igreja é simplesmente aqueles que estão seguindo a Jesus, a família de Deus. Nosso foco, ênfase, e lealdade são para com Cristo. Outras pessoas colocam a igreja entre Cristo e o homem, pensando nela como uma instituição através da qual Deus fala ao homem e o homem a Deus. Mas Cristo é o único mediador entre Deus e o homem (1 Timóteo 2:5). 

Eu não procuro Deus através da igreja; a igreja é o povo que está procurando seguir a Deus. É Cristo quem deve dominar nossas vidas, não a igreja.

Veja o lugar da igreja (congregação) no plano de Deus. Deus planejou que os cristãos haveriam de servi-lo com outros cristãos, como uma parte de um grupo de discípulos. Ele esperou que as igrejas se reunissem para adorar, juntar seus recursos para trabalhar, procurar homens qualificados para ensinar, e encorajar uns aos outros à fidelidade (Atos 2:42-47; 4:32-37; 11:26-30; 14:23; 20:7; 1 Coríntios 16:1-2; Hebreus 10:24-25; etc.). 

Eu sou parte de uma igreja porque Cristo ordenou. Tentar ser um cristão sozinho, sem fazer parte de uma congregação, é ignorar as instruções de quase todos os livros, desde Atos até Apocalipse, os quais foram escritos para as igrejas, ou para dar instruções sobre a determinação de Deus para as igrejas. Não podemos colocar a igreja no lugar de Cristo como Senhor. Mas, antes, em obediência a Cristo, submetermo-nos ao plano que ele revelou a respeito das atividades dos cristãos.

Evite pensamentos errados. O conceito de uma estrutura hierárquica entre igrejas, penetra de tal maneira em nossa sociedade que é difícil evitarmos. A Bíblia não ensina o conceito de uma igreja sendo parte de um grupo de igrejas. Assim como não devemos pensar que a igreja seja a mediadora entre o homem e Deus, não devemos pensar em alguma organização como mediadora entre a congregação e Deus. Cada igreja, que segue a Cristo, vai segui-lo diretamente, sem lealdade a qualquer grupo ou rede de igrejas.

Faça parte de uma igreja que segue o padrão da Bíblia. Já no tempo em que João escreveu o livro do Apocalipse, algumas igrejas estavam se extraviando do padrão (Apocalipse 2-3). Visto que eu não posso participar, nem encorajar práticas fora das Escrituras (Efésios 5:11; 2 Coríntios 6:14-7:1; 2 João 9-11), eu também não posso fazer parte de uma igreja que não é fiel à palavra de Deus. 

Graças a Deus, temos, ainda, a semente pura. É possível a uma igreja seguir a palavra de Deus e voltar ao caminho de Deus, como os israelitas fizeram em muitas ocasiões. É ainda possível para indivíduos se reunirem e começarem uma igreja conforme a vontade de Deus. Os apelos e exemplos de muitos homens de Deus foram relatados na Bíblia, para nos ensinar e nos motivar a seguir o caminho de volta ao padrão do Senhor.

Voltemos e sirvamos a Deus exatamente como os cristãos o fizeram no primeiro século.

por Gary Fisher

APRENDENDO COM PAULO (PARTE 18)

A missão de Paulo

Encontrou dificuldade para ser aceito como Apóstolo. As suspeitas vinham do fato ser um perseguidor e sobretudo porque não foi escolhido pessoalmente por Jesus. Quatorze anos após a sua conversão, subiu a Jerusalém, para o Concílio, onde defendeu a não circuncisão para os pagãos. Ele mesmo se defendeu das acusações.

"Mas faço-vos saber, irmãos, que o evangelho que por mim foi anunciado não é segundo os homens. Porque não o recebi, nem aprendi de homem algum, mas pela revelação de Jesus Cristo" (Gálatas 1:11,12).

Para ele, anunciar o Evangelho era uma obrigação:

"Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim, se não anunciar o evangelho!"
 (I Coríntios 9:16).

Em sua incansável missão de anunciar o Evangelho Paulo sofreu muito, mas não desistiu. Ele mesmo relata algumas das situações difíceis que passou:

"São ministros de Cristo? (falo como fora de mim) eu ainda mais: em trabalhos, muito mais; em açoites, mais do que eles; em prisões, muito mais; em perigo de morte, muitas vezes. Recebi dos judeus cinco quarentenas de açoites menos um. Três vezes fui açoitado com varas, uma vez fui apedrejado, três vezes sofri naufrágio, uma noite e um dia passei no abismo; Em viagens muitas vezes, em perigos de rios, em perigos de salteadores, em perigos dos da minha nação, em perigos dos gentios, em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar, em perigos entre os falsos irmãos; Em trabalhos e fadiga, em vigílias muitas vezes, em fome e sede, em jejum muitas vezes, em frio e nudez" (II Coríntios 11:23-27).

Teve que lutar contra os falsos missionários (2Cor 10-12) que anunciavam um Evangelho fácil, que fugiam da humilhação e da tribulação. Anunciavam um Jesus sem a cruz. Paulo anunciava o Jesus Crucificado, ainda que isso fosse escândalo.

"Mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos" (I Coríntios 1:23).

Porém a cruz não era o fim. O mesmo Jesus da cruz é também o Jesus Ressuscitado (1Cor 15).



domingo, 11 de outubro de 2015

APRENDENDO COM FILIPE (PARTE 1)



Alguém foi achado ma estrada

"Pode um homem ser realizado profissionalmente e no entanto sentir-se vazio e frustrado? Crescimento profissional é sinônimo de crescimento interior? Para aonde ir quando tudo que conquistamos na vida parece não ter muito sentido, e sentimos na boca o gosto amargo da ansiedade? 

"E o anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo: Levanta-te e vai para a banda do sul, ao caminho que desce de Jerusalém para Gaza, que está deserta. E levantou-se, e foi, e eis que um homem etíope, eunuco, mordomo-mor de Candace, rainha dos etíopes, o qual era superintendente de  todos os seus tesouros e tinha ido à Jerusalém para adoração". (Atos 8:26 e 27)

Filipe se encontra pela estrada da vida com um eunuco da Etiópia. 

O protagonista principal deste texto bíblico é eunuco. Um eunuco era um homem privado de sua masculinidade. Quase sempre se dedicava ao humilhante trabalho de cuidar das mulheres que formavam o harém do Rei. 

Mas, no texto que acabamos de ler, o eunuco é apresentado como o principal administrador dos tesouros do reino de Candace. Em outras palavras, ele conseguiu chegar no topo de sua carreira profissional.

Era próspero financeiramente, tinha um bom salário, mas, faltava-lhe alguma coisa no coração. 

Ele sentia um grande vazio e isso o incomodava. Quando chegava a noite não conseguia dormir. 

Sabe por quê? Porque por ser um eunuco estava condenado a não ter descendentes. Não teria geração. Sua vida terminaria com ele mesmo.

O futuro de um eunuco era incerto ou talvez certo demais: uma curta existência nesta Terra e nada mais. Quando ele morresse não teria filhos nem netos para contar sua história. Seu futuro era negro, sem perspectivas. Tudo isso o atormentava, o angustiava demais. Todas essas inquietudes fazia-o sentir que tudo que conseguira na vida não tinha muito sentido.

Você, que lutou muito e conseguiu alguma coisa na vida, também sente que isso não lhe satisfaz? 

Você que se casou pensando que o casamento o realizaria; hoje tem uma boa família, uma boa esposa, filhos, lá no fundo também carrega um vazio? Tem medo do futuro, da morte?

Alguma vez você se perguntou para que serve a vida? Você se levanta pela manhã, vai para o trabalho, volta à tarde cansado, toma um banho, janta e no dia seguinte repete a mesma rotina e assim passam-se os seus dias. Isso é vida?

Quando o ser humano se sente vazio, ele vai a qualquer lugar à procura de solução para seus problemas. Se dispõe a bater em qualquer porta, em qualquer tipo de filosofia. Não importam as dificuldades. O homem nunca fica de braços cruzados deixando ser devorado pela angústia. Por isso, quando o etíope soube que havia uma festa espiritual na cidade de Jerusalém, dirigiu-se para lá. Precisava de solução para suas inquietudes.

E você? Quais são as suas inquietudes? Há coisas que o incomodam? Você vive em busca de respostas para suas dúvidas e questionamentos? Você já se perguntou de onde você vem e para aonde vai? Qual é o seu futuro? O que lhe reserva o amanhã?

Talvez, você então consiga compreender o etíope. Ele também queria respostas para suas perguntas e por isso foi até Jerusalém. Continuando a leitura do texto percebemos que aquele homem foi à Jerusalém, mas não encontrou as respostas que procurava. Aquela igreja estava perdida e confusa em meio a tantos detalhes da religiosidade. Centímetro para cá, milímetro para lá, vírgula aqui, ponto ali, não pode isto, não pode aquilo... Ela se preocupava apenas com a aparência. Os detalhes do sacrifício do Cordeiro, da oferta e das cerimônias ocupavam tanto a atenção destas pessoas, que elas tinham perdido de vista a essência da vida: Cristo.

Esse homem angustiado, vazio, triste, desesperado, teve o trabalho de deixar Gaza, subir à Jerusalém para participar, ouvir, ver, tentar entender, mas infelizmente não encontrou nada e voltou para sua terra tão vazio quanto tinha ido.

Veja novamente o que diz este verso: "E o anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo: Levanta-te e vai para a banda do sul, ao caminho que desce de Jerusalém para Gaza, que está deserta". (Atos 8:26)

Jesus sabe quem é você. Ele conhecia até o caminho por onde viajava o etíope. Ele conhece a história de sua vida, as inquietudes de seu coração e com certeza não o deixará sem respostas.
Lá no deserto, Deus levantou Filipe para ajudar o etíope a encontrar as respostas para sua vida e esse mesmo Deus o guiará até você achar as respostas que você necessita.

O texto bíblico continua relatando que Filipe, tomando a passagem que o etíope estava lendo, mostrou-lhe Jesus ao longo de toda a Escritura; mostrou-lhe em cada página, em cada capítulo, em cada versículo.

Filipe agiu muito certo. Quero lhe dar um conselho: muito cuidado ao querer através da Bíblia levar pessoas a descobrirem unicamente doutrinas sem vida. Muito cuidado ao levar as pessoas a descobrirem unicamente medidas, roupa e comida. Por favor, tente levá-las a Jesus a partir de seus próprios questionamentos. Mostre-lhes Jesus em cada página da Bíblia, em cada doutrina da Bíblia, em cada princípio da Santa Lei de Deus. Banhe o ensinamento bíblico no sangue do Cordeiro. Molhe-o na misericórdia e na graça de Cristo. É Jesus quem conquista os corações. É Ele quem derruba os preconceitos, quem transforma vidas.

O eunuco voltava de Jerusalém triste, vazio, cheio de preconceitos, medos e temores. Mas no deserto se encontrou com Filipe quem lhe mostrou a Palavra de Deus e o levou até Jesus. Mostrou-lhe também a doutrina bíblica banhada no sangue do Cordeiro. E ali mesmo entregou sua vida a Cristo.

Sabe de onde eu tiro essa idéia? Da Bíblia. Ela diz que quando eles chegaram num lugar onde havia muita água, o Etíope, que já tinha recebido o estudo do batismo centralizado em Cristo, olhou para Filipe e disse: "Eis aqui água; que impede que eu seja batizado?" (Atos 8:36)

E o texto afirma que ambos desceram à água. Filipe e o eunuco. E Felipe o batizou.

Quero lhe fazer uma pergunta: Você já aceitou Jesus como seu Salvador? Se já, responda-me outra: Já foi batizado? Talvez dirá: "sim, quando ainda pequenino".

Querido, agora vou entrar num assunto delicado, mas quero discuti-lo com todo o respeito, amor e carinho que você merece. Toda nova verdade provoca medo. E talvez hoje, de alguma maneira, você se sinta assim. Mas, diante de uma nova verdade ou você cai de joelhos diante de Jesus e lhe diz: "Senhor, ajuda-me a despojar-me dos preconceitos e analisar esta verdade," ou então você fica na indiferença e ataca. Porém, sei que você é sincero e está lendo este folheto à procura de respostas. Por isso vou tentar não dar nenhuma explicação pessoal e sim deixar que você leia tudo na Palavra de Deus.

Você sabe quais são as características de um batismo verdadeiro?

Vamos ler o que está escrito na Bíblia: "Portanto ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo". (S. Mateus 28:19)

Então, a primeira característica de um batismo bíblico, autêntico e verdadeiro é que a pessoa deve se tornar uma discípula antes de ser batizada.

Leia agora outro texto bíblico: "Quem crer e for batizado será salvo..." (Marcos 16:16)

"Quem crer e for batizado será salvo", é a segunda característica de um batismo autêntico, isto é, a pessoa tem que crer. Então me responda: Pode um nenenzinho de seis meses crer em algo?

Veja agora o que diz em Atos: "E, ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração, e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, varões irmãos? E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo". (Atos 2:37 e 38)

Arrependei-vos e depois batizai-vos, é a terceira característica para que um batismo seja bíblico e verdadeiro.

E há ainda uma quarta característica. A Bíblia afirma que: "E mandou parar o carro, e desceram ambos à água, tanto Filipe como o eunuco, e o batizou". (Atos 8:38)
Quando Jesus foi batizado, a Bíblia diz: "E sendo Jesus batizado, saiu logo da água..." (Mateus 3:16)

Ou seja, o batismo em sua forma tem uma característica: tem que ser feito por imersão. A pessoa tem que mergulhar na água. Por quê? S. Paulo explica: "Ou não sabei que todos quanto fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte? De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que como Cristo ressuscitou dos mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida". (Romanos 6:3 e 4)

Somos batizados em sua morte para que como Ele ressuscitou assim nós também nos levantemos da água para andar numa vida nova. A forma não é apenas forma, existe aqui um simbolismo profundo que tem a ver com a morte e ressurreição de Jesus.

Então, o batismo para ser verdadeiro tem que ter três características na sua essência e uma na sua forma: Primeira, a pessoa tem que ter a capacidade de ser feita discípula. Segunda, tem que ter capacidade de crer. Terceira, tem que ter capacidade de arrepender-se. E finalmente, a quarta, a pessoa tem que ser batizada por imersão, isto é, mergulhar na água.

O batismo é um símbolo da morte e ressurreição de Jesus, e assim como Ele foi sepultado na terra, é preciso que o ser humano seja sepultado na água.

Talvez agora você esteja pensando: "o que acontece se o meu batismo não teve essas características"? Permita-me então fazer uma pequena ilustração. 

Tenho uma nota de cem dólares. Algumas vezes já me deram nota falsa e eu saí perdendo. Um dólar falso tem valor para mim enquanto eu não sei que é falso. No entanto, assim que eu descubro que é falso, já não posso mais usá-lo. Por isso aprendi as características de uma nota verdadeira. 

Quer saber se um dólar é falso ou verdadeiro? Faça o seguinte: esfregue a nota num papel branco. Se a tinta sair, ela é verdadeira. Se não sair, é falsa. Ou então passe o dedo. Se o papel é áspero, é verdadeira. Se é liso, é falsa.

Agora pense. Se você recebe uma nota e após verificar as características, elas não conferem. Que valor tem essa nota?
Talvez agora você tenha a resposta para a sua pergunta. Existe um só batismo bíblico, autêntico e verdadeiro. Esse é o batismo que você acaba de ver descrito na Bíblia.
Falo isto com amor e carinho porque talvez isto crie sofrimento em seu coração. Durante toda sua vida você foi sincero e acreditou que foi batizado e de repente, hoje, descobre que não foi. Isso pode até lhe machucar, mas por outro lado não posso esconder de você a maravilhosa verdade bíblica.
Você acredita em Jesus? Ele foi a resposta para suas inquietudes? Então me diga: deseja o grande passo do batismo? Quem sabe você ainda não está batizado porque considera desnecessário. Você me pergunta: "eu já acredito em Jesus, Ele me salvou, eu tenho fé na graça de Jesus, não basta?"

O que você acharia de um jovem que se aproxima de uma garota e diz a ela:

- Eu gosto de você, você é linda, maravilhosa, eu a amo e seria capaz de qualquer coisa por você.

A garota acredita, olha para ele sorrindo e diz:

- Então, vamos nos casar?

Aí ele dá um passo para trás e responde: - Não, casamento não. Eu a amo, faria tudo por você, mas casamento não.

Que tipo de amor é esse?

Na experiência espiritual, o batismo é como o casamento. Você encontra Jesus e se apaixona por Ele. Então reune a igreja, coloca flores e diante de todos, você confessa publicamente que O ama e que quer viver o resto de sua vida para Ele.

Há um lugar para você na família de Deus. O Senhor Jesus está convidando você a integrar-se ao povo de Deus e declarar publicamente o seu amor por Ele. Se você não foi batizado num batismo bíblico, hoje Deus abriu os seus olhos e você enxergou a verdade, então tem que ir e correr aos braços dEle e dizer: "Senhor, chegou a hora, te entrego minha vida. A partir de hoje quero pertencer à Tua igreja nesta Terra".

escrito por Alejandro Bullon

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