terça-feira, 8 de dezembro de 2015

APRENDENDO COM DANIEL (PARTE 13)


Um Antigo Decreto de Morte

 

 “O meu DEUS enviou o Seu anjo e fechou a boca dos leões, para que não fizessem dano, porque foi achada em mim inocência diante dEle; também contra ti, ó rei, não cometi delito algum” (Daniel 6:22).


A história de Daniel bem poderia ser classificada como fazendo parte da ‘mitologia’ judaica. Mas ela é mais profunda. Para ser aceita como verdadeira precisa-se conhecer os propósitos e o poder de DEUS. Ela mostra algumas coisas importantes para nós, nesses dias finais. Ela demonstra principalmente que DEUS está no controle

Aí está o ponto central da história de Daniel na cova dos leões: a fidelidade de Daniel a DEUS.  

Quando DEUS livra seus SERVOS de alguma ameaça, sentimos o seu poder, mas quando Ele não livra, sentimos a sua presença junto com o sofrimento da perseguição ou da morte. 

Ou seja, você já ouviu sobre algum mártir fiel a DEUS que tenha morrido em angústia, berrando e se contorcendo de dor? Pelo contrário, mesmo no fogo, não gritavam nem amaldiçoavam seus inimigos, mas cantavam hinos ao Criador. 

Portanto, livrando-nos do mal, apenas percebemos a ação de DEUS, e por vezes, Ele se faz presente como no caso da fornalha; mas sendo mortos, sentimo-Lo agindo para que suportemos. Ninguém será submetido à prova superior a que possa suportar. É assim que DEUS age, Ele nunca nos deixa, por uma ou por outra via, Ele está conosco.

Características de um servo fiel

Pelos frutos os conhecereis” (Mateus 7:16)

Quando Babilônia caiu sob o poder dos Medo-Persas, Daniel estava com 80 anos de idade. Algo inacreditável aconteceu. É inacreditável por ser Daniel servo de um Reino não desse mundo, instrumento pelo qual DEUS interferiu diretamente no centro do poder de satanás nesse mundo, fazendo o que queria com o seu império. Era de se esperar que Dario, o medo, que cuidasse em encarcerar Daniel, que fora o principal conselheiro do poderoso Nabucodonosor, pelo qual este recebera revelações futuras sobre a seqüência dos reinos do mundo, e, principalmente, sobre quem teria, por final o poder nesse planeta. Jamais se ouviu algo semelhante na história, de um homem importante no império vencido se tornar requisitado pelo império vencedor. Afinal, o que Dario viu em Daniel?

O novo imperador viu pelo menos uma coisa: fidelidade. Não se pense que Dario nada soubesse a respeito de Daniel. A Bíblia não relata isso, mas em todos os tempos, como também hoje, os grandes conselheiros das nações tornam-se muito conhecidos no estrangeiro. Isso deve ter acontecido com Daniel, e esse era o seu testemunho. 

Muitos reis e imperadores de outras nações souberam do caráter de Daniel em Babilônia. Sabiam em especial que ele era um servo de outro DEUS, e não dos deuses de Babilônia. houve até decretos a esse respeito. Muitas pessoas importantes das nações ficaram sabendo do poder de Daniel dentro do poderoso império

E, certamente, pelas informações que a seu respeito tinham, o admiravam, e lhes era digno de confiança. Essa é uma lição para os nosso jovens que querem vencer profissionalmente: sejam como Daniel, e terão emprego garantido

Sabiam da fidelidade de Daniel a seu DEUS, e de como essa fidelidade jamais fora rompida, mesmo em condições de grave desafio. Portanto, pela fidelidade do servo do Altíssimo, o respeitavam, admiravam, e o tinham como pessoa que só falava a verdade, e que merecia consideração independente de que reino estivesse contratando seus serviços.

Além disso, o DEUS do Céu também o tinha como homem fiel, o que aprendemos das seguintes palavras: “és mui amado” (Dan. 9:23) “Tu, porém, segue o teu caminho até o fim; pois descansarás, e, ao Tim dos dias, te levantarás para receber a tua herança.” (Dan. 12:13). DEUS tinha um homem, e com apenas esse homem manteve sob controle dois impérios. O caráter desse homem influenciou no modo de administração do rei Dario, assim como alterou todo o curso do Império Babilônico. O que Daniel possuía de especial? Um caráter moldado por DEUS!

O complô contra Daniel (Dan. 6:5-9)

Se Daniel tinha ou não pecados, não se sabe. Pelo que obtemos da Bíblia, esse homem, desde sua infância, deve ter sido peculiar servo de DEUS, absolutamente fiel. Como diz a Bíblia, nenhum ser humano há que não seja pecador. Mas há os que são extremamente fiéis, como foi Enoque, e também Daniel. Esses homens e mulheres ligam-se de tal modo ao Criador que por Ele são transformados a ponto de chegarem muito próximos da perfeição. O apóstolo João também foi um caso assim.

Daniel era um caso estranho aos olhos dos grandes do império Medo-Persa. Sendo judeu, povo sob condição de exílio, tendo servido ao Império Babilônico, servindo a um DEUS diferente, merecendo a admiração do rei Dario, recebendo dele muito poder, não é de admirar que isso causasse ciúmes

Não era um dos deles, não adorava como eles, não era nem medo nem persa, mas um elemento estranho, e tão favorecido, mais do que todos os outros. Seria hoje, mal comparando, na vitória política da eleição para presidente de algum país, ser convocado pelo novo presidente para o cargo principal uma pessoa muito importante, mas do partido de natureza oposicionista e ainda de outro país. O que diriam os que apoiaram o novo presidente? Ficariam perplexos, e enciumados.

As demais autoridades do governo então procuraram encontrar alguma falha em Daniel para, por denúncia, o destituir (assim como hoje, em tempo de eleição, surgem muitas denúncias contra muitos candidatos, e eles geralmente possuem muitos pontos fracos). Nada encontraram, o homem era praticamente perfeito. 

Então tiveram uma idéia genial, infalível segundo imaginavam: criar um impasse para Daniel, colocando-o num brete, se saída visível. Não havia como encontrar algo nas atividades profissionais em Daniel, ele era eficiente, teriam que criar um impasse onde Daniel jamais mudaria. Seria um decreto que criasse uma dificuldade tal que jogaria Daniel contra o rei, criando uma situação sem saída: ou reverencia o rei, ou, desobedecendo, seria jogado aos leões. Parecia um plano perfeito, mas não contavam com o poder de DEUS.

A questão da oração (Dan. 6:10-18)

O que se debate nesse dia é: uma vez saído o decreto sobre adoração, deveria Daniel desse dia em diante fechar ou manter seu costume de orar com a janela aberta?

Daniel bem poderia ter fechado a janela, não mudaria sua relação com DEUS, nem diminuiria sua fé, nem isso seria alguma violação de princípios. Por que então ele não o fez? Aliás, Daniel poderia ter fechado a janela sempre que fosse orar, mesmo antes do tal decreto. Por que ele não agiu assim?

E, por que Daniel não fechou a janela após o decreto. É simples responder, isso de nada adiantaria. Naqueles lugares, quente como é, as janelas raramente são fechadas. Eles indagariam, por que, agora que saiu o decreto, Daniel, bem no horário da oração, passou a fechar a janela? É porque, com medo, covarde, diriam, está infringindo a lei do rei Dario, e continua secretamente adorando o seu DEUS. Chegaria à mesma conclusão que chegaram com a janela aberta. É que o decreto fora feito especificamente contra Daniel, e eles estavam o tempo todo de olho nele.  

Fizesse Daniel o que fosse, eles o pegariam, exceto se deixasse de adorar a DEUS por aqueles dias, e isso, sabiam eles, Daniel não faria. Era o que satanás queria, para derrubar o poderoso servo de DEUS. satanás queria mais, como propôs a JESUS, que o adorasse, queria também que Daniel, ao menos por 30 dias adorasse um ser humano. Mas no caso de Daniel, satanás queria ainda mais: deixando Daniel sem saída, ele teria, humanamente falando, apenas duas alternativas para viver – ou reverenciaria o rei, ou ao menos deixaria de adorar a seu DEUS. por uma ou por outra, Daniel cairia em tentação, e se separaria de DEUS. Ele, no entanto, foi fiel naquela crise, e DEUS também foi. Caso ele fechasse a janela, evidentemente, logo após fecha-la, entrariam em seu quarto para pegá-lo em “flagrante delito”. 

Portanto, Daniel, extremamente inteligente, raciocinando assim, concluiu que deveria manter as coisas como sempre foram. Ele sabia que DEUS, como das vezes anteriores, estaria a seu lado. E esteve com Daniel, como está com todos os que O servem, e estará, em especial, nesses dias finais.

Daniel na cova dos leões (Dan. 6:19-23)

Delatado ao rei, este percebeu que se tratava de uma cilada contra Daniel. Logo o seu fiel servo, o mais inteligente, que mais contribuía. Daniel merecia o respeito do rei pela sua avançada idade, humildade e dignidade, pois ele, Daniel, jamais se fez superior a ninguém, e jamais se via inferior a ninguém: a humildade e a dignidade na mesma pessoa. Era sábio acima dos demais, e nele se podia confiar.

Para não prejudicar a autoridade do rei, este agora viu-se na contingência de cumprir o decreto, devendo jogar Daniel na cova. Não o fez de imediato, tentou por todos os meios encontrar uma saída, mas deveria faze-lo naquele mesmo dia. Bem que lhe deve ter ocorrido de jogar aqueles homens maldosos na cova. Afinal, ele, o rei, fora por eles enganado. Mas com que argumentos? 

A cilada fora muito bem preparada. O rei procurou, talvez, reverter a situação de Daniel por alguém outro. Deve ter trabalhado para achar algum motivo naqueles homens e assim ao menos anular o decreto contra Daniel, jogando-os em seu lugar na cova. Mas, já quase ao final do dia, aqueles homens, confiantes em si e na vitória, retornaram ao rei, e exigiram o cumprimento do decreto do rei, fomentado por eles. Quanto mais nesse momento subiu a ira do rei contra aqueles homens, e nada encontrou para fazer contra eles. Assim, pesaroso e contrariado, teve que chamar Daniel e mandar joga-lo na cova.

O rei falou pessoalmente com Daniel, e naquele momento começou a desmascarar a intenção por detrás do decreto, que os maus homens tinham. Ele disse a Daniel, e muitos dali ouviram isso: “O teu DEUS, a quem tu continuamente serves, que ele te livre.” (Dan. 6:16). 

O rei estava irritado com a manobra política dos seus grandes, e declarou isso para Daniel, instantes antes dele ser colocado na cova dos leões. A declaração era como que um repúdio ao decreto por ele mesmo assinado, cujos motivos agora percebia claramente, uma declaração da superioridade do DEUS de Daniel. A questão dos maus assessores do rei não era homenagear o rei, mas eliminar Daniel.

Posto na cova, curiosamente nada ouviram de estranho, mas foram-se dali. Os inimigos de Daniel foram certamente fazer festa, o rei foi fazer jejum. A cova devia ser um buraco onde os leões chegavam, com uma abertura em cima, pois não ficou certo e não podiam saber se os leões o devoraram ou não. Só no dia seguinte, o rei foi até o lugar, mandou tirar a pedra, e chamou por Daniel. Então ele quase repetiu as mesmas palavras: “Daniel, servo do DEUS vivo, dar-se-ia o caso que o teu DEUS, a quem tu continuamente serves, tenha podido livrar-te dos leões?” (Dan. 6:20). 

O rei acentuava a questão da adoração de Daniel, e não o recriminava por isso. Isso demonstra que o rei Dario estava no mínimo contrariado com a atitude dos inimigos de Daniel. Da cova Daniel respondeu que o anjo de DEUS o livrara dos leões porque ele nada tinha feito contra DEUS nem contra o rei.

Então, mais que depressa o rei manda tirar Daniel do meio dos leões, e agora, não só irado como também coberto de motivos e razões, manda que atirem na cova aqueles homens que atentaram contra Daniel. Eles nem sequer chegavam ao chão, já os leões os destroçaram e devoraram.

Por que nesse caso DEUS livrou Daniel dos leões? Ainda esse homem deveria fazer muitas coisas. A sua carreira não havia terminado. DEUS ainda tinha novas profecias e outros detalhes proféticos para revelar por meio de Daniel. E, também, o novo império dos Medo-Persas deveria ser livre dos maus homens que se entregaram aos poderes de satanás.

Dario honra a DEUS (Dan. 6:24-28)

Bem cedo o rei Dario foi até a cova dos leões para ver o que se havia passado. O rei tinha esperanças de que Daniel estivesse vivo, protegido por seu DEUS, e queria isso. O rei fora enganado por homens maus, e estava sedento por fazer justiça. Sua expectativa era de que Daniel estivesse vivo. E, se Daniel fosse atacado pelos leões, o rei teria que manter a seu lado homens perigosos, capazes de trair a verdade. Como governar com gente assim por perto?

Chamando por Daniel, este, de dentro da cova, responde. Então a ordem é imediata, que o tirassem de lá. Mandou que às pressas trouxessem aqueles homens maus, incluindo suas famílias, e os jogassem na cova. Estes nem sequer tocavam o chão, já os leões pulavam contra eles, e os estraçalhavam. Era costume naqueles tempos eliminar toda a família de alguém que o rei queria castigar severamente. Isso aumentava a autoridade do rei, evidentemente, pelo medo do que ele pudesse vir a fazer. Nisso o rei estava errado, assim como estava errado o costume ou tradição dos reis daqueles tempos.

Então o rei baixou um decreto a favor de DEUS. Ora, DEUS não necessita de decretos, e nem Ele deve ser adorado pelo poder de decretos. Foi por decreto que os maus homens obrigaram as pessoas adorarem o rei, mas não devia ser assim para adorar a DEUS. É satanás que precisa ser adorado por força de lei, pois do contrário, na liberdade, as pessoas tendem a buscar o Amor, atendendo aos bons testemunhos dos que já O adoram. Dario impôs a todos que “tremessem e temessem” diante do DEUS de Daniel. 

Isso criou um clima ruim para DEUS, pois nesse decreto Dario O igualou aos demais deuses pagãos, que precisam desses decretos, ou cujos seguidores são obrigados a adora-los por decretos. Dario quis honrar a DEUS, e o fez a seu modo, a partir do que conhecia sobre reverência aos deuses pagãos. Nabucodonosor, anteriormente, também já fizera coisa semelhante. É tão errado impor a verdadeira adoração por força de lei quanto a falsa, embora a intenção de Dario fosse boa.

Mas há mais um detalhe nesse episódio que merece destaque: foi a vitória de Daniel. Este nada teve a ver com o decreto de Dario, nem com o exagero da pena sumária aplicada aos inimigos de Daniel, que se tornaram também inimigos do rei. Daniel garantiu a sua vitória desde o dia em que, recém chegado a Babilônia, decidiu firmemente não contaminar-se com as finas iguarias da mesa do rei

Antes disso, Daniel havia aprendido a ser fiel a DEUS, e em cada oportunidade crítica, sabia tomar a decisão correta. Ele foi o que hoje podemos dizer como sendo um pequeno remanescente dentro dos impérios inimigos, e que ali deu poderosos testemunhos sobre a verdadeira adoração. Na sua fidelidade DEUS impediu que satanás tomasse conta do planeta todo, assim como pela fidelidade dos remanescentes dentro do povo remanescente garante a existência de um povo que serve de marco do reino de DEUS na Terra, como sendo embaixadores de um reino, não escravos de um império dividido entre nações sempre em guerra entre si, destruindo-se na luta pela hegemonia.

Daniel desenvolveu, pela experiência com DEUS, uma experiência muito próxima a de Enoque, um caráter conforme DEUS deseja. Chegou ao ponto de receber uma mensagem de DEUS, uma revelação do anjo que assiste perante DEUS, que o Criador o amava muito. 

Num tempo de grave crise de adoração, tempo em que o povo de DEUS fora levado ao exílio, DEUS pôde contar com um campeão de fé. Parece que nos tempos difíceis sempre é assim, nesses tempos são poucos os que restam, mas entre esses poucos, encontram-se verdadeiros gigantes da fé. Assim foi Noé e Abraão, como Daniel. Tempos em que havia poucos fiéis, mas esses poucos podiam ser comparados a gigantes que jamais se dobravam perante outro deus, mesmo que sob iminente risco de tortura ou da vida.

Nos tempos finais, o remanescente será bem pequeno. Poucos serão os que se manterão fiéis ao lado do Criador. Mas, dessa vez, algo será diferente: esses poucos poderão ser milhares de homens e mulheres, e estarão espalhados pelo mundo todo, em todos os lugares. Eles concluirão o trabalho de proclamação do reino de DEUS. Eles terão poder especial par isto. O remanescente dos últimos dias não será apenas um punhado de pessoas como no tempo de Noé, de Abraão ou de Elias, ou de Daniel. Serão, proporcionalmente um pequeno número de pessoas, mas o suficiente para por elas DEUS, em poucos dias, anunciar este evangelho a todas as pessoas, então virá o fim.


A fidelidade de Daniel é hoje um requisito para cada servo de DEUS que realmente deseja permanecer em pé nos últimos dias. Daniel venceu em razão de uma decisão acertada quando ainda jovem: assentou não contaminar-se com os alimentos do palácio real de Babilônia

Daniel tinha a força intelectual para DEUS nele agir, e tornou-se muito inteligente e sábio, cada vez mais poderoso em se manter fiel a DEUS mesmo só num império hostil. Ele nunca deixou de ter DEUS a seu lado. E as vitórias de Daniel, bem como as de seus companheiros, foram de fazer tremer o império de satanás.

***

APRENDENDO COM BELSAZAR

APRENDENDO COM BELSAZAR (PARTE 2)

Surpresa na Festa

 

Confia no Senhor de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-O em todos os teus caminhos, e Ele endireitará as tuas veredas” (Provérbios 3:5 e 6)

Havia muitas festas entre os reis do mundo antigo. Os reis eram conhecidos por seus banquetes. As autoridades de todos os tempos, não só as antigas, gostam de “aparecer” perante os homens. Gostam de mostrar o seu poderio, sua capacidade e riquezas. 

Uma forma de fazer isto é por meio de festas, grandes festas. Aliás, não só os grandes agem assim, quase todos tem esse ponto fraco. 

Se nem ao menos os pequenos escapam da tentação de ostentar, o que esperar dos grandes. Se atentarmos para os dias de hoje, as festas não são longas como as dos tempos antigos, mas são caríssimas e fartas de pomposidade, onde se mostra o gasto de muito dinheiro. A simplicidade é privilégio de poucos, é coisa rara em nossos dias.

Pois o neto do rei Nabucodonosor, a quem chama carinhosamente de pai, deu uma festa nem assim tão grande, pois eram mil os convidados, e a festa era de poucos dias. Mas o que diferenciou essa festa foi a arrogância mística do rei. 

Ele decidiu fazer uma gozação contra o DEUS do Universo, que ele conhecia porque, como futuro rei, devia ter estudado, e muito bem, a história do império que herdava de seus antepassados. Sabia que Nabucodonosor lutara contra DEUS, perdera diversas vezes até que se entregou por completo a DEUS. 

Sabia que o reino não era eterno, e que passaria a outros. Mas, decidiu arrogantemente desafiar ao DEUS que seu avô já ousara desafiar, arriscando perder o reino, pois, conscientemente, cometia os mesmos desacatos de seu avô. 

O herdeiro do grande império babilônico para dominar o mundo todo caiu na armadilha da segurança e da confiança em seu próprio poder, e achava que estava garantido como rei de Babilônia. Assim mandou, em atitude de deboche contra o DEUS dos judeus, trazer alguns dos vasos sagrados para deles beber vinho, e com seus grandes, rirem desse DEUS. 

No momento em que estavam fazendo isso, a mão de DEUS escreveu na parede o decreto divino de que o seu reino já estava passando às mãos de outro poder, por ordem do DEUS de quem Belsazar estava ridicularizando. 

Sem que soubesse, em sua alegria de poderoso zombador, o inimigo já estava trabalhando para entrar na cidade e tomar-lhe o poder e a vida.  Quanta ignorância!

A escrita na parede (Dan. 5:1-9)

A festa transcorria ruidosamente. Dentro do palácio, só alegria sem compromisso com a realidade, mas com o álcool. Um jovem rei, sem experiência de vida, esbaldava a sua loucura, intemperança, irresponsabilidade e principalmente leviandade. Seu pai, o verdadeiro rei de babilônia, Nabonido, há pouco perdera uma batalha decisiva para deter o imperador Ciro de avançar sobre Babilônia. 

As forças inimigas aproximavam-se rapidamente da capital do império babilônico. E o rei herdeiro fazendo festa – típica coisa de pessoa nova sem capacidade de percepção dos perigos da vida. E não faltaram aqueles aproveitadores, que só apreciam barulho para a ele se unirem na intemperança e idolatria.

Em meio a bebedeira, o rei ousou desafiar o DEUS que convertera seu avô Nabucodonosor. Mandou que trouxessem os vasos sagrados que tempos atrás pertenceram ao templo de Jerusalém, e que Nabucodonosor sempre respeitara, mesmo nos tempos em que se achava maior que DEUS. Belsasar em sua desvairada loucura, transformou a festa de glutonaria e bebedeira em uma espécie de ritual em homenagem aos deuses de ouro, de prata, de bronze, de ferro, de madeira e de pedra que havia no palácio.  
Ele confiava nesses deuses, e resolveu desafiar o verdadeiro DEUS, de quem sabia muitas coisas, bebendo com seus grandes e as mulheres daqueles vasos, brindando aos deuses pagãos. Fez isso justamente no momento em que mais deveria ter recorrido ao DEUS que tem poder, quando a crise se aproximava

Nesse momento rejeitou ostensivamente ao DEUS de seu avô, e se lançou aos deuses do paganismo. Fez portanto duas coisas, formalmente demonstrou sua entrega e confiança em deuses feitos por mãos humanas e afrontou o DEUS de verdade, que é Criador, e que pode dar autoridade e pode tira-la.

A festa transcorria em meio aos ruídos da música, altos risos, piadas imundas, demonstrações e atos de sensualidade, um processo de franca degeneração moral. Ainda era uma espécie de culto imoral às divindades da mitologia babilônica. O barulho da festa estava alto demais para permitir a ação de qualquer bom senso, essa não era a hora para alguma reflexão e avaliação do que ali se passava. Todos queriam mais barulho, bebida, dança e a alegria do álcool no vinho.

Repentinamente, silenciosamente, aparece uma grande mão que se movimenta independentemente do que ali se passa. Logo todos vêem a mão que se aproxima da parede e, estendendo o dedo indicador, escreve. É o mesmo dedo que escreveu os Dez Mandamentos, agora estava escrevendo um decreto. É o dedo do DEUS de Quem estava zombando. Do grande barulho na sede do império de satanás, em instantes, o ambiente passa a um silêncio sepulcral. Nem ao menos uma palavra alguém ousa pronunciar. 

Todos dirigem seus olhares para os movimentos da mão e para as palavras que ela escrevia na parede. Era algo impressionante, e se espalhou um temor entre todos, principalmente no rei. Nele os ombros se soltaram, perdeu as forças, tremia de alto a baixo, batiam-lhes os joelhos um no outro, e a fala lhe desapareceu da garganta. Lentamente a mão escreveu quatro palavras incompreensíveis. 

Era tudo muito apavorante, e as consciências pelo que fizeram com os vasos retumbaram em repreensões íntimas. Parecia ser tarde, algo estranho e terrível parecia que estava por acontecer, e, aliás, já estava acontecendo do lado de fora dos muros, e até mesmo dentro dos muros. O rei Ciro com seus soldados já entrava na cidade, tendo desviado o curso do braço menor do riu Eufrates, e já se preparava para o assalto final.

O pavor estava em todos os rostos, e o rei sem poder pronunciar uma palavra. A escrita estava ali. A mão que escrevera desaparecera. Tentavam entender o que significava, mas era impossível. Longos minutos se passaram, e o rei só olhava para as palavras. Eram apenas quatro palavras, mas parecia terem um poder que não se poderia avaliar. Aos poucos, suado e tremendo, o rei se recupera. E, conseguindo falar, com dificuldade, dá em sussurros, uma ordem de perdedor: queria que os sábios interpretassem a mensagem que permanecia na parede. Mas o mistério se estendeu até que ali foi introduzido Daniel, o servo do DEUS do qual zombaram.


O conselho da rainha-mãe (Dan. 5:10-12)

A rainha-mãe era provavelmente a viúva de Nabucodonosor, pois ela conhecia detalhes a respeito de Daniel como quem deles tivesse participado intensamente, e demonstrou confiança nele como quem partilhasse da mesma fé. É de se esperar que a esposa de Nabucodonosor tomasse a mesma decisão de seu esposo. 

Quem sabe veremos, em breve, o casal de um dos mais famosos reis do passado, escalado por satanás para erradicar da terra os adoradores ao Criador, mas que se tornou um deles, juntamente com sua esposa. Terei um abraço também para eles, e a presença deles será motivo de emocionantes diálogos após a redenção.

A rainha-mãe não estava na festa, mas as concubinas do rei Belsazar sim. Também é de se crer que a idosa mulher se reservasse a não participar da orgia pagã após sua conversão. Mas ela entrou como uma poderosa autoridade de DEUS no momento da crise, e como verdadeira serva do Altíssimo, ousadamente desprezou os magos e encantadores e, não economizando elogios e virtuosidades a Daniel, anunciando-o como servo dos deuses santos (deuses santos, expressão comum em babilônia para se referir a DEUS acima dos deuses comuns), afirmando haver nele luz, inteligência e sabedoria dos deuses. 

Disse, recordando ousadamente, que Nabucodonosor o constituiu chefe sobre todos os sábios do império. Ela, com firmeza ordenou que Daniel fosse chamado pois garantia que ele daria a solução ao enigma.
Daniel foi chamado para se apresentar perante o rei. Ele já era um idoso homem, de porte nobre com a dignidade de quem serve ao DEUS Criador. 

Quando ele entrou, com seus brancos cabelos, todos os zombadores fitaram nele os olhos, na esperança de que dele viesse uma palavra de esperança de que aquelas inscrições não representavam o grave problema que parecia ser. O trecho que o homem de DEUS caminhou da porta da entrada do salão até perante o rei foi apreciado como o caminhar de um nobre, de um homem de outro planeta, de um homem poderoso, que merece respeito, sábio, naquele momento acima de todos os que ali estavam, acima inclusive do rei. Ali, embora apenas um homem, estava uma autoridade do Governo do Universo, um embaixador de DEUS. 

Naqueles momentos, Daniel era visto como um embaixador de um reino cujo Rei era o todo-poderoso Rei do Universo, o seu representante, alguém revestido de uma autoridade que merece cuidadosa deferência e obséquios de admiração: era um filho de DEUS!

Sem desculpa (Dan. 5:13-24)

Belsazar conhecia a história de seu avô Nabucodonosor. Conhecia o que lhe aconteceu ao ficar por sete anos como um animal. Ainda assim, ele, conscientemente, decidiu adorar a deuses pagãos, de ouro, de prata de bronze, de ferro, de madeira e de pedra. Ele sabia o erro que assim cometia, Daniel mesmo referiu-se a essa situação, dizendo: “ainda que sabias de tudo isto” (Dan. 5:22). Talvez Belsazar não conhecesse a Daniel de perto, mas sabia de seu poder, dos feitos e tinha conhecimento do poder do DEUS de Daniel. Daniel mesmo disse ao rei, antes de lhe revelar a escritura, que ele, sabendo de tudo isso, que ele se levantara contra o Senhor do Céu (Dan. 5:23). 

Isso significa que o rei, tal como fizera Nabucodonosor várias vezes, também decidiu desafiar e ofender o Rei Criador que possuía todo o poder sobre todas as coisas. E o desafio dessa vez foi o de zombar de DEUS por meio do uso dos utensílios sagrados do templo de Jerusalém, utilizados para o culto verdadeiro, que DEUS tinha intenção de fazer retornar para a Sua cidade. 

Belsazar resolveu debochar de DEUS utilizando esses utensílios em sua festa pagã misturada com cerimonial aos deuses feitos por mãos de homens, e que nada valem. Portanto, Belsazar, bêbado, sem noção do que fazia, sem ter ouvido seu avô, desconsiderando os fatos reais a respeito da adoração falsa e verdadeira, enfrentou o Criador, e arcou com as conseqüências. DEUS o avaliou, e o achou sem valor, para nada prestava, foi substituído por outro mais disposto a obedecer a DEUS.

Pesado e achado em falta (Dan. 5:25-29)
A escrita na parede, em aramaico, só as consoantes, não pôde ser lida pelos sábios de Belsazar. Mas Daniel, sem dificuldade as leu e deu a interpretação. De um tremendo susto o rei agora passa para uma realidade patética sem possibilidade de retrocesso, avançara o sinal e agora já estava condenado por si mesmo, pelos seus atos, e a sentença já estava em andamento. O que estava ali escrito?

MN = MENE = CONTADO (uma contabilidade dos feitos na vida)
MN = MENE = CONTADO (repetição solene, é muito importante)
TQ = TEQUEL = PESADO (avaliado, julgado)
PERES (ou UFARSIN) = DIVIDIDO (condenação, perdendo o reino para outro, ou, para dois outros)

Da história percebemos um fato curioso, os reinos que se sucediam, dividiam-se cada vez mais, até se fragmentarem por completo. É o destino do governo de satanás, que degenera cada vez mais, se fragmenta gradativamente, até se tornar insustentável. 

Por exemplo, o Império Babilônico foi uno, com um imperador, mas passou para um império composto de dois povos, os Medos e os Persas, um mais forte, outro mais fraco. Esse império passou para o poder da Grécia, cuja unidade durou pouco para dividir-se em quatro após a morte de Alexandre. Da Grécia passou para o Império Romano cuja unidade durou alguns séculos, mas no tempo de Constantino começou a dividir-se em dois, uma capital em Roma e outra em Constantinopla. Mais tarde, fendeu-se em dois impérios. 

O ocidental capitulou em 476, fragmentando-se depois em pedaços bem pequenos no tempo de feudalismo. Nesse tempo havia impérios na Europa, mas eram os senhores feudais que detinham grande parte do poder sendo os impérios fracos por esse motivo, e também fracos porque o cristianismo proclamou sua independência política e passou a dominar o estado, aliado a ele apenas para o subjugar. 

O Império Romano Oriental terminou com a invasão dos turcos, em 1453, e também se fragmentou em nações menores. Até os dias de hoje tem prevalecida a fragmentação do que há muitos séculos fora o grande Império Babilônico. 

Voltando ao assunto, o Império Babilônico, na pessoa do rei Belsazar, teve suas realizações contabilizadas, elas foram avaliadas e a conclusão foi de que nada valiam, tamanha a sua maldade. Belsazar tornou-se inútil à humanidade e inútil para DEUS, um estorvo para o governo do amor. Assim sendo, o reino foi tirado de Belsazar e foi entregue a outro rei, Dario, que encabeçava a união de dois povos, os Medos e os Persas. 

DEUS fez isso, ou seja, influenciou nos negócios dos seres humanos para que essa mudança ocorresse exatamente dessa forma. Ele o fez para o bem da humanidade, pois Babilônia já estava se tornando inconveniente do ponto de vista moral e religioso, precisava ser substituída por alguém mais atento às coisas do verdadeiro DEUS. E o que satanás pôde fazer para impedir? Nada!

A queda de Babilônia (Dan. 5:30 e 31)

Enquanto Belsazar bebia dos vasos sagrados, DEUS, que já sabia que ele faria isso, autorizou o exército dos Medos e dos Persas unidos a atacarem Babilônia. A condução da parte de DEUS foi tão eficiente que exatamente no mesmo tempo em que ocorria a festa de afronta a DEUS também o poder dos Medo-Persas faziam diques num dos braços do rio Eufrates, baixando a sua profundidade para que pudessem passar por ele homens andando. Assim eles passaram facilmente por baixo do largo muro que normalmente a água dificultaria em muito a passagem de homens, pois eles teriam que mergulhar por mais de dez metros com armas e tudo e aparecer do outro lado do muro, já dentro da cidade, para serem facilmente mortos assim que suas cabeças saíssem das águas. 

Mas aconteceu que os guardas da cidade também beberam, e estavam desatentos, e ninguém percebeu que um inimigo trabalhava do lado de fora dos gigantescos muros e os inutilizava por um ponto frágil, por onde passava parte do rio Eufrates. Centenas de trabalhadores foram colocando material para que a água do braço menor se desviasse para o braço maior do leito do rio, faziam isso possivelmente alguns quilômetros mais acima, no local da bifurcação (parte da cidade de Babilônia ficava numa ilha do rio), de modo que ninguém percebeu o que se passava, e também ninguém percebeu que a água estava baixando, pois, em festa, comiam e bebiam vinho. 

Em ostensiva afronta contra o Rei do Universo, as defesas de Babilônia se desfizeram diluídas em álcool exatamente por meio dessa afronta, e assim se fragilizaram, e abriram caminho para o inimigo os destruir em poucas horas, sem nenhuma resistência. 

Os poderosos muros para nada serviram, o inimigo entrou por uma brecha que jamais fora motivo de preocupação. Quem iria desconfiar que um exército entrasse pelo leito do rio?

A ação de DEUS no Império Babilônico fora dão incisiva e direta que Nabonido e Besazar deveriam ter cuidado em aprender dessa ação, para não cometerem a burrice de repetir os mesmos erros de Nabucodonosor.

No entanto não foi assim, mal o poder passa para Nabonido, e também para Besazar, que reinava na ausência de Nabonido que saía às guerras, os mesmos erros, e de modo mais acentuado, retornaram.

O reino, que insistia persistir no mal, deveria passar a outro mais atento às cosias de DEUS, e ficar nas mãos deste enquanto se mantivesse ao menos atencioso ao Rei do Universo, que dá ou que tira o poder. Belsazar foi julgado e foi achado em falta, ele não atentou a tudo o que sabia ser o Rei a quem devia seu título e poder. Foi despedido de seu cargo e seu reino foi entregue a outro.

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APRENDENDO COM DAVI (PARTE 14)


ADULTÉRIO – o pecado que Derrubou o rei Davi

 Qualquer desobediência da palavra de Deus é pecado. Jamais devemos sugerir que há pecadinho e pecadão. Mas, nesta vida, alguns pecados levam a consequências maiores. Alguns pecados machucam outras pessoas mais profundamente do que outros. Alguns causam sequelas desastrosas e irreversíveis. 

Não é por acaso que o adultério sempre se encontra entre os piores dos pecados, tanto nos olhos de Deus como entre os homens.

Deus não nos deixa sem defesa contra este pecado destruidor de vidas. Além de várias advertências bíblicas, há diversos exemplos de como o adultério complicou a vida de pessoas que o praticaram, e de suas vítimas inocentes. 

Um exemplo clássico é Davi, o segundo rei de Israel. Vamos aprender as lições valiosas deste tropeço triste na vida dele.

Erros que levaram Davi ao pecado

Quando uma pessoa se entrega à tentação, pode se encontrar numa situação praticamente impossível, onde não tem força para resistir. É essencial aprender como evitar essas situações difíceis. O exemplo de Davi sugere algumas coisas que vão nos ajudar.

1) Devemos nos dedicar ao papel que Deus nos deu

Davi não se ocupou com seus próprios deveres. 2 Samuel 8 e 10 mostram que Davi era um guerreiro bem-sucedido. De fato, seu papel como um dos primeiros reis era comandante do exército de Israel. 

Ele corajosamente conduziu suas tropas a vitória após vitória. Mas, num determinado ano, Davi ficou para trás e mandou Joabe e seus servos à batalha (2 Samuel 11:1). Enquanto muitos dos homens de Israel arriscaram a vida na guerra, ele ficou na casa do rei em Jerusalém. Hoje, um dos fatores que contribui ao pecado é falta de ocupação e dedicação em nosso trabalho. 

Homens desempregados mostram uma tendência maior de se envolver numa série de pecados, incluindo adultério, abuso de álcool e outras drogas, etc. Jovens ociosos tendem a se envolver em coisas erradas, por ter muito tempo livre. Mulheres sem responsabilidade participam mais das coisas do Adversário (1 ª Timóteo 5:13-15).

2) Não devemos alimentar pensamentos errados

Uma vez que Davi se colocou no lugar errado, ele foi tentado. Ele viu Bate-Seba, uma mulher bonita, tomando banho (2 Samuel 11:2). Neste momento, ele deveria ter virado os olhos para outra coisa, procurando não pensar mais na imagem do corpo da mulher de outro. 

Nós não devemos hospedar pensamentos maus, porque levam às consequências graves (Jeremias 4:14; 6:19). O domínio próprio, uma das características fundamentais do servo de Deus, inclui a disciplina para controlar nossos próprios pensamentos (Gálatas 5:22-23; 2 Pedro 1:6; Filipenses 4:8-9; 2 Coríntios 10:4-6). 

É bom lembrar que um passarinho pode passar por cima da nossa cabeça, mas não temos que o convidar a fazer ninho em nossos cabelos.

3) Devemos respeitar as advertências sobre o pecado

Davi ignorou, pelo menos, três advertências contra seu pecado, antes de ter relações com Bate-Seba. Primeiro, como conhecedor da palavra de Deus, ele sabia que sua cobiça e o ato de adultério são pecados contra Deus. Mesmo entre dois solteiros, tais relações são erradas. 

Segundo, ele já era casado, e o compromisso de casamento deveria ter sido mais um impedimento. Quantos homens têm evitado o pecado de adultério por causa de uma aliança ou fotografia da esposa, os lembrando do compromisso matrimonial na hora de tentação? Terceiro, ele sabia, antes de a convidar para casa, que Bate-Seba era mulher casada (2 Samuel 11:3). Nós devemos sempre respeitar as advertências sobre o pecado e suas consequências, antes de cometê-lo.

4) Não devemos procurar circunstâncias que facilitam o pecado

Davi estava no lugar errado e pensou nas coisas erradas. Cada passo o levou mais perto do relacionamento pecaminoso que ia piorar a vida dele e de outras pessoas. Quando ele perguntou sobre Bate-Seba e a convidou para a casa dele, ele se colocou numa situação onde a tentação seria mais forte ainda. 

Ele já sentiu atração de longe, como resistiria quando estava a sós com ela? Há muitas lições aqui. A pessoa que sente a tentação de usar drogas deve ficar longe dos lugares onde as tem, e das pessoas que as usam. 

A pessoa tentada a beber deve evitar bares e festas onde servem bebidas alcoólicas. Um casal de namorados deve evitar lugares escuros e isolados, e jamais deve usar roupas sensuais ou participar de atividades que enfatizam o sexo.

Como Davi multiplicou o seu pecado 

Uma série de erros e pecados mentais levou Davi ao ato de adultério. A Bíblia não oferece nenhuma cena romântica para justificar o erro. Simplesmente diz: “Então, enviou Davi mensageiros que a trouxessem; ela veio, e ele se deitou com ela” (2 Samuel 11:4). 

Muitos filmes e novelas de hoje procuram colocar o pecado no contexto de romantismo e “amor” inegável. Procuram fazer do pecado alguma coisa bonita e agradável. Mas, as Escrituras relatam os fatos. 

Ela veio, e eles pecaram. Neste momento, Davi deveria ter sentido remorso profundo e tristeza sincera. Mas, ele não virou para Deus naquela hora. Achou que o pecado poderia ser escondido, e as consequências evitadas. Foi o começo de uma série de pecados que 
parecem tão estranhos na vida de um homem escolhido por Deus.

Ao adultério, Davi acrescentou mentiras. Quando soube que Bate-Seba estava grávida, ele chamou Urias para descansar em casa com a esposa. Ele achou possível esconder seu pecado, enganando o próprio marido traído. Mas Urias não facilitou o plano de Davi. 

Um soldado dedicado, ele recusou tirar férias quando os colegas estavam na batalha. Frustrado, Davi avançou das mentiras ao homicídio. O próprio Urias levou a carta que selou a morte dele e de mais alguns soldados. Neste plano sinistro, o rei envolveu mais uma pessoa. Joabe, o comandante do exército, serviu de cúmplice sem saber os motivos de Davi. 

As tentativas de esconder o pecado geralmente levam o pecador ao fundo do poço. Davi, cujo coração costumava ser dedicado ao Senhor, se entregou ao pecado e à vontade do diabo.

Não consseguiu esconder nada de Deus 

Talvez Davi conseguiu enganar os vizinhos, e até o próprio coração. Mas, ninguém é capaz de esconder de Deus. “E não há criatura que não seja manifesta na sua presença; pelo contrário, todas as coisas estão descobertas e patentes aos olhos daquele a quem temos de prestar contas” (Hebreus 4:13). 

Deus mandou Natã, um profeta, para confrontar Davi com seu pecado (2 Samuel 12:1-14). Ele contou a história de um homem pobre que perdeu sua única ovelha por causa da maldade do vizinho rico. Davi ficou bravo, e demandou o castigo duro do ladrão. 

Falou que este homem teria que pagar quatro vezes o valor da ovelha, e que seria morto pelo crime. Natã disse a Davi: “Tu és o homem.” Ele o acusou de pecados contra Deus, contra Urias, e contra Bate-Seba. Davi confessou o pecado e Deus lhe poupou a vida.

O arrependimento sincero

Há algumas diferenças notáveis quando comparamos a confissão de Davi com outras famosas confissões na Bíblia. Adão e Eva procuraram culpar outras pessoas para justificar sua desobediência (Gênesis 3:12-13). Caim mentiu para Deus, tentando negar sua culpa (Gênesis 4:9). Arão apontou o dedo para o povo, e fingiu que o bezerro de ouro tinha aparecido praticamente sozinho (Êxodo 32:21-24). 

Saul disse que tinha obedecido a palavra de Deus. Depois, quando reconheceu sua culpa, ele se preocupou em manter sua posição de honra perante o povo, em vez de mostrar um espírito quebrantado (1 Samuel 15:13,24,30). Judas sentiu remorso e confessou sua traição, mas fugiu da presença de Jesus e se suicidou (Mateus 27:3-5). 

Mas o arrependimento e a confissão de Davi foram diferentes. Davi não ofereceu desculpas. Ele não perguntou sobre as consequências. Ele se entregou nas mãos do Deus justo, e simplesmente confessou a culpa do pecado cometido: “Pequei contra o SENHOR” (2 Samuel 12:13). O Salmo 51 mostra a profundidade do remorso de Davi. Ele assumiu plena responsabilidade pelo pecado, e pediu a ajuda de Deus para renovar seu coração. É este arrependimento que Deus quer. O pecador que volta para Deus precisa reconhecer seu pecado, e não retornar fingidamente (Jeremias 3:10,13).

Consequências do pecado perdoado 

Deus não tirou a vida de Davi. Ele foi perdoado, mas ainda tinha que sofrer muitas consequências graves. Ele foi humilhado quando um dos próprios filhos tomou algumas de suas mulheres. E, como Davi falou que o ladrão do cordeirinho deve pagar quatro vezes, ele mesmo pagou quatro vezes. Tirou a vida de Urias, e pagou com a vida de quatro de seus filhos. O filho de Bate-Seba nasceu, e morreu logo depois (2 Samuel 12:15-25). Depois, Amnom foi morto pela espada de Absalão (2 Samuel 13:23-36). Joabe matou o rebelde Absalão (2 Samuel 18:9-18). Depois da morte de Davi, Salomão mandou que Adonias fosse morto (1 Reis 2:13-25).

As consequências do pecado de Davi mostram um fato importante. Deus pode perdoar o pecador, sem tirar todas as consequências do pecado. Há muitas pessoas arrependidas de seus pecados que ainda vão ficar muitos anos encarceradas. Há famílias destruídas por causa de pecados já confessados e perdoados por Deus. 

Deus pode perdoar um assassino, mas este perdão não ressuscita a vítima. Ele pode perdoar a mãe que abusou álcool ou outras drogas durante sua gravidez, mas a criança que nasceu com defeitos físicos ou mentais por causa desses vícios continua sofrendo. Deus é capaz de perdoar as mulheres e médicos que fazem abortos, mas as crianças já mortas nunca nascerão vivas. Muitos outros exemplos provam que o pecador perdoado, ou suas vítimas, podem continuar sofrendo depois do perdão. 

Através da fé, arrependimento e batismo, Deus lava os pecados e nos purifica. Assim, escapamos das consequências eternas do pecado. Mas, às vezes, continuamos sofrendo as consequências temporâneas dos erros do passado.


Como Deus vê o adultério 

O adultério tem se tornado um pecado comum e até glorificado em novelas, filmes, livros e revistas. Mas, desde a criação do primeiro par de seres humanos, Deus sempre tem ensinado a mesma coisa. As relações sexuais pertencem exclusivamente ao casamento lícito. 

Ele sempre condena a fornicação e o adultério. A vontade de Deus para os dias de hoje é bem clara: um homem pode casar com uma mulher, e os dois terão relações normais até a morte. Estude bem as seguintes passagens: Mateus 19:4-6; Romanos 7:2; 1 Coríntios 7:1-9; Hebreus 13:4. Enfrentamos tentações, como Davi as enfrentou. 

O próprio Deus considerou Davi “homem segundo o meu coração, que fará toda a minha vontade” (Atos 13:22). “Aquele, pois, que pensa estar em pé veja que não caia” (1 Coríntios 10:12). Quando respeitamos a vontade de Deus, receberemos as grandes bênçãos de felicidade nesta vida, e por toda a eternidade.

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sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

APRENDENDO COM LÓ (PARTE 1)

APRENDENDO COM LÓ

Algumas pessoas simplesmente deixam-se levar pela vida. Quando se vêem com a chance de op­tar, suas escolhas tendem a seguir o curso da menor resistência.  Ló, sobrinho de Abraão, era uma pessoa  assim.

Ló perdeu  seu  pai  quando ainda era jovem.  Embora  tivesse sido difícil para ele,  nào lhe faltaram exemplos de  padrões  de comportamento — seu  avô,  Tera,  e seu tio. Abraão,  o educaram.  

Ainda assim,  Ló  náo  desenvolveu  seu  senso  de  propósito.  Durante  toda  a  vida  ele  foi  tão apegado ao presente que parecia incapaz de ver as conseqüências de seus atos.  

É difícil  imaginar como teria sido sua vida  sem a atenção cuidadosa de Abraão e a  intervenção de Deus.

Quando Ló desviou-se da direção, sua vida deu uma volta terrível.  Ele estava tão apegado à cultu­ra pecaminosa de seus dias que não queria abandoná-la, e isto terminou levando-o a uma direção específica:  a destruição.  

Então suas filhas cometeram  incesto com ele. No entanto,  Ló é  chamado de  "justo"  no  Novo Testamento  (2  Pe  2.7,8).  

Rute.  que  descendeu  de Moabe, foi ascendente de Jesus, embora o nascimento de Moabe tenha sido resultado do incesto cometido entre Ló e uma de suas filhas. A história de Ló nos proporciona esperança de que Deus 
perdoa e  faz surgir circunstâncias positivas  apesar do  pecado.  

Em que  direção está a sua vida? 

Você está se aproximando de Deus ou afastando-se dEle? Caso esteja afastado,  a escolha em di­reção a Deus  pode  parecer difícil,  mas  é a  única  que ofusca todas as  demais escolhas.

Pontos  fortes  e êxitos - Fraquezas e erros - Lições  de  vida e
Informações essenciais sobre Ló:

Foi um homem de  negócios  bem-sucedido.

Pedro o chama  de  "justo"  (2  Pe 2.7,8).

Costumava fugir às  decisões,  e depois escolhia a  saída mais fácil.

Ao  receber opção de escolha,  sua  primeira reação era pensar em  si 
mesmo.

Deus  requer de  nós  mais do  que simplesmente seguir a vida;  Ele 
deseja  que sejamos uma  influência para Ele.

Locais:  A princípio  morou  em  Ur dos Caldeus  e depois mudou-se  para 
Canaã com Abraão.  Por fim,  mudou-se para a  perversa cidade de Sodoma.

Ocupações:  Rico  fazendeiro de ovelhas e gado:  uma autoridade  na cidade.

Familiares:  Pai  -  Harã.  Adotado  por Abraão quando seu  pai  morreu.  O 
nome de  sua esposa  que foi  transformada em  estátua de sal,  não é 
mencionado.

Versículo-chave: "Ele, porém, demorava-se, e aqueles varões lhe pegavam pela mão. e pela mão de sua mulher, e pela mão de suas duas filhas, sendo-lhe o Senhor mi- sericordioso, e  tiraram-no, e  puseram-no fora da  cidade ’  (Gn  19.16).

A história de Ló encontra-se em Gênesis  11— 14:19. Ele também é mencionado em Deuteronômio 2.9;  Lucas  17.28-32:  2  Pedro 2.7,8. um  poderoso  inimigo,  ele  atacou:  (2)  estava  preparado.  Re­servou  tempo  para  treinar  seus  homens  para  um  conflito  em potencial.  

Nunca  sabemos  quando  seremos  chamados  para realizar  tarefas  difíceis.  Assim  como  Abrão,  devemos  estar preparados  e  pedir  coragem  a  Deus  para  quando  estes  mo­mentos  chegarem.

14.14-16  - Quando Abrao soube que Ló estava cativo, imediatamente  tentou  resgatar  o  sobrinho.  Seria mais fácil e  seguro  náo se envolver,  mas com  Ló em sérios problemas.  Abrão agiu rapi­damente.  Algumas  vezes  é  preciso  envolver-se  em  uma  situaçao complicada ou dolorosa para ajudar alguém.  Devemos estar dispostos  a  ajudar  imediatamente  quando  as  pessoas  precisa­rem  de  nossa  ajuda.

APRENDENDO COM ADÃO (PARTE 3)

APRENDENDO COM ADÃO (PARTE 3)

Mal podemos imaginar qual deve ter sido a sensação de ser a primeira e única pessoa no mundo.

Uma coisa é  para nós ser solitário; outra foi  para Adão,  que nunca havia conhecido outro ser hu­mano.  

Ele  não  teve  muito  do  que  nos faz  ser  quem  somos:  infância,  pais, família  ou  amigos.  

Foi preciso  aprender  quem  era  por  si  só.  Felizmente,  Deus  não  o deixou lutando sozinho  por  muito tempo até  presenteá-lo com  uma companheira ideal.  

Eva.  Ambos  formavam  uma unidade;  eram completos  e  inocentes, sem qualquer  sinal  de  vergonha.

Uma das primeiras conversas de Adão com sua maravilhosa companheira deve ter sido a respeito das regras do jardim. 

Antes que Deus fizesse Eva, já havia concedido a Adão completa liberdade
no jardim, junto com a responsabilidade de zelar por este. 

Mas uma árvore lhe era proibida — a ár­vore do conhecimento do bem e do mal. Adão teria dito a Eva todas estas coisas.  

Ela sabia, quando Satanás aproximou-se, que aquele fruto não deveria ser provado, mas decidiu comê-lo e então ofereceu-o a Adão.  

Nesse instante, o destino da criação estava traçado.  Lamentavelmente, Adão
não  parou  para  considerar as conseqüências;  ele foi  em  frente e  comeu o fruto.

Naquele  momento  de  pequena  rebelião,  algo  grande,  belo  e  livre  foi  despedaçado...  a  criação perfeita  de Deus.  Adão foi  separado de  Deus pelo desejo de agir por si  próprio.  

O efeito em  uma janela  de vidro é o  mesmo se quebrada  por um  pequeno  ou  um  grande  seixo — os  muitos  fragmentos jamais  podem  ser colados  novamente.

Deus,  entretanto,  tinha um  plano para vencer os efeitos da rebelião.  A Bíblia  inteira mostra como este plano se desenvolveu, culminando com a vinda do próprio Deus à terra, por meio de seu Filho Jesus. 

Sua vida sem pecado e sua morte possibilitaram o perdão de Deus a todos quantos o dese­jassem.  Nossos pequenos e grandes atos de rebelião provam que somos descendentes de Adão.

E  somente  pedindo  perdão a Jesus Cristo  podemos nos  tornar filhos  de Deus. 

•  Primeiro zoólogo — conferiu  nome aos animais.
•  Primeiro arquiteto de paisagens, designado  para cuidar do jardim.
•  Pai  da  raça  humana.

•  Primeira  pessoa feita à  imagem de  Deus,  e o  primeiro homem  a
partilhar  um  relacionamento  íntimo e  pessoal com  Deus.

•  Fugiu à responsabilidade e culpou  a outros;  preferiu  esconder-se a
confrontar;  inventou  desculpas ao invés de admitir a verdade.

•  Maior falta: juntamente com  Eva trouxe  pecado  ao mundo.

•  Como descendentes  de Adão,  todos refletimos em algum  grau a
imagem  de  Deus.

•  Deus está à procura de  pessoas  que,  embora  sejam  livres para
fazer o mal,  escolham amá-lo.

•  Não devemos culpar outros por nossas falhas.
•  Não  podemos nos esconder  de  Deus.
•  Local: Jardim  do Éden.
•  Ocupações:  Zelador, jardineiro e  fazendeiro.
•  Familiares:  Esposa -  Eva;  filhos - Caim, Abel,  Sete e inúmeros outros.

Único homem  que  nunca teve  pai ou  mãe terrenos.

“Então, disse Adão: A mulher que me deste por companheira, ela me deu
da  árvore,  e  comi"  (Gn  3.12).  "Porque,  assim  como  todos  morrem  em
Adão.  assim também todos serão vivificados  em Cristo"  (1  Co  15.22).

A  história  de  Adão  pode  ser  encontrada  em  Gênesis  1.26—5.5.  Ele  também  é  mencionado  em 1  Crônicas  1.1;  Lucas 3.38;  Romanos 5.14;  1  Coríntios  15.22,45;  1  Timóteo 2.13,14

APRENDENDO COM JABES

  APRENDENDO COM JABES O m enino  p rodígio da  g enealogia!   Alguém já disse certa vez que existe muito pouca diferença entre as pessoas –...