segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

APRENDENDO COM NAUM

“APRENDENDO COM O PROFETA NAUM”

Naum 1.1-3.19 

Introdução: Naum, significa “Consolo”. Não sabemos quase nada a seu respeito. Ele era natural de Elcos (Provavelmente, Cafarnaum, que significa “Aldeia de Naum”). Ele profetizou entre os reinados de Ezequias, Manassés, Amom e Josias (701 a 606 a.C.). O propósito do seu livro era anunciar o juízo divino sobre Nínive, capital do Império Assírio e animar o povo de Judá. Jonas já havia sido usado por Deus para levar a palavra divina àquela cidade  (c. de 100 anos antes. Eles se arrependeram e Deus poupou a cidade). Agora, mais uma vez Deus envia a sua Palavra contra aquele povo. Desta vez não teriam escapatória. Vejamos o que o texto bíblico tem a nos ensinar:

I) NAUM DESCREVE OS ATRIBUTOS DE DEUS, O JUIZ QUE JULGARÁ NÍNIVE (1.1-15):

     Naum não começa falando sobre os motivos porquê Nínive será destruída, ele começa descrevendo o Juiz que julgará a capital da Assíria.

1 – O que o profeta nos revela sobre os atributos divinos (atributos são qualidades específicas de Deus)? O que ele diz sobre Deus?
   1.1) Deus é zeloso (1.2): Ele vigia para que se cumpra o que falou, com grande cuidado e interesse. Os detalhes não ficarão de fora. Os pormenores serão levados a cabo. Nada falhará. 

   1.2) Deus se ira e é vingador contra o mal (1.2): Há vários textos na Bíblia que descrevem a ira de Deus e a sua vingança contra todos os tipos de males. Ele não tolera, não suporta ver o mal prevalecer, imperar.

   1.3) Deus é muito paciente (1.3): Ele concede tempo para que as pessoas se arrependam a fim de não receberem o justo castigo. Isto, também, significa ser longânimo.

   1.4) Deus tem um poder imensurável (1.3): Seu poder não pode ser medido, calculado. Ele não tem limites, nem tamanho. Ele é Todo-Poderoso.

   1.5) Deus é justo (1.3): Ele é insubornável (não se deixa vender), é imparcial (seu juízo é reto, não beneficia nem condena ninguém injustamente). Só Ele tem capacidade para julgar com perfeição.

   1.6) Deus é misterioso (1.3): A forma Dele agir, se manifestar, de apresentar-se é além da compreensão humana,  é sobrenatural, totalmente incomum ao homem. Causa deslumbre, admiração e temor.

   1.7) Deus é dominador soberano (1.4-6): Sobre a natureza e o homem.

   1.8) Deus é bom (1.7): No sentido pleno da palavra. Não há Nele nenhuma maldade, injustiça, corrupção, falha, imperfeição ou desejo ruim.

   1.9) Deus é refúgio (1.7): Ele abriga os que Lhe conhecem e nele confiam.

2 – O que isto nos ensina hoje (Ensinamentos Práticos)?

   2.1) O filho de Deus precisa conhecer a Deus com todos os seus atributos. Isto se dá através do estudo bíblico e de experiências pessoas na caminhada da fé. Mais importante do que conhecer e desfrutar das obras e promessas divinas é conhecer o próprio Deus (Os 6.3; Is 1.3; 2 Pe 3.18).

   2.2) Deus disciplina o seu povo quando este comete pecados (1.12; Jo´5.17; Pv 3.11,12; Hb 12.5-11; Dt 8.5). O propósito é a correção, a purificação do caráter, o aperfeiçoamento e o conhecimento que ele precisa ter Dele como Pai. Esta disciplina pode vir de várias formas:

     2.2.1. Pregação da Palavra (Mt 23; Lc 3.1-20; At 2).
     2.2.2. Meditação pessoal na Palavra (2 Cr 34.14-21).
     2.2.3. Mediante uma profecia.
     2.2.4. Através de um sonho.
     2.2.5. Por meio de uma enfermidade.
     2.2.6. Através de uma derrota ou plano frustrado.
     2.2.7. Por meio de uma pessoa próxima (Pv 27.5,6).

   2.3) Depois da disciplina, o que Deus faz pelo seu povo?

     2.3.1. Quebra o jugo e arranca as algemas (1.13): Aquilo que prende, que bloqueia a liberdade, que sufoca.

    2.3.2. Envia mensageiros com boas notícias (1.15): Uma palavra de fé, de ânimo, uma profecia com promessa, uma notícia de motivação.

     2.3.3. Proporciona alegria (1.15): Demonstrada através de festa.

     2.3.4. Aceita o voto (1.15): Aceita o que a pessoa prometeu, seu culto.

II) NAUM DESCREVE A DESTRUIÇÃO DE NÍNIVE (2.1-3.19):

     Depois de descrever os atributos do Juiz que iria julgar a grande metrópole, o profeta passa agora a descrever a fim que teria aquele povo:
1 – Por que Nínive seria destruída?

   1.1) Porque era cheia de crueldade (2.11-13; 3.1): Os assírios eram ferozes, malvados, desumanos, perversos contra os povos conquistados. Assurbanipal (669-627 a.C.), rei da Assíria, era implacável. Muitos dos seus inimigos conquistados foram decapitados, empalados ou queimados. 

Ele chegou até a acorrentar um dos reis que venceu, como cachorro. Colocou nele uma coleira e fez para ele um canil, na porta oeste de Nínive. Salmaneser III, tinha orgulho por ter levantado uma pirâmide de crânios humanos na porta de uma de suas cidades conquistadas.

   1.2) Porque era cheia de crimes (3.1): Chamada de cidade sanguinária.
   1.3) Porque praticava feitiçaria e imoralidade juntas (3.4): Eram terríveis.

2 – O que isto nos ensina hoje (Ensinamentos Práticos)?

   2.1) É um grande perigo uma geração se converter a Deus mas deixar de transmitir a geração seguinte a Palavra de Deus. Esta geração seguinte não será poupada. Cada filho de Deus precisa transmitir aos seus filhos o conhecimento de Deus, para que possam, também, servi-lo.

   2.2) Quando o ímpio perece, os justos se alegram (3.19; Pv 11.10, 28.28; 29.2). Você já viu isto alguma vez? Isto é um fato comprovado no decorrer da história. Tenha plena certeza, ó filho de Deus, que os perversos não prevalecerão para sempre. Deus os julgará e todos então se regozijarão. Deus faz isto, tanto para revelar que Ele é Juiz soberano quanto para evitar que o justo estenda a mão contra o ímpio e peque.

Conclusão: A grande lição do livro de Naum é que os que praticam o mal não irão prosperar por toda a vida. Deus, no seu tempo, os julgará, pois a Bíblia adverte: “Não vos enganeis: De Deus não se zomba; pois tudo aquilo que o homem semear, isso também ceifará” (Gl 6.7). 

Cabe aquele que é injusto, ímpio, se arrepender e cabe àquele que é justo continuar fazendo a justiça: “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, pois serão satisfeitos (fartos)” (Mt 5.6) e, finalmente, o Senhor Jesus adverte: “Continue o injusto a praticar injustiça; continue o imundo na imundícia; continue o justo a praticar justiça; e continue o santo a santificar-se. Eis que venho em breve! A minha recompensa está comigo, e eu retribuirei a cada um de acordo com o que fez”. (Ap 22.11,12). 

APRENDENDO COM HABACUQUE (PARTE 02)

“APRENDENDO COM O PROFETA HABACUQUE”

Habacuque 1.1-3.19

Habacuque, cujo nome significa “Abraçador”, viveu, aproximadamente, entre os anos 650 a.C. a 590 a.C. Ele foi contemporâneo de Jeremias, Naum e Sofonias. 

Seu livro descreve a situação de Judá nos dias do reinado de Jeoaquim (609-598 a.C.), antes da queda de Jerusalém. 

Há várias lendas ligadas a ele: Uma tradição rabínica diz que ele era o filho da mulher sunamita (2 Reis 4.16), outra diz que ele livrou o profeta Daniel de uma segunda cova dos leões (livro apócrifo “Bel e o Dragão”), uma outra diz que ele fugiu na época da invasão babilônica para a Arábia, retornando depois do período do exílio e ainda, uma última, diz que ele era levita e cantor no templo (baseada no cap. 3 do seu livro). 

Tudo isto não passa de lendas e especulações. O que sabemos de concreto sobre ele é que Habacuque existiu, foi profeta de Deus e sua mensagem é verdadeira. Podemos aprender muito com o profeta Habacuque. Vejamos o que o texto sagrado tem a nos ensinar:

I) APRENDENDO COM OS QUESTIONAMENTOS DE HABACUQUE (1.1-2.20):

     O livro começa com uma breve apresentação do profeta e logo após expõe os questionamentos que consumiam a sua alma. Vemos Habacuque fazendo 2 perguntas para Deus e recebendo 2 respostas. São elas:

1 – Por que Deus permitia que o mal prevalecesse em Judá? (1.2-4)

   1.1) Qual era o mal que o profeta se referia? Violência, contenda, litígio, injustiça, corrupção e opressão.

   1.2) Qual foi a resposta de Deus? (1.5-11): Ele iria usar uma nação ímpia, perversa, amarga, para punir o seu povo que vivia em pecado.

2 – Por que Deus iria usar justamente uma nação ímpia para punir o seu povo? (1.12-2.1)

   2.1) Como Habacuque se refere aos caldeus? Eles tratavam os povos conquistados como peixes capturados na rede, isto é, capturavam, matavam e partiam para novas capturas.

   2.2) Qual foi a resposta de Deus? (2.2-20): A resposta que foi dada por meio de uma visão que deveria ser gravada numa tábua, para que todos pudessem lê-la. Deus diz que tanto puniria Judá, usando os caldeus, como, também, puniria os caldeus no seu devido tempo. 

O justo deveria viver pela fé, independente das circunstâncias (2.4). O profeta descreve 6 classes de pessoas que seriam punidas: Agiotas gananciosos (2.6-8); Extorsionistas (2.9-11); Governantes opressores e tiranos (2.12,13); Beberrões lascivos (2.15,16); Destruidores da natureza e pessoas (2.17) e Idólatras (2.18,19).

3 – O que isto nos ensina hoje? (Ensinamentos Práticos):
   3.1) Somente quem anda em retidão, em comunhão com Deus, pode sentir -
se perplexo e indignado com os males que o próprio povo de Deus comete. O fiel não se conforme com a corrupção do povo eleito. 

[O irmão negro, americano, que se mudou com a família para uma cidade e queria freqüentar uma igreja de brancos. Estavam adiando a recepção deles. Deus lhe falou para não insistir, pois Ele já não estava mais com aquela igreja racista, preconceituosa]

   3.2) Nossas dúvidas e questionamentos devem ser levados a Deus, em oração, sempre esperando Dele a resposta. Embora, às vezes, Ele não nos responda na hora, nem do jeito que desejamos, a resposta divina é sempre certa.

   3.3) Deus sempre concede ao fiel a orientação necessária e uma palavra de conforto, quando prenuncia algum mal que há de vir (2.4,14,20).
[Noé , Jeremias em relação aos judeus]

II) APRENDENDO COM O CÂNTICO DE HABACUQUE (3.1-19):

     Depois ouvir as respostas de Deus, Habacuque tem uma visão da grandeza e da majestade de Deus, provavelmente, representada numa imensa tempestade. Daí surge uma oração em forma de cântico. O que este cântico revela?

1 – Revela uma fervorosa oração do profeta em favor do seu povo (3.2):
   1.1) Pede a Deus avivamento para o seu povo no decorrer dos anos.
   1.2) Pede a Deus misericórdia na hora do julgamento.

2 – Revela o conhecimento que o profeta tinha dos atributos de Deus:
   2.1) Deus se ira, mas, também, se compadece (3.2).
   2.2) Deus é santo (3.3).
   2.3) Deus é cheio de glória (3.3).
   2.4) Deus é cheio de poder (3.4).
   2.5) Deus é eterno (3.6).
   2.6) Deus é soberano sobre a natureza e as nações (3.3-12).
   2.7) Deus é o salvador do seu povo (3.13).
   2.8) Sua presença causa imenso temor (3.16).

3 – O que isto nos ensina hoje? (Ensinamentos práticos):
   3.1) O fiel deve não apenas ficar indignado com os pecados cometidos pelo próprio povo de Deus, mas deve, ainda, pedir a Ele que mude esta situação, que se compadeça, que tenha misericórdia.

   3.2) É nos momentos mais difíceis, de crise, que o filho de Deus deve demonstrar a sua fé. Deve até cantar, expressando esta confiança em Deus.
3.3) O que Deus faz pelo fiel na hora da tribulação, da angústia, do aperto? Ele o faz andar (viver) altaneiramente, isto é, com firmeza, com segurança. Não se arrastando envergonhado, escondido, derrotado. O filho de Deus deve crer nisso e permanecer firme nesta promessa.

Conclusão: A grande lição do livro de Habacuque é independente de quaisquer circunstâncias o filho de Deus precisa continuar confiando em Deus. Nos capítulos 1 e 2 vemos o profeta cheio de inquietações, a fé foi provada pela dúvida, mas no capítulo 3, vemos a fé triunfando sobre a dúvida e Deus sendo louvado através de um cântico maravilhoso. 

Está acontecendo isto na sua vida? As dúvidas têm te perturbado? 

Questionamentos têm invadido a sua mente e coração? Então confie em Deus, Ele transformará as tuas dúvidas em louvor e te firmará os passos no dia mal. 

Alexsandro Marcondes Teixeira

APRENDENDO COM AMÓS (PARTE 7)



APRENDENDO COM AMÓS (parte 7)

O perigo dos privilégios

A mensagem profética de Amós não foi planejada apenas para a situação histórica de Israel, mas para ampliar o alcance da mensagem para além de Israel e Judá. 

No Antigo Testamento, Israel tinha diante de Deus privilégios únicos, mas não exclusivos.

Leia Amós 3:1, 2. O verbo hebraico yada, “saber”, usado no verso 2, tem um sentido especial de intimidade. 

Em Jeremias 1:5, por exemplo, Deus disse que conheceu o profeta e o separou antes mesmo de seu nascimento. 

Tal foi o caso dos israelitas. Eles não eram apenas mais uma nação entre as nações. Ao contrário, Deus os separou para um santo propósito. Eles estavam em um relacionamento especial com Ele.

Deus escolheu Israel e o tirou da escravidão. A saída do Egito foi o evento mais importante no início da história de Israel como nação. 

Ele preparou o cenário para os atos divinos de redenção e para a conquista da terra de Canaã. 

Mas a força e prosperidade de Israel o levaram ao orgulho e complacência em relação à sua condição privilegiada como povo escolhido do Senhor.

Jesus Cristo declarou que se utilizarmos mal nossos grandes privilégios receberemos grandes penalidades. O que significa esse princípio? 

E o servo que soube a vontade do seu senhor, e não se aprontou, nem fez conforme a sua vontade, será castigado com muitos açoites; Mas o que a não soube, e fez coisas dignas de açoites, com poucos açoites será castigado. E, a qualquer que muito for dado, muito se lhe pedirá, e ao que muito se lhe confiou, muito mais se lhe pedirá. (Lucas 12:47,48)

Sob inspiração divina, o profeta advertiu os israelitas. Visto que o povo de Israel era o eleito do Senhor, ele seria especialmente responsabilizado por suas ações.

O Senhor estava dizendo que o relacionamento único de Israel com Deus trazia obrigações e haveria punição se essas obrigações não fossem cumpridas. 

Em outras palavras, Israel, como povo escolhido de Deus, era ainda mais suscetível aos Seus juízos, porque privilégio implica em responsabilidade. 

A eleição de Israel não foi apenas ao status privilegiado. O povo foi chamado a ser testemunha para o mundo sobre o Senhor que tanto o havia abençoado.

“As igrejas professas de Cristo nesta geração desfrutam dos mais altos privilégios. O Senhor Se tem revelado a nós numa luz sempre crescente. Nossos privilégios são muito maiores que os do antigo povo de Deus”  

Por que as responsabilidades que vêm com esses privilégios devem nos fazer tremer? 

Deus nos escolheu para seus propósitos, para mostrar ao mundo que ele é Deus e está no controle de tudo

Será que nós simplesmente nos acomodamos, como aconteceu com Israel?

Temos nos tornado complacentes por causa das bênçãos que recebemos? Como podemos mudar?

Temos que estar sempre em intimidade com Deus e não perder o foco, cumprir nossa missão na terra, como cristãos, a serviço do Rei Jesus, praticar a justiça e a paz, anunciar o Evangelho a todas as nações e sempre obedecer a Deus em tudo, esta é a responsabilidade seguida dos privilégios

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APRENDENDO COM JOEL (PARTE 4)

 APRENDENDO COM JOEL (PARTE 4)

Proclamando o nome de Deus

“O Sol se converterá em trevas, e a Lua, em sangue, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor. E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo; porque, no monte Sião e em Jerusalém, estarão os que forem salvos, como o Senhor prometeu; e, entre os sobreviventes, aqueles que o Senhor chamar” (Joel 2:31, 32).

O escurecimento do Sol e a transformação da Lua em sangue não devem ser compreendidos como desastres naturais, mas como sinais sobrenaturais do iminente dia do Senhor. 

Nos tempos bíblicos, muitas nações pagãs adoravam corpos celestes como deuses, algo que, de acordo com Moisés, os israelitas nunca deviam fazer (Deuteronomio 4:19)

Nesse sentido, a profecia de Joel predisse que os ídolos das nações começariam a desaparecer quando o Senhor viesse em juízo. 

Joel 3:15 acrescenta que até mesmo o exército celeste perderia seu poder e não mais daria sua luz, porque a presença da glória do Senhor ofuscaria tudo.

Embora a aparência de Cristo aterrorize os impenitentes, como os justos receberão o Senhor? Qual é a diferença crucial? 

Isaias 25:9; Joel 2:32; Atos 2:21; Romanos 10:13

Nas Escrituras, a expressão “invocar o nome do Senhor” não significa apenas alguém dizer que é seguidor do Senhor e reivindicar Suas promessas. 

Pode significar também proclamar o nome de Deus, isto é, ser uma testemunha para as outras pessoas sobre o Senhor e o que Ele tem feito pelo mundo. 

Abraão edificava altares e proclamava o nome de Deus na terra de Canaã (Genesis 12:8). 

Moisés no Monte Sinai, Deus proclamou Sua bondade e graça 
(Êxodo 33:19; 34:5). 

O salmista convida os fiéis a dar graças a Deus e invocar Seu nome, tornando conhecido entre as nações o que Ele tem feito (Salmos 105:1). 

As mesmas palavras são encontradas em um cântico de salvação composto pelo profeta Isaías (Isaias 12:4).

Assim, proclamar o nome do Senhor significa ser mensageiro das boas-novas de que Deus ainda governa o mundo e também chamar os povos para que vejam todas as coisas no contexto das ações de Deus e Seu caráter. 

Significa também contar a todos sobre o generoso dom divino da salvação oferecida a todo ser humano.

O que significa para você “invocar o nome do Senhor”? Como você faz isso, e o que acontece quando você faz?

Lembre-se: Hoje é dia de perseverar em oração! Deus está impressionando a mente das pessoas que serão visitadas. Invoque o nome do Senhor como disse Joel: "todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo".

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quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

APRENDENDO COM ISAÍAS (PARTE 2)



Isaías: O Profeta Real


 Isaías profetizou tanto juízo quanto libertação para Jerusalém e Judá, sem pensar em si mesmo. Para muitos, ele foi o maior profeta da história depois de Moisés; entretanto, é surpreendente que tão pouco seja conhecido sobre o indivíduo por detrás desse impressionante ministério.

A Pessoa

Isaías identificou-se apenas como “Isaías, filho de Amoz” (Is 1.1). Existem outras doze referências como esta, inclusive três no Segundo Livro de Reis e no Segundo Livro de Crônicas. Amoz nunca é identificado, descrito, ou mencionado separadamente dessa afirmação. Embora alguns tenham sugerido que Isaías possa ter sido de linhagem sacerdotal, nada na Bíblia defende esse ponto de vista. “Isaías” significa “a salvação é de Yahweh”, ou “Yahweh é salvação”. Seu nome provavelmente é significativo, mas nunca é explicado e não há nenhuma elaboração sobre ele.
A outra única informação autobiográfica se refere à família de Isaías e é fornecida juntamente com seu ministério ao rei Acaz, de Judá. Quando o reino de Judá foi ameaçado pela aliança Samaria-Síria (Is 7-12), o Senhor instruiu a Isaías, dizendo: “Agora, sai tu com teu filho que se chama Um-Resto-Volverá” (Is 7.3). Deus, então, deu um sinal ao teimoso Acaz:
Portanto, o Senhor mesmo vos dará um sinal: eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho e lhe chamará Emanuel. Ele comerá manteiga e mel quando souber desprezar o mal e escolher o bem. Na verdade, antes que este menino saiba desprezar o mal e escolher o bem, será desamparada a terra ante cujos dois reis tu tremes de medo” (Is 7.14-16).
Isaías disse que seu segundo filho era o cumprimento, em curto prazo, desta profecia a Acaz:
Fui ter com a profetisa; ela concebeu e deu à luz um filho. Então, me disse o Senhor: Põe-lhe o nome de Rápido-Despojo-Presa-Segura. Porque antes que o menino saiba dizer meu pai ou minha mãe, serão levadas as riquezas de Damasco e os despojos de Samaria, diante do rei da Assíria” (Is 8.3-4).
Isaías chamou sua esposa de profetisa, fazendo dela uma das únicas quatro mulheres assim positivamente intituladas em todo o Antigo Testamento. Parece que seu lar foi um lar piedoso.
Seu ministério e seus escritos revelam características adicionais. Seu ministério teve a duração de 60 anos, desde o final do reinado de Uzias, passando por Jotão e Acaz, chegando até ao reinado de Ezequias; e Isaías parecia tranqüilo em se movimentar na presença desses reis.
Muitos estudiosos do Antigo Testamento observam seu rico vocabulário. H. C. Leupold escreveu:
Praticamente ninguém questionaria a afirmação de que Isaías é um príncipe entre os profetas. Sua eloqüência é muito evidente. (...) Ele dispõe de um vocabulário mais rico que qualquer outro profeta, ainda mais abrangente do que o do Livro de Salmos”.[1]
Certamente, ele não era um pastor, como o profeta Amós, e provavelmente também não era um sacerdote, como o profeta Ezequiel. Isaías foi um profeta de príncipes e um príncipe dos profetas. Seus escritos dão a impressão de que ele se movimentava com graça pela cultura de seus dias. Ele falava vigorosa e especificamente sobre as questões de seu tempo, mesmo olhando adiante, para o juízo sobre Babilônia e para o surgimento de Ciro da Pérsia.
Praticamente ninguém questionaria a afirmação de que Isaías é um príncipe entre os profetas. Sua eloqüência é muito evidente. (...) Ele dispõe de um vocabulário mais rico que qualquer outro profeta, ainda mais abrangente do que o do Livro de Salmos”.
Mas a santidade pessoal no meio de uma cultura cuja espiritualidade está em declínio geralmente vem acompanhada de solidão pessoal e profissional.

O Local

Os dias gloriosos dos reis Davi e Salomão já estavam 200 anos no passado. O reino do Sul, Judá, e o reino do Norte, Israel, haviam coexistido razoavelmente bem. Israel resistia consistentemente a um relacionamento genuíno com Yahweh (Javé), enquanto que Judá vacilava entre reis bons e reis maus. Os reis bons proporcionavam encorajamento espiritual positivo, embora não chegassem ao nível de seu pai, Davi.
Isaías foi enviado a uma nação cuja fé havia se tornado empedernida. Amazias, que reinou durante 29 anos, é descrito como um rei bom, que “fez (...) o que era reto perante o Senhor, ainda que não como Davi, seu pai; fez, porém, segundo tudo o que fizera Joás, seu pai. Tão-somente os altos não se tiraram; o povo ainda sacrificava e queimava incenso nos altos” (2Rs 14.3-4). Uzias (também chamado Azarias), que reinou durante 52 anos, e Jotão, que reinou durante 16 anos, são descritos com palavras praticamente idênticas (2Rs 15.3-4,34-35).
Então veio Acaz, que reinou durante 16 anos:
Não fez o que era reto perante o Senhor, seu Deus, como Davi, seu pai. Porque andou no caminho dos reis de Israel e até queimou a seu filho como sacrifício, segundo as abominações dos gentios, que o Senhor lançara de diante dos filhos de Israel” (2Rs 16.2-3).
Em contraste, Ezequias, provavelmente devido em parte ao ministério piedoso de Isaías, foi um rei justo:
Fez ele o que era reto perante o Senhor, segundo tudo o que fizera Davi, seu pai. Removeu os altos, quebrou as colunas e deitou abaixo o poste-ídolo; e fez em pedaços a serpente de bronze que Moisés fizera, porque até àquele dia os filhos de Israel lhe queimavam incenso e lhe chamavam Neustã. Confiou no Senhor, Deus de Israel, de maneira que depois dele não houve seu semelhante entre todos os reis de Judá, nem entre os que foram antes dele” (2Rs 18.3-5).
Estes foram tempos de prosperidade para Judá. O Senhor abençoava os reis de Judá quando caminhavam de acordo com Ele, mas os punia quando, por orgulho, se voltavam contra Ele.
Cada ciclo de punição e bênção parece ter produzido uma espiral cumulativa que levava para baixo a saúde espiritual da nação. Conforto pessoal geralmente produz negligência. O pecado, mesmo depois de ter sido perdoado, deixa conseqüências duradouras em todos aqueles em que toca.

A Pregação

Depois de receber uma visão pessoal da glória do Senhor, Isaías foi enviado a proclamar o juízo de Deus sobre seu povo. Tristemente, Deus o avisou que o coração do povo seria insensível, seus ouvidos seriam endurecidos e seus olhos, fechados (Is 6.10). Quando o profeta perguntou: “Até quando?”, Deus lhe respondeu: “Até que sejam desoladas as cidades e fiquem sem moradores, e a terra seja de todo desolada” (v. 11).
A profecia de Isaías apresenta duas partes distintas. Do capítulo 1 até ao 39, o enfoque está principalmente no juízo de Deus que paira sobre Judá e Jerusalém (e também sobre as nações vizinhas, notadamente Babilônia, cerca de 200 anos no futuro). Em todas essas mensagens, Isaías relembrava o povo de que o livramento estava disponível na mão soberana do seu Deus. A primeira metade termina com um relato detalhado da oração de Ezequias para que Deus santificasse Seu nome, que o assírio Senaqueribe estava depreciando, e para que Deus desse livramento aos israelitas, destruindo o exército da Assíria. A despeito de ter Deus respondido a esta oração com um livramento miraculoso, Judá continuou a se rebelar contra Ele, trazendo com isso sua própria queda.
Os capítulos 40 até 66 enfocam a salvação para Seu povo depois que havia sido punido por seu pecado contra Ele:
Consolai, consolai o meu povo, diz o vosso Deus. Falai ao coração de Jerusalém, bradai-lhe que já é findo o tempo da sua milícia, que a sua iniquidade está perdoada e que já recebeu em dobro das mãos do Senhor por todos os seus pecados” (Is 40.1-2).
Recusando-Se a ser comparado com qualquer outro ser, o Senhor afirma Seu controle soberano sobre todas as nações. Ele promete levantar Seu Servo, que trará libertação ao Seu povo e removerá o castigo de sobre Jerusalém:
Pelo que agora ouve isto, ó tu que estás aflita e embriagada, mas não de vinho. Assim diz o teu Senhor, o Senhor, teu Deus, que pleiteará a causa do seu povo: Eis que eu tomo da tua mão o cálice do atordoamento, o cálice da minha ira; jamais dele beberás” (Is 51.21-22).
Pois eis que eu crio novos céus e nova terra; e não haverá lembrança das coisas passadas, jamais haverá memória delas. Mas vós folgareis e exultareis perpetuamente no que eu crio; porque eis que crio para Jerusalém alegria e para o seu povo, regozijo. E exultarei por causa de Jerusalém e me alegrarei no meu povo, e nunca mais se ouvirá nela nem voz de choro nem de clamor” (Is 65.17-19).
As advertências de Deus a Seu povo são sempre envoltas em palavras de esperança, e Suas promessas de libertação são geralmente controladas por lembretes de punição. Isaías profetizou tanto juízo quanto libertação para Jerusalém e para Judá sem nenhum foco sobre si mesmo (inclusive com poucas menções a si mesmo). O resultado é a majestosa apresentação da glória de Yahweh e Sua promessa de glorificar o Seu povo através do futuro Reinado do Servo. 
escrito por Richard D. Emmons

APRENDENDO COM JESUS




 A VIDA E A OBRA DE JESUS CRISTO

O ponto central e o assunto mais importante de todos os fundamentos é a vida e a Obra de Jesus. Tudo na vida de um discípulo deriva do relacionamento e do conhecimento que tem da pessoa de Jesus. 
O objetivo de Deus para nós, como Igreja, é que cheguemos ao "pleno conhecimento do Filho de Deus" (Ef 4:13). Essa é uma jornada para toda a vida, que não pode se limitar apenas à compreensão do estudo abaixo, mas deve prosseguir mediante o estudo da Palavra e da iluminação do Espírito Santo.

Introdução


Jesus não disse que veio trazer uma verdade. Ele disse "Eu sou a verdade". Jesus não veio trazer simplesmente uma religião, nem uma filosofia, nem um conjunto de regras como código de conduta. Jesus veio trazer Ele mesmo. Ele é a ressurreição e a vida. Para receber esta vida temos que conhecê-lo devemos saber quem Ele é, de onde veio, o que Ele falou, o que Ele fez, onde Ele está, etc.
"Aquele que diz que está em Cristo, deve andar como Ele andou", como andaremos como Jesus andou, se não soubermos como foi a vida e a obra de Jesus?
"Eu sou o caminho , a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim", João 14:6, Jesus é o único que nos leva ao Pai. Por isso devemos conhecê-lo e saber o que ele fez por nós. Esta proclamação que o evangelho faz da pessoa de Jesus, visa trazer fé aos nossos corações.

1) Jesus Existia Antes de Todas as Coisas


"No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez." Jo 1:1-3
Muitos pensam que Jesus é um ser que nasceu em Belém da Judéia. Mas isso não é verdade. Todos nós começamos a nossa vida quando somos gerados no ventre de nossas mães, antes não existíamos. Mas não foi assim com Jesus. Ele existia muito antes de nascer em Belém. Não como homem, mas como o Verbo de Deus. O Verbo nunca foi criado, Ele era Deus e sempre existiu. Foi ele quem criou todas as coisas.
"O qual é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação; porque nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades; tudo foi criado por ele e para ele. Ele é antes de todas as coisas, e nele subsistem todas as coisas." Cl 1:15-17
Grandioso é Jesus ! ( Ver também Hb 1:1-3 )

2) Tornou-se Homem

"E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade; e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai." Jo1:14
"O qual, subsistindo em forma de Deus, não considerou o ser igual a Deus coisa a que se devia aferrar, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, tornando-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz." Fp2:6-8
Que tremenda é esta verdade! O Verbo Eterno, criador de todas as coisas, se esvaziou de sua glória e assumiu a forma de homem.
Imagine um homem se transformando num verme. Isto ainda seria pouco para comparar com o que aconteceu a Cristo, porque o homem é criatura e o verme também. Mas quando o Verbo se fez carne foi algo muito mais tremendo! Foi o próprio criador assumindo a forma de uma de suas criaturas. A humilhação de Jesus não começou na cruz, mas sim em Belém, quando tomou a forma de um simples homem.
Nunca é demais salientar que nossa fé é no Deus-homem Jesus Cristo, .Quando o Verbo se fez carne Ele se esvaziou de sua glória de Deus (Jo 17:5), isto é, Ele se esvaziou dos atributos (qualidades e capacidades) de Deus, mas nunca deixou de ser a Pessoa do Verbo. Ele continuou sendo o Verbo, mas agora em carne humana esvaziado de sua glória, mas não totalmente. Ele tinha em sua humanidade toda glória possível da verdade e da graça de Deus (Jo1:14). Isto é um mistério.
Maravilhoso é Jesus ! ( Leia também 1Jo 4:2-3 1Tm 3:16 Rm 8:3 )

3) Teve uma Vida Perfeita e Irrepreensível


"Ele não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano" 1 Pe2:22
Primeiro Jesus se esvaziou tornando-se homem. Depois, como homem, continuou se esvaziando. De que forma? Não fazendo nunca a sua própria vontade.
O texto de Fp 2:6-8 diz: " ... se humilhou, sendo obediente até a morte... ". Qual foi o pecado de Adão ? Fez sua própria vontade. Agora, Jesus, o ultimo Adão (I Co 15:45) veio para fazer sempre a vontade do Pai ( Jo 4:34 ; 8:29 ). Por isso as Escrituras dizem que Ele nunca cometeu pecado. Porque nunca fez a sua própria vontade.
O diabo tentou Jesus desde o princípio para que Ele fizesse a sua própria vontade, mas Jesus sempre permaneceu obediente ao Pai até a morte e morte de cruz.
Santo é Jesus ! ( Leia também Hb 4:15; 7:26 I Jo 3:5 )

4) Fez uma Obra Tremenda e Grandiosa


"Concernente a Jesus de Nazaré, como Deus o ungiu com o Espírito Santo e com poder; o qual andou por toda parte, fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do Diabo, porque Deus era com ele." At 10:38
Na vida de Jesus não admiramos somente a sua santidade, mas também o poder que se manifestou no seu ministério. Ele fez muitos milagres prodígios e sinais At2:22. Ele curou enfermos, deu a vista aos cegos, ressuscitou mortos, andou sobre as águas, multiplicou alimentos, pregou às multidões, fez discípulos e ensinou-lhes a agradar o pai.
Com que poder Ele fez isto? Ele não fez nada como Deus, pois havia se esvaziado da forma de Deus e vivia como homem. Portanto ele precisava do poder do Espírito Santo para fazer a obra de Deus. Por isso o Pai se alegrou tanto no seu batismo, porque naquele momento veio sobre Ele o Espírito Santo (Mt 3:13-17).
Tudo que Jesus fez foi pelo poder do Espírito Santo de Deus.
Era novamente um esvaziamento de Jesus, assumindo as limitações de homem e a sua necessidade do Espírito Santo para cumprir o seu Ministério.
Tremendo é Jesus ! ( Leia também Jo 20:30-31 )

5) Morreu Pelos Nossos Pecados


"Àquele que não conheceu pecado, Deus o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus." 2Co5:21
"Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e esmagado por causa das nossas iniquidade; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas, cada um se desviava pelo seu caminho; mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de todos nós." Is 53:5-6
Todas as pessoas falam e até mesmo os incrédulos sabem que Jesus morreu pelos nossos pecados. Mas não teremos revelação espiritual enquanto não soubermos por que foi necessária esta morte. Por que Deus exigiu a morte de seu único filho?
Para conhecermos o amor de Deus é necessário conhecer também sua santidade e justiça. Deus é perfeitamente santo e perfeitamente justo. Não pode suportar nem mesmo aquilo que para nós seria um "pequeno erro". Sua santidade se ofende com qualquer forma de pecado e sua justiça exige punição (Rm1:18 ). Assim é Deus.
Se a exigência é assim tão grande, e se só um homem totalmente perfeito pode agradar a Deus, então quem poderá agradá-lo? Será que existe alguém que preenche tais condições? A resposta clara da Escritura é NÃO.
"Não há justo, nem sequer um ..." Rm 3:10
"Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus" Rm 5:23.
E qual a conseqüência disto?
"...o salário do pecado é a morte ... " Rm 6:63.
Esta é a morte eterna, o castigo eterno. Quem está sujeito a este castigo ? Toda a raça humana.
Quando o Espírito Santo nos convence do pecado, da justiça e do juízo, então entendemos como estamos mal diante de Deus e como é grande a nossa dívida para com Ele. Conhecemos a nossa culpa e perdemos a paz. Só então começamos a compreender porque Jesus morreu. 
Ele morreu para satisfazer a justiça de Deus e aplacar a sua ira. Nós merecemos ser castigados pelos nossos pecados, mas Jesus aceitou ser castigado em nosso lugar. Assim Deus satisfez sua justiça. Por isso Isaías diz que ". . . O Senhor agradou moê-lo" Is 53:10
Se nós somos culpados diante de Deus, como podemos ter paz com Ele? Só temos quando entendemos que Jesus pagou o nosso castigo: " . . . o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele " ( Is 53:6 ) . Jesus pagou a nossa dívida.

APRENDENDO COM ABSALÃO (PARTE 1)



Absalão, inimigo do próprio pai!

Absalão se tornou inimigo do próprio pai. Durante anos, agiu como um filho rebelde, desrespeitando o pai, o rei de Israel e, pior ainda, desrespeitando o próprio Senhor. Seu egoísmo e sua rebeldia chegaram ao ponto de forçar uma guerra civil que custou a vida de 20.000 homens. Nesta guerra, as forças do rei mataram Absalão. 

Quando Davi recebeu a notícia da morte de Absalão, ele não se gloriou na vitória sobre um inimigo. Ele lamentou a morte de um filho. “Então, o rei, profundamente comovido, subiu à sala que estava por cima da porta e chorou; e, andando, dizia: Meu filho Absalão, meu filho, meu filho Absalão! Quem me dera que eu morrera por ti, Absalão, meu filho, meu filho!” (2 Samuel 18:33). 

Um filho perdido

Duvido que haja tristeza humana mais profunda do que o sofrimento de um servo de Deus que perde para sempre um filho. Davi, talvez mais do que qualquer outro autor do Antigo Testamento, valorizou as grandes bênçãos de comunhão com Deus. Entre as muitas passagens nos Salmos nas quais Davi falou da esperança e da comunhão com Deus está o último versículo do Salmo 23: “Bondade e misericórdia certamente me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na Casa do Senhor para todo o sempre.” 

Davi desejava a comunhão eterna com Deus, e certamente queria a mesma salvação para os seus filhos. Mas Absalão não deu valor à palavra de Deus, e não buscou as bênçãos espirituais que seu pai tanto ansiava. Absalão se mostrou um homem vão e carnal, e jogou fora a sua vida na busca por satisfação passageira. 

Quando Davi soube da morte de Absalão, toda a esperança por aquele filho rebelde morreu. Até aquele momento, ainda alimentava a esperança, como fazem todos os pais de filhos desobedientes, do arrependimento e volta de Absalão. Mas a morte é o fim. Não teria outra chance. Não existe a reencarnação, nem o purgatório, nem qualquer outra segunda chance após a morte: “E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo” (Hebreus 9:27). 

A notícia da morte de Absalão sinalizou, para muitos em Israel, o fim do conflito e sofrimento que ele causou. Para Davi, trouxe as profundas emoções de um pai que perdeu, para sempre, um filho amado. 

A culpa de Absalão 

É comum, especialmente diante da morte triste de um filho como Absalão, procurar explicações para justificar sua trajetória à destruição. Muitos culpam a sociedade, os pais ou o próprio Senhor. Sem dúvida, outros seres humanos, e até os próprios pais, freqüentemente contribuem ao fracasso de um filho. Mas tais fatores não podem servir como desculpas ou justificativas. Apesar de qualquer circunstância de sua vida e independente das falhas dos outros, Absalão foi desobediente e rebelde. Ele tomou as decisões que o levaram ao fim trágico. Teve muitas oportunidades durante vários anos para arrepender-se e reconciliar-se com seu pai, mas não o fez. Poderia ter humilhado-se diante de Deus, diante Davi, e diante do povo de Israel, mas não venceu seu próprio orgulho e egoísmo. Absalão foi perdido porque Absalão foi rebelde. 

O fracasso de Davi

Em alguns casos, bons pais servem ao Senhor e fazem de tudo para guiar seus filhos no caminho de Deus, mas o próprio filho, no seu livre arbítrio, rejeita a instrução e se destrói. Mas em muitos outros casos, os pais levam uma parcela de culpa. No caso de Davi, as falhas do pai certamente contribuíram à perda do filho. Apesar de ser um homem que buscava ao Senhor, Davi tropeçou diversas vezes. A falha mais marcante na vida dele foi o caso de adultério com Bate-Seba, levando-o a cometer homicídio. Davi se arrependeu, mas nunca recuperou totalmente a sua família. Como ele mesmo falou de exigir a restituição de quatro vezes de um ofensor, Davi “pagou” pelo seu crime com a vida de quatro filhos (2 Samuel 12:19; 13:32; 18:14-20; 1 Reis 2:23-25). 

Davi falhou, também, na maneira de lidar com seu filho rebelde. A compaixão de um pai falou mais alto do que a justiça de um rei e servo do Senhor. Aplicou a lei com parcialidade, dando a Absalão uma certa liberdade para pecar. Poucas exigências de Deus são mais difíceis, na prática, do que a aplicação de disciplina dura aos próprios filhos. 

Na Antiga Aliança, os próprios pais tiveram que entregar os filhos rebeldes ao julgamento e à morte. Hoje em dia, não matamos filhos rebeldes, mas não podemos ser cúmplices dos seus erros (Efésios 5:11). No caso de filhos cristãos que voltam ao pecado, os pais têm obrigação de pôr a comunhão com Deus acima da relação com o filho, até o ponto de se afastarem do filho rebelde (1 Coríntios 5:1-13; 2 Tessalonicenses 3:6-15). O amor verdadeiro confiará no Senhor para fazer tudo que ele exige na tentativa de resgatar o filho rebelde. O mesmo amor porá Deus acima do homem, acima do próprio filho (Mateus 22:37-40). 

A esperança dos pais

Qualquer pai poderá chegar à tristeza que Davi sofreu, mas não precisa acontecer. Enquanto temos vida, vamos mostrar um exemplo de pais fiéis e fazer de tudo para instruir os nossos filhos. E vamos esperar que os filhos que tropeçam aceitem a correção de Deus para voltar antes de ser tarde demais. 

escrito por Dennis Allan

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