segunda-feira, 16 de maio de 2016

APRENDENDO COM JOÁS

JOÁS SERVIU BEM, MAS ENQUANTO...

Fé emprestada tem prazo de validade.

O Senhor Deus quer que sejamos melhores a cada dia, e precisamos saber que esta verdade é uma realidade cotidiana. 

E por esta causa, no Livro de Deus estão registradas vidas para nos ensinar caminhos e inculcar princípios que nos orientam a buscar sermos melhores no nosso viver. 

A vida do rei Joás é uma que tem muito a esclarecer pontos e fatos que ocorrem no cotidiano de inúmeras pessoas que apóiam suas atitudes, ações e fé em pessoas ou coisas passageiras. 

Joás, filho do rei Acazias, tem uma história que elucida outras de tantas e tantas gentes ao longo dos anos.

O rei Joás teve seus primeiros anos de vida agraciados com privilégios e oportunidades ímpares e ricamente abençoados pelo Eterno Deus, desde sua infância até alguns anos de seu tempo no reino de Judá. 

Oriundo de uma família real e descendente de uma linhagem historicamente respeitada, o menino Joás nasceu num ambiente palaciano refinado e pomposo, entretanto alinhavado e pespontado pela impiedade, pelos desmandos, pelo destemor e pela maldade em vários sentidos.

A providência divina poupou o menino Joás de ver seu lar ser decomposto e destroçado entre família. 

Sua vida nos seus primeiros anos foi providencialmente poupada e preservada do extermínio familiar total e completo. O conceito de família na família do menino Joás foi literalmente rasgado pela sua avó Atalia, cujo coração abrigou a impiedade, a crueldade e a maldade, ocultas. 

E felizmente foi tirado do corredor do extermínio familiar e conduzido por um bondoso coração a seguir sua vida infantil tendo formação e intimidade com as coisas de Deus, na casa de Deus.

O menino Joás teve ainda o rico privilégio de ser doutrinado e mentoreado por um firme e equilibrado conselheiro de Deus, o respeitado sacerdote Joiada. 

O que poucos conseguem, o menino Joás teve. Foi preparado honestamente e apresentado honrosamente ao seu povo como o novo rei aos tenros sete anos de idade. 

Começou o caminho de uma vida promissora. Teve a sua campanha feita pelo sacerdote Joiada, que também o colocou agora como rei diante de Deus e do seu povo e promoveu a sua aliança direta com o seu povo, recebendo daí um aprovo reconhecido e aceito por unanimidade. 
Os anos se passaram, e Joás como rei fez os seus primeiros anos de reinado valerem muito, mostrando coisas e feitos bons ao povo, satisfazendo o coração e a presença de Joiada. 

Uma coisa é demonstrarmos deliberalidade por conviccões próprias, construídas sobre os lastros da legitimidade de vivência com Deus, e outra é fazermos as coisas valerem somente enquanto há a presença de alguém que respeitamos a nos acompanhar. 

O homem é como árvore frutífera, cada um dá os seus próprios frutos.

Enquanto o sacerdote Joiada viveu, o rei Joás foi um sucesso de gente e um espetáculo de rei. Joás foi bem e foi bom, mas até Joiada passar. 

Tão logo aos cento e trinta anos Joiada morreu farto de dias e tendo recebido honras reais, o rei Joás começou a descarrilar dos trilhos e virar as costas para o Senhor seu Deus e se envolver em ambiências e concordâncias de pensamentos e práticas da multidão descrente e desgovernada. 

Entre prioridades, a nenhuma se deve colocar Deus em comparação. Porquanto, o Senhor Deus está acima de toda e qualquer prioridade.

E os dias que se seguiram depois da morte de Joiada mostraram de fato que o Joás de então já não era bem aquele Joás que tudo de bom fez enquanto o seu conselheiro e mentor, o sacerdote Joiada, viveu. 

À medida que os dias de honras e respeito aferidos ao respeitado sacerdote Joiada foram ficando para trás, o rei Joás mostrava mais claramente que existia um outro Joás oculto e escondido e adormecido dentro daquele Joás que um dia foi bom e foi bem. 

Não agrademos a pessoas por causa de outras, mas sim por causa de nossas convicções em servirmos a Deus.

Este é o grande perigo que ronda não poucas pessoas que se apóiam em terceiros e alimentam e nutrem uma fé suposta e emprestada de terceiros. 

Este é um terrível mal quando se descobre que seu ponto de apoio não existe mais. Não é apenas uma questão comportamental, mas sim uma questão moral. 

Joás foi bem e bom, mas somente e até enquanto estava ao alcance dos olhos de seu mentor e conselheiro Joiada. 

Joás foi bom e fez bem somente por questões de obrigatoriedade de compromisso terreno e temporário, como um compromisso de prestação de contas para satisfazer a pessoas e destas buscar aprovação para si.

Depois da morte de seu conselheiro Joiada, tudo em Joás parece ter começado a iniciar também um processo de passagem. 

Joás se perdeu e envolveu-se com a multidão de incrédulos até acomodar-se com as circunstâncias e assim abandonar a Deus e levar o seu povo a se afundar em erros. 

E apesar de ser por várias vezes advertido, o rei Joás não deu ouvidos nem mesmo ao profeta filho de seu conselheiro, indo mais além num ato de impiedade que mais tarde veio a lhe custar a própria vida, a saber: consentiu intencionalmente e mandou expressamente matar o profeta levantado por Deus que lhe veio alertar para mudar de caminhos porque o juízo de Deus sobre si e seu reino já estava por vias iminentes a acontecer.

O mesmo desfecho final da vida do rei Joás tem sido o de não poucas pessoas que arrastam suas vidas cumprindo papéis por conveniências momentâneas, por apenas um compromisso pessoal com fatores da transitoriedade temporal, em busca de aprovações. 

Apesar de ter sido rei e da linhagem do memorável rei Davi, terminou os seus dias e foi sepultado na desonra erigida por si mesmo. 

As palavras finais do profeta que foi impiedosamente desconhecido, desmerecido e desrespeitado vieram por fim serem visitadas pelo Senhor Deus que as tomou em conta.

Em tudo da vida do rei Joás, que Deus quer que saibamos para nos fazer ser melhores, estar livres e agindo com convicções de crenças bem assentadas? 

Que não apoiemos nossa fé em terceiros. Que não tomemos a fé emprestada de pessoa alguma ou referencial algum. Referenciais são importantes e usados para nos ensinar moldes e nos edificar, contudo são apenas temporais, falíveis e transitórios. 

Que não mantenhamos nossos compromissos com Deus alimentados apenas no compromisso objetivado a satisfazer pessoas, ou nomes ou rótulos. 

Nossos compromissos com Deus e em servir as pessoas independem de prazos de validade por respeito ou satisfação de quem quer que seja ao nosso redor.

Nunca tome fé e convicções emprestadas de terceiros. Vida de camaleão tem prazo de validade. Nunca embase suas atitudes nos corredores de captação de aprovações humanas para satisfazer a ambiências. 

Valorize em primeiro plano a sua vida diante do Senhor Deus e jamais se deixe ser influenciável pelos caminhos de multidões de errantes, ainda que esses caminhos estejam em pauta nos aplausos, na moda, na média e nas mentalidades medianas. 

Apóie a sua fé, as suas convicções e demonstre atitudes construídas na Palavra de Deus.

***

APRENDENDO COM JEORÃO

JEORÃO: ABUSOU DO PODER
Sentenciado nas suas entranhas. 
O poder é um dos fatores que desafiam personalidade e caráter de uma pessoa. O poder é depositado nas mãos de pessoas e revela seus caminhos. 

Quando conduzido por sensos saudáveis, com probidade e no bom exercício da consciência e nos trilhos da coerência, o poder governa e promove o bem e a verdadeira ordem. 

Quando manipulado e feito dele abuso e meio alimentador da ganância, torna-se um instrumento de crueldade que pode ampliar e estender silenciosamente suas mazelas conseqüentes a terrenos antes despercebidos.

O abuso de poder somado à ganância foi o terrível e aterrorizante mal cometido por Jeorão, rei de Judá, filho do rei Josafá. 

Um mal que parecia uso de esperteza vantajosa, contudo lhe afundou e fez sua vida soçobrar lenta e progressivamente. 

Apesar de ter crescido e visto o rei seu pai Josafá haver com o bom uso do poder empreendido e realizado grandes e bons feitos, Jeorão permitiu-se escorregar para o abuso e a ganância empregando desse poder detido em suas mãos. 1Cr 21.1-20.
Aquele Jeorão, que teve o privilégio de haver subido ao trono antes ocupado por seu pai, aos seus trinta e dois anos de idade, agora de posse do poder tornou-se uma figura destemperada, imprevidente e sombria. 

E nos limiares de seu exercício de poder já começara a ser um monarca auto-confiante em extremo, porém miserável e cruel. E sem aperceber-se do que estava vindo nos seus próximos anos, afundou-se na prática do cinismo abusando impiamente do poder detido e confiado em suas mãos.

O rei Josafá havia deixado bem fortalecido as fronteiras do reino de Judá e uma grande e boa herança para os seus filhos, contudo deixou o trono para o seu filho primogênito Jeorão. O que a vida pessoal de Jeorão nunca havia experimentado, agora começara a sentir o gosto do poder em sua tutela. 

E fortalecido e consolidado no trono, iniciou a sua jornada de males e desacertos começando por matar seus próprios irmãos. Logo depois ingressou no caminho de imitar reis ímpios, cujos corações aninhavam rapinas e amontoavam para si males e tragédias.

Jeorão recebeu o poder, porém sua consistência pessoal não tinha estrutura para exerce-lo. Se sentiu atraído e afim  pelas más condutas de sucessos aparentes de outros monarcas e por elas teve sua alma engodada. Seu foco concentrou-se nas trilhas sedutoras do terreno do abuso. Uniu-se com a filha do casal Acabe e Jezabel do reino do norte. 

Vindo o rei Jeorão mais tarde por suas maldades o seguir o caminho inverso ao de sua sogra. Enquanto Jezabel somou injustiças e assassinato à idolatria, o seu genro Jeorão começou o seu caminho com assassinatos vindo a cair no lamaçal da idolatria.
E estando nos píncaros do abuso do poder, o imponente rei Jeorão arrastou os habitantes do seu reino para a lama movediça aparentemente fértil promovida pela extravagante alegria e o vale-tudo do culto da idolatria. 

O rei Jeorão agora já estava voando alto o suficiente para induzir e desviar a conduta dos habitantes de Judá e afasta-los do Livro de Deus. Até que em meio a esse clímax de aventuras, lhe sobreveio uma guerra inesperada contra o seu reino seguida de perdas e fragmentações.

Agora o poder e as forças de Jeorão começaram a ser subitamente minados e a visitação inesperada sobre si e o seu reino chegou. E logo depois juntamente a essa lhe veio às mãos uma carta escrita de um profeta que estava distante lhe dando contas das respostas conseqüentes de seus atos pessoais aparentemente cobertos de imunidades, de sua má condução do poder e de sua péssima influência sobre o seu povo por ele governado. 

O escritor da carta foi o profeta Elias, seguindo os padrões respeitosos no esboço de primeiro denunciar a culpa e o dolo e em seguida exarar e apresentar a sentença.

O não esperado pelo rei Jeorão no seu abuso de poder durante um exercício de curto tempo, agora começou a lhe avassalar e arrasar o seu reino através de hostilidades, invasões e perdas sobre perdas. E aquilo que Jeorão não percebeu no passado agora estava lhe vindo e quebrando limites de fronteiras e fortalezas e chegando cada vez mais perto de si. Para o rei Jeorão, nem iras e nem coragem lhe valeram e nem lhe sustentaram os ímpetos. 

O espelho de Jeorão estava revelando uma fisionomia de péssimo histórico irreparável de mortes de seus irmãos, não lhe sobrando espaço para acertos e nem consertos. Sua história já havia sido escrita por sua própria vida de mandos, abusos e desmandos.
Enfim, em meio ao caos e ao sufoco, o rei Jeorão chegou ao sexto ano de seu reinado, quando dores terríveis inesperadas começaram a lhe dar presença nas pontadas no estômago e intestinos. 

Um câncer nas suas entranhas, e o que havia sido predito na carta que recebera, agora era o quadro real e sintomático que estava desafiando seu poder monarca e consumindo diariamente suas entranhas de forma progressiva e ferozmente. 

Seu poder, seus privilégios, sua posição de monarca, suas honrarias e suas forças estavam agora recebendo uma paga cujo preço jamais aquele Jeorão previu receber e tampouco temeu. Jeorão parece não ter percebido que há duras sentenças que chegam ao homem por fora, mas que também existem dolorosas sentenças que surgem por dentro.

A má visão de poder que lhe subiu à cabeça seis anos atrás quando teve começado o seu reinado lhe não permitiu enxergar que há o Deus Soberano que possui uma Escritura a ser observada e um povo a ser guiado, governado e conduzido de forma que juntos, poderes e povo, alcancem os propósitos do Eterno. 

E dois anos depois de sucumbido nesse quadro deplorável, no seu oitavo ano de exercício de poder monarca, aos trinta e oito anos feneceu e desapareceu o rei Jeorão sem que deixasse rastro algum de lamento sobre si, e excluído foi sepultado fora do panteão real, posto que o seu povo errante já se encontrava enjoado do monarca também errante e cínico contumaz,  sem acertos e nem consertos. 
Nenhum poder torna homem algum imunizado, imune, intocável, acima de contingências trágicas e demandas cruéis advindas das estradas da vida ou lhe sobrevinda em conseqüência de seus desacertos contumazes. 

O exercício do poder sobre pessoas pode ser um caminho promotor e sustentador de bênçãos divinas, entretanto pode ser a pedra fogueada que lhe leve aos calores de vícios perniciosos de desatinos e misérias contraídos para si e para as pessoas em sua volta. O vício de poder pode tornar-se como a embriaguez do mando e a alucinação do ópio. 

Só se percebe seus destroços quando as suas tragédias já não podem ser evitadas nem contidas.
Uma das recomendações bíblicas escritas pelo apóstolo dos gentios é a de que aquele que preside, o faça com cuidado. 

Para a liderança do povo de Deus, o modelo de condução desse povo está atrelado ao que o Livro de Deus instrui, orienta, manda, recomenda, estatui. 

E copiar modelos estranhos desprezando esse modelo é um peso de sentença reprovadora e uma estratégia pespontada pelo mal. Menosprezar o respeito a esse povo e subestimar o conteúdo desse Livro são atitudes e comportamentos assemelhados aos do rei Jeorão com conseqüências drásticas, cujo fim somente a eternidade pode dizer. 
Receber do Senhor Deus a oportunidade honrada e o poder de conduzir o Seu povo é uma atividade eminentemente privilegiada. Muito mais honrosa e ilustre se torna quando se faz, com a ajuda de Deus, dessa oportunidade um marco de sucessos espirituais que louvem e glorifiquem a Ele e consubstanciem o respeito para com a Sua Palavra e o decoro e a elevada estima do Seu povo. 

Que nenhum de nós proceda como o rei Jeorão.

APRENDENDO COM SALOMÃO (PARTE 9)

Salomão e sua vida confusa



Veja como a sabedoria de Salomão se cumpriu em Cristo. Uma das coisas que percebi é a maneira como a sabedoria de Salomão e de Cristo equilibram o seu idealismo moral e seus posicionamentos. 
Ambas exemplificam atitudes de misericórdia direcionadas aos necessitados que outros desprezariam. Deduzindo que temos o mesmo interesse naquilo que Deus quer fazer pelas pessoas imperfeitas que vivem neste mundo conturbado, procure perceber nas próximas linhas, se este é o ritmo de sua jornada hoje.

SALOMÃO E SUA VIDA CONFUSA

De uma certa distância seria fácil idealizar Salomão. A Bíblia nos fala da sua riqueza e de suas realizações.

Os projetos de construção que ele sonhava para o seu país, são um tributo à sua visão. Suas compilações de provérbios e reflexões sobre o significado da vida demonstram a sua contínua busca pelo conhecimento.
Entretanto, ao olharmos mais de perto, vemos que Salomão tinha uma vida difícil e cheia de problemas, com a qual nos identificamos.

Salomão foi o filho gerado pelo casamento de seu pai e Bate-Seba. Ele herdou raízes do lado obscuro de seu pai. A mãe de Salomão era casada com outro homem quando o Rei Davi e ela cometeram adultério. Davi providenciou a morte do marido dela para encobrir o escândalo.

O fato de o Senhor ter amado Salomão (2 SAMUEL 12:24) e tê-lo tornado um dos homens mais sábios que o mundo jamais conheceu ilustram princípios estabelecidos através das Escrituras. Deus não nos responsabiliza pelos pecados de nossos pais.

Salomão herdou o trono em meio a um conflito familiar. Quando Davi estava em seu leito de morte, seu filho mais velho, de outra esposa, tentou roubar o trono que fora prometido a Salomão. Em um crítico momento, Bate-Seba interviu e relembrou o rei que ele tinha prometido o trono ao filho deles (1 REIS 1:15-21).

Como Deus havia dito a Davi que Salomão seria o rei (1 CRÔNICAS 22:9-10), as mudanças dramáticas nos eventos que se seguiram nos lembram que nossos inimigos não podem impedir-nos de fazer aquilo que Deus quer fazer através de nós.

Os primeiros atos de Salomão como rei aconteceram em uma atmosfera de ajustes culturais e religiosos. Ele casou-se com a filha pagã do Faraó do Egito (1 REIS 3:1), aparentemente, para encorajar um bom relacionamento com os vizinhos ao sul de Israel.

Além disso, Salomão e seu povo adoraram em lugares altos usados pelo povo daquela terra numa tentativa de aproximar-se dos seus deuses (1 REIS 3:2-3). Tal tipo de adoração tinha sido proibida desde os dias de Moisés (DEUTERONÔMIO 12:2).

Contudo, apesar de todos estes erros espirituais, Salomão tinha lugar para o Senhor em seu coração, e Deus foi paciente com ele. A experiência de Salomão nos relembra que em nosso mundo despedaçado, Deus pode trabalhar com o nosso desejo de honrá-lo — mesmo quando não compreendemos o quão confusos estamos.

Uma das mais conhecidas decisões de Salomão foi tomada quando ele estava dormindo. Até os dias de hoje, Salomão é relembrado pela maneira como respondeu quando o Senhor lhe apareceu em sonhos e deu-lhe a oportunidade de pedir o desejo do seu coração (1 REIS 3:5).

Surpreendentemente, Salomão não pediu por saúde ou vida longa. Ao contrário disso, ele pediu compreensão e discernimento para dirigir a nação que lhe fora confiada. Deus afirmou que estava satisfeito com aquele pedido e prometeu dar a Salomão não somente um coração compreensivo, mas também saúde e honra.

No entanto, o que alguns esquecem é que Salomão fez este pedido enquanto dormia. Toda a conversação ocorreu durante um sonho (1 REIS 3:15). Esta experiência nos relembra que Deus trabalha conosco de diversas maneiras, que demonstram melhor a Sua bondade, mais do que a nossa.

O primeiro ato da sabedoria de Salomão registrado foi resolver um conflito de consequências trágicas entre duas mulheres da rua. Deus poderia exibir o Seu dom de sabedoria igualando as habilidades de Salomão àquelas da alta sociedade e com os sábios de então.

No entanto, o primeiro ato de sabedoria registrado foi o ajuste de contas entre duas prostitutas. Ambas tinham filhos recém-nascidos cujos pais estavam ausentes. Mas uma delas tinha perdido seu bebê por morte acidental e agora afirmava ser a mãe verdadeira do recém-nascido sobrevivente.

As duas mulheres apelaram para Salomão para resolver sua disputa. Salomão foi capaz de fazer justiça à verdadeira mãe, pelo impensável ato de pedir por uma espada e ameaçar dividir o menino vivo em duas partes (1 REIS 3:16-28).

Este primeiro ato de justiça praticado por Salomão nos lembra que a percepção de justiça e misericórdia de Deus alcança aqueles que outros rejeitariam como indignos.

Salomão nos mostrou como procurar pelos dois lados da natureza humana. Através da ameaça de dividir o bebê, Salomão nos mostrou que uma daquelas mulheres estava disposta a ver o bebê morto ao invés de vê-lo nos braços de outra mulher. A segunda demonstrou que preferia dar a criança à outra em vez de vê-la morrer.

Ao trazer à superfície um dos melhores, e um dos piores lados da natureza humana, Salomão nos fez vislumbrar nossos próprios corações. A sabedoria rastreia em nós as evidências de que somos criados à imagem de Deus, e, também rastreia os sentimentos conflitantes que se originam ao declararmos a nossa independência de Deus.

A sabedoria de Salomão não o impediu de agir como um tolo. Apesar de todo o entendimento que Deus deu a Salomão, ele acabou fazendo exatamente aquilo que os reis de Israel estavam proibidos de fazer (DEUTERONÔMIO 17:14-20). Ele multiplicou sua riqueza pessoal, esposas e parceiras sexuais de maneira excessivamente tolerante.

No entanto, no momento que pensamos que ele não poderia ter feito nada pior, Salomão construiu altares aos deuses pagãos de suas esposas nas montanhas que circundavam Jerusalém (1 REIS 11:1-8). A vida de Salomão nos mostra algo muito importante. A sabedoria nos ajuda somente se dela fizermos bom uso.

Uma das mais importantes contribuições que Salomão nos deixou foi a constatação de que seus problemas e fracassos realmente aconteceram. Através da insensatez de Salomão podemos ver que toda sabedoria do mundo não modifica nossa natureza humana. Quem dentre nós não quer ser mais honesto, mais amoroso e ter mais autocontrole do que a nossa natureza nos permite?

Por essa razão, a nossa verdadeira necessidade não é por uma sabedoria de autotransformação, pela qual possamos receber o crédito. Nossa verdadeira necessidade é pela sabedoria que vem como um presente da graça de Deus, em Cristo, através de Cristo, e por Cristo (1 CORÍNTIOS 1:30).

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quinta-feira, 12 de maio de 2016

APRENDENDO COM ELISEU (PARTE 3)

Eliseu e a História dos Leprosos | 2Rs 7.3-10

 








intervenção divina que Eliseu havia predito (II Rs 7.1,2) logo teve lugar. O autor sagrado contou-nos uma interessante história lateral que esteve relacionada à sua história principal, sobre o levantamento do cerco por parte dos sírios. Aqueles miseráveis leprosos tornaram-se mensageiros das boas-novas, embora tivesse levado algum tempo para o rei de Israel descobrir pessoalmente a verdade dos fatos. 

De fato, o cerco havia sido levantado, e a profecia de Eliseu, ainda que improvável, fora cumprida com precisão. Isso demonstrava, uma vez mais, que ele era um verdadeiro profeta do único Deus vivo e verdadeiro, Yahweh. Israel deveria tê-lo ouvido e abando­nado sua idolatria e apostasia. Contudo, a despeito das histórias maravilhosas de milagres, Israel preferia persistir no mal. O cativeiro assírio não estava longe. Israel em breve deixaria de existir como uma nação.
7.3
Quatro homens leprosos. Os leprosos, muito provavelmente, estavam abri­gados em cabanas que havia fora do portão da cidade de Samaria.
A legislação mosaica requeria que eles fos­sem isolados (ver Lv 13.46). A palavra hebraica sara'attraduzida pelas versões mais antigas como "lepra", provavelmente incluía essa enfermidade, mas também incorporava outras enfermidades cutâneas, até mesmo míldios e fungos que nada têm a ver com a lepra (doença de Hansen).
A fantasia judaica põe o ex-servo de Eliseu, Geazi, e seus filhos, entre os leprosos que figuram nessa história (Talmude Bab. Sotahfolha 47.1 e Sanhfoi. 107.2). Ver II Rs5.20 ss quanto à história de Geazi, sobre como ele se tornou um leproso por causa de sua ganância.
7.4
Vamos, pois, agora. As vítimas da sara'at dependiam de sua própria agricul­tura e da caridade alheia. Elas tinham de organizar-se em comunidades separa­das e autossustentadas, mas as referências históricas e literárias mostram-nos que, com frequência, viviam como esmoleres. É provável que os leprosos que figuram na presente história também vivessem como esmoleres. O povo de Samaria deixou de suprir-lhes alimentos, porquanto eles mesmos nada tinham para comer, em face do cerco dos sírios. Portanto, fora das muralhas da cidade, lá estavam eles, padecendo fome, tal como o resto dos cidadãos de Samaria e daquela região geral.
A Condição Era Desesperadora. Eles estavam famintos. Portanto resolveram entregar-se aos sírios, pois eram estes que tinham alimentos. A pior coisa que poderia acontecer seria os sírios matarem aqueles pobres esmoleres leprosos. Mas talvez lhes fosse dado algo para comer e assim salvar a vida deles. Em desespero, resolveram arriscar a própria sorte.
7.5
Levantaram-se ao anoitecer. Os leprosos dirigiram-se ao acampamento dos sírios, em seu ato de desespero. Mas, chegando ali, não encontraram um único homem. Marcharam atravessando o acampamento inteiro. Procuraram al­guém por toda a parte. De fato, o acampamento estava totalmente deserto.
A nossa versão portuguesa diz "ao anoitecer". O versículo nono confirma que eles foram até o acampamento dos sírios durante a noite. Ao amanhecer o dia, entretanto, foram contar as boas-novas aos habitantes de Samaria. Por outra parte, é difícil ver por que os leprosos se internaram no acampamento dos sírios à noite. A palavra hebraica nehshaf pode indicar o começo ou o fim da noite, um tempo quando ainda há alguma luz do sol, ou no fim da madrugada, antes do sol aparecer no horizonte.
7.6
Fizera ouvir no arraial dos sírios ruídoA razão da partida dos sírios. Yahweh fizera soar o ruído como de um imenso exército, equipado com inúmeros cavalos e carros de combate. Os sírios chegaram imediatamente à conclusão de que o rei de Israel havia alugado um grande exército de mercenários para lutar contra eles. Seus inimigos perenes, os hititas e os egípcios, facilmente concorda­riam em lutar em troca de dinheiro, de modo que esses povos deveriam estar envolvidos, raciocinaram os sírios.
modus operandi do ruído não foi explicado pelo autor sagrado. Alguns estudiosos supõem que uma hoste de anjos tenha sido responsável pelo ruído.
7.7
Pelo que se levantaram, e, fugindo ao anoitecer. A fuga dos sírios foi completa e precipitada. Os sírios, aterrorizados pelo ruído divinamente provo­cado, partiram sem levar coisa alguma. Deixaram intacto o próprio acampa­mento e até abandonaram os animais, seguindo a pé. Deixaram para trás todos os seus objetos valiosos e seus alimentos. Os saqueadores certamente tiveram um dia de abundância! "Este versículo nos dá um vívido quadro de uma fuga apressada, na qual tudo foi esquecido, exceto a segurança pessoal" (Ellicottin loc).
7.8
Comendo e Enriquecendo. Os leprosos atravessaram todo o acampamento dos sírios, apossaram-se de toda espécie de alimento e bebida, e reuniram coisas valiosas como prata, ouro e vestes. Eles entravam e saíam do acampamento, recolhendo cada vez mais e escondendo tudo. Josefo diz-nos que eles fizeram quatro assaltos ao acampamento (ver Antiq. 1.9, cap. 4, sec. 4). Aqueles leprosos tinham acabado de tornar-se financeiramente independentes. Eles tinham um suprimento para a vida inteira de tudo quanto poderiam precisar. Oh, Senhor! Concede-nos tal graça!
Era uma prática oriental comum esconder artigos de valor no chão ou em lugares secretos nas casas. Isso lhes servia de bancos. Os antigos não dispu­nham de cofres, como nós os possuímos modernamente.
7.9
Não fazemos bem: este dia é dia de boas novas. Um toque de consciên­cia. Aqueles leprosos, antes pobres mas agora ricos, tiveram um estalo em sua consciência. Ali estavam eles, comendo, bebendo e alegrando-se, e enriquecen­do, enquanto mulheres e crianças sofriam de inanição na cidade de Samaria. Eles não estavam "agindo corretamente". Além disso, se continuassem a agir como estavam fazendo, não compartilhando do que tinham achado, algum castigo poderia alcançá-los, por causa de seu-egoísmo. Assim sendo, chegaram à conclu­são de que era tanto no interesse próprio como no interesse da comunidade, que eles espalhassem as boas-novas.
"Nessas verdades encontramos uma verdade profunda. Em nenhum departa­mento da vida pode alguém receber um grande presente e recusar-se a comparti­lhar sem que pratique grande mal. Quando um homem tem grandes riquezas mas as guarda para si mesmo, sofre deterioração moral. Quando uma pessoa tem o benefício de ter recebido uma boa educação, mas usa essa vantagem somente para fins pessoais e egoístas, em lugar de usá-la como um instrumento de serviço social, sua educação torna-se uma maldição para ele, em lugar de uma bênção" (Raymond Calkingin loc).
Precisamos publicar as nossas boas-novas. Já recebemos o dom inefável, as insondáveis riquezas de Cristo. Uma maldição aguarda aqueles que não compar­tilham essas bênçãos (ver I Co 9.16).
"Em lugar de sofrer como criminosos, eles preferiram ser tratados como heróis. Assim sendo, decidiram retornar a Samaria e proclamar suas boas-novas" (Thomas L.Constablein loc).
7.10,11
Logo os leprosos estavam nos portões de Samaria, comunicando as boas-novas aos porteiros da cidade. Dali, o recado espalhou-se até a casa do rei. Aqueles homens tinham cumprido os ditames de sua consciência, e ninguém tiraria deles as riquezas que haviam adquirido de maneira tão surpreendente. Yahweh tinha feito intervenção em favor de Israel; os sírios haviam fugido por causa do ruído divino (ver o vs. 6 deste capítulo). Yahweh também havia intervin­do em favor daqueles miseráveis leprosos: agora eram homens financeiramente independentes. Isso reflete a posição do teísmo. O Criador não é uma força distante que criou, mas então abandonou o seu universo (conforme ensina o deísmo). Pelo contrário, Ele continua vivendo entre os ho­mens; Ele recompensa e castiga; Ele intervém na história humana, coletiva e pessoal. Ele se preocupa até com os pardais que caem no chão (ver Mt 10.29).
Os leprosos contaram a história exatamente conforme tinham acontecido as coisas, sem nada adicionar e sem nada subtrair. Os sírios haviam realmente fugido; eles tinham, na realidade, deixado para trás seus animais, seus alimentos e seus objetos valiosos. O acampamento deles tinha sido reduzido a uma cidade-fantasma.
7.12
Bem sabem eles que estamos esfaimados. Um alegado truque dos sírios. O rei de Israel não aceitou a palavra dos leprosos como se eles representassem a verdade inteira. Sim, os sírios haviam abandonado o seu acampamento. Não, eles não tinham voltado para a Síria, pensou o rei. Antes, estavam tramando um ardil. Os famintos israelitas sairiam correndo pelos portões da cidade para obter alimen­to no acampamento dos sírios. E, então, de súbito, os inimigos se atirariam sobre o povo e matariam todos. Por conseguinte, o rei de Israel recomendou extrema cautela. Os sírios não tinham sido capazes de romper a resistência dos samaritanos (conforme estes poderiam pensar); e assim, um truque faria o que a fome não tinha conseguido fazer.
7.13,14
Tomaram, pois, dois carros com cavalos. Um Teste. Um dos oficiais do rei de Israel sugeriu que se fizesse uma espécie de teste, conforme o que os lepro­sos tinham feito. Samaria enviaria uma companhia de pessoas que serviria de teste. Eles sairiam com duas carroças e cavalos, para ver se os sírios os atacari­am. Além disso, observariam cuidadosamente todo o terreno em redor, para ver se o inimigo estaria escondido em algum lugar. Assim fazendo, eles poderiam ser mortos; mas, se permanecessem na cidade, morreriam de fome de qualquer maneira. Portanto, lançaram sua sorte ao destino. Foi um esforço de "fazer ou morrer".
O oficial sugeriu que cinco cavalos e seus cavaleiros se arriscassem. Em lugar disso, entretanto, saíram duas carroças puxadas por dois cavalos cada uma.
O versículo 14 pode dar a entender que uma única carroça, com seus dois cavalos, e provavelmente uma equipe de dois homens, saiu da cidade. Mas o hebraico diz, literalmente, "duas carroças de cavalos", isto é, duas carroças com dois cavalos cada uma.
Assim sendo, eles saíram, tendo pouco que perder e (talvez) muito que ganhar, a mesma situação que os leprosos haviam enfrentado. Situações desesperadoras exigem esforços desesperados.
7.15
grupo de risco aproximou-se primeiramente do acampamento dos sírios, e depois foi até o Jordão, espiando o território. Isso significa que eles percorreram cerca de quarenta quilômetros no total. Não encontraram, contudo, um único sírio. O que eles encontraram foram evidências de uma retirada precipitada. De fato, a retirada havia sido caótica. Eles haviam deixado para trás uma trilha de vestes equipamento. Ao que tudo indica, haviam atravessado o rio Jordão e desapareci­do. "Em seu espanto e medo, eles lançaram fora as vestes e as armaduras de guerra que os tolhiam" (John Gill, in loc). Josefo fala em armaduras como inclu­sas entre os itens abandonados pelos sírios (ver Antiq. 1.9, cap. 4, sec. 4). (na ajuda 2 estarei colocando a historia por Josefo)
Um bom relatório foi dado ao rei de Israel, e muitos dos habitantes de Samaria imediatamente mobilizaram-se para ir buscar tanto quanto pudessem; que servis­sem primeiramente a si mesmos, e depois, vendessem o que pudessem a outros.
7.16
Comendo e saqueando. Os famintos israelitas imediatamente invadiram o rico acampamento sírio. Havia ali muitos alimentos e artigos valiosos que os leprosos não tinham conseguido tomar. Primeiramente, cada pessoa encheu o estômago com alimentos, e então encheu suas sacas com objetos de valor. Assim, de repente, houve abundância de alimentos, que logo eram comerciados. Os preços cobrados pelos artigos foram exatamente aqueles preditos pelo profeta (ver em II Rs 7.1). Isso foi o cumprimento da "palavra de Yahweh", visto que o profeta tinha proferido a palavra do Senhor, e não a sua própria palavra. Aqueles que não tinham corrido para o ex-acampamento dos sírios, e que haviam preferido ficar em Samaria, logo estavam comprando alimen­tos dos que tinham ido. Admiramo-nos por qual motivo, naquele dia, o alimento não poderia ter sido distribuído de graça; mas a verdade é que a generosidade do homem não é muito grande. O eu sempre se faz presente, querendo mais. Assim, vemos o espetáculo de "comerciantes" de estômago cheio a vender cereal sírio para seus vizinhos famintos!
7.17
O povo o atropelou na porta, e ele morreu. Cumprimento da terrível predi­ção. O oficial do rei que havia duvidado da verdade da profecia de Eliseu, contra quem fora proferida uma maldição (vs. 2), ficou encarregado de cuidar do portão, para manter as coisas sob controle. Mas a multidão se precipitou loucamente, e o pisoteou até a morte, tal e qual o "homem de Deus" havia dito que aconteceria. O comércio pegou fogo naquele dia. O cereal sírio estava sendo vendido em grande quantidade. A multidão parecia enlouquecida, de tanto vender e comprar. O pobre oficial do rei perdeu a vida no meio daquela loucura. "Portanto, ele viu a abundân­cia de alimentos, mas não participou dela, conforme Eliseu havia predito que aconteceria (vs. 2)" (John Gill, in loc).
Além da atividade de comprar e vender, o povo se precipitava pelo portão da cidade para ir visitar o ex-acampamento sírio, o que só aumentava a confusão. Era impossível manter a ordem.
"Aquele homem havia ridicularizado a capacidade de Deus fazer aquilo que Ele disse que faria (ver o vs. 2). A sorte que Eliseu havia predito o alcançou" (Thomas L.Constablein loc).
7.18
Assim se cumpriu o que falara o homem de Deus. Este versículo repete o que já fora dito nos versículos segundo e décimo sexto deste capítulo. Foi algo realmentenotável, que mereceu ser reiterado. O "homem de Deus" havia dito que "amanhã" o cereal estaria sendo vendido pelos preços mencionados, e essa pre­dição parecera claramente impossível, considerando os itens pouco apetecíveis (cabeças de jumentos e esterco de pombas, II Rs 6.25) que, no dia anterior, estavam sendo vendidos a preços astronômicos. Yahweh fizera o impossível. Foi um dos maiores milagres esse de livrar o povo dos inimigos de Israel, ao mesmo tempo que havia provisão alimentar abundante, tudo ao mesmo tempo.
7.19
Este versículo faz referência ao versículo segundo deste capítulo, o ridículo lançado pelo oficial do rei de Israel. Seria claramente impossível que o cereal fosse vendido porqualquer preço em Samaria, no dia seguinte, quanto menos ao preço que o profeta havia estipulado. Para que isso acontecesse, seria necessário que Yahweh abrisse as janelas do céu e vertesse o cereal sobre a terra, conforme fazia cair a chuva. O homem falou com sarcasmo sobre a profecia de Eliseu, e no dia seguinte pagou com a própria vida a sua insolência.
O autor sagrado queria que entendêssemos que fora Yahweh quem fizera aquele milagre. Ele deu ao povo alimento mediante um método miraculoso. Quem fez aquilo não foi Baal, que era apenas um conceito imaginário, circundado por ídolos destituídos de vida. O milagre foi mais um chamado para Israel arrepender-se e abandonar a idolatria. Mas foi outro convite inútil. Israel estava enterrado até o pescoço em sua degradação.
7.20
Este versículo tece considerações sobre os versículos segundo e décimo sétimo deste capítulo. O homem que havia ridicularizado a profecia de Yahweh e Seu profeta, por meio de quem, se dera a conhecer, sofreu exatamente aquilo que foi predito a respeito dele. Ele foi pisoteado até morrer, no portão da cidade, para onde o rei o enviara para ajudar a manter a ordem. Foi vítima de sua própria incredulidade, uma história muito antiga entre os homens.
Bibliografia R. N. Champlin

APRENDENDO COM AMNOM, TAMAR E ABSALÃO

Amnom, Tamar e Absalão: Filhos da Davi

 

2 SAMUEL 13 e 14

A Palavra de Deus nos diz: "Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará." (Gálatas 6:7). O pecado traz conseqüências inevitáveis. Continuando (ver. 8): "Porque o que semeia para a sua própria carne da carne colherá corrupção; mas o que semeia para o Espírito do Espírito colherá vida eterna."
Sem dúvida Davi havia semeado na carne quando tomou Bateseba e matou o seu marido. Ele havia confessado o seu pecado e Deus o havia perdoado, mas também lhe havia dito "não se apartará a espada jamais da tua casa … da tua própria casa suscitarei o mal sobre ti" (cap. 12:10-11). Deus perdoa o pecado confessado, restabelecendo a sua comunhão conosco, mas não retira as suas conseqüências.

O ESTUPRO DE TAMAR POR AMNOM

Amnom era o filho primogênito de Davi, sendo sua mãe Ainoã, a jezreelita (cap. 3:2), mulher de Davi desde o seu exílio. Se Davi não tivesse cedido à luxúria e adquirido outras mulheres para si, ele teria evitado as tragédias que vieram a seguir.
Tamar, com Absalão seu irmão, eram filhos de outra mulher de Davi, Maaca, filha de Talmai, rei de Gesur, talvez tomada como um despojo de guerra (1 Samuel 27:8). Ela era muito formosa e Amnom se enamorou dela.
Era uma paixão doentia que lhe tirou o apetite, ficando sem comer, pois não via possibilidade de ter relações íntimas com ela, sendo ela uma jovem casta.
Seu primo Jonadabe notou a tristeza de Amnom e, ao saber a razão, logo desenvolveu um plano para conseguir que Amnom ficasse a sós com Tamar em seu quarto. Devemos sempre examinar os conselhos que recebemos, pois eles podem nos levar para o mal, como aconteceu nessa ocasião. Somos nós que vamos sofrer as conseqüências, não os conselheiros.
Os detalhes da perfídia de Amnom a fim de conseguir ficar com Tamar e estuprá-la em sua casa são relatados com toda a sua sordidez. Amor e lascívia são duas coisas bem diferentes. Depois de estuprar Tamar, o "amor" de Amnom se transformou em ódio, demonstrando que não era amor, mas simples lascívia.
Amor é paciente, enquanto a lascívia requer satisfação imediata. Amor é bondoso, mas lascívia é cruel. Amor não é egoísta, lascívia é. Lascívia pode parecer que é amor, no início, mas depois de fisicamente expressada resulta em repugnância por si próprio e ódio pela outra pessoa. Se não puder esperar, não é amor.
O estupro era proibido por Deus (Deuteronômio 22:28,29). Mas expulsar Tamar de casa como Amnom fez era um crime ainda maior, porque dava a entender que Tamar havia se oferecido a ele, e não havia quem testemunhasse a verdade a favor dela, porque Amnom havia esvaziado a casa. O seu crime havia feito com que ela não pudesse ser dada em casamento pois não era mais virgem.
Não obstante, Tamar rasgou suas vestes de princesa, colocou cinza na cabeça em sinal de luto, pôs suas mãos sobre a cabeça e foi se lamentando pelo caminho sendo assim achada por Absalão, seu irmão. Este a consolou e hospedou-a em sua casa, procurando assim evitar um escândalo público dizendo que era apenas uma questão dentro da família.
Mas os padrões de conduta moral estabelecidos por Deus não se alteram dentro do círculo familiar. Secretamente, Absalão foi tomado por um ódio mortal contra Amnom, e aguardou uma oportunidade para eliminá-lo. Sem dúvida ele já sabia que Davi não queria que seu primogênito fosse castigado.

A INDULGêNCIA DE DAVI

O rei Davi ficou muito irado quando ouviu todas estas coisas - mas nada fez. Como vemos mais tarde, ele tinha um grande amor por Amnom, provavelmente por ser o seu filho primogênito e herdeiro do trono.
Mas também, como vemos daqui para a frente, ele era um pai indulgente que criou uma prole má, da mesma forma que outros personagens da Bíblia. Assim foram o sumo sacerdote Eli e o profeta Samuel. Samuel conhecia os filhos de Eli mas cometeu o mesmo erro. Também Davi conheceu os filhos de Samuel e ainda assim repetiu a sua indulgência.
Davi provavelmente não sentia ter condições para castigar os seus filhos, quando ele próprio havia falhado desastrosamente na área da imoralidade sexual. Os pais precisam disciplinar os seus filhos, mas também, e em primeiro lugar, devem dar-lhes um exemplo sadio mantendo um alto nível moral, em conformidade com os padrões estabelecidos por Deus.
O outro problema de Davi era falta de tempo para dar a atenção que devia aos seus filhos. Como rei ele tinha muitas responsabilidades, mas estas foram multiplicadas pela sua poligamia e grande prole. Ele tinha uma habilidade excepcional como rei e líder militar, mas falhou lamentavelmente como pai.
Muitos pais hoje em dia também não reservam tempo suficiente para atender ao ensino e disciplina dos seus filhos, tornando-se indulgentes em obediência à lei do menor esforço. Os filhos se ressentem disso, e muitos pais crentes vêm com tristeza os seus filhos desviando-se pelo mundo porque não tiveram a disciplina e orientação que precisavam ao crescerem. "Não retires da criança a disciplina, pois, se a fustigares com a vara, não morrerá. Tu a fustigarás com a vara e livrarás a sua alma do inferno." (Provérbios 23:13-14).

ABSALÃO ASSASSINA AMNOM

Por dois anos Absalão tratou Amnom friamente, sem lhe dirigir palavra. Ao final deste período ele viu a oportunidade de executar o seu plano premeditado de matar Amnom, pois Davi já teria dado o caso do estupro por encerrado.
Ardilosamente (como Amnom anteriormente) ele conseguiu permissão do rei para que Amnom, junto com todos os seus irmãos, viessem até Baal-Hazor para festejar a tosquia com ele. Tendo-os em seu poder, Absalão fez com que seus servos assassinassem Amnom depois que ele se embebedou.
Davi foi avisado no início que todos os seus filhos haviam sido mortos, e ficou profundamente triste e deprimido rasgando suas vestes e lançando-se no chão. Mas seu sobrinho Jonadabe logo corrigiu a notícia avisando que apenas Amnom havia sido morto por Absalão, cujas feições haviam revelado o seu ódio desde o dia que sua irmã fora forçada por Amnom, dois anos atrás.
Absalão, no entanto, havia se refugiado com seu avô materno Talmai, filho de Amiúde, rei de Gesur.
Davi pranteava a morte do seu filho Amnom todos os dias, e perseguiu Absalão por três anos. Ao fim deste período, mediante um ardil, Joabe conseguiu que ele perdoasse Absalão, permitindo sua volta a Jerusalém, mas ainda se passaram dois anos até que ele finalmente consentiu em recebê-lo em sua presença.
Absalão deu o nome de Tamar à sua filha para mostrar amor e respeito à sua irmã e ele ficaria como memorial a todos pelo ultraje sofrido por ela.
Criminoso impune e vaidoso por causa da sua beleza física, Absalão estava agora disposto a conquistar o coração da nação de Israel. O rei Davi ia pagar caro pela indulgência que mostrou para com este filho.
R David Jones
Fonte: www.bible-facts.info

APRENDENDO COM ENOS

Enos, O filho de Sete que busco a DEUS

 
“A Sete nasceu-lhe também um filho, ao qual pôs o nome de Enos; daí se começou a invocar o nome do Senhor” (Gn 4.26).
Invocar o nome do Senhor é reconhecer Nele o Criador, dos homens todos, o Salvador e Redentor do pecador.
Invocar o nome do Senhor é saber que só Ele é Deus, que pode abençoar e perdoar os que são seus.
Para invocar o nome do Senhor, necessário é saber qual nome Ele tem. Que graça Dele provém.
O que pode Ele fazer… Se Ele vai nos receber…

Invocá-lo é conhecê-lo. É reconhecê-lo como Deus Único e suficiente, dono e soberano da Terra e dos céus, O Senhor da eternidade, que opera em fidelidade.


Do primeiro casal vieram todos os seres humanos (Gn 3.20), por isso Eva recebera esse nome especial. A Bíblia nos conta a história do começo da humanidade e informa que Adão e Eva tiveram muitos filhos e filhas (Gn 5.4) além de Caim e Abel, que foi morto por seu irmão.

Abel era um homem de Deus, possuindo um coração contrito e quebrantado diante do Senhor. Ele era pastor de ovelhas e procurou entre todas, a mais formosa, separando “das primícias” de seu rebanho, o melhor da gordura deste, para oferecer ao Senhor Deus como sacrifício de adoração (Gn 4.4). Caim, por sua vez, ofereceu apenas, do fruto da terra, uma oferta ao Senhor. Nada de especial. Nada movido pelo amor e em atitude de verdadeira adoração, apenas uma obrigação… E a oferta de Caim não foi aceita pelo Senhor.

Ele, então, abrigou pensamentos maus, em seu coração, para destruir seu irmão Abel. Ele não podia permitir que Abel fosse aceito e ele rejeitado, e o matou.


Caim permitiu que a semente do mal germinasse fortemente em seu coração, fazendo brotar a inveja, o ódio, e arquitetou a maldade e separou-se de Deus (Gn 4.16).

A descendência de Caim passou a seguir os caminhos tortuosos abertos por ele, e, distante de Deus, esta escolheu as trevas, o homicídio, a poligamia, a vingança, o ódio.

Logo após a morte de Abel, Deus consolou o coração de seus pais Adão e Eva dando-lhes outro filho semelhante a Abel, ao qual deram o nome de Sete. A raiz hebraica deste nome significa “renovo”, “rebento”. Sete foi o renovo da fé em Deus e da esperança do bem novamente habitando o coração humano, trazendo-o mais perto do bondoso Criador.

E Sete também formou uma família, gerando um filho que marcaria a sua geração: Enos.
Enos nasceu em um momento muito especial, quando se formava na sociedade humana uma distinção muito nítida entre os filhos de Deus, descendentes de Sete, e os filhos dos homens, descendentes de Caim. A escolha dos princípios morais de cada uma dessas linhas hereditárias era clara: havia uma diferença capital entre as duas descendências. A escolha do mal enchia o coração dos filhos de Caim e a vida humana foi se degradando cada vez mais.


Quanto aos descendentes de Sete, o registro bíblico nos informa que após o nascimento de Enos “daí se começou a invocar o nome do Senhor”.

Há crianças que vêm ao mundo com um dom especial, um chamado para uma mudança na sua geração. Enos marcou sua geração com o chamado para uma volta ao Deus Criador. Um retorno à santidade. À busca da Face do Deus Todo-Poderoso.

Abel buscou a Deus através da adoração, oferecendo o sacrifício do melhor de seu rebanho, e foi aceito. Enos, o neto de Adão e Eva, leva seus descendentes a buscarem a Deus através da oração – da invocação do nome do Senhor.

Esta é a primeira menção que temos na Bíblia sobre a oração. Oração tão forte e intensa que mudou a geração de Enos, pois abriu-se uma “escola de oração”, ou seja, a partir daí, todos os que queriam começaram a buscar a presença de Deus. E da descendência de Enos veio Enoque, que buscou a Deus tão intensamente e com tanta intimidade, que foi trasladado para os céus – não foi mais encontrado na terra, pois Deus o tomara para Si.

Invocar o nome do Senhor significa buscá-lo de todo o coração, crendo que Ele é “galardoador dos que o buscam”, isto é, que Ele responde às nossas orações e nos atende consoante a sua bondade e misericórdia, aleluia!

A descendência de Caim toda pereceu com as águas do dilúvio. Deus salvou a descendência de Enos, através de Noé e sua família. Sabemos que esta história está para se repetir novamente, quando o Senhor Jesus retornar para reinar sobre a terra, Ele fará separação entre os homens e reinará eternamente com os que invocam o seu nome, com os que buscam a sua Face e o amam.

Vale a pena orar! Vale a pena buscar a Face do Senhor, pois Ele está sempre perto dos que o buscam (Is 55.6-7).



Fonte: Facebook - Estudo biblico. Pastor carlos c da silva

APRENDENDO COM JABES

  APRENDENDO COM JABES O m enino  p rodígio da  g enealogia!   Alguém já disse certa vez que existe muito pouca diferença entre as pessoas –...