Emoções
Comprometidas
Elias, porém, se foi ao deserto,
caminho de um dia, e veio, e se assentou debaixo de um zimbro; e pediu para si
a morte e disse: Basta; toma agora, ó Senhor, a minha alma, pois não sou melhor
do que meus pais. I Reis 19:4.
O medo desestabilizou de tal modo o
profeta Elias que ele caminhou um dia inteiro à procura de um lugar solitário.
Não satisfeito com a distância que o separava da iracunda Jezabel, procurou
valer-se de outra fuga: a morte. Só assim, pensava ele, poderia livrar-se das
emoções que o incomodavam.
Há uma grande variedade de emoções. A lista inclui: o medo, a surpresa, a cólera, o contentamento, a comicidade, a alegria, o pesar, a excitação sexual, etc. Há emoções prejudiciais e há emoções benéficas. Elias, naquele momento sombrio de sua vida, viveu um coquetel de emoções: pavor, medo, expectativa, pessimismo e desânimo.
Quando o anjo lhe apareceu pela primeira vez, ele estava dormindo debaixo de um zimbro. Depois de comer e beber, deitou-se novamente e dormiu. No segundo contato, o anjo deu-lhe instruções para ir ao monte Horebe.
Foram quarenta dias e quarenta noites de
caminhada. Ao chegar ao monte, o profeta entrou numa caverna, e lá, ouviu uma
solene pergunta: "Que fazes aqui, Elias?" I Reis 19:9. Se ele não
tivesse atendido ao que o Senhor lhe disse, teria ficado circunscrito ao
círculo de emoções negativas.
À semelhança de Elias, somos por vezes
aguilhoados por emoções fortes. Nossa primeira reação é a fuga, que consiste em
deixar o palco do problema, ou desistir da luta. Em ambos os casos, há
prejuízos à saúde.
O cristão não está imune à influência de emoções negativas, mas deve lutar para que não se deixe envolver por pensamentos e atitudes que comprometam seu equilíbrio.
A história de Mary é esclarecedora. Seus pais morreram num acidente de aviação, e os três irmãos de Mary fizeram um pacto em honra de seus pais, pelo qual se comprometeram a ser excelentes alunos na faculdade.
Mary, porém, retirou-se para um lugar isolado
e, após dois meses, foi hospitalizada com asma aguda. Durante o tratamento, ela
revelou aos irmãos que se sentia dependente da aprovação e do estímulo dos
pais. Nessa oportunidade, os irmãos relembraram o pacto que haviam feito, e Mary
começou a reagir positivamente. A asma abrandou, e ela, quatro anos depois, terminou
a faculdade como uma aluna exemplar.
As emoções têm lugar de honra em nossa
vida, mas não podem determinar nosso destino. Precisam estar sob controle.
Nenhum comentário:
Postar um comentário