quinta-feira, 7 de julho de 2016

APRENDENDO COM OSEIAS (PARTE 9)

APRENDENDO COM OSEIAS

Um filho aprendendo a andar

“Quando Israel era menino, Eu o amei; e do Egito chamei o Meu filho. [...] Eu ensinei a andar a Efraim; tomei-os nos Meus braços, mas não atinaram que Eu os curava” (Os 11:1, 3).

Nesses versos, Oseias estava dizendo que a atitude do Senhor é como o terno cuidado de alguém que acabou de se tornar pai. Assim como um pai, com carinho e paciência, ensina o filho a andar, tomando-o pela mão para evitar uma queda, também o Senhor havia cuidado de Israel desde o começo. 

O Deus amoroso e perdoador é o centro da mensagem de Oseias. Mesmo quando aplica disciplina, Ele é profundamente compassivo. Sua ira pode ser aterrorizante, mas Sua misericórdia está além da compreensão.

3. Leia Deuteronômio 8:5, Provérbios 13:24, Hebreus 12:6 e Apocalipse 3:19. Qual é o ponto comum desses textos? Que conforto encontramos neles?

Por meio de Moisés, Deus informou ao rei egípcio que Israel era Seu filho especial (Êx 4:22, 23). Embora todas as nações da Terra, incluindo o Egito, fossem filhos e filhas de Deus, a nação hebraica foi escolhida para ser o filho primogênito de Deus com privilégios especiais. 

Mas com esses privilégios vieram responsabilidades. No deserto o Senhor carregou Seu povo da mesma forma que “um pai carrega seu filho” (Dt 1:31, NVI). Às vezes Ele disciplinou o povo como “um homem disciplina a seu filho” (Dt 8:5).

“Todos os que neste mundo prestam verdadeiro serviço a Deus ou ao homem, recebem um preparo na escola das aflições. Quanto mais pesado for o encargo e mais elevado o serviço, maior será a prova e mais severa a disciplina” (Ellen G. White, Educação, p. 151).

Sem dúvida, qualquer pai que ama seus filhos irá discipliná-los, e sempre para o bem deles. Se seres humanos imperfeitos e caídos agem assim, quanto mais podemos confiar no amor de Deus por nós, mesmo nos momentos de provação?

Para muitos de nós, a questão não é confiar na disciplina divina. Ao contrário, a luta é para saber interpretar as provas que surgem em nosso caminho. Como sabemos se o que está acontecendo é, de fato, uma lição divina na “escola da aflição”?


APRENDENDO COM FILIPE

Filipe, o evangelista

“‘Assim, fixamos os olhos, não naquilo que se vê, mas no que não se vê, pois o que se vê é transitório, mas o que não se vê é eterno’ (2Co 4:18, NVI). 

Pense no que Paulo disse nesse texto, especialmente enquanto estudamos, nesta semana, sobre Filipe, o evangelista, alguém a respeito de quem conhecemos apenas as informações apresentadas em poucas referências da Bíblia. Como veremos, porém, Filipe fez um bom trabalho, embora saibamos pouco a respeito da maior parte das coisas que ele realizou. 

Conhecemos algumas pessoas que fizeram grandes coisas para Deus mas com pouco reconhecimento externo. Por que sempre é importante conservar em mente o princípio contido nas palavras de Paulo, especialmente se estivermos fazendo um trabalho que não obtém muito aplauso ou atenção? 

(Ver também 1Co 4:13. [‘quando caluniados, procuramos conciliação; até agora, temos chegado a ser considerados lixo do mundo, escória de todos.2])”1

“Filipe era um nome grego pop2ular, e significa ‘amigo de cavalos’. No Novo Testamento há quatro pessoas chamadas por esse nome. Duas tinham o nome adicional ‘Herodes’ e eram membros da família dos governantes herodianos que, de maneira geral, exerceram um governo duro sobre Israel nos tempos do Novo Testamento. Os outros dois Filipes tiveram papel de destaque na obra missionária.”1

“O primeiro, Filipe de Betsaida, foi um discípulo que teve papel ativo em conduzir Natanael a Jesus (Jo 1:43-46). Posteriormente, trouxe os gregos a Jesus (Jo 12:20, 21).”1

“O segundo Filipe foi denominado ‘o evangelista’ em Atos 21:8 para distingui-lo do discípulo que tinha o mesmo nome. Ele aparece pela primeira vez na igreja de Jerusalém como alguém que desempenhou a tarefa de ‘servir às mesas’ (At 6:2-5), e depois veio a se transformar num evangelista e missionário (At 8:12). 

Sua obra missionária, que se estendeu por mais de 20 anos e foi suplementada pela de suas quatro filhas que profetizavam, é mencionada em Atos. Não sabemos muita coisa a respeito de sua vida anterior.”1
“‘Foi Filipe quem pregou o evangelho aos samaritanos; foi Filipe quem teve a coragem de batizar o eunuco etíope. Durante certo tempo a história desses dois obreiros [Filipe e Paulo] havia estado intimamente entrelaçada. Foi a violenta perseguição de Saulo, o fariseu, que havia dispersado a igreja de Jerusalém e destruído a eficácia da organização dos sete diáconos. 
A fuga de Jerusalém tinha levado Filipe a mudar sua maneira de trabalhar e tinha resultado em sua busca do mesmo chamado ao qual Paulo dedicava a vida. Preciosas foram as horas que Paulo e Filipe passaram na companhia um do outro; emocionantes foram as lembranças que vieram à sua mente dos dias em que aquela luz que havia brilhado no rosto de Estêvão, voltado para o Céu enquanto ele sofria o martírio, havia resplandecido em sua glória sobre Saulo, o perseguidor, levando-o como impotente suplicante aos pés de Jesus’

 

APRENDENDO COM PEDRO (PARTE 9)

APRENDENDO COM PEDRO

Pedro no Pentecostes


Pedro respondeu: "Arrependam-se, e cada um de vocês seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos seus pecados, e receberão o dom do Espírito Santo.
Pois a promessa é para vocês, para os seus filhos e para todos os que estão longe, para todos quantos o Senhor, o nosso Deus chamar". (
Atos 2:38,39)

Pedro foi o primeiro apóstolo a proclamar a salvação aos gentios (povos que não eram judeus). Após a fundação das primeiras igreja, que na época eram em casas, ele continuou a liderá-la por vários anos, mesmo depois de Paulo ter se tornado o excelente missionários aos gentios

Pedro e Paulo ajudaram a igreja primitiva e sua liderança, composta em sua maior parte por judeus, a compreender a universalidade da grande comissão
E Deus, que conhece os corações, lhes deu testemunho, dando-lhes o Espírito Santo, assim como também a nós; E não fez diferença alguma entre eles e nós, purificando os seus corações pela fé. (Atos 15:8,9)

 “As últimas palavras de Jesus, antes de Sua ascensão, foram de natureza missionária: ‘Sereis Minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da Terra’ (Atos 1:8).

 Vemos, novamente, a ordem de levar o evangelho a todo o mundo. Somente 50 dias depois esse chamado começou a se cumprir, e Pedro teve um papel fundamental nesse cumprimento.”1

Leia Atos 2:5-21. Como esse acontecimento mostra a intenção de Deus no sentido de que o evangelho fosse a todo o mundo, e também o papel que os judeus deviam ter nessa proclamação?”

 “5 Ora, estavam habitando em Jerusalém judeus, homens piedosos, vindos de todas as nações debaixo do céu. 6Quando, pois, se fez ouvir aquela voz, afluiu a multidão, que se possuiu de perplexidade, porquanto cada um os ouvia falar na sua própria língua. 7Estavam, pois, atônitos e se admiravam, dizendo: Vede! Não são, porventura, galileus todos esses que aí estão falando? 8 E como os ouvimos falar, cada um em nossa própria língua materna? 9 Somos partos, medos, elamitas e os naturais da Mesopotâmia, Judéia, Capadócia, Ponto e Ásia, 10 da Frígia, da Panfília, do Egito e das regiões da Líbia, nas imediações de Cirene, e romanos que aqui residem, 11 tanto judeus como prosélitos, cretenses e arábios. Como os ouvimos falar em nossas próprias línguas as grandezas de Deus? 12 Todos, atônitos e perplexos, interpelavam uns aos outros: Que quer isto dizer? 13 Outros, porém, zombando, diziam: Estão embriagados! 14 Então, se levantou Pedro, com os onze; e, erguendo a voz, advertiu-os nestes termos: Varões judeus e todos os habitantes de Jerusalém, tomai conhecimento disto e atentai nas minhas palavras. 15Estes homens não estão embriagados, como vindes pensando, sendo esta a terceira hora do dia. 16 Mas o que ocorre é o que foi dito por intermédio do profeta Joel: 17 E acontecerá nos últimos dias, diz o Senhor, que derramarei do meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos jovens terão visões, e sonharão vossos velhos; 18 até sobre os meus servos e sobre as minhas servas derramarei do meu Espírito naqueles dias, e profetizarão. 19 Mostrarei prodígios em cima no céu e sinais embaixo na terra: sangue, fogo e vapor de fumaça. 20 O sol se converterá em trevas, e a lua, em sangue, antes que venha o grande e glorioso Dia do Senhor. 21E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.” (Atos 2:5-21 ARA)2.

O derramamento do Espírito se manifestou por meio do dom de línguas, que não teria sentido se o evangelho não devesse ir a outras nações. Já que os primeiros discípulos de Cristo eram judeus, eles constituíam o núcleo que devia levar avante essa obra.1

“A grande comissão se cumpriu no dia de Pentecostes. O derramamento do Espírito Santo tinha como objetivo a evangelização do mundo. Esse derramamento inicial do Espírito produziu grandes resultados nesse dia. Contudo, isso foi apenas um prenúncio dos resultados muito maiores que viriam nos anos seguintes.”1

“O sermão de Pedro continha alguns pontos importantes que têm relevância até hoje:”1

“Primeiro: As profecias e promessas do Antigo Testamento são cumpridas em Cristo (Atos 2:17-21), uma verdade revelada através das poderosas obras e sinais que acompanharam Seu ministério, bem como por intermédio de Sua morte e ressurreição (v. 22-24).”1

“Segundo: Jesus foi exaltado, colocado à direita de Deus, e agora é o Cristo (Messias) e Senhor de todos (v. 33-36). NEle, todos os que se arrependem e são batizados recebem o perdão dos pecados (v. 38, 39).”1

“Vemos o ativo e falante discípulo Pedro defendendo sua crença em Jesus. Ele foi chamado por Cristo para ser um líder forte nos primeiros dias da igreja. Embora conhecesse menos lugares, fosse menos eficiente e menos adaptável a outras culturas e religiões do que o apóstolo Paulo (Gl 2:11-14), Pedro abriu caminho para que o evangelho chegasse a 15 nações quando pregou aos judeus da diáspora que estavam em Jerusalém.

Dessa forma, usou uma ponte muito importante para levar as boas-novas à região do mundo que, em sua época, constituía o Oriente Médio.

 

APRENDENDO COM JESUS

Os gregos e Jesus

Ora, entre os que subiram para adorar durante a festa, havia alguns gregos; estes, pois, se dirigiram a Filipe, que era de Betsaida da Galileia, elhe rogaram: Senhor, queremos ver Jesus. Filipe foi dizê-lo a André, e André e Filipe o comunicaram a Jesus. Respondeu-lhes Jesus: É chegada a hora de ser glorificado o Filho do homem’ (Jo 12:20-23).

Como esse incidente nos ajuda a compreender o sincero clamor das pessoas, em toda parte, por salvação, esperança e respostas que só podem ser encontradas em Jesus?”

Pessoas de outras nações desejavam conhecer Jesus, e pediram aos discípulos que os levassem a Ele. Da mesma forma, há muitos hoje em dia que anseiam encontrá-Lo.

“Esses gregos eram provavelmente conversos ao judaísmo, uma vez que lhes foi permitido entrar na área do templo, pelo menos até ao pátio dos gentios.

Comentaristas têm notado que os gregos foram até Filipe, que, embora judeu, tinha nome grego, o que talvez os tivesse atraído a ele.

Assim, embora uma obra cristã pioneira possa ser realizada por missionários estrangeiros que tenham sensibilidade cultural e uma solidária compreensão das pessoas que desejam ganhar para Cristo, o trabalho inicial mais eficaz é feito por pessoas que têm a mesma cultura ou experiência das pessoas a serem alcançadas.”

“Os gregos vieram somente alguns dias antes da crucifixão de Jesus. Sem dúvida ficaram impressionados com Suas palavras sobre Seu sofrimento, morte e vitória final.

Além disso, a voz do Céu lhes deu o que pensar. Jesus teria sido encorajado pelo desejo deles de vê-Lo.

A chegada deles assinalou o início da evangelização mundial. Ela foi predita até pelos fariseus, que exclamaram: ‘Eis aí vai o mundo após Ele’ (João 12:19).”

“O que vemos nessa narrativa são homens de fora do judaísmo que desejavam ir a Jesus. Que sinal de que o mundo estava pronto para Sua morte expiatória!

Esses gregos, representando as nações, tribos e povos do mundo, estavam sendo atraí­dos para Ele. Em breve a cruz do Salvador atrairia a Ele as pessoas de todas as terras e de todas as épocas subsequentes (v. 32). Os discípulos encontrariam o mundo pronto para receber o evangelho.”

Mas eu vos digo que muitos virão do oriente e do ocidente, e assentar-se-ão à mesa com Abraão, e Isaque, e Jacó, no reino dos céus; E os filhos do reino serão lançados nas trevas exteriores; ali haverá pranto e ranger de dentes.
Mateus 8:11,12

“Leia João 12:20-32. O que Jesus estava querendo dizer ao falar sobre perder a vida para preservá-la? Dentro do contexto imediato da passagem, por que Ele disse isso? Você já experimentou isso?”1


***

 

APRENDENDO COM MARCOS (PARTE 02)

   










Quem era Marcos, o Autor do Evangelho?


Marcos, o autor do segundo livro da Bíblia era judeu de uma tribo de Levi. Seu nome de origem era João. Depois tomou um sobrenome romano - Marcos - At 12:12 . Isto se fez necessário em razão de o Império Romano estar presente em todas as regiões por onde viaja, na companhia dos apóstolos.


Ele foi o criador do gênero literário Evangelho. Apesar de seu livro ser o segundo em nossas Bíblias, foi ele quem primeiro escreveu. Além de autor do segundo dos evangelhos sinóticos é considerado o fundador da igreja do Egito. A principal fonte de informações sobre sua vida está no livro Atos dos Apóstolos.

Filho de Maria de Jerusalém e sobrinho/primo de Barnabé - Cl 4:10. Não pertenceu ao grupo dos doze apóstolos originais. Foi convertido à fé cristã depois da morte de Jesus e batizado pelo próprio Pedro, que costumava freqüentar a casa de seus pais, juntamente com Maria mãe de Jesus e outros cristãos primitivos. Assim já fazia parte de uma das primeiras famílias cristãs de Jerusalém, quando Paulo e Barnabé chegaram a Jerusalém, no ano 44, trazendo os auxílios da Igreja de Antioquia, na hoje Turquia.

Depois acompanhou Barnabé e Paulo na volta à Antióquia - At 12:25 ., em viagem missionária, onde atuou como auxiliar de Paulo - At 13:5 . Mas, quando chegaram a Perge, na Panfília, desentendeu-se com o apóstolo, deixou-os e voltou para Jerusalém - At 13:13.

Por volta do ano 50, quando Paulo e Barnabé voltaram à Jerusalém e depois de terem resolvidos os problemas eclesiásticos, decidiram empreender uma segunda viagem missionária. Neste momento, Barnabé convida João Marcos para os acompanhar novamente e Paulo não concorda, em razão da desavença que tiveram em Perge e pelo fato de João ter abandonado o grupo. Em razão do desentendimento entre Paulo e Barnabé, por causa de Marcos, eles se separaram. Barnabé, seguiu então para a ilha de Chipre e levou João Marcos em sua companhia. 

Nesta viagem, com Barnabé, Marcos amadureceu, fundou igrejas e depois foi para Roma, visitar e vencer suas mágoas com Paulo, prisioneiro naquela cidade.

Seu nome aparece nas epístolas de Paulo, que se refere a ele como um de seus colaboradores que enviavam saudações de Roma. Paulo adquire por ele uma elevda consideração - 2Tm 4:11.

Em seguida, Marcos passa a trabalhar com Pedro durante um tempo considerável do seu ministério, gozando da sua íntima amizade, e auxiliando-o como seu intérprete ou secretário. Pedro também aprende a amá-lo, a ponto de chamálo de filho - 1Pe 5:13.

Neste período começou a escrever seu Evangelho. Estando na companhia de Pedro, no ano 56, com base nas informações obtidas com ele, escreve seu livro que vai ser a base para os outros evangelistas também escreverem posteriormente.

A Igreja Católica diz que foi em Roma que Marcos conheceu e trabalhou com Pedro, como se a igreja de Roma fosse a sede e Pedro fosse o seu Pastor Presidente, ou papa, como gostam de chamar. Não é verdade essa informação. Pedro nunca pastoreou a igreja em Roma, nem há notícias de que tenha estado lá.

João Marcos, que até os anos 67 atuava em Chipre e em Éfeso, na Ásia Menor, depois da morte de Paulo e da perseguição que os apóstolos e evangelistas passaram a sofrer em Roma e nas cidades da Ásia, mudou-se para o Egito e lá fixou-se, na cidade de Alexandria.

Segundo a tradição, na cidade egípcia fundou e foi o primeiro Patriarca da Igreja Copta Egipícia. Ele também foi martirizado em Alexandria, no dia da Páscoa, enquanto celebrava o santo sacrifício da missa, e teve seu corpo arrastado por uma parelha de cavalos, aos 54 anos.

Seu Evangelho, que teria sido concluído antes de sair da Ásia Menor, destinou-se aos cristãos provenientes do paganismo e tem um estilo simples e vigoroso e com seus 661 versículos. É o mais curto se comparado aos demais, mas traz uma visão toda especial, de quem conviveu e acompanhou a paixão de Jesus quando ainda era criança. Contou com maestria a vida do divino personagem mesmo não tendo acompanhado seus passos, conseguindo narrar os milagres de forma mais simples e clara.

No século II, o bispo Pápias de Hierápolis, Anatólia, afirmou que ele teria sido intérprete de Pedro. Embora sejam parcas as informações sobre o evangelista, é indiscutível sua importante participação nos primeiros tempos da igreja cristã.

Na Itália seu nome está ligado à cidade de Veneza, para onde mercadores venezianos provenientes de Alexandria, transportaram o que diziam ser as suas relíquias (828) e a cidade veneziana o tomou como padroeiro desde então. Seu símbolo como evangelista é o leão e a Igreja Católica festeja seu dia em 25 de abril, data em que o evangelista teria sido martirizado.

Alguns estudiosos defendem que a casa onde se celebrou a Última Ceia, quando Jesus instituiu a Santa Céia, era a de seus pais e que o Jardim de Getsêmani pertencia a sua família. E que, também, foi naquela casa que os apóstolos receberam a visita do Espírito Santo, após a ressurreição.

João Marcos parece ter aparecido em sua própria narrativa quando fala, por duas vezes de um jovem que estava coberto com um lençol branco e que acompanhava Jesus, no Getsêmani, no dia de sua prisão - Mc 14:51 ; e parece ter sido ele, também, o jovem com vestes brancas que aparece às três Marias no dia da ressurreição - Mc 16:5.
Em Cristo, Ev. Sandoval Juliano - 12.05.2010.

APRENDENDO COM ZIBA


   








Um servo chamado Ziba


II Sm 16.1-4 e19.24 a30
 Ziba era um servo de Saul. Mas não era um servo qualquer, era o administrador dos bens do seu senhor. Ele tinha o controle das propriedades em suas mãos. Com a morte de Saul e seus descendentes, Ziba ficou numa posição privilegiada: continuou administrando os bens da família (inclusive os conservos) até que algum herdeiro legítimo viesse reclamá-los, caso contrário, tudo ficaria com a sua família e seus descendentes, uma espécie de usucapião. Ziba estava tranqüilo porque o único que poderia reclamar algo era o aleijado e foragido Mefibosete. Não havia nenhum risco deste aparecer, pois poderia ser morto por ser descendente da antiga família real. Portanto, este não representava ameaça alguma. Até o dia que Ziba recebeu um recado que Davi, o rei de Israel, queria falar com ele. Quando Davi pergunta se havia algum descendente vivo de Jonatas, Ziba não hesita em dedurar o paradeiro de Mefibosete. Com certeza Davi dará cabo desta ameaça, pensou.
Até então, não conhecíamos o caráter deste "humilde servo", como ele se apresenta. Quando nos sentimos ameaçados, nosso coração começa a traçar planos iníquos para se proteger. Ziba tinha filhos ... e servos... e desfrutava de uma posição que não queria perder. É conveniente que Mefibosete morra para que Ziba não perca "suas" posses. É melhor dar fim na existência daquele aleijado do que EU descer de nível. O ganancioso não considera nada nem ninguém além de si. São nestas situações que homens como Ziba mostram realmente quem são.
Mas o tiro saiu pela culatra. Para sua surpresa, Davi não manda matar Mefibosete. Manda restituir. Que desgraça esta, não? A inveja mata. Mata a alegria, o amor ao próximo, a inveja deseja matar e em muitos casos manda matar. Invejar é desejar atributos, posses, status ou habilidades de outras pessoas. O invejoso ri com os que choram e chora com os que riem.
O plano de Ziba falhou porque ele contava que o mal seria seu aliado. O invejoso odeia o bem quando não é ele o beneficiado. O invejoso não consegue fazer ninguém feliz porque não quer ver ninguém feliz além dele. A inveja cega!
Agora Ziba só pensava em uma coisa: reaver "suas" posses e status de volta. A oportunidade aconteceu quando Davi precisou fugir de Absalão. Ziba aproveitou a oportunidade para demonstrar sua astúcia egoísta. Deixa Mefibosete para trás, bajula Davi e inventa uma mentira. Seu plano dá certo! Agora as terras são "oficialmente" suas, dadas pelo rei. Ambição egocêntrica... nestas horas o individualismo fala mais alto, ou melhor, fala sozinho.  O egocêntrico carrega um amor exagerado a si próprio. Tem um pensamento equivocado sobre seu lugar no mundo e na sociedade. Insiste em firmar sua pessoa como a mais importante em toda e qualquer situação e quer ter prioridadeem tudo. Há uma predileção nata às coisas que são de interesse pessoal. Sua atitude egoísta aparece quando se trata de receber benefícios e se acovarda quando se trata de assumir responsabilidades ou beneficiar os outros. Ziba desconsiderou os sentimentos e necessidades alheias e foi Incapaz de demonstrar amor a Deus e ao próximo.  Mas ele conseguiu o que tanto desejou.
Só que a história não termina aí, e o desfecho desta não é o maravilhoso golpe de Ziba. O desfecho pertence aos nobres. No retorno de Davi, este encontra com Mefibosete que conta sua versão da história. Até então Davi só conhecia o relato de Ziba . Em quem acreditar? Muito sábio, Davi ordena que as terras de Saul sejam divididas. Aí Mefibosete mostra seu caráter:
- Dê ao ambicioso o que deseja sua ambição, pois é tudo o que ele terá!
Inveja, egoísmo, ambição, mentira e iniqüidade não prevalecem sobre a bondade, a generosidade, o sentimento de gratidão e o amor ao próximo. Mesmo que aquele pense que saiu ganhando.
Com quem você se identifica? Não hesite em abrir mão de seus direitos para ganhar um bem maior: o reconhecimento do Rei! Pense no que você já possui: um tesouro que ninguém pode tirar da sua mão. E quanto mais você compartilhar deste tesouro, mais você ganhará.


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APRENDENDO COM SIMÃO


 











SIMÃO, O FARISEU


Lucas7.36 a 50
 Existiam certas regras sociais que deviam ser observadasem Israel. Hospitalidadeera levada a sério pelo judeu. Ser hospitaleiro era uma obrigação para este povo, pois a lei dizia:

 Como o natural, será entre vós o estrangeiro que peregrina convosco; amá-lo-eis como a vós mesmos, pois estrangeiros fostes na terra do Egito. Eu sou o SENHOR, vosso Deus. Amai, pois, o estrangeiro, porque fostes estrangeiros na terra do Egito.  Lv 19:34 e Dt 10:19

 Da mesma forma, o título "fariseu" dizia muito àquela sociedade. Um fariseu era extremamente zeloso quanto o cumprimento da Lei e conhecia muito bem a Torah. Certa vez, um fariseu chamado Simão convidou Jesus para jantar em sua casa. Jesus aceitou de bom grado. Este fato é muito curioso, pois havia uma disparidade enorme entre Jesus e os fariseus. Estes ficavam profundamente escandalizados com as atitudes do Mestre. Jesus andava com pecadores, comia com publicanos, conversava com prostitutas, tocava em leprosos e tinha fama de comilão e bebedor de vinho. Isto para não mencionar as curas e trabalhos nos sábados entre outras tantas "transgressões"...

Jesus fazia tudo isto de fato. E justamente por isso batia de frente com as tradições, o zelo doentio e as interpretações legalistas dos fariseus. Estes ficavam profundamente incomodados com seus atos e palavras.

Qual era, então, a intenção de Simão abrir as portas de sua casa e compartilhar a intimidade de sua mesa com este homem tão polêmico? Minha interpretação é que ele não tinha nenhuma intenção de honrar o Senhor Jesus, mas apenas especular "qual é a deste cara?". Sua falta nos cuidados sociais mínimos para com o hóspede deixa claro seu menosprezo à pessoa de Jesus: não ofereceu água para lavar seus pés, não o cumprimentou com um beijo nem forneceu óleo para ungir sua cabeça. Modos um tanto estranhos para nós, mas perfeitamente aceitável para aquela cultura. Simão, como muitos outros fariseus, sofriam do mesmo o problema básico: falta de vivacidade espiritual. Embora fossem autoridades religiosas, não tinham vida espiritual. Religiosidade nada tem a ver com espiritualidade. Aliás, religiosidade mata espiritualidade. Simão era indiferente às necessidades e sentimentos alheios. O religioso geralmente é egoísta; ama o comodismo; não demonstra nenhum amor e nenhuma preocupação por pessoas não salvas. Sua fé não tem alegria. Fala muito, mas é estéril. Suas orações são longas e bem elaboradas, mas carentes de piedade.

Sendo fariseu, Simão sabia de suas obrigações sociais para com seu hóspede, mas certamente contemporizava: Ele não é estrangeiro, então estou desobrigado de cumprir a Lei e posso abrir mão da minha "boa educação" que não estarei pecando. É assim que um fariseu pensa. Ele vive entre duas enormes muralhas: pode / não pode. Não conseguem ir além, ultrapassar estes limites.

Jesus conhecia bem o coração empedernecido dos fariseus, e por isso ele denunciava: Raça de víboras, vocês torcem a Lei para lhes favorecer (Mc 7.10-13).

Foi nesta ocasião que uma mulher de má fama entra e tocaem Jesus. Rapidamente Simãoanalisa a situação, julga e condena os dois em seu coração: "Esta situação é inaceitável! Além do mais, este Jesus não é um homem de Deus, senão ele saberia quem é esta mulher..." 

A mente de um fariseu é engessada e seca como uma múmia. Simão jamais conseguiu compreender o princípio fundamental da Lei: Amar a Deus e ao próximo. E foi isto que Jesus veio mostrar e demonstrar ao mundo.

Simão não conhecia palavras como amor, atenção, tolerância e perdão. Pessoas como ele só conhecem palavras como lei, transgressão, julgamento e condenação. E exclusão! Um fariseu não sabe o que é ser livre. Quando ouvem a palavra liberdade, logo associam com "pecar", nunca com "amar". 

Liberdade para pecar chama-se libertinagem. É o que o mundo oferece, o que todo mundo procura. A liberdade que aquela mulher experimentou, de se achegar a Cristo, beijá-lo, ungi-lo, molhar seus pés com suas lágrimas e enxugar com seus cabelos é uma liberdade que jamais seria entendida por Simão, tão absurda que ele possa achar. Mas esta é a liberdade que Cristo nos oferece. Não liberdade para pecar, mas liberdade para amar a Deus, amar o próximo, louvar, adorar e servir.
Nossas ações, todos vêem, nossas intenções não. Só você e Deus sabem.
E pode ter certeza: Ele está mais interessado nas nossas intenções do que nas nossas ações.
Analise sempre: quais são suas intenções ao planejar ou fazer qualquer coisa, por mais espiritual que você queira parecer. A quem louvará? Quem exaltará?

Segundo, não julgue ninguém pela aparência. Embora possa parecer espiritual ou não, somente Deus tem o poder de sondar nossos corações.
Terceiro, não busque sua própria honra, mas dê honra a quem é devida.

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APRENDENDO COM JABES

  APRENDENDO COM JABES O m enino  p rodígio da  g enealogia!   Alguém já disse certa vez que existe muito pouca diferença entre as pessoas –...