APRENDENDO COM DÉBORA
A história de Débora acrescenta detalhes interessantes.
Ali vemos o povo de Deus sofrendo opressão, com possibilidades praticamente nulas de vitória.
Isso encontra paralelo no que observamos em Apocalipse 12, que relata uma disputa muito desigual entre um dragão de sete cabeças e um bebê recém-nascido.
Os principais personagens da história incluem Jabim, rei de Canaã, Sísera, o comandante de seu exército, e Débora, uma profetisa e juíza (alguém que resolvia disputas civis entre partes opostas) que tinha um grau muito incomum de autoridade e influência para uma mulher daquela época.
Leia Juízes 4.
A heroína da história foi a esposa de Héber, Jael, que não teve medo de se identificar com o povo de Deus e que desempenhou um papel fundamental na derrota dos inimigos do Senhor.
De nossa perspectiva atual, não é fácil julgar os atos de Jael. Porém, a última coisa que deveríamos fazer é usar os atos dela para justificar o engano e a violência como meios para alcançar nossos fins, não importa o quanto esses fins sejam corretos.
Nas conversas anteriores ao conflito, Débora assegurou a Baraque que a batalha seria de Deus. Dois verbos foram usados para descrever como Deus faria isso (Jz 4:7). Ele faria com que Sísera fosse (no original, a expressão indica a ideia de atrair ou arrastar, sugerindo o ato de pegar um peixe numa rede) até o ribeiro Quisom, onde o “entregaria” nas mãos de Baraque.
O cântico de ação de graças de Débora (Juízes 5) revela alguns dos detalhes. Por causa de uma pesada chuva, os carros de Sísera ficaram atolados nas estreitas passagens próximas ao ribeiro Quisom. Os céus e as nuvens “gotejaram” e as montanhas “se derreteram” em água (5:4, 5), e Israel foi livrado.
Pense na confiança que esses homens de guerra tiveram em Débora. Embora, em certo nível, isso tenha sido bom, por que sempre devemos ter cuidado com o grau de confiança que depositamos em qualquer pessoa?
***