quarta-feira, 17 de outubro de 2018

APRENDENDO COM TIMÓTEO (PARTE 4)


A MALDADE DOS ÚLTIMOS DIAS
"E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor de muitos se esfriará. Mas aquele que perseverar até ao fim será salvo." (Mateus 24:12-13)
Desde os primórdios a biblia relata atos de crueldade, mas nunca houve um tempo como o que estamos vivendo !!!
Uma época onde as atrocidades se revelam com requintes de maldade como nunca antes visto
Em 2 Timóteo 3, Paulo dá uma descrição profética de como será o comportamento da humanidade nos últimos dias.
Ele apresenta uma lista detalhada das características malignas que habitarão o coração da humanidade. Ele alerta para o comportamento dos impostores da fé, e se alegra pelo fato de Timóteo seguir de perto o seu exemplo.
Por fim, ele mostra como devemos nos apegar as Escrituras Sagradas. Elas são suficientes para o crescimento,
desenvolvimento e amadurecimento do cristão. Ela é a voz de Deus, ministrada pelo Espírito Santo nos dias atuais.
Dias Terríveis
“SAIBA DISTO: NOS ÚLTIMOS DIAS SOBREVIRÃO TEMPOS TERRÍVEIS”. (2 TIMÓTEO 3:1)
Timóteo precisa saber que nos últimos dias, nos tempos do evangelho, sobrevirão tempos trabalhosos.
Embora os tempos do evangelho fossem tempos de restauração em muitos sentidos, ele precisa saber que mesmo nos tempos do evangelho haveria tempos trabalhosos.
Não tanto por causa de perseguição de fora, mas por causa das corrupções internas. Esses seriam tempos difíceis, em que seria complicado para uma pessoa manter uma boa consciência.
O apóstolo não diz: “Tempos trabalhosos virão, porque judeus e gentios se unirão para erradicar o cristianismo”; mas: “tempos trabalhosos virão, porque esses que têm aparência de piedade (v. 5) serão corruptos e perversos e farão um grande mal à Igreja”.
Dois traidores dentro da guarnição podem fazer mais estrago a ela do que dois mil sitiadores do lado de fora. Tempos trabalhosos virão, porque as pessoas serão más.
O Pecado Torna os Tempos Trabalhosos
Quando há uma corrupção geral de conduta e de temperamento nas pessoas, isso torna os tempos perigosos para se viver; porque é difícil manter nossa integridade no meio da corrupção geral.
A vinda de tempos trabalhosos é uma evidência da verdade das predições bíblicas. Se o acontecimento nesse sentido não correspondesse à profecia, podíamos ser tentados a questionar a divindade da Bíblia.
Estamos todos preocupados em conhecer essas coisas, em crer e considerá-las, para que não sejamos surpreendidos quando virmos os tempos trabalhosos: Sabe, porém, isto.
Paulo conta a Timóteo qual é o motivo que tornaria esses tempos trabalhosos, ou quais serão as marcas e sinais por meio dos quais esses tempos serão conhecidos.
O Amor-Próprio Tornará os Tempos Trabalhosos
Quem não ama a si mesmo? Mas, aqui se tem em mente um amor-próprio irregular e pecaminoso. As pessoas amam o seu eu carnal mais do que o seu eu espiritual.
Elas têm prazer em gratificar seus próprios desejos mais do que agradar a Deus e cumprir o seu dever. Em vez da caridade cristã, que cuida do bem-estar dos outros, elas somente se preocupam consigo mesmas e preferem sua própria gratificação à edificação da Igreja.
A Avareza
O amor-próprio traz consigo uma sucessão de pecados e prejuízos. Quando as pessoas são amantes de si mesmas, nenhum bem pode ser esperado delas, porque todo bem deve ser esperado daquelas que amam a Deus de todo coração.
Quando a avareza geralmente prevalece, cada pessoa busca obter mais e manter aquilo que tem. Isso torna as pessoas perigosas umas para as outras e obriga a cada uma delas ficar de prontidão em relação ao seu próximo.
Orgulho e Vanglória
Os tempos são trabalhosos quando as pessoas, sendo orgulhosas de si mesmas, são presunçosas e blasfemas; blasfemas diante das pessoas a quem desprezam e as quais olham com escárnio, e blasfemas de Deus e do seu nome.
Quando as pessoas não temem a Deus, não respeitam as pessoas, e vice-versa. Quando os filhos são desobedientes aos pais e não cumprem as obrigações para com eles tanto no dever quanto na gratidão.
E frequentemente nos interesses, tendo sua dependência deles e sua expectativa deles, eles tornam os tempos trabalhosos; pois, que tipo de maldade não cometerão aqueles que são abusivos contra os seus próprios pais e se rebelam contra eles?
Ingratidão e Profanação
Ingratidão e profanação tornam os tempos trabalhosos, e essas duas geralmente andam juntas.
Por qual motivo as pessoas se tornam profanas e sem temor a Deus, sendo ingratas em relação às misericórdias de Deus? A ingratidão e a impiedade andam juntas.
Não tem como chamar alguém com um nome pior do que chamá-lo de ingrato. Ingrato e impuro, corrompido com desejos carnais, que é um exemplo de grande ingratidão para com esse Deus que proveu tão bem para a manutenção do corpo.
Abusamos dos seus dons, se os tornamos o alimento e combustível para os nossos desejos.
Sem Afeto Natural
“SEM AMOR PELA FAMÍLIA, IRRECONCILIÁVEIS, CALUNIADORES, SEM DOMÍNIO PRÓPRIO, CRUÉIS, INIMIGOS DO BEM” (2 TIMÓTEO 3.3)
Os tempos são trabalhosos quando as pessoas não buscam andar de acordo com a natureza ou honestidade comum, quando estão sem afeto natural e são irreconciliáveis.
Existe um afeto natural em todos. Onde quer que haja a natureza humana, deveria haver humanidade ou humanitarismo para com aqueles da mesma natureza, mas especialmente entre os familiares.
Os tempos são trabalhosos quando os filhos são desobedientes aos seus pais e quando os pais não demonstram o afeto natural pelos filhos. Veja o tipo de corrupção da natureza que o pecado é, como destitui as pessoas daquilo que a natureza implantou nelas para a manutenção da sua própria espécie.
Pois o afeto natural dos pais pelos filhos é o que contribui muito para a conservação da humanidade na terra. Não é de admirar que essas pessoas que não estão ligadas por afetos naturais não estejam ligadas às alianças e pactos mais solenes.
Elas são irreconciliáveis, ou implacáveis, que não se importam com os compromissos que assumiram. Os tempos são trabalhosos quando as pessoas são caluniadoras umas com as outras.
“Endiabrados”
Uns com os outros, não se importando com o bom nome dos outros, ou com as obrigações religiosas de um voto ou juramento, mas achando que têm toda liberdade de pensar e falar o que bem desejarem (SaImos 12.4).
Quando as pessoas não têm controle sobre si mesmas e sobre seus próprios apetites: não têm controle em relação aos seus próprios apetites, porque são incontinentes; em relação às suas próprias paixões, porque são cruéis.
Quando não há governo sobre seus próprios espíritos, e, portanto, são como uma cidade que está destruída e não tem paredes. Elas logo são incendiadas diante da menor provocação.
Quando aquilo que é bom e deveria ser honrado é geralmente desprezado e visto com desdém. E o orgulho dos perseguidores quando olham com desdém para pessoas justas, embora sejam melhores do que seus vizinhos.
Quando as pessoas são geralmente traiçoeiras, obstinadas e arrogantes, os tempos são trabalhosos (v. 4) – quando as pessoas são traidoras, obstinadas, orgulhosas.
Nosso Salvador predisse que o irmão entregaria à morte o irmão, e o pai, o filho (Mateus 10.21), e esses são o pior tipo de traidores. Esses que entregam suas Bíblias a perseguidores eram chamados de traidores, porque traíam a confiança depositada neles.
Quando as pessoas são petulantes e inchadas de orgulho, conduzindo-se desdenhosamente para com todos, e quando esse temperamento geralmente prevalece, os tempos são trabalhosos.
Amigos dos Prazeres
Quando as pessoas geralmente são mais amigas dos deleites do que amigas de Deus. Quando existem mais epicureus do que verdadeiros cristãos, então os tempos são realmente maus.
Deus deve ser amado acima de tudo. É uma mente carnal e cheia de animosidade contra ele, aquela que coloca qualquer coisa na frente dele, especialmente uma coisa tão sórdida como os prazeres carnais.
Quando, não obstante a tudo, essas pessoas têm aparência de piedade (v. 5), são chamadas pelo nome de cristão, batizadas na fé cristã, fazendo da religião um espetáculo.
Mas, independentemente de quão plausível aparenta ser sua piedade, negam a eficácia dela. Quando elas tomam sobre si a aparência que deveriam trazer e traria junto consigo a eficácia, elas separam aquilo que Deus uniu.
Elas simulam a aparência de piedade, para tirar o seu opróbrio; mas não se submetem à eficácia dela, para tirar o seu pecado.
As pessoas podem ser muito más e perversas em relação à profissão de fé; elas podem ser amantes de si mesmas etc., mas ter a aparência de piedade.
A aparência da piedade é uma coisa muito diferente do que a eficácia dela. As pessoas podem ter uma coisa e estar completamente destituídas da outra.
Sim, elas negam isso, pelo menos de maneira prática na sua vida. Os cristãos justos devem se afastar desse tipo de pessoas.
***

APRENDENDO COM SALOMÃO (PARTE 16)



NOVIDADES

Palavras de Salomão, filho de Davi, rei em Jerusalém. Vaidade de vaidades, diz o pregador, vaidade de vaidades! Tudo é vaidade. Que proveito tem o homem, de todo o seu trabalho, que faz debaixo do sol? 

Uma geração vai, e outra geração vem; mas a terra para sempre permanece. Nasce o sol, e o sol se põe, e apressa-se e volta ao seu lugar de onde nasceu.

O vento vai para o sul, e faz o seu giro para o norte; continuamente vai girando o vento, e volta fazendo os seus circuitos. Todos os rios vão para o mar, e contudo o mar não se enche; ao lugar para onde os rios vão, para ali tornam eles a correr.

Todas as coisas são trabalhosas; o homem não o pode exprimir; os olhos não se fartam de ver, nem os ouvidos se enchem de ouvir.

O que foi, isso é o que há de ser; e o que se fez, isso se fará; de modo que nada há de novo debaixo do sol.
(Eclesiastes 1:1-9)

Se alguém perguntasse ao rei Salomão no momento que ele estava escrevendo o livro de Eclesiastes:

“Quais são as novidades meu REI?”

Certamente ele iria dizer: “Nenhuma!”

Esta declaração pessimista só poderia ser motivada por uma separação da presença de Deus.

Salomão havia se distanciado de alguns princípios da lei de Deus.

Apesar de ter experimentado todos os excessos da vida, Salomão se esqueceu de renovar as forças com Deus.

Salomão em toda sua existência buscou com zelo sabedoria, teve tudo que quis do bom e do melhor, se exercitou, aprendeu, evoluiu, conheceu de tudo e teve discernimento das coisas ruins que acontecem e no final de sua vida concluiu que tudo era vaidade e aflição de espírito

Encheu de sabedoria sua mente, mas também se enfadou com tanto conhecimento.

Embora temente a Deus, falhou, se afastou das exigências de Deus, a ponto de se sentir pessimista demais, ao dizer: “nada de novo acontece debaixo do sol”.

De uma coisa Salomão tinha razão, quando aumenta nosso conhecimento, somos mais requisitados, somos mais "explorados" no bom e mau sentido da palavra, seja no trabalho que é mais dobrado, mais responsabilidade, quanto mais eficiente, somos mais exigidos e solicitados

Porque na muita sabedoria há muito enfado; e o que aumenta em conhecimento, aumenta em dor.
(Eclesiastes 1:18)

Ou seja, trabalhamos mais, cansamos mais, somos mais elogiados, porém mais cobrados, mais procurado para resolver problemas e tudo quanto se faz tudo bem feito, mas cansa, mas fadiga nosso corpo e nosso emocional.

Ninguém dá muito trabalho para quem não tem tanta competência. Quanto mais você se destaca, mas enfadado você fica

Salomão se virou neste estágio de saber tudo e foi muito requisitado, foi um rei excelente, na contabilidade geral da sua vida, o fim foi trágico, pois não viu mais novidade na vida

Quando paramos pra pensar e não vemos nenhuma novidade, não sentimos mais a presença de Deus nos informando que ele nos concedeu mais um dia de vida, mais algumas horas cheias de novidades

Novidades são oportunidades que Deus nos dá a cada dia, para revermos alguns conceitos, acertarmos algumas falhas, melhorarmos o nosso caráter, para amar mais a vida, amar as pessoas, perseverar em fazer o bem, ser mais justo, honesto, melhorar os relacionamentos pessoais, tudo isso para manter o sentido da vida em evidência

Deus é misericordioso e nos concede muitas novidades a cada manhã. Temos que ver a vida com os olhos de Deus, pela perspectiva Dele, tudo é possível ao que crê

Se tu podes crer, tudo é possível ao que crê. (Marcos 9:23)

Salomão perdeu a fé, não tinha visto nenhuma possibilidade, a finalidade de sua vida era governar a nação que Deus o escolheu para ser líder

Sua desobediência o afastou dos propósitos divinos e como consequência perdeu o sentido da vida, e agora teria de lidar com o enfado, a insatisfação e o pessimismo exagerado

Muita gente pode estar fazendo o mesmo, procurando sentido da vida, mas se enchendo de trabalho, de ansiedade, de preocupação, angustia, sofrimento, dividas e falta de amor e justiça

Há muita gente sem condições de apreciar a beleza da vida, sem contato com a natureza, sem bons relacionamentos, sem a presença de Deus e perdem todas as oportunidades para ser feliz, não aproveita as novidades que Deus prepara todos os dias

Deus está sempre se importando conosco, a vida é um convite para as novidades.

Os excessos, as dúvidas, os anseios do coração do homem e a falta de fé, tiram o foco das novidades.

E cada dia que passa é uma nova chance desperdiçada para recomeçar

Não viva uma vida na mediocridade, busque a sabedoria e a excelência de Salomão, mas não deixe a peteca cair, não se iluda por caminhos mais fáceis, evite os extremos, viva com moderação, procure ser e não ter, apenas aproveite as novidades e veja muita coisa boa acontecer debaixo do sol 

APRENDENDO COM TITO (PARTE 3)



ORIENTAÇÕES PARA TITO
Em Tito 3, Paulo adverte o presbítero Tito sobre o comportamento dos cristãos na sociedade de uma maneira geral.
Assim como em Tito 2 devia ensiná-los sobre como proceder no trabalho, nos relacionamentos e que deviam fugir dos pecados da língua.
Estes cristãos deviam ser influenciados pelo Espírito Santo, isto porque já haviam sido lavados pelo poderoso sangue de Jesus.
Mais uma vez Tito é advertido a defender a fé evangélica, no entanto deve evitar discussões e debates improdutivos.
Tito 3. 1 – 6: Influenciados pelo Espírito Santo
Mais uma vez Paulo destaca o bom relacionamento. Tito devia advertir continuamente aos cristãos de Creta, que não deviam ser desordeiros, mas bondosos.
Além disso, eles deviam fugir dos pecados da língua. Calúnia, difamação e mentira não deviam fazer parte de suas conversas.
Paulo explica que isso era comum antes, quando éramos amantes do pecado. Agora em Cristo tudo isso ficou para trás.
Tito 3. 8 – 11: Tito deve defender a fé, mas evitar as discussões tolas
Tito devia empenhar-se o ensino e defendê-lo a todo custo.
No entanto, discussões tolas, intermináveis e que não edificam devem ser evitadas. Tito não devia se desgastar com isso.
Paulo o adverte de que sempre haverá pessoas procurando dividir a igreja.
Ele por sua vez, deveria confrontar essas pessoas por algumas vezes, após isso o desgaste é desnecessário.
Tito 3. 12 – 15: Ajuda a caminho
Paulo diz a Tito que está prestes a enviar alguns irmãos. Isso nos mostra que a obra de Deus não é feita por uma pessoa. Juntos somos sempre mais fortes.
Paulo encerra falando contra a improdutividade.
O Senhor Jesus Cristo quer que todos nós sejamos produtivos, do contrário seremos lançados fora (João 15.6).
Por fim, a graça a todos os que amam a fé. Se você ama a fé em Jesus, a graça de Deus permanece sobe a sua vida.
O Que Evitar?
“MAS NÃO ENTRES EM QUESTÕES LOUCAS, GENEALOGIAS E CONTENDAS, E NOS DEBATES ACERCA DA LEI; PORQUE SÃO COISAS INÚTEIS E VÃS. AO HOMEM HEREJE, DEPOIS DE UMA E OUTRA ADMOESTAÇÃO, EVITA-O”. (TITO 3.9,10)
Para que o propósito do apóstolo possa ser mais claro e completo, e especialmente adequado à situação da igreja em Creta, e para os muitos judaizantes no meio dela, ele mostra a Tito o que, em seu ensinamento, deveria evitar.
Existem questões necessárias a ser discutidas e esclarecidas, especialmente as que são úteis para o aperfeiçoamento e conhecimento; mas questões inúteis e loucas, que não visam à glória de Deus nem à edificação devem ser deixadas de lado.
Alguns podem aparentar sabedoria, mas são vaidosos, como muitos doutores judaicos, bem como estudiosos posteriores que afluíam com perguntas sem importância para a fé ou a prática cristã.
Tito devia evitar esses homens, “…genealogias”, dos deuses, alguns entendem, acerca dos quais os poetas pagãos faziam tanto barulho; ou que deixavam os judeus tão curiosos.
Algumas indagações úteis e legais podem ser feitas acerca dessas coisas, para ver o cumprimento das Escrituras em alguns casos e especialmente em relação à descendência de Jesus Cristo, o Messias.
Mas tudo aquilo que servia apenas para a ostentação e para alimentar a vaidade em relação a árvores genealógicas longas deveria ser abolido.
Esses mestres judaicos estavam dispostos a ocupar seu tempo e aborrecer seus ouvintes com essa distinção de famílias e tribos, que, desde a vinda de Cristo tinha ficado sem efeito.
Eles insistiam em querer impô-la novamente aos crentes. Tito deveria opor-se a essas coisas e considerá-las inúteis e vãs.
A Orientação de Paulo
Paulo orienta a Tito, sobre como deve evitar assuntos polêmicos no ensino e como deve lidar com um herege.
Tito não devia tolerar essas coisas, mas evitar e opor-se a elas, “…porque são coisas inúteis e vãs”. Isto se refere a todas as questões loucas e às genealogias, bem como àqueles que debatiam acerca da lei.
Eles estão tão longe de instruir e edificar na piedade que são obstáculos a ela.
A fé cristã e as boas obras, que devem ser colocadas em prática, serão enfraquecidas e prejudicadas por essas coisas, a paz da igreja, perturbada, e o avanço do evangelho, retardado.
Os ministros devem não somente ensinar coisas boas e úteis, mas evitar e opor-se às coisas más e vãs, que corrompem a fé e impedem a piedade e as boas obras.
O povo também não deveria ter coceira nos ouvidos, mas amar e adotar a sã doutrina, que melhor edifica a igreja.
***

APRENDENDO COM JESUS



BUSCANDO JESU EM VÃO
E, passando Jesus outra vez num barco para o outro lado, ajuntou-se a ele uma grande multidão; e ele estava junto do mar. (Marcos 5:21)
Por onde Jesus passava, sempre uma multidão se ajuntava buscando ele em vão, pois não estavam dispostos a aprender seus ensinamentos, a adorá-lo e reverenciá-lo
De vez em quando alguém se aproximava com mais liberdade para pedir algo
E eis que chegou um dos principais da sinagoga, por nome Jairo, e, vendo-o, prostrou-se aos seus pés, E rogava-lhe muito, dizendo: Minha filha está à morte; rogo-te que venhas e lhe imponhas as mãos, para que sare, e viva.
(
Marcos 5:22,23)
Jairo por ser um homem de status, de renome, conseguiu acesso ao mestre no meio da multidão, isso ele conseguiu com mais facilidade e fez um pedido a Jesus
E foi com ele, e seguia-o uma grande multidão, que o apertava.

Marcos 5:24
Jesus atende o pedido de Jairo, mas a multidão continua lhe apertando, muitos também queriam ser atendidos, cada um com uma motivação diferente e todos apertavam o mestre
Jesus atende todo mundo ao mesmo tempo? É claro que não. Não tem como!
Jesus vai analisando a motivação dos pedidos
Na multidão entra em cena uma mulher doente, cada vez com a situação pior, gastando todo seu dinheiro com os médicos e ninguém até então resolvia seu problema
E certa mulher que, havia doze anos, tinha um fluxo de sangue,
E que havia padecido muito com muitos médicos, e despendido tudo quanto tinha, nada lhe aproveitando isso, antes indo a pior;
Ouvindo falar de Jesus, veio por detrás, entre a multidão, e tocou na sua veste.

Marcos 5:25-27
Esta mulher ouviu falar de Jesus, assim como Jairo que também ouviu falar de Jesus
Jairo até por causa da sua posição teve acesso fácil no meio da multidão, creio que muita gente abriu alas quando Jairo chegou, logo uma mulher doente, sem fama e sem status na sociedade, teve mais dificuldades de se chegar perto de Jesus
Ela começou a buscar ele de modo diferente, com muita fé e com a motivação correta. Ela não só queria alivio para sua dor e incomodo. Não só para aliviar sua situação ela estava disposta, ela estava completamente disposta a adorá- lo 
Porque dizia: Se tão-somente tocar nas suas vestes, sararei.
E logo se lhe secou a fonte do seu sangue; e sentiu no seu corpo estar já curada daquele mal.

Marcos 5:28,29
Jesus sabia quem era Jairo no meio da multidão e sabia quem era a mulher. Jairo tinha recursos financeiros e a mulher não.
Notem que ele estava indo para a casa de Jairo, mas resolveu dar prioridade para a mulher. Jairo tinha um problema grave, sua filha estava quase morta. A mulher também tinha um problema gravíssimo, há 12 anos com hemorragia
Ele a percebeu, ele entendeu sua motivação, mas quis passar uma mensagem para a multidão
E logo Jesus, conhecendo que a virtude de si mesmo saíra, voltou-se para a multidão, e disse: Quem tocou nas minhas vestes? E disseram-lhe os seus discípulos: Vês que a multidão te aperta, e dizes: Quem me tocou? E ele olhava em redor, para ver a que isto fizera.

Marcos 5:30-32
Quem me tocou? Ora a multidão em geral tocava em Jesus! Apertava e empurrava!
Mas não é o toque das pessoas que tem poder!
É o toque de Jesus que traz cura, que traz alivio e que libera virtudes
O toque da mulher só mostrou a Jesus a motivação dela de adorá-lo caso ela seja curada ou não  
O tempo todo Jesus estava em contato com pessoas, com multidões, todo mundo tocando ele, e essa é primeira vez que ele disse que alguém lhe tocou e liberou poder
O problema é sempre a motivação
Muita gente procurava Jesus por aquilo que ele fazia e poucos procuravam Jesus por aquilo que ele é
Esta mulher doente temeu e tremeu diante de Jesus, aproximou-se e prostrou-se, adorou Jesus por aquilo que ele é, independente do que ela queria, e se fosse realmente atendida logo
Ela correu perigo de vida, uma mulher naquele estado, de acordo com a tradição judaica, não poderia ficar andando no meio da multidão debilitada e com muita hemorragia, ela seria excluída
Então a mulher, que sabia o que lhe tinha acontecido, temendo e tremendo, aproximou-se, e prostrou-se diante dele, e disse-lhe toda a verdade.
E ele lhe disse: Filha, a tua fé te salvou; vai em paz, e sê curada deste teu mal.

Marcos 5:33,34
Esta mulher com certeza além da cura, buscava algo mais, estava disposta a se tornar discípulo de Cristo, ela o seguiu e o obedeceu , ela quebrou barreiras e foi curada
De Jesus entrou nela VIRTUDES
Muita gente na multidão observou a atitude daquela mulher. Muitos ali queriam benção, cura e milagres e não foram atendidos , já que só buscavam por aquilo que Jesus fazia
E o toque de Jesus tem poder – sobre aqueles que lhe obedecem, que tem o coração voltado a adorar, a seguir e aprender mais de Deus
Esta mulher além de ser curada se transformou numa adoradora
Isto está muito claro nas Escrituras, Jesus não atendia todos os desejos da multidão, pelo contrário, pelo caminho ele individualmente tinha experiências de fé com alguns poucos, devido a motivação correta destes
Jesus gosta de intimidade pessoal. Logo em seguida a filha de Jairo foi atendida
Mais uma vez Jesus despista a multidão e leva consigo apenas 3 de seus discípulos  
Estando ele ainda falando, chegaram alguns do principal da sinagoga, a quem disseram: A tuafilha está morta; para que enfadas mais o Mestre?
E Jesus, tendo ouvido estas palavras, disse ao principal da sinagoga: Não temas, crê somente.
E não permitiu que alguém o seguisse, a não ser Pedro, Tiago, e João, irmão de Tiago.

Marcos 5:35-37  
Numa outra ocasião, Jesus alimenta 5 mil homens, além de mulheres e crianças. Ele sente pena da multidão que o apertava ainda mais, estavam todos com fome, mas estavam todos atrás de sinais, curas e maravilhas com a motivação errada novamente
Depois disto partiu Jesus para o outro lado do mar da Galiléia, que é o de Tiberíades.
E grande multidão o seguia, porque via os sinais que operava sobre os enfermos.
E Jesus subiu ao monte, e assentou-se ali com os seus discípulos.
E a páscoa, a festa dos judeus, estava próxima.
Então Jesus, levantando os olhos, e vendo que uma grande multidão vinha ter com ele, disse a Filipe: Onde compraremos pão, para estes comerem?

João 6:1-5
Jesus olha a multidão e se compadece, porém, ele sabia que a motivação deles não era correta
Ele faz um grande milagre de multiplicação de pães e peixes, sacia a fome de todo mundo e resolve dar mais uma lição
A multidão saciada com este milagre enche a pança e se fartam de comer, ficam todos contentes, mas Jesus já sabia o que tinha no coração deles
Muitos ali só queriam ficar atrás dos milagres e da provisão. Ninguém estava interessado em ser discípulos
Vendo, pois, aqueles homens o milagre que Jesus tinha feito, diziam: Este é verdadeiramente o profeta que devia vir ao mundo.
Sabendo, pois, Jesus que haviam de vir arrebatá-lo, para o fazerem rei, tornou a retirar-se, ele só, para o monte.

João 6:14,15
E Jesus dá uma lição preciosa, se afasta da multidão, se retira com os discípulos mais chegados e faz um teste com a galera toda
Sabendo, pois, Jesus que haviam de vir arrebatá-lo, para o fazerem rei, tornou a retirar-se, ele só, para o monte.
E, quando veio a tarde, os seus discípulos desceram para o mar.
E, entrando no barco, atravessaram o mar em direção a Cafarnaum; e era já escuro, e ainda Jesus não tinha chegado ao pé deles.

João 6:15-17
Jesus vai sozinho para o monte, despista a multidão, que queria fazer dele um rei.
Quem não quer um rei que satisfaça todos os nosso desejos de imediato?   
Esta é uma motivação incorreta, querer fazer de Jesus um rei, um gênio da lâmpada, para satisfazer os nossos desejos, mais imediato possível 
Temos que fazer de Jesus um rei para servi-Lo o mais rápido possível, para adorá-lo, reverencia-lo e obedece-lo por tudo aquilo que ele é – esta é a motivação correta
A mulher do fluxo de sangue, quando foi curada, entendeu isso, por isso ela disse consigo mesma: vou aproximar, vou tocar, vou ser curada, vou adorar, vou seguir, servir e obedecer
Uma motivação bem diferente da multidão, que não pensam em adorar, servir e obedecer
Jesus como sempre, quando percebe as motivações incorretas da multidão, despista num dia e noutro dia estão todos ajuntando de novo para o busca-lo com as mesmas intenções, querem ser servidos, por isso correm o tempo todo atrás de bênçãos
No dia seguinte, a multidão que estava do outro lado do mar, vendo que não havia ali mais do que um barquinho, a não ser aquele no qual os discípulos haviam entrado, e que Jesus não entrara com os seus discípulos naquele barquinho, mas que os seus discípulos tinham ido sozinhos
(Contudo, outros barquinhos tinham chegado de Tiberíades, perto do lugar onde comeram o pão, havendo o Senhor dado graças).
Vendo, pois, a multidão que Jesus não estava ali nem os seus discípulos, entraram eles também nos barcos, e foram a Cafarnaum, em busca de Jesus.
E, achando-o no outro lado do mar, disseram-lhe: Rabi, quando chegaste aqui?

João 6:22-25
A multidão sempre acha um meio de buscar Jesus, tem muita gente buscando hoje em dia, como naquela época, só com motivações erradas
Não busque Jesus em vão
Jesus respondeu-lhes e disse: Na verdade, na verdade vos digo que me buscais, não pelos sinais que vistes, mas porque comestes do pão e vos saciastes.
Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela comida que permanece para a vida eterna, a qual o Filho do homem vos dará; porque a este o Pai, Deus, o selou.

João 6:26,27
O próprio Jesus dá o recado em alto e bom som para toda multidão ouvir: “me busquem pelo que eu sou e não só por aquilo que posso fazer”, “Façam como eu faço, não fiquem pensando em seus próprios desejos, façam a vontade de Deus”
Em outras palavras, ele queria dizer: “Se convertam, mudam de vida, me seguem, aprendam comigo, sejam meus discípulos”
Disseram-lhe, pois: Que faremos para executarmos as obras de Deus?
Jesus respondeu, e disse-lhes: A obra de Deus é esta: Que creiais naquele que ele enviou.
Disseram-lhe, pois: Que sinal, pois, fazes tu, para que o vejamos, e creiamos em ti? Que operas tu?
Nossos pais comeram o maná no deserto, como está escrito: Deu-lhes a comer o pão do céu.
Disse-lhes, pois, Jesus: Na verdade, na verdade vos digo: Moisés não vos deu o pão do céu; mas meu Pai vos dá o verdadeiro pão do céu.
Porque o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo.

João 6:28-33
Perguntaram para Jesus o que deviam fazer, sobre a obra de Deus. Jesus mostra claramente o que deveriam fazer
E Jesus lhes disse: Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome, e quem crê em mim nunca terá sede. (João 6:35)
Se alimentem de mim, dizia Jesus. Eu sou o pão da vida, eu sou o amor, o perdão, a justiça, a misericórdia, a paz, portanto, se alimentem de mim e serão alimentados destas virtudes
Venham a mim pelo que eu Sou e jamais terão fome e sede. Ou seja, Jesus dá um alerta, um stop, parem de me buscar só por causa de milagres e bênçãos, sejam vocês também agentes de milagres e abençoadores
Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. E a vontade do Pai que me enviou é esta: Que nenhum de todos aqueles que me deu se perca, mas que o ressuscite no último dia.
Porquanto a vontade daquele que me enviou é esta: Que todo aquele que vê o Filho, e crê nele, tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia.
(
João 6:38-40)
Jesus dizia, eu faço tudo isso, porque vim para esta missão, primeiramente faço a vontade do Pai que me enviou e gostariam que vocês se tornassem meus discípulos para também fazerem estas coisas, continuar com minha missão na terra
Jesus assim, faz um duro discurso que não agrada muita gente, e a multidão começa a murmurar, quando o assunto chegou no DISCIPULADO
Murmuravam, pois, dele os judeus, porque dissera: Eu sou o pão que desceu do céu.
E diziam: Não é este Jesus, o filho de José, cujo pai e mãe nós conhecemos? Como, pois, diz ele: Desci do céu?
Respondeu, pois, Jesus, e disse-lhes: Não murmureis entre vós.
Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou o não trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia. Está escrito nos profetas: E serão todos ensinados por Deus. Portanto, todo aquele que do Pai ouviu e aprendeu vem a mim.

João 6:41-45
Jesus estava apenas ensinando a multidão a segui-lo da forma correta. Quem quer ser abençoado por Jesus e dele extrair virtudes, vai vir a ele com a motivação correta, pois Deus conduzirá até ele, aqueles que tiverem a motivação correta do coração
O amor de Jesus nos constrange? O apelo de Jesus nos constrange? O Toque de Jesus tem poder?  
  Sim! 
Mas só usufrui da intimidade com ele, quem vem até ele com fé, disposição para aprender dele e com obediência
Eu sou o pão da vida.

João 6:48
Quer ter vida? Alimente-se de Jesus todos os dias
Tenha uma vida espiritual sadia
A declaração de Jesus é esta aqui:
Este é o pão que desce do céu, para que o que dele comer não morra.
Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer deste pão, viverá para sempre; e o pão que eu der é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo.
Disputavam, pois, os judeus entre si, dizendo: Como nos pode dar este a sua carne a comer?
Jesus, pois, lhes disse: Na verdade, na verdade vos digo que, se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis vida em vós mesmos.
Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia.
Porque a minha carne verdadeiramente é comida, e o meu sangue verdadeiramente é bebida.
Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele.
Assim como o Pai, que vive, me enviou, e eu vivo pelo Pai, assim, quem de mim se alimenta, também viverá por mim.

João 6:50-57
Quem se alimenta de Jesus diariamente, cresce espiritualmente, permanece nele e ele permanece em nós
Quem busca Jesus pelo que ele é, será abastecido de virtudes diariamente
Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele.
Assim como o Pai, que vive, me enviou, e eu vivo pelo Pai, assim, quem de mim se alimenta, também viverá por mim.

João 6:56,57
 

 

quarta-feira, 10 de outubro de 2018

APRENDENDO COM DANIEL (PARTE 21)



A ORAÇÃO DE DANIEL

Daniel trabalhava na corte do Rei Nabucodonosor. Havia um decreto de morte sobre seus amigos. Ninguém conseguia resolver um enigma no reino. Um sonho esquisito

Daniel era judeu, e como parte do povo de Deus costumava orar todos os dias e consultar o Senhor

Então Daniel foi para a sua casa, e fez saber o caso a Hananias, Misael e Azarias, seus companheiros; Para que pedissem misericórdia ao Deus do céu, sobre este mistério, a fim de que Daniel e seus companheiros não perecessem, juntamente com o restante dos sábios da Babilônia.
(Daniel 2:17-18)

Daniel e seus amigos aqui tiveram sua primeira ameaça de morte. Ao longo do livro de Daniel, o povo de Deus é ameaçado de morte

Esse fato é de relevância especial para os cristãos que vivem nos tempos que se chama hoje, pois também podem ter que enfrentar a ameaça de morte, perseguição, aflições

A reunião de oração que Daniel e seus amigos tiveram naquele dia deve ter sido intensa. A vida deles pendia na balança, mas eles podiam buscar a Deus com confiança porque até aqui eles O haviam servido o melhor que sabiam

Depois que Deus revelou a Daniel em visão o que Nabucodonosor havia sonhado, eles ainda oraram, desta vez com louvor a ação de graças

Falou Daniel, dizendo: Seja bendito o nome de Deus de eternidade a eternidade, porque dele são a sabedoria e a força; E ele muda os tempos e as estações; ele remove os reis e estabelece os reis; ele dá sabedoria aos sábios e conhecimento aos entendidos. Ele revela o profundo e o escondido; conhece o que está em trevas, e com ele mora a luz.
(Daniel 2:20-22)

Daniel tinha profunda intimidade com Deus em suas orações, por isso Deus o capacitou para enfrentar desafios, adversidades e todo tipo de perseguição na Babilônia

Daniel entendia sobre o poder de Deus e sabia que Ele estava controlando a História. Ele também é um Deus que Se comunica intimamente com os que estão dispostos a ouvir Sua voz.

Pelo sonho da imagem, ninguém compreendia o enigma do rei, Deus deu a Nabucodonosor a verdade de que Ele exerce o Seu poder não só no céu, mas aqui mesmo na terra.

Aquele sonho era uma amostra do futuro, que viria acontecer, onde todos nós estamos inseridos

***

APRENDENDO COM JESUS



UM OLHAR FAZ TODA A DIFERENÇA!

“E o povo estava ali a olhar. E as próprias autoridades zombavam dele, dizendo: Aos outros salvou; salve-se a si mesmo, se é o Cristo, o escolhido de Deus. Os soldados também o escarneciam, chegando-se a ele, oferecendo-lhe vinagre, e dizendo: Se tu és o rei dos judeus, salva-te a ti mesmo. Por cima dele estava esta inscrição [em letras gregas, romanas e hebraicas:] Este é o rei dos Judeus. Então um dos malfeitores que estavam pendurados, blasfemava dele, dizendo: [...] Então disse: Jesus, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino. Respondeu-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso.” Lucas 23:35-43

Um olhar faz toda a diferença para aquele que crê! Apenas um olhar, um vislumbre de Cristo, muda para sempre a vida de uma pessoa! “E o povo estava ali a olhar”, e assim como antes, estão todos a olhar novamente. A questão é: o que estavam olhando?

As autoridades olhavam um homem, crucificado, castigado por açoites e por pregos nos punhos e nos pés. Viam a Ele como um herege, que estava sendo castigado por seus crimes e, assim vendo, zombavam Dele.

Os soldados não o conheciam muito e vendo-o, igualmente riam e zombavam. Pode até ser que algum dos soldados pensasse se tratar de um comparsa dos outros dois que também estavam crucificados. Um dos ladrões enxergou um homem simples, igual a ele, na mesma condição de réu de morte e, ouvindo o que as autoridades diziam, acreditou nelas, blasfemando. Mas havia um olhar diferente destes também ali…

Um dos dois ladrões olhou e viu algo além da condição humana castigada por açoites e por pregos. Ele viu alguém que os demais não podiam ver, pois não criam e não queriam crer. Ele olhou e viu algo mais que a simples situação do momento, sua visão foi mais apurada do que isso. Esse ladrão enxergou pela fé o futuro, contemplou o Terceiro Dia, maravilhou-se disso e exclamou: “Jesus, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino”!

Quão maravilhoso é o olhar voltado para contemplar a Glória de Deus! Quão precioso é a visão de Cristo, no Terceiro Dia!

João viu-o e ficou espantado com a visão: “E voltei-me para ver quem falava comigo. E, [...] Apocalipse 1:12-16
Olhe para Cristo! Não olhe a situação momentânea que você vive!

Não olhe para os outros nem para você mesmo, pois somos pecadores, e olhar para nós somente provocará tristeza e angústia.

Não olhe nem mesmo para o Cristo que muitos erradamente olham, crucificado e morto, pois a fé destes também está morta!

Olhe para Cristo ressuscitado, o Cristo do Terceiro Dia, o mesmo que o ladrão da cruz olhou e que João viu na revelação do Apocalipse!

Um olhar faz toda a diferença! Um olhar, um simples olhar, mudou a minha vida e a minha história e poderá mudar a sua também!

Olhe, por favor, simplesmente olhe!

APRENDENDO COM PAULO (PARTE 29)



A PROPOSTA PARA PAULO ERA PREGAR O EVANGELHO NO MUNDO TODO

O nome original do Apóstolo Paulo era Saulo; no judaico Saulo, em hebreu Shaul (Saul) e no grego Saulus. O Apóstolo Paulo nasceu entre os anos 5 e 10 dC, na cidade de Tarso da Cilícia . Por isso era e é chamado Paulo ou Saulo de Tarso.

"E disse-lhe o Senhor: Levanta-te, e vai à rua chamada Direita, e pergunta em casa de Judas por um homem de Tarso chamado Saulo; pois eis que ele está orando" (Atos 9:11).

A origem de Paulo
Era filho de judeus, da tribo de Benjamin e como era o costume foi circuncidado ao oitavo dia. Também cresceu seguindo a mais perfeita tradição judaica.

"Circuncidado ao oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; segundo a lei, fui fariseu" (Filipenses 3:5).

E também era cidadão romano.

"O tribuno mandou que o levassem para a fortaleza, dizendo que o examinassem com açoites, para saber por que causa assim clamavam contra ele. E, quando o estavam atando com correias, disse Paulo ao centurião que ali estava: É-vos lícito açoitar um romano, sem ser condenado? E, ouvindo isto, o centurião foi, e anunciou ao tribuno, dizendo: Vê o que vais fazer, porque este homem é romano. E, vindo o tribuno, disse-lhe: Dize-me, és tu romano? E ele disse: Sim. E respondeu o tribuno: Eu com grande soma de dinheiro alcancei este direito de cidadão. Paulo disse: Mas eu o sou de nascimento" (Atos 22:24-28).

O caráter de Paulo
Lendo as Cartas percebemos o caráter do Apóstolo: às vezes muito meigo e carinhoso; às vezes, severo. Não abria mão das suas idéias e ameaçava com castigos. Escrevendo às comunidades comparava-se à mãe que acaricia os filhinhos e era capaz de dar a vida por eles.

"Antes fomos brandos entre vós, como a ama que cria seus filhos. Assim nós, sendo-vos tão afeiçoados, de boa vontade quiséramos comunicar-vos, não somente o evangelho de Deus, mas ainda as nossas próprias almas; porquanto nos éreis muito queridos" (I Tessalonicenses 2:7,8)

Sentia pelos fiéis as dores do parto.

"Meus filhinhos, por quem de novo sinto as dores de parto, até que Cristo seja formado em vós; Eu bem quisera agora estar presente convosco, e mudar a minha voz; porque estou perplexo a vosso respeito" (Gálatas 4:19,20).

Amava-os, e por isso se sacrificava ao máximo por eles.

"Eu de muito boa vontade gastarei, e me deixarei gastar pelas vossas almas, ainda que, amando-vos cada vez mais, seja menos amado" (II Corítnios 12:15).

Mas era também pai que educava e gerava as pessoas por meio do Evangelho à vida nova.

"Assim como bem sabeis de que modo vos exortávamos e consolávamos, a cada um de vós, como o pai a seus filhos" (I Tessalonicenses 2:11). "Porque ainda que tivésseis dez mil aios em Cristo, não teríeis, contudo, muitos pais; porque eu pelo evangelho vos gerei em Jesus Cristo" (I Coríntios 4:15).

Sentia, pelas comunidades que fundou, o ciúme de Deus, temendo que elas perdessem a fé.

"Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo. Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo" (II Coríntios 11:2,3).

Quando se fazia necessário exigia obediência.

"Que quereis? Irei ter convosco com vara ou com amor e espírito de mansidão?" (I Coríntios 4:21).

Muitas vezes Paulo é apresentado como alguém distante do povo e das suas comunidades, incapaz de manifestar sentimentos, indiferente ao drama das pessoas, anti-feminista, moralista e assim por diante. Os que vêem Paulo com esses olhos esquecem-se de suas viagens, cadeias, sofrimentos, perigos e, sobretudo, sua paixão por Jesus e pelo povo. Era capaz de amar todos os membros de todas as comunidades, sem distinção, chamando-os de queridos, amados, irmãos e até mesmo filhos. Queria que todos fossem fiéis a Deus.

É interessante ler as suas Cartas e anotar com quanta freqüência ele usava expressões, tais como: tudo, todo, sempre, continuamente, sem cessar, etc., e com elas expressar sua constante preocupação para com todos. E basta uma leitura mais cautelosa das suas Cartas para descobrir que Paulo não é assim tão insensível e que todo o seu apostolado vem carregado de sentimentos.

"O coríntios, a nossa boca está aberta para vós, o nosso coração está dilatado. Não estais estreitados em nós; mas estais estreitados nos vossos próprios afetos. Ora, em recompensa disto, (falo como a filhos) dilatai-vos também vós" (II Coríntios 6:11-13).

A família de paulo
Tinha uma irmã e um sobrinho que moravam em Jerusalém.

"E o filho da irmã de Paulo, tendo ouvido acerca desta cilada, foi, e entrou na fortaleza, e o anunciou a Paulo" (Atos 23:16).

A profissão de Paulo
Sua profissão era artesão, fabricante de tendas.

"E, como era do mesmo ofício, ficou com eles, e trabalhava; pois tinham por ofício fazer tendas" (Atos 18:3).

O estado civil de Paulo
O seu estado civil também é um tanto incerto, ainda que na maioria das vezes se afirme que era solteiro. Pelo que vemos nas cartas paulinas, parecia ele ser solteiro:

"Porque quereria que todos os homens fossem como eu mesmo; mas cada um tem de Deus o seu próprio dom, um de uma maneira e outro de outra. Digo, porém, aos solteiros e às viúvas, que lhes é bom se ficarem como eu" (I coríntios 7:7,8).

Alguns ficam em dúvida por causa do que está escrito em I Coríntios:

"Não temos nós direito de levar conosco uma esposa crente, como também os demais apóstolos, e os irmãos do Senhor, e Cefas?" (I Coríntios 9:6)
A conversão de Pualo
A experiência de Paulo com Jesus mudou completamente a sua vida. De perseguidor passou a ser o anunciador até a sua morte.

Na sua primeira missão apostólica, entre os anos 45 e 49, anunciando o Evangelho em Chipre, Panfilia, Pisidia e Lacaônia (At 13-14), passou a usar o nome grego de Paulo de preferência a Saulo, seu nome judaico.

"Todavia Saulo, que também se chama Paulo, cheio do Espírito Santo, e fixando os olhos nele" (At 13,9).

Porém, ele soube tirar proveito desse título, bem como de toda a bagagem cultural adquirida, para conduzir todos a Jesus.

"Porque, sendo livre para com todos, fiz-me servo de todos para ganhar ainda mais. E fiz-me como judeu para os judeus, para ganhar os judeus; para os que estão debaixo da lei, como se estivesse debaixo da lei, para ganhar os que estão debaixo da lei. Para os que estão sem lei, como se estivesse sem lei (não estando sem lei para com Deus, mas debaixo da lei de Cristo), para ganhar os que estão sem lei. Fiz-me como fraco para os fracos, para ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, para por todos os meios chegar a salvar alguns. E eu faço isto por causa do evangelho, para ser também participante dele" (I Coríntios 9:19-23).

A missão de Paulo
Encontrou dificuldade para ser aceito como Apóstolo. As suspeitas vinham do fato ser um perseguidor e sobretudo porque não foi escolhido pessoalmente por Jesus. Quatorze anos após a sua conversão, subiu a Jerusalém, para o Concílio, onde defendeu a não circuncisão para os pagãos. Ele mesmo se defendeu das acusações.

"Mas faço-vos saber, irmãos, que o evangelho que por mim foi anunciado não é segundo os homens. Porque não o recebi, nem aprendi de homem algum, mas pela revelação de Jesus Cristo" (Gálatas 1:11,12).

Para ele, anunciar o Evangelho era uma obrigação:

"Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim, se não anunciar o evangelho!" (I Coríntios 9:16).

Em sua incansável missão de anunciar o Evangelho Paulo sofreu muito, mas não desistiu. Ele mesmo relata algumas das situações difíceis que passou:

"São ministros de Cristo? (falo como fora de mim) eu ainda mais: em trabalhos, muito mais; em açoites, mais do que eles; em prisões, muito mais; em perigo de morte, muitas vezes. Recebi dos judeus cinco quarentenas de açoites menos um. Três vezes fui açoitado com varas, uma vez fui apedrejado, três vezes sofri naufrágio, uma noite e um dia passei no abismo; Em viagens muitas vezes, em perigos de rios, em perigos de salteadores, em perigos dos da minha nação, em perigos dos gentios, em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar, em perigos entre os falsos irmãos; Em trabalhos e fadiga, em vigílias muitas vezes, em fome e sede, em jejum muitas vezes, em frio e nudez"
(II Coríntios 11:23-27).

Teve que lutar contra os falsos missionários (2Cor 10-12) que anunciavam um Evangelho fácil, que fugiam da humilhação e da tribulação. Anunciavam um Jesus sem a cruz. Paulo anunciava o Jesus Crucificado, ainda que isso fosse escândalo.

"Mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos"
(I Coríntios 1:23).

Porém a cruz não era o fim. O mesmo Jesus da cruz é também o Jesus Ressuscitado (1Cor 15).

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APRENDENDO COM JABES

  APRENDENDO COM JABES O m enino  p rodígio da  g enealogia!   Alguém já disse certa vez que existe muito pouca diferença entre as pessoas –...