quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

APRENDENDO COM DAVI (PARTE 42)

 MOMENTOS DIFÍCEIS

Os salmos 3 é uma oração matutina. Davi o escreveu enquanto fugia da revolta comandada pelo seu filho Absalão, descrito em 2 Sm 15.1-18.
A conspiração levantada por Absalão se fez poderosa, 2 Sm 15.12-13, muitos se levantaram contra o Rei, o que o fez clamar ao Senhor. Os sofrimentos, pesares e aflições, sempre chegam em grupos: desta forma, de maneira violenta e cruel, é que o inimigo tenta derrubar o crente.
Os inimigos de Davi se declaram vitoriosos, até mesmo alguns de seus amigos mais chegados perderam a esperança, achando que realmente Deus o havia abandonado.
Quantas vezes em meio a lutas e problemas quando nós mais precisamos de ajuda e conforto, as pessoas mais chegadas, até mesmo, irmãos na fé, se aproximam de nós com mensagens negativas?
Contudo o nosso Deus jamais está ausente. Is 42.21-22.
Davi clama ao Senhor “Porém tu ó Senhor é o meu escudo”, escudo é um tipo de proteção que cerca quase que totalmente o soldado.
Davi estava exposto aos falsos amigos, mas o Senhor nosso Deus era a sua proteção; ele estava abatido, mas Deus era a sua glória; seus inimigos queriam afunda-lo, mas o Senhor havia de ergue-lo outra vez.
“Com minha voz clamo ao Senhor, Ele me responde”. Esta frase pode ser traduzida da seguinte maneira: “Quando clamo ao Senhor, Ele me responde” á mais fácil Deus responder aos que tem costume de orar diariamente, do que aqueles que oram ocasionalmente.
Os que se aproximam do Senhor só na necessidade, logo, são habitualmente estranhos em sua presença.
“Ele do seu santo monte me responde” o Santo monte é o monte de Sião, onde permanecia a Arca da Aliança, era o lugar de onde Deus socorria o seu povo. Hoje é do altar da casa do Senhor (igreja) que ele ordena sua benção.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

APRENDENDO COM ESAÚ

 

A Outra Face de Esaú - Rejeitado Por Deus?

 O Antigo Testamento é um texto escrito de um modo sutil, sem muitos detalhes sobre o círculo íntimo da vida dos personagens que apresenta em suas histórias.


Entretanto, quando se refere a Esaú, e sobre como perdera a benção de Isaque para seu irmão Jacó, temos neste episódio uma das cenas mais emocionalmente tocantes do Antigo Testamento.


Jacó, vestido com as roupas de Esaú, toma a benção de seu irmão mais velho. Ele deixa o local onde Isaque, que já não enxergava mais, pois era avançado em idade, estava. Logo em seguida se dá esta cena emocionante:

 

"E aconteceu que, acabando Isaque de abençoar a Jacó, apenas Jacó acabava de sair da presença de Isaque seu pai, veio Esaú, seu irmão, da sua caça; E fez também ele um guisado saboroso, e trouxe-o a seu pai; e disse a seu pai: Levanta-te, meu pai, e come da caça de teu filho, para que me abençoe a tua alma.

E disse-lhe Isaque seu pai: Quem és tu? E ele disse: Eu sou teu filho, o teu primogênito Esaú. Então estremeceu Isaque de um estremecimento muito grande, e disse: Quem, pois, é aquele que apanhou a caça, e ma trouxe? E comi de tudo, antes que tu viesses, e abençoei-o, e ele será bendito.

Esaú, ouvindo as palavras de seu pai, bradou com grande e mui amargo brado, e disse a seu pai: Abençoa-me também a mim, meu pai. E ele disse: Veio teu irmão com sutileza, e tomou a tua bênção.

Então disse ele: Não é o seu nome justamente Jacó, tanto que já duas vezes me enganou? A minha primogenitura me tomou, e eis que agora me tomou a minha bênção. E perguntou: Não reservaste, pois, para mim nenhuma bênção?

Então respondeu Isaque a Esaú dizendo: Eis que o tenho posto por senhor sobre ti, e todos os seus irmãos lhe tenho dado por servos; e de trigo e de mosto o tenho fortalecido; que te farei, pois, agora, meu filho?

E disse Esaú a seu pai: Tens uma só bênção, meu pai? Abençoa-me também a mim, meu pai. E levantou Esaú a sua voz, e chorou." Gênesis 27:30-38

Claro que este acontecimento é notável, e emocionante de se ler, porém o que é ainda mais intrigante é a forma que a Bíblia usa a linguagem para descrever esta dramática cena, acentuando-a e potencializando-a. 

Em geral a Bíblia não revela muitos detalhes, suas descrições são mínimas, especialmente sobre as emoções dos seus personagens.

O Antigo Testamento, é mais como se fosse um rádio do que uma televisão. É convidativo a que seus leitores participem da história, usando de sua imaginação. Mas esta passagem é diferente, em sua expliciticidade e em sua profundidade psicológica do drama de Esaú.

Como expectadores, nós acabamos simpatizando com o caso de Isaque e Esaú. Podemos sentir a surpresa de Isaque ao perceber que havia sido enganado. Nos identificamos também com Esaú, cuja primeira reação não foi de traição ou desejo de vingança, mas de profunda e cortante dor na alma, ("Abençoa-me também a mim, meu pai") .

 

   O Drama de Esaú

É chocante a resposta de Isaque, que nada mais poderia fazer, "que te farei, pois, agora, meu filho?", e a agonia do choro de Esaú. Nós sabemos que ele é homem do campo, caçador, duro algumas vezes, impetuoso outras, mas ele não é um homem dado às lágrimas.

A cena dos dois juntos, pai e filho, ludibriados e desapontados, roubados daquilo que deveria ser um momento de grande afeição e intimidade - o filho serve e alimenta ao pai, o pai abençoa ao filho - é muito tocante. Imagine a pintura que Rembrandt (um dos maiores nomes da história da arte europeia) poderia ter feito dessa cena.

Este nível de detalhes não é acidental. Tudo na Torah (os livros de Moisés) tem uma função, um significado. Aqui, o texto quer que simpatizemos mais com Esaú, para podermos entender esta história fantástica, cheia de nuances, que envolvem os patriarcas de duas nações.

Não que queira nos fazer sentir que Esaú seja o escolhido para herdar e ser o portador da Aliança de Deus com Abraão, ou de que a história deveria ser mudada. Realmente não é isso. No Gênesis, as mães conheciam seus filhos melhor do que os pais.

E Rebeca favorece Jacó. Esaú, o caçador, o homem que desprezou sua primogenitura, pois a vendeu por um prato de comida, claramente não seria o que levaria o conhecimento do Senhor adiante de sua geração. Faltava-lhe fé de que nem só de pão viveria o homem.

O concerto feito em Abraão precisava passar à Jacó, que persistentemente buscava essa bênção de Deus.

Ainda assim, a Torah vai para além desses fatos, e de modo não usual, leva-nos à empatia para com a causa de Esaú, fazendo-nos entrar em seu mundo, para vermos as coisas da perspectiva dele. Porque seria assim?

  

   O Caráter de Esaú

Olhando para Esaú e seus descendentes, com mais cuidado, vemos que ele de fato é abençoado por seu pai Isaque:

"Então respondeu Isaque, seu pai, e disse-lhe: Eis que a tua habitação será nas gorduras da terra e no orvalho dos altos céus. E pela tua espada viverás, e ao teu irmão servirás. Acontecerá, porém, que quando te assenhoreares, então sacudirás o seu jugo do teu pescoço." Gênesis 27:39-40

Esta benção de Isaque, mostra que tanto Esaú quanto Jacó poderiam se beneficiar sem um diminuir ao outro. E prediz que a supremacia de Jacó somente perduraria se ele não a usasse de forma errada.

Se ele agisse de forma a diminuir ou oprimir a seu irmão, Esaú simplesmente "sacudiria o seu jugo do seu pescoço", significando que a vontade de Deus era a coexistência das duas nações irmãs.

Um outro fato que mostra que Esaú se importava com seu pai Isaque, foi quando do seu casamento com duas mulheres hititas, e "estas foram para Isaque e Rebeca uma amargura de espírito" Gênesis 26:35.

Quando ele entendeu que a sua união com as mulheres hititas não era do agrado de seu pai, ele tenta consertar a situação tomando uma terceira esposa - Maalate, filha de Ismael.

"Vendo também Esaú que as filhas de Canaã eram más aos olhos de Isaque seu pai, Foi Esaú a Ismael, e tomou para si por mulher, além das suas mulheres, a Maalate filha de Ismael, filho de Abraão, irmã de Nebaiote." Gênesis 28:8-9

Ele porém não havia percebido que Ismael não tinha sido escolhido por Deus para levar o seu pacto e a sua aliança às próximas gerações. Esaú não foi muito inteligente em suas ações, mas ninguém pode negar que ele se importa com o que seu pai pensa, e não queria causar-lhe motivo de tristeza.

 Esaú e Jacó se Reencontram Após Vinte e Dois Anos.

O terceiro acontecimento que revela um pouco mais sobre o caráter de Esaú, se dá quando os dois irmãos se encontram novamente após vinte anos, em uma das mais profundas e emocionantes passagens da bíblia. Jacó está tomado pelo temor, antes mesmo de encontrar com seu irmão.

Temor este que o leva a diversas preparações, tais como presentes, orações e até mesmo guerra. Na noite anterior ao encontro, ele luta com um adversário desconhecido e sem nome. E quando eles finalmente se encontram, Esaú corre para encontrar seu irmão Jacó, e o abraça, e chora, e mostra que todo o rancor que poderia ter, havia desaparecido.

Todo o temor e o drama do reencontro com seu irmão, aconteceram apenas internamente, na alma de Jacó, pois Esau se irava facilmente, mas também facilmente se esquecia das eventuais desavenças.

Fato que nos chama a atenção para a necessidade do concerto e do perdão. Jacó ficou vinte anos distante de seu irmão, mas ele como homem de Deus sentia-se incomodado, sabia que havia algo que não estava correto em sua vida.

Quando foi enganado por seu tio Labão, dando-lhe a filha mais velha em casamento, Lia, ao invés de Raquel, certamente ele sentiu o peso do seu passado, pois foi justamente o que tinha feito com Esaú. E Jacó precisava voltar, e se consertar com seu irmão mais velho.

  

  A Grandeza do Perdão

E em uma atitude de homem, e de homem de Deus, ele vai ao encontro de Esaú, mesmo temendo por sua vida. Jacó estava a aprender a assumir as consequências de suas ações. E ele não mais buscava o reconhecimento humano, não aspirava mais ser maior do que seu irmão, antes o chamou de senhor, e se fez como seu servo. Jacó parecia conhecer as palavras de Jesus:

"Portanto, aquele que se tornar humilde como este menino, esse é o maior no reino dos céus." Mateus 18:4

É lindo ver também, que se Jacó teve esta sublime atitude de buscar o perdão, e de humildade, Esaú não foi menos grandioso, pois veja que a iniciativa do perdão parte de Esaú, que correu ao encontro de Jacó, e o abraçou e o beijou, e choraram juntos. Aqui temos a revelação de uma grande verdade, para sermos perdoados, temos também que perdoar:

"Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas." Mateus 6:15

Com isso, depois da reconciliação, as bençãos de Deus recaem sobre ambos, cada qual de maneiras diferentes, específicas, segundo o chamado que cada um recebeu. A quarta passagem, Gênesis 36, já nos mostra uma lista, com a descendência de Esaú, que contém dois significados muito interessantes, mesmo que seu entendimento esteja implicitamente no texto.

    

      As Implicações de Ser O Escolhido

O primeiro significado, está resumido na frase "E estes são os reis que reinaram na terra de Edom, antes que reinasse rei algum sobre os filhos de Israel" Gênesis 36:31.

O segundo traz o contraste entre o fechamento do capítulo 36 e o início do capítulo 37:

"E estes são os nomes dos príncipes de Esaú, segundo as suas gerações, segundo os seus lugares, com os seus nomes" Gênesis 36:40 ... Enquanto isso, Jacó habitou na terra de Canaã, como peregrino, quase que como um estrangeiro (Gênesis 37:1).

O texto não poderia ser mais claro em suas implicações, os descendentes de Esaú se estabeleceram geograficamente e politicamente, muito tempo antes dos filhos de Israel.

Eles não enfrentaram as reviravoltas, os dramas e as dificuldades da história da aliança, do concerto de Deus com Abraão - exílio, escravidão, a redenção e os quarenta anos no deserto.

Embora a habitação dos dois irmãos gêmeos seria "nas gorduras da terra e no orvalho dos altos céus", para Esaú isto acontece rapidamente, diretamente, sem maiores intercorrências entre a promessa e o seu cumprimento.

Mas para Jacó, isso não se dá desta forma. E olha que ele era o "filho da promessa".

O quinto elemento a ser considerado, é o tipo de relacionamento que se formou entre os Israelitas e os Edomitas (os descendentes de Esaú). Quando da saída do povo do Egito, em direção à conquista da terra prometida, Deus instrui os Israelitas:

"Então o Senhor me falou, dizendo: Tendes rodeado bastante esta montanha; virai-vos para o norte. E dá ordem ao povo, dizendo: Passareis pelos termos de vossos irmãos, os filhos de Esaú, que habitam em Seir; e eles terão medo de vós; porém guardai-vos bem.

Não vos envolvais com eles, porque não vos darei da sua terra nem ainda a pisada da planta de um pé; porquanto a Esaú tenho dado o monte Seir por herança." Deuteronômio 2:2-5

E não é menos enfático este mandamento:

"Não abominarás o edomeu, pois é teu irmão" Deuteronômio 23:7

Durante o tempo bíblico, aconteceram periódicos momentos de tensão e conflitos entre os Israelitas e os Edomitas (os descendentes de Esaú), mas como norma os Israelitas sempre foram instruídos a respeitar os Edomitas e a sua terra. Esses elementos combinados, nos permitem chegar a algumas conclusões.

A mais simples, vemos que há pessoas aqui que fogem a todos os estereótipos ou categorizações convencionais. Esaú é um filho que é amado por Isaque, e que ama seu pai em retorno. Isto é algo tão verdadeiro que o rabino Shimon ben Gamliel reconheceu:

"Nenhum homem honrou o seu pai, como eu honrei ao meu, mas eu descobri que Esaú honrou seu pai ainda mais do que eu." (Shimon ben Gamliel)

Há uma tendência entre os comentaristas, com propósitos pedagógicos, em separar os personagens bíblicos em bons e maus. Não raramente, eles são classificados ou como heróis ou como vilões. Mesmo os personagens não-vilões, se não forem heroicos, tendem a ser interpretados como os "maus" da história.

Mas sob esta interpretação, há uma camada que nos ensina uma importante mensagem, embora ela demande maturidade para compreendê-la: Mesmo os heróis têm suas falhas, e os não-heróis as suas virtudes, e estas virtudes são apreciadas por Deus.

O Esaú que emerge da Torah, não têm a fé de Abraão, nem a determinação de Isaque, nem a persistência de Jacó, mas ele é humano e verdadeiro em essência, com todas as suas emoções, com toda a sua transparência, ele não tenta parecer ser o que não é. Há muita sinceridade e lealdade em Esaú.

Esta é uma mensagem profunda que as escrituras nos trazem, assim como nós não podemos prever o futuro e quais serão as ações divinas:

"e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia, e me compadecerei de quem eu me compadecer" Êxodo 33:19

Do mesmo modo, não podemos predizer onde a imagem de Deus irá brilhar em meio a humanidade, a escolha divina é livre. Deus escolhe aquele que lhe bem aprouver, Ele não está preso a nenhuma categorização humana, nem a nenhum tipo de determinismo ou de acepção de pessoas.

O que Ele busca é um coração sincero, verdadeiro, transparente, para ali deixar a sua benção.


   As Implicações de Não Ser O Escolhido

Há ainda, algo muito mais fundamental na história de Esaú, e que tem a ver com o conceito de escolha, em si mesmo. O livro de Gênesis é uma profunda meditação sobre o que é ser o escolhido, e sobre o que é não ser o escolhido. Não há dúvidas de que o processo de eleição (espiritual), gera consequências profundas em ambos os lados.

Jacó descobriu que ser o escolhido pode levar a uma vida de altas demandas e de muitas privações e sofrimento:

"E Jacó disse a Faraó: Os dias dos anos das minhas peregrinações são cento e trinta anos, poucos e maus foram os dias dos anos da minha vida" Gênesis 47:9.

Por outro lado, não ser o escolhido é profundamente desorientador e inquietante. Vemos isso acontecer por duas vezes no decorrer do Gênesis, quando Agar é mandada embora por Sara, e nas divergências entre José e seus irmãos, e outra vez nas relações entre Lia e Rachel.

"E possuiu também a Raquel, e amou também a Raquel mais do que a Lia" Gênesis 29:30

O senso de rejeição corta profundamente, e tão profundo que o Gênesis não hesita em compará-lo com o sentimento de ser odiado. E quem se sente rejeitado, pode odiar como resposta. Este é o motivo pelo qual os irmãos de José o odiavam, chegando ao ponto de vendê-lo como escravo.

O amor leva à escolha, mas a escolha causa constrangimento, que eleva as tensões e pode acabar em conflitos e violência. É o mesmo que aconteceu bem no princípio da humanidade, quando a rejeição de Deus pela oferta de Caim levou ao primeiro homicídio.

Agora, a mensagem que a história da vida de Esaú nos mostra é que a escolha de Jacó não significou a sua rejeição. Esaú não é o escolhido, mas também não é rejeitado. Ele não foi o escolhido para ser o portador do pacto e da aliança de Abraão, mas também não foi rejeitado como pessoa humana, como um dos filhos de Deus, como todos nós somos.

Esaú também tinha a sua benção, seus descendentes e sua terra. Ele também teve filhos que se tornaram reis e que reinaram. Ele também teve suas virtudes reconhecidas, acima de tudo, o seu amor por seu pai Isaque.

O que o texto bíblico quer nos dizer é que nem todos são escolhidos para levar a aliança de Abraão à frente (pois teria que ser da sua descendência), mas todos os homens são preciosos para Deus. Cada um de nós temos o nosso lugar no mundo da fé. Todos temos as nossas virtudes, talentos e dons que são preciosos aos olhos de Deus.

Mais tarde na história de Israel, Deus dirá ao profeta Jonas, sobre sua misericórdia para com os homens de Nínive:

"E disse o Senhor: Tiveste tu compaixão da aboboreira, na qual não trabalhaste, nem a fizeste crescer, que numa noite nasceu, e numa noite pereceu;

E não hei de eu ter compaixão da grande cidade de Nínive, em que estão mais de cento e vinte mil homens que não sabem discernir entre a sua mão direita e a sua mão esquerda, e também muitos animais?" Jonas 4:10-11

E o Salmo completaria:

"O Senhor é bom para todos, e as suas misericórdias são sobre todas as suas obras." Salmos 145:9

Ser o escolhido, não significa que outras pessoas sejam rejeitadas. Ter um relacionamento com Deus, não significa negar que outros possam ter um tipo diferente de relacionamento com Ele.

Jacó era amado por sua mãe, Esaú por seu pai, mas Deus é pai e mãe, e é ainda mais do que ambos, Ele é o Senhor que nos ama com amor incomparável e que de maneira nenhuma lançará fora todo aquele que a Ele se chegar.

"Todo o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora"  - João 6:37

APRENDENDO COM SILAS

 

APRENDENDO COM SILAS

Atos 15:22-41; Atos 16:19-33

O nome de Silas é conhecido certamente por muitas pessoas somente por causa de sua associação com o Apóstolo Paulo. Entretanto, foi um produtivo e fiel servo de Deus também (Atos 15:22 e I Pedro 5:12). A primeira menção sobre ele na Bíblia está em Atos, capítulo 15. 

No entanto, ele já era, nesse tempo, “distinto entre os irmãos” (Atos 15:22). É muito provável que Silas também foi um dos setenta anônimos enviados em Lucas 10, como o foi Barnabé. Descobrimos, segundo Atos 15:32, que ele também era um profeta de Deus. 

Silas também é conhecido na Bíblia como Silvano e é mencionado quatro vezes nas Escrituras com esse nome.

Seu lugar mais proeminente nas Escrituras é quando se torna companheiro de Paulo em sua segunda jornada missionária. Muito do que foi escrito sobre ele encontra-se em Atos 15:22-18:5. 

Foi logo depois a discordância entre Paulo e Barnabé, que Paulo escolheu Silas como seu companheiro de trabalho e partiu em direção à Síria e Sicília fortalecendo as igrejas.

Provavelmente o período mais dramático de sua vida revelado pela Bíblia encontra-se em Filipos. Havia uma jovem possuída por um demônio e ela seguiu Paulo e Silas, proclamando que eles eram os servos do Deus Altíssimo. 

Isso era verdade, mas o seu conhecimento era demoníaco e Paulo perturbou-se, então expulsou o demônio que a possuía. Quando os seus donos, que tinham adquirido grande fortuna através de suas previsões, viram o que acontecera, cercaram Paulo e Silas e os surraram até suas costas ficarem em carne viva. 

Depois foram levados para a prisão como criminosos comuns. Todavia, mantiveram um bom testemunho durante toda essa perseguição.

A vida pessoal de Silas não vai muito longe além disso. É como um conto inacabado que ensina uma lição. Esta lição é isto: no decorrer dos séculos, existiram homens, como Silas, que serviram e sofreram em silencio. Sangraram e morreram pela causa de Cristo e do ministério do evangelho, mas seus nomes nem são conhecidos pelo mundo. 

Lembremos, entretanto, que Deus os conhece. Conhece cada chicotada, cada lágrima, cada gota de sangue e ferimento de coração e Ele assegura uma preciosa recompensa eterna conseqüentemente.

Forrest L. Keener

APRENDENDO COM TIMÓTEO (PARTE 5)

 Quem foi Timóteo? 

Timóteo é um dos personagens mais conhecidos do Novo Testamento. Duas epístolas neotestamentárias são endereçadas a ele. Também existem várias referências diretas e indiretas sobre ele em outros livros da Bíblia, como Atos, 1 Coríntios e Tessalonicenses. Muitas pregações são feitas sobre a pessoa de Timóteo, geralmente enfatizando o seu exemplo como jovem obreiro que a Bíblia descreve.

Mas afinal, quem foi Timóteo?

Timóteo foi um jovem líder da Igreja Primitiva. Muito provavelmente ele nasceu em Listra, uma província romana da Galácia. Juntamente com Derbe, essa província é designada em Atos 14:6 como “cidades da Licaônica”. Outra possibilidade para a cidade natal de Timóteo é justamente Derbe, porém Listra é mais amplamente aceita.

O pai de Timóteo era grego, porém sua mãe, Eunice, e sua avó, Loide, eram Judias (At 16:1; 2 Tm 1:5). Provavelmente elas se converteram durante a primeira passagem do apóstolo Paulo por Listra e Derbe (At 14:6-22).

O ministério de Timóteo

Na segunda viagem missionária de Paulo, quando ele voltou à região da Licaônica, o apóstolo ficou impressionado com o desenvolvimento de Timóteo e resolveu leva-lo consigo. Existe a possibilidade de que ele tenha sido levado por Paulo para substituir João Marcos. 

Seja como for, ali começava uma grande parceria que resultou em grandes frutos para a Igreja Primitiva. O legado da parceria desses dois homens de Deus serve de exemplo para nós até os dias de hoje.

Um fato curioso é que quando Paulo escolheu Timóteo para acompanha-lo, Timóteo precisou ser circuncidado. Isso aconteceu por causa dos judeus que estavam naquele lugar. 

Além disso, Paulo considerou que ele levaria o Evangelho a muitas regiões predominantemente habitadas por judeus. Assim, o fato de Timóteo ser circuncidado evitaria algum tipo de discriminação. Mas nós sabemos que Paulo pessoalmente era totalmente contra a obrigatoriedade da circuncisão aos gentios que eram admitidos como membros da Igreja de Cristo.

Provavelmente a explicação do porquê Timóteo ainda não havia sido circuncidado até então, era o fato de seu pai ser grego. A Bíblia não dá indícios de que seu pai tenha tido alguma influência em sua educação religiosa, nem ao menos informa que este ainda era vivo naqueles dias.

A Bíblia também nos mostra que na separação de Timóteo para o ministério, Paulo e os anciãos locais oraram por ele impondo-lhe as mãos. Então ele recebeu um dom espiritual que o capacitou para o seu ministério (1 Tm 4:14; 2 Tm 1:6).

Timóteo foi um exemplo de membro da Igreja

Timóteo foi muito bem instruído espiritualmente por sua mãe e por sua avó. No livro de Atos dos Apóstolos podemos perceber como ele era querido entre os membros da igreja que foi implantada ali. Tanto era boa a sua conduta, que os irmãos que estavam em Listra e em Icônio davam bom testemunho dele (At 16:1,2).

Timóteo foi um exemplo de jovem cristão

Timóteo era um exemplo não apenas dentro da comunidade cristã de que era membro, mas diante da sociedade a qual fazia parte. Seu exemplo era tão positivo que sua reputação chegou até Icônio. Essa conduta não foi construída de uma hora para outra, mas foi resultado de uma aprendizagem que começou quando ele era ainda muito novo. 

Timóteo foi a prova de que um grande líder precisa ser um grande liderado. Ele sempre estava atendo, cumprindo o que lhe fosse ordenado.

Timóteo foi um exemplo de obreiro e líder

A forma com que Timóteo respeitava a liderança de Paulo e se submetia a ele, com certeza o preparou para ser um exemplo de obreiro e um grande evangelista que foi um dos líderes da Igreja Primitiva (2 Tm 4:5). Além de porta-voz de Paulo em diversas situações, ele participou com o apóstolo de várias viagens missionárias.

O capítulo 16 do livro de Atos dos Apóstolos mostra Timóteo juntamente com Paulo, Silvano e mais tarde Lucas, evangelizando varias províncias até chegar à Europa. Embora na Bíblia não seja citada sua presença em Filipos e Tessalônica, é bem provável que ele estivesse junto ali.

Já Atos 17 descreve Timóteo e Silas sendo deixados por Paulo em Bereia para continuarem seu trabalho durante um período. Mas logo depois Timóteo foi encontrar Paulo em Atenas, e em seguida, foi enviado a Tessalônica para ajudar os irmãos ali. Por fim, mais tarde ele partiu para Corinto levando as boas noticias a Paulo (1 Ts 3:6,7).

Timóteo também estava presente em Éfeso com Paulo durante a sua terceira viagem missionária. Não existem referências sobre o período que antecede esse evento. No entanto, provavelmente Timóteo partiu com Paulo de Corinto até Éfeso e depois até Cesaréia, na viajem para Jerusalém (At 18:18-23).

Outra missão muito importante que Timóteo desempenhou foi a de levar a primeira epístola de Paulo à Igreja de Corinto. Após essa missão, ele retornou a Éfeso novamente. Logo em seguida, ele foi enviado à Macedônia para realizar os preparativos da chegada de Paulo posteriormente (At 19:22).

Paulo também revelou a intenção de enviá-lo a Filipos, devido à preocupação que ele sentia em relação aos crentes daquela cidade. Após a sua primeira prisão, Paulo deixou Timóteo em Éfeso para suprir as necessidades da igreja local. Foi durante o período em que ele ministrou na igreja de Éfeso que Paulo escreveu-lhe a primeira carta.

Paulo e Timóteo

Além de todas as viagens missionárias que Timóteo fez ao lado de Paulo, ele estava junto do apóstolo na Macedônia quando a epístola de 2 Coríntios foi escrita. Timóteo também esteve em Corinto quando Paulo escreveu a Carta aos Romanos. 

Mais tarde, quando as epístolas aos Colossenses, Filipenses e Filemon foram escritas, ele também esteve presente.

É nítido que Paulo sentia um enorme carinho como de pai para filho com Timóteo. Durante sua última prisão em Roma, Paulo pediu que ele fosse visitá-lo antes do inverno (2 Tm 4:6-9).

Não é possível afirmar com certeza onde Timóteo estava naquele momento. Também não sabemos se ele conseguiu chegar antes de Paulo ter sido martirizado.

Curiosidades sobre Timóteo

  • Timóteo era muito jovem quando começou a exercer seu ministério (1 Tm 4:12).
  • Timóteo era provavelmente tímido e tinha dificuldades de se expressar (1 Co 16:10,11; cf. 2 Tm 1:6-10).
  • Embora Timóteo fosse jovem, parece que ele tinha a saúde fraca e frequentemente estava doente (1 Tm 4:12; 5:23).
  • Muitos consideram que Timóteo foi o primeiro bispo de Éfeso. Mas essa tradição é contestada devido ao fato de Timóteo ter ficado ali temporariamente. Além disso, logo depois o apóstolo João mudou-se para aquela cidade. Com isso, dificilmente Timóteo poderia ter sido o líder responsável pela igreja de Éfeso com o apóstolo João por lá.
  • Timóteo foi um dos líderes da Igreja Primitiva que mais refutou as falsas doutrinas e heresias, principalmente em Éfeso.
  • Acredita-se que Timóteo também tenha sofrido martírio.

As cartas que o apóstolo Paulo endereçou a Timóteo e a Tito, possuem exortações e aconselhamentos práticos para a liderança da congregação local. Por isso essas epístolas são chamadas de Cartas pastorais .

APRENDENDO COM JESUS

 

O Reino Milenar de Jesus Cristo



Este pequeno estudo não pretende cobrir tudo que é tratado na Palavra de Deus sobre o milênio. Visa, tão-somente, dar instrução clara e objetiva de alguns pormenores deste maravilhoso tema.

Infelizmente, os cristãos de hoje, em nossas Igrejas, sabem pouco sobre o Reino Milenar de Cristo nesta terra. Uma era futura, onde se cumprirá as promessas de Deus referente as alianças firmadas por Ele no decorrer da história bíblica.

Vamos analisar os aspectos mais essenciais da doutrina:

O Reino Milenar é o cumprimento das Alianças Divinas

O estabelecimento do reino milenar de Cristo se torna indispensável, porque somente assim, haverá o cumprimento de todas as alianças feitas por Deus com Israel. Uma aliança é um pacto, um acordo. E Deus fez vários pactos, acordos com a nação de Israel, nas quais, Ele próprio Se obrigou a cumpri-los, independente do homem obedecer a Deus ou não.

Quatro são as alianças incondicionais de Deus para com a nação de Israel:

Aliança Abraâmica (Gênesis 12.1-3) – nesta aliança Deus promete fazer de Abraão uma grande nação; esta nação teria a posse da terra; receberiam as bênçãos universais de Deus e através deles, se estenderiam a toda a nação esta mesma bênção por intermédio de Jesus Cristo.

Aliança Palestiniana (Deuteronômio 30.3-10) – uma extensão da Aliança Abraâmica, onde Deus cita mais detalhes sobre a ocupação da Terra Prometida e as bênçãos concernentes a esta ocupação. Através desta aliança a restauração final e a conversão de Israel são garantidas.

Aliança Davídica (2Samuel 7.4-17; 1Crônicas 173-15) – nesta Aliança, Deus prometeu que Israel sempre teria um rei da linhagem de Davi, portanto, o trono seria de possessão perpétua da família Davídica, descendentes da tribo de Judá, sendo que este rei reinaria sobre a nação como um todo.

Nova Aliança (Jeremias 31.27-40; Hebreus 8.7-13) – estabelece um novo coração para Israel, uma conversão genuína e autêntica. É estabelecida sobre o sacrifício vicário de Cristo e, por causa disso, garante bênção eterna para todo aquele que crê.

Nota-se que o devido cumprimento total destas alianças de Deus com Israel será plenamente estabelecido no Reino Milenar.

Três escolas principais de interpretação:

1) Pré-Milenistas: entendem a base da interpretação literal das profecias, a Vinda de Jesus Cristo precederá o Seu reinado de mil anos em companhia de Seus remidos.
2) Pós-Milenistas: acreditam que a Segunda Vinda de Jesus Cristo será precedida da vitória final do Evangelho no período do milênio.
3) Amilenistas: entendem que a descrição de Apocalipse 20 é puramente simbólica.

Para quem será o Milênio?

1) Jesus Cristo, como Rei Supremo (Zacarias 14.9);
2) Para os Salvos (1Tessalonicenses 4.16-17);
3) Para o remanescente (nações) da Grande Tribulação (Mateus 25.31-46);
4) Para os judeus sobreviventes (Deuteronômio 28.13; Isaías 60.10-15; Zacarias 8.20,23).

O Lugar do Reino: será na Terra, refletindo não somente o aspecto espiritual, mas também o terreal (Isaías 65.21; Mateus 5.25-26; Apocalipse 5.9-10).

A Capital do Reino: será Jerusalém (Salmo 48.1-3). Biblicamente, a Palestina é o centro geográfico da Terra. Será o centro de adoração para todos os povos.

A Universalidade do Reino: o reino do Messias será universal abrangendo o mundo inteiro (Ezequiel 43.1-7; Mateus 25.31; Zacarias 14.9; Salmo 72).

Israel no Reino: tendo Cristo como Seu Messias e Cabeça, Israel se tornará a nação líder do mundo, não mais a “cauda” (Deuteronômio 28.13-44; Isaías 60.10-15; Zacarias 8.20-23).

A Igreja no Reino: a posição da Igreja será de esposa ao lado do Esposo, e a Rainha ao lado do Rei. A Igreja reinará com Jesus Cristo (Apocalipse 19 e 20).

A Hierarquia no Reino

Encontraremos um sistema hierárquico sólido no reino milenar. Jesus Cristo será o Rei. Abaixo dEle estará o grande Rei Davi, como sendo o regente, o príncipe. Depois outros reinarão sob suas autoridades.

Provas de que Davi é o regente no milênio (Oséias 3.5; Ezequiel 37.24-25; 34.23-24; Isaías 55.3-4; Jeremias 30.9; 33.15-21).

Muitos são contra a idéia de que o Davi histórico reinará literalmente no milênio. Alegam que este Davi é o Senhor Jesus Cristo. A estes quero deixar três importantes versos da Palavra de Deus que demonstram que realmente é o Davi histórico, o segundo rei de Israel.

1) Ezequiel 45.22 – O príncipe nesta passagem oferece a si mesmo oferta pelo pecado. Cristo não pode oferecer sacrifício por seu próprio pecado, pois Ele nunca cometeu pecado.

2) Ezequiel 46.2 – O príncipe está comprometido em atos de adoração. O Senhor Jesus Cristo recebe adoração no milênio, mas não está envolvido com atos de adoração, ou seja, Cristo não se envolve com adoração.

3) Ezequiel 46.16 – O príncipe tem filhos e divide sua herança com eles. Isso nunca poderia acontecer com Jesus Cristo.

Portanto, para aqueles que argumentam que o príncipe citado em Ezequiel é o próprio Jesus Cristo, estas passagens se tornam um grande embaraço em suas doutrinas.

Por que devemos afirmar que realmente será o próprio Davi histórico que irá reinar?

1) Porque é muito mais coerente com a interpretação literal das Escrituras.

2) Somente Davi poderia ser regente no milênio sem violar as profecias concernentes ao reinado de Cristo.

3) Os santos ressurretos terão posições de responsabilidade no milênio como recompensa (Mateus 19.28; Lucas 19.12-27). Davi pode ser designado para assumir tal responsabilidade já que era ‘homem segundo o coração de Deus’.

4) Davi será nomeado regente sobre a Palestina e governará a terra como príncipe, ministrando sob a autoridade de Jesus Cristo, o Rei.

Note também que nobres e governadores reinarão sob Davi (Jeremias 30.21; Isaías 32.1; Ezequiel 45.8-9; Mateus 19.28). Da mesma forma, muitas outras autoridades menores também reinarão (Lucas 19.12-27). E os juízes serão novamente levantados (Zacarias 3.7; Isaías 1.26).

Propósito do Templo Milenar

Na era milenar haverá um novo templo, onde os judeus estabelecerão como centro da adoração no milênio. Este Novo Templo será diferente dos demais, já destruídos, com dimensões diferentes, móveis diferentes dos templos anteriores (Ezequiel 40 a 47).

1) Servirá para demonstrar a santidade de Deus.
2) Servirá para prover uma habitação para a glória de Deus.
3) Servirá para perpetuar o memorial do sacrifício.
4) Servirá para prover o centro do governo divino.
5) Servirá para prover a vitória sobre a maldição.

Sacrifícios serão novamente estabelecidos, no entanto, não serão meritórios, ou seja, para perdoar os pecados. Estes sacrifícios serão estabelecidos em caráter memorial. Assim como a ceia é para nós hoje uma lembrança de que Cristo morreu e ressuscitou, os sacrifícios no milênio mostrarão ou apontarão para tal fato.

A Atuação do Espírito Santo no Milênio:

O Espírito Santo será derramado sobre toda carne para habitar, encher e ensinar (Jeremias 31.33-34; Joel 2.28-32; Ezequiel 36.25-31). Notamos que a profecia de Joel será finalmente cumprida literalmente, pois apenas uma parte fora cumprida no Dia de Pentecostes.

A obra do Espírito Santo será mais abundante e terá uma manifestação muito maior na era milenar do que em qualquer outra época. Portanto a plenitude do Espírito Santo será comum nesta era (Isaías 32.15; 44.3; Ezequiel 39.29; Joel 2.28-29).

O cristão será, portanto, habitado pelo Espírito Santo da mesma forma como este é hoje (Ezequiel 36.27; 37.14; Jeremias 31.33).

Características gerais do Milênio:

1) Um reino material com duração de mil anos, tendo Jesus Cristo como Rei (Apocalipse 20.5-6);
2) Satanás será preso (Apocalipse 20.1-3);
3) Jesus Cristo reinará com cetro de ferro (Salmo 2.8-9; Apocalipse 12.5; 19.15; Gênesis 49.10; Números 24.17);
4) Vida longa (Isaías 65.19-20);
5) Real, concreto e visível (Apocalipse 20);
6) Paz universal entre os povos e as nações (Isaías 9.6; Miquéias 4.3-4; Lucas 2.13-14);
7) A terra da Palestina será aumentada (Isaías 26.15);
8) A topografia será alterada (Zacarias 14.4);
9) As chuvas cairão trazendo bênçãos (Isaías 41.18; Ezequiel 34.26; Joel 2.23);
10) As fontes e mananciais de águas serão abundantes (Ezequiel 47.1-11; Zacarias 14.8);
11) A terra produzirá abundantemente (Isaías 32.15; 35.1; Ezequiel 47.12; Amós 9.13);
12) Haverá paz e justiça em plenitude (Isaías 32.16-17);
13) Haverá paz até na criação de modo geral (Isaías 11.6-9; 65.25; Romanos 8.19-21);
14) O Evangelho será pregado em todo o mundo (Isaías 11.6-9; 14.1-2; 49.22-23; 60.14; Zacarias 8.20-23);
15) Ainda haverá pecado (Isaías 65.18-20; Lucas 19.11-27);
16) Novo Templo e sacrifícios memoriais (Isaías 56.6-7; Ezequiel 40.1 a 44.31);
17) Os salvos estarão em glória com Seu Salvador (Colossenses 3.4);
18) Trabalho. O período do milênio não será caracterizado por inatividade, mas haverá um sistema econômico perfeito, no qual as necessidades do homem serão abundantemente providas por seu trabalho nesse sistema. Haverá uma sociedade plenamente produtiva, suprindo as necessidades dos súditos do Rei (Isaías 62.8-9; 65.21-23; Jeremias 31.5; Ezequiel 48.18-19). A agricultura, bem como a manufatura proverá empregos.
19) Haverá um aumento da luz solar e lunar, isto será a causa do aumento da produtividade na terra (Isaías 4.5; 30.26; 60.19-20; Zacarias 2.5).
20) A língua será unificada, as barreiras lingüísticas serão desfeitas (Sofonias 3.9).
21) Haverá uma transformação no corpo das pessoas que tem deformidades físicas (Isaías 29.17-19; 35.3-6; 61.1-2; Miquéias 4.6-7; Sofonias 3.19).
22) As águas do Mar morto ficarão saudáveis e peixes serão encontrados ali (Ezequiel 47.8).

Como será o fim do Milênio?

1) Satanás será solto (Apocalipse 20.7);
2) Enganará multidões (Apocalipse 20.8);
3) Promoverá uma rebelião (Apocalipse 20.9);
4) Os rebeldes serão mortos queimados (Apocalipse 20.9);
5) Satanás será destruído com um assopro da boca de Cristo (2Tessalonicenses 2.8);
6) Satanás será lançado no Lago de Fogo e Enxofre (Apocalipse 20.10);
7) O último inimigo – a morte – é derrotado (Apocalipse 20.14; 1Coríntios 14.26);
8) O Reino é entregue ao Pai (1Coríntios 15.24-25,28; Apocalipse 22.1).


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