quarta-feira, 6 de outubro de 2021

APRENDENDO COM SALOMÃO (PARTE 23)

 

Pedindo a Sabedoria


Dá-me, pois, agora, sabedoria e conhecimento, para que eu saiba conduzir-me à testa deste povo; pois quem poderia julgar a este grande povo? II Crôn. 1:10.

Se uma pessoa muito rica dissesse a você: "Peça o que quiser que eu lhe dê", o que solicitaria? Uma bolsa de estudos, uma bela casa, ou uma grande soma de dinheiro?

Certa noite, Deus apareceu a Salomão e disse-lhe: "Pede-me o que queres que Eu te dê." II Crôn. 1:7. O que você teria pedido a Deus, se estivesse no lugar de Salomão? 

O jovem rei pediu o que há de mais precioso: sabedoria. Esta é a riqueza das riquezas. Anos depois, ele escreveria: "Feliz o homem que acha sabedoria, e o homem que adquire conhecimento" (Prov. 3:13); "porque melhor é a sabedoria do que jóias, e de tudo o que se deseja nada se pode comparar com ela" (Prov. 8:11). 

Salomão tinha sede de sabedoria. Ele estava convicto de que dinheiro e poder não eram suficientes para governar o povo do concerto. O elevado propósito estabelecido por Deus para Seu povo dependia de um rumo bem definido, de conselhos oportunos e de palavras oriundas da mente do Altíssimo. 

Quando Salomão disse: "Dá-me, pois, sabedoria", estava imbuído de um desejo sincero e profundo. (I Reis 3:9.) Não hesitava entre dois pensamentos: seu pedido era claro e definido.

Certa vez, um jovem pediu conselho ao filósofo Sócrates, dizendo: "Tenho uma grande sede de conhecimento. Pode dizer-me como obtê-lo?" 

Sócrates pediu que o jovem o acompanhasse até à praia. O sábio conduziu-o para dentro da água até à cintura. Subitamente, Sócrates mergulhou o jovem, mantendo-o imerso a ponto de ele pensar que iria se afogar. Já fora da água, Sócrates perguntou-lhe: "Enquanto você estava submerso, o que desejou mais neste mundo?" 

A resposta foi lacônica: "Ar!", disse o moço. Então, o filósofo ponderou: "Siga seu caminho, e quando desejar conhecimento tanto quanto desejou ar instantes atrás, você certamente o encontrará."

Nesta época em que o homem está mais interessado em coisas do que em sabedoria, qual deve ser o nosso supremo desejo? 

O que temos pedido a Deus em nossas orações? Pedimos nós conhecimento com o objetivo de adquirir riquezas, fama e poder, ou pedimos sabedoria para partilhar o conhecimento da maior riqueza do Universo - o evangelho da salvação?

Bacon disse que "o homem pode tanto quanto sabe". E esta afirmação será tanto mais verdadeira quanto mais nos apossarmos da sabedoria que vem do alto.

Pergunta para reflexão: Na lista de seus pedidos a Deus, você dá prioridade à sabedoria ou às coisas materiais?

 

APRENDENDO COM PAULO (PARTE 54)

 

Obreiro Aprovado

 

"Procura apresentar-te diante de Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade." (2 Tm 2:15)

Este texto escrito pelo apóstolo Paulo pra seu fiel discípulo Timóteo, tem me ensinado muito ao longo dos anos. Com ele aprendi que para ser aprovado, é preciso ser obreiro, estar envolvido na obra, e mais do que simplesmente isso, é preciso não ter do que se envergonhar. 

Manejar bem a palavra da verdade vem logo a seguir, mas sem sombra de dúvida não vem em último lugar, apenas caracteriza o obreiro.

Procurar, neste texto, significar "manter esforço para alcançar um objetivo", nada tendo a ver com alguma busca frenética ou sem sentido. Ao contrário, a clareza do alvo faz parte do sucesso. 

Apresentar-se a Deus é coisa muito fora de moda hoje, em que temos igrejas locais frias e lideranças indiferentes. Não que todas o sejam, mas creio que hoje, mais do que nunca, isso se torna realidade, devido ao tamanho das cidades, ao ritmo acelerado da vida, a tecnologia de transportes e comunicações; tudo coisas que até alguns séculos nem se sonhava ser possível.

Mas a maior lição que tiro deste texto está na expressão "não tem de que se envergonhar". 

Compreendo o real sentido desta expressão quando penso em um dos meus filhos se apresentando diante de mim para confessar alguma travessura, na qual foi surpreendido pela mãe. É desta vergonha que este texto fala. 

Da vergonha de se apresentar diante de um Pai (sem comparação comigo, Santo e perfeito), sentindo vergonha pelo que fez, ou em muitos casos, pelo que deixou de fazer. Especialmente vergonhoso quando deixamos de fazer coisas que já estamos quase carecas de saber que devemos fazer, e tanto pior se forem coisas simples, fáceis e grátis. 

Fico especialmente envergonhado quando me apresento ao Pai sem ter orado o suficiente, sem ter lido a Palavra o suficiente, ou mesmo sem ter me concentrado em ouvir Sua Voz...

Manejar bem a palavra da verdade vai muito além de saber textos decorados, rigorosamente endereçados, com livro, capítulo e versículo igualmente decorados. Vai muito além de uma elaborada teologia teórica, que pode explicar cada passagem das escrituras racionalmente, tanto mediante a fé como mediante a ciência. 

Vai além de um bom conhecimento das línguas originais, que permite interpretações profundas, largas e extensas, tanto quanto se possa alcançar. Manejar bem a palavra da verdade inclui fazer uso prático dela, colocar na vida pessoal e dos irmãos, cumprindo o que ela prescreve, e buscando expansão permanente das práticas. Todas as demais coisas mencionadas tem seu valor, mas à luz de uma vida de prática, desmoronam.

Se todo conhecimento servir para permitir uma prática melhor, mais autêntica, constante, amorosa e exemplar, tenho certeza de que isso tornará qualquer mortal pecador em um obreiro aprovado. Vai se envergonhar de que, se tiver uma vida dessas?

Oração: "Pai querido, não quero mais sentir vergonha ao me apresentar diante de ti. Mostra-me o que devo fazer para ser aprovado."

 

APRENDENDO COM ELIAS (PARTE 13)

 

Mãos de Deus


Porém ela respondeu: Tão certo como vive o Senhor, teu Deus, nada tenho cozido; há somente um punhado de farinha numa panela e um pouco de azeite numa botija. 

- I Reis 17:12.

Uma viúva estava apanhando lenha à entrada da cidade em que morava. O profeta Elias aproximou-se e pediu-lhe água. Quando ela estava saindo para buscar água, o profeta fez mais um pedido: "Traze-me também um bocado de pão." I Reis 17:11.

A mulher se dispôs a buscar água, mas o pedido por pão tocou num problema que ela definiu com palavras que levariam às lágrimas toda pessoa imbuída de empatia: "E, vês aqui, apanhei dois cavacos e vou preparar esse resto de comida para mim e para o meu filho; comê-lo-emos e morreremos." I Reis 17:12. 

Embora o argumento da viúva fosse convincente, Elias ordenou que ela primeiro preparasse um bolo para ele. Se alguém tivesse ouvido só essa parte do diálogo, teria pensado: "Esse homem é injusto e aproveitador."

Mas a ordem do profeta foi seguida por uma promessa: "A farinha da tua panela não se acabará, e o azeite da tua botija não faltará, até ao dia em que o Senhor fizer chover sobre a terra." I Reis 17:14. E assim aconteceu.

Quando, em nossa dispensa, resta o último bocado, não precisamos entrar em desespero. Deus pode operar um milagre. Quando, também, temos algo insignificante nas mãos, não devemos subestimar o seu pouco valor, pois Deus pode transformar o pouco em muito. Moisés tinha apenas um bordão, mas Deus lhe disse: "Guarda o Meu rebanho." 

Davi tinha uma funda e cinco seixos do ribeiro, e Deus lhe ordenou: "Toma-os e usa-os no Meu serviço." Maria dispunha apenas de um vaso de ungüento de nardos, mas ela o quebrou, e a fragrância encheu toda a casa, e a lembrança desse gesto de amor perdura ainda hoje entre os cristãos. Uma viúva tinha apenas um ceitil. Era tão pouco! Mesmo assim, ela o deu para a oferta do templo, e seu sacrifício tem sido uma inspiração através dos séculos. Tabita tinha apenas uma agulha, e com ela pôde ajudar os pobres de Jope.

E nós, o que temos nas mãos? Se dissermos que não temos talentos ou recursos, estaremos mentindo. Mas, mesmo que não tivéssemos talentos nem recursos, poderíamos dizer ao Senhor: "Temos nas mãos um coração contrito e arrependido. A Ti, Senhor, nós o entregamos. Abençoa-nos e faze-nos uma bênção para as outras pessoas."

Se cada membro se considerasse apenas uma gotinha, mas todas essas gotinhas se unissem numa só corrente, a igreja se transformaria numa cachoeira capaz de gerar luz para este mundo.

Pensamento para reflexão: É mais importante estar nas mãos do Senhor do que ter muitos recursos nas mãos.

APRENDENDO COM JESUS

 

Lubrificando nossos relacionamentos


O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece. I Cor. 13:4.

Nossa felicidade depende de um bom relacionamento com as pessoas que nos cercam. Jesus nos ensinou a mar todos ao nosso redor. 

No lar, no trabalho e na igreja, é necessário levarmos em conta que as peças da máquina da vida social precisam estar bem untadas, para que não haja atritos.

O amor é o óleo da vida. Ele amacia, abranda e suaviza. É a força que aquece os corações, o elo que une os seres humanos. O amor é o principal elemento para uma convivência feliz. 

Numa festinha, as crianças perguntaram a respeito da mãe de cada um. Uma criança disse: "Minha mãe toca piano melhor que todo mundo!" Uma menininha, apontando para o seu lindo vestido, disse: "Os vestidos que minha mãe faz são mais bonitos que os que são vendidos nas lojas." Um garoto, entretanto, parecia não ter nada a dizer. Até que alguém lhe perguntou: "E sua mãe não sabe fazer nada?" 

O menino, com a boca cheia de bolo, murmurou: "Talvez não." Mas logo em seguida  ele acrescentou: "Mas é muito fácil de se conviver com ela."

O amor faz a diferença. E essa diferença é vista no seguinte trecho de um autor desconhecido: "Eu amo você, não só pelo que você é, mas pelo que sou quando estou com você. Amo você, não só pelo que fez de si mesmo, mas pelo que está fazendo de mim. 

Amo você pela parte de mim que você revela. Amo você por colocar sua mão no meu coração perturbado, passando por alto todas as coisas frívolas e fracas que não há jeito de esconder, e trazendo à luz todas as coisas belas e radiantes que ninguém mais havia contemplado o suficiente para encontrar."

Para que tenhamos esse amor, é fundamental, como disse Charles Dubois, "sermos capazes de sacrificar a todo momento aquilo que somos por aquilo que poderíamos vir a ser".

 Leo Buscaglia sugere: "Só depende de nós darmos aos nossos relacionamentos uma chance. Não há nada maior na vida do que amar e ser amado, pois amar é a principal das experiências." 

Jesus veio ao mundo para reatar um relacionamento quebrado. E não foi com argumentos e imposições que Ele abriu o caminho da paz. Ele derramou Seu amor nas peças que atritavam, suavizando nossos fardos e nossos relacionamentos. 

Quando Ele retornou ao Céu, deixou uma grande faixa ao redor do mundo: "O Meu mandamento é este: que vos ameis uns aos outros, assim como Eu vos amei." João 15:12.

Pensamento para reflexão: Para que você possa amar de verdade, é necessário derrotar seu amor-próprio.

 

APRENDENDO COM JETRO

 

Liderança

"Além disto procurarás dentre todo o povo homens de capacidade, tementes a Deus, homens verazes, que aborreçam a avareza, e os porás sobre eles por chefes de mil, chefes de cem, chefes de cinqüenta e chefes de dez; e julguem eles o povo em todo o tempo. Que a ti tragam toda causa grave, mas toda causa pequena eles mesmos a julguem; assim a ti mesmo te aliviarás da carga, e eles a levarão contigo." (Ex 18:21-22)

Jetro deu um excelwente conselho para seu genro Moisés. 

Nestes tempos em que se fala muito em liderança, lembrei-me deste texto do pentateuco porque ele me fala muito ao coração. 

Como é fácil se tornar um ditador, representante de Deus diante dos meros mortais que nada sabem da Sua vontade, que não são tão espirituais nem se preocupam em ler a Bíblia.

Mas é este povo a quem Deus confiou amar e cuidar, e todo o líder tem este papel, além é claro de guiar e administrar, o que não faz mal nenhum. 

Ocorre é que no papel de liderado é muito mais cômodo, e portanto exige menos compromisso e tem menos cobrança. Mas o liderado é tão importante no ministério cristão quanto o próprio líder: são papéis diferentes.

Neste texto vemos um homem experiente (Jetro) aconselhando seu atarefadíssimo genro, que se envolveu na maior enrascada de sua vida: guiar quase dois milhões de pessoas por um deserto terrível, carregando quinquilharias nos ombros, e sonhando com uma tal de terra prometida que ainda tardaria muito a chegar. 

E o conselho foi sábio, como sábio é o nosso Deus: dividir o peso e a responsabilidade da liderança.

Mas até aí vínhamos muito bem. Dividiremos nossas lideranças, e deixaremos os líderes realmente de peso somente para as causas mais importantes, delegando para líderes menos "importantes" a responsabilidade sobre causas que realmente não merecem tanta atenção: uma fofoquinha entre os irmãos, um desentendimentozinho entre o casal, uma briguinha com os filhos, probleminhas com dívidas e vícios, enfim - o que não dá IBOPE. 

E o bonitão aqui vai tratar de adultério, de roubo, de briga com sangue, de divórcio, de gravidez de adolescente - coisas de IBOPE.

Só que o que a Palavra mostra não é isso. Ao ler o texto eu vejo um espelho de Moisés em cada um daqueles homens escolhidos para liderar, com características e virtudes duras de encontrar ao mesmo tempo em um homem só. 

Homens que realmente poderiam liderar o povo todo, talvez alguns até mais preparados e qualificados do que o próprio Moisés... Mas havia um detalhe: a Moisés Deus chamou para isso, e lhe pesava esta responsabilidade. Senso de papel na mão de Deus, na Sua obra, foi o que fez com que não somente Moisés mas este grupo de homens assumissem esta missão, que eu certamente não ia querer para mim.

De todo os cursos sobre liderança que já fiz, alguns muito bons e importantes, ministrados por homens de Deus e homens do mundo, nada me fala mais ao coração do que estes pequenos versos da Palavra de Deus. Se eu tenho convicção de que Deus me quer fazendo o que estou fazendo, ou para o qual estou me preparando, não preciso me preocupar ou me enciumar com dividir a liderança com pessoas que possuem capacidades e qualificações adequadas. 

Por outro lado, se eu simplesmente me preocupar em ocupar os cargos da hierarquia da igreja local, apenas para não ficar sem ninguém, sem me preocupar com as qualificações que a Palavra me mostra, eu caio no desastre do outro lado do abismo, ficando sozinho, sobrecarregado, saturado, cansado, e, como Moisés, a beira de uma crise de nervos.

Quem lidera, deve saber encontrar o seu ponto entre trabalhar sozinho e anarquizar entre todos, para ter ao mesmo tempo eficiência e confiabilidade. Quem é liderado, precisa aprender a seguir seus líderes entendendo que não é mera preguiça dividir responsabilidades e delegar: é sabedoria da Palavra de Deus, aplicada ao ministério.

APRENDENDO COM ELIAS (PARTE 12)

 

Emoções Comprometidas



Elias, porém, se foi ao deserto, caminho de um dia, e veio, e se assentou debaixo de um zimbro; e pediu para si a morte e disse: Basta; toma agora, ó Senhor, a minha alma, pois não sou melhor do que meus pais. I Reis 19:4.

O medo desestabilizou de tal modo o profeta Elias que ele caminhou um dia inteiro à procura de um lugar solitário. Não satisfeito com a distância que o separava da iracunda Jezabel, procurou valer-se de outra fuga: a morte. Só assim, pensava ele, poderia livrar-se das emoções que o incomodavam.

Há uma grande variedade de emoções. A lista inclui: o medo, a surpresa, a cólera, o contentamento, a comicidade, a alegria, o pesar, a excitação sexual, etc. Há emoções prejudiciais e há emoções benéficas. Elias, naquele momento sombrio de sua vida, viveu um coquetel de emoções: pavor, medo, expectativa, pessimismo e desânimo. 

Quando o anjo lhe apareceu pela primeira vez, ele estava dormindo debaixo de um zimbro. Depois de comer e beber, deitou-se novamente e dormiu. No segundo contato, o anjo deu-lhe instruções para ir ao monte Horebe. 

Foram quarenta dias e quarenta noites de caminhada. Ao chegar ao monte, o profeta entrou numa caverna, e lá, ouviu uma solene pergunta: "Que fazes aqui, Elias?" I Reis 19:9. Se ele não tivesse atendido ao que o Senhor lhe disse, teria ficado circunscrito ao círculo de emoções negativas.

À semelhança de Elias, somos por vezes aguilhoados por emoções fortes. Nossa primeira reação é a fuga, que consiste em deixar o palco do problema, ou desistir da luta. Em ambos os casos, há prejuízos à saúde.

O cristão não está imune à influência de emoções negativas, mas deve lutar para que não se deixe envolver por pensamentos e atitudes que comprometam seu equilíbrio. 

A história de Mary é esclarecedora. Seus pais morreram num acidente de aviação, e os três irmãos de Mary fizeram um pacto em honra de seus pais, pelo qual se comprometeram a ser excelentes alunos na faculdade. 

Mary, porém, retirou-se para um lugar isolado e, após dois meses, foi hospitalizada com asma aguda. Durante o tratamento, ela revelou aos irmãos que se sentia dependente da aprovação e do estímulo dos pais. Nessa oportunidade, os irmãos relembraram o pacto que haviam feito, e Mary começou a reagir positivamente. A asma abrandou, e ela, quatro anos depois, terminou a faculdade como uma aluna exemplar.

As emoções têm lugar de honra em nossa vida, mas não podem determinar nosso destino. Precisam estar sob controle.


segunda-feira, 4 de outubro de 2021

APRENDENDO COM JESUS

 Boas Vindas ao Hóspede

Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a Minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo. Apoc. 3:20.

O livro do Apocalipse é como um filme de ação. Os protagonistas têm perfis diversos: cavalos, cavaleiros, dragões, rãs, besta que sobe do mar, besta que sobe da terra, mulher vestida de sol, anjos bons, anjos maus, serpente, grande multidão, e assim por diante. Mas o Personagem principal nesse impressionante filme, é Jesus Cristo. O último capítulo desse filme apresenta-O como Rei dos reis e Senhor dos Senhores. Mas, enquanto não chega o dia de Sua volta à Terra, Jesus deseja ser Hóspede de nosso coração.

Ele bate à porta de cada um de nós pelo fato de estarmos mornos. Ele mesmo fez um diagnóstico de nossa vida espiritual e viu que somos presunçosos. E a prova disso está em Apocalipse 3:17: "Pois dizes: Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu." Só a presença de Jesus pode eliminar a mornidão. Só a presença de Jesus pode acabar com nossa pobreza espiritual.

Só a presença de Jesus pode extinguir o falso conceito de que somos bons.

No verso de hoje há duas verdades: Cristo pode ser mantido fora, e a porta do coração só pode ser aberta pelo lado de dentro. O Hóspede bate, mas não força a nossa vontade. Respeita o livre-arbítrio de que nos dotou. Enquanto Jesus estiver do lado de fora, nosso coração continuará escuro e sujo. O Hóspede quer entrada franca. Mas antes que Ele entre, o outro hóspede precisa sair. Esse outro hóspede é responsável pela mornidão de nossa vida; é responsável pela presunção que nos caracteriza, na fase laodiceana da igreja.

A entrada do Hóspede divino produz uma mudança radical. A primeira coisa que Ele faz, é nos vestir com Sua justiça. Somos justificados. Somos declarados filhos de Deus. Mudamos de status. A segunda coisa que ocorre, é a santificação. A presença de Jesus tem poder santificador. Onde Ele está, tudo é separado para propósitos elevados.

John Bunyan usa muitos personagens para ilustrar lições espirituais. Um deles é Alma Humana. Ele a descreve como estando sitiada por muitos inimigos. Eles querem invadi-la a todo custo. Mas Cristo está lá dentro. Infelizmente, após muita luta, Alma Humana deixa de dar atenção a Cristo e começa a parlamentar com o inimigo. Desse modo, é facilmente derrotada.

Nestes dias de tantos debates, temos a tendência de argumentar com o inimigo. Este foi o erro de Eva: um bate-papo com a serpente. A princípio, ela deve ter achado interessantíssimo aquele diálogo. Mas sabemos o que aconteceu.

Quando Cristo está dentro, não devemos abrir a porta para conversar com o inimigo. Só o Hóspede divino merece nossa atenção.

Pergunta para reflexão:

Você está convicto de que tem o Hóspede divino no trono de seu coração?

 

 

APRENDENDO COM JABES

  APRENDENDO COM JABES O m enino  p rodígio da  g enealogia!   Alguém já disse certa vez que existe muito pouca diferença entre as pessoas –...