quarta-feira, 6 de outubro de 2021

APRENDENDO COM ELIAS (PARTE 13)

 

Mãos de Deus


Porém ela respondeu: Tão certo como vive o Senhor, teu Deus, nada tenho cozido; há somente um punhado de farinha numa panela e um pouco de azeite numa botija. 

- I Reis 17:12.

Uma viúva estava apanhando lenha à entrada da cidade em que morava. O profeta Elias aproximou-se e pediu-lhe água. Quando ela estava saindo para buscar água, o profeta fez mais um pedido: "Traze-me também um bocado de pão." I Reis 17:11.

A mulher se dispôs a buscar água, mas o pedido por pão tocou num problema que ela definiu com palavras que levariam às lágrimas toda pessoa imbuída de empatia: "E, vês aqui, apanhei dois cavacos e vou preparar esse resto de comida para mim e para o meu filho; comê-lo-emos e morreremos." I Reis 17:12. 

Embora o argumento da viúva fosse convincente, Elias ordenou que ela primeiro preparasse um bolo para ele. Se alguém tivesse ouvido só essa parte do diálogo, teria pensado: "Esse homem é injusto e aproveitador."

Mas a ordem do profeta foi seguida por uma promessa: "A farinha da tua panela não se acabará, e o azeite da tua botija não faltará, até ao dia em que o Senhor fizer chover sobre a terra." I Reis 17:14. E assim aconteceu.

Quando, em nossa dispensa, resta o último bocado, não precisamos entrar em desespero. Deus pode operar um milagre. Quando, também, temos algo insignificante nas mãos, não devemos subestimar o seu pouco valor, pois Deus pode transformar o pouco em muito. Moisés tinha apenas um bordão, mas Deus lhe disse: "Guarda o Meu rebanho." 

Davi tinha uma funda e cinco seixos do ribeiro, e Deus lhe ordenou: "Toma-os e usa-os no Meu serviço." Maria dispunha apenas de um vaso de ungüento de nardos, mas ela o quebrou, e a fragrância encheu toda a casa, e a lembrança desse gesto de amor perdura ainda hoje entre os cristãos. Uma viúva tinha apenas um ceitil. Era tão pouco! Mesmo assim, ela o deu para a oferta do templo, e seu sacrifício tem sido uma inspiração através dos séculos. Tabita tinha apenas uma agulha, e com ela pôde ajudar os pobres de Jope.

E nós, o que temos nas mãos? Se dissermos que não temos talentos ou recursos, estaremos mentindo. Mas, mesmo que não tivéssemos talentos nem recursos, poderíamos dizer ao Senhor: "Temos nas mãos um coração contrito e arrependido. A Ti, Senhor, nós o entregamos. Abençoa-nos e faze-nos uma bênção para as outras pessoas."

Se cada membro se considerasse apenas uma gotinha, mas todas essas gotinhas se unissem numa só corrente, a igreja se transformaria numa cachoeira capaz de gerar luz para este mundo.

Pensamento para reflexão: É mais importante estar nas mãos do Senhor do que ter muitos recursos nas mãos.

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