LIÇÕES DE VIDA E ENSINAMENTOS - TUDO SOBRE OS PERSONAGENS MAIS MARCANTES DA BÍBLIA SAGRADA - OS VILÕES E HERÓIS DA BÍBLIA SAGRADA E SUAS EXPERIÊNCIAS
terça-feira, 7 de junho de 2022
sexta-feira, 3 de junho de 2022
APRENDENDO COM JEOACAZ
Quem Foi o Rei Jeoacaz na Bíblia?
O rei Jeoacaz de Israel e o rei Jeoacaz de Judá viveram durante o reino dividido. A Bíblia registra que após a morte do rei Salomão, tão logo Israel deixou de ser um reino unificado, e as tribos do norte se separaram das tribos do sul. Essa divisão ocorreu, principalmente, por conta das injustiças e da exploração do povo através das altas cargas de impostos.
O rei Jeoacaz de Israel
O rei Jeoacaz de Israel foi filho de Jeú. Ele reinou durante dezessete anos em Samaria, a capital do Reino do Norte, sucedendo seu pai em aproximadamente 814 a.C. A história do seu reinado está registrada em 2 Reis 13:1-9. O rei Jeoacaz reinou em Israel quando o Reino de Judá estava sendo governado por Joás, filho de Atalia.
Durante o seu governo, o Reino de Israel estava subordinado à Síria, que naquele tempo era governada por Hazael em Damasco. Por isso, o texto bíblico informa que o Reino de Israel foi muito oprimido por Hazael durante os dias de Jeoacaz (2 Reis 13:22).
Naquele contexto, foi permitido que Jeoacaz controlasse um exército de apenas dez carros de combate, cinquenta cavaleiros e dez mil homens de infantaria. A opressão Síria sobre Israel naquele período era, na verdade, juízo de Deus contra o pecado dos israelitas impenitentes.
A Bíblia também diz que o rei Jeoacaz fez o que era mau aos olhos do Senhor. Ele seguiu as mesmas práticas pecaminosas do rei Jeroboão I, que fez pecar a Israel através da idolatria que corrompeu e religião israelita ao instituir uma espécie de culto apóstata em Betel (2 Reis 13:2). Além disso, durante o reinado de Jeoacaz o poste-ídolo dedicado a Aserá permaneceu de pé em Samaria (2 Reis 13:6).
Mas em determinado momento, o rei Jeoacaz clamou ao Senhor, e Deus ouviu a sua oração. Dessa forma, naquele tempo o rei Hazael somente não destruiu todo o Reino do Norte porque Deus foi misericordioso com o seu povo (2 Reis 13:3-22). Nesse ponto, a Bíblia diz que o Senhor providenciou um libertador para Israel, e os israelitas escaparam do poder da Síria (2 Reis 13:5).
O texto bíblico não informa o nome desse libertador. Alguns estudiosos acreditam que talvez esse libertador tenha sido o rei assírio Adade-Nirari III; enquanto outros identificam esse libertador como sendo o profeta Eliseu. Quando Jeoacaz de Israel morreu, ele foi sepultado em Samaria, e seu filho Jeoás reinou em seu lugar.
O segundo rei chamado Jeoacaz na Bíblia foi filho do rei Josias de Judá. Ele viveu cerca de duzentos anos depois do primeiro Jeoacaz, e começou a reinar em Jerusalém em 609 a.C. quanto tinha vinte e três anos de idade. Sua mãe se chamava Hamutal, e seu avô materno se chamava Jeremias, de Libna. Seus irmãos eram: Joanã, Jeoaquim (também chamado de Eliaquim) e Zedequias (também chamado de Matanias).
Jeoacaz de Judá também era conhecido como Salum, provavelmente uma abreviação do nome Selemias. Muitos estudiosos acreditam que Salum era o seu nome pessoal, e Jeoacaz era o seu nome real. Isso não era algo muito incomum naquele tempo. Inclusive, seus irmãos, Jeoaquim e Zedequias, receberam esses nomes quando assumiram posteriormente o trono de Jerusalém como vassalos dos egípcios e dos babilônios, respectivamente.
Outra coisa interessante sobre Jeoacaz é que ele não era o filho mais velho de Josias, e mesmo assim foi escolhido como sucessor de seu pai no trono de Judá. Sobre isso, o texto bíblico é claro ao indicar que Jeoacaz não era o sucessor natural de Josias, e que sua ascensão ao trono ocorreu por interferência do “povo da terra” que o fez rei em lugar de seu pai (2 Reis 23:30).
A expressão “povo da terra” que designa as pessoas que entronizaram Jeoacaz, é muito debatida entre os estudiosos. Alguns acreditam que essa expressão se refere aos líderes do povo de Judá; enquanto outros sugerem que a expressão se refere aos camponeses de Judá que não habitavam dentro da cidade de Jerusalém. Seja como for, muitos comentaristas defendem que essas pessoas aclamaram Jeoacaz porque talvez ele tivesse uma política contrária ao Egito, assim como seu pai.
O reinado de Jeoacaz de Judá
Jeoacaz assumiu o trono de Judá num momento muito turbulento. Seu pai, o rei Josias, havia acabado de ser morto pelo Faraó Neco na batalha em Megido.
Mas o reinado de Jeoacaz durou apenas três meses. Ele subiu ao trono no verão de 609 a.C. e foi destituído no outono, quando o Faraó Neco o capturou e o levou exilado para o Egito. Além disso, Neco tributou Judá e instituiu Eliaquim — a quem trocou o nome para Jeoaquim — como rei em Judá no lugar de Jeoacaz.
Apesar de ter sido muito breve — apenas três meses — a Bíblia fala do reinado de Jeoacaz de forma muito negativa. De acordo com o texto bíblico, Jeoacaz fez o que era mau perante o Senhor (2 Reis 23:32). Jeoacaz foi o primeiro rei de Judá a morrer no exílio.
Daniel Conegero
APRENDENDO COM JAFÉ
Jafé - Um modelo de Fidelidade, respeito, solidariedade e afeto ao pais
Jafé, um dos três filhos de Noé, ao lado de Sem e Cam. Apesar de
ser um personagem pouco conhecido e citado da bíblia, Jafé nos ensina
importantes lições quanto à fidelidade e a capacidade de honrar os pais.
A origem hebraica do nome Jafé faz referência às ideias de expansão e
ampliação, características que podem ser observadas na história dele.
Na Bíblia, Jafé é retratado juntamente com seu irmão Sem, como um homem
que é fiel e demonstra um profundo respeita ao seu pai (Gênesis 9:18) . .
Além disso, Jafé também é um exemplo de honra aos pais. Quando Noé se
embebedou de vinho em sua tenda, Jafé e seu irmão Sem cobriram a sua nudez, ato
que demonstra respeito, cuidado e fidelidade. Nessa mesma ocasião, seu irmão
Cam agiu de forma contrária, o que representou desrespeito ao pai. Dessa
maneira, essa diferença entre os dois comportamentos demarca as bênçãos que
Jafé e Sem receberam em suas atitudes para com o pai, além da própria amizade
entre eles.
Por causa desse gesto, Jafé foi abençoado por meio da expansão do seu
território e obteve o privilégio de viver nas tendas de Sem em Canaã. Jafé
também é referenciado como fundador de uma cidade chamada Jafa.
Jafé e sua esposa foram duas das oito pessoas que foram salvas na arca
e, após o dilúvio, tiveram 7 filhos: Javã, Magogue, Tubal, Meseque, Madai,
Gômer e Tiras. Dos 7 filhos de Jafé, surgiram por volta de 14 nações, que são
apontadas como originárias dos indo-europeus.
O respeito e cuidado que Jafé demonstrou para com seu pai Noé naquele
momento de vulnerabilidade, embriaguez e desânimo pode nos trazer muitas
reflexões sobre fidelidade para com os nossos pais. Quando Cam demonstrou
impaciência e desrespeito, fez Noé amaldiçoar os seus descendentes e, em
contrapartida, abençoar os descendentes de Jafé.
As bênçãos proferidas por Noé em favor de Jafé foram importantes para
que ele conseguisse expandir o seu território e os seus descendentes entrassem
nos territórios de Sem.
Por isso, o dever de respeitar, honrar e se manter fiel aos pais é um
preceito demonstrado e reforçado muitas vezes na bíblia em diferentes
contextos, histórias e pessoas. Essa atitude de lealdade e respeito é essencial
para que sejamos abençoados e bem-sucedidos em nosso projetos, além de
prolongar os anos de vida.
Em Êxodo 20:12, esse ensinamento é bem claro quando diz que, ao honrar
seu pai e sua mãe, os seus dias se prolongarão sobre a terra. Em Efésios 6:1-4,
esse mesmo ensinamento é reforçado como primeira promessa.
Em Colossenses 3:20, nos é dito que a obediência aos pais é uma atitude
de honra e que agrada a Deus. No livro de Provérbios 1:8, temos o ensinamento
de que dar ouvido às correções dos nossos pais nos trará coisas boas, pois elas
serão “como enfeite para a sua cabeça e adorno para o seu pescoço”.
APRENDENDO COM POTIFAR
Potifar, oficial de Faraó
Potifar é um personagem bíblico (Gn 39.1), oficial de Faraó,
vivia no Egito e era casado com uma mulher que a Bíblia não narra seu nome,
ficando conhecida apenas como a mulher de Potifar.
Ele comprou José dos comerciantes ismaelitas que o
tinham levado até o Egito e levou o jovem filho de Jacó à sua casa para servir-lhe como mordomo (Gn 39.4). O
nome Potifar provavelmente significa “a quem Rá deu”, no sentido de
ter colocado na terra. Rá era o deus sol cultuado no antigo Egito. Esse
significado vem do entendimento adotado por muitos estudiosos de que o nome
Potifar é uma forma abreviada do nome Potífera.
Quem foi Potifar?
Potifar era um egípcio que, de acordo com a Bíblia,
servia como oficial de Faraó e capitão da guarda (Gênesis 37.36; 39.1). Um
ponto interessante na descrição bíblica de Potifar é que a palavra hebraica
aplicada é a mesma para “eunuco”. Inclusive, algumas traduções da Bíblia em português
se refere a Potifar exatamente assim, como "eunuco de Faraó".
No entanto, os eruditos explicam que o significado mais geral e
antigo dessa palavra indicava um cortesão, ou seja, um oficial da corte. Assim,
o sentido de eunuco é um significado mais restrito da mesma palavra usada para
designar um oficial da corte que servia no alojamento das mulheres.
Mas no caso de Potifar, um homem casado, obviamente o sentido mais apropriado
dessa palavra é mesmo aquele que faz referência a um oficial que ocupava uma
posição privilegiada exercendo um cargo de confiança na corte de Faraó.
De acordo com os historiadores da história egípcia, o tipo de
cargo ocupado por Potifar como “capitão da guarda”, fazia dele o líder do corpo
da guarda real. Alguns comentaristas sugerem que talvez Potifar fosse um tipo
de mordomo no palácio Egípcio, mas isso parece ser bem pouco provável.
José na casa de Potifar
Para compreender o contexto bíblico, no antigo testamento, José,
filho de Jacó, despertou a inveja de seus irmãos, que o venderam como escravo
aos ismaelitas, os quais o levaram ao Egito, onde o venderam ao oficial egípcio
Potifar (Gn 37.28).
A mulher de Potifar
Deus fez com que José prosperasse (Gn 39.2-4) e tornou-se alvo
do desejo lascivo da mulher de Potifar (Gn 39.7), ela pôs os olhos nele e
intentou deitar-se com o jovem que à época tinha apenas 17 anos de vida
(segundo a maioria dos estudiosos).
José, mesmo jovem, guardava preceitos de moral e temor a Deus,
e, em seu coração, jamais intentou pecar contra Deus nesse sentido e trair a
confiança do seu senhor, que o havia colocado como administrador de todos os
seus bens e de toda a sua casa, reservando, por óbvio, sua mulher (Gn 39.9).
A
mulher de Potifar assediou José e desejava ardentemente deitar-se com ele, ao
que o jovem recusou de forma veemente, sendo acusado falsamente pela mulher de
ter tentado se aproveitar dela (Gn 39.10-15).
Potifar lança José na prisão
Em virtude da falaciosa história narrada ao marido; irado,
Potifar toma José e lança-o no cárcere. Assim, o jovem José ficou preso por um
crime que na realidade ele jamais cometeu ((Gn 39.19).
Um escravo que tentasse violentar a esposa de seu senhor,
provavelmente seria morto. Mas como José foi apenas mandado à prisão, muitos
eruditos acreditam que talvez Potifar tenha, de alguma forma, desconfiado do
testemunho de sua mulher.
Seja como for, a verdade é que José foi mandado para o cárcere
que recebia os presos da corte de Faraó (Gn 39.20). É claro que em tudo isso o
propósito de Deus estava sendo cumprido, e todo aquele mal seria tornado em
bem.
Depois dessas coisas, nada mais é dito na Bíblia a respeito da história de
Potifar. Alguns comentaristas conjecturam que talvez o chefe dos carcereiros que
confiou em José na prisão fosse o próprio Potifar. Outros sugerem que
Potifar não era necessariamente o carcereiro-mor, mas, sim, o chefe da guarda
que posteriormente entregou o padeiro e o copeiro de Faraó aos cuidados de
José.
Como o texto bíblico diz que o cárcere ficava na casa do capitão
da guarda, e se estiver correta a suposição de que Potifar era o capitão da
guarda responsável pelo cárcere, então José ficou aprisionado nas dependências
da casa de Potifar. De qualquer forma, o texto bíblico não é claro nesse
sentido e nada sobre isso pode ser afirmado com certeza.
APRENDENDO COM JOIADA
Joiada,
o sacerdote conselheiro
O sacerdote era o representante do povo diante de
Deus, por isso, sua vida devia ser ilibada em todos os sentidos (Lv 21; Nm 18).
Arão foi o primeiro sumo-sacerdote constituído diretamente por Deus, todavia,
não entrou na Terra Prometida porque, juntamente com seu irmão Moisés, pecou
contra o Senhor (Nm 20.12). Eli e Samuel foram grandes sacerdotes, mas deixaram
a desejar na educação de seus filhos (1Sm 3.12-14; 1Sm 8.1-3).
Quem foi o sacerdote Joiada?
Joiada, cujo nome em
hebraico provavelmente significa “o Senhor conhece", foi um homem reto e íntegro em
todo seu proceder perante o Senhor, tanto em relação ao povo de Judá quanto em
relação a sua família. Joiada foi um verdadeiro sacerdote de Deus. Bem
diferente de Eliasibe, o sacerdote contemporâneo de Neemias que se aparentou
com o perverso Tobias, a ponto de fazer-lhe um quarto espaçoso nos pátios da
Casa de Deus (Ne 13.4,5,7).
A única repreensão registrada na Bíblia a Joiada é quando o rei
Joás adverte o sacerdote pelo atraso no recolhimento dos impostos para a
restauração da Casa de Deus, arruinada pela perversa Atalia e seus filhos (2Rs
12.6,7; 2Cr 24.5-7). Joiada, numa disposição contrária a dos demais sacerdotes
(2Rs 12.8), imediatamente improvisou um gazofilácio na entrada do templo e
arrecadou o dinheiro necessário para a obra (2Rs 12.9-16).
Quando Atalia reinava em Judá, exterminando toda realeza do Reino do Sul, foi a
esposa de Joiada, a princesa Jeosabeate (ou Jeoseba), quem escondeu o infante
Joás, seu sobrinho, de apenas um ano de idade, da terrível assassina (2Rs
11.1-3; 2Cr 22.10-12). Por sinal, Joiada é o único sacerdote na Bíblia casado com uma princesa.
Joiada, o sacerdote conselheiro do rei
Seis anos depois Joiada lidera uma das maiores revoluções
política e religiosa de Judá – a ascensão de Joás ao trono, com apenas sete
anos de idade (cf. 2Cr 24.1). O sacerdote sabiamente reorganizou a junta
militar de Judá em favor do novo rei, em detrimento da usurpadora Atalia que
culminou na morte dela (2Rs 11.4-16; 2Cr 23.1-15).
Joiada congregou os levitas
de todas as cidades de Judá e os cabeças das famílias de Israel, e fizeram
aliança com o rei (2Cr 23.1-11). “Joiada fez aliança entre o SENHOR, e o rei, e o povo, para
serem eles o povo do SENHOR; como também entre o rei e o povo” (2Rs
11.17; cf. 2Cr 23.16). A liderança de Joiada indica que ele era um principal
sacerdote, ou sumo-sacerdote, como sugerem alguns. Pelo menos, em 2Crônicas
24.6, ele é chamado de “o chefe”. E, como deixa claro 2Crônicas 23.18, ele não
era centralizador e detentor de poder.
Durante toda sua vida Joiada serviu como conselheiro do rei Joás. Enquanto
Atalia foi a conselheira do rei Acazias, seu filho, para o mal (2Cr 22.3), Joiada orientou Joás no
caminho do Senhor por quase os quarenta anos de seu reinado.
Ele tinha o jovem rei como seu filho. O ambiente familiar era bom e sadio,
visto que os filhos legítimos de Joiada apoiaram Joás na conquista e subida ao
trono, ungindo-o e gritando: “Viva o rei!” (2Cr 23.11).
O sacerdote Joiada resistiu à rainha Atalia e obteve o apoio
militar necessário para as reformas políticas e do templo. Foi necessária muita
coragem, astúcia e sabedoria para manter tudo oculto aos olhos daquela figura
que não teve escrúpulos algum ao tentar eliminar toda a família real para se
manter no poder.
Morte
e sepultamento
Joiada viveu até os 130
anos de idade (2Cr 24.15). E por ter sido um homem de Deus em tudo, foi
sepultado junto com os reis de Judá, na Cidade de Davi. “Sepultaram-no na Cidade de
Davi com os reis; porque tinha feito bem em Israel e para com Deus e a sua
casa” (2Cr 24.16). Ele é o único sacerdote na Bíblia sepultado
junto com os reis.
Por
seus serviços como um verdadeiro estadista e homem de Deus, Joiada teve uma morte
digna e honras fúnebres próprias de um rei. Enquanto viveu sua longa
existência, livrou seu povo dos desvios tão comuns naquela época triste da
história dos israelitas.
Joás se afasta dos caminhos do Senhor
Infelizmente,
após a morte do grande sacerdote, Joás se afastou tanto dos caminhos de Deus
que se tornou irreconhecível. Os conselhos do bom sacerdote foram esquecidos
completamente pelo rei. E aquele que um dia advertiu Joiada por causa do atraso
do dinheiro para a reforma do templo de Jerusalém, agora era um idólatra,
totalmente desviado de Deus (2Cr 24.17,18).
Quando Zacarias, filho do
sacerdote Joiada, se pôs em pé perante o povo e o advertiu por ter se afastado
do Senhor, “Conspiraram contra ele e o
apedrejaram, por mandado do rei, no pátio da Casa do SENHOR” (2Cr
24.21). Algo tão marcante que foi até mencionado por Jesus em Mateus 23.35.
Joás não se lembrou da benevolência que Joiada, pai de Zacarias, lhe fizera,
antes, matou-lhe o filho (2Cr 24.22). O Senhor levantou os siros que executaram “os juízos de Deus contra
Joás” (2Cr 24.24). Pouco tempo depois Joás seria brutalmente
assassinado por seus próprios servos (2Rs 12.20,21; 2Cr 24.25).
Por
causa de todo mal que praticara Joás não foi sepultado junto com os reis, como
foi Joiada, seu tutor (2Cr 24.26). Joiada entrou para a história de Israel e
Judá como o único sacerdote que esteve entre reis na vida e na morte.
APRENDENDO COM ANA
Ana, um legado de fé e esperança para sua vida
A Bíblia traz histórias maravilhosas de pessoas que, mesmo falhas como
nós, entregaram completamente seu coração a Deus e deixaram um legado de fé e
esperança aos que viveriam posteriormente. Ana é uma dessas pessoas. Foi uma
mulher de fé inabalável e que honrou a Deus em sua vida.
Quer saber mais sobre a vida de Ana e as lições que podemos tirar dela?
Então continue a leitura.
1 – Fé
inabalável
Ana passou por uma situação em comum com algumas mulheres. Para a sua
tristeza e de seu marido, ela não podia ter filhos e, humanamente falando, era
impossível reverter esse quadro. Porém, ela sabia que Deus tinha poder para
realizar o seu sonho. Com fé inabalável no Senhor depositou aos Seus pés sua
angústia e o seu pedido (1 Pedro 5.7). Após levantar-se daquela oração, estava
confiante de que Deus supriria as suas necessidades e lhe daria o tão sonhado
filho. Ela creu de todo coração no Senhor que tudo pode.
2 – Humildade
Enquanto orava e se derramava em lágrimas aos pés do Senhor, Ana era
observada pelo sacerdote Eli. Ao ver aquela mulher chorando amargamente e
apenas mexendo os lábios, Eli pensou que ela estava bêbada, já que esta era uma
cena comum naquelas ocasiões. Prontamente se aproximou de Ana e repreendeu-a
dizendo-lhe para que deixasse de consumir vinho. Mesmo ao ser mal interpretada
daquela forma, Ana não respondeu com arrogância, mas foi humilde e relatou
brandamente ao sacerdote o que estava acontecendo.
3 – Fidelidade
Apesar de todas as provocações de Penina e de todas as situações
difíceis que enfrentou, Ana sempre se manteve fiel ao Deus de Israel. Ao pedir
um filho a Ele, Ana fez um voto ao Senhor dizendo que se seu pedido fosse
respondido e ela tivesse um filho, o dedicaria ao Seu serviço. Lemos na Bíblia
que o Senhor atendeu o seu pedido e, quando o menino desmamou, Ana cumpriu o
voto que havia feito e levou seu tão sonhado e único filho ao templo para
dedicá-lo a Deus e para que lá servisse no trabalho do Mestre.
4 – Mulher de
oração
Ana não confiou sua angústia a um amigo terrestre pois sabia que ninguém
poderia tirá-la. Ela foi direto à Fonte, dobrou seus joelhos e, orando, lançou
seus fardos a Deus. Além disso, orava todos os dias por seu filho.
“Cada ano ela lhe fazia, com suas próprias mãos, uma túnica para o
serviço; e, subindo com o esposo para adorar em Siló, dava ao menino esta
lembrança de seu amor. Cada fibra da pequena veste era tecida com uma oração
para que ele fosse puro, nobre e verdadeiro” (1 Samuel 2.18-20).
5 – Gratidão
Ana reconheceu a bênção que o Senhor a havia dado e não economizou palavras para louvá-lO e engrandecê-lO por este grande feito. O Espírito Santo lhe inspirou a dizer uma das mais lindas orações que encontramos nas páginas sagradas.
A oração de Ana continha palavras proféticas acerca do rei Davi, bem
como do próprio Messias. “Aponta o cântico para a
destruição dos inimigos de Deus, e o triunfo final do Seu povo remido”.
Sua piedade e fervor é um exemplo para todas as moças e mulheres que
professam servir a Cristo. Momentos difíceis sempre surgirão, mas devemos nos
lembrar de exemplos como estes que nos inspiram uma fé inabalável em Deus para
que possamos seguir estes exemplos e sermos igualmente fiéis ao Senhor.
APRENDENDO COM JUDAS (PARTE 15)
APRENDENDO COM JUDAS
Qual é a versão correta da morte de Judas
Iscariote, que em Mateus 27,5 diz que “se enforcou” , enquanto que Lucas em
Atos relata que ele “se jogou de um barranco e se partiu ao meio” (Atos 1,18).
Podem-se conciliar as narrativas, ou os críticos
tem razão ao supor que a Bíblia tem contradições
Para analisar o texto deveríamos estudar a história da exegese do texto,
pois desde a antiguidade os estudiosos tentam dar a explicações, teríamos que
passar pelo testemunho de Papias na antiguidade ou mesmo as harmonizações de
Agostinho para os dois textos, ou os dicionários que descrevem o verbete
“Judas”.
Judas se enforcou (Mateus 27,5) ou se jogou de um barranco e
se partiu ao meio (Atos 1,18)?
Olhando os dois escritos vemos que existe uma diferença de tempo
entre o que Mateus escreveu e o que Lucas nos Atos dos Apóstolos escreveu.
Ambos escrevem para comunidades diferentes, Mateus escreve para Judeus
de Jerusalém (Mateus aramaico 50 d. C e Mateus 60 d.C.) e numa distância
pequena entre o acontecido e o escrito.
Muitos dos que ouviam o evangelho de Mateus viveram aqueles fatos,
presenciaram e participaram. Enquanto que Lucas, não foi discípulo de Jesus,
acompanhou em particular a Paulo nas suas viagens e seus ouvintes. (evangelho
de Lucas 70 (d.C.) não conheciam nem a Palestina, ou Jerusalém muito menos onde
se localizava este campo Aceldama, chamado de “campo de sangue”.
Nota: Lucas não foi discípulo de Jesus. Ele nem chegou a conhecer Jesus, pois
quando Lucas nasceu, Jesus já tinha morrido. Lucas era um médico grego e viveu
na época do apóstolo Paulo.
Na compreensão dos fatos podemos dizer que o que Mateus descreve são os
fatos reais do momento.
Judas vendo que Jesus fora condenado se arrependeu e pegou as 30 moedas
de prata e quis devolver aos sacerdotes, mas eles não receberam, então Judas
atirou as moedas no templo e retirou-se para enforcar-se.
Os chefes e sacerdotes compraram com este dinheiro “impróprio para o
templo, dinheiro de sangue” um campo para sepultar os estrangeiros chamado
“campo de sangue”, devido ao acontecido. (Conhecemos a rigidez da lei judaica
para com os estrangeiros).
Atos dos Apóstolos escrito por Lucas aparece mais tarde simplesmente,
não repete o fato, mas só narra as consequências em Atos 1,18 diz que:
“caindo de cabeça
para baixo, arrebentou pelo meio e derramando-se todas as suas entranhas” (Atos
1,18) Bíblia de Jerusalém.
Portanto pode assim se entender: que Mateus trata do modo da tentativa
de suicídio, e Atos dos Apóstolos por sua vez descreve o resultado. Lucas
simplesmente narra o acontecimento depois do fato acontecido, o suicídio.
Pelo visto, Judas atou uma corda ao galho duma árvore, e tentou enforcar-se
por pular dum penhasco. (E uma explicação razoável e compreensível, a Aceldema
localiza num penhasco rochoso, perto de Jerusalém ao lado da “Geena”, onde se
levava toda a imundice da cidade e da limpeza dos animais para os sacrifícios).
Parece que a corda ou o galho da árvore se rompeu, de modo que ele
despencou de cabeça para baixo e se rebentou nas rochas embaixo. (Jerusalém por
estar junto ao deserto da Judeia, e dos vários cercos que sofreu, praticamente
não possuía árvores de porte, e a árvore escolhida por Judas, não aguentou e
quebrou).
A topografia em volta de Jerusalém torna esta conclusão razoável.
Outros autores entendem da mesma forma a passagem de Atos 1,18 como o
resultado do acontecimento.
É possível que, “se precipitando de cabeça para baixo” fosse um termo
médico para “inchação”. (ou também possível que o cadáver tenha inchado,
arqueado a cabeça e pelo calor caído por terra arrebentando-se)
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