terça-feira, 22 de novembro de 2022

APRENDENDO COM JESUS

APRENDENDO COM JESUS  

O principal objetivo das Disciplinas Espirituais é nos fazer parecidos com Jesus. A verdade é que não precisamos “adivinhar” quem Deus É, como Ele age e qual é o seu caráter. Mas podemos conhecê-lo se andarmos com Ele. As Disciplinas Espirituais ajudam nesse processo, que também é possível chamar de santificação.

Boa parte de nós teme a palavra disciplina! Talvez por ela ter sido aplicada em um contexto de injustiça. Por exemplo, quando eu era criança, levei algumas surras e era natural ouvir minha mão dizendo: “Estou te disciplinando porque te amo e não quero ver você sofrendo!”. Sim, eu sei que essa era a verdade profunda do coração dela, mas isso não anula as surras que foram dadas de forma injusta. Por outro lado, posso dizer que em outros momentos, a disciplina aplicada trouxe grande ensino e me fez crescer em maturidade.

Antes de mais nada, é importante entender que a disciplina não é um castigo e nem precisa ser um suplício. Afinal, quantas pessoas têm sido extremamente disciplinadas quanto a sua vida profissional a fim de realizar seus objetivos particulares e de negócios? E por que boa parte dos cristãos encontram grande dificuldade para se esmerar em sua vida com Deus? Simples: a luta contra carne continua por aqui! Saiba, porém, que as Disciplinas Espirituais é um meio de graça que o Senhor nos deixou para crescermos em nosso relacionamento com Ele.

 Quais são as Disciplinas Espirituais?

“Disciplinas Espirituais são as disciplinas pessoais e corporativas que promovem crescimento espiritual. São hábitos de devoção e cristianismo experimental que têm sido praticadas pelo povo de Deus desde os tempos bíblicos.”  Donald S. Whitney

Quando nos referimos a este termo, estamos falando a respeito de: leitura e estudo da palavra, oração, jejum, solitude, doar generosamente, comunhão e adoração. São ações práticas da fé que motivadas por amor profundo a Deus gera transformação pessoal.

Segundo Donald S. Whitney, “Deus usa três catalisadores básicos para nos mudar e nos conformar à semelhança de Cristo, mas somente um pode ser amplamente controlado por nós.”

Catalisadores de transformação:

O primeiro catalisador destacado por Donald são as pessoas: “Assim como o ferro afia o ferro, o homem afia o seu companheiro (Provérbios 27:17). O Senhor usa os relacionamentos nos ensinando a amar até mesmo os nossos inimigos. Somos aperfeiçoados e crescemos através da comunhão dos santos. Aprendemos a receber perdão e a perdoar.

O segundo, são as circunstâncias: “Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam, dos que foram chamados de acordo com o seu propósito” (Romanos 8:28). Nada acontece sem a permissão do Senhor e mesmo em meio às pressões do dia a dia e aos problemas que enfrentamos, temos esperança e convicção de fé. Entendemos que nada pode nos separar do amor de Deus e sabemos que o Senhor está sempre conosco.  

Estes dois catalisadores são externos e não é possível ter controle sobre eles. Porém, quando se trata do terceiro, das Disciplinas Espirituais, Deus age em nós de dentro para fora. Além disso Donald afirma:

“As Disciplinas Espirituais também diferem dos outros dois métodos de mudança porque Deus nos concede uma medida de escolha a respeito do envolvimento com elas. Nós muitas vezes temos pouca escolha em relação às pessoas e circunstâncias que Deus traz às nossas vidas, mas podemos decidir, por exemplo, se iremos ler a Bíblia ou jejuar hoje.”

 Buscando santidade através das Disciplinas Espirituais

“Não devemos simplesmente esperar pela santidade, devemos buscá-la.” Donald S. Whitney

Não podemos pensar que a santidade cairá de paraquedas sobre nós ou que fluirá milagrosamente do nosso interior sem que Cristo seja a nossa primazia. Em The Cost of Discipleship (O Custo do Discipulado), Dietrich Bonhoeffer deixa claro que a graça é grátis, mas não é barata. Além disso, existe um propósito para a manifestação da graça.

“Porque a graça de Deus se manifestou, trazendo salvação a todos. Ela nos educa para que, renegadas a impiedade e as paixões mundanas, vivamos neste mundo de forma sensata, justa e piedosa, aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo. Ele deu a si mesmo por nós, a fim de nos remir de toda iniquidade e purificar, para si mesmo, um povo exclusivamente seu, dedicado à prática de boas obras. Tito 2:11-14

Jesus pagou um alto preço para que tivéssemos acesso ao Pai. Nós podemos nos relacionar com o Senhor e isso acontece através da meditação (estudo e leitura da Palavra), da oração, da adoração, e de uma vida de fé condizente com as escrituras. Sim! Não é pelo nosso esforço humano que chegamos a Deus, é pela fé, e pelo mover do Espírito Santo em nós. Mas, é neste lugar de ligação que o Senhor deseja nos manter.

Jesus afirmou que só daremos frutos se permanecermos ligados na videira (João 15). Mas lembre-se, o propósito de seu coração é que sejamos seu povo exclusivo e dedicado à prática de boas obras. As Disciplinas Espirituais são importantes para crescimento em santificação. Por este motivo, apresentarei algumas delas neste devocional.

Disciplinas Espirituais: Meditação na Palavra

“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o servo de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.” 2 Timóteo 3:16,17

A Bíblia é o Livro de Deus. Com ela podemos conhecer o Senhor. Podemos aprender sobre o caráter e o coração do Pai e a respeito do Filho. A Bíblia exorta, mas também consola. Ele refrigera a nossa alma e nos ensina como proceder em amor. 2 Coríntios 3:6 nos diz que a letra mata, mas o Espírito vivifica. Não se pode compreender a Palavra sem a revelação do Espírito Santo.

Para ter consistência no relacionamento com as Escrituras é importante encontrar tempo para a leitura. Sabia que se ler 15 minutos por dia, terá lido a Bíblia toda em menos de 1 ano? E se ler 5 minutos por dia, lerá a Bíblia toda em menos de três anos. Ter um plano de leitura te ajudará a manter o foco. Além de lê-la, aprenda a meditar nela. O que isto quer dizer? É preciso parar para refletir sobre o ensino.

Saiba, porém, que a Bíblia foi escrita por homens usados por Deus, em um determinado tempo e para pessoas e situações específicas. No Método Indutivo do Estudo Bíblico, por exemplo, aprendemos a:

  • Observar – o que o texto diz
  • Interpretar – o que o texto significou para os ouvintes primitivos e,
  • Aplicar – o que o texto significa para nós hoje.

Apenas se lembre que, como descrito no Salmo 1, aquele que tem prazer na lei do Senhor e nela medita de dia e de noite, será como uma árvore plantada junto a corrente de águas, que dará fruto.

Disciplinas Espirituais: Oração

“Dediquem-se a oração” Colossenses 4:2

“Orem continuamente”1 Tessalonicenses 5:17

Orar é uma forma de amar. Pois, quando nos colocamos diante do Senhor, nós falamos sobre o que pensamos, sentimos, desejamos, mas também aquietamos a nossa alma para ouvir o Pai, e aprendemos a orar com o Espírito Santo. Além disso, Jesus já esperava nossas orações, assim como os nossos jejuns. Afinal, está escrito:

“E quando vocês orarem…” Mateus 5:5

“Mas quando você orar…” Mateus 6:6

“E quando orarem…” Mateus 6:7

“Vocês, orem assim…” Mateus 6:9

 “Por isso lhes digo: Peçam;… busquem;… batam…” Lucas 11:9

“Então, Jesus contou aos seus discípulos… que eles deveriam orar sempre…” Lucas 18:1

Mais que uma imensa lista de pedidos egoístas, a oração nos dá oportunidade de entrar em parceria com Deus para orarmos segundo a sua vontade e conforme a sua Palavra. Falamos de volta para Ele o que Ele já tem falado sobre nós.

Disciplinas Espirituais: Jejum

“Quando vocês jejuarem, não fiquem com uma aparência triste, como os hipócritas; porque desfiguram o rosto a fim de parecer aos outros que estão jejuando. Em verdade lhes digo que eles já receberam a sua recompensa. Mas você, quando jejuar, unja a cabeça e lave o rosto, a fim de não parecer aos outros que você está jejuando, e sim ao seu Pai, em secreto. E o seu Pai, que vê em secreto, lhe dará a recompensa.” Mateus 6:16-18

Outra Disciplina Espiritual é o jejum, o que não é apenas se abster de alimentos para perder alguns quilinhos. A abstinência voluntária tem um propósito espiritual. Na Bíblia, existem jejuns particulares, congregacionais e até nacionais, chamados por uma liderança e com o fim de arrependimento, por exemplo.  Mas, existem outros exemplos bíblicos de jejum e te encorajo a pesquisar sobre eles.

Jesus disse que os seus discípulos jejuariam quando chegasse a hora. Ele também nos ensinou um padrão de jejum, que como tudo que diz respeito às Disciplinas Espirituais, tem a ver com a motivação do coração. Se orarmos, lemos a palavra ou jejuarmos apenas para sermos vistos pelos homens ou para cumprir uma regra, então, já recebemos a nossa recompensa. Entretanto, tudo que for feito em secreto será recompensado pelo próprio Deus.

APRENDENDO COM DAVI (PARTE 56)

APRENDENDO COM DAVI  

No meio da simplicidade do meu coração o Senhor me encontrou, e a partir daquele encontro Ele mesmo me levou em uma jornada de experimentar a fidelidade aos seus propósitos. 

No meio das ovelhas Ele me encontrou e a aptidão necessária para a para Sua escolha estava em mim,

Ele escolheu o meu coração.

Essa é uma história que me comove! Pensar em como Deus escolheu Davi, e em como essa escolha estava intimamente ligada ao Seu coração. Ver que ao longo de sua história, Deus revelou seus propósitos eternos a ele. Aqueles em que Davi e a sua descendência fariam parte.

Deus disse: “Fiz aliança com o meu escolhido, jurei ao meu servo Davi: Estabelecerei a tua linhagem para sempre e firmarei o teu trono por todas as gerações” Sl 89:3-4

Davi conheceu e viveu segundo o seu chamado, segundo os propósitos eternos que ele foi chamado a viver. Portanto, em um momento Davi cuidava de suas poucas ovelhas, arriscando sua própria vida por amor a elas; em outro, desenvolvia suas habilidades tocando harpa para o rei Saul. Logo depois, lá estava Davi lutando contra Golias, lutando no  lugar de um exército cheio de um medo paralisante que não o possibilitava confiar e nem ao menos experimentar o favor de Deus para com o seu povo. E Davi, corajosamente se moveu segundo os propósitos do Senhor, Ele lutou em Seu nome!

1. Deus enxerga o amor simples e o eleva

As afirmações de Deus a nosso respeito sempre serão fiéis e verdadeiras! E quando eu penso nisso o meu coração se enche de temor ao ler: “Achei Davi, filho de Jessé, homem segundo o meu coração, ele fará toda a minha vontade.” (At 13:22). O próprio Deus testemunhou a seu respeito!

Deus estava buscando por Davi e o encontrou! Davi, estava sendo caçado por Deus enquanto vivia os seus dias cuidando de ovelhas. Os olhos de Deus estavam sobre Davi enquanto ele o amava na simplicidade do seu coração e de suas tarefas diárias. Não importa se parece pouco a nós ou aos outros o que fazemos, a verdade é que é do nosso coração simples em amar a Deus que está o nosso ponto mais alto.

2. Davi se conectou ao amor do coração de Deus

Davi respondeu a escolha de Deus e experimentou viver a Sua vontade. Igualmente, que o nosso desejo seja: “Ache em mim alguém que fará toda a sua vontade!”. Pois esse é o exemplo da oração que Davi fazia ao Senhor: Ensina-me os teus caminhos, Senhor, para que eu viva segundo a tua verdade. Concede-me pureza de coração para que eu honre o teu nome. Ó Senhor de todo o meu coração te louvarei; glorificarei o teu nome para sempre; pois grande é o teu amor por mim.

Olhamos para a história de Davi e vemos  que desde o tempo das ovelhas até o seu reinado sobre Israel, a vida de Davi foi repleta de aventuras, cheia de altos e baixos. E é assim que é a nossa vida! Temos medos, inseguranças, decepções, vivemos riscos reais durante a nossa vida, essa é a nossa jornada. Porém em meio a tudo isso não podemos esquecer que os seus olhos permanecem sobre nós exatamente como estavam nos primeiros dias.

3. O amor de Davi durante a jornada

É possível crescer no nosso amor por Deus ao longo da jornada? Certamente o amor de Deus não muda com o passar do tempo, todavia, a nossa capacidade em perceber o seu amor, ao longo da caminhada, pode crescer! E isso nos traz grande esperança. Quando nos damos conta, estamos crescendo no conhecimento do amor de Deus e no desejo para que os seus propósitos eternos se cumpram.

É durante a jornada conhecemos o seu alto refúgio e a sua doce presença. Conhecemos de perto o amigo que ouve todas as nossas aflições e nos responde em nossa defesa em tempo oportuno!

E quanto a nossa história?

Ora, Davi amava as afeições de Deus e nesse amor estava entregue, sem reservas. Assim sendo, quando pecou, reconheceu e soube a quem buscar perdão. Buscou Àquele que deseja a verdade no íntimo. Do mesmo modo, clamou ao Deus de misericórdia pedindo para ser lavado, purificado. Reconheceu a justiça de Deus e a sua soberania. Pediu humildemente ao dono da alegria que concedesse outra vez a felicidade ao seu coração, a Sua salvação.

Também clamou para permanecer em Sua presença e ter um coração voluntariamente disposto a obedecer. Desta forma, amadureceu ao tocar o sacrifício que Deus desejava: um espírito quebrantado, um coração humilde e que sabe voltar atrás, convencido por Seu grande amor.

Essa é a nossa grande oportunidade: nos reconhecermos nessa história! Nos lembrarmos constantemente do lugar que com seu favor nos encontrou. Sermos marcados pela lembrança do seu amor furioso que nos resgata todos os dias. Ele que sempre nos vê, sempre nos ama, desde antes do nosso primeiro encontro!

Uma jornada em companhia da fidelidade

E hoje o Seu convite é para irmos além, para seguirmos uma jornada junto ao Seu coração e ao Seus propósitos revelados. Certamente, Ele sempre será fiel e pacientemente nos ensinará o seu caráter que nunca falha. Gerará em nós o anseio de respondermos voluntariamente a esse amor, nos relacionando com Ele e vivendo a Sua vontade na estação exata em que estamos.

Ele deseja que experimentemos os seus olhos sobre nós!

 

APRENDENDO COM JESUS

APRENDA COM JESUS 

A aprendizagem e a educação eram altamente valorizadas na sociedade judaica do primeiro século. Cada povoado e cada comunidade tinha uma sinagoga, a qual servia como local tanto para a aprendizagem quanto para a oração. A aprendizagem na sinagoga era considerada uma parte importante do culto, pois suas escolas funcionavam todos os dias.

Naquela época, somente os meninos recebiam educação formal. A sinagoga geralmente tinha suas próprias escolas, onde os meninos estudavam a Torá hebraica até a idade de 12 ou 13 anos. O estudo consistia na memorização de vastas quantidades de materiais: passagens das Escrituras e comentários sobre elas escritos por estudiosos importantes. Depois desta idade, a maioria dos meninos deixava a escola e ia trabalhar, porém alguns dos estudantes mais promissores permaneciam na escola. Os mais capazes acabavam saindo de casa para estudar com algum professor famoso. Os meninos talentosos procuravam um rabino (que significa “mestre”) para ser seu professor e mentor pessoal.

Os rabinos eram os que explicavam Deus aos judeus. Deus era um mistério, mas Ele podia ser observado e seguido através das leis que Ele havia dado na Torá. Estas leis podiam ser obscuras, e era e ainda é o trabalho dos Rabinos tentar interpretá-las e decidir o que elas significam para a comunidade. Este papel conferiu aos rabinos um status muito alto na vida social e na política judaica.

Vemos nos Evangelhos como Jesus aprendia e como ensinava. De certa forma, Jesus ensinava como outros rabinos da sua época. O rabino reunia um grupo de estudantes ou discípulos à sua volta, fazendo-lhes perguntas e fazendo-os debater os textos das Escrituras. Quando Jesus era criança, seus pais, aflitos, encontraram-no no templo “sentado entre os mestres, ouvindo-os e fazendo-lhes perguntas” (Lucas 2.41-51). Isto parece surpreendente, mas, na verdade, Jesus estava simplesmente fazendo o que os alunos do rabino fariam: debatendo as Escrituras para explorar todas as possíveis compreensões do texto.

As pessoas estavam acostumadas com professores, mas Jesus era diferente. Estava claro para todos que ele tinha algo que os outros não tinham.

Leia Mateus 7.28-29 e João 3.1-2

  • O que diferenciava a abordagem de Jesus?
  • Com base no seu conhecimento do ministério de Jesus como um todo, que métodos de ensino Jesus usou para compartilhar sua mensagem?
  • O que podemos aprender com as abordagens de Jesus para aperfeiçoar a nossa própria maneira de ensinar, dar o exemplo e fazer discípulos?

Podemos aprender muito com a maneira como Jesus ensinava. A vida de Jesus seguia o modelo das suas palavras: ele fazia o que pregava, ao contrário dos escribas e fariseus, que eram cheios de palavras finas, mas cujas ações não correspondiam a elas (veja Mateus 23.1-4). Como ele falava as palavras que o Pai lhe havia dado, falava com autoridade absoluta, transmitindo a verdade de Deus a todos os que o ouviam. As palavras de Jesus eram vida e davam vida àqueles ao seu redor. E elas ainda dão vida a todos nós que o ouvimos falar aos nossos corações. Frequentemente os que o ouviam se surpreendiam com os seus ensinamentos e lhe faziam perguntas. Jesus também variava o estilo dos seus ensinamentos para adequá-los ao contexto. Ele tinha um dom para se comunicar com as pessoas comuns através de histórias.

Leia Filipenses 4.9; 1 Tessalonicenses 1.4-7; 2 Timóteo 3.16-4.4

  • O que estas passagens dizem sobre o ensino e a aprendizagem?
  • O que significa ser discípulo de Jesus hoje em dia e fazermos discípulos como Jesus fez?

Ser discípulo é aprender com Jesus, aprender a depender dele e obedecê-lo. É como ser um aprendiz que passa algum tempo com o seu mestre, observando-o e aprendendo a fazer o que ele está fazendo. Como discípulos de Jesus, também somos chamados a discipular uns aos outros. Caminhando com Jesus, passamos a ser mais como ele e mais capazes de mostrarmos uns aos outros o que significa ter uma “vida com Jesus”.

terça-feira, 25 de outubro de 2022

APRENDENDO COM PAULO (PARTE 70)

 PAULO - UMA APLICAÇÃO PESSOAL  PARA ESTE SÉCULO

A.   Se Você Não Conhece a Cristo Pessoalmente 


Paulo refere-se aos Filipenses, aos coríntios, aos efésios e aos colossenses como "santos". Ele simplesmente quer dizer "crentes" ou "cristãos".


Isto nos leva a uma importante pergunta: Qual é seu relacionamento com Jesus Cristo? Você o conhece pessoalmente? 


Se não. pode recebê-lo neste instante. Esta oração o ajudará: T" "Pai. convido Jesus Cristo para ser meu Salvador pessoal. 


Sinto pesar por meus pecados, e confesso-os a ti. Preciso de ti e creio que Jesus morreu por mim na cruz e ressuscitou para que eu pudesse ter a vida eterna. 


Obrigado por entrares em minha vida  a fim de seres meu Salvador.

 

B.  Se Você Conhece a Cristo Pessoalmente

Todos os cristãos verdadeiros são santos, mas nem todos são servos. Você já entregou a vida a Jesus Cristo total e incondicionalmente? 


Você chegou, em sua vida, ao ponto de dar-lhe o primeiro lugar? 


Você ainda está dirigindo sua vida, tomando todas as suas decisões de maneira egoísta?


Como é que o cristão se transforma em servo? Primeiro, tomando uma decisão—uma decisão claramente expressa em Romanos 12:1, 2. 


A oração seguinte parafraseia essa decisão:


"Pai, em vista de todas as tuas misericórdias e graça para comigo, ofereço-me a ti como sacrifício vivo, santo e agradável. 


É a única coisa racional e lógica que posso fazer. 


Deste momento em diante não permitirei que minha vida seja amoldada de acordo com o mundo, antes, tornar-me-ei mais e mais semelhante a ti mediante a renovação da mente e coração, provando e testificando dia a dia qual é tua vontade boa e agradável para minha vida. 


Resumindo, Pai. quero ser teu servo. Desejo perder minha vida a fim de encontrá-la."

 

UMA RESPOSTA DE VIDA PESSOAL

 Agora que você tomou esta decisão, deve desenvolver uma estratégia para renovar sua mente. Paulo delineia essa estratégia em Filipenses 4:8. 9: 


"Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama. se alguma virtude há, se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento. O que também aprendestes. e recebestes, e ouvistes. e vistes em mim, isso praticai; e o Deus da paz será convosco."


Pense em uma coisa em sua vida que o impede de servir a Cristo com todo o coração.

 


Leia Filipenses 1:3-11. Responda a esta pergunta: "Que evidência há nesta passagem de que os cristãos Filipenses representavam uma igreja madura?"

 

APRENDENDO COM EPAFRODITO

 

EPAFRODITO – UM HOMEM DE SACRIFÍCIO

 ALGO SOBRE O QUE PENSAR

Pode você lembrar-se de alguma época em sua vida em que deu de si mesmo, do seu dinheiro, de seu tempo, até não poder dar mais?

Não compreenda mal. Não estou falando de sentir-se desconfortável. Algumas pessoas, por causa do seu egoísmo, dão quase nada, e ainda sentem-se mal.

Pelo contrário, você já deu sacrificialmente? 

Por exemplo, você já esteve economizando para si mesmo, para uma viagem, um carro novo, um móvel novo, e então, por necessidade especial na vida de alguém, deu o dinheiro para suprir essa necessidade?

Se você nunca teve tal experiência, talvez não saiba muito acerca do dar sacrificial. Como a maioria dos crentes, é provável que você tenha dado do muito que possui, em vez da sua pobreza.

 UM EXAME DA CARTA DE PAULO ...

 Seus Profundos Relacionamentos Cristãos

2:25 Julguei, todavia, necessário mandar até vós a Epafrodito, por um lado meu irmão, cooperador e Companheiro de lutas e, por outro, vosso mensageiro e vosso auxiliar nas minhas necessidades;

Seu Grande Senso de Responsabilidade

2:26       visto que ele tinha saudade de todos vós e testava angustiado porque ouvistes que adoeceu.

2:27       Com efeito, adoeceu mortalmente; Deus, porém, se compadeceu dele, e não somente dele, mas também de mim, para que eu não tivesse tristeza sobre tristeza.

2:28       Por isso, tanto mais me apresso em mandá-lo, para que vendo-o novamente, vos alegreis, e eu tenha menos tristeza.

Sua Recompensa por Serviço Fiel

2:29       Recebei-o, pois, no Senhor, com toda a alegria, e honrai sempre a homens como esse;

2:30 visto que, por causa da obra de Cristo, chegou ele às portas da morte, e se dispôs a dar a própria vida, para suprir a vossa carência de socorro para comigo.

O QUE PAULO DISSE?

A.           Seus Profundos Relacionamentos Cristãos

1.            Com Paulo

2.            Com os Filipenses


B.            Seu Grande Senso de Responsabilidade

1.            Para com os Filipenses

2.            Para com Paulo

 

C.            Sua Recompensa por Serviço Fiel

1.            Dos Filipenses

2.            De Paulo


O QUE PAULO QUIS DIZER?

Se a palavra-chave que Paulo usou para descrever em resumo a personalidade de Timóteo é caráter, então a palavra-chave que descreve a de Epafrodito é sacrifício. 

Embora cada resumo tenha seu foco único, ambos são lindos exemplos de homens que tinham a "mente de Cristo" —uma ênfase de Paulo em parágrafos anteriores. 

Epafrodito. à semelhança de Timóteo, foi um admirável exemplo de humildade e auto- sacrifício. 

De fato. Epafrodito quase fez o supremo sacrifício: 4,por causa da obra de Cristo, chegou ele às portas da morte" (2:30).

É interessante notar que o único lugar do Novo Testamento em que se menciona o nome de Epafrodito é na carta aos fílipenses. Mas em um único parágrafo (seis curtos versículos) Paulo dá-nos visões dignas de nota sobre a vida e motivos deste homem. 

Para começar, Epafrodito era um crente que havia desenvolvido alguns relacionamentos cristãos profundos. Em segundo lugar, levava seu trabalho a sério. Ele possuía um grande senso de responsabilidade. Em terceiro lugar, Paulo recomendava altamente seus esforços e também desejava que Epafrodito fosse adequadamente recompensado por seu serviço fiel.

A.           Seus Profundos Relacionamentos Cristãos

1.            Com Paulo

Paulo falou primeiro de seu próprio relacionamento com Epafrotido em termos significativos: irmão, coopera-dor e companheiro de lutas.

A palavra irmão fala de seu relacionamento em Cristo. Como todos os cristãos verdadeiros, ambos eram membros da família de Deus. Como disse Paulo ao escrever aos Gálatas: "Dessorte não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus" (Gálatas 3:28). 

Embora Paulo tivesse o alto privilégio de ter sido escolhido para apóstolo, ele ainda se considerava membro do corpo de Cristo ligado a todos os outros por sua posição em Cristo.

Paulo também chamou a Epafrodito de "cooperador". Juntos haviam servido a Jesus Cristo. Não sabemos qual era a posição de Epafrodito na igreja filipense. Alguns acreditam que ele era presbítero. 

O relacionamento de Paulo com ele como cooperador provavelmente tenha começado em Filipos, muito antes de Epafrodito vir a Roma. Mas este relacionamento alcançou grande culminância quando Epafrodito visitou a Paulo na prisão e serviu com ele aí para o progresso da obra de Jesus Cristo.

Finalmente, Paulo chamou-o de "companheiro de lutas". Estes dias no serviço de Cristo não foram fáceis: os cristãos eram odiados, e a perseguição era comum. Juntos, Paulo e Epafrodito haviam "combatido o bom combate". 

Epafrodito não tinha medo nem se envergonhava de se identificar com as cadeias de Paulo, ainda que tivesse de sofrer dano físico e rejeição social. Usando as palavras de Paulo, ele era um dos irmãos no Senhor, que, por causa de suas algemas, "ousavam falar com mais desassombro a palavra de Deus" (1:14).

Assim, Paulo falou de um relacionamento muito profundo com este homem chamado Epafrodito. Embora Paulo estivesse em algemas e Epafrodito fosse livre, eles eram um em Cristo.

2.            Com os Filipenses

A seguir Paulo falou do relacionamento de Epafrodito com os Filipenses. Ele era mensageiro deles— literalmente, seu "apóstolo".1 Ele fora escolhido para levar a dádiva dos Filipenses a Paulo.

Isto fala de confiança. Talvez fosse mais fácil entender a significação desta confiança se de alguma forma percebêssemos o sacrifício que os cristãos Filipenses fizeram para juntar uma quantia suficiente de dinheiro para ajudar Paulo em sua necessidade. 

Os Filipenses, juntamente com outros crentes macedônios. não eram conhecidos por sua riqueza. Paulo descreveu o estado financeiro deles como sendo de "extrema pobreza''. Contudo, disse Paulo: "Porque eles, testemunho eu, na medida de suas posses e mesmo acima delas, se mostraram voluntários" (2 Coríntios 8:2, 3).

De modo que quando os Filipenses ficaram sabendo das necessidades físicas de Paulo, imediatamente reuniram o que puderam de seus parcos recursos. Quando procuraram uma pessoa para fazer a entrega, escolheram a Epafrodito—um homem em quem podiam confiar e um homem que melhor retratava o interesse e amor que eles votavam a Paulo.

B.            Seu Grande Senso de Responsabilidade (2:26-28) Relacionamentos profundos alimentam o senso de responsabilidade. E quão claro é isto na vida de Epafrodito! 

Quando ele chegou a Roma. entregou a dádiva a Paulo, mas também encontrou um homem que precisava mais que uma visita rápida. Evidentemente ele decidiu ficar ao lado de Paulo a fim de ver o que podia fazer para ajudar. Tão grande era seu senso de responsabilidade— tanto perante Paulo quanto perante os irmãos Filipenses—que ele quase morreu no cumprimento desse dever.

Por alguma razão. Deus não permitiu que Paulo nos dissesse exatamente o que Epafrodito fez que colocou sua vida em perigo. Talvez isto aconteceu para que todos nós pudéssemos nos identificar com Epafrodito e aprender uma lição com este homem, não importando as circunstâncias.

Há vários indícios quanto a que perigo poderia ter sido esse. Primeiro, talvez tivesse sido uma doença física, porque ele quase morreu (2:27). Embora a palavra grega para "enfermo" pudesse referir-se a doença psicológica ou física, poucos morrem de problemas psicológicos—a menos que a tensão seja tão grande que tenha como resultado um ataque cardíaco. Contudo, quem sabe, este pode ter sido o problema de Epafrodito!

Segundo, seja qual for a causa do problema, ela envolvia arriscar a vida (2:30). Isto traz várias implicações. Ele podia ter trabalhado tanto que levou o corpo e a mente a algum tipo de desgaste físico ou mental. Ou, pode ser que o tenham perseguido severamente por causa de sua lealdade a Paulo.

Qualquer que tenha sido a causa, Epafrodito demons trou dedicação inusitada tanto a Paulo quanto aos Filipenses. Sua motivação básica era "suprir a carência de socorro" que os Filipenses não podiam dar por estarem distantes (2:30). Como mensageiro deles, Epafrodito sentiu um grande senso de responsabilidade. Ele não os podia desapontar, nem podia permitir que Paulo ficasse sozinho.

Note-se também, que a "dedicação a outros crentes" significa dedicação a Jesus Cristo. As duas estão de tal modo entreligadas que são inseparáveis, Assim, Paulo escreveu aos Filipenses que Epafrodito "por causo da obra de Cristo, chegou ele às portas da morte". E que obra de Cristo era essa? Era suprir a ajuda que os Filipenses não podiam dar a Paulo! (2:30). O amor sacrificial aos Filipenses e a Paulo tornou-se em serviço significativo para Jesus Cristo!

O senso de responsabilidade de Epafrodito para com os Filipenses, e também a profundeza de seu relacionamento para com eles, são vistos no relato que Paulo faz aos Filipenses da doença do companheiro. "Visto que ele tinha saudade de todos vós e estava angustiado porque ouvistes que adoeceu" (2:26).

Parece não haver dúvida acerca da natureza do problema sobre o qual Paulo falava neste versículo. Epafrodito estava com saudades de casa. Talvez esta seja outra pista para a causa básica de sua doença física. De outra forma, por que Epafrodito ficaria tão angustiado por terem os Filipenses descoberto que ele estava doente? (2:26). 

Em outras palavras, talvez Epafrodito estivesse com tanta saudade de case»—um tipo horrível de doença emocional quando severa—que se tornou sensível ao desgaste físico. Quando os Filipenses souberam do seu problema, ele ficou apreensivo com respeito à reação deles—talvez tivesse medo de que eles o criticassem por sua fraqueza emocional.

Assim, Paulo tomou a responsabilidade de ajudar a conservar abertas as linhas de comunicação entre Epafrodito e os irmãos em Cristo de Filipos. Para tanto, ele explicou o problema de Epafrodito (2:26, 27a), indicando seu próprio alívio emocional por Deus tê-lo poupado (2:27b); ele também queria deixar claro aos Filipenses que partiu dele a idéia de mandar Epafrodito de volta. 

"Por isso, tanto mais me apresso em mandá-lo", escreveu Paulo, "para que, vendo-o novamente, vos alegreis, e eu tenha menos tristeza" (2:28). E possível que Paulo também estivesse um pouco apreensivo com a reação dos Filipenses à doença de Epafrodito; afinal de contas, ele ficara em Roma para ajudar a Paulo.

Mas Paulo também esclareceu algo mais. E isto vemos na seção final.

C.            Sua Recompensa por Serviço Fiel (2:29, 30)

Em suas palavras finais acerca deste homem, Paulo tomou claro que Epafrodito devia receber o devido reconhecimento por seu serviço sacrificial. “Recebei-o, pois, no Senhor, com toda a alegria, e honrai sempre a homens como esse" (2:29). Chega a parecer que Paulo receia que os Filipenses sejam tentados a questionar a dedicação cristã de Epafrodito por voltar a Filipos devido a saudades de casa. 

Embora o amassem e confiassem nele, eles, como qualquer outro grupo de cristãos nestas circunstâncias, teriam interesse pela atitude de Paulo. De modo que Paulo deixou claro: era sua a idéia da volta de Epafrodito, e ele queria que este fosse bem recebido, com alegria e com a plena consciência do seu serviço sacrificial por Jesus Cristo.

UMA APLICAÇÃO PARA O SÉCULO VINTE

Epafrodito era um homem de sacrifício. Paulo também. E também Timóteo. Os crentes Filipenses, juntamente com muitos cristãos do Novo Testamento, conheciam o significado de dar até mais não poder. Este é o dar sacrificial.

Acho que os crentes do século vinte nem mesmo chegam perto de saber o que significa essa experiência. Embora muitos dêm 10%. 20% ou até mesmo 30% de sua renda para a obra do Senhor, ainda sabemos de onde nos virá a próxima refeição. Sempre temos a certeza de que nosso pagamento chegará a tempo. É claro, poucos de nós passamos por inconveniência real por termos contribuído para promover a obra de Cristo—financeiramente ou mediante o esforço humano.

Não estou certo, portanto, de que o que a maioria de nós temos feito pode chamar-se realmente de sacrifício neotestamentário—pelo menos quando comparado com a experiência de Paulo, Timóteo, Epafrodito, e dos cristãos Filipenses. Poucos de nós temos dado em meio a "severas tribulações" e "pobreza extrema'1 (2 Coríntios 8:2). Conheço alguns crentes que até tomaram dinheiro emprestado para dar à obra do Senhor—mas isso é a exceção.

Devemos nos envergonhar? Não necessariamente. Somos um povo abençoado: devíamos nos alegrar e louvar a Deus. Paulo disse: 'Tanto sei estar humilhado, como também ser honrado; de tudo e em todas as circunstâncias já tenho experiência, tanto de fartura, como de fome; assim de abundância, como de escassez" (Filipenses 4:12).

Sendo assim, regozijemo-nos em nossa "abundância".

Mas se houver uma necessidade específica (e sempre há), e se houver a oportunidade de dar para a obra de Jesus Cristo, e se não estivermos dispostos a fazer a nossa parte, então talvez devamos reavaliar nossa entrega cristã e nossa gratidão a Deus pelo que temos em Cristo Jesus. Pode ser que precisemos perguntar a nós mesmos se realmente estamos tendo a experiência do Novo Testamento que é vital para nosso crescimento espiritual.

 UMA RESPOSTA DE VIDA PESSOAL

Pense em um modo de você contribuir até não poder mais. Que tal usar suas economias para ajudar alguém que passa necessidade? Ou, pode ser que você queira fazer algo parecido com o que alguns amigos meus fizeram—desistiram de uma viagem de turismo para suprir uma necessidade muito especial em sua igreja.

O que você fizer deve ficar entre você e o Senhor e os que estão intimamente envolvidos. Não dê oportunidade a Satanás de tentá-lo para o orgulho. Mas, por outro lado, não se refreie com medo de que alguém possa descobrir. Eles podem precisar do seu exemplo cristão.

Lembre-se de que o tamanho de sua dádiva não é o que importa. A atitude de seu coração e o dar segundo sua capacidade é que Deus honra, Como alguém disse: "O pouco com Deus é muito." É sobre isto que Paulo falava em 2 Coríntios 8 e 9.

Leia 2 Coríntios 8 e 9. Que princípios importantes do dar são ilustrados nestes capítulos? De que formas podem os cristãos aplicar estes princípios hoje?


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