segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

APRENDENDO COM PAULO (PARTE 43)


A PERSPECTIVA DE PAULO 

I – Introdução
A vida de Paulo é uma riqueza sem fim. Para qualquer aspecto do ministério dele, que focalizarmos nosso olhar, não faltará material de pesquisa, seja para estudá-lo como teólogo, escritor, pastor e mestre, ou missionário. Embora, para este último caso, não exista ainda um bom acervo da missiologia de Paulo, sobretudo em língua portuguesa. É lamentável, porque Paulo, o missionário é, com certeza, uma das facetas mais importantes do apóstolo.
Não encontrei, em português, um livro sequer com o título de Paulo, o missionário. Em inglês existe apenas (até onde temos conhecimento) o livro Paul the missionary, de William M. Taylor, publicado pela Harper & Brothers Publishers em 1902. É verdade que existem livros e artigos, tanto em português quanto em inglês (alguns deles são citados neste ensaio bíblico-teológico), que tratam da obra missionária de Paulo como um todo, porém, somente o livro de Taylor traz em sua capa um título específico.
Neste meu estudo veremos como a teologia de Paulo subsidiava a sua missão, qual a natureza dessa teologia, como era feita, qual a influência de sua missiologia sobre ela e como o apóstolo entendia a dinâmica de sua missão no contexto de seu ministério apostólico. Além disso, quais eram as verdadeiras motivações missionárias dele? Eram tão somente teológicas, apocalípticas e escatológicas ou envolviam mais alguma coisa? E quanto à estratégia de trabalho, o apóstolo possuía alguma? Qual? Enfim, qual era a perspectiva missionária de Paulo?
A estas e outras perguntas tentaremos responder no decorrer deste estudo.
II – Estudo Gramatical
A palavra "missionário" não aparece na Bíblia. O termo equivalente no Novo Testamento é "apóstolo". Entretanto, não existe unanimidade entre os estudiosos quanto ao uso de apóstolos como sinônimo para "missionário". Everett Harrison (In EHTIC, 1988, p. 104), por exemplo, observa que não há justificativa para fazer de "apóstolo" o equivalente de missionário. Johannes Blaw (A Natureza Missionária da Igreja, 1966, pp. 77,8), por sua vez, reconhece que originalmente os termos "apóstolo" e "missionário" não eram sinônimos, mas depois houve uma mudança. Diz ele:
Antes de mais nada deve ficar entendido que a palavra "apóstolo", na sua origem e significação, não é sinônima de "missionário", no sentido comumente atribuído a este último termo. (...). Só depois da ressurreição (de Cristo) o título "apóstolo" toma a conotação especial de "missionário", de enviado às partes extremas da terra.
Concordamos com Blaw e, principalmente, com Timóteo Carriker (Missões na Bíblia, 1992, p. 120), por afirmar: O termo missionário vem do latim, que, por sua vez, traduz a palavra grega apostolos, a qual significa o enviado (1).
2.1 O significado amplo de apóstolos
a. No grego clássico
No grego clássico, o substantivo apóstolos aparece pela primeira vez na linguagem marítima, significando um navio de carga ou a frota enviada. Mais tarde passou a designar o comandante de uma expedição naval e também um grupo de colonizadores enviados para além-mar. Nos papiros podia designar uma fatura, ou mesmo um passaporte. Somente em duas passagens em Heródoto é que apóstolos significa um enviado ou emissário como pessoa individual. Os termos comuns são aggelos (mensageiro) ou keryx (arauto). O historiador Flávio Josefo usou apóstolos ao tratar de um grupo de judeus enviados para Roma (Ant. In NDTNT, p. 234).
Todos os empregos de apóstolos no grego clássico têm duas idéias em comum. 1) Uma comissão expressa e 2) Ser enviado para além-mar. Assim, conforme lembram Eicken e Lindner, o sentido da raiz, no caso do substantivo, é estreitado na sua definição (In DITNT, 1984, p. 234).
Acredita-se (2) que foi somente mais tarde, nos círculos gnósticos, que o termo apóstolos passou a transmitir o conceito oriental de emissários como mediadores da revelação de Deus. No gnosticismo o termo em questão podia ser empregado no singular (apóstolos) para se referir a um salvador celestial, ou no plural (apostoloi), para representar certo número de pessoas "salvadoras" ou "espirituais" (EICKEN & LINDNER, In DITNT, 1984, pp. 234,5).
b. Na LXX
Na Septuaginta (LXX), a versão grega do Antigo Testamento hebraico, o termo "apóstolo" não era usado no sentido técnico de designar alguém para um ofício "missiológico", mas sim, uma nomeação para se cumprir qualquer função ou tarefa que normalmente se definia com clareza. Isto explica, de certa forma, porque o verbo apostélloo e não o substantivo apóstolos é empregado quase que exclusivamente no AT. O verbo apostélloo não se encontra no Antigo Testamento no sentido de "ser enviado" para fazer missões, conforme aparece no Novo Testamento.
O judaísmo não conhece missões no sentido de oficialmente enviar missionários (Eicken e Lindner, In DITNT, 1984, p. 235). Isto não quer dizer que a Bíblia deixe de reconhecer a idéia de missões no Antigo Testamento. O que ocorre é que existe entre o AT e o NT, no que concerne à obra missionária, uma diferença de grau e ênfase, mas não de essência ou natureza da missão (3).
c. No Novo Testamento
Ao contrário da LXX, no Novo Testamento o substantivo apóstolos recebe uma ênfase toda especial. Aparece 6 vezes em Lucas, 28 em Atos, 34 em Paulo, uma vez em Hebreus, 3 vezes em Pedro, uma vez em Judas, 3 vezes em Apocalipse. Mateus, Marcos e João empregam a palavra uma vez cada em seus respectivos evangelhos. No NT, um apóstolo (no sentido técnico como o termo era usado, isto é, um enviado de Deus para anunciar as boas novas de salvação) era alguém que não só tinha visto o Senhor ressuscitado, mas que devia ser capaz de afirmar, fundamentando a sua afirmação, que havia sido chamado e designado de modo especial, diretamente pelo próprio Senhor, para ser apóstolo.
2.2. O significado restrito (4) de apóstolos
a. "apóstolos" em Paulo
Para Paulo, a vocação e comissão para o apostolado não eram através dos homens, "mas por Jesus Cristo, e por Deus Pai" (Gl 1.1 cf. Rm 1.5; 1
Co 1.1; 2 Co 1.1). Tal comissão veio através de um encontro com o Senhor ressurreto (1 Co 15.7; Cl 1.16), que pessoalmente entregou a ele a mensagem do evangelho (1 Co 11.23; 2 Co 4.6; Gl 1.12). O apóstolo pregou o evangelho a homens e mulheres como "embaixador" de Cristo (2 Co 5.20), não por capacidade inata do seu ser (2 Co 3.5), mas pela livre graça de Deus (1 Co 15.9,10; Ef 3.8).
Não fica claro em Paulo a quem ele considerava apóstolo. É evidente que ele se incluía no número deles, conforme afirma catorze vezes em suas epístolas. Pertenciam também ao grupo de apóstolos, na opinião de Paulo, Pedro (Gl 1.18,19), Júnias, Andrônico (Rm 16.7) e Barnabé (Gl 2.1,9,13). Alguns estudiosos, como D. Muller (In DITNT, 1984, p. 237), questionam se Paulo considerava Tiago, irmão do Senhor, como sendo apóstolo, argumentando que a expressão ei me ("senão") de Gálatas 1.19 é ambígua. Entretanto, Harrison (In EHTIC, 1988, p. 104) esclarece que
A explicação mais natural de Gl 1.19 é que Paulo está esclarecendo que Tiago, o irmão do Senhor, é um apóstolo, de conformidade com o reconhecimento que recebia da igreja de Jerusalém. Em harmonia com isto, em I Co 15.5-8, onde Tiago é mencionado, todos os demais são apóstolos.
Curiosamente Paulo nunca aplica o título de apóstolo aos Doze como grupo específico. Segundo D. Muller (In DITNT, 1994, p. 237),
não podemos ter certeza de que as características que Paulo atribuía aos apóstolos são necessariamente aplicáveis ao apóstolo do NT propriamente dito, ou se Paulo considerava que os Doze fossem apóstolos, e qual era o número dos apóstolos nos dias de Paulo.
É evidente que no conceito amplo que Paulo tinha do termo apóstolo, os Doze certamente estavam incluídos. Pelo menos em duas epístolas suas Paulo lança luz sobre esta questão. Em 1 Coríntios 15.5,7 ele diz: E apareceu a Cefas, e, depois, aos doze. Depois foi visto por Tiago, mais tarde por todos os apóstolos (grifo nosso). E em Gálatas 1.18,19: Decorridos três anos, então subi a Jerusalém para avistar-me com Cefas, e permaneci com ele quinze dias; e não vi outro dos apóstolos, senão a Tiago, o irmão do Senhor (grifo nosso).
b. Paulo como apóstolo
Os aspectos distintos do apostolado de Paulo foram a nomeação direta dele por Cristo (GI 1.1) e a designação feita a ele do mundo gentio como sua esfera de trabalho (At 26.17,18; Rm 1.5; Gl 1.16; 2.8). Seu apostolado foi reconhecido pelas autoridades em Jerusalém, de conformidade com sua própria reivindicação no sentido de ser classificado em pé de igualdade com os primeiros apóstolos. Apesar disso, nunca afirmou ser membro do grupo dos Doze (1 Co 15. 11), pelo contrário, mantinha-se independente. Era capacitado para dar testemunho da ressurreição porque a sua chamada viera do Cristo ressurreto (At 26.16-18; 1 Co 9.1).
Paulo considerava seu apostolado uma demonstração da graça divina, bem como uma chamada à labuta sacrificial, ao invés de uma oportunidade para se vangloriar (1 Co 15.10). Não dava nenhuma sugestão de que a posição especial de apóstolo o exaltasse acima da Igreja e que o distinguisse dos demais que tinham dons espirituais (Rm 1.11, 12; 1 Co 12.25-28; Ef 4.11). Sua autoridade não se derivava de alguma qualidade especial nele (1 Co 3.5), mas do próprio evangelho, na sua verdade e no seu poder para convencer (Rm 1.16; 15.18; 2 Co 4.2). Além disso, o chamado e missão de Paulo estavam tão ligados à sua vida, a ponto do apóstolo designar o evangelho de "meu evangelho" (Rm 2.16; 16.25; 2 Tm 2.8). Mas mesmo assim, procurava deixar claro quando estava dando a sua própria opinião (Cf. 1 Co 7.10-12).
Se quisermos um quadro completo do que o Novo Testamento entende por missão e evangelismo, basta observarmos o relato do apóstolo Paulo sobre a natureza de seu próprio ministério de evangelização (5).
III – Análise Histórica
3.1. A pessoa de Paulo
O divisor de águas na vida de Paulo foi o seu encontro com Jesus no caminho de Damasco. A vida do apóstolo, portanto, pode ser dividia em antes e depois de sua conversão.
a. Seu passado
Antes da sua conversão, Paulo era um judeu comprometido e zeloso com suas tradições. O orgulho de Paulo com a sua herança judaica (Rm 3.1,2; 9.1-5; 2 Co 2.22; Gl 1.13,14 e Fp 3.4-6) o levou a perseguir a comunidade cristã (Gl 1.13; Fp 3.6; 1 Co 15.8; v.t. At 8.1-3; 9.1-30).
Desde seu nascimento, por volta de 30 A.D., até seu aparecimento em Jerusalém como perseguidor dos cristãos, há pouca informação sobre a vida de Paulo. Sabe-se pelo testemunho dele mesmo que era da tribo de Benjamim e zeloso membro do partido dos fariseus (Rm 11.1; Fp 3.5; At 23.6). Era cidadão romano (At 16.37; 21.39; 22.25-28). Nasceu em Tarso, uma importante cidade localizada na Cilícia, na costa oriental do Mediterrâneo, a norte de Chipre e um notável centro de cultura e intelectualidade grega.
Estudiosos, como E. E. Ellis (In NDB, 1986, p. 1217), supõem que Paulo se tornou familiarizado com diversas filosofias gregas e cultos religiosos durante sua juventude em Tarso. Entretanto, Atos 22.3 parece indicar que Paulo apenas nasceu em Tarso e foi educado em Jerusalém. Eu sou judeu, nasci em tarso da Cilícia, mas criei-me nesta cidade e aqui fui instruído aos pés de Gamaliel, segundo a exatidão da lei de nossos antepassados, sendo zeloso para com Deus, assim como todos vós o sois no dia de hoje (grifo nosso).
Ainda jovem, Paulo recebeu autoridade oficial para dirigir uma perseguição contra os cristãos, na qualidade de membro de uma sinagoga ou concílio do sinédrio, conforme ele mesmo descreve em Atos 26.10 (e assim procedi em Jerusalém. Havendo eu recebido autorização dos principais sacerdotes, encerrei muitos dos santos nas prisões; e contra estes dava o meu voto, quando os matavam) e Atos 26.12 (Com estes intuitos, parti para Damasco, levando autorização dos principais sacerdotes e por eles comissionado).
À luz da educação e preeminência precoce de Paulo (cf. At 7.58; Gl 1.14), supomos que sua família desfrutava de alguma posição político-social. O acesso do sobrinho de Paulo entre os líderes de Jerusalém (At 23.16,20) parece favorecer essa suposição.
b. Sua conversão
Apesar de não existir evidências bíblicas de que Paulo conheceu Jesus durante Seu ministério terreno, seus parentes crentes (cf. Rm 16.7) e sua experiência com o martírio de Estêvão (At 8.1) devem ter produzido algum impacto sobre ele. A pergunta, e principalmente a afirmação de Cristo ressurreto, conforme registrada em Atos 26.14, dá a entender isso. E, caindo todos nós por terra, discursa Paulo perante o rei Agripa, ouvi uma voz que me falava em língua hebraica: Saulo, Saulo, por que me persegues? Dura coisa é recalcitrares contra os agrilhões.
O Dr. Timóteo Carriker nos faz uma breve mas não menos importante observação quanto à conversão de Paulo. Diz ele:
A conversão de Paulo não era resultado de grandes sentimentos de culpa pelo pecado, como tipificado na tradição luterana. Alguns (como K. Stendahl) até preferem falar dum "chamamento" em vez de conversão, e observam que Paulo mesmo prefere esse primeiro termo. Dizem que Paulo não "mudou de religião", de judeu para cristão, mas que permaneceu judeu, qualificando sua fé como a de um judeu cristão (Missão Integral, 1992, p. 226).
Apesar desta observação, o próprio Carriker admite que ainda prefere usar o termo "conversão" para descrever o encontro de Paulo com Jesus, pois obviamente ele revisou radicalmente sua percepção sobre Jesus. Embora ele não tenha abandonado todos os elementos do judaísmo, alguns pontos fundamentais foram completamente reformulados. E ainda:
A sua experiência de conversão provocou uma revisão radical no seu estilo de vida e na sua visão do mundo. Passou de principal perseguidor a principal protagonista do movimento cristão primitivo; de "zeloso pelas tradições dos nossos pais" a "apóstolo dos gentios" (Missão Integral, 1992, p. 226).
Estou de pleno acordo com o autor.
Vale lembrar, ainda, que os três relatos da conversão de Paulo (Atos 9, 22 e 26) são importantes não somente pelo significado da sua conversão propriamente dita, mas também pela importância de se entender a pessoa de Paulo acerca de sua união com Cristo e de seu ministério entre os gentios.
c. Seu ministério
A partir do encontro com Jesus no caminho de Damasco, Paulo passaria de perseguidor a perseguido; de causador de sofrimentos a sofredor.
O Senhor resumiria, ao relutante Ananias, o árduo ministério de Paulo nesses termos: Vai, porque este é para mim um instrumento escolhido para levar o meu nome perante os gentios e reis, bem como perante os filhos de Israel; pois eu lhe mostrarei quanto lhe importa sofrer pelo meu nome [At 9.15, 16] (grifo nosso).
À parte de um intervalo no deserto da Transjordânia, Paulo passou os três primeiros anos de seu ministério pregando em Damasco (At 9.19; Gl 1.17). Pressionado pelos judeus de Damasco, o apóstolo fugiu para Jerusalém, onde Barnabé o apresentou aos irmãos duvidosos de sua conversão (At 9.26-28). Seu ministério em Jerusalém dificilmente durou duas semanas, pois novamente os judeus procuravam matá-lo (At 9.29). Para evitá-los, Paulo retornou à cidade de seu nascimento (At 9.30), passando ali um "período de silêncio" de cerca de dez anos.
Certamente este período é silencioso apenas para nós, pois Barnabé, ouvindo falar de sua obra e relembrando seu primeiro encontro com o apóstolo, solicitou a este que fosse para Antioquia da Síria ajudá-lo numa florescente missão entre os gentios (At 11.19-26). De Antioquia, Paulo e Barnabé foram enviados para socorrer os irmãos pobres da Judéia (At 11.29,30). Os dois permaneceriam juntos até a primeira viagem missionária.
3.2. O mundo no tempo de Paulo
No tempo de Paulo três povos contribuíram significativamente para a expansão do mundo de então, e em especial para a propagação do evangelho, a saber: os romanos, os gregos e os judeus.
a. O domínio romano
Uma das grandes contribuições de Roma nos tempos bíblicos foi a Pax Romana. As guerras entre as nações tornaram-se quase impossíveis sob a égide daquele poderoso império. Esta paz entre as nações favoreceu extraordinariamente a proclamação do evangelho entre os povos. Além disso, a administração romana tornou fácil e segura as viagens e comunicação entre as diferentes partes do mundo. Os piratas foram varridos dos mares e as esplêndidas estradas romanas davam acesso a todas as partes do império. Essas estradas notáveis realizaram naquela civilização o mesmo papel das nossas estradas de rodagem e estradas de ferro da atualidade. E elas eram tão bem vigiadas que os ladrões desistiam de seus assaltos. De modo que as viagens e o intercâmbio comercial tiveram um amplo desenvolvimento. NICHOLS comenta:
É provável que durante os primeiros tempos do Cristianismo o povo se locomovia de uma cidade para outra ou de um país para outro, muito mais do que em qualquer outra época, exceto depois da Idade Média. Os que sabem como as atuais facilidades de transporte têm auxiliado o trabalho missionário, podem compreender o que significava esse estado de coisas para a implantação do Cristianismo (História da Igreja Cristã, 1985, p. 7).
Seria praticamente impossível ao apóstolo Paulo, e a outros de seu tempo, espalhar o evangelho mundo afora como o fizeram sem essa liberdade e facilidade de trânsito possibilitadas pelo império romano.
b. A influência grega
Era típico do império romano não influenciar na cultura dos povos conquistados, por isso, no início da era cristã os povos que habitavam as regiões do Mediterrâneo já haviam sido profundamente influenciados pelo espírito do povo grego. Colônias gregas, algumas das quais com centenas de anos, foram amplamente disseminadas ao longo da costa do Mediterrâneo. Com seu comércio os gregos foram em toda parte. A influência deles espalhou-se e foi mais acentuada nas cidades e países onde se estabeleciam os mais importantes centros do mundo de então. A influência dos gregos foi tão poderosa que o período do domínio romano foi corretamente denominado de greco-romano. Quer dizer, Roma governava politicamente mas a mentalidade dos povos desse império tinha sido moldada fundamentalmente pelos gregos.
Contudo, uma das maiores contribuições gregas para o advento do cristianismo foi a disseminação da língua em que o evangelho seria pregado ao mundo pela primeira vez. Uma prova da extensão e da influência do grego está no fato de que a língua mais falada nos países situados às margens do Mediterrâneo era o dialeto grego conhecido por KOINÊ, o dialeto "comum". Era esta a língua universal do mundo greco-romano, usada para todos os fins no intercâmbio popular. Quem quer que a falasse seria entendido em toda parte, especialmente nos grandes centros onde o cristianismo foi primeiramente implantado. Os primeiros missionários, como por exemplo Paulo, fizeram quase todas as suas pregações nesta língua e nela foram escritos os livros que vieram a constituir o nosso Novo Testamento.
c. O povo judeu
Os judeus prepararam o "berço" do cristianismo, por assim dizer. Primeiramente porque anteciparam a vida religiosa em que foram instruídos o Senhor Jesus, os cristãos primitivos em geral e o apóstolo Paulo em particular (At 23.6; 26.5). Além disso, a expectativa messiânica e a preservação do Antigo Testamento pelos judeus foram fundamentais para a confirmação do evangelho. Vale lembrar que muitos gentios eram prosélitos ou simpatizantes do judaísmo, o que acabou se tornando um meio para se alcançar estas pessoas. Era o costume de Paulo ir às sinagogas com o objetivo de evangelizar esses gentios.
Talvez a maior contribuição que o cristianismo recebeu veio por parte dos judeus da dispersão. Esses judeus, espalhados pelo mundo em virtude dos cativeiros que sofreram, podiam ser encontrados em quase todas as cidades daquela época. Em qualquer canto em que estivessem preservavam a religião judaica e estabeleciam suas sinagogas. Em muitos lugares realizavam trabalho missionário ativo. Assim, ganhavam entre os gentios numerosos prosélitos, tornando conhecidos os ensinamentos judaicos.
A missão judaica foi uma precursora importante das missões cristãs porque espalhou, extensivamente entre os gentios, elementos básicos essenciais tanto ao judaísmo quanto ao cristianismo, como por exemplo a remissão de pecados na pessoa do Messias. Muitos gentios, pelo contato com os judeus, foram inspirados por essa expectação, ficando assim preparados para a aceitação de Cristo como o Salvador que havia de vir.




APRENDENDO COM JESUS


A SÉTIMA PALAVRA

O texto para a mensagem de hoje está no evangelho segundo São Lucas, capítulo 23, a partir do verso 44:
"Já era quase a hora sexta e, escurecendo-se o sol, houve trevas sobre toda a terra até à hora nona. E rasgou-se pelo meio o véu do santuário. Então Jesus clamou em alta voz: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito! E, dito isto, expirou." (S. Lucas 23:44 a 46).
Estas são as últimas palavras de Jesus. Sua missão está chegando ao fim. Suas últimas palavras são: "Pai, nas Tuas mãos entrego o meu espírito."
Dizem que as pessoas geralmente morrem do jeito que vivem. A vida de Cristo foi uma vida de entrega, de dependência e de submissão. E é justamente isso que faz antes de morrer. "Pai — ele diz — Nas Tuas mãos entrego o meu espírito".
Sua vida vitoriosa, Seus atos vitoriosos, tudo, foi um resultado de uma vida de dependência do poder de Seu Pai. Que diferença da vida de auto-suficiência que às vezes nós vivemos!

A vida de Jesus foi completamente diferente. Sua vida foi sempre uma vida de entrega e morreu do jeito que viveu. Queira Deus que quando chegarmos ao fim de nossa existência, as nossas palavras revelem o que foi a nossa vida.
A essa altura quero lhe fazer uma pergunta: Se você tivesse que resumir todo o processo da salvação numa só palavra, que palavra usaria? Evangelho, Jesus, perdão, justificação, santificação? Que palavra você usaria?

Um dia, o jovem rico chegou a Jesus e perguntou: "Mestre, que farei eu de bom, para alcançar a vida eterna? Respondeu-lhe Jesus: "...guarda os mandamentos".(Mateus 19:16 e 17)
Esse mesmo Jesus, em São João 6:47 diz: "Em verdade, em verdade vos digo: Quem crê, tem a vida eterna." (S. João 6:47).
Aqui encontramos uma aparente contradição. Para ter a vida eterna, é preciso guardar os mandamentos ou crer em Jesus? Se isto não ficar claro, os cristãos vão se dividir em dois grandes grupos: aqueles que acham que o segredo da vida eterna é crer em Jesus, e aqueles que acham que o segredo da vida eterna é guardar mandamentos.
Mas amigo, Jesus não veio para dividir os Seus filhos. Como podemos então entender que da boca de Jesus saíram ambas declarações? O que Jesus estava querendo dizer? Vamos à segunda declaração. Quando Ele disse: "Quem crê, tem a vida eterna". (João 6:47). Ele fala também: "Este é o pão que desce do céu...(João 6:50). Ele diz mais: "...Se não comerdes a carne do Filho do homem e não beberdes o seu sangue, não tendes vida em vós mesmos." (João 6:53).

Você precisa crer para ser salvo. Precisa crer para ter vida eterna. Mas além disso, precisa comer Seu corpo e beber Seu sangue. Aqui há duas figuras de linguagem interessantes: comer e beber.
Coloque um bocado de pão na boca e me diga: Quanto do pão você come? Coloque um gole de água na boca e me diga: Quanto dessa água você bebe? A resposta é simples; toda. O pão todo que você coloca na boca, a água toda. Quer dizer, que se você crer em Jesus, é necessário crer em tudo. Não pode crer parcialmente. Deve haver uma entrega completa. Seu corpo, sua mente, suas emoções, tudo, tudo. É necessário crer, mas não basta crer da boca para fora.

Agora vamos entender o que Jesus disse para o jovem rico: "Se queres, porém, entrar na vida eterna, guarda os mandamentos." (Mateus 19:17).
O jovem ficou confuso com essa declaração; não compreendeu. Por que você acha que Jesus disse algo semelhante? Porque Jesus foi um grande Mestre! Ele trabalhava com as pessoas levando-as do conhecido para o desconhecido. E aquele jovem rico havia crescido numa igreja que só pensava em mandamentos.
Tudo o que ele conhecia eram mandamentos.
Jesus quis levar aquele jovem ao desconhecido, ao terreno da fé. Só que tinha que levá-lo a partir do conhecido. E como tudo o que ele conhecia era a lei, Jesus começou por aí. E o jovem afirma: "Tudo isso tenho observado..." (Mateus 19:20).
E Jesus lhe diz: "...Se queres ser perfeito, vai, vende os teus bens, dá aos pobres, e terás um tesouro no céu; depois vem, e segue-me." (Mateus 19:21).
O que Jesus está tentando dizer é: "Filho, você tem que entregar tudo, se quiser ter vida eterna".
Para entender melhor este assunto, temos que ler Marcos capítulo 10, onde está a história do jovem rico. Um pouco antes, no verso 13 deste capítulo, é registrada a história de quando as criancinhas corriam aos braços de Jesus e os discípulos não as repreendiam. Então Jesus disse: "Deixai vir a mim os pequeninos, e não os impeçais; porque dos tais é o reino de Deus." (Marcos 10:14).
Depois tomou uma criança e disse: "...Quem não receber o reino de Deus como uma criança, de maneira nenhuma entrará nele." (Marcos 10:15).
Minutos mais tarde, disse ao jovem rico: "Vende tudo o que tens... e segue-me".

Mas o que quer dizer tornar-se como uma criança?
Às vezes pensamos que, se queremos entrar no Reino dos Céus temos que nos tornar como crianças, quer dizer, temos que nos tornar inocentes, puros e limpos. Mas um adulto também pode ser puro, limpo e honesto. Pureza não é patrimônio somente das crianças. O que Jesus está querendo dizer é que para entrar na vida eterna temos que aceitar Jesus como uma criança? Esta é uma ilustração maravilhosa. A criança é completamente dependente.
Pense em seu filhinho de 1 ano que quer comer sozinho. Ele não consegue, mas você o ajuda. Ele depende de você; e quando tenta fazer tudo sozinho, só faz sujeira. Se eu colocar na floresta, uma criança de 3 anos com uma mochila cheia de comida, corda, fósforo, combustível, faca, ferramentas, e a deixar sozinha, você acha que essa criancinha vai conseguir sobreviver? Claro que não! Apesar de ter tudo, ela não tem condições de sobreviver. Mas se eu deixar na floresta, um adulto, nas mesmas condições, com certeza vai sair vivo.

O que Jesus está querendo dizer aqui? Que se queremos entrar no Reino dos Céus temos que ser como crianças, quer dizer, temos que depender completamente de alguém mais poderoso que nós. Temos que entregar tudo, comer todo o pão, beber todo o sangue, entregar nosso ser inteiro, crer completamente, depender, porque sozinhos estamos perdidos. Precisamos de um poder superior a nós.

Meu amigo, Jesus veio a este mundo e viveu a vida toda dependendo de Seu Pai. Ele não precisava fazer isso porque Ele era Deus; podia viver sozinho. Mas viveu dependendo do Pai para nos ensinar a grande lição que precisamos aprender se quisermos sobreviver na vida espiritual: a lição da dependência.
Finalmente você viu que a última palavra que nos deixou foi também uma lição de dependência: "Nas Tuas mãos entrego o meu espírito". (Lucas 23:44 a 46).

Precisamos a confiar menos em nossas próprias forças, mas no poder que vem do Pai.
A única maneira de sobreviver neste mundo é estender nossa mão de criança em direção ao Pai, segurar Seu braço poderoso e deixar que Ele nos leve até o fim da carreira cristã.
Mas depender do Pai não é fácil, sabe por quê? Porque nós viemos a este mundo trazendo uma natureza independente, uma natureza que quer resolver os problemas sozinha. Uma natureza que não quer que outro dirija o caminho; ela quer ter o controle das coisas. Isso faz com que vivamos separados de Deus. É fácil confundir ser membro de igreja com ser cristão. Para ser membro de igreja, basta ir à igreja. Para ser cristão você deve aprender a depender de Deus cada minuto da sua vida.

Percebe que é muito mais fácil ser membro de igreja do que ser cristão? Igreja nenhuma pode salvar. A Igreja Adventista não tem poder para salvar. A Igreja Metodista, Batista, Pentecostal, Católica, igreja nenhuma tem poder para salvar. Nunca deposite a sua confiança de salvação na igreja.
Quando Cristo voltar a este mundo muitos terão uma grande surpresa. Alguns membros de igreja se perderão, porque cristianismo não é somente pertencer a uma igreja, isso é parte da vida cristã, sim, mas isso não é tudo. Cristianismo é dependência, é entrega, é comunhão, é companheirismo permanente, diário com o Senhor Jesus.

*** Mas o ser humano não gosta de depender de Deus. Quantas vezes Deus nos vê, com tristeza, partir para nossos próprios caminhos, e Ele fica ali, nos olhando, e pensando: "Pobre filho! Aonde ele pensa que vai? O que ele vai fazer com sua vida?" E lá, nos machucamos e voltamos correndo. Mas o mais maravilhoso é que Jesus não nos critica por isso.
Talvez um dia você tenha que vir a Deus porque não tem mais para onde ir.
Não permita que sua saúde, o dinheiro que Deus lhe deu, o emprego que conseguiu ou a cultura que adquiriu, em lugar de uma bênção, se torne um obstáculo para que você possa entregar completamente sua vida a Deus e aprender a depender dEle como uma criança.
Lembre-se que a vida cristã é uma vida de dependência. Faça um voto agora: nunca começar o dia sem ler a Palavra de Deus. Leia um versículo e pense no que Deus está falando para você. Leia uma meditação matinal.

Abra o seu coração e fale com Ele. Consulte-O sobre seus negócios e decisões. Se precisar vender um carro, consulte Deus. Se tiver que comprar uma roupa, consulte Deus. Se tiver que assinar um cheque, consulte-O também. Aprenda a depender dEle. Você prosperará, crescerá, mas crescerá dependendo dEle. Sua segurança não estará naquilo que você é, ou naquilo que você tem, mas nAquele de quem depende.

Jesus disse que se não formos como crianças não entraremos no Reino dos Céus. Aprenda a ser criança. Diga a Ele: "Senhor, sou uma criança; preciso de Ti. Entra em minha vida e transforma meu coração. Liberta-me, conduze-me, dá-me a vitória, preciso de Ti. Quero estudar Tua palavra, conhecer mais o plano que tens para minha vida. Unir-me ao Teu povo nesta terra, preparar-me para a Tua volta.

Oração
Pai querido, obrigado por Tua promessa de proteção. Obrigado porque em Ti podemos ser mais que vencedores. Oh, Pai, quando às vezes queremos andar sozinhos, por nossos próprios caminhos, faze-nos sentir que sem Ti não somos nada. Traze-nos de volta aos Teus braços, cura-nos e transforma-nos. Em nome de Jesus. Amém.


APRENDENDO COM OBEDE-EDOM


Uma Visita à Casa do Geteu


Todos nós já recebemos visitas boas e desagradáveis, não é verdade?
Este homem, porém, recebeu uma visita surpreendente:


Obede-Edom era o nome de um levita, da família que Deus havia escolhido para servi-lO, para oferecer sacrifícios pelo povo, para entrar no santo-dos-santos e estar diante da arca-da-aliança (Dt 10.8).
Este levita era também especialista em certo instrumento musical e numa espécie de música, que lhe valeram o título de geteu (o Salmo 84 é um exemplo desse tipo de música).
Certa vez, Obede-Edom se viu em uma situação embaraçosa, porque, como era um dos porteiros da arca, foi designado para hospedá-la em sua própria casa:
Por ordem do rei, a arca-da-aliança (ou arca-do-testemunho) estava a caminho de Jerusalém quando tropeçaram os animais que puxavam o carro. Prontamente, Uzá estendeu sua mão para segurá-la e foi fulminado pela presença de Deus.
A arca era um objeto sagrado. Era o símbolo da presença de Deus em Israel e da Sua glória. Deveria ser transportada com cuidado pelos próprios levitas, tribo santificada, sempre afofada com peles de animais e coberta por um pano azul. Diante dela estava permanentemente o shekiná de Deus, por onde Ele falava e guiava o Seu povo (Lv 16.2).
Por causa deste grave incidente no percurso, o rei desistiu de levar a arca-da-aliança para perto de si e despachou-a para a casa do geteu Obede-Edom. Foi assim que o levita recebeu a arca em sua casa durante três meses.

O que aconteceu, então?
O Senhor abençoou grandemente a família e a vida de Obede-Edom que, sabendo o rei da prosperidade na casa de seu servo, com alegria mandou buscar a arca de volta.
A arca-da-aliança, hoje em dia, já não existe. Mas, com certeza, Deus ainda fala e guia o Seu povo - que somos nós - através do Espírito Santo (1 Jo 4.13).
Você já se deu conta de estar recebendo em casa a visita do Senhor?
Ou melhor, você realmente tem a sensibilidade para sentir os efeitos deste Ser que, sendo o próprio espírito de Deus, habita dentro do seu corpo?

Veja só, não é brincadeira:

A presença de Deus santifica tudo à sua volta;

A presença de Deus não permite imprudências;

A presença de Deus abençoa toda a casa e

A presença de Deus traz alegria.

Confira esta história em sua Bíblia (2 Sm 6.6-12) e lembre-se: Fazendo parte da aliança com Deus você já O recebeu e poderá ser tão abençoado quanto a casa do geteu Obede-Edom, se buscar viver na plenitude do Espirito Santo.


APRENDENDO COM SAUL (PARTE 6)


A UNÇÃO FAZ A DIFERENÇA

TEXTO:  1 Sm. 9:1,27

OBJETIVO DESTA MENSAGEM: Levar as pessoas a saberem que Deus tem uma unção muito maior, do que pensamos  e podemos ter.


CONTEXTO: Saul sai atrás de algo que era muito precioso para ele, seu pai e sua família.

             Os animais de carga (jumentas), se perderam.
             Saul e seu servo passaram por cinco cidades e não encontraram as jumentas.
             E quando Saul quis voltar para casa, porque o mantimento havia se acabado, e não haviam encontrado o que tinham ido procurar.
             Eles precisaram usar o sobrenatural eles foram atrás do problema.
             Deus já havia resolvido o problema de Saul (as jumentas), mas tinha algo muito maior para ele. (Vs. 16-17) -  Deus queria ungi-lo rei de Israel.

CONCLUSÃO: Muitas vezes estamos correndo atrás de algo que pensamos ser muito importante, buscando, lutando, gastando dinheiro, energia, é coisa pequena diante de Deus.
             Deus quer nos dar unção de Rei.
             Deus quer nos dar autoridade e governo.
             Deus quer nos dar domínio sobre todas as coisas.
             Deus quer nos dar domínio sobre o pecado, satanás, e todos os seus inimigos.

APLICAÇÃO: Unção é a capacitação sobrenatural que leva a pessoa à realizar coisas que por si mesma (meios naturais) ela não conseguiria.


ESTUDO 44
TEMA: AS TRÊS COLUNAS BÁSICAS NA VIDA DA IGREJA PRIMITIVA


OBJETIVO: Levar as pessoas a terem êxito nos seus relacionamentos.
1ª Coluna: O ministério da Palavra Atos 6:7 – Crescia a Palavra entre eles.
             Consequências: Multiplicação dos discípulos.  A intimidade com Deus leva a pessoa a a um nível maior da revelação de Deus.
             Resultados:
-              Maturidade
-              Melhor entendimento
-              Maior crescimento espiritual
-              Aumenta o número de discípulos
-              Mais graça, mais unção
             Jesus declarou que a glória da 2ª casa seria maior do que a 1ª, nós somos a glória da 2ª casa (Ageu 2:9).  Toda igreja primitiva crescia poderosamente pela Palavra.

2ª Coluna: A vida de Intercessão.  
             Atos 12:5... contínua oração.
             O povo da igreja primitiva se movia em constante oração.  O anjo foi lá no cárcere e tirou Pedro de lá.
             Há muitas pessoas que estão presas no cárcere da vida: vícios, adultérios, prostituição, e toda sorte de pecados, e a igreja precisa INTERCEDER por elas.

INTERCESSÃO – É clamar intensamente, é gemer à Deus pelas pessoas.

3ª Coluna: Vida de Comunhão
             Atos 2:42 – A comunhão e relacionamento com as pessoas nos leva ao êxito.
             Consequências: seremos conhecidos como discípulos de Cristo, através do amor que transmitimos as pessoas.
             Resultados: Conquistaremos nossa cidade e nação.

EXEMPLOS:
Pessoas que tiveram dificuldades de relacionamentos (comunhão):
1-            Eva: Adão -  muito ocupado, esposa em 2ª lugar
2-            Elias – Depois de destruir o altar de Baal se esconder na caverna.
Pessoas que davam importância ao relacionamento:
1-            Paulo – 2 Tm. 4-9:13, conhecia a bênção do relacionamento
APLICAÇÃO: Deus quer uma igreja que se relacione com Ele e com o próximo.


ESTUDO 45
TEMA: A SANTIFICAÇÃO

TEXTO: Mt. 21:12-17 (Hb. 12:14; 1 Pe. 1:15, I Co 6:19)

OBJETIVO: Que a pessoa reconheça  que o seu corpo é o templo do espírito e que tem que permanecer limpo!


CONTEXTO:
             Provavelmente a entrada de Jesus no templo ocorreu na 2ª feira à tarde, após a entrada triunfal no dia anterior a Jerusalém.
             Período de comemoração da Páscoa que ocorria em uma semana.
             Muitas pessoas de fora vinham à Jerusalém.
             A cidade em dias normais possuía aproximadamente 30.000 habitantes e nos dias de festas havia 150.000 pessoas.
             Templo – local de adoração.
             Teologia da substituição: A lei de Deus dizia que toda alma que pecasse tinha que morrer ou oferecer sacrifício em seu lugar. (Ez 18:4, Rm 6:23)
             Em Levíticos 4, fala de tipos de animais deveriam ser levados ao templo, para sacrifício.
             “Hoje, não necessitamos mais levar um animal para que os nossos pecados sejam perdoados (1 Jo. 1:7)
Quando Jesus entrou no templo:
             1) O templo estava corrompido pela ganância dos homens.
             2) Jesus disse: A minha casa será chamada casa de oração.
             3) Os coxos e os cegos que viviam do lado de fora, puderam entrar no templo que os mercadores foram expulsos.
             4) As crianças ao verem os milagres não se contentaram  e adoraram a Jesus (perfeita adoração).

APLICAÇÃO:
             Jesus quer entrar na sua vida para limpar totalmente esta casa para que o Espírito Santo possa habitar nela e estar 24 horas
             Cristo já realizou na cruz esta obra de purificação.

CONCLUSÃO:
             Faça um voto com Deus de viver uma vida de santidade, e o Senhor lhe dará:
-              emoção na vida cristã;
-              alegria, poder e unção.
-              E te fará vitorioso em toda a maneira de viver.


APRENDENDO COM JESUS


A VIDA CRISTÃ  

O texto para a mensagem de hoje encontra-se em João 19:26 e 27: "Ora Jesus, vendo ali sua mãe, e que o discípulo a quem ele amava estava presente, disse a sua mãe: Mulher, eis aí o teu filho. Depois disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E desde àquela hora o discípulo recebeu Maria em sua casa."
A terceira palavra de Jesus na cruz revela que vida cristã não é somente ir à igreja, ler a Bíblia, fazer oração, e fazer trabalho missionário. Vida cristã é também o cumprimento fiel dos deveres desta vida com a nossa família e com a sociedade.
Cristo cumpriu Seu papel de Filho neste mundo. Ele não foi embora sem assegurar o futuro de Sua mãe. Ele não morreu sem antes ter a certeza de que alguém iria substituí-Lo nas Suas responsabilidades de filho.
O texto bíblico diz que perto da cruz estavam Sua mãe Maria e João, o discípulo que Ele amava. É interessante notar que as duas únicas pessoas, mencionadas por nome na Bíblia, que acompanharam Jesus até o fim, foram a Sua mãe, uma mulher que viveu uma vida de comunhão extraordinária e maravilhosa com o Filho, e João, alguém que sem ter um vínculo familiar, desenvolveu também um companheirismo muito especial com Jesus.
Vamos imaginar um pouco a situação de Maria. Imaginem essa jovenzinha recebendo a visita do anjo anunciando-lhe que ficaria grávida, e que abrigaria em seu ventre o fruto do Espírito Santo. Imaginem seu desespero ao querer que o anjo entendesse que ela não teria como explicar ao mundo essa gravidez estranha. As coisas naquele tempo eram como hoje. Imaginem se hoje alguém aparecesse dizendo que está grávida do Espírito Santo!
Mas Deus tem Seus planos maravilhosos e eles, quase sempre, vão contra tudo aquilo que o homem pensa. Ninguém é capaz de deter as grandes obras de Deus. Você pode até tentar driblar os planos divinos ou caçoar deles, mas Deus os realizará mais cedo ou mais tarde, de um jeito ou de outro, com os homens ou sem eles. No caso de Maria, Deus cumpriu Seu plano.
Jesus cresceu sob o cuidado protetor de Sua mãe. Essa mãe cuidou muito bem de seu Filho e deu o melhor que pôde para ele. Ela sabia que esse Filho teria um fim triste, pois quando ela o levou para o templo pela primeira vez, Simão profetizou Seu fim.
Imagine agora, amigo, Maria olhando para Jesus que estava pendurado numa cruz junto com dois ladrões. Aquelas mãozinhas que a virgem Maria segurou, agora estão pregadas na cruz do Calvário e o sangue pinga lentamente dos furos que os pregos fizeram. Aqueles pezinhos que ela tantas vezes ensinou a andar nos caminhos de Deus, agora estão pregados lá na cruz do Calvário. Aquela fronte que ela beijou carinhosamente tantas vezes, agora estava alí, furada por uma coroa de espinhos. Ali estava a mãe acompanhando seu filho até o fim.
Todos tinham abandonado o Senhor. Seus discípulos tinham ido embora; a multidão caçoava dEle, os soldados riam de sua situação, os sacerdotes o acusavam, mas a mãe permanecia perto da cruz.
Queridos, o amor dos pais é um amor mal-compreendido. Esse amor nada espera. E porque talvez nada espera, nada cobra. É porém, geralmente, mal-compreendido.
Quero neste momento falar principalmente aos jovens.
Há coisas que vocês só entenderão no momento em que alguém colocar em suas mãos um pedacinho de ser humano e lhe disser: Esse é seu filho. Quando você tomar em seus braços esse ser, carne da sua carne, sangue do seu sangue, aí então, talvez, você entenda muita coisa que hoje você não compreende.
Outro dia recebi a visita de uma garotinha de 13 anos que estava querendo fugir de casa. Perguntei-lhe por que queria fazer isso. "-Para onde você irá?" Indaguei. E ela me respondeu: "-Não importa onde irei. Qualquer lugar vai ser melhor do que a minha casa. Meus pais não me compreendem, não acreditam em mim. Todos os pais acreditam em seus filhos, menos os meus. Eles não confiam em mim."
Pedi que ela me explicasse melhor o que estava dizendo. E ela disse que sábado à noite foi a uma festinha de aniversário de uma coleguinha e disse para os pais que chegaria às 11:00 da noite. Acontece que depois da festinha a turminha decidiu fazer outro programa e ir para outro lugar. E ela pensou: Vou? Não vou? E finalmente decidiu. Na idade dos 13, 14 anos, os amigos são mais importantes que qualquer coisa, não é assim que pensam os jovens? O que os amigos pensam a nosso respeito é muito mais importante do que Deus pensa de nós, do que os pais pensam de nós. Vivemos em função dos outros colegas.
Bem, não avisaram ao pai, não avisaram à mãe e todos foram para outro lugar. Ninguém sabia onde eles tinham ido.
O pai ligou às 11 da noite para a casa do aniversariante e alguém lhe disse: "-Ela já saiu." Então, o pai esperou até uma hora, duas horas da manhã e a filha não chegou. Três horas da manhã e a filha não apareceu. Quatro horas da manhã e nada! Quando ela chegou 4:30 da manhã, o pai e a mãe estavam na sala, andando de um lado para o outro, desesperados, sem saber mais o que fazer. E quando a garota abriu a porta, o pai quase gritando disse: "-Isto são horas de chegar? Por que você não me avisou?" A menina não saiu no domingo para outro compromisso que tinha com os amigos.
Agora, ali na minha frente, ela estava dizendo que ia embora, que qualquer lugar era melhor que seu lar porque seus pais não acreditavam nem confiavam nela. Todas as suas amiguinhas chegaram em casa e os pais estavam dormindo tranqüilos, porque "confiam nos filhos"; mas como os pais dela não confiam, estavam acordados até 4:30 da manhã!
Queridos, quer dizer que para que a filha saiba que o pai acredita nela, é preciso que o pai tenha um coração de pedra e esteja dormindo às 4:30 da manhã, enquanto sua filha está fora numa cidade como São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte, ou outra qualquer cidade do mundo por aí?
Você não acha que às vezes somos injustos com os pais? O pai geralmente sonha para si mesmo, mas quando nasce o filho, para de sonhar para si e começa a sonhar para ele.
Você não acha que às vezes somos injustos com os pais? Os pais deixam muitas vezes de fazer certas coisas que gostam para fazer coisas que os filhos gostam. As vezes passam por dificuldades porque querem dar o melhor para seus filhos: a melhor escola, a melhor roupa, o melhor calçado, o melhor alimento. E, queridos jovens, eles fazem tudo isso com muita alegria porque o sonho do pai é você.
Neste momento eu gostaria de dizer que se você tem um pai vivo, ou uma mãe viva, pegue um papel e uma caneta e escreva uma carta. Talvez a única coisa que seus pais esperam de você, é que você diga: "-Mãe, eu te amo!" Mais nada. Isso compensa tudo. Isso paga qualquer sacrifício. Os pais nunca estão esperando nada. Eles não o educaram para que quando você crescesse os sustentasse. Nenhum pai faz isso. Eles simplesmente serão felizes se você crescer e for feliz. Talvez tudo o que esperam é que você simplesmente diga: "-Pai, eu reconheço e te amo por isso. Obrigado!" E mais nada.
Voltemos os olhos ao Calvário. Ali, perto da cruz estava a mãe de Jesus. Do outro lado, o discípulo amado, o único que ficou perto de Jesus até o fim.
Porque você acha que ele foi o único discípulo que não abandonou seu Mestre? Jesus teve doze discípulos. Os doze mantiveram comunhão com Jesus, só que onze deles se limitaram a uma comunhão quase formal: eram bons membros de igreja, viviam vidas maravilhosas de obediência, mas, era só!
João era diferente. Ele saía da mediocridade, da monotonia, da rotina. João não se contentava em apenas ser um bom membro de igreja ou cumprir o mínimo indispensável. João ia além. Não estava satisfeito se não encostava a cabeça no coração de Jesus. Ele tentava viver uma experiência pessoal, especial, diferente com o Mestre.
Conheço um pastor que sempre me intrigou. Não por algo ruim, mas por algo muito bom. Cada vez que o vejo me dá a impressão de que estou vendo o Senhor Jesus. Ele nunca foi Presidente de nada, nem sequer é pastor de alguma igreja grande. Nunca fez mestrado nem o enviaram para o estrangeiro. Ele é o típico pastor de uma igreja de interior. Já se aposentou depois de 40 anos de ministério!
Um dia, eu estava vivendo um momento muito difícil na minha vida, e precisava conversar com um pastor. Precisava abrir meu coração. E pensei: "-Aonde vou? Falo com quem? Procuro quem?" Há momentos em que um pastor também precisa de um pastor. Chegara o meu momento. A quem procurar?
De repente, por algum motivo, aquele pastor apareceu na minha mente. Conversamos meio dia e realmente não fiquei desapontado. Precisava ouvir o que aquele homem disse para mim, e de repente, depois de conversar, percebi que estava me afogando num copo de água. As palavras dele foram sábias. Evidentemente era um homem que tinha uma vida de comunhão maravilhosa com Deus.
Ao despedir-me dele, apertei sua mão e disse: "-Pastor, sempre notei algo especial em sua vida. Sabe porque eu vim falar com o senhor? Porque o senhor sempre me inspirou algo bonito. Perdoe-me o que vou lhe dizer: Mas cada vez que aperto a sua mão tenho a impressão que estou apertando a mão de Jesus. Eu acho que Jesus olhava do jeito que o senhor olha, que Jesus falava do jeito que o senhor fala. Agora me diga: Qual é o segredo? Por que o senhor é assim? O senhor foi pastor durante 40 anos. Se aposentou e não tem uma palavra de crítica para ninguém, não tem uma palavra de insatisfação, o senhor nunca se sentiu injustiçado. Qual é o segredo?"
E ele me disse: "-Não sei filho, não sei do que você está falando. Eu simplesmente sou assim." Eu continuei: "-Vou fazer-lhe outra pergunta: Quanto tempo o senhor passa cada dia em comunhão direta com Jesus?" Ele respondeu: "-Não sei, talvez 6 ou 7 horas. Por que?"
Ali estava o segredo da vida poderosa daquele homem.
João tinha descoberto esse segredo. Por isso, saiu da monotonia da comunhão distante, encostou a cabeça no coração de Jesus. E quando as provações chegaram, os onze bons membros de igreja foram embora. O único que permaneceu fiel até a morte foi o discípulo amado, aquele que saiu da rotina da vida.
E agora Jesus olha para João e Maria e diz: "-João, eis aí a tua mãe. Maria, eis aí o teu filho." Quero fechar os olhos com a certeza de que você, João, irá cuidar da minha mãe. Quando Jesus disse para João: eis aí a tua mãe, em outras palavras estava dizendo: "-João, por favor, ocupe meu lugar. Eu estou partindo. Faça o que Eu teria que fazer: cuide da minha mãe. Faça as minhas obras, faça a minha vontade. Ande nos meus caminhos, ande como Eu andaria, faça como Eu faria, viva como Eu viveria, tome o Meu lugar."
Querido, esse é o grande encargo de Jesus para nós hoje. "Filho, tome o meu lugar, fale as minhas palavras, realize os meus atos, viva a minha vida."
Há um pintor que pintou o quadro de Maria, João e Cristo de uma maneira extraordinária. A cruz do Calvário ao fundo. Jesus está ali agonizando, praticamente já sem vida, as sombras da noite começaram a tomar conta do lugar e João, segurando Maria pela mão, leva-a consigo para cumprir o encargo que Jesus lhe deixou. Na outra mão de Maria há algo que ela guarda com muito cuidado. O que é isso? O pintor colocou na outra mão da Maria a coroa de espinhos que furou a fronte de Jesus. Aquele pintor deve ter imaginado aquele quadro, mas é justamente o que Jesus quer fazer por nós.
Queridos, Ele nos deixou uma missão: cuidar de tanta gente desesperada que vive neste mundo. O cumprimento da missão tem resultados maravilhosos.
Conheço um pastor, colega meu no Peru. Ele tomou a missão em suas mãos e saiu visitando as prisões. Naquela ocasião, numa das prisões no Peru, estava preso um homem que o país inteiro queria ver morto. Tinha entrado uma noite na casa de uma família. Amarrou o marido e os filhos e na presença de todos eles, estuprou a mulher. Depois, matou a mulher, o marido e os filhos.
A polícia prendeu aquela fera humana. Em meu país existe a pena de morte. Quem mata dessa maneira só pode morrer. Esse homem foi condenado à morte. O país todo, a uma só voz gritava: "Esse homem tem que morrer. Ele não merece mais continuar vivendo." Acontece que os advogados deste criminoso apelaram. Apelaram para a Câmara de Deputados, para a Câmara de senadores, apelaram para o Presidente da República. Ninguém atendia à apelação. Os meses iam-se passando. Apelaram até para o Papa, tentando salvar a vida deste marginal. Mas o País todo, como um só homem, clamava: "Esse homem tem que morrer."
Nesse ínterim, meu colega, o pastor Iturrieta, cumprindo o mandato de Jesus: "Quem faz a um pequenino, está fazendo a mim," visitou as prisões e conheceu de perto este homem. Ele não queria saber de Jesus. Ele não queria saber de Deus. Ele não queria saber da Bíblia. Mas o pastor Iturrieta tinha um jeito especial de falar de Jesus e cativou o coração daquele marginal. Em pouco tempo, este homem reconheceu a perversidade de sua vida, reconheceu a imundícia de sua atitude, o horrendo ato que tinha cometido e caiu ajoelhado ao lado do pastor Iturrieta dizendo: "-Pastor, eu não posso mais corrigir o que fiz; eu não posso mais remediar nada. Como fui capaz de fazer algo assim?" De repente, Deus tirou de seus olhos uma venda e ele enxergou a malignidade do seu pecado. Ele se agarrou em Jesus Cristo, acreditou na salvação e entregou a sua vida a Ele.
O pastor Iturrieta pediu licença às autoridades para batizá-lo dentro da prisão. Foi manchete em todos os jornais peruanos. O famoso assassino foi batizado como membro da Igreja Adventista na prisão. Isso levantou polêmicas na televisão, nas rádios e nos jornais. Todo mundo começou a fazer foruns de discussão. Muitos diziam: "-Claro, agora está fazendo isso para tentar ganhar a opinião pública porque sabe que a morte está chegando para ele. Que conversão é essa, depois de tudo o que fez? Agora que não pode fugir, agora que a morte está chegando, isso não é conversão! A igreja não deveria se prestar a esse papel."
Finalmente chegou o dia da execução. Ele foi levado num barquinho a uma ilha. Só o acompanhavam os seis soldados que iam atirar nele. Cinco deles tinham balas de verdade. Um deles, bala de festim. Dessa maneira, cada soldado tinha a possibilidade de não ter sido ele quem matou, para poder ficar com a consciência tranqüila. Outra pessoa que acompanharia o processo de execução, era a autoridade judicial. E finalmente, o assistente espiritual, que neste caso era o pastor da Igreja Adventista. E ele conta a experiência.
Em sua última noite na prisão, aquele homem passou a noite toda cantando. Os outros presos diziam: "-Você não tem medo de morrer?" Ao que ele respondia: "-Não, não tenho medo de morrer. Eu mereço morrer. Eu só sinto porque minha morte não pode devolver a vida às pessoas que eu matei. Mas morro feliz porque de alguma maneira Jesus me encontrou aqui, me transformou e me perdoou. Amanhã vou morrer, mas ressuscitarei quando Cristo voltar. Vou para o momento final levando esperança em meu coração."
Às seis da manhã colocaram-no no barquinho e levaram-no para a ilha. Quando o sol estava saindo, amarraram-no num poste para ser fuzilado. Os soldados se colocaram a postos para atirar. Pediram para ele expressar seu último desejo. E ele disse: "-Tenho dois pedidos: Eu quero morrer sem vendas nos olhos e por favor, deixem-me cantar um hino. Quero morrer depois de cantar." As autoridades permitiram que ele cantasse.

Meu amigo, a morte de Cristo teve um propósito: Dar esperança ao desesperado, dizer a ele que nem tudo está perdido, que hoje é um novo dia para recomeçar, que hoje você pode estender a mão e segurar Seu braço poderoso.
Aquele homem o fez. Você o conhecerá um dia, quando Cristo voltar. Ele lhe contará como fechou os olhos sem medo da morte. Triste pelo que havia feito, mas feliz porque tinha conhecido a Jesus.
Ele cantou as duas primeiras estrofes, mas quando começou a cantar a última, foi fuzilado.
Eu gostaria de convidá-lo a aceitar Jesus como seu Salvador agora. Abra seu coração.

APRENDENDO COM ELIÚ

                                                      APRENDENDO COM ELIÚ

Seremos apresentados, nesta lição, a um jovem teólogo chamado Eliú. Até este momento, mantivera-se ele calado, enquanto Jó e seus amigos terçavam armas em torno do sofrimento do justo. Mas, agora, quando ambas as partes parecem ter esgotado seus argumentos, resolve Eliú falar. Acompanhe atentamente este estudo, e veja como será respondida a pergunta que vem você fazendo ao Senhor: "Por que o justo tem de sofrer?"

I. QUEM FOI ELIÚ
1. Eliú, filho de Baraquel. Ao contrário dos outros personagens do Livro de Jó, incluindo o próprio patriarca, Eliú é o que possui a mais completa biografia. Até uma pequena genealogia temos dele. Era filho de Baraquel, e tinha por avoengo a Rão, pertencente ao clã dos buzitas - uma tribo que habitava a península da Arábia (Jó 32.2).
Em hebraico, Eliú significa Ele é o nosso Deus.
2. Eliú, o teólogo. Mesmo antes de Abraão e Moisés (os dois principais personagens da religião divina no Antigo Testamento), Eliú já reunia condições de apresentar, brilhantemente, as demandas divinas quanto ao aperfeiçoamento dos justos através da pedagogia da prova. Observe que o seu discurso quase que se confunde com o pronunciamento de Deus (42.7-9). Em virtude de sua sabedoria, Eliú é apontado como um dos prováveis autores do Livro de Jó.
II. A TEOLOGIA DE ELIÚ
Ao invés de acusar a Jó, e duvidar de sua integridade, põe-se o jovem Eliú a apresentar uma teologia que, até aquele momento, não fora sequer cogitada.
1. A teologia da prova. Adiantando-se já em seu discurso, exclama Eliú: "Pai meu! Provado seja Jó até ao fim" (Jó 34.36a). Que palavra mais dura! Não fora o patriarca suficientemente provado? No entanto, Jó teria de saber ainda que, qual barro nas mãos do oleiro, não lhe caberia questionar as ações de Deus (Rm 9.21). Por mais dura e insuportável que lhe fosse aquela prova, caber-lhe-ia entender que, atrás de todo cadinho e de todo crisol, esconde o Senhor um grande, maravilhoso e insondável propósito.
2. A pedagogia da prova. Por intermédio daquela provação, haveria Jó de compreender, de igual modo, estar sendo provado não porque fosse injusto, e, sim: por ser justo e íntegro. Fosse injusto, Deus não o haveria de provar; castigá-lo-ia. A prova divina é para aqueles que, guiados pela graça, encaminham-se para a perfeição (Sl 11.5).
Jó teve condições, até este momento, de rebater seus três amigos; os argumentos destes eram, apesar das aparências, simplórios e inconsistentes (Jó 16.3). No entanto, como repelir a verdade? Não disse Paulo que nada podemos contra a verdade a não ser pela mesma verdade? (2 Co 13.8). Embora o melhor dos homens, ainda tinha muito a percorrer no caminho da perfeição espiritual (Fp 3.12-15). Mais tarde, após ouvir o monólogo do Senhor, o patriarca mesmo reconhecerá as imperfeições de seu relacionamento com o Todo-Poderoso. Se você está sofrendo, não se desespere! Deus lhe está provando a fé, a fim de que tenha você uma vida espiritual mais abundante. Somente Ele sabe como educar-nos através daquele crisol que depura e refina o ouro.

III. TODOS SOMOS PROVADOS POR DEUS
Que homem de Deus ainda não foi provado? Todos temos o nosso quinhão de prova. Uns são provados quanto à sua obediência; outros, sobre o seu temperamento; estes, com respeito ao apego aos bens terrenos; aqueles, respeitante ao amor à família, a fim de que esta não tome o lugar do Todo-Poderoso; este outro, no que concerne à sua visão do Reino. De uma forma ou de outra, somos provados. Aleluia!
1. A medida da prova. Deus não nos prova, a fim de nos destruir. Pois Ele nos conhece as limitações (1 Co 10.13); não nos ignora a fragilidade da estrutura; sabe que somos pó (Sl 103.14; Sl 139.1-3). Por isso, administra-nos as suas provas, a fim de que venhamos a alcançar a medida de perfeitos varões (Ef 4.13). Ora, se Deus não nos quer destruir, então por que permite Ele tenham alguns de seus santos mortes violentas? (At 12.2) É que Deus, em sua inquestionável soberania, não prepara apenas heróis; também levanta mártires, a fim de que, através destes, sejamos fortalecidos na fé: "Uns foram torturados, não aceitando o seu livramento, para alcançarem uma melhor ressurreição; E outros experimentaram escárnios e açoites, e até cadeias e prisões. Foram apedrejados, serrados, tentados, mortos a fio de espada; andaram vestidos de peles de ovelhas e de cabras, desamparados, aflitos e maltratados (homens dos quais o mundo não era digno)" (Hb 11.35-38). Além do mais, tem o Senhor prazer na morte de seus santos (Sl 116.15).
Não são poucos os pais que, diante da perda de seus filhinhos, perguntam: "Não podias tu, Senhor, ter preservado a vida ao meu filho?" Acontece que, amando-nos Deus como nos ama, prefere Ele que choremos a morte de um ente querido a que lhe lamentemos a sorte. É triste? Todavia, até mesmo na tristeza o Senhor nos surpreende com a sua alegria. Aleluia!
2. A prova que consola. Escrevendo aos coríntios, diz Paulo que somos atribulados, a fim de que, experimentando as consolações do Espírito, possamos administrar as mesmas consolações àqueles que, neste momento, acham-se em desespero (2 Co 1.4). Assim é a tribulação do crente - uma tribulação que consola; uma prova que conforta.

CONCLUSÃO

Jesus Cristo, embora verdadeiro Deus, foi submetido às mais insuportáveis provas. Fez-se homem; tomou a nossa forma; colecionou-nos as dores todas (Is 53.3). E já no Calvário, ergueu-se como o nosso perfeitíssimo representante e medianeiro junto ao Pai Celeste (Hb 4.15). Por isso, consola-nos Ele: "No mundo tereis aflições; tende bom ânimo: eu venci o mundo" (Jo 16.33). Estivera Eliú aqui, ensinar-nos-ia a paciência nas tribulações; através destas é que iremos aperfeiçoando-nos na graça e no conhecimento de Nosso Senhor Jesus Cristo. Vamos aceitar esta prova; o refrigério não lhe faltará. Louvado seja o Cordeiro de Deus!




APRENDENDO COM JABES

  APRENDENDO COM JABES O m enino  p rodígio da  g enealogia!   Alguém já disse certa vez que existe muito pouca diferença entre as pessoas –...